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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ - UECE
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE - CCS
CURSO DE BACHARELADO EM ENFERMAGEM
DISCIPLINA DE SAÚDE DA MULHER
Revisões de Saúde da Mulher
1° Módulo
Sumário:
O papel do enfermeiro na rede cegonha............................................................................................. n°1.
O cuidado à saúde da mulher no Brasil - Marcos teóricos e políticos...................................................... n°2.
Os condicionantes e determinantes de saúde da mulher nas políticas públicas brasileiras........................... n°3.
Autocuidado e sexualidade feminina................................................................................................. n°4.
Cuidado à saúde mental da mulher................................................................................................... n°5.
Distúrbios do assoalho pélvico........................................................................................................ n°6.
Enfrentamento à violência contra a mulher........................................................................................ n°7.
Planejamento reprodutivo e a atuação do enfermeiro.......................................................................... n°8.
Câncer de mama............................................................................................................................. n°9.
Câncer ginecológico....................................................................................................................... n°10.
ISTs: Prevenção, diagnóstico e tratamento........................................................................................ n°11.
Laudos e tratamento de corrimento vaginal e vulvovaginites................................................................ n°12.
Profilaxia da transmissão vertical do HIV, hepatite, sífilis congênita e testes rápidos............................... n°13.
Distúrbios benignos do sistema reprodutor feminino e queixas gionecológicas frequentes......................... n°14.
Qualidade de vida da mulher no climatério........................................................................................ n°15.
Políticas de Saúde 
Organizado por: Alana , Caren e Júlia.
Lançada em 2011 e visando garantir as mulheres acesso ao planejamento reprodutivo, atenção humanizada na
gravidez, parto, abortamento e puerpério. e as crianças o direito ao nascimento seguro, crescimento e
desenvolvimento saudável
Rede Cegonha
Com as seguintes diretrizes:
Fomentar a implementação de novo modelo de atenção à saúde da mulher e da criança com foco na
atenção ao parto, nascimento, crescimento e desenvolvimento da criança de zero a 24 meses;
Organizar a Rede de Atenção à Saúde Materna e Infantil para que esta garanta acesso, acolhimento
e resolutividade,
Reduzir a mortalidade materna e infantil com
Com as seguintes objetivos:
Com os seguintes componentes:
Pré- Natal Parto e Nascimento
Puerperio e Atenção
Integral à Saúde da Criança
Sistema logístico:
Transporte sanitário e
Regulação
Dispõe sobre a Regulamentação do Exercício da Enfermagem, e dá outras Providências.
Lei 7.498, de 25 de junho de 1986
Garantir acolhimento com classificação de risco, ampliação do acesso e melhoria da qualidade do
pré-natal;
Vinculação da gestante à unidade de referência e ao transporte seguro;
Incorporação das boas práticas na atenção ao parto e ao nascimento;
Garantia da atenção à saúde das crianças de 0 a 24 meses com qualidade e resolutividade;
Garantia de acesso às ações do Planejamento Reprodutivo.
g) assistência de enfermagem à gestante, parturiente e puérpera; h) acompanhamento da evolução e do
trabalho de parto; i) execução do parto sem distocia; j) educação visando à melhoria de saúde da
população. 
Parágrafo único. Às profissionais referidas no inciso II, do art.6º, desta Lei incumbe, ainda: a)
assistência à parturiente e ao parto normal; b) identificação das distocias obstétricas e tomada de
providências até a chegada do médico; c) realização de episiotomia e episiorrafia e aplicação de anestesia
local, quando necessária.
Com integrante da equipe de saúde:
Conferências Internacionais em Saúde 1.
Conferências Internacionais em Saúde da Mulher 2.
II Conferência Internacional dos Direitos Humanos 3.
Conferência Internacional de População e Desenvolvimento - CIPD (Cairo, 1994):4.
Concepção de Saúde reprodutiva como direito humano. 
“Direitos reprodutivos”, contemplando o direito à liberdade de escolha do número de filhos e seu
espaçamento.
Marcos internacionais 
Evolução das políticas 
1940: Criação do Departamento Nacional da Criança 
1975: Programa materno-infantil, que continha delineamentos gerais sobre proteção e assistência
materno-infantil e buscava englobar cuidados ao período pré-concepcional, pré-natal, parto e puerpério.
1980: No auge do movimento feminista brasileiro, os programas iniciais destinados à saúde da mulher são
fortemente criticados, uma vez que a mulher tinha acesso apenas a alguns cuidados de saúde no ciclo
gravídico-puerperal, ficando sem assistência na maior parte de sua vida.
1984: Criação do Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher (PAISM), marcando,
especialmente, uma ruptura conceitual com os princípios norteadores da política de saúde das mulheres e
os critérios para escolha de prioridades neste campo
1988: A história recente da saúde no Brasil tem como marco a Constituição Federal de 1988, que deu
nascimento ao Sistema Único de Saúde (SUS).
2000: Programa Nacional de Humanização (PNHPN) 
2002: Programa Viva Mulher 
2004: Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher.
2005: Política Nacional de Atenção Obstétrica e Neonatal 
2011: Rede Cegonha 
Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher (PAISM)
Boa parte do movimento foi impulsionado e organizado por mulheres.
Passou a compreender um novo conceito de atenção à saúde que tem nas mulheres não mais objetos
reprodutivos das ações de saúde materno-infantil ou de sua exclusão, e sim sujeitos ativos no cuidado de sua
saúde, em todos os ciclos da vida, e para quem a reprodução é um direito e não dever ou desígnio.
Possui diretrizes as propostas de descentralização, hierarquização e regionalização dos serviços;
O novo programa para a saúde da mulher incluía ações educativas, preventivas, de diagnóstico, tratamento e
recuperação, 
Englobando a assistência à mulher em:
Clínica ginecológica
Pré-natal
Parto e puerpério 
Climatério
Planejamento familiar
 DST
 Câncer de colo de útero e de mama
Além de outras necessidades
identificadas a partir do perfil
populacional das mulheres
A situação de saúde envolve diversos aspectos da vida, como a relação com o meio ambiente, o lazer, a alimentação e
as condições de trabalho, moradia e renda. No caso das mulheres, os problemas são agravados pela discriminação nas
relações de trabalho e a sobrecarga com as responsabilidades com o trabalho doméstico.
Reflete o compromisso com a implementação de ações de saúde que contribuam para a garantia dos direitos
humanos das mulheres e reduzam a morbimortalidade por causas preveníveis e evitáveis
Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da
Mulher (PNAISM) - 2004: 
A Política de Atenção à Saúde da Mulher deverá atingir as mulheres em todos os ciclos de vida, resguardadas
as especificidades das diferentes faixas etárias e dos distintos grupos populacionais
Diretrizes 
A atenção integral à saúde da mulher refere-se ao conjunto de ações de promoção, proteção, assistência e
recuperação da saúde, executadas nos diferentes níveis de atenção à saúde 
O SUS deverá garantir o acesso das mulheres a todos os níveis de atenção à saúde
A atenção integral à saúde da mulher compreende o atendimento à mulher a partir de uma percepção ampliada
de seu contexto de vida
Objetivos Gerais
Promover a melhoria das condições de vida e saúde das mulheres brasileiras, mediante a garantia de direitos
legalmente constituídos e ampliação do acesso aos meios e serviços de promoção, prevenção, assistênciacontra as DST/HIV/Aids. 
Pós- parto
A orientação para uso de métodos anticoncepcionais no pós-parto deve considerar se vai ser ou não ser
estabelecida a amamentação exclusiva com leite materno, pois alguns métodos anticoncepcionais interferem na
amamentação. 
Planejamento reprodutivo
Pós abortamento
Os anticoncepcionais hormonais (pílulas, injetáveis, entre outros) podem ser iniciados imediatamente após o
aborto. Podem ser administrados entre o dia do esvaziamento e o 5º dia pós-abortamento. 
DIU
O DIU pode ser inserido imediatamente após aborto espontâneo ou induzido, em mulheres sem nenhum sinal ou
suspeita de infecção. No abortamento que ocorreu no 2º trimestre da gestação, há preocupação pelo risco maior de
expulsão. O DIU está contraindicado para os casos que cursaram com septicemia, até três meses após a cura, e para
mulheres com risco aumentado para DST/HIV. 
Diafragma
O diafragma é um bom método para mulheres motivadas a usá-lo e bem orientadas, mas é preciso repetir a medida
do diafragma após abortamento. 
Métodos comportamentais 
Os métodos comportamentais (tabela, muco cervical, temperatura basal, entre outros) só poderão ser usados após
o estabelecimento de ciclos menstruais regulares.
Anticoncepcionais hormonais
 21, 22 ou 28 comprimidos, iniciando o uso no 1° dia de menstruação ou até o 5° dia, e cessando durante alguns
dias para a “menstruação”. 
Estrogênio + progesterona;
É o método anticoncepcional mais utilizado em todo o mundo;
Proporcionam ciclos menstruais mais regulares, com menor fluxo de sangue e uma quantidade de dias
reduzida;
Não há necessidade de pausas para “descanso”;
Diminuem a incidência de gravidez ectópica, miomas uterinos, cistos ovarianos;
A fertilidade retorna logo após a interrupção do uso.
Mecanismo de ação: Inibem a ovulação e tornam o muco cervical mais espesso para dificultar a passagem do
espermatozoide. Além disso, modificam as características físico-químicas do endométrio, tornando-o impróprio
para a implantação do blastocisto. 
Eventos adversos comuns: náuseas, cefaléia, sangramentos irregulares nos primeiros três ciclos, acne, mastalgia,
ganho de peso. 
Riscos: acidentes vasculares, tromboses venosas profundas, infarto do miocárdio, e aumentam o risco de tumores
de fígado. 
Contraindicações absolutas: histórico de tromboembolismo venoso ou pulmonar, amamentação (15 cigarros por dia); múltiplos fatores de risco para doença arterial; hipertensão; cirurgia
maior com imobilização prolongada; histórico pessoal de AVC, infarto do miocárdio, doença valvular; enxaqueca
com aura; enxaqueca sem aura após os 35 anos; câncer de mama; hepatite viral ativa; tumor hepático benigno ou
maligno. 
Planejamento reprodutivo
Anticoncepcionais hormonais
Tem por objetivo inibir o processo de ovulação
Apresentações: orais, injetáveis, adesivos/implantados
São os métodos mais utilizados 
Tipos: pílula de progestogênio ou pílula combinada (estrogênio e progesterona)
Pílula combinada
Pílula de progesterona ou minipilula
28 a 35 comprimidos, sem interrupção.
Anticoncepcionais hormonais orais combinados
Anticoncepcionais hormonais orais de progestogênio*
*Anticoncepcionais
orais mais
apropriados para a
mulher que
amamenta
Mecanismo de ação: Inibem a ovulação em 15 a 40% dos casos e promovem o
espessamento do muco cervical, dificultando a penetração dos espermatozóides. 
Seu efeito contraceptivo é mais baixo quando comparado às pílulas combinadas
Uso de 28 ou 35 comprimidos, sem necessidade de pausa
Podem ajudar a prevenir doenças benignas da mama, câncer de ovário e endométrio. 
São comuns o ciclo menstrual irregular e/ou sangramentos, mas isso não constitui sinal de perigo. 
Anticoncepcionais hormonal injetável
São combinados dos dois hormônios, sendo um éster de estrogênio natural e um progestogênio sintético. 
Mecanismo de ação: Inibem a ovulação, alteram as características físico-químicas do endométrio para torná-lo
impróprio para fixação do blastócito, tornam o muco cervical mais espesso para dificultar a passagem do
espermatozóide. 
Riscos: TVP, AVC, infarto do miocárdio.
Eventos adversos: Alteração do padrão de menstruação; Ganho de peso; Cefaleia;Vertigem; Sensibilidade
mamária.
Diminuem a frequência e a intensidade das cólicas menstruais
O padrão menstrual sofre menos alterações do que no uso do trimestral 
A primeira injeção deve ser feita até o quinto dia do início da menstruação, e as subsequentes a cada 30 dias.
Em caso de demora superior a três dias para a aplicação, deve ser orientado o uso de camisinha e esperar até a
próxima injeção 
Aplicar via intramuscular profunda, no glúteo
Pode prevenir anemia ferropriva
Injetável Mensal - Progestogênio + estrogênio
Uso perfeito: 0,05 gravidez por
100 mulheres/12 meses; 
Uso típico (inclui a falha do
usuário) = 3 gravidezes por 100
mulheres/12 mesesInjetável Trimensal - Progestogênio
Sem combinação de hormonios, tendo uma preparação de liberação lenta no organismo.
Mecanismo de ação: bloqueio do pico do hormônio luteinizante (LH) para inibir a ovulação, alteram a espessura
endometrial e do muco cervical. O início da ação contraceptiva ocorre dentro de 24 horas após a injeção e é
mantida por até 14 semanas. 
Efeitos adversos: Sangramento menstrual irregular; sensibilidade mamária; ganho de peso; depressão; acne;
cefaléia. 
Contraindicação absoluta: câncer de mama atual
Contraindicações relativas:precoce (idade da primeira
menstruação menor que 12 anos);
Obesidade e sobrepeso ;
Inatividade física ;
Menopausa tardia (após os 55 anos); 
Primeira gravidez após os 30 anos;
Nuliparidade;
O processo de carcinogênese, ou seja, de formação de
câncer, é em geral lento, podendo levar vários anos
para que uma célula prolifere e dê origem a um tumor
palpável. Esse processo é composto de vários estágios,
quais sejam: estágio de iniciação, onde os genes sofrem
ação de fatores cancerígenos; estágio de promoção,
onde os agentes oncopromotores atuam na célula já
alterada; e estágio de progressão, caracterizada pela
multiplicação descontrolada e irreversível da célula. 
Manifestações clínicas:
Nódulo indolor, duro e irregular 
Saída de secreção pelo mamilo ( unilateral e
espontâneo)
Presença de hiperemia, edema, dor, descamação
ou úlcera
Retração cutânea
Dor ou inversão do mamilo
Presença de linfadenopatia axilar/ nódulos
palpáveis
Aumento progressivo do tamanho das mamas.
Fonte: Google Imagens
Detecção Precoce
Detecção precoce é uma forma de prevenção
secundária e visa a identificar o câncer em
estágios iniciais, momento em que a doença
pode ter melhor prognóstico.
Diagnóstico precoce: O objetivo é identificar
pessoas com sinais e sintomas iniciais de uma
determinada doença, primando pela qualidade
e pela garantia da integralidade assistencial em
todas as etapas da linha de cuidado da doença.
Ações: 
Conscientização das mulheres
Identificação de sinais e sintomas
Confirmação diagnóstica em um único serviço
(biópsia) 
Rastreamento: intuito de identificar doenças
em sua fase pré-clínica (assintomática).
Ações:
Mamografia
Exame clínico das mamas (ECM) 
Ressonancia nuclear magnética
Ultrassonografia
Tomografia
A principal ferramenta de rastreio é a
mamografia, recomendada para mulheres
entre 50 a 69 anos a cada dois anos.
OBS: O autoexame das mamas não é indicado
para diagnóstico precoce. É aconselhado para
autocuidado, assim é mais fácil identificar
possíveis alterações.
Intervenções para detecção precoce:
Mamografia
OBS: A mamografia não dá diagnóstico, conduz o
tratamento.
Uso de contraceptivos orais (estrogênio-
progesterona) e terapia de reposição hormonal
pós-menopausa (estrogênio-progesterona)
Riscos da Mamografia:
Sobrediagnósticos
Sobretratamentos
Exames falsos + e - 
Exposição a radiação ionizantes
Tabela da Classificação
do BIRADS
Mamografia em mulheres de alto
risco:
Em mulheres com idade maior ou igual 40
anos:
10 anos antes da idade do parente de 1 grau
CA mama
Mutação BRCA 1: iniciar entre 20-35 anos
Mutação BRCA 2: iniciar entre 25-30 anos
Mulheres submetidas ao RT do tórax antes
dos 30 anos
Mulheres com biópsia de lesões atípicas
Classificação do BIRADS
Trata-se de uma classificação que padroniza os
relatórios mamográficos, dando mais
confiabilidade nos laudos e trazendo mais
segurança aos pacientes.
BIRADS 0: Inconclusivo (complementação)
BIRADS 1: Negativo (repetir anual)
BIRADS 2: Benigno (repetir anual)
BIRADS 3: Provavelmente benigno (repetir
semestral)
BIRADS 4: Suspeito
BIRADS 5: Altamente suspeito
BIRADS 6: Neoplasia conhecida (encaminhar
mastologista)
DICAS!
WEB SIS-CAN 
É a versão em plataforma web que integra os
Sistemas de Informação do Câncer do Colo do
Útero (SISCOLO) e do Câncer de Mama
(SISMAMA).
No sistema, são registrados os exames de
rastreamento e investigação diagnóstica dos
cânceres do colo do útero e de mama, assim como
informações sobre condutas diagnósticas e
terapêuticas relativas ao seguimento dos casos
positivos e/ou alterados. 
Vamos praticar!
 (Residência Multiprofissional-UPE/UPE/2020) Sobre as
recomendações do Ministério da Saúde para rastreamento do
cancer de mama, analise as afirmativas abaixo:
1.
I. A mamografia deve ser realizada como exame de rotina em
mulheres sem sinais de câncer de mama na faixa etária 40 e 59 anos,
a cada 3 anos.
II. A mamografia permite identificar melhor as lesões mamárias em
mulheres após a menopausa. Antes desse período, as mamas são mais
densas, e a sensibilidade da mamografia é reduzida, gerando maior
número de resultados falso-negativos e de falso-positivos.
III. O Ministério da Saúde recomenda contra o rastreamento com
mamografia em mulheres com menos de 50, recomendação contrária
forte: os possíveis danos claramente superam os possíveis benefícios.
Por isso, também as principais diretrizes e os programas de
rastreamento do mundo recomendam o rastreamento de mulheres
abaixo dessa idade. 
IV. Atualmente não se recomenda o autoexame das mamas como
técnica a ser ensinada as mulheres para rastreamento do câncer de
mama. A mulher deve ser estimulada a conhecer o que é normal em
suas mamas e a perceber alterações suspeitas de câncer, sem
periodicidade e técnica padronizadas como ocorrida com o método
de autoexame.
Estão corretas:
a) I, II e IV, apenas.
b)II e IV, apenas.
c) I e III, apenas.
d) II, III e IV, apenas.
e) I, II, III e IV. 
 2. A consulta para mamografia BIRADS 3 deve ser:
a) Comparação com a mamografia anterior
b) Rotina de rastreamento conforme a faixa etária fora do risco
c) Controle radiológico por 3 anos, com repetição do exame a
cada 6 meses no primeiro ano e anual nos 2 anos seguintes
d) Controle radiológico por dois anos e repetição do exame a
cada ano
e) Encaminhamento para tratamento de neoplasia 
Gabarito:
 LETRA D1.
 LETRA C2.
Referências
Brasil. Ministério da Saúde. Protocolos da Atenção Básica : Saúde das Mulheres / Ministério da Saúde, Instituto
Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa – Brasília : Ministério da Saúde, 2016.
Diretrizes para a detecção precoce do câncer de mama no Brasil/ Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes
da Silva – Rio de Janeiro: INCA, 2015.
Rotinas em ginecologia [recurso eletrônico] / Fernando Freitas [et al.] – 6. ed. – Dados eletrônicos. – Porto Alegre :
Artmed, 2011.
SALES, M. F.; et al. Cancer de Mama: Mulher se Toca Disponível em: https://www.extranet.ceuma.br/ceuma-
wordpress/wp-content/uploads/2021/04/Manual-de-Ca%CC%82ncer-de-Mama.pdf. Acesso em: 27 fev. 2024. 
https://www.extranet.ceuma.br/ceuma-wordpress/wp-content/uploads/2021/04/Manual-de-Ca%CC%82ncer-de-Mama.pdf
https://www.extranet.ceuma.br/ceuma-wordpress/wp-content/uploads/2021/04/Manual-de-Ca%CC%82ncer-de-Mama.pdf
Câncer de Mama:
Exame Clinico das mamas (ECM)
Inspeção estática:
Deve ser realizado por um profissional de saúde e dividido em: inspeção estática e dinâmica das mamas,
palpação das mamas e linfonodos.
Nessa fase do exame é solicitado à mulher para retirar a blusa e sentar-se na maca enquanto o
profissional realiza a inspeção das mamas, observando, cor, simetria, abaulamentos, erupções,
descamações, e outras alterações visíveis.
Inspeção dinâmica:
 Nesse momento o profissional pede para mulher fazer os movimentos com o braço, conforme a figura
abaixo, para observar se existe alguma alteração que não foi possível observar na fase anterior
Realizar palpação dos linfonodos axilares, supraclaviculares e mamas, uma de cada vez (examinar todo o
tecido mamário de forma circular da área distal para proximal do mamilo). A região do mamilo deve ser
palpada e não pressionada (comprimida) a menos que haja descarga papilar espontânea; 
Palpação:
Documentação dos achados:
Após a finalização do exame é necessário informar a cliente o que foi encontrado e solicitar exames
complementares se necessário
Caso tenha sido encontrado algum nódulo é preciso registrar: tamanho em centímetros; mobilidade;
forma; consistência; grau de sensibilidade dolorosa; localização em quadrantes
Periodicidade do ECM:
Entre 40 à 49 anos: ECM anual, se alterado solicitar mamografia
Entre 50 à 69 anos: ECM anual e mamografia de 2 anos (caso nao seja encontrado nada sugestivo)
Câncer ginecológico 
Organizado por: Maira Lima e Alana Bezerra
Câncer ginecológico:
 O câncer ginecológico compreende aos tumores desenvolvidos no sistema reprodutor feminino, podendo
acometer colo e corpo do útero, útero, ovários, tubas uterinas, vagina e vulva, sendo o mais frequente entreeles o
câncer de colo de útero. O desenvolvimento das neoplasias ginecológicas está associado à idade avançada, infecção
por repetição, uso inadequado de terapia hormonal, hábitos alimentares, tabagismo e histórico familiar e pessoal
de queixas ginecológicas.
 Tratamento: O tratamento a ser adotado para o
câncer ginecológico varia a partir das
características de cada caso, entretanto podem ser
adotadas as quimioterapias, radioterapias,
hormonioterapias e procedimentos cirúrgicos.
 * No caso do câncer de colo de útero, 99,7% das
vezes o desenvolvimento da neoplasia é a partir
da infecção pelo Papilomavírus Humano (HPV)
associada ao estilo de vida.
Câncer de colo de útero
 * Segundo a Organização Pan-americana de
Saúde (OPAS), o câncer de colo de útero é a
principal causa de morte entre as mulheres da
América Latina e do Caribe, mesmo sendo uma
doença evitável.
O câncer de colo de útero é uma condição causada pela infecção persistente pelo papilomavírus humano (HPV) em
seus tipos oncogênicos, principalmente os tipos 16 e 18. O HPV trata-se de um vírus transmitido por meio do
contato, majoritariamente pela relação sexual, sendo o responsável por 70% das lesões cancerosas e cânceres de
cancer colo de útero. O HPV além de causar 99,7% dos
canceres de colo de útero, também são associados ao
desenvolvimento de câncer de ânus, vulva, vagina,
pênis e orofaringe.
Infecção por HPV: Trata-se de uma infecção viral muito comum que afeta a pele e mucosas (como o trato
reprodutivo) transmitida por meio do contato direto com a região infectada, também pode ser transmitida
sexualmente e por isso é considerada uma infecção sexualmente transmissível (IST), acredita-se que a maioria das
pessoas irão se infectar com o HPV por meio da relação sexual em algum momento da vida, sendo mais provável
durante o início da vida sexual. Existem muitos tipos de HPV e em sua maioria não causam problemas maiores do
que a própria infecção, sendo esta solucionada dentro de alguns meses sem a necessidade de algum intervenção,
entretanto a repetição da infecção por tipos oncogênicos é capaz de acarretar o desenvolvimento de lesões
cancerosas.
Sinais e sintomas do HPV: Um indivíduo que esteja infectado com HPV pode apresentar sintomas clínicos
(verrugas visíveis, uma ou mais, e que podem ser classificadas de maneiras diferentes), sintomas subclínicos (lesões
invisíveis a olho nu) e também podem não apresentar sintoma algum e estar com o vírus em sua fase latente por
vários anos.
Lesões por HPV:
Fonte: Papiloma Vírus Humano: Saiba Mais Sobre O HPV - Dra. keilla Freitas Fonte: O que vocÊ sabe sobre o HPV? - Paula tostes
Prevenção do Câncer de colo de útero: 
Vacina contra o HPV;
Educação sobre práticas sexuais seguras;
Ações de prevenção ao fumo;
Realização do exame citopatológico em
correta periodicidade ao início da vida sexual.
Rastreamento do câncer de colo de útero:
 O rastreamento se trata de um padrão de testagem regular em uma população que seja condizente com o padrão
epidemiológico da patologia em questão e que não apresenta sintomas, portanto está sadio.
Rastreamento do Câncer de colo de útero: 
Realizado por meio do exame citopatológico
(papanicolau) com periodicidade de uma vez ao ano
e, após dois exames com resultados negativos
consecutivos, a cada três anos, em mulheres de 25 á
60 anos de idade.
Exame ginecológico:
Fonte: Carolina Horita/Bebê.com.br
 Inicia-se o exame ginecológico com a inspeção da
genitália externa, onde se avalia odor, secreção
vaginal, presença de lesões ou verrugas, alterações na
pele ou sensibilidade regional e atentar-se as queixas 
 Antes de mais nada, o profissional que realizará o
exame deve se apresentar, perguntar ao pacinete
como este deseja ser chamado e coletar a anamnese do
paciente.
 Para a realização do exame ginecológico o paciente
deve estar posicionado em posição ginecológica
(posição litotômica).
 Imediatamente antes de realizar o exame o
profissional deve higienizar bem as mãos e calçar as
luvas de procedimento.
que o paciente referir, como sangramentos
inesperados e prurido.
Exame citopatológico (Papanicolau ou exame
especular): Para realização deste exame é necessário
a utilização de um espéculo, que deve ser testado
antes da inserção para garantia do funcionamento e
que deve ter tamanho adequado a estatura física do
paciente. Para a introdução do espéculo deve-se
utilizar da mão não dominante para afastar os lábios
da vulva e expor o introito vaginal, com a mão
dominante deve ser introduzido o espéculo em
posição oblíqua e girando-o em sentido horário a
medida que este é introduzido, quando estiver em
uma profundidade adequada o espéculo deve ser
ajustado com suas valvas abertas.
 Após a abertura das valvas do espéculo é necessário
garantir que este esteja pinçando o colo do útero do
paciente, para então realizar a coleta.
Coleta de material: 
Para a coleta na ectocérvice é utilizada a espátula
de Ayre, que com a ponta mais longa apoiada no
óstio externo do útero deve-se realizar uma rotação
de 360° para coletar material de todo o colo, em
seguida deve ser feito o esfregaço do material
coletado sobre uma lâmina de modo vertical.
Para a coleta na endocérvice é utilizada a escova
endocervical, que deve ser levemente introduzida no
óstio externo do útero e realizar a rotação de 360°,
em seguida novamente fazer o esfregaço da coleta
sobre a mesma lâmina, entretanto sem sobrepor a
amostra ectocervical com a endocervical, e de modo
horizontal. 
Para garantir a fixação do material coletado, a
lâmina deve ser inteiramente mergulhada em um
frasco com álcool a 96% e com a devida identificação
do paciente.
Negativo - Colo saudável permanece
inteiramente normocorado (rosado);
Positivo - Colo apresenta regiões de lesão
acetobranca (esbranquiçado).
Negativo - Colo saudável muda inteiramente de
cor para um marrom forte;
Positivo - Colo apresenta regiões em que a
coloração do iodo não faz efeito.
Teste IVA - Ácido acético: O teste de IVA deve ser
realizado apartir da impregnação do colo do útero e
cavidade vaginal com álcool acético. Para a
realização do procedimento, os materiais necessários
devem ser preparados previamente ao início da
consulta ginecológica, deve ser colocado em uma
cuba redonda alguns chumaços de algodão e em
seguida despejado ácido acético até que o algodão
esteja embebido, com auxílio da pinça Cheron
descartável o profissional deve introduzir o algodão
molhado de ácido acético e recobrir todo o colo do
útero com a substância, aguardar alguns instantes,
verificar a reação do colo do útero à este
procedimento e em seguida enxugar com gazes secas
para evitar acúmulo de líquido.
Teste de Schiller - Lugol/ Iodo: O teste de IVA deve
ser realizado apartir da impregnação do colo do
útero e cavidade vaginal com Lugol (Iodo aquoso).
Para a realização do procedimento, os materiais
necessários devem ser preparados previamente ao
início da consulta ginecológica, deve ser colocado em
uma cuba redonda alguns chumaços de algodão e em
seguida despejado Lugol até que o algodão esteja
embebido, com auxílio da pinça Cheron descartável o
profissional deve introduzir o algodão molhado de
iodo e recobrir todo o colo do útero com a
substância, aguardar alguns instantes, verificar a
reação do colo do útero à este procedimento e em
seguida enxugar com gazes secas para evitar acúmulo
de líquido.
Rastreamento do câncer de colo de útero:
Possíveis resultados do procedimento
respectivamente: 
Fonte: Encontro de Coordenação MISAU, 29 de Abril 2010
Fonte: Tumores do colo uterino, Francisco J. Candido dos Reis
Possíveis resultados do procedimento
respectivamente: 
Fonte: Lugol Negativo, Iodo Positivo. O Que é Teste de Schiller -
Dra. Flávia Menezes
Fonte: Lugol Positivo, Iodo Negativo. O Que é Teste de Schiller -
Dra. Flávia Menezes
Amostra dentro dos limites da normalidade;
Metaplasia escamosa imatura;
Reparação;
Inflamação sem identificação do agente;
Achados microbiológicos;
Atrofia com inflamação;
Indicativo de radiação (deve haver registro detratamento radioterápico);
Presença de células endometrias normais, mesmo que fora do período menstrual ou em mulheres
menopausadas.
Atipias de significado indeterminado;
Lesão intraepitelial de baixo grau;
Lesão intraepitelial de alto grau;
Lesão intraepitelial de alto grau sem a possibilidade de exclusão de microinvasão ou de carcinoma
epidermóide invasor;
Adenocarcinoma in situ ou invasor.
Amostra insatisfatória para avaliação;
Amostra satisfatória para avaliação;
Esfregaço normal apenas com células escamosas.
Rastreamento do câncer de colo de útero:
Resultados considerados NORMAIS da coleta de material citopatológico: 
Resultados considerados ANORMAIS da coleta de material citopatológico: 
Adequabilidade da amostra coletada: 
Para mais informações sobre
os laudos, protocolos e
recomendações verificar
quadros da parte 4 do
documento “Protocolos de
atenção básica - Saúde da
mulher”
NICI:
Desordenação que ocorre nas camadas mais basais do epitélio estratificado, estamos diante de uma Neoplasia
Intraepitelial Cervical Grau I (NIC I) – Baixo Grau (anormalidades do epitélio no 1/3 proximal da
membrana).
Expressão citomorfológica de uma infecção transitória e têm alta probabilidade de regredir, de tal forma que
atualmente não é considerada como lesão precursora do câncer do colo do útero.
NIC II
Caracterizada por uma desordenação avança 2/3 proximais da membrana, já considerada uma lesão de alto
grau
NIC III
Nesse estagio o desarranjo é observado em todas as camadas, sem romper a membrana basal.
A história natural do câncer do colo do útero geralmente apresenta um longo período de lesões precursoras,
assintomáticas, curáveis na quase totalidade dos casos quando tratadas adequadamente, conhecidas como NIC.
Porém essas neoplasias são dividas em 3 (NIC I,NIC II, NIC III) cada uma com sua definição:
Neoplasia intraepitelial cervical: NIC
É valido ressaltar que para chegar ao câncer invasor a lesão não precisa obrigatoriamente passar por todos os
estágios
Vamos praticar!
1- Qual é a periodicidade correta para realizar a
prevenção ginecológica?
____________________________________
____________________________________
2- Quais são os fatores de risco para o
desenvolvimento do câncer de colo de útero?
____________________________________
____________________________________
____________________________________
____________________________________
3- Associe as colunas abaixo:
(1) Lugol positivo;
(2) Lugol negativo;
(3) Teste de ácido acético positivo;
(4) Teste de ácido acético negativo.
( ) Iodo negativo;
( ) Presença de lesões acetobrancas;
( ) Colo normocorado (inteiramente rosado);
( ) Iodo positivo.
4- Quais recomendações devem ser seguidas nos dias
ANTES da realização do exame papanicolau?
____________________________________
____________________________________
____________________________________
____________________________________
5- Quais condutas que devem ser seguidas ao
resultado de um exame citopatológico com presença
de lesão intraepitelial de baixo grau?
____________________________________
____________________________________
____________________________________
____________________________________
6- Em quais situações um indivíduo que nasceu com
o sistema reprodutor feminino deve parar de realizar
a prevenção ginecológica?
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____________________________________
____________________________________
____________________________________
____________________________________
____________________________________
Referências
Brasil. Ministério da Saúde. Protocolos da Atenção Básica : Saúde das Mulheres / Ministério da Saúde, Instituto Sírio-
Libanês de Ensino e Pesquisa – Brasília : Ministério da Saúde, 2016.
DA ROSA, Luciana Martins et al. Mulheres com câncer ginecológico: significado da braquiterapia. Ciência, Cuidado E
Saúde, v. 20, 2021.
Divisão de Apoio à Rede de Atenção Oncológica. – Rio de Janeiro: INCA, 2016.
Instituto Nacional de Câncer (Brasil). Diretrizes brasileiras para o rastreamento do câncer do colo do útero.
Organização Pan-americana em saúde. HPV e câncer no colo do útero. 2021
 
Infecções SexualmenteTransmissíveis
(IST) 
Organizado por: Thadeu e Hinara.
Promoção e prevenção da saúde
Rastreamento
Diagnóstico
Precoce
Acolhimento
Encaminhamentos
Convocar parceiros
Prevenção da transmissão
vertical HIV e Sífilis
Aconselhamento
Notificação
Tratamento
Redução de danos
Os Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas – PCDT são documentos que estabelecem os critérios para
diagnóstico de infecções/doenças ou agravos à saúde; o tratamento preconizado com medicamentos e demais
produtos apropriados; as posologias recomendadas; os mecanismos de controle clínico; e o acompanhamento e a
verificação dos resultados terapêuticos a serem seguidos pelos profissionais de saúde e gestores do Sistema Único
de Saúde – SUS.
IST´S
Atuação da Atenção Primária
Abordagens: 
Ambiente interativo: Sala de espera
Ambiente privativo: Anamnese, Exame físico,
Aconselhamento
Fonte: Google Imagens
Saúde sexual
A saúde sexual é uma parte fundamental da promoção da
saúde e do desenvolvimento humano, abrangendo aspectos
físicos, emocionais, intelectuais e sociais da sexualidade.
Ela contribui positivamente para o enriquecimento
pessoal, a comunicação, o prazer e o amor.
A sexualidade é uma parte essencial da experiência
humana, abrangendo diversos elementos como sexo,
identidade de gênero, orientação sexual, erotismo,
intimidade e reprodução. Ela é influenciada por uma
variedade de fatores biológicos, psicológicos, sociais,
culturais e outros. A sexualidade pode ser vivenciada e
expressa de várias formas, incluindo pensamentos,
fantasias, desejos, valores, comportamentos e
relacionamentos. Nem todas as pessoas experienciam ou
expressam todas essas dimensões da sexualidade.
Prevenção Combinada e Sexo
seguro
A percepção dos riscos de contrair uma infecção
sexualmente transmissível (IST) varia entre as pessoas e ao
longo da vida. A prevenção dessas infecções é fundamental
para manter projetos pessoais, como relacionamentos
saudáveis, filhos e uma vida sexual satisfatória. Para
garantir uma prevenção eficaz, é importante utilizar todos
os avanços científicos disponíveis. A Prevenção Combinada
e a prática de sexo seguro são ferramentas importantes para
gerenciar o risco individual. Os profissionais de saúde
devem oferecer orientações personalizadas para cada pessoa
com vida sexual ativa, ajudando-a a reconhecer e minimizar
seu risco.
O que é Prevenção
Combinada?
A prevenção Combinada refere-se à integração de diversas
estratégias de prevenção de infecções sexualmente
transmissíveis (IST), HIV e hepatites virais, juntamente
com seus fatores associados. Essa abordagem envolve
intervenções biomédicas, comportamentais e estruturais
(como marcos legais), aplicadas tanto a nível individual
quanto coletivo. A combinação dessas diferentes
abordagens não esgota todos os significados e
possibilidades da Prevenção Combinada.
Agente etiológico X Infecção
A mandala representa a combinação e a ideia de
movimento de algumas das diferentes estratégias de
prevenção, tendo sido inicialmente proposta para a
infecção pelo HIV. Não há hierarquização entre as
estratégias. Essa combinação de ações deve ser
centrada nas pessoas, nos grupos a que elas
pertencem e na sociedade em que estão inseridas,
considerando as especificidades dos sujeitos e dos
seus contextos.
Os profissionais de saúde devem usar a mandala na
orientação sobre prevenção às pessoas sob risco de
IST, HIV e hepatites virais. Utiliza-se a mesma
lógica empregada em relação à saúde reprodutiva. 
O que é Sexo seguro?
 Usar preservativo;
 Imunizar para HAV, HBV e HPV;
 Conhecer o status sorológico para HIV da(s) parceria(s)
sexual(is);
 Testar regularmente para HIV e outras IST;
 Tratar todas as pessoas vivendo com HIV – PVHIV
(Tratamento como Prevenção e I= Ia);
 Realizar exame preventivo de câncer de colo do útero
(colpocitologia oncótica);
 Realizar profilaxiapré-exposição – PrEP, quando indicado;
 Conhecer e ter acesso aos métodos de anticoncepção e
concepção;
 Realizar profilaxia pós-exposição – PEP, quando indicado.
O termo “sexo seguro” é associado ao uso exclusivo de
preservativos.
Todavia, por mais que os preservativos sejam uma
estratégia fundamental a ser sempre
estimulada, o seu uso possui limitações. Assim, outras
medidas de prevenção são
importantes e complementares para uma prática
sexual segura, como as apresentadas
a seguir:
Úlceras Genitais
Cancroide
Herpes genital
Donovanose
Linfogranuloma venéreo
Sífilis 
Diagnóstico 
Tratamento 
Fonte: Google Imagens
Cancroide (Cancro mole)
É causado pelo Haemophilus ducreyi
Período de incubacao é de 3 a 5 dias, podendo
se estender por até 2 semanas
Lesões 
Dolorosas
Geralmente múltiplas 
Borda irregular, apresenta contornos
eritemato-edematosos e fundo heterogêneo,
recoberto por exsudato necrótico, amarelado,
com odor fétido, que quando removido, revela
tecido de granulação com sangramento fácil 
Cicatrização pode ser desfigurante
Bactérias atingem os linfonodos inguino-
crurai (bubao)
Microscopia- Teste laboratorial, esfregaços,
base da úlcera, aspiração do bubao.
OBS: o resultado negativo não exclui a
possibilidade de presença do patógeno, pois
nem sempre é possível visualizar as morfologias
típicas.
Primeira opção: Azitromicina 500mg, 2
compimidos, VO, dose única.
Segunda opção: Ceftriaxona 250mg, IM, dose
única 
OU
Ciprofloxacino 500mg, 1 comrpimido, VO,
2x/dia, por 3 dias.
ORIENTAÇÕES:
O tratamento deve ser acompanhado com 
medidas de higiene;
O tratamento das parcerias sexuais é
recomendado, mesmo quando assintomáticas.
Herpes genital
É causada pelo herpes simplex virus tipo 2 
Período de incubação médio de 6 dias
O vírus não penetra em pele ou mucosa
íntegra 
Lesões 
Eritemato-papulosas rapidamente evoluem para
vesículas sobre base eritematosa, muito dolorosa
e de localização variável na região genital. 
Fonte: Google Imagens
Manifestações clínicas 
Não há cura definitiva
As gestante com herpes simples apresentam
risco acrescido de complicações fetais e
neonatais, sobretudo quano a infecção
ocorre no fina da gestação. 
Diagnóstico 
Tratamento 
Febre
Mal estar
Mialgia e disúria
Com ou sem retenção 
DICAS!
Microscopia- Teste laboratorial
Manifestação clínica 
Linfadenopatia inguinal e/ou femoral 
Lesões
Diagnóstico
Tratamento
Lesões
Linfogranuloma Venéreo (LGV)
É causado por Chlamydia trachomatis (sorotipos L1,
L2, L3)
Período de incubação: 3 a 30 dias
disseminação aos
tecidos linfáticos
Evolução da doença ocorre em 3 fases:
Fase de inoculação: inicia-se pro pápula, pústula
ou exulceração indolor, que desaparece sem deixar
sequelas.
Após 1 - 6 semanas: Fase de disseminação
linfática regional: linfadenopatia inguinal
geralmente unilateral (em 70% dos caos)
Fase de sequelas: o comprometimento ganglionar
evolui com supuração e fistulização, a obstrução
linfática crônica leva a elefantíase genital.
Fonte: Google Imagens
Laboratorial após 4 semanas de infecção
Exame ocorre por meio da retirada de linfonodos
ou de material colhido por biópsia retal.
Primeira opção: Doxiciclina 100 mg, VO, 1
comprimido, 2x/dia, por 21 dias 
Segunda opção: Azitromicina 500mg, 2
comprimidos, VO, 1x/semana, por 21 dias.
Fonte: PCDT, 2022.
Donovanose
É causado pela bactéria Klebsiella granulomatis,
é uma IST crônica progressiva.
Período de incubação: 30 dias a 6 meses
Acomete preferencialmente pele e mucosas das
regiões genitais, perianais, inguinais.
Ulceração de borda plana ou hipertrófica bem
delimitada
Fundo granuloso
Aspecto vermelho vivo e de sangramento fácil
Lesões múltiplas, há predição pelas regiões de
dobras e região perianal.
Fonte: Google Imagens
Tratamento
Diagnóstico
Primeira opção: Azitromicina 500mg, 2 comprimidos, VO, 1X/semana, por pelo menos 3 semanas, ou até a
cicatrização das lesões.
 
Segunda opção: Doxiciclina 100 mg, 1 comprimido, VO, 2x/dia, por pelo menos 21 dias, ou até o
desaparecimento completo das lesões.
Fonte: PCDT, 2022.
OBS: Gestante: Eritromicina 500mg, VO, de 6/6 horas, de 3 semanas até a cura.
O diagnóstico se dará pela exclusão de casos de sífilis e cancroide.
Laboratorial com material de lesões suspeitas através dos corpúsculo de Donovan.
Sífilis
Doença infecciosa que evolui lentamente em três estágios, ger. transmitida por
contato sexual, e mais raramente por contaminação fetoplacentária, causada
pela bactéria Treponema pallidum e caracterizada por lesões da pele e mucosas.
 A transmissibilidade da sífilis é maior nos estágios iniciais da doença (sífilis primária e
secundária), diminuindo gradualmente com o passar do tempo (sífilis latente recente ou
tardia). Cabe ressaltar que, no primeiro ano de latência, 25% dos pacientes apresentam
recrudescimento do secundarismo e, portanto, pode haver a transmissão. Essa maior
transmissibilidade explica-se pela riqueza de treponemas nas lesões, comuns na sífilis
primária (cancro duro) e secundária (lesões muco-cutâneas).
Em gestantes, a taxa de transmissão vertical de sífilis para o feto é de até 80% intraútero. Essa forma de
transmissão pode ocorrer, ainda, durante o parto vaginal, se a mãe apresentar alguma lesão sifilítica.
Classificação da Sífilis
Sífilis primária
 o tempo de incubação é de dez a 90 dias (média de três semanas). A primeira manifestação é caracterizada por uma
úlcera rica em treponemas, geralmente única e indolor, com borda bem definida e regular, base endurecida e fundo
limpo, que surge no local de entrada da bactéria (pênis, vulva, vagina, colo uterino, ânus, boca ou outros locais do
tegumento), sendo denominada “cancro duro”.
Ocorre em média entre seis semanas e seis meses após a cicatrização do cancro, ainda que manifestações iniciais,
recorrentes ou subentrantesdosecundarismo possam surgir em um período de até um ano. Excepcionalmente, as
lesões podem ocorrer em concomitância com a manifestação primária. As manifestações são muito variáveis, mas
tendem a seguir uma cronologia própria. Inicialmente, apresenta-se uma erupção macular eritematosa pouco
visível (roséola), principalmente no tronco e raiz dos membros. Nessa fase, são comuns as placas em mucosas, assim
como lesões acinzentadas e pouco visíveis nas mucosas. As lesões cutâneas progridem para lesões mais evidentes,
papulosas e eritematoacastanhadas, que podem atingir todo o tegumento, sendo frequentes nos genitais.
Habitualmente, acometem a região plantar e palmar, com um colarinho de escamação característico, em geral não
pruriginoso.
Sífilis secundária: 
Período em que não se observa nenhum sinal ou sintoma. O diagnóstico faz-se exclusivamente pela reatividade dos
testes treponêmicos e não treponêmicos. A maioria dos diagnósticos ocorre nesse estágio. A sífilis latente é
dividida em latente recente (até um ano de infecção) e latente tardia (mais de um ano de infecção).
Aproximadamente 25% dos pacientes não tratados intercalam lesões de secundarismo com períodos de latência.
Sífilis latente:
Fonte: Protocolo deExames diretos de sífilis 
Os exames diretos são aqueles em que se realiza a pesquisa ou detecção do T. pallidum em amostras coletadas
diretamente das lesões, e estão descritos na imagem abaixo:
Testes treponêmicos: são testes que detectam anticorpos específicos produzidos contra os antígenos de T. pallidum.
São os primeiros a se tornarem reagentes, podendo ser utilizados como primeiro teste ou teste complementar. Em
85% dos casos, permanecem reagentes por toda vida, mesmo após o tratamento e, por isso, não são indicados para
o monitoramento da resposta ao tratamento.
Testes não treponêmicos: 
Esses testes detectam anticorpos anticardiolipina não específicos para os antígenos do T. pallidum. Permitem uma
análise qualitativa e quantitativa. Sempre que um teste não treponêmico é realizado, é imprescindível analisar a
amostra pura e diluída, em virtude do fenômeno prozonac. Uma vez observada reatividade no teste, a amostra
deve ser diluída em um fator dois de diluição,até a última diluição em que não haja mais reatividade no teste. O
resultado final dos testes reagentes, portanto, deve ser expresso em títulos (1:2, 1:4, 1:8 etc.). Os testes não
treponêmicos são utilizados para o diagnóstico (como primeiro teste ou teste complementar) e também para o
monitoramento da resposta ao tratamento e controle de cura.
Testes treponêmicos:
A queda adequada dos títulos nos testes não treponêmicos é indicativa de sucesso no tratamento da sífilis. Os testes
mais comuns no Brasil incluem o VDRL, RPR e USR, mas é importante realizar testes treponêmicos e não
treponêmicos para um diagnóstico preciso, já que resultados falso-reagentes podem ocorrer. Os testes não
treponêmicos tornam-se reagentes em cerca de uma a três semanas após o aparecimento do cancro duro. Títulos
baixos nesses testes podem persistir por meses ou anos, indicando sífilis latente tardia, que requer tratamento. A
cicatriz sorológica, caracterizada pela persistência de resultados reagentes com baixa titulação após o tratamento,
excluída a reinfecção, é um fenômeno conhecido.
IMPORTANTE:
Fonte: Protocolo
Diagnóstico de sífilis 
O diagnóstico de sífilis requer uma avaliação completa, incluindo dados clínicos, resultados de testes laboratoriais,
histórico de infecções passadas e investigação de exposição recente. A presença de sinais e sintomas sugestivos da
doença é importante, mas não é conclusiva, pois não há um sinal ou sintoma específico da sífilis. Para confirmar o
diagnóstico, são necessários testes diagnósticos. Exames diretos são indicados nas fases sintomáticas, enquanto os
testes imunológicos podem ser usados em fases sintomáticas e de latência.
Fonte: Protocolo
Importante
Consultar no protocolo: Interpretação dos testes imunológicos e conduta
A benzilpenicilina benzatina é o tratamento de escolha para sífilis, especialmente durante a gestação, sendo a única
com eficácia comprovada nesse contexto. Não há evidências de resistência do T. pallidum à penicilina. Outras
opções, como doxiciclina e ceftriaxona, são reservadas para não gestantes, mas devem ser usadas com
acompanhamento clínico e laboratorial rigoroso para garantir a resposta ao tratamento. Recomenda-se
tratamento imediato com benzilpenicilina benzatina após apenas um teste reagente para sífilis em gestantes,
vítimas de violência sexual, pessoas com risco de perda de seguimento, com sinais/sintomas de sífilis primária ou
secundária, ou sem diagnóstico prévio de sífilis. Porém, o tratamento com um teste reagente não exclui a
necessidade de um segundo teste, monitoramento laboratorial e tratamento das parcerias sexuais. Para pacientes
sintomáticos com suspeita de sífilis primária e secundária e impossibilidade de realizar testes diagnósticos, é
recomendado tratamento empírico imediato, assim como para suas parcerias sexuais.
Fonte: Protocolo
Vírus da imunodeficiência humana (HIV)
É o vírus causados da Síndrome da
imunodeficiência adquirida (AIDS);
Período de incubação de 3 à 6 semanas após o
contato;
Caracterizado pela suspensão do sistema
imunológico.
Características clínicas
Fase Viral - Sintomas semelhantes á uma
síndrome gripal (febre e mal-estar);
Fase Assintomàtica - marcada pela interação
das células de defesa do organismo com o vírus;
Fase Sintomática inicial - Suores noturnos,
emagrecimento, febre diarréia são os principais
sintomas desta fase;
Síndrome da Imunodeficiência adquirida
(AIDS) - Doença avançada.
Transmissão
Sexual;
Sanguíneo;
Vertical.
Diagnóstico
Detecção de anticorpos:
ELISA;
Western-blot;
Imunofluorescência indireta;
Radioimunoprecipitação.
Detecção de antígenos:
Pesquisa de Antígeno p24.
Cultura viral:
Cultura de células mononucleares de sangue
periférico para isolamento do HIV;
Cultura quantitativa de células;
Cultura quantitativa de plasma.
Amplificação do genoma do vírus:
Análise quantitativa direta da carga viral
através de técnicas baseadas na amplificação de
ácidos nucleicos, tais como a reação de
polimerase em cadeia (PCR) quantitativa,
amplificação de DNA em cadeia ramificada
(bDNA) e amplificação seqüencial de ácidos
nucleicos (NASBA)
Prevenção
Tratamento
O HIV não tem cura, portanto a terapia
medicamentosa adotada para o tratamento do
HIV é utilizada com o intuito de evitar e
retardar a evolução da infecção por HIV para
uma condição adoecedora, é denominada
Terapia Antirretroviral (TARV), é o método
mais eficaz descoberto até então e
disponibilizado gratuitamente pelo Sistema
Único de Saúde (SUS), é efetivo para o
tratamento da condição de saúde e permite que
as pessoas que vivem com HIV (PVHIV) tenham
uma vida plena.
 Os medicamentos utilizados preferencialmente
para iniciar o tratamento é a associação de dois
ITRN/ITRNt – lamivudina (3TC) e tenofovir
(TDF) e um inibidor de integrase (INI) –
dolutegravir (DTG).
Tabelas de tratamento
Fonte: Protocolo clínico e diretrizes terapêuticas para manejo da infecção pelo HIV em adultos 
Fonte: Protocolo clínico e diretrizes terapêuticas para manejo da infecção pelo HIV em adultos 
Características clínicas
Diagnóstico
DICA!
A vaginose bacteriana pode ser desencadeada
pela relação sexual em mulheres predispostas,
ao terem contato com sêmen de pH elevado. 
Odor fétido
Branco-acinzentado
Fluido ou cremoso
Fonte: Google Imagens
Exame a fresco ou esfregaço
Pelos menos 3 Critérios de Amsel:
Corrimento vaginal homogêneo geralmente
acinzentado e quantidade variável
pH > 4,5= Vaginose bacteriana
pH 5,0.
OBS: Não há complicações sérias na mulher, mas
pode propiciar a transmissão de outros agentes
infecciosos como a DIP, Vaginose Bacteriana.
Fonte: Google Imagens
Tratamento
Primeira opção (incluindo gestantes e lactantes):
 
Metronidazol 250mg, 2 comprimidos, VO,
2x/dia, por 7 dias 
OU
Metronidazol gel vaginal 100mg/g, um
aplicador cheio via vaginal, à noite ao deitar-se,
por 5 dias.
Segunda opção: 
 
Clindamicina 300mg, VO, 2x/dia, por 7 dias.
Recorrente:
Metronidazol 250mg, 2 comprimidos, VO,
2x/dia, por 10-14 dias
OU
Metronidazol gel vaginal 100mg, um
aplicador cheio, via vaginal, 1x/dia, por 10
dias, seguido de tratamento supressivo com
óvulo de ácido bórico intravaginal de 600 mg
ao dia pro 21 dias e metronidazol gel vaginal
100mg/g, 2x/semana, por 4-6 meses.
ORIENTAÇÕES: 
O tratamento das parcerias sexuais não está
recomendado;
Para as puérperas, recomenda-se o mesmo
tratamento das gestantes.
Tricomoníase
É a vulvovaginite menos frequente;
É causada pelo protozoário flagelado
unicelular Trichomonas vaginalis, e o parasita
mais frequente encontrado na genitália
feminina;
Risco de transmissão de 60% a 80%.
Corrimento abundante, amarelo ou amarelo
esverdeado, por vezes acinzentado;
Bolhoso e espumoso
Odor fétido (lembrando peixe)
Prurido eventual
Sintomas urinários (disúria)
Teste de Shiller aspecto “tigróide”
Característicasclínicas
Candidíase vulvovaginal
Candida albicans é o agente causador da candidíase vulvovaginal em 80% a 92% dos casos, sendo que o restante
pode ser devido a outras espécies, como Candida glabrata, tropicalis, krusei, parapsilosis e Saccharomyces
cerevisiae. Durante a vida reprodutiva, 10% a 20% das mulheres serão colonizadas por Candida spp. de forma
assintomática, não necessitando de tratamento.
Gravidez;
Obesidade;
 Diabetes mellitus (descompensado);
 Uso de corticoides;
 Uso de antibióticos;
 Uso de contraceptivos orais;
 Uso de imunossupressores ou quimio/radioterapia;
 Alterações na resposta imunológica (imunodeficiência);
 Hábitos de higiene e vestuário que aumentem a umidade e o calor local;
 Contato com substâncias alergênicas e/ou irritantes (ex.: talcos, perfumes, sabonetes ou desodorantes
íntimos)
 Infecção pelo HIV.
Diagnóstico de candidíase vulvovaginal 
Na candidíase vulvovaginal (CVV) clássica, a paciente pode apresentar prurido, ardência, corrimento geralmente
grumoso e sem odor, dispareunia de introito vaginal e disúria externa. Os sinais característicos incluem eritema e
fissuras vulvares, corrimento grumoso com placas de cor branca aderidas à parede vaginal, edema vulvar,
escoriações e lesões satélites, por vezes pustulosas pelo ato de coçar. A citologia a fresco pode ser realizada com
soro fisiológico e hidróxido de potássio a 10% para visualizar hifas e/ou esporos dos fungos. O pH vaginal na CVV
é normal (após meses ou anos.
O tratamento deve ser personalizado, levando em consideração as características das lesões, os recursos
disponíveis, os efeitos adversos e a experiência do profissional. Como a doença geralmente se resolve sozinha,
devem ser evitados tratamentos que possam causar cicatrizes desfigurantes.
A imunodeficiência não altera as recomendações de tratamento, mas pacientes nessas condições tendem a ter uma
resposta pior, exigindo maior atenção devido ao risco de complicações.
Tratamento domiciliar
O imiquimode é um creme autoaplicável que modula a resposta imunológica, induzindo a produção de interferon
alfa e outras citocinas. É conveniente por reduzir as visitas ao serviço de saúde, mas requer instruções detalhadas
sobre sua aplicação e potenciais complicações. Homens não circuncidados que tratam verrugas sob o prepúcio
devem retraí-lo e limpar a região diariamente.
O imiquimode não destrói o vírus, apenas ajuda na eliminação das verrugas, então novas verrugas podem aparecer
durante o tratamento. Deve-se evitar a exposição da pele tratada à luz solar, pois aumenta a sensibilidade a
queimaduras. A inflamação local causada pelo imiquimode é parte de seu mecanismo terapêutico. Este creme é
destinado apenas para uso externo e não deve ser aplicado na uretra, vagina, colo do útero ou na parte interna do
ânus.
Uretrite gonocócica
A gonorreia é uma infecção causada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae, que afeta a mucosa uretral, causando
inflamação. A transmissão ocorre principalmente por contato sexual. Nos homens, os sintomas incluem
corrimento uretral e dor ao urinar, presentes em mais de 80% dos casos. Nas mulheres, a infecção pode ser
assintomática ou causar sintomas leves, tornando o diagnóstico mais difícil. Complicações incluem orquite
(inflamação do testículo), epididimite (inflamação do epidídimo), prostatite (inflamação da próstata) e estenose
uretral.
Uretrite NÃO gonocócica
A uretrite não gonocócica é uma inflamação sintomática da uretra na qual exames como bacterioscopia, cultura e
detecção de material genético são negativos para o gonococo. Diversos agentes, como Chlamydia trachomatis,
Mycoplasma genitalium, Ureaplasma urealyticum, Mycoplasma hominis e Trichomonas vaginalis, podem causar
essa infecção. A infecção por clamídia é responsável por cerca de metade dos casos de uretrite não gonocócica e é
transmitida principalmente por contato sexual, com um risco de transmissão de cerca de 20% por ato. Os sintomas
incluem corrimento mucoso discreto, com leve e intermitente disúria. A uretrite não gonocócica pode evoluir para
complicações como prostatite, epididimite, balanite, conjuntivite (por autoinoculação) e síndrome uretro-
conjuntivo-sinovial ou síndrome de Reiter.
Métodos diagnósticos de uretrites
Para o diagnóstico de uretrites assintomáticas em indivíduos com risco de infecções sexualmente transmissíveis
(ISTs), o método recomendado é a detecção de clamídia e gonococo por biologia molecular. Isso é especialmente
importante após identificar o risco de ISTs através da anamnese, incluindo história sexual detalhada. Esses
procedimentos são fundamentais para o rastreamento adequado e oportuno dessas infecções em pessoas
assintomáticas.
Para o diagnóstico de uretrites sintomáticas, existem diversos métodos disponíveis, incluindo:
Detecção de clamídia e gonococo por biologia molecular: método com alta sensibilidade e especificidade, indicado
para definir o agente etiológico em casos de infecções sintomáticas e para rastreamento de infecções
assintomáticas.
Bacterioscopia: a coloração de Gram é rápida e eficaz para o diagnóstico de gonorreia em homens sintomáticos
com corrimento uretral. Porém, sua sensibilidade é limitada em mulheres devido à densa flora vaginal.
Cultura de amostras de corrimento uretral em meio seletivo: útil para identificar Neisseria gonorrhoeae, quando
esse patógeno é o causador da infecção.
Teste de esterase leucocitária na urina de primeiro jato: pode sugerir infecção quando positivo, mas não identifica
o agente infeccioso.
Além da identificação do patógeno, é importante investigar o perfil de susceptibilidade aos antimicrobianos para
cepas isoladas e identificadas como Neisseria gonorrhoeae, para fins de vigilância da resistência apresentada por
esse patógeno.
Uretrite sem identificação do agente etiológico:
Ceftriaxona 500mg, IM, dose única
Azitromicina 500mg, 2 comprimidos, VO, dose única
Uretrite gonocócica e demais infecções gonocócicas não complicadas:
Ceftriaxona 500mg, IM, dose única
Azitromicina 500mg, 2 comprimidos, VO, dose única
Uretrite não gonocócica:
Azitromicina 500mg, 2 comprimidos, VO, dose única
Doxiciclina 100mg, 1 comprimido, VO, 2x/dia, por 7 dias
A resolução dos sintomas pode levar até 7 dias após a conclusão da terapia
Uretrite por clamídia:
Azitromicina 500mg, 2 comprimidos, VO, dose única
Doxiciclina 100mg, 1 comprimido, VO, 2x/dia, por 7 dias
A resolução dos sintomas pode levar até 7 dias após a conclusão da terapia
Retratamento de infecções gonocócicas:
Ceftriaxona 500mg, IM, dose única
Azitromicina 500mg, 4 comprimidos, VO, dose única
Para casos de falha de tratamento. Possíveis reinfecções devem ser tratadas com as doses habituais
Uretrite por Mycoplasma genitalium:
Azitromicina 500mg, 2 comprimidos, VO, dose única
Uretrite por Trichomonas vaginalis:
Metronidazol 250mg, 2 comprimidos VO, 2x/dia, por 7 dias
Clindamicina 300mg, VO, 2x/dia, por 7 dias
Infecção gonocócica disseminada (exceto meningite e endocardite):
Ceftriaxona 1g IM ou IV ao dia, completando ao menos 7 dias de tratamento
Azitromicina 500mg, 2 comprimidos, VO, dose única
Conjuntivite gonocócica no adulto:
Ceftriaxona 1g, IM, dose única
Se o paciente apresentar alergia grave às cefalosporinas, indicar azitromicina 500mg, 4 comprimidos, VO, dose
única (dose total: 2g).
Os pacientes e a(s) parceria(s) devem se abster de relações sexuais desprotegidas até que o tratamento de todos
esteja completo (ou seja, após o término do tratamento com múltiplas doses ou por 7 dias após a terapia com dose
única).
Doença inflamatória Pélvica (DIP)
A DIP é uma síndrome clínica atribuída à ascensão de microrganismos do trato genital inferior, espontânea ou
decorrente de manipulação, comprometendo o endométrio, tubas uterinas, anexos uterinos e/ou estruturas
contíguas. Constitui uma das mais importantes complicações das IST e um sério problema de saúde pública, sendo
comum em mulheres jovens com atividade sexual desprotegida. Está associada a sequelas importantes em longo
prazo, causando morbidades reprodutivas que incluem infertilidade por fator tubário, gravidez ectópica e dor
pélvica crônica. As taxas variam entre 9% e 20% e aumentam com o número de episódios. Estima-se um caso de
DIP para cada oito a dez casos de pacientes com cervicite por algum dos patógenos elencados a seguir. Menos de
15% dos casos agudos de DIP não são transmitidos sexualmente, mas associados a germes entéricos, patógenos
respiratórios ou Mycoplasma e Ureaplasma que colonizam o trato genital inferior.
 Agentes etiológicos de DIP: causas microbiológicas 
Os fatores de risco para DIP incluem: 
Condições socioeconômicas desfavoráveis (baixa escolaridade, desemprego e baixa renda familiar) estão associadas
a um maior risco de desenvolver DIP. A atividade sexual na adolescência também é um fator de risco, com as
adolescentes sexualmente ativas apresentando três vezes mais chances de desenvolver DIP aguda do que mulheres
mais velhas. Comportamentos sexuais que aumentam a vulnerabilidade para IST, como ter múltiplas parcerias
sexuais e iniciar atividade sexual precocemente, também estão relacionados ao aumento do risco de DIP. O uso de
contraceptivos também pode influenciar, sendo que o uso de pílulas combinadas pode facilitar a infecção por
Neisseria gonorrhoeae e Chlamydia trachomatis, embora não haja evidências conclusivas sobre um aumento
específico de DIP com o uso desses contraceptivos. Mulheres que usam DIU apresentam um risco ligeiramente
aumentado de DIP em comparação com aquelasque não usam contraceptivos ou usam outros métodos,
especialmente nos primeiros 20 dias após a inserção. No entanto, o risco parece ser mais relacionado à exposição a
IST do que ao uso do DIU em si, e o risco é reduzido em mulheres tratadas para IST antes da inserção do DIU.
Diagnóstico de DIP
O diagnóstico clínico de DIP sintomática tem uma alta taxa de valor preditivo positivo (VPP) de 65% a 90% para
salpingite em comparação com a laparoscopia, que é considerada o exame "padrão ouro" para o diagnóstico
definitivo. Portanto, é importante que os profissionais de saúde mantenham um alto nível de suspeição clínica
para iniciar o tratamento precocemente e evitar complicações.
O exame clínico para DIP deve incluir aferição de sinais vitais, exame abdominal, exame especular vaginal (com
inspeção do colo de útero para verificar friabilidade e corrimento mucopurulento cervical) e exame bimanual (com
mobilização do colo e palpação dos anexos). Os sinais e sintomas comuns da DIP incluem sangramento vaginal
anormal em pequena quantidade, dispareunia, corrimento vaginal, dor pélvica ou abdominal inferior, e dor à
mobilização do colo do útero ao toque.
O diagnóstico clínico de DIP é feito com base em critérios maiores, critérios menores e critérios elaborados. Para
diagnosticar DIP, é necessário que haja a presença de três critérios maiores mais um critério menor, ou um critério
elaborado. Os critérios elaborados podem aumentar a especificidade do diagnóstico clínico de DIP.
Diagnósticos diferenciais de DIP incluem:
Para investigação da DIP e diferenciação de outras condições, são utilizados exames laboratoriais e de imagem. Os
exames laboratoriais incluem hemograma completo, VHS, Proteína C reativa, exame bacterioscópico para
vaginose bacteriana, cultura de material de endocérvice com antibiograma, detecção de clamídia e gonococo por
biologia molecular, pesquisa de N. gonorrhoeae e C. trachomatis, exame qualitativo de urina e urocultura,
hemocultura e teste de gravidez.
Os exames de imagem, como a ultrassonografia transvaginal e pélvica, são importantes para diagnosticar
complicações da DIP, como abscesso tubo-ovariano, cistos ovarianos e torção de ovário. Na DIP, um achado
comum na ultrassonografia é a presença de uma fina camada líquida preenchendo a trompa, com ou sem líquido
livre na pelve. Estes exames são essenciais para o diagnóstico etiológico e avaliação da gravidade da DIP, além de
auxiliar na diferenciação com outras condições como gravidez ectópica, apendicite aguda, infecção do trato
urinário, entre outras.
Tratamento de DIP 
DIP: Seguimento 
A melhora clínica das pacientes com DIP deve ocorrer nos três primeiros dias após o início do tratamento
antimicrobiano. A cura é determinada pelo desaparecimento dos sinais e sintomas. No entanto, mesmo com
melhora clínica, estudos mostram que após trinta dias de tratamento, cerca de 40% das mulheres ainda podem
apresentar a presença de um ou mais agentes bacterianos, conforme o estudo PEACH (Pelvic Inflammatory
Disease Evaluation Clinical Health Trial). Portanto, é importante que a paciente retorne ao ambulatório para
seguimento na primeira semana após a alta hospitalar, e observe abstinência sexual até a confirmação da cura
clínica.
Importante:
Fazer uma leitura completa no protocolo sobre a DIP
Referências:
Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Doenças de Condições Crônicas e
Infecções Sexualmente Transmissíveis. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Atenção Integral às
Pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis – IST [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria
de Vigilância em Saúde, Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis.
– Brasília: Ministério da Saúde, 2022.
Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Protocolos da Atenção Básica : Saúde das Mulheres /
Ministério da Saúde, Instituto Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa – Brasília : Ministério
da Saúde, 2016.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde.
Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis. Atualização do
Caderno de Atenção Básica 18: HIV/Aids, Hepatites Virais, Sífilis e outras Infecções Sexualmente
Transmissíveis / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção Primária à Saúde, Departamento de Doenças de
Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis. – Brasília : Ministério da Saúde, 2022.
Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das
Infecções Sexualmente Transmissíveis, do HIV/Aids e das Hepatites Virais. Protocolo clínico e diretrizes
terapêuticas para manejo da infecção pelo HIV em adultos. Brasília : Ministério da saúde, 2017.
Laudos e interpretação dos resultados
Organizado por: Alicea Gonçalves e Hinara Maria 
Interpretação de Laudos 
Breve histórico: Nomenclaturas Citológicas
As nomenclaturas de uma maneira geral são desenvolvidas para facilitar a comunicação entre profissionais de áreas
afins. À medida que a ciência e a tecnologia vão se desenvolvendo, novos conceitos surgem e, em virtude das novas
descobertas, é necessária a revisão periódica dessas nomenclaturas.
Papanicolau (1920) utilizou os termos “classes” na sua
nomenclatura citopatológica;
Essa classificação não levava em conta a possibilidade de
lesões precursoras, mas apenas a presença ou a ausência
de malignidade, e não era possível fazer correlação
histopatológica.
Fonte: INCA, 2016.
Classe I – Ausência de células anormais.
Classe II – Alterações celulares benignas, geralmente
causadas por processo inflamatório.
Classe III – Presença de células anormais.
Classe IV – Citologia sugestiva de malignidade.
Classe V – Citologia indicativa de câncer de colo
uterino.
Classificação de Richard 
Posteriormente, estabelece o termo neoplasia intraepitelial
cervical (NIC), dividida em 3 graus. E a última definida
como adenocarcinoma invasor.
Sistema Bethesda
Sistema de Bethesda, de 1988 (Instituto Nacional de Câncer
dos Estados Unidos), somente foi incorporada
universalmente pelos laboratórios de citopatológia que
prestam serviços ao SUS a partir de 1998, com a
implantação, em todo o país, do Viva Mulher, Programa
Nacional de Controle do Câncer do Colo do Útero e da
Mama.
É a classificação citológica mais atual do
esfregaço cervical;
Foi revisada em 1991, 2001 e 2014;
O diagnóstico citológico deve ser diferenciado
para as células escamosas e glandulares.
Conceitos incorporados:
O diagnóstico citológico deve ser diferenciado
para as células escamosas e glandulares; 
Dividindo-as em lesões intraepiteliais de baixo
(LSIL) e alto (HSIL) graus, ressaltando o
conceito de possibilidade de evolução para
neoplasia invasora; 
Introdução da análise da qualidade do
esfregaço.
Recomendações para conduta
inicial
Fonte: INCA, 2016.
Classificação de Papanicolau
Biópsia
Colposcopia
Exérese da zona de transformação e
Conização
Procedimentos médicos de acordo com os laudos
A realização da biópsia está indicada para a
confirmação diagnóstica dos casos alterados na
citologia, após a avaliação colposcópica. 
Exame histopatológico: retirada de um ou mais
fragmentos de tecido alterados do colo do útero;
Fonte: Google Imagens.
As Diretrizes Brasileiras para o Rastreamento do
Câncer do Colo do Útero recomendam encaminhar
para investigação colposcópica todas as mulheres que
apresentem exame citopatológico de rastreamento com
resultado de células escamosas atípicas de significado
indeterminado, quando não se pode excluir lesão
intraepitelial de alto grau (ASC-H), células
glandulares atípicas de significado indeterminado
(AGC), células atípicas de origem indefinida (AOI),
lesão intraepitelial escamosa de alto grau (HSIL),
adenocarcinoma in situ e invasivo e carcinoma
epidermoide. 
O exame avalia a vulva, vagina e colo do útero de
maneira detalhada.
Fonte: Google Imagens.
A EZT e a conização são métodos excisionais
para otratamento das lesões precursoras do
câncer do colo do útero.
O tipo de tratamento dependerá do
estadiamento da doença, tamanho do tumor e
fatores pessoais, como idade e desejo de
preservação da fertilidade (INCA, 2000).
Fonte: Google Imagens.
Fonte: Google Imagens.
Interpretação dos resultados
Resultados citopatologia normal
Inflamação sem identificação de agente
Metaplasia escamosa imatura
Atrofia com inflamação
Achados microbiológicos 
Resultados citopatologia anormal
Atipicas de significado indeterminado
Lesão intraepitelial de baixo grau
Lesão intraepitelial de alto grau
Lesão intraepitelial de alto grau não podendo
excluir microinvasão
Carcinoma epidermoide invasor
Adenocarcinoma in situ ou invasor
Há queixa de corrimento vaginal?
Adequabilidade da amostras: satisfatória ou não
satisfatória.
 Satisfatória para avaliação oncótica
Células em quantidade suficiente, bem
distribuídas, fixadas e coradas, de tal modo
que sua visualização permita conclusão
diagnóstica.
Insatisfatória para avaliação oncótica
Material acelular ou hipocelular (menos de
10% do esfregaço);
Leitura prejudicada (mais de 75% do
esfregaço) por conter: Sangue, piócitos,
intensa superposição celular, contaminantes
externos.
 *Conduta clínica: Repetir o exame
Resultados e condutas:
Inflamação SEM identificação de agente
Se sim, conduzir
para o tratamento
de corrimento
vaginal e/ou IST’s.
Se não, seguir com
rotina de
rastreamento
citológico 
Atrofia com inflamação:
- Comum em mulheres no climatério, pós-parto e
lactação.
Na ausência de atipias: Seguir a
rotina de rastreamento;
Avaliar casos específicos (como
histórico de câncer de mama) para uso
da estrogenização;
Orientar sobre sexo seguro e uso de
lubrificante.
Metaplasia escamosa imatura:
Seguir a rotina de rastreamento;
Orientações sobre sexo seguro,
cuidados de higiene e cuidados de
saúde. 
Achados microbiológicos
Em caso de Lactobacillus sp, Cocos,
Candida sp, Enterococcus sp e outros
bacilos, seguir com rotina de
rastreamento.
Células escamosas atípicas de significado
indeterminado (ASCUS)
Não se podendo afastar lesão de alto grau
(ASC-H):
Encaminhar para colposcopia
Possivelmente não neoplásicas (ASC-US):
 30 anos: repetir a citologia em 6
meses
Células granulares atípicas de significado
indeterminado (AGC) ou células atípicas de
origem não definida
Possivelmente não neoplásicas ou não se
podendo afastar de lesão de alto grau:
Encaminhar para colposcopia
Lesão de baixo grau (LSIL)
25 anos: repetir a citologia em 6
meses
Lesão de alto grau (HSIL)
Lesão intraepitelial de alto grau não podendo
excluir microinvasão
Carcinoma epidermoide invasor
Adenocarcinoma em situ ou invasor
Encaminhar para colposcopia.
E
Referências
BRASIL. Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. Coordenação de Prevenção e Vigilância.
Divisão de Detecção Precoce e Apoio à Organização de Rede. Diretrizes brasileiras para o rastreamento do câncer
do colo do útero. – 2. ed. rev. atual. – Rio de Janeiro: INCA, 2016.
INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA (INCA). Parâmetros técnicos
para rastreamento do câncer do colo do útero. – Rio de Janeiro: INCA, 2019. Disponível em:
https://www.inca.gov.br/publicacoes/livros/parametros-tecnicos-para-o-rastreamento-do-cancer-do-colo-do-
utero. Acesso em: 03 de março de 2024.
Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. Coordenação-Geral de Prevenção e Vigilância. Divisão
de Detecção Precoce e Apoio à Organização de Rede. Nomenclatura brasileira para laudos citopatológicos
cervicais / Instituto Nacional de
Câncer José Alencar Gomes da Silva, Coordenação-Geral de Prevenção e Vigilância, Divisão de Detecção Precoce
e Apoio à Organização de Rede. – 3. ed. – Rio de Janeiro: INCA, 2012.
https://www.inca.gov.br/publicacoes/livros/diretrizes-brasileiras-para-o-rastreamento-cancer-colo-utero
https://www.inca.gov.br/publicacoes/livros/diretrizes-brasileiras-para-o-rastreamento-cancer-colo-utero
https://www.inca.gov.br/publicacoes/livros/parametros-tecnicos-para-o-rastreamento-do-cancer-do-colo-do-utero
https://www.inca.gov.br/publicacoes/livros/parametros-tecnicos-para-o-rastreamento-do-cancer-do-colo-do-utero
Profilaxia da transmissão vertical do HIV,
hepatites, sífilis congênita 
Organizado por: Alana Bezerra e João Thadeu
Profilaxia da Transmissão Vertical Hepatite B
Prevenção combinada;
Recomenda-se a estratégia da Prevenção Combinada para oferta de serviços à mulher sexualmente
ativa. Trata-se de diferentes intervenções conciliadas em uma metodologia conjunta, por meio da
combinação das três formas de intervenções possíveis na formulação de estratégias de prevenção:
biomédicas, comportamentais e estruturais (marcos legais), com o intuito de oferecer o mais alto
grau de possibilidades para a prevenção e para a redução dos riscos de transmissão do HIV e de
outras infecções sexualmente transmissíveis. Essa conjunção de ações deve ser centrada nas pessoas,
em seus grupos sociais e na sociedade em que elas se inserem
Profilaxia da Transmissão Vertical - HIV
Terapia antirretroviral na gestação
O risco de transmissão vertical do HIV é determinado pela carga viral do HIV materna, pelo uso de TARV durante a
gestação e pela relação entre o tempo de uso de TARV efetiva e o parto. 
A supressão da carga viral do HIV é um fator determinante na prevenção da transmissão vertical. O uso de TARV durante
a gravidez reduz a taxa de transmissão vertical do HIV de aproximadamente 30% para menos de 1%, quando se alcança a
supressão da carga viral do HIV materna (carga viral do HIV plasmáticae
recuperação da saúde em todo território brasileiro.
Contribuir para a redução da morbidade e mortalidade feminina no Brasil, especialmente por causas evitáveis,
em todos os ciclos de vida e nos diversos grupos populacionais, sem discriminação de qualquer espécie.
Ampliar, qualificar e humanizar a atenção integral à saúde da mulher no Sistema Único de Saúde.
Objetivos Específicos 
Ampliar e qualificar a atenção clínico-ginecológica, inclusive para as portadoras da infecção pelo HIV e outras
DST
Estimular a implantação e implementação da assistência em planejamento familiar, para homens e mulheres,
adultos e adolescentes
Ampliar e qualificar a atenção ao planejamento familiar
Ampliar o acesso das mulheres às informações sobre as opções de métodos anticoncepcionais
Estimular a participação e inclusão de homens e adolescentes nas ações de planejamento familiar.
Promover a atenção obstétrica e neonatal, qualificada e humanizada, incluindo a assistência ao abortamento
em condições inseguras, para mulheres e adolescentes
Promover a atenção às mulheres e adolescentes em situação de violência
Promover a prevenção e o controle das doenças sexualmente transmissíveis e da infecção pelo HIV/aids na
população feminina
Reduzir a morbimortalidade por câncer na população feminina
Implantar um modelo de atenção à saúde mental das mulheres sob o enfoque de gênero
Implantar e implementar a atenção à saúde da mulher no climatério
Promover a atenção à saúde da mulher negra
Instituído pelo Ministério da Saúde através da Portaria/GM nº 569, de 01/06/2000
O objetivo primordial do Programa de Humanização no Pré-natal e Nascimento (PHPN) é assegurar a melhoria
do acesso, da cobertura e da qualidade do acompanhamento pré-natal, da assistência ao parto e puerpério às
gestantes e ao recém-nascido, na perspectiva dos direitos de cidadania.
Programa de Humanização no Pré-Natal e Nascimento
(PHPN) - 2000
Reduzir as altas taxas de mortalidade materna, peri e neonatal no país.
Prioridades
Melhoria do acesso, da cobertura e da qualidade do acompanhamento pré-natal, da assistência ao parto,
puerpério e neonatal
Ampliar as ações já adotadas pelo Ministério da Saúde na área de atenção à gestante
Princípios 
Toda gestante tem direito ao acesso a atendimento digno e de qualidade no decorrer da gestação, parto e
puerpério
Toda gestante tem direito à assistência ao parto e ao puerpério e que esta seja realizada de forma humanizada e
segura
Toda gestante tem direito de saber e ter assegurado o acesso à maternidade em que será atendida no momento
do parto
Todo recém-nascido tem direito à assistência neonatal de forma humanizada e segura
Componentes
Componente I - Incentivo à Assistência Pré-Natal
Objetiva estimular estados e municípios a realizarem o acompanhamento pré-natal adequado e o
cadastramento das gestantes
Componente III - Nova Sistemática de Pagamento da Assistência ao Parto
Objetiva a melhoria do custeio da assistência ao parto nos hospitais integrantes do Sistema de
Informações Hospitalares - SIH/SUS. 
Componente II - Organização, Regulação e Investimentos na Assistência Obstétrica e Neonatal
Objetiva o desenvolvimento de condições técnicas e operacionais para a organização e regulação da
assistência obstétrica e neonatal
O PHPN requer que a 1º consulta de pré-natal seja até o 4º mês de gestação, sendo, no mínimo, 6
consultas de pré-natal, sendo 1 consulta no 1º trimestre, 2 consultas no 2º trimestre e 3 consultas
no 3º trimestre. Além disso, é necessário 1 consulta no puerpério, até 42 dias após o parto. 
Os indicadores de saúde procuram descrever e monitorar a situação em saúde de uma população. Os atributos se
relacionam às características ou qualidades da saúde e as dimensões da saúde compreendem o bem-estar físico,
emocional, espiritual, ambiental, mental e social.
Indicadores de Saúde 
Mortalidade Materna
A mortalidade materna é um potente indicador de saúde que reflete as condições sociais, econômicas e de qualidade
de vida das pessoas que vivem em um determinado local. 
Reduzir a ocorrência de mortes maternas têm sido uma prioridade mundial e está incluída nas metas dos
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas.
Morte Obstétrica
Morte decorrente de causas obstétricas, sendo direta ou indiretamente.
Os objetivos de desenvolvimento do milênio e sua transição para os objetivos de
desenvolvimento sustentável
Os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) foram oito grandes objetivos globais assumidos pelos países
membros da Organização das Nações Unidas (ONU), os quais, em seu conjunto, almejavam fazer com que o
mundo progredisse rapidamente rumo à eliminação da extrema pobreza e da fome do planeta, fatores que afetavam
especialmente as populações mais pobres, dos países menos desenvolvidos.
ODM 3 - Promover a igualdade de gênero e a autonomia das mulheres: A meta desse ODM era “até 2015,
eliminar as disparidades entre os sexos em todos os níveis de ensino”. O Relatório dos ODM 2015 da ONU
indica que a paridade de gênero na educação primária foi atingida no ano de 2012 em 64% dos países de
regiões em desenvolvimento, mas as disparidades persistem em níveis superiores de ensino. 
Promover a igualdade entre os sexos e a autonomia feminina requer mais que a paridade no acesso ao
ensino. Diante disso, os outros indicadores do ODM 3 dizem respeito à participação feminina no mercado
de trabalho e à representação política das mulheres. Nessas dimensões, que não possuem uma meta
associada, o mundo apresentou progressos, e o Brasil também.
Morte obstétrica direta: É aquela que ocorre por complicações obstétricas, durante gravidez, parto ou
puerpério, relacionadas a intervenções, omissões, tratamento incorreto ou a uma cadeia de eventos, resultantes
de qualquer uma dessas causas.
Morte obstétrica indireta: É aquela resultante de doenças que existiam antes da gestação ou que se
desenvolveram durante esse período, não provocadas por causas obstétricas diretas, mas agravadas pelos efeitos
fisiológicos da gravidez.
ODM 5 - Melhorar a saúde materna: O ODM 5 buscava atingir duas metas globais: “até 2015, reduzir a
mortalidade materna em três quartos do nível observado em 1990”; e “Até 2015, universa-
lizar o acesso à saúde reprodutiva”. O Brasil inseriu também uma meta nacional própria: “até 2015, deter e
inverter a tendência de crescimento da mortalidade por câncer de mama e de colo do útero”.
Ampliar o acesso da mulher aos serviços de saúde para o controle de câncer do colo de útero e mama, por meio de
ações integradas de prevenção primária.
Programa Viva Mulher: 
Como aconteceu?
Em setembro de 1995, o Ministério da Saúde reconheceu a necessidade de um programa de âmbito
nacional, visando ao controle do câncer do colo do útero. Uma equipe de técnicos do Ministério da
Saúde, em parceria com organismos nacionais e internacionais, elaborou um estudo piloto que, mais
tarde, subsidiaria o Programa Nacional de Controle do Câncer do Colo do Útero.
O projeto-piloto, denominado Viva Mulher, foi implantado entre janeiro de 1997 e junho de 1998 em
seis localidades (Curitiba, Brasília, Recife, Rio de Janeiro, Belém e estado de Sergipe) e atendeu 
mulheres entre 35 e 49 anos que nunca haviam feito o exame preventivo ou que estavam sem fazê-lo há
mais de três anos. 
Em 21 de junho de 1998, o Ministério da Saúde instituiu o Programa Nacional de Combate ao Câncer
de Colo do Útero através da Portaria GM/MS nº 3040/98. A primeira fase de intensificação ocorreu em
1998, com a estruturação da rede assistencial, estabelecimento de um sistema monitoramento das ações
(SISCOLO) e dos mecanismos para mobilização e captação de mulheres
A coordenação do programa foi oficialmente transferida para o INCA em 1999. Neste mesmo ano foi
instituído o Sistema de Informação do Câncer do Colo do Útero – SISCOLO - para monitoramento e
gerenciamento das ações. De 1999 a 2001 as ações pela oferta de serviços foram ampliadas, resultando na
realização de oito milhõessobre ARV na gestação ›
Escolha dos ITRN A associação tenofovir/lamivudina (TDF/3TC) é a preferencial nas gestantes infectadas pelo
HIV, pois possui facilidade posológica (dose única diária), além de um perfil favorável em relação à lipoatrofia e à
toxicidade hematológica, ambas associadas à zidovudina (AZT).
Esquema alternativo
CUIDADOS NA SALA DE PARTO E PÓS-PARTO IMEDIATO
Sempre que possível, realizar o parto empelicado, com a retirada do neonato mantendo as membranas
corioamnióticas íntegras.
1.
Clampear imediatamente o cordão após o nascimento, sem qualquer ordenha.2.
Imediatamente após o nascimento (ainda na sala de parto), realizar o banho, preferencialmente com
chuveirinho, torneira ou outra fonte de água corrente. Limpar com compressas macias todo sangue e secreções
visíveis no RN. A compressa deve ser utilizada de forma suave, com cuidado ao limpar as secreções, para não
lesar a pele delicada da criança e evitar uma possível contaminação.
3.
Se necessário, aspirar delicadamente as vias aéreas do RN, evitando traumatismos em mucosas. Aspirar
delicadamente o conteúdo gástrico de líquido amniótico (se necessário) com sonda oral, evitando
traumatismos. Se houver presença de sangue, realizar lavagem gástrica com soro fisiológico.
4.
Colocar o RN junto à mãe o mais brevemente possível.5.
Coletar amostra de sangue periférico para realização de CV-HIV.6.
Iniciar profilaxia antirretroviral conforme classificação de exposição ao HIV (baixo ou alto risco).7.
Orientar a não amamentação e inibir a lactação com medicamento (cabergolina). Orientar a mãe a substituir
o leite materno por fórmula láctea até os seis meses de idade da criança. O aleitamento misto também é
contraindicado. Pode-se usar leite humano pasteurizado proveniente de banco de leite credenciado pelo MS
(ex., em RN pré-termo ou de baixo peso).
8.
 MATERNIDADE: CUIDADOS ANTES DA ALTA
É recomendado o alojamento conjunto em período integral, com o intuito de fortalecer o vínculo mãe-filho.1.
Iniciar ainda na maternidade o monitoramento laboratorial em todas as crianças expostas
(independentemente de serem pré-termo ou não), considerando a possibilidade de efeitos adversos aos ARV
utilizados pela mãe.
2.
São terminantemente contraindicados o aleitamento cruzado (amamentação da criança por outra nutriz) e o
uso de leite humano com pasteurização domiciliar. Orientar a mãe a substituir o leite materno por fórmula
láctea até a criança completar seis meses de idade.
3.
Anotar no resumo de alta do RN as informações do pré-natal, as condições do nascimento, o tempo de uso do
AZT injetável na mãe, o momento do início da profilaxia com antirretrovirais, a dose utilizada, periodicidade
e data de término, além das mensurações antropométricas, tipo de alimento fornecido à criança e outras
informações importantes relativas ao parto. Essas informações deverão ser disponibilizadas ao Serviço de
Atenção Especializada (SAE) e à Unidade Básica de Saúde (UBS) que acompanharão a criança e a puérpera.
4.
A alta da maternidade é acompanhada de consulta agendada em serviço especializado para seguimento de
crianças expostas ao HIV. O comparecimento a essa consulta necessita ser monitorado. Em caso de não
comparecimento, contatar a puérpera. A data da primeira consulta não deve ser superior a 15 dias a contar do
nascimento, idealmente na primeira semana de vida.
5.
Preencher as fichas de notificação da “Criança exposta ao HIV” e enviá-las ao núcleo de vigilância
epidemiológica competente.
6.
Atentar para as anotações feitas na carteira do RN referentes a dados que remetam à exposição ao HIV
(comprometendo o sigilo), uma vez que se trata de um documento comumente manuseado pela família e
algumas vezes requerido no trabalho dos progenitores para liberação do salário-família e para frequência à
creche.
7.
RECÉM-NASCIDO
Profilaxia da Transmissão Vertical - SÍFILIS
A sífilis congênita é o resultado da disseminação hematogênica do
Treponema pallidum, da gestante infectada não-tratada ou
inadequadamente tratada para o seu concepto, por via
transplacentária. Sabe-se que:
A transmissão vertical do T. pallidum pode ocorrer em
qualquer fase gestacional ou estágio clínico da doença
materna.
1.
Os principais fatores que determinam a probabilidade de
transmissão vertical do T. pallidum são o estágio da sífilis na
mãe e a duração da exposição do feto no útero.
2.
A taxa de infecção da transmissão vertical do T. pallidum em
mulheres não tratadas é de 70 a 100%, nas fases primária e
secundária da doença, reduzindo-se para aproximadamente
30% nas fases tardias da infecção materna (latente tardia e
terciária).
3.
Há possibilidade de transmissão direta do T. pallidum por
meio do contato da criança pelo canal de parto, se houver
lesões genitais maternas. Durante o aleitamento, ocorrerá
apenas se houver lesão mamária por sífilis.
4.
 Ocorre aborto espontâneo, natimorto ou morte perinatal em
aproximadamente 40% das crianças infectadas a partir de
mães não-tratadas.
5.
Nesses casos, a benzilpenicilina benzatina é a única opção
segura e eficaz para o tratamento adequado das gestantes.
Qualquer outro tratamento realizado durante a gestação,
para fins de definição de caso e abordagem terapêutica de
sífilis congênita, é considerado não adequado da mãe; por
conseguinte, o RN será notificado como caso de sífilis
congênita e submetido à avaliação clínica e laboratorial.
Conduta
A resolução dos sinais e sintomas após o tratamento, caso
estes tenham estado previamente presentes, é indicativa de
resposta à terapia. No entanto, o monitoramento pós-
tratamento com teste não treponêmico está recomendado a
todos os pacientes para determinar se ocorreu resposta
imunológica adequada, uma vez que, mesmo com o
tratamento adequado na gravidez, em cerca de 14% dos casos
poderá ocorrer óbito fetal ou nascimento de crianças com
evidências clínicas de sífilis congênita.
Teste de sensibilidade à benzilpenicilina benzatina
O teste de sensibilidade à benzilpenicilina benzatina é
utilizado para determinar a sensibilidade de
determinada bactéria. O teste é realizado em
laboratório, no qual a bactéria isolada é exposta a
diferentes concentrações do antibiótico para
determinar a menor concentração capaz de inibir o
crescimento e descobrir qual a dose que é indicada
para a gestante não apresentar alergia. a única
medicação eficaz contra a bactéria.
Resposta imunológica ao tratamento de sífilis
O sucesso de tratamento para sífilis em gestante, após a
última dose de penicilina (3, 8, 18, 19):
› A diminuição da titulação do teste não treponêmico em
duas diluições (ex.: 1:64 para 1:16) em até três meses e
quatro diluições (ex.: 1:64 para 1:4) em até seis meses, com
evolução até a sororreversão (teste não treponêmico não
reagente);
› A diminuição na titulação em duas diluições em até seis
meses para sífilis recente ou em até 12 meses para sífilis
tardia;
Ressalta-se a importância de a gestante ser testada
mensalmente após o tratamento, para avaliar, além da queda
de títulos, a possibilidade de elevação destes por tratamento
inadequado, falha terapêutica ou reinfecção. Quanto mais
precoce forem o diagnóstico e o tratamento, mais
rapidamente haverá desaparecimento dos anticorpos
circulantes e consequente negativação dos testes não
treponêmicos, ou, ainda, sua estabilização em títulos baixos;
 Deve-se realizar a coleta do teste não treponêmico, sempre
que possível, no início do tratamento (idealmente, no
primeiro dia), uma vez que os títulos podem aumentar
significativamente se a medicação só for iniciada após alguns
dias do diagnóstico. Isso é importante para documentar a
titulação no momento do início do tratamento e servirá
como base para o monitoramento clínico.
Profilaxia da Transmissão Vertical Hepatite B
Rastreio e vacinação para gestantes:
Deve-se proceder à investigação da infecção pelo HBV com pesquisa do HBsAg em todas as
gestantes no 1º trimestre da gestação, ou quando se iniciar o pré natal, caso não haja comprovação
de vacinação completa para hepatiteB.
Algumas situações precisam ser conduzidas de forma diferente, segue a baixo as maneiras corretas:
Deverão ser orientadas e referenciadas já durante o pré-natal para unidades obstétricas que
assegurem a administração de vacina hepatite B e da imunoglobulina humana anti-hepatite B
(IGHAHB) ao RN. No entanto, a solicitação de exames complementares e indicação de terapia
profilática não devem aguardar a consulta com o especialista.
Das opções terapêuticas disponíveis para HBV, o tenofovir (TDF) é o único antiviral que tem seu
uso recomendado na gestação.
Como conduzir nos casos de gestantes com HBsaAg reagente:
Devem realizar a pesquisa de HBsAg no momento da admissão hospitalar para o parto por meio
de testes rapidos.
Quando não se sabe o esquema vacinal da gestante:
Deverão receber associação de vacina e IGHAHB.
Gestantes expostas ao HBV em qualquer trimestre
– Fluxograma de prevenção da transmissão vertical de hepatite B
Profilaxia da Transmissão Vertical Hepatite B
Transmissão Vertical (TV)
A principal forma de TV da infecção pelo HBV é a perinatal, sendo a transmissão intrauterina mais
rara. 
Os fatores de risco relacionados à transmissão intrauterina do HBV são: Presença de HBeAg reagente
materno; Parto pré-termo laborioso; Procedimentos obstétricos com manipulação de placenta.
 Cuidados com o RN:
Logo após o nascimento, os RN de mulheres com HBV (HBsAg reagente) devem receber
imunoglobulina humana anti-hepatite B (IGHAHB) e a primeira dose do esquema vacinal para HBV.
As demais doses serão aplicadas aos 2, 4 e 6 meses. 
Uma vez que a maior frequência de transmissão vertical da hepatite B ocorre no momento do parto,
essa temática se reveste de grande importância. No entanto, a evidência é conflituosa quanto ao efeito
do modo de parto na redução das taxas de TV do HBV. Não há evidências concretas dos benefícios da
realização de cesariana como medida preventiva da transmissão vertical de hepatite B, sendo esse um
tema ainda controverso na literatura. Esse procedimento não deve ser realizado como única indicação
para a prevenção da TV do vírus da hepatite B.
A amamentação não está contraindicada, ainda que não tenham sido realizadas ações para prevenção
de TV-HBV
– Fluxograma de seguimento da criança exposta ao HBV
Profilaxia da Transmissão Vertical Hepatite C
A infecção pelo HCV ocorre pela via parenteral, por meio da exposição ao sangue contaminado, por
via sexual e por transmissão vertical, que é a principal via de transmissão em crianças infectadas pelo
HCV
Durante o pré-natal:
A gestante com HCV deve coletar, no início do pré-natal, dosagens de CV-HCV e testes de função
hepática, para avaliar risco de TV-HCV e estadiamento de doença hepática. 
Os medicamentos utilizados para o tratamento da hepatite C aguda e crônica são teratogênicos
ou não possuem dados que comprovem segurança na gestação; por isso, são contraindicados
durante esse período.
Se for confirmada a gestação durante o tratamento da hepatite C, este deverá ser suspenso.
Recomenda-se que mulheres em idade fértil em tratamento de hepatite C sejam submetidas a
testes de gravidez com periodicidade e que utilizem contracepção de barreira. Após o fim do
tratamento, deve-se evitar gestação pelos seis meses seguintes.
Parto e cuidado com o RN:
Não há evidências científicas que recomendem uma via de parto preferencial com o propósito
de prevenir a TV do HCV. Orienta-se evitar procedimentos invasivos, parto laborioso e tempo
de rotura de membranas maior que seis horas para minimizar a possibilidade de TV.
Não há recomendações específicas em relação aos cuidados imediatos com o RN exposto ao
HCV. Contudo, orienta-se proceder com banho em água corrente ainda na sala de parto,
imediatamente após o nascimento. Quando isso não for possível, limpar com compressas macias
todo o sangue e secreções visíveis no RN e proceder ao banho em água corrente logo em
seguida; utilizar também aspiração gástrica para a remoção de secreção infectada.
Amamentação:
O aleitamento materno não é contraindicado em mulheres portadoras do HCV e não há evidências
de que o aleitamento favoreça a TV do HCV; contudo, a presença de fissuras ou feridas sangrantes
na mama constitui-se em um meio de exposição ao lactente. Portanto, está recomendada a
interrupção temporária de amamentação na mama lesionada até a cicatrização completa, com
manutenção da ordenha e descarte do leite
Referências
Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções
Sexualmente Transmissíveis. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Atenção Integral às Pessoas com Infecções
Sexualmente Transmissíveis – IST [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde,
Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis. – Brasília: Ministério da Saúde,
2022.
Distúrbios Benignos do Sistema Reprodutor Feminino e
queixas ginecológicas mais comuns 
Organizado por: Hinara Maria e Júlia Torres
Lesões vulvares
Diagnóstico
Atuação da
Enfermagem
Lesões vulvares
Distúrbios Benignos do sistema reprodutor
feminino e queixas ginecológicas mais comuns 
 Disfunções do Assoalho Pélvico
Lesões Vulvares
Dispaurenia
Sangramento Uterino Anormal (SUA)
Doença inflamatória pélvica (DIP)
Dor pélvica crônica (DPC)
Síndrome pré-menstrual (SPM)
Dismenorréia
Endometriose
Miomatose
Síndrome de ovários policísticos
Distúrbios do assoalho pélvico (DAP)
Ocorrem devido a alterações das estruturas
da região pélvica (REIS et al., 2019)
As alterações benignas da vulva são condições
frequentes, muitas vezes com sintomas clínicos 
significativos ou mesmo assintomáticas e percebidas
apenas durante exame de rotina. Comumente são causas
de desconforto e erros diagnósticos crônicos;
Alguns fatores de risco:
 
Atividade sexual (uso de ducha vaginal, sabonetes e
perfumes);
Uso de pílula anticoncepcional oral;
Diabetes;
Maus hábitos de higiene ou incontinência;
Anamnese
Determinar localização (vaginal, vulvar ou perianal),
tamanho e distribuição;
Caracterizar evolução da lesão: momento em que foi
percebida, se aumentou de tamanho ou apareceram
novas lesões, se já houve lesões semelhantes no passado; 
Avaliar sintomas associados: dor, prurido,
sangramento, secreção; 
Se quadro sugestivo de doença hemorroidária, avaliar
história de constipação. 
Exame Físico
Caracterizar melhor a localização, o tamanho, o
número de lesões e a distribuição;
Avaliar sinais associados: eritema, edema, secreção,
outras lesões associadas.
Atua em casos de úlcera genital e verruga anogenital 
DICA: Ler o Protocolo da Atenção Básica: Saúde
das Mulheres
Alterações frequentes e que devem ser consideradas
durante a avaliação da paciente com queixas vulvares:
Herpes vírus 
Cancro mole
Linfogranuloma venéreo 
Sífilis
HPV
Dispareunia
Sangramento Uterino
anormal
Refere-se a dor durante o ato sexual podendo estar
associada a diversas condições clínicas.
É uma das queixas mais comuns em consultórios de
ginecologia, acometendo todas as faixas etárias, desde
a adolescência até a perimenopausa.
Padrões normais de sangramentos
Quantidade: perda sanguínea em torno de 
40 mL (25-70 mL);
 Duração do fluxo: 2 a 7 dias;
 Frequência dos fluxos: entre 21 e 35 dias.
Tipos de sangramentos
Sangramento uterino aumentado (ovulatório): 
Definição
ciclos menstruais regulares
volume do sangramento
interfere nas atividades;
Causas mais relevantes
funcional (causa endometrial)
miomatose
adenomiose
DIU de cobre
coagulopatias
Outras causas
pólipos endometriais
hiperplasia ou carcinoma de 
endométrio
doença inflamatória pélvica, 
endometrite
Sangramento irregular (anovulatório): 
Definição
ciclos irregulares
 volume de sangramento variável
Causas mais relevantes
primeiros anos após menarca
climatério
síndrome dos ovários policísticos
hipotireoidismo
hiperprolactinemia
Sangramento intermenstrual:
Definição
sangramento não relacionado ao ciclo 
menstrual
Padrões
escape ou spotting: ocorreem qualquer momento do ciclo
menstrual e, geralmente, em pequena quantidade
sangramento pós-coito: é desencadeado pelo ato sexual e, 
geralmente, decorre de patologias da 
vagina ou do colo uterino
Etiologias
patologias cervicais (cervicite, câncer de colo
uterino, pólipo cervical, condiloma, trauma) ou
ectopia
câncer de endométrio (especialmente se > 45 anos)
 endometrite ou DIP
pólipos de endométrio
Atuação da
Enfermagem
Anamnese (Escuta qualificada)
Avaliar se o sangramento é uterino
Indicar o teste de gravidez
Teste positivo
Doença inflamatória pélvica
(DIP)
Fatores de risco
Diagnóstico
Considerar abortamento 
Atentar para violência sexual
DICA: Ler o Protocolo da Atenção Básica: Saúde
das Mulheres
A DIP é uma síndrome clínica atribuída à ascensão de
microrganismos do trato genital inferior, espontânea ou
decorrente de manipulação (inserção de DIU, biópsia de
endométrio, curetagem, entre outros), comprometendo o
endométrio (endometrite), tubas uterinas, anexos uterinos e/ou
estruturas contíguas (salpingite, miometrite, ooforite,
parametrite, pelviperitonite);
Constitui uma das mais importantes complicações das IST e um
sério problema de saúde pública, sendo comum em mulheres
jovens com atividade sexual desprotegida. 
85% do casos são causados por agentes patogênicos
sexualmente transmitidos ou associados a vaginose bacteriana,
são estes Chlamydia trachomatis e Neisseria gonorrhoeae;
15 % dos casos são de germes entéricos, patógenos
respiratórios, e do trato genital inferior.
Condições socioeconômicas desfavoráveis
Atividade sexual na adolescência. 
Comportamento sexual de pessoas com maior
vulnerabilidade para IST (parcerias múltiplas,
início precoce das atividades sexuais, novas
parcerias etc.);
Uso de dispositivo intrauterino – DIU 
Quando uma mulher sexualmente ativa se apresenta
com dor abdominal baixa e/ou dor pélvica, deverá
investigar DIP no diagnóstico diferencial,
independentemente da história de atividade sexual
recente.
Exame clínico:
Aferição de sinais vitais;
Exame abdominal; 
Exame especular vaginal, incluindo inspeção do colo
de útero para friabilidade (sangramento fácil) e
corrimento mucopurulento cervical; 
Exame bimanual, com mobilização do colo e palpação
dos anexos.
Diagnóstico clínico:
É feito a partir dos critérios maiores, menores e
elaborados.
É necessário apresentar:
Três critérios maiores MAIS um critério menor; OU 
Um critério elaborado. 
Tratamento
OBS: Já os diagnósticos diferenciais de DIP incluem: gravidez
ectópica, apendicite aguda, infecção do trato urinário, litíase
ureteral, torção de tumor cístico de ovário, torção de mioma
uterino, rotura de cisto ovariano, endometriose (endometrioma
roto), diverticulite, entre outros. 
Exames laboratoriais e imagens:
Hemograma completo; 
VHS; 
Proteína C reativa; 
Exame bacterioscópico para vaginose bacteriana; 
Cultura de material de endocérvice com antibiograma;
Detecção de clamídia e gonococo por biologia molecular; 
Pesquisa de N. gonorrhoeae e C. trachomatis no material
de endocérvice, da uretra, de laparoscopia ou de punção
do fundo de saco posterior; 
Exame qualitativo de urina e urocultura (para afastar
hipótese de infecção do trato urinário); 
Hemocultura; 
Teste de gravidez (para afastar gravidez ectópica); 
Exames de imagem: a ultrassonografia transvaginal e
pélvica é um método acessível e não invasivo no
diagnóstico de complicações relacionadas à DIP.
Recomenda-se que, por menor que seja a suspeita,
o tratamento seja iniciado o quanto antes.
A melhora clínica das pacientes com DIP deverá
acontecer nos três primeiros dias após o início do
tratamento antimicrobiano. A cura é baseada no
desaparecimento dos sinais e sintomas;
Parcerias sexuais devem ser tratadas;
Mulheres grávidas com suspeita de DIP têm alto risco
de abortamento e corioamnionite;
Se houver piora do quadro, considerar laparoscopia ou outros
exames de imagem, como ressonância nuclear magnética ou
tomografia computadorizada axial, para diagnósticos
diferenciais ou complicações de DIP.
Particularidades
Uso de DIU:
Se a paciente for usuária de DIU, não há necessidade de
remoção do dispositivo, porém, caso exista indicação, a
remoção não deve ser anterior à instituição da
antibioticoterapia, devendo ser realizada somente após
duas doses do esquema terapêutico;
Nesses casos, orientar a paciente sobre uso de métodos
de barreira (preservativo masculino e feminino,
diafragma etc.). Não recomendar duchas vaginais. 
Pacientes imunocomprometidos:
Apresentam comportamento similar às pacientes com
imunidade normal, apenas com a ressalva de que
desenvolvem mais facilmente abscesso tubo-ovariano,
merecendo, portanto, maior cuidado.
Dor pélvica crônica (DPC)
O exame físico pode identificar áreas dolorosas e presença
de massas ou outras alterações anatômicas. 
No entanto, a ausência de achados
não exclui uma patologia intra-abdominal como causa. 
Exames complementares
Os testes complementares podem auxiliar no
esclarecimento diagnóstico de pacientes com DPC.
 Em alguns casos,pode ser necessária a exclusão de um
quadro gestacional.
Exame físico:
As reais origens patogênicas da DPC não
são conhecidas, dessa forma, avaliações por
diferentes especialistas com diferentes mé-
todos diagnósticos são empregadas, muitas
vezes sem revelar a real causa da DPC, o
que contribui para a baixa eficácia de mui-
tos tratamentos.
Sindrome Pré-Mestrual (SPM)
Pode ser caracterizada como dor
contínua ou intermitente no abdome inferior,
durante um período mínimo de 6 meses,
relacionada ou não ao período menstrual e/ou
relação sexual.
Exames Complementares:
Citologia ecto e endocervical.
Pesquisas cervicais para micoplasma, urea,
plasma, gonococo e clamídia.
 Hemograma.
 Exame de urina com cultura.
Pesquisa de hemoglobina humana nas fezes.
Ultrassonografia (US) transvaginal
Ressonância magnética e tomografia compu-
tadorizada.
Laparoscopia diagnóstica
Tratamento deve ser direcionado à causa da DPC,
quando identificável.
 Em pacientes sem diagnóstico específico, o manejo
multidisciplinar deve ser buscado 
 associação de medicação
analgésica com modificações de dieta, estilo de vida e
comportamento e o tratamento de fato-
res psicológicos têm demonstrado melhorar a qualidade
de vida das pacientes. 
A síndrome pré-menstrual (SPM) e o transtorno disfórico-
pré-menstrual (TDPM) são dois distúrbios relacionados a
sintomas que ocorrem uma a duas semanas antes da
menstruação e que melhoram após o início dela. Esses
sintomas podem ser físicos, emocionais e comportamentais.
Embora ambos os transtornos interfiram no dia a dia da
mulher, a TDPM é mais severa e, às vezes, incapacitante.
Saiba mais sobre essas duas condições e como são tratadas.
Sintomas:
Instabilidade emocional;
Mau-humor extremo;
Humor deprimido;
Ansiedade acentuada. 
Tratamento da síndrome pré-menstrual:
Mudança no estilo de vida - adotar hábitos
saudáveis, como manter uma alimentação bem
equilibrada e praticar exercícios físicos
regularmente;
Medicamentos - dependendo da gravidade dos seus
sintomas;
Antidepressivos - os inibidores seletivos da
recaptação da serotonina (ISRS), classe de
antidepressivos que aumenta os níveis de serotonina,
são eficazes para melhorar as alterações de humor
que antecedem o período menstrual;
Pílulas anticoncepcionais - impedem a ovulação, o
que pode minimizar os sintomas pré-menstruais.
Sindrome Pré-Mestrual (SPM)
Conhecida popularmente como cólica menstrual é
caracterizada por dor no baixo ventre durante a
menstruação, e pode vir acompanhada de náusea,
diarréia, dor de cabeça e, em alguns casos, até
desmaio.
Primária: é a mais comum, considerada normal e
costuma aparecer pouco depois das primeiras
menstruações. 
 Idiopática e não pode ser explicada por outras
doenças ginecológicas
É causada por uma substância chamada
prostaglandina, responsável pela contração do
útero.
fatores que contribuem podem incluir:
A passagem do tecido menstrual através da
colo do útero
Níveis altos de prostaglandina F2-alfa no
líquido menstrual
Óstiocervical estreito
Útero mal posicionado
Ansiedade
Secundária: é provocada por alguma doença ou
distúrbio, como endometriose, mioma, problemas
com o uso de DIU, alterações do útero (p. ex.,
útero bicorno, útero septado, septo vaginal
transverso),e dos ovários ou doença inflamatória
pélvica.
Tratamento:Tratamento da dismenorreia, Anti-
inflamatórios não esteroides (AINEs), Frequentemente,
contraceptivos hormonais e Tratamento das doenças
subjacentes.
Mulheres com cólicas menstruais primárias, em
geral, se beneficiam com a adoção de algumas
medidas, como a prática regular de exercícios físicos
aeróbicos (por exemplo: andar, nadar, correr,
pedalar), aplicação de calor local (bolsa de água
quente) e dieta rica em fibras. 
Quando a dismenorréia é secundária, pode ser
necessário recorrer ao tratamento cirúrgico.
Nos dois casos podem-se utilizar medicamentos para
alívio da dor, sempre com acompanhamento e
prescrição médica.
A história da doença atual deve abranger a
história clínica menstrual completa, incluindo a
idade de início da menstruação, a duração e a
magnitude do fluxo, o período entre as
menstruações, a variabilidade do período e a
relação das menstruações com os sintomas.
Exame físico
O exame pélvico deve concentrar-se na detecção das
causas de dismenorreia secundária. 
Examina-se o colo do útero à procura de dor à
palpação, secreção, estenose cervical ou prolapso de
pólipo, ou mioma. 
Realiza-se o exame bimanual para verificar massas
uterinas e consistência uterina (um útero lodoso ocorre
na adenomiose).
Síndrome dos ovários
policísticos (SOP)
É um distúrbio hormonal muito comum, caracterizado pela
presença de cistos – pequenas bolsas que contêm material
líquido ou semissólido – que pode causar problemas
simples, como irregularidade menstrual e acne, até outros
mais graves, como obesidade e infertilidade.
A Síndrome do ovário policístico constitui uma desordem
metabólica que acomete cerca de 5-10% das mulheres em
idade fértil.
As manifestações clínicas da SOP são ocasionadas, grande
parte, pelo aumento da produção de andrógenos.
Sintomas:
alterações menstruais: em geral, as menstruações são
espaçadas, a mulher menstrua apenas poucas vezes por
ano, mas também pode haver menstruação intensa ou
ausência de menstruação;
 hirsutismo: aumento dos pelos no rosto, seios e
abdômen;
obesidade: tendência à obesidade, sendo que o ganho de
peso piora a síndrome;
acne: provocado pela maior produção de material
oleoso pelas glândulas sebáceas;
 infertilidade;
 também pode haver queda de cabelo e depressão.
Diagnóstico:
a presença de ao menos dois dos três critérios diagnósticos:
oligoamenorreia, hiperandrogenismo clínico e/ou
laboratorial e morfologia ultrassonográfica de policistose
ovariana, determina o diagnóstico, desde que sejam excluídas
outras doenças que também cursam com hiperandrogenismo. 
Exames para avaliação do risco metabólico das pacientes
diagnosticadas:
Glicemia de jejum
TSH
Glicemia após sobrecarga 75g de glicose (para mulheres
obesas ou com história familiar de diabete mélito);
Colesterol total, colesterol HDL e triglicerídeos (para
pacientes com suspeita de síndrome metabólica)
DHEA (em caso de suspeita de tumor adrenal)
Tratamento:o tratamento envolve o controle dos sintomas
hiperandrogênicos, regularização dos ciclos menstruais e
proteção endometrial. Para todas as pacientes, modificações do
estilo de vida e controle das anormalidades metabólicas devem
ser sempre recomendados.
modificação do estilo de vida,
 perda de peso atrelada ao exercício físico regular e
restrição dietética. 
A perda de pelo menos 5% a 10% do peso corporal está
associada à melhora da obesidade central, do
hiperandrogenismo e das taxas de ovulação de mulheres com
SOP. 
Para mulheres com SOP e que desejam gestar, recomenda-se o
aconselhamento pré concepcional e medidas para o controle de
condições.Glicemia após sobrecarga 75g de glicose (para
mulheres obesas ou com história familiar de diabete mélito);
Tratamento Medicamentoso: 
Beneficios esperados: 
Regularização dos ciclos menstruais (já nos primeiros meses de
tratamento), diminuição da quantidade,
textura e distribuição de pêlos, melhora ou resolução da acne e
outras manifestações androgênicas (após pelo menos 6 a 12
meses de tratamento), redução do peso corporal e melhora das
alterações metabólicas relacionadas com a resistência insulínica
e redução do risco de hiperplasia ou carcinoma de endométrio
Irregularidade menstrual: Anticoncepcional hormonal
combinado (AHC); progestágenos.
Hiperandrogenismo clínico - hirsutismo leve a moderado: AHC
com doses elevadas e etinilestradiol.
Hiperandrogenismo clínico - hirsutismo moderado a grave e
acne: Antiandrogênio + AHC ou Antiandrogênio + outro método
contraceptivo
Controle metabólico (quando indicado): Metformina (geralmente
associada com AHC ou com antiandrogênio).
RISCO CARDIOVASCULAR EM MULHERES COM SOP:
Proporção significativa destas pacientes é resistente à
insulina e apresentam maiores concentrações de marcadores
inflamatórios, diabete, hipertensão arterial, dislipidemia,
síndrome metabólica e até mesmo de alterações
angiográficas (como calcificação e alterações
ecocardiográficas), quando comparadas às mulheres sem
diagnóstico de SOP . 
As mulheres com SOP apresentam prevalências mais altas de
fatores de risco para doenças cardiovasculares.
Endometriose
Características dos pacientes com endometriose pélvica:
Tratamento
 A endometriose é definida como a presença de
glândulas e estroma endometriais fora da
cavidade uterina.
Infertilidade
Dismenorreia
Dispareunia
Dor pélvica não cíclica
Cirurgia prévia de endometriose
Nuliparidade
Dor à evacuação
Disúria
 Diagnóstico: O diagnóstico da endometriose
continua difícil,apesar de todo o avanço das técnicas de
imagem nas últimas décadas.
Ultrassonografia transvaginal e a ressonância
magnética como melhores métodos diagnós-
ticos para endometriose,
O diagnóstico final da endometriose é realizado
 por biópsia da lesão por meio de
 laparoscopia ou laparotomia.
O principal objetivo do tratamento da endome-
triose é a melhora da sintomatologia. 
O objetivo secundário é evitar aumento ou progressão
da doença. 
Apesar de ser considerada uma doença progressiva, a
endometriose pode permanecer estável ou ainda regredir
sem tratamento Tratamento medicamentoso.
Tratamento medicamentoso:
Como o tecido endometriótico tem resposta
hormonal e como os sintomas da endometriose
melhoram na gestação e na menopausa, os tratamentos
medicamentosos procuram simular essas situações.
Tratamento cirúrgico: A diminuição da dor após o
tratamento cirúrgico ocorre em 50 a 95% das pacientes
simulação de menopausa (análogos do
GnRH),
de amenorreia (gestrinona, danazol),
gestação (anticoncepcional oral e
progestágenos).
A necessidade de uso de tratamento medica-
mentoso após o tratamento cirúrgico não está
bem estabelecida até o momento.
 Lesões maiores de endometriose, em geral, devem
ser retiradas cirurgicamente. 
Quando a mulher já teve os filhos que desejava, e não
obtém melhora com o tratamento medicamentoso, a
remoção dos ovários e do útero pode ser uma
alternativa de tratamento
Miomatose (miomas uterinos)
Os miomas ou leiomiomas – neoplasias benignas de
células de músculo liso uterino são os tumores mais
comuns do trato genital feminino e acomete 20 a 40%
das mulheres em idade reprodutiva (Stewart, 2001).
Esses tumores são benignos e surgem no miométrio, contendo
quantidade variável de tecido conjuntivo fibroso.
Classificados conforme a sua localização: 
Intramurais (na camada miometrial,
com menos de 50% de seu volume protruindo na
superfície serosa do útero),
Submucosos (localizados na camada interna do
miométrio, com projeção para a cavidade uterina), 
Subserosos (quando possuem mais de 50% do seu
volume projetado na camada serosa do útero) 
Pediculados (ligados ao útero por um pedículo).
Sinais e Sintomas:
O sangramento uterino aumentado é a queixa mais comum
relacionada à miomatose.
Menorragia ou hipermenorreia (sangramento prolongadoe
excessivo)
O aumento do volume uterino devido a miomas pode causar
sensação de peso e de dor no baixo ventre, bem como compressão
de órgãos vizinhos.
Diagnóstico: O diagnóstico é baseado na história clínica (sinais e
sintomas), no toque vaginal bimanual e na ultrassonografia. 
exame ginecológico rotineiro, palpa-se o útero aumentado de
volume com consistência firme, superfície lisa, regular ou não. 
exames de imagem são importantes quando existe dúvida
diagnóstica, para diferenciar de outras massas anexiais e para
definir a localização dos miomas
A tomografia computadorizada e a ressonância magnética
são exames de exceção.
Tratamento clínico: O objetivo do tratamento clínico é o alívio
dos sintomas.
Em função da dificuldade de se distinguir entre sintomas
relacionados aos miomas e aqueles secundários à
anovulação, que poderiam contribuir para sangramento
anormal, justifica-se o tratamento clínico previamente à
cirurgia, 
dentre eles sao os: Progestágenos, Anti-inflamatórios não
esteroides, Danazol e gestrinona, Mifepristone,
Moduladores seletivos dos receptores de estrogênio
(SERMs), Moduladores seletivos dos receptores de
progesterona (SPRMs), Análogos do hormônio liberador
das gonadotrofinas (GnRH). 
Tratamento cirúrgico: o tratamento definitivo da miomatose
sintomática é cirúrgico
Histerectomia está indicada nas seguintes condições: 
1) presença de sintomas; 
2) falha no tratamento clínico associado a sangramento uterino
anormal, com prole constituída ou sem desejo de engravidar. 
Miomas grandes e assintomáticos, sem crescimento rápido,
provavelmente podem ficar sem tratamento, pois o risco de se
tratar de um leiomiossarcoma é 
menor do que a mortalidade pela histerectomia.
Referências
Cavalcante,I.S et al. Research, Society and Development, v. 10, n. 2, e23810212398, 2021 (CC BY 4.0) | ISSN 2525-3409 | D
Disponivel em: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v10i2.12398
FREITAS, F. et al. Rotinas em Ginecologia. 6ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2011. 736p.
Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde. Protocolos da Atenção Básica : Saúde das Mulheres / Ministério da Saúde,
Instituto Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa – Brasília : Ministério da Saúde, 2016.
Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente
Transmissíveis. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Atenção Integral às Pessoas com Infecções Sexualmente
Transmissíveis – IST [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Doenças de
Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis. – Brasília: Ministério da Saúde, 2022.
Qualidade de vida da mulher no Climatério
Organizado por: Hinara Maria e Júlia Torres
Qualidade de vida da mulher no Climatério
Do grego Klimater, climatério significa ponto crítico e é caracterizado como o período transitório entre a vida reprodutiva e a não
reprodutiva da mulher. Trata-se de um processo fisiológico com início a partir da quarta década de vida e que se estende até a
senilidade, não se constituindo em doença ou transtorno (Lima et al., 2019).
Para 2025, dados da Organização Mundial de Saúde (OMS)
indicam que a expectativa de vida nos países em desenvolvimento
será de 78 anos, o que repercutirá no aumento da população de
mulheres climatéricas (Lima et al., 2019).
Epidemiologia
Fases
Considerando essa perspectiva, um aumento na procura dos
serviços de saúde por essa população é esperado, tendo como
queixas principais os sintomas característicos dessa fase (Lima et
al., 2019)
Agravos de saúde mais frequentes no
climatério
No período do climatério, as mulheres passam por transformações de
ordem psicossocial, afetiva, sexual, familiar e ocupacional, o que pode
comprometer a saúde física e emocional. 
A diminuição da produção dos hormônios estrogênio e progesterona
ocasiona a maior parte dos sinais e sintomas, assim como dos agravos,
sendo os principais: 
Cefaleia 
Atrofia genital 
Insônia 
Dores articulares 
Diminuição da libido 
Depressão
Ansiedade 
Alterações urogenitais: prolapsos genitais,
ressecamento, sangramento vaginal, dispareunia,
disúria. 
Doenças cardiovasculares 
Aumento da pressão arterial 
Diabetes Mellitus 
Risco aumentado para obesidade
Esse período é dividido em 3 fases: 
Pré-menopausa: inicia-se após os 40 anos com a diminuição da
fertilidade;
Menopausa: refere-se ao período de um ano da cessação da
menstruação;
Pós-menopausa: refere-se após um ano da cessação da
menstruação
Prevenção de Agravos:
atividade física, dieta com alimentos ricos em cálcio,
atividades sociais. 
Oferecer Esclarecimento 
Oferecer Apoio Psicológico 
Adequação Terapêutica: Anamnese, exame físico, exames
de imagem (triglicerídeos, colesterol, cálcio, HDL,
glicemia, mamografia)
Climatério X Menopausa
Assim, o climatério trata-se de um processo biológico e não
patológico, necessitando de uma assistência que envolve
questões de humanização por parte dos profissionais, focando
nos princípios éticos, de orientação e educação em saúde,
respeitando-se as diversidades e especificidades que a mulher
possa apresentar (BRASIL, 2016).
A menopausa, evento fisiológico que transcorre durante o
climatério é caracterizada pela interrupção permanente da
menstruação, e ocorre geralmente entre os 45 e 55 anos de
idade. Retrata a perda da função folicular ovariana e o
diagnóstico se dá após 12 meses de amenorreia (Protocolo de
Atenção às Mulheres no Climatério e Menopausa, 2022).
“Ambas as fases são inevitáveis, e devem ser encaradas
como um processo natural, e não como doença” 
Climatério e Osteoporose: qual a
relação?
Papel da Enfermagem Avaliação global e plano de cuidados na
atenção às mulheres no climatério
 Como visto anteriormente, durante o climatério a
mulher sofre a diminuição da quantidade de estrogênio e
isso desencadeia a síndrome climatérica
Mas como isso se relaciona com a osteoporose?
Isso acontece porque o estrogênio é um importante
hormônio na remodelação óssea. Então o risco de
osteoporose é algo que deve ser investigado entre as
mulheres dessa faixa etária para minimizar os agravos 
Realizar a Consulta de Enfermagem utilizando o Processo de
Enfermagem;
Prescrever os cuidados de Enfermagem;
Orientar sobre as mudanças nesse período e fatores de risco para
doenças crônicas, metabólica e degenerativas;
Solicitar exames de acordo com os Protocolos do Município;
Realizar o exame citopatológico;
Solicitar mamografia de acordo com a faixa etária (50 a 69
anos)
Realizar práticas integrativas e complementares em saúde dentre
as ações de cuidado, juntamente com equipe multiprofissional,
se detentor de formação para tal, conforme protocolos de PICS
do município; 
Conduzir e coordenar gruposterapêuticos; 
Promover ações de educação em saúde na APS, para
desmistificar o climatério e menopausa e contribuir para a
melhora da qualidade de vida;
Participar dos estudos de caso, discussão e processos de
educação permanente.
Cuidados não farmacológicos no manejo dos sintomas no
climatério e 
menopausa (Práticas Integrativas e Complementares)
Ioga e meditação
Acunputura 
Auriculoterapia
Exercícios de Kegel
Banhos de acento 
Aromaterapia
Cuidados farmacológicos no manejo dos sintomas no
climatério e menopausa
Fitoterápicos: Isoflavona de soja ( alivia os sintomas
vasomotores “fogachos” e sudorese)
DICA: Ebook para a avaliação da
sintomatogogia do climatério
utilizado na APS.
Terapia Hormonal
A Terapia Hormonal é o método farmacológico mais eficiente
para tratar os sintomas vasomotores, a síndrome genito-
urinária e o hipoestrogenismo e para evitar a perda de massa
óssea.
Dentre os benefícios do uso de hormonioterapia na menopausa
estão a diminuição do risco de diabetes melitus 2, da gordura
abdominal e a redução do risco de fraturas osteroporóticas
tanto na mulher de alto, como na de baixo risco para
osteoporose.
(Protocolo de Atenção às Mulheres no Climatério e Menopausa, 2022).
Referências
Rotinas em ginecologia [recurso eletrônico]/ Fernando Freitas [et al.] – 6. ed. – Dados eletrônicos. – Porto
Alegre: Artmed, 2011.
LIMA et al. Perda de qualidade do sono e fatores associados em mulheres climatérica. Ciência & Saúde Coletiva, 2019.
BRASIL. Ministério da Saúde. Protocolos da Atenção Básica: Saúde das Mulheres/Ministério da Saúde, Instituto Sírio-
Libanês de Ensino e Pesquisa. 1. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2016.
Municipal de Ribeirão Preto, Prefeitura. Protocolo de Atenção às Mulheres no Climatério e Menopausa: Protocolos da
Coordenadoria de Assistência Integral à Saúde da Mulher / Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto. – 2022.de exames citopatológicos por ano. Em 2002, o fortalecimento e a qualificação
da rede de atenção básica e a ampliação de centros de referência possibilitou a realização de uma segunda
fase de intensificação.
Gradativamente, a denominação Viva Mulher deixou de ser utilizada e o Programa passou a ser chamado de
Programa Nacional de Controle do Câncer do Colo do Útero e de Mama e, posteriormente, Ações de Controle do
Câncer do Colo do Útero e de Mama. Apesar do gradual desuso de seu nome, o Viva Mulher deixou marcas de
continuidade fundamentais na saúde pública brasileira, com efeitos recorrentes na política atual de controle desses
tipos de câncer
Como o Programa é denominado atualmente?
https://www.inca.gov.br/publicacoes/livros/viva-mulher-20-anos-historia-e-memoria-do-controle-dos-canceres-do-colo-do-utero
Os condicionantes e determinantes de saúde da mulher nas
políticas públicas brasileiras
São os fatores sociais, econômicos, culturais, étnicos/raciais, psicológicos e comportamentais que influenciam a
ocorrência de problemas de saúde e seus fatores de risco na população.
Tem por base as iniquidades de saúde, ou seja, as desigualdades que, além de relevantes e sistemáticas, são
evitáveis, injustas e desnecessárias. 
LEI 8080/90. Art. 3º A saúde tem como fatores determinantes e condicionantes,
entre outros, a alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o
trabalho, a renda, a educação, o transporte, o lazer e o acesso aos bens e serviços
essenciais; os níveis de saúde da população expressam a organização social e
econômica do País.
É um conceito da área de saúde pública que se refere a um conjunto de acontecimentos, fatos, situações e
comportamentos da:
 vida econômica;
 social;
 ambiental;
política;
governamental;
cultural e subjetiva. 
Que afetam positiva ou negativamente a Saúde de:
 indivíduos;
segmentos sociais; 
coletividades;
populações e territórios. 
Conceitos
Desigualdade em Saúde: Desigualdades referem-se aquelas diferenças perceptíveis e mensuráveis existentes
quer nas condições de saúde, quer sejam relacionadas às diferenças no acesso aos serviços de prevenção, cura ou
reabilitação da saúde (desigualdades no cuidado à saúde).
Equidade: A promoção da equidade é um dos princípios do Sistema Único de Saúde (SUS) e tem relação direta
com os conceitos de igualdade e de justiça social. Orientado pelo respeito às necessidades, diversidades e
especificidades de cada cidadão ou grupo social, o princípio da equidade inclui o reconhecimento de
determinantes sociais, como as diferentes condições de vida, que envolvem habitação, trabalho, renda, acesso à
educação, lazer, entre outros que impactam diretamente na saúde.
Iniquidade: Iniquidades em saúde, por outro lado, referem-se às desigualdades consideradas injustas ou
decorrentes de alguma forma de injustiça. Reflete o como são traduzidas as desigualdades existentes e as
diferenças entre justas ou injustas, sendo que esta tradução varia entre as sociedades humanas. 
Modelo de terminação social da saúde proposto por Dahlgren e Whitehead 
Dispostos em diferentes camadas, desde uma camada mais próxima dos determinantes individuais até uma
camada distal, onde se situam os macrodeterminantes.
Os indivíduos estão na base do modelo, com suas características individuais de idade, sexo e fatores genéticos
que, evidentemente, exercem influência sobre seu potencial e suas condições de saúde. 
Na camada imediatamente externa aparecem o comportamento e os estilos de vida individuais. Esta camada
está situada no limiar entre os fatores individuais e os Determinantes Sociais da Saúde (DSS), já que os
comportamentos, muitas vezes entendidos apenas como de responsabilidade individual, dependentes de
opções feitas pelo livre arbítrio das pessoas, na realidade podem também ser considerados parte dos DSS
Referências
Rotinas em ginecologia [recurso eletrônico] / Fernando Freitas [et al.] – 6. ed. – Dados eletrônicos. – Porto
Alegre: Artmed, 2011.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas.
Política nacional de atenção integral à saúde da mulher : princípios e diretrizes / Ministério da Saúde,
Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. – Brasília : Editora do
Ministério da Saúde, 2009.
BEZERRA, K.K.S.; ANDRADE, M.S.P.B. Mortalidade materna: um desafio para a saúde pública mundial.
GOV BR: Ministério da Saúde. 2021. Disponível em: https://www.gov.br/ebserh/pt-br/hospitais-
universitarios/regiao-nordeste/hujb-ufcg/comunicacao/noticias/parto-
seguro#:~:text=Morte%20materna%20obst%C3%A9trica%20direta%3A%20%C3%A9,de%20qualquer%20u
ma%20dessas%20causas. 
Brasil. Ministério da Saúde. Programa Humanização no Pré-Natal e Nascimento. Brasília. Ministério da Saúde.
2000.
Brasil. Ministério da Saúde. Protocolos da Atenção Básica: Saúde das Mulheres / Ministério da Saúde, Instituto
Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa – Brasília : Ministério da Saúde, 2016.
Sexualidade feminina e autocuidado
Organizado por: Maira Lima
Autocuidado:
Pautado principalmente em ações de autoprezervação, uma das principais ferramentas para a manutenção da saúde
é o autocuidado. O autocuidado pode ser de diversos tipos, maneiras e em diferentes áreas da vida de uma pessoa,
podendo ser físico, emocional, espiritual, social e outros. Para realizar o autocuidado é necessário que haja
também o autoconhecimento.
 Conhecendo o corpo feminino: Conhecer o corpo
feminino não corresponde apenas ao conhecimento
dos orgãos genitais e reprodutivos, também
corresponde ao conhecimento emocional,
hormonal e dos padrões do ciclo menstrual desta
mulher, todas as ações de autoconhecimento devem
ser estimuladas pelos profissionais de saúde.
 Conhecendo o corpo feminino - Genitais
externos femininos:
 Monte de vênus ou púbis: Região de formato
triangular constituída principalmente por tecido
adiposo, sendo recoberta por pelos.
 Clitóris: Órgão erétil durante estimulação
sexual, tendo uma pequena parte visível (glande do
clitóris) e sua maior porção internamente.
 Glandulas parauretrais de Skene: Glândulas
que secretam líquido que ajuda na lubrificação
feminina, localizadas próximas ao meato uretral.
 Vestíbulo: Região de pele quese localiza entres
os lábios internos, se estende desde o clitóris até o
hímen.
 Meato uretral: Óstio que conecta o sistema
urinário com o meio externo.
 Grandes lábios ou Lábios externos: Pele rica
em folículos pilosos, glândulas sebáceas e
sudoríparas, que não necessariamente são maiores
que os lábios internos.
 Pequenos lábios ou Lábios internos: Região
mais interna da vulva, nesta região há a mudança
do tipo de tecido que compõe a pele, havendo
acentuação na umidade e não mais a presença de
pelos.
 Orifício vaginal: Óstio do canal vaginal, orgão
que envolve o pênis durante a relação sexual e que
se destende para a passagem do feto durante o
parto.
 Hímen: Pele que recobre parcialmente o orifício
vaginal, que normalmente é associado á perda da
virgindade, entretanto pode vir a se romper apenas
durante o parto.
 Glândulas de Bartholin: Glândulas que secretam
muco e estão envolvidas na lubrificação feminina
durante a relação sexual.
 Períneo: Conjunto de partes musculos e
aponeuroses que fecha inferiormente a cavidade
pélvica.
Estimulando o autoconhecimento: Conheça a
anatomia da sua vulva.
Fonte: Use um espelho de mão para conhecer a anatomia da sua vulva - Helô D'Angelo.
Fonte: Genitália externa feminina. (Adaptada de Kistner, 1979.)
A saúde sexual quando abordada nos serviços de saúde vem atrelada à saúde reprodutiva, de maneira que uma
praticamente se perde na outra, havendo pouca ou nenhum diferenciação e separação do que de fato é saúde sexual.
Também é evidenciado que há a necessidade de ampliar o cuidado e atenção à saúde sexual feminina para além do
ciclo gravídico-puerperal. 
Sexualidade feminina:
 Direitos reprodutivos: Corresponde ao direito
de todas as pessoas para decidir quanto à
reprodução,isto é, é livre para todos a decisão de
maneira responsável se desejam ter filhos ou não,
bem como ao momento que melhor desejarem para
isto e o melhor método contraceptivo. caso haja
interesse em tal. Ainda é fomentado o direito á
informação de qualidade a cerca de questões que
desrespeitam á reproduação e a contracepção.
 Direitos sexuais: Corresponde ao direito de
todas as pessoas de expressarem sua sexualidade,
livre de violência, discriminações e imposições,
garantindo a todos o direito de escolher sem
parceiro sexual, bem como sua orientação sexual.
Também garante a cada indivíduo que este é capaz
de tomar as decisões quanto ao momento, em que
deseja ou não ter relações sexuais, independente de
idade, estado civil ou condições físicas. Os direitos
sexuais também garantem que haja o acesso a
informação de qualidade para a prática de sexo
seguro, o acesso gratuito aos métodos de
prevenção à gravidez e à ISTs, bem como o
atendimento em saúde com qualidade que respeite
a privacidade, individualidade e segurança do
indivíduo.
Diversidade sexual:
 Identidade de gênero: É a maneira que você enxerga a sí mesmo, como voce se IDENTIFICA.
Orientação sexual: Refere-se ao que você se sente atraído, o que ORIENTA o seu desejo sexual.
Sexo biológico: Corresponde com as características BIOLÓGICAS com as quais você nasceu.
Expressão de gênero: É a forma com a qual você EXPRESSA o seu gênero para as outras pessoas.
Referências
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas.
Área Técnica de Saúde da Mulher. Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos: uma prioridade do
governo/Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas
– Brasília: Ministério da Saúde, 2005.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde sexual e
saúde reprodutiva / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – 1.
ed., 1. reimpr. – Brasília : Ministério da Saúde, 2013.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas.
Direitos sexuais, direitos reprodutivos e métodos anticoncepcionais / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à
Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. – Brasília: Ministério da Saúde, 2009.
Cuidado a saúde mental da mulher
no período perinatal
Organizado por: Alicea.
Cuidado a saúde mental da mulher no período perinatal
Mais de 25% das mulheres têm depressão pós-parto, mas os transtornos mentais nem sempre estão ligados à
depressão. 
Maternidade e nascimento do filho: momento de grandes transformações na vida da mulher, fisicamente e
socialmente, com sua nova função social. Risco potencial de distúrbios psicológicos. 
Saída da placenta: queda abrupta de hormônios
 - Queda de hormônios: pode aumentar a monoaminoxidase no cérebro, fazendo a quebra de neurotransmissores
como a serotonina, dopamina e noradrenalina, afetando o humor.
Período de 45 a 60 dias para o retorno à normalidade (período de maior atenção)
História prévia e/ou familiar de problemas psicológicos 
Fatores psicossociais (estresse extremo; exposição a violência doméstica, sexual ou de gênero; baixo nível
socioeconômico; baixo apoio social; gravidez não planejada; complicações durante a gravidez e/ou
parto)
Fatores biológicos da gestação e parto
Estilo de vida e rede de apoio 
FATORES DE RISCO:
BABY BLUES OU BLUES PUERPERAL
“Não quero, mas vou cuidar”
- Tristeza momentânea 
- Surge entre o terceiro e décimo dia após o parto (alterações hormonais)
- Cessa após algumas semanas (processo adaptativo)
- Advindo da: privação de sono, exaustão, mudanças nas atividades diárias)
Sintomas: labilidade emocional, tristeza inexplicável, melancolia, sentimento de incapacidade, disforia, etc. 
* Se não cuidada corretamente, pode evoluir para uma depressão pós-parto. 
DEPRESSÃO PÓS-PARTO
“Não quero e nem vou cuidar”
- Sintomas surgem ou são intensificados após quatro semanas do nascimento
- Geralmente advém do transtorno do estresse pós-traumático ou do baby blues
- Dificuldade em se relacionar com o bebê OU cuidado excessivo 
Sintomas: humor deprimido, perda do apetite, perda da libido, sentimento de menos valia, perda de prazer
nas atividades de vida diárias (AVD’s), distúrbios do sono, abulia, sentimento de incapacidade, isolamento
social, irritabilidade intensa. 
 Se não tratada corretamente, pode evoluir para uma depressão. 
TRANSTORNO DO ESTRESSE PÓS-TRAUMÁTICO
- Sintomas característicos após exposição a um evento traumático extremo 
- Sintomas podem iniciar nos 3 primeiros meses após o trauma ou pode haver retardo de meses ou anos
- Comum o abuso de drogas
- Eventos de risco: parto prematuro, parto traumático, violência obstétrica, internações muito graves 
Sintomas: distúrbios do sono, taquicardia, sudorese, instabilidade psíquica e psicomotora.
PSICOSE PUERPERAL OU PSICOSE PÓS-PARTO
- Tem início súbito e começa dias ou semanas após o parto
- Condição mais grave de todas
- Sentimentos e pensamentos distorcidos em relação a realidade e ao bebê
- Criança corre perigo de vida
Fatores de risco: histórico familiar e pessoal de transtorno bipolar; psicose puerperal em gestação anterior;
descontinuação de tratamento na gestação; privação de sono; alterações abruptas nos níveis hormonais. 
Sintomas: instabilidade emocional, confusão mental, desconfiança, nervosismo, delírios, alucinações,
desorganização do pensamento. 
* Risco de suicídio e infanticídio 
ATUAÇÃO DA ENFERMAGEM
 Existem emoções típicas de cada momento da gestação e do puerpério, e é preciso que o enfermeiro entenda e
esteja atento a cada uma delas. 
Deste modo, cabe ao enfermeiro:
Educação em saúde sobre o assunto no momento das consultas pré-natais e pós-parto
Avaliar alterações emocionais nas consultas pré-natais e fazer o diagnóstico precoce das doenças
Estabelecer uma relação de confiança enfermeiro-mulher 
Relação terapêutica: Tidal Model
Estabelecer contatos frequentes e regulares
Rastrear fatores de risco
Consultar familiares e agregar eles no cuidado
Encaminhar para grupos de apoio. 
 É de extrema importância que as consultas pré e pós natais sejam focadas também na mulher como ser ativo e
como mãe, em como ela está lidando com as novas mudanças e em como se sente com o que está acontecendo.
Atenção aos trejeitos, comportamentos e palavras. 
Distúrbios do Assoalho Pélvico
Organizado por: Caren, Hinara e Júlia.
Profunda:
Diafragma pélvico: é formado pelo músculo
levantador do anus e músculo coccígeo.
Superficial:
Responsável por “contrair e relaxar” 
Circunda os orifícios da uretra, vagina e ânus;
Disfunções do Assoalho Pélvico (DAP)
Envelhecimento (idade entre 60 a 69 anos)
Gravidez (parto vaginal- laceração de
músculos)
Exercícios de grande intensidade
(levantamento de peso, crossfit)
Obesidade
Multiparidade
Episiotomia
Tabagismo
Uso de fórceps
Cirúrgico
Treinamento da musculatura do assoalho
pélvico (Exercícios de Kegel)
Pessários
O uso de pessários vaginais é uma alternativa
para tratamento do POP, sendo considerado
primeira linha de tratamento;
Existem diversos tipos de pessários, que são
divididos, de acordo com sua forma, em
pessários de suporte e obstrutivos. Os de
suporte são o anel, anel com diafragma e
Shaatz. Os oclusivos são o cubo, Gelhorn,
Donut e o pessário inflável. O modelo de
pessário mais utilizado é o anel, seguido do
Gelhorn e do Cubo respectivamente;
 (FEBRASGO, 2018)
 
 O que é o Assoalho Pélvico?
Distúrbios do Assoalho Pélvico:
Ocorrem devido a alterações das estruturas da
região pélvica (REIS et al., 2019) 
É o fundo da cavidade abdominal, fechando o canal dentro da pelve, compreende os órgãos da região baixa do
abdômen e tem funçõesrelacionadas aos sistemas reprodutor, urinário e digestivo, são compostos por um
conjunto de músculos e ligamentos que fazem sustentação e fixação dos órgãos pélvicos.
Grupos Musculares
Fonte: Google Imagens
Fonte: Google Imagens
Fatores de Risco
Tratamento para o POP
Pessários
Principais queixas após o uso:
Mais frequentes:
Dor local
Desconforto
Corrimento vaginal aumentado
Infecções e úlceras
Falha para colocar o dispositivo
Expulsão do dispositivo ao realizar atividades
diárias
Menos frequentes: 
Encarceramento do dispositivo
Fístulas vesicovaginais
Fístulas retovaginais 
Transformações malignas (câncer da vagina) 
Fonte: Google Imagens
Disfunções Miccionais
Incontinencia Urinária (IU) 
É toda perda involuntária de urina, sendo mais
comum em idosos e mulheres;
Causa intervenção em fatores sociais e qualidade
de vida.
Tipos:
IU de Urgência: 
Perda de urina involuntária
acompanhada ou precedida de
urgência.
Sintomas de Esvaziamento
Hesitância: atraso em iniciar a micção
Jato/fluxo lento: fluxo urinário mais lento
Pulverização do fluxo urinário: divisão do
jato de urina
Intermitência: jato de urina para e volta
Disúria: dor ao urinar
Esforço: força para urinar
IU de Esforço:
Perda de urina involuntária aos esforços ou
durante os atos de espirrar, tossir, rir ou
subir escadas.
IU Mista:
Perda de urina involuntária associada com
urgência e esforço.
IU por Transbordamento:
Ocorre quando a bexiga não é esvaziada por
longos períodos, tornando-se tão cheia que a
urina simplesmente transborda.
IU funcional:
Incapacidade de utilizar o vaso sanitário por
dano em função cognitivo/física. 
Sintomas de Armazenamento
Polaciúria: > 7x ao dia
Noctúria: > 1x no período de sono
Urgência: desejo súbito de urinar
Bexiga hiperativa: urgência + polaciúria +
noctúria com ou sem IU de urgência.
Sintomas Pós-Miccionais/Sensoriais
Sensação de esvaziamento incompleto:
comum em infecções ou nervosismo
Perda miccional: necessidade imediata de
urinar novamente
Micção depende da posição: comum em
prolapso
Retenção urinária
Aumento da sensação vesical
Diminuição da sensação vesical
Sensação vesical ausente
DISFUNÇÕES ANORRETAIS
Constipação: sensação de bloqueio anorretal e
digitalização anal durante a defecação) são mais
sugestivos de um distúrbio evacuatório do que
outro.
 
Incontinência fecal: refere-se à recorrente passagem
sem controle de material fecal líquido ou sólido.
Dor anorretal: pode ser classificada pelas
características clínicas distintas em síndrome do
elevador do ânus ou proctalgia fugaz.
 
Retocele: Ocorre quando o reto cai e se
projeta em direção a parede da vagina. Dessa
forma a mulher sente sensação de peso,
abaulamento doloroso, disfunção coital. 
A constipação em si não é um sintoma da
retocele, mas ambas podem coexistir. Advém
dessas disfunções, muitas vezes, a
incontinência fecal.
Tipos de POP
Enterocele:Também pode ser identificado
por prolapso da parede vaginal posterior. 
 Pode se diferenciar da retocele por determinar
saculação em porções mais superiores da vagina.
O Intestino delgado pode se palpado entre o
reto e a vagina; 
Geralmente não apresenta sintomas, porém
algumas mulheres podem apresentar sensação
de plenitude ou pressão ou dor na pelve. 
Somente pode ser diagnosticada
quando observa peristaltismo do intestino
delgado atrás da parede vaginal. 
Disfunções Sexuais 
Fatores de Risco
Dispareunia Vaginismo
Dor recorrente e persistente que ocorre antes,
durante ou após o ato sexual.
Queixa ginecológica frequente
Pode estar associada a outras disfunções, como o
vaginismo
A dor sentida durante o sexo pode causar estado
de ansiedade e tensão intensos que a mulher
acaba contraindo a musculatura
involuntariamente, agravando mais o quadro e
tornando a relação sexual impossível.
Tratamento: Depende da etiologia da queixa 
Uso de lubrificantes é recomendado
Psicoterapia 
Estimula-se a paciente a fazer a
masturbação e realizar jogos sexuais com o
parceiro
Dificuldade das mulheres em realizar a relação
sexual devido a espasmos involuntários dos
músculos ao redor do introito vaginal,
tornando a penetração impossível ou
extremamente dolorosa.
Tratamento: Consiste em ajudar a paciente a se
sentir mais à vontade com seu corpo, expondo-
se a diferentes graus de penetração
gradativamente
O primeiro passo é a demonstração física
do terço interno da vagina ao casal,
utilizando ilustrações anatômicas da
musculatura vaginal para a orientação da
anatomia sexual.
Exercícios de Kegel, que consistem em
contrair os músculos que circundam a
vagina e, em seguida, relaxar, permitindo
à mulher desenvolver uma sensação de
controle sobre esses músculos.
A etiologia é multifatorial e pode incluir problemas hormonais, psicológicos, temor de gravidez, conflitos da
relação, estresse, cansaço, história prévia de abuso sexual ou uso de medicamentos que causam diminuição da
libido.
Termo usado para dificuldades e/ou prejuízos percebidos por uma pessoa em relação à sua vida sexual ou suas
atividades sexuais.
Podem trazer desconforto e sofrimento, além de alterar a capacidade de prazer sexual, dificultando a
experiência individual com a própria sexualidade.
Vamos praticar! 2.Sobre o assoalho pélvico, assinale a alternativa
INCORRETA.
A. O assoalho pélvico tem como objetivo sustentar
os órgãos internos, principalmente o útero, bexiga
e reto.
B. O assoalho pélvico fecha a cavidade inferior,
sendo limitado anteriormente pelo arco púbico e
posteriormente pelo cóccix.
C. O diafragma pélvico é formado pelos músculos
levantador do anus, obturador interno e
transverso superficial do períneo. 
D. O levantador do anus é um músculo profundo e
de suporte aos órgãos pélvicos, contribuindo para
o processo de formação de micção e defecação.
E. O assoalho pélvico é formado por músculos,
ligamentos e fáscias.
1.Analise as alternativas abaixo e classifique como V
(verdadeira) ou F (falsa) e nestes casos faça a
correção.
 ( ) Incontinência urinária e fecal, prolapso uterino,
cistocele, retocele são disfunções do assoalho
feminino.______________________________
___________________________
 ( ) O pessário pode ser indicado em todo caso de
disfunção do assoalho pélvico feminino.
___________________________
 ( ) O enfermeiro que atua na APS tem papel
importante na detecção de DAP.
____________________________________
____________________________________
 ( ) Em caso de prolapso de útero, não podemos
realizar a coleta citopatológica da cérvix uterina.
____________________________________
__________________________
 ( ) A observação de odores, por ocasião do exame
ginecológico, pode indicar incontinência urinária e
infecções.______________________________
_______________
3. Sobre os DAP analise as alternativas e
classifique-as como V ou F. 
( ) O enfraquecimento do assoalho pélvico pode
resultar em incontinência urinária, incontinência
fecal, redução da sensibilidade no ato sexual.
( ) A constipação intestinal, dificuldade para
urinar e dispareunia não podem resultar da tensão
do assoalho pélvico. 
( ) A musculatura do assoalho pélvico tem papel
fundamental no ato miccional.
( ) A incontinência urinária e o prolapso uterino
são muito frequentes em mulheres em qualquer
idade. 
( ) É considerado normal perder urina como
processo de envelhecimento.
4. Cite pelo menos 5 fatores de risco para DAP.
____________________________________
____________________________________
____________________________________
____________________________________
____________________________________
5. Complete o nome dos pessários a seguir:
6. A incontinência urinária (IU), independentemente
do tipo, tem grande impacto sobre a qualidade de
vida das pessoas idosas, gerando, muitas vezes,
grande constrangimento e induzindo ao
isolamento social e à depressão. Na IU de esforço
ocorre o:
a) extravasamento de urina, quase sempre em
volumes grandes, pela incapacidade para retardar a
micção após perceber a sensação de plenitude vesical,
e o enfermeiro deve orientar o paciente/clientea
evitar a ingestão de grandes quantidades de líquidos
quando não houver disponibilidade de banheiros
acessíveis.
b) escape de urina, quase sempre em pequenas
quantidades, secundário a
esforço mecânico sobre a bexiga distendida, e, no
caso de pacientes/clientes do sexo feminino, o
enfermeiro deve esclarecer que o tratamento consiste
em aplicações locais de estrógenos com creme vaginal
a base de estriol, 1 a 2 x por semana.
c) escape de urina relacionado com a incapacidade para usar o
vaso sanitário por dano da função cognitiva ou física, falta de
disposição psicológica ou barreiras no ambiente, e o enfermeiro
deve orientar o paciente/cliente a fazer adaptações ambientais
que facilitem a chegada ao banheiro.
d) escape involuntário de urina, quase sempre em pequenas
quantidades, com aumentos da pressão intra-abdominal, e o
enfermeiro deve orientar pacientes/clientes portadores desse tipo
de IU sobre a realização dos exercícios de Kegel para o
fortalecimento do assoalho pélvico como uma das formas de
tratamento.
e) extravasamento de urina, em volumes grandes variáveis, sem
causa aparente, e o enfermeiro deve instruir o paciente/cliente a
realizar o treinamento vesical estabelecendo pequenos intervalos
entre as micções e aumentá-los, progressivamente, até atingir
três ou quatro horas Sem incontinência, esclarecendo que
durante os episódios de urgência, deve levantar-se ou sentar-se
lentamente, ao mesmo tempo que tenta contrair a musculatura
pélvica.
7. A alteração orgânica, inclusive na idosa, caracterizada por
dor durante a relação sexual, decorrente de atrofia vaginal,
doenças ginecológicas e transtornos afetivos é chamada de: 
a) Parafilia 
b) Dispareunia
c) Endometriose 
d) Vaginismo
e) Anorgasmia
8. 
Mulher de 39 anos compareceu ao serviço de saúde com
queixas de dor genital durante a relação sexual. Relatou
que, embora a dor seja mais frequente durante o ato
sexual, às vezes, ocorre após o intercurso da relação
sexual. Qual é o nome dado a esse quadro?
a) Parafilia 
b) Dispareunia 
c) Vaginismo 
d) Anorgasmia 
e) Criptorquidia
Gabarito:
V, F (Há casos que necessitam de intervenções
cirúrgicas, pessário é indicado em prolapso uterino), V,
F (Pode ser realizada coleta citopatológica), V.
1.
 2. LETRA C
 3. V, F, V, F, F.
 4. Envelhecimento, Gravidez , Exercícios de grande
intensidade, Obesidade, Multiparidade.
 5. Pessário anel, Pessário cubo, Pessário Donut, Pessário
Shaatz, Pessário Gelhorn. 
 6. LETRA D
 7. LETRA B
 8. LETRA B
Referências
Brito LG, Castro EB, Juliato CR. Prolapso dos órgãos pélvicos. São Paulo: Federação Brasileira das Associações
de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo); 2018. (Protocolo Febrasgo – Ginecologia, nº 65/Comissão Nacional
Especializada em Uroginecologia e Cirurgia Vaginal). Acesso em: 19 fevereiro de 2024. Disponível em:
https://docs.bvsalud.org/biblioref/2019/12/1046488/femina-2019-471-42-45.pdf. 
Juliato CR. Pessários Vaginais e Prolapaso de Órgãos Pélvicos. São Paulo: Federação Brasileira das Associações
de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo); 2018. (Protocolo Febrasgo – Ginecologia, nº 65/Comissão Nacional
Especializada em Uroginecologia e Cirurgia Vaginal). Acesso em 14 de fevereiro de 2024. Disponível em:
https://www.febrasgo.org.br/pt/noticias/item/331-pessarios-vaginais-e-prolpaso-de-orgaos-pelvicos. 
REIS, et al. Disfunções dos músculos do assoalho pélvico em mulheres que realizam o exame preventivo de câncer
de colo de útero. Fisioterapia Brasil 2019;20(3):400-408. Acesso em 14 de fevereiro de 2024, Disponível em:
https://convergenceseditorial.com.br/index.php/fisioterapiabrasil/article/view/2380/pdf. 
https://docs.bvsalud.org/biblioref/2019/12/1046488/femina-2019-471-42-45.pdf
Enfrentamento da Violência
contra a Mulher
Organizado por: Caren e Júlia.
Conceito de violência contra a mulher
Tipos de Violência: 
Criminal
Estrutural
Institucional 
Interessual 
Intrafamiliar
Enfrentamento da Violência Contra a Mulher
A Organização Mundial da Saúde (OMS) define a violência como o uso de força física ou poder, em ameaça ou na
prática, contra si próprio, outra pessoa ou contra um grupo ou comunidade que resulte ou possa resultar em
sofrimento, morte, dano psicológico, desenvolvimento prejudicado ou privação.
Autoinfligida 
Cultural
Racial 
Contra a pessoa deficiente 
Gênero 
Estão previstos cinco tipos de violência doméstica e familiar contra a mulher na Lei Maria da
Penha: física, psicológica, moral, sexual e patrimonial − Capítulo II, art. 7º, incisos I, II, III, IV e
V.
FÍSICA: Entendida como qualquer conduta que
ofenda a integridade ou saúde corporal da mulher.
Espancamento;
Estrangulamento ou sufocamento;
Lesões com objetos cortantes ou perfurantes;
Ferimentos causados por queimaduras ou
armas de fogo;
Tortura.
 PSICOLÓGICA: É considerada qualquer conduta
que cause dano emocional e diminuição da
autoestima; prejudique e perturbe o pleno
desenvolvimento da mulher; ou vise degradar ou
controlar suas ações, comportamentos, crenças e
decisões.
Ameaças;
Constrangimento;
Humilhação;
Manipulação isolamento (proibir de estudar e
viajar ou de falar com amigos e parentes);
Vigilância constante;
Perseguição contumaz;
Insultos;
Chantagem;
Exploração;
Limitação do direito de ir e vir;
Ridicularização;
Tirar a liberdade de crença;
Distorcer e omitir fatos para deixar a mulher
em dúvida sobre a sua memória e sanidade
(Gaslighting).
MORAL: É considerada qualquer conduta que
configure calúnia, difamação ou injúria.
Acusar a mulher de traição;
Emitir Juízos Morais Sobre A Conduta;
Fazer Críticas Mentirosas;
Expor A Vida Íntima;
Rebaixar a mulher por meio de xingamentos
que incidem sobre a sua índole;
Desvalorizar avítima pelo seu modo de se
vestir.
SEXUAL: Trata-se de qualquer conduta que
constranja a presenciar, a manter ou a participar de
relação sexual não desejada mediante intimidação,
ameaça, coação ou uso da força.
Estupro;
Obrigar a mulher a fazer atos sexuais que
causam desconforto ou repulsa;
Impedir o uso de métodos contraceptivos ou
forçar a mulher a abortar;
Forçar matrimônio, gravidez ou prostituição
por meio de coação, chantagem, suborno ou
manipulação;
Limitar ou anular o exercício dos direitos
sexuais e reprodutivos da mulher.
PATRIMONIAL: Entendida como qualquer
conduta que configure retenção, subtração,
destruição parcial ou total de seus objetos,
instrumentos de trabalho, documentos pessoais,
bens, valores e direitos ou recursos econômicos,
incluindo os destinados a satisfazer suas
necessidades.
Controlar o dinheiro;
Deixar de pagar pensão alimentícia;
Destruição de documentos pessoais;
Furto, extorsão ou dano;
Estelionato;
Privar de bens, valores ou recursos
econômicos;
Causar danos propositais a objetos da mulher
ou dos quais ela goste.
O que fazer em casos de violência?
Acolhimento com escuta qualificada
Garantir a privacidade no atendimento e a confidencialidade das informações.
Garantir postura de não vitimização das mulheres e ter consciência crítica dos sentimentos para lidar com
emoções como raiva, medo e impotência que podem surgir durante o atendimento das mulheres
Como poucas mulheres fazem queixa ativa de violência, perguntas diretas podem ser importantes, desde
que não estigmatizam ou julguem-nas, para não se romper o interesse demonstrado pelo serviço em relação
ao atendimento da mulher.
Existem mulheres poliqueixosas, com sintomas e dores que não têm nome. Nesse caso, o profissional deve
atentar para possível situação de violência. Para isso, existem propostas de perguntas:
Está tudo bem em sua casa, com seu(sua) parceiro(a)? 
Você acha que os problemas em casa estão afetando sua saúde ou seus cuidados corporais?
Você está com problemas no relacionamento familiar?
Já sentiu ou sente medo de alguém?
Você se sente humilhada?
Você já sofreu críticas em casa por sua aparência, roupas ou acessórios que usa?
Você e o(a) parceiro(a) (ou filho, ou pai, ou familiar) brigam muito?
Assegurar compreensão sobre o que será realizado em cada etapa do atendimento
Orientar as mulheres sobrea importância de registrar a ocorrência para sua proteção e da família,
respeitando, todavia, sua opinião e desejo. Vale lembrar que o atendimento por parte do profissional de
saúde deve ser realizado independentemente da realização de boletim de ocorrência.
Avaliação global
Detectar situação de vulnerabilidade
Identificar se a situação de violência é recorrente ou não (violência de repetição).
Identificar sinais de alerta de violência
Observar se há presença de ferimentos que não condizem com a explicação de como ocorreram.
Atentar para recusa ou dificuldade no exame ginecológico de rotina 
Realizar inspeção detalhada de partes do corpo que podem revelar sinais de violência: troncos,
membros (inclusive parte interna das coxas), nádegas, cabeça e pescoço, não se esquecendo das
mucosas (inclusive genitais), orelhas, mãos e pés.
Se houver situação de risco de vida, fornecer informações sobre como estabelecer um plano de
segurança.
Plano de cuidados 
Em casos de violência sexual: Para evitar a perda do vínculo com a mulher, é recomendável que a AB
identifique a situação de violência sexual, administre a anticoncepção hormonal de emergência (AHE) e
acompanhe-a até um serviço especializado para receber todas as profilaxias e tratamentos indicados.
Em casos de violência sexual: Para evitar a perda do vínculo com a mulher, é recomendável que a AB
identifique a situação de violência sexual, administre a anticoncepção hormonal de emergência (AHE) e
acompanhe-a até um serviço especializado para receber todas as profilaxias e tratamentos indicados.
Construir, junto com a mulher em situação de violência, plano de segurança baseado em quatro passos:
1) Identificar um ou mais vizinhos para o(s) qual(is) a mulher pode contar sobre a violência, para que
ele(s) a ajudem) se ouvir(em) brigas em sua casa, fazendo acordos com algum(a) vizinho(a) em quem
possa confiar para combinar um código de comunicação para situações de emergência, como: “Quando
eu colocar o pano de prato para fora da janela, chame ajuda”.
2) Se a briga for inevitável, sugerir que a mulher certifique se de estar em um lugar onde possa fugir e
tente não discutir na cozinha ou em locais em que haja possíveis armas ou facas.
3) Orientar que a mulher cogite planejar como fugir de casa em segurança, e o local para onde ela
poderia ir nesse caso.
4) Orientar que a mulher se preocupe em escolher um lugar seguro para manter um pacote com cópias
dos documentos (seus e de seus filhos), dinheiro, roupas e cópia da chave de casa, para o caso de ter de
fugir rapidamente.
Preencher a ficha de notificação de violência interpessoal e autoprovocada a partir da suspeita ou da
confirmação da situação de violência
Atentar para os casos de violência sexual e tentativa de suicídio, cuja notificação, além de compulsória,
deve ser imediata (em até 24h).
Monitorar todos os casos identificados pela equipe ou por notificação levada à unidade por meio da
vigilância em saúde
Orientar individual ou coletivamente os usuários da Atenção Básica acerca dos direitos das mulheres, em prol
do fortalecimento da cidadania e de uma cultura de valorização da paz.
Políticas Públicas
Lei nº 10.778/2003: Estabelece a notificação compulsória em território nacional dos casos de violência contra a
mulher que for atendida em serviços de saúde, públicos ou privados.
Lei nº 11.340/2006: Conhecida como Lei Maria da Penha, que define a violência “doméstica e familiar contra a
mulher” como qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual
ou psicológico e dano moral ou patrimonial. A Lei Maria da Penha prevê medidas penais para a contenção da
violência e dimensionamento do fenômeno.
Lei nº 12.845/2013: Que dispõe sobre o atendimento obrigatório e integral de pessoas em situação de violência
sexual.
Portaria nº 104/2011: A notificação de violência doméstica, sexual e outras violências foi universalizada.
Rede de atendimento às mulheres em situações de violência
Unidade Básica de Saúde
Casa da Mulher Brasileira
Cras – Centro de Referência de Assistência Social
Creas – Centro de Referência Especializado de Assistência Social
Casas de Acolhimento Provisório
Casas-abrigo
Delegacia de Polícia
Ligue 180: Serviço de atendimento telefônico gratuito que escuta, acolhe e orienta as mulheres em situação de
violência durante 24 horas/dia, sete dias por semana, incluindo finais de semana e feriados. O serviço e orienta
sobre como acessar a rede de enfrentamento à violência contra as mulheres.
Clique 180: Aplicativo para celular/tablets que informa sobre os tipos de violência contra mulheres, os locais
da cidade mais arriscados para mulheres, como agir em situações de violência, a localização dos serviços da
Rede de Atendimento, que tipo de serviço procurar e o acesso ao Ligue 180 com um clique. DEAM: as
Delegacias Especializadas no Atendimento à Mulher acolhem e escutam as denúncias de violência, registram as
ocorrências, investigam e reprimem os crimes baseados em gênero, nos termos da Lei Maria da Penha
Exercícios
1) A violência contra a mulher pode ser definida como
“qualquer ato ou conduta baseada no gênero que cause
morte, dano ou sofrimento físico, sexual ou psicológico
à mulher, tanto na esfera pública como na esfera
privada” (BRASIL, 2016).
Considerando a temática mulheres em situação de
violência sexual e / ou doméstica / intrafamiliar,
assinale a alternativa INCORRETA.
a) São cinco os tipos de violência contra a mulher:
física, psicológica, moral, patrimonial e sexual.
b) O profissional de saúde ao abordar uma mulher
vítima de agressão deve garantir um ambiente
acolhedor, de modo a promover um atendimento
humanizado, vitimizando as mulheres abordadas.
c) A construção conjunta, entre a equipe
multiprofissional e a mulher em situação de violência,
de um plano de segurança se faz necessária como
planejamento do cuidado.
d) O atendimento de mulheres com sinais / indícios de
violência e agressão pode ser realizado
independentemente da realização de boletim de
ocorrência.
3) Acerca do atendimento às vítimas de violência sexual,
assinale a alternativa correta.
a) A abertura prévia de boletim de ocorrência para
atendimento inicial às vítimas de violência sexual é
obrigatória.
b) O ideal é que o atendimento seja prestado por equipe
interdisciplinar. A composição dos membros dessa equipe
pode variar conforme a disponibilidade maior ou menor
de recursos humanos, e a atuação do profissional médico
pode, inclusive, ser dispensada.
c) Na anticoncepção de emergência, o método de Yuzpe
consiste na administração combinada de um estrogênio e
um progestágeno sintético até 10 dias após a violência
sexual.
d) A Lei no 10.778/2003 estabelece a notificação
compulsória, no território nacional, dos casos de violência
contra a mulher, atendidos em serviços públicos e privados
de saúde; contudo, essa notificação ainda não é
obrigatória em razão da dificuldade de se contratarem
recursos humanos para a realização dos devidos registros.
e) Segundo a lei trabalhista, nos casos em que a violência
sexual ocorra durante o percurso do trabalho, a mulher
deve ser orientada quanto à importância de realizar a
Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT), havendo ou
não a necessidade de afastamento do trabalho.2) Analise as assertivas e assinale a alternativa correta.
I. A violência doméstica acontece apenas entre as
famílias de baixa renda e com baixo nível de
escolaridade. 
II. A violência acontece nas famílias disfuncionais e
problemáticas. 
III. A violência ocorre por vezes em famílias associadas
ao abuso de álcool, drogas ou problemas psíquicos,
mas isso não significa que sejam fatores sempre
associados. 
IV. O poder público e a comunidade são
corresponsáveis por ações de prevenção da violência
contra as mulheres. 
V. Algumas mulheres podem desenvolver síndrome do
estresse pós-traumático e se tornam capazes de reagir
em casos eminentes de risco grave à vida.
a) Apenas I, II e III estão corretas.
b) Apenas II e V estão corretas.
c) Apenas II e III estão corretas.d) Apenas III e IV estão corretas.
4)Maristela vive relacionamento marital com Ivan há 3 anos e
desde então observou-se nítida alteração em seu
comportamento, pois ela deixou de se expressar de forma mais
segura e mudou suas roupas, adequando-se ao gosto do
companheiro. Seus amigos passaram a perceber que Ivan
refere-se à companheira com palavras depreciativas e
humilhantes, além de isolá-la do convívio com a família e
amigos.
Nesse caso, é correto afirmar que alternativas: 
a) o quadro é indicativo de violência moral praticada por Ivan
em face da companheira.
b)a situação descreve padrão de violência psicológica
praticada por Ivan contra a mulher.
c)de acordo com a descrição, Maristela está sendo submetida a
violência sexual por Ivan.
d)Ivan está cometendo violência patrimonial contra a
companheira.
e)não há indícios de violência doméstica contra a mulher no
caso descrito.
5)A dinâmica da violência conjugal corresponde geralmente a um processo
cíclico que compreende três fases.
Relacione essas fases a suas descrições.
1. Construção da Tensão
2. Tensão Máxima
3. Lua-de-mel
( ) reestruturação do relacionamento caracterizada pela promessa de que
nunca mais se repetirá o ato violento.
( ) perda do controle sobre a situação e agressões levadas ao extremo.
( ) pequenos incidentes, ainda considerados como se estivessem sob controle
e aceitos racionalmente.
Assinale a opção que indica a relação correta, na ordem apresentada.
Alternativas
a)1 – 2 – 3.
b)2 – 3 – 1.
c)1 – 3 – 2.
d)3 – 2 – 1. 
e)2 – 1 – 3. 
6)A dinâmica da violência conjugal corresponde em geral a um
processo cíclico, relacional e progressivo, composta por três fases.
Uma dessas fases seria a principal responsável pela permanência
dos cônjuges em relações violentas, pois seria alimentada pela
esperança de um relacionamento melhor, calcado nas promessas e
no arrependimento do agressor.
De forma persuasiva, o agressor convida a vítima para entrar,
novamente, no circuito da situação abusiva. 
Tal fase é chamada de 
a)explosão. 
b)lua de mel. 
c)aumento de tensão. 
d)redenção e superação. 
e)amorosidade superficial. 
7) No atendimento à mulher em situação de violência doméstica e
familiar, a autoridade policial deverá, entre outras providências, 
a)negligenciar informações à ofendida sobre os direitos a ela conferidos
e os serviços disponíveis. 
b)ouvir a ofendida, solicitando informações detalhadas e provas que
garantam a veracidade do seu relato. 
c)fornecer transporte para a ofendida e seus dependentes de volta para
casa quando houver risco de vida. 
d)dispensar o encaminhamento da ofendida ao hospital ou posto de
saúde e ao instituto médico-legal. 
e)acompanhar a ofendida para assegurar a retirada de
seus pertences do local da ocorrência ou do domicílio
familiar, se necessário. 
8)O enfrentamento à violência contra as
mulheres é uma das grandes preocupações das
políticas públicas em âmbito nacional e
internacional, requerendo discussões no campo
da Psicologia a respeito das demandas sociais.
A esse respeito, avalie se as afirmativas a seguir
são verdadeiras (V) ou falsas (F).
( ) A violência contra a mulher exige que a
Psicologia repense os modelos clínicos de
intervenção voltados para o interpsíquico,
devendo agregar novas práticas que incorporem
a perspectiva social, a clínica ampliada, a clínica
social ou intervenções psicossociais articuladas
com práticas de outros profissionais e serviços.
( ) Os conceitos “rede de enfrentamento à
violência contra as mulheres” e “rede de
atendimento” são idênticos, ambos se referindo à
articulação entre os órgãos do Estado com
objetivo de identificar, atender e encaminhar as
mulheres em situação de violência.
( ) A violência doméstica contra a mulher tem
caráter cíclico, cujo padrão de funcionamento
ocorre geralmente em três fases sucessivas: a
primeira, da tensão; a segunda, da explosão; e a
terceira, da lua de mel, caracterizada por
manifestações de afeto e mudanças temporárias
no comportamento do companheiro, almejadas
pela mulher, o que contribui para ela permanecer
por mais tempo na relação violenta.
As afirmativas são, respectivamente, 
a)V – F – V.
b)F – V – V.
c)V – F – F.
d)F – V – F.
e)F – F – F.
Gabarito
1) B
2) D
3) E
4)B
5) D
6) B
7) E
8) A
Planejamento reprodutivo
Organizado por: Alana e Alicea.
Planejamento reprodutivo
Saúde reprodutiva: autonomia para se reproduzir ou não. Escolha livre e informada. 
Lei 9.236/96: direito à informação e escolha do método contraceptivo 
 
Conjunto de ações que oferece recursos para
concepção/contracepção, garantindo
liberdade de escolha. 
Planejamento familiar X Planejamento reprodutivo
Conceito mais abrangente e envolve o fato de
poder ser realizado pelo homem e pela
mulher, separadamente, mesmo sem o desejo
de constituir família.
Divididos em:
Métodos naturais/comportamentais
Métodos de barreira
Métodos não reversíveis
Métodos reversíveis 
MÉTODOS CONTRACEPTIVOS NATURAIS/COMPORTAMENTAIS 
São os métodos que não utilizam nenhum instrumento ou produto químico com o objetivo de impedir a
concepção. 
Benefícios: ausência de efeitos sistêmicos; sem custo; favorece o autoconhecimento; podem ser usados por
tempo indeterminado. 
Malefícios: não previne contra IST’s; altos riscos de falhas. 
LAM - Lactação com amenorreia
Enquanto a mulher está no período de aleitamento materno e não menstrua, as chances de uma possível
gravidez são mínimas. 
MUCO CERVICAL - método de Billings
Baseado nas mudanças do muco cervical ao longo do ciclo menstrual, principalmente na fase de ovulação
(normalmente são cessadas as relações sexuais nessa fase).
Fase de ovulação: muco mais abundante, límpido, escorregadio, liso e elástico.
Pós-ovulação: muco espesso e sem liga. 
TEMPERATURA BASAL CORPORAL/SINTOTÉRMICO
Baseada na alteração da temperatura basal que ocorre ao longo do ciclo menstrual.
No dia da ovulação, é observado um aumento de 0,3°C a 0,8°C (efeito da progesterona).
- Mede-se a temperatura por 5 minutos, todos os dias, sempre no mesmo horário. 
TABELINHA 
É feita uma análise do padrão menstrual da mulher durante 6 a 12 meses para determinar corretamente o
período fértil. 
Verificar a duração dos ciclos desde o primeiro dia da menstruação até o dia que antecede a menstruação
seguinte
* Se a diferença entre um ciclo e outro for de 10 dias ou mais, não é indicado o uso da tabelinha. 
MÉTODO COITO INTERROMPIDO
O método consiste em, durante a relação sexual desprotegida, o homem pressente a ejaculação, retira o pênis e
ejacula fora da vagina. 
Riscos: 
- Não previne contra IST’s
- Possui baixa efetividade
- Possibilidade de conter espermatozóides no líquido pré-ejaculatório 
MÉTODOS DE BARREIRA
CAMISINHA: método mais adequado e acessível para prevenir IST’s e gestações indesejadas. Só é
contraindicada em casos de alergia.
DIAFRAGMA: Utilizado pelas mulheres, faz barreira na entrada do útero. 
Vantagens: pode ser colocado 2 horas antes da relação; validade de 2 a 3 anos; 
Desvantagens: não protege contra IST’s, apenas contra cervicites; tendência a cistite e infecção urinária; não
pode ser utilizado durante a menstruação. 
DISPOSITIVOS INTRAUTERINOS
São divididos em DIU de cobre e DIU hormonal ou não medicados e medicados. 
Mede aproximadamente 31mm e é inserido na cavidade uterina para exercer função anticoncepcional. 
Método muito efetivo, reversível e de longa duração.
DIU DE COBRE
- Consiste em um fio de prata corado com cobre
- Mecanismo de ação: reação inflamatória. 
A presença de um corpo estranho e de cobre na cavidade endometrial causa mudanças bioquímicas e morfológicas
no endométrio, produzindo modificações no muco cervical, o que afeta a movimentação do esperma. 
O muco cervical se torna mais denso, dificultando a passagem do esperma através dele, e os que conseguem chegar
até as trompas de Falópio, normalmente não são aptos para fertilização.
As usuárias de DIU de cobre continuam a ovulação normalmente
Duração de uso: TCu-380 - aprovadopara 10 anos; MLCu-375 - 5 anos.
Pode ser usado durante a amamentação e na menopausa
Não é indicado para mulheres com risco aumentado de IST/HIV/AIDS.
 DIU COM LEVONORGESTREL (SIU-LNG-20)
Possui um reservatório com 52mg de levonorgestrel, mede 32mm de comprimento e libera 20ug por dia. 
A taxa de liberação vai diminuindo ao longo do tempo de uso, chegando a 12ug por dia, mas isso não baixa a
efetividade do método. 
Tempo de uso preconizado: 5 anos.
* Nos casos de endometriose, o tempo de uso reduz para 2 ou 3 anos. 
Mecanismo de ação: 
- Efeitos endometriais: o levonorgestrel causa insensibilidade do endométrio ao estradiol circulante, ocasionando
efeito antiproliferativo do endométrio. 
- Ovulação: produz anovulação em 25% das usuárias, diminuindo as chances de fecundação. 
- Muco cervical: diminui a produção e aumenta a viscosidade, tornando-o mais espesso e hostil à penetração do
espermatozóide, inibindo a sua motilidade. 
Mantém a produção estrogênica, de modo que a lubrificação vaginal continua. 
Vantagens: 
Baixa frequência de efeitos hormonais sistêmicos 
O padrão menstrual altera-se no início, mas posteriormente se regula
Habitualmente há diminuição da quantidade dos sangramentos
Não interfere nas relações sexuais
Método de uso prolongado 
CONTRAINDICAÇÕES
Absolutas
• Gravidez confirmada ou suspeita. 
• Distorção severa da cavidade uterina (como septos, pólipos endometriais ou miomas submucosos). 
• Infecção aguda ou recente (dentro de três meses) ou recorrente (incluindo DST, infecção pós-parto ou pós-
aborto). 
• Cervicite não tratada 
• Alergia conhecida ao levonorgestrel. 
• Doença hepática aguda ou tumor de fígado.
Relativas
• Fator de risco importante para DST (relações não monogâmicas, história de DST). 
• História anterior de problemas com anticoncepção intrauterina (perfuração ou dor intensa).
• Sangramento uterino anormal não diagnosticado. 
• Imunodepressão. 
• História anterior de reflexo vasovagal. 
• História anterior de intolerância a progestagênios (depressão importante).
Planejamento reprodutivo
Métodos não reversíveis: os métodos cirúrgicos (laqueadura tubária e
vasectomia), são considerados irreversíveis porque após utilizá-los é muito
difícil a pessoa recuperar a capacidade reprodutiva. 
Laqueadura tubária
A laqueadura tubária, também conhecida como ligadura tubária, ligadura de trompas e anticoncepção cirúrgica
voluntária, é um método de esterilização feminina que consiste em algum procedimento cirúrgico de oclusão da
trompa de Falópio, com a finalidade de interromper a sua permeabilidade e, consequentemente, a função do
órgão, com fim exclusivamente contraceptivo.
Muito eficaz e permanente. No primeiro ano após o procedimento, a taxa de gravidez é de 0,5 para 100 mulheres.
Dez anos após o procedimento, a taxa é de 1,8 para 100 mulheres. A eficácia depende, em parte, de como as
trompas foram bloqueadas, mas a taxa de gravidez é sempre baixa
Vasectomia
É um procedimento cirúrgico simples, de pequeno porte, seguro e rápido. Consiste na ligadura dos ductos
deferentes. Tem por objetivo interromper o fluxo de espermatozoides em direção à próstata e vesículas seminais
para constituição do líquido seminal. Pode ser realizado em ambulatório, com anestesia local, desde que se
observem os procedimentos adequados para a prevenção de infecções. É também conhecida como esterilização
masculina e anticoncepção cirúrgica masculina. Muito eficaz e permanente, com taxa de gravidez de 0,15 para
cada 100 homens após o primeiro ano do procedimento. Recomenda-se fazer espermograma para ter certeza de
que a vasectomia foi eficaz antes de liberar as relações sexuais sem proteção anticoncepcional adicional.
Algumas informações importantes para o momento da consulta de planejamento reprodutivo:
• Enfatizar que a laqueadura tubária é um método permanente e definitivo de esterilização. 
• Esclarecer que a cirurgia de reversão tubária é procedimento caro, não acessível a todos 
• Envolver o casal no processo de decisão, oferecendo a vasectomia ao homem, que é procedimento seguro, de
menor custo, de mais simples execução e altamente eficaz. 
• Dar informações sobre as taxas de falha de cada método e da possibilidade de a gravidez ocorrer longo
tempo após a esterilização. 
• Informar que esses métodos não protegem de DST/HIV/Aids. Deve ser abordada a necessidade de dupla
proteção, ou seja, o uso combinado do metodo com o preservativo. 
• Mostrar ao casal as taxas de arrependimento após a esterilização. 
• Explanar ao casal sobre o procedimento cirúrgico e seus riscos, instruções pré e pós-operatórias, tipo de
anestesia, tempo de recuperação e possibilidade de mudanças no padrão menstrual.
Planejamento reprodutivo
Métodos não reversíveis: 
Algumas informações improtantes sobre a lei que alterou os procedimentos de
laqueadura e de vasectomia disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS)
A Lei nº 9.263/1996 estabeleceu o planejamento familiar como um direito e orienta ações de atenção sexual e
reprodutiva nos serviços de saúde do País, incluindo a contracepção. O Ministério da Saúde indica que o
planejamento deve ser ofertado com esclarecimentos sobre os métodos que melhor se adequem às necessidades
de cada pessoa, sem discriminação, coerção ou violência. A norma foi alterada pela Lei nº 14.443/2022 para
estabelecer as condições para o acesso à esterilização voluntária.
A nova redação traz as seguintes alterações nos requisitos de elegibilidade:
A idade mínima para mulheres e homens com capacidade civil plena passa de 25 para 21 anos,
independentemente do número de filhos vivos;
Foi definido prazo mínimo de 60 dias entre a manifestação de vontade e o ato cirúrgico;
Não é mais necessário o consentimento expresso de ambos os cônjuges para a realização de laqueadura
tubária ou vasectomia;
O histórico de cesarianas sucessivas anteriores não é mais requisito para a realização de laqueadura
tubária durante a cesárea, sendo a esterilização cirúrgica em mulher durante o período de parto
garantida à solicitante, desde que observados o prazo mínimo de 60 dias entre a manifestação da vontade
e o parto e as devidas condições médicas.
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9263.htm
https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/lei-n-14.443-de-2-de-setembro-de-2022-426936016
LAM (método da lactação e amenorréia) 
Durante os primeiros seis meses pós-parto, a amamentação exclusiva, à livre demanda, com amenorréia, está
associada à diminuição da fertilidade. Porém esse efeito anticoncepcional deixa de ser eficiente quando ocorre o
retorno das menstruações e também quando o leite materno deixa de ser o único alimento recebido pelo bebê – o
que ocorrer primeiro.
Minipilula e injetavel trimestral
 O uso desses metodos deve ser iniciado após seis semanas do parto. A minipílula, que contém apenas
progestogênio, em baixa dosagem, pode ser utilizada pela mulher que está amamentando.
DIU
O DIU é um bom método para ser utilizado pela mulher que está amamentando. Pode ser inserido imediatamente
após o parto, ou a partir de quatro semanas pósparto, sem que seja necessário esperar pelo retorno da
menstruação. O DIU está contraindicado para os casos que cursaram com infecção puerperal, até três meses após
a cura, e para mulheres com risco aumentado para IST/HIV
Diafragma
É um bom método para mulheres motivadas a usá-lo e bem orientadas, mas é preciso repetir a medida do
diafragma após cada parto. 
Métodos comportamentais 
Os métodos comportamentais (tabela, muco cervical, temperatura basal, entre outros) só poderão ser usados após
o estabelecimento de ciclos menstruais regulares.
Planejamento reprodutivo
Perimenopausa
A mulher no climatério pode usar qualquer método anticoncepcional, desde que não apresente algumas das
condições clínicas que contraindiquem o seu uso. A anticoncepção nessa fase, quando requerida, deve ser mantida
até um ano após a menopausa.
Além disso, estimular sempre o uso do preservativo em todas as relações sexuais, por ser o único método que
protege

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