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AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM EM PROCESSO Caderno do Professor Segundo ano Anos Iniciais do Ensino Fundamental Língua Portuguesa e Matemática São Paulo 1º Bimestre de 2018 19ª edição 2 AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM EM PROCESSO INTRODUÇÃO A Avaliação da Aprendizagem em Processo se caracteriza como ação desenvolvida de modo colaborativo entre a Coordenadoria de Informação, Monitoramento e Avaliação Educacional e a Coordenadoria de Gestão da Educação Básica. Nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental já está instituída a aplicação dos mapas de sondagem, que é um instrumento de gestão da aprendizagem dos alunos relacionados à aquisição do sistema de escrita alfabética e traz informações importantes para os professores no planejamento das atividades. A Avaliação da Aprendizagem em Processo, fundamentada no Currículo do Estado de São Paulo, tem como objetivo fornecer um diagnóstico mais eficaz dos saberes de alunos dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental relacionados à aquisição das competências leitora e escritora e dos conhecimentos matemáticos, complementando assim, os dados apresentados nos mapas de sondagem. Esta avaliação tem como ponto de partida a matriz da Avaliação de Aprendizagem em Processo – AAP e dialoga com as habilidades contidas no SARESP, Saeb, Prova e Provinha Brasil, assim como as expectativas de aprendizagem de Língua Portuguesa e Matemática, os materiais do Programa Ler e Escrever e Educação Matemática nos Anos Iniciais – EMAI. Além da formulação dos instrumentos de avaliação, na forma de cadernos de provas para os alunos, também foram elaborados documentos específicos de orientação para os professores – Comentários e Recomendações Pedagógicas – contendo instruções para a aplicação da prova, orientações para avaliação, exemplar da prova do professor, orientações para correção e recomendações pedagógicas. Espera-se que estes documentos, agregados aos registros que o professor já possui, sejam instrumentos que auxiliem no planejamento e replanejamento das ações pedagógicas, mobilizem procedimentos, atitudes e conceitos necessários para as atividades de sala de aula, sobretudo, aquelas relacionadas aos processos de recuperação das aprendizagens. COORDENADORIA DE INFORMAÇÃO, MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO EDUCACIONAL - CIMA COORDENADORIA DE GESTÃO DA EDUCAÇÃO BÁSICA - CGEB 3 SUMÁRIO 1. PARA COMEÇO DE CONVERSA... .......................................................................................................... 4 2. INSTRUÇÕES PARA A APLICAÇÃO DA PROVA ........................................................................................ 6 3. ORIENTAÇÕES DAS AVALIAÇÕES ......................................................................................................... 8 4. EXEMPLARES DAS “PROVAS DO PROFESSOR” ...................................................................................... 9 MAPA DE BRINCADEIRAS ........................................................................................................... 16 PIÃO ................................................................................................................................................. 16 5. ORIENTAÇÕES PARA CORREÇÃO DA PROVA ...................................................................................... 24 6. RECOMENDAÇÕES PEDAGÓGICAS PARA O CICLO DE ALFABETIZAÇÃO ................................................. 33 6.1 LÍNGUA PORTUGUESA .................................................................................................................... 33 6.1.1 ORIENTAÇÕES PARA SITUAÇÕES DIDÁTICAS QUE ENVOLVAM A ALFABETIZAÇÃO ........................ 37 6.1.2 COMO ORGANIZAR O TRABALHO COM AS ATIVIDADES DE ALFABETIZAÇÃO? .............................. 39 6.2 MATEMÁTICA ................................................................................................................................. 40 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................................................... 42 4 AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM EM PROCESSO PARA O 2º ANO - LÍNGUA PORTUGUESA E MATEMÁTICA 1. PARA COMEÇO DE CONVERSA... A Avaliação da Aprendizagem em Processo – AAP para o 2º ano, em sua 19ª edição conta com: 6 itens em Língua Portuguesa. 8 itens em Matemática. Os itens da prova de Língua Portuguesa têm como objetivo avaliar habilidades concernentes ao sistema de escrita, à leitura e à produção de texto. Nesses campos, espera-se que os alunos tenham capacidade de: MP01: Escrever seu próprio nome (nome e sobrenome). MP02: Escrever uma lista, a partir do ditado do professor. MP03: Escrever trecho de uma cantiga de roda conhecida, cujo conteúdo temático tenha sido previamente memorizado, segmentando o texto em palavras. MP04: Escrever uma cantiga de roda conhecida (sistema de escrita). MP05: Localizar algumas palavras ditadas pelo professor em uma cantiga de roda conhecida. MP06: Reescrever o final de um conto conhecido do ponto de vista da presença dos acontecimentos narrados. MP07: Reescrever o final de um conto conhecido do ponto de vista da coerência textual. MP08: Localizar informação explícita em texto informativo. Os itens da prova de Matemática têm como objetivo avaliar as expectativas concernentes aos 4 blocos de conteúdos, a saber: Números Naturais e Sistema de Numeração Decimal, Operações com Números Naturais; Espaço e Forma, Grandezas e Medidas e Tratamento da Informação. MP01: Produzir escritas numéricas, em ditado de números. MP03: Escrever, por extenso, números naturais representados por algarismos e vice-versa. MP04: Utilizar números para expressar quantidades de elementos de uma coleção. MP05: Completar uma sequência numérica, usando a contagem em escalas ascendentes e descendentes. MP06: Localizar pessoas ou objetos em ilustrações, com base em diferentes pontos de referência e algumas indicações de posição. 5 MP07: Identificar unidades de tempo– dia, semana e mês e utilizar calendários. MP08: Resolver problema que envolva medida de comprimento. MP09: Ler e interpretar informações apresentadas em tabelas simples. Para elaboração da prova foram considerados as matrizes de referência da Avaliação da Aprendizagem em Processo – AAP, os conteúdos e habilidades pautados no Currículo do Estado de São Paulo para Língua Portuguesa e Matemática (documentos “Expectativas de aprendizagem” e “Orientações Didáticas Fundamentais sobre as expectativas de aprendizagem de Língua Portuguesa”, “Orientações Curriculares do Estado de São Paulo – Anos Iniciais do Ensino Fundamental” que contém as expectativas de aprendizagem para a disciplina de Matemática1) além das matrizes de Referência das Avaliações SARESP, Provinha Brasil, Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA), Prova Brasil – Saeb. A fim de subsidiar os professores, esse documento é composto por: Instruções para a aplicação das provas; Orientações das avaliações; Exemplares das “Provas do Professor”; Orientações para correção das provas e Recomendações pedagógicas. Por meio das Recomendações Pedagógicas os professores poderão analisar os resultados, tendo como norteador: a) as matrizes de referência elaboradas para a AAP; b) indicações de outros materiais impressos ou disponíveis online; c) orientações referentes à análise da organização do plano de recuperação e das atividades planejadas para o ciclo de alfabetização e d) referências bibliográficas. 1 Ambos documentos disponíveis para download em http://lereescrever.fde.sp.gov.br e nas Bibliotecas da CGEB e CIMA na Intranet – Espaço do Servidor.http://lereescrever.fde.sp.gov.br/ 6 2. INSTRUÇÕES PARA A APLICAÇÃO DA PROVA Antes da Prova O professor deve: Organizar a sala de forma que os alunos possam realizar a avaliação individualmente. Preparação para a aplicação da prova O professor deverá seguir os seguintes procedimentos: Informar aos alunos que a prova é de Língua Portuguesa ou Matemática, e que eles devem responder a ela com muito cuidado, não deixando questões em branco, procurando mostrar o que realmente sabem sobre o conteúdo avaliado. Esta ação é importante para que os alunos percebam que essa prova é um instrumento de avaliação que lhes trará benefícios, pois o professor poderá organizar atividades que os ajude a sanar suas possíveis dificuldades. Criar um clima agradável e tranquilo. Estimular os alunos para que respondam com cuidado e atenção a todas as questões. Aplicação da prova O professor deverá: Distribuir os cadernos de prova. Seguir as orientações para a aplicação e exemplar do professor, discriminadas neste documento, para cada uma das atividades. Explicar às crianças o que se espera que realizem, sem que isso signifique resolver por elas as questões propostas. Informar o tempo que será destinado para a realização da prova. Atenção: aos alunos com necessidades educacionais especiais deverá ser garantido o suporte pedagógico necessário para a realização das provas. Durante a prova O professor deverá: Ficar atento a todos os fatos que ocorrerem. 7 Circular pela sala de aula, dando orientações aos alunos que necessitem de encaminhamentos para a resolução dos exercícios propostos, lembrando que a avaliação tem como objetivo diagnosticar seus saberes. Prestar atenção ao ritmo da realização da prova, para que a classe vá fazendo a prova mais ou menos ao mesmo tempo. Certificar-se de que todos os alunos responderam a todas as questões da prova. Final da prova O professor deverá: Recolher todos os cadernos de prova para posterior correção. 8 3. ORIENTAÇÕES DAS AVALIAÇÕES A seguir, são explicitados os itens que constarão nas AAP do 3º bimestre, divididos em quadros, por disciplina: Língua Portuguesa A primeira questão objetiva avaliar o conhecimento do aluno de seu próprio nome e sobrenome. A questão 2, ditado de uma lista de palavras, pretende avaliar o nível de conhecimento dos alunos sobre o sistema de escrita, ou seja, como cada um compreendeu até este momento o seu funcionamento e suas regras de geração. A escrita de um trecho de cantiga está colocada na questão 3, avaliando o conhecimento do aluno sobre o sistema de escrita e também a segmentação. Nas questões 4 e 6 é avaliada a habilidade de leitura: a questão 5 contempla a localização de palavras e a questão 6 pretende verificar se, a partir da leitura, sem ajuda, de um texto informativo, os alunos conseguem localizar informações explícitas no texto. A produção de texto em uma reescrita de final de um conto conhecido – localizada na questão 5 - tem intuito de levantar os conhecimentos dos alunos relacionados à coerência textual e a garantia da presença dos episódios narrados. Matemática No primeiro item, o desafio está em produzir escritas numéricas a partir do ditado de números pelo Professor. No item 2, os alunos deverão representar número natural utilizando algarismos e no item 3, os alunos deverão utilizar números para expressar quantidades. No item 4, os alunos deverão completar uma sequência numérica com intervalo de 2 em 2 e no item 5, localizar objetos. Identificação de unidades de tempo está localizado no item 6, resolver problemas com medidas de comprimento está localizado no item 7 e para finalizar no item 8 a leitura e interpretação de informações em tabelas simples. 9 4. EXEMPLARES DAS “PROVAS DO PROFESSOR” EXEMPLAR DA PROVA DO PROFESSOR Língua Portuguesa 2° ano do Ensino Fundamental Turma _________ 1º Bimestre de 2018 Data _____ / _____ / _____ Escola _____________________________________ Aluno _____________________________________ Questão 1 Escrita do próprio nome INSTRUÇÕES PARA O PROFESSOR: oriente os alunos a escreverem o seu próprio nome, no lugar indicado, na primeira página da prova, da melhor forma que puderem (mostrar o lugar indicado). Para os alunos com vários sobrenomes, orientar que podem escrever apenas um. NOME:________________________________________________________________________________ Questão 2 Escrita de uma lista de palavras (ditado do professor) INSTRUÇÕES PARA O PROFESSOR: leia a comanda e a contextualização da atividade. A PROFESSORA DO 2º ANO ESCREVEU, COM SEUS ALUNOS, UMA LISTA DO QUE ELES GOSTARIAM DE PLANTAR NA HORTA DA ESCOLA. INSTRUÇÕES PARA O PROFESSOR: em seguida, dite uma palavra de cada vez, dando tempo para o aluno escrever, na seguinte ordem: ABOBRINHA TOMATE CEBOLA SALSA NABO 10 Observações: orientar os alunos a escreverem uma palavra em cada linha. ditar as palavras sem escandi-las, ou seja, sem dar destaques às sílabas ao pronunciá-las. não orientar, explicar ou dar dicas, em hipótese alguma, de como se escrevem as palavras. deixar que escrevam cada palavra levando em conta o tempo necessário à maioria da classe. ditar novamente a palavra para os alunos que não conseguirem escrevê-la no tempo determinado. Passar para a escrita da próxima palavra da lista. Atenção: Ditar novamente as palavras para os alunos que se atrasarem. FIQUE ATENTO: A habilidade referente a esse item diz respeito a escrita de uma lista de quitutes de festa junina, no entanto, para efeito de investigação dos saberes das crianças optamos por deixar a habilidade mais genérica. Questão 3 Escrita de um trecho de cantiga INSTRUÇÕES PARA O PROFESSOR: recite e cante o trecho da cantiga com os alunos. Verifique se todos sabem de cor. Se souberem, peça que cada um escreva a cantiga. Se houver alunos que não conheçam este trecho ou não consigam decorá-lo rapidamente, dite, solicitando a escrita da melhor forma. SAPO CURURU DA BEIRA DO RIO, QUANDO O SAPO CANTA, OH, MANINHA, É QUE ESTÁ COM FRIO! 11 Questão 4 Leitura de um trecho de cantiga INSTRUÇÕES PARA O PROFESSOR: coloque o trecho da cantiga na lousa, recite com os alunos, depois leia várias vezes, apontando cada linha de maneira contínua e dizendo (também de forma contínua, isto é, sem parar ou apontar cada palavra) o que está escrito em cada uma delas. O BALÃO VAI SUBINDO VAI CAINDO A GAROA O CÉU É TÃO LINDO E A NOITE É TÃO BOA SÃO JOÃO, SÃO JOÃO ACENDE A FOGUEIRA DO MEU CORAÇÃO. Em seguida, peça para os alunos: 1. marcarem as palavras: BALÃO, GAROA, CÉU, BOA. 2. marcarem as palavras: TÃO, DO. Questão 5 Reescrita de um trecho de um conto INSTRUÇÕES PARA O PROFESSOR: leia a história inteira de “O gato de botas” para os alunos, depois leia novamente, pare no lugar marcado e peça para escreverem o restante da história. FALA DO PROFESSOR: “Primeiro, vou ler a história inteira e vocês devem ouvir com atenção. Depois, vou ler de novo, mas não até o final. Vocês continuam escrevendo a história a partir do ponto em que parei”. Observação: os alunos podem se orientar pelo que ouviram da história lida e pelo que conhecem dela. Atenção: Os alunos que não conseguem escrever o texto sozinhos não devem realizar essa atividade. A versão do conto utilizado nesta avaliação está presente no LIVRO DE TEXTOS DO ALUNO, pp. 72-75, do Programa Ler e Escrever. 12 O GATO DE BOTAS IRMÃOS GRIMM Um lavrador trabalhara muito, durante a vida toda, ganhando sempre o suficiente para o sustento da família. Quando faleceu, deixou sua herança para os filhos: um sítio, um burrinho e um gato. Ao filho mais velho coube o sítio;ao segundo, o burrinho; e o caçula ficou com o gato. Este último, nada satisfeito com o que lhe coubera, resmungou: “Meus irmãos sobreviverão honestamente. Mas e eu? O que vou fazer? Talvez possa jantar o gato e com o couro fazer um tamborim. Mas e depois?”. O gato logo endireitou as orelhas, querendo ouvir melhor um assunto de tamanho interesse. Então, percebendo que precisava agir, foi dizendo: — Não se desespere, patrãozinho, pois eu tenho um plano. Consiga-me um par de botas e um saco de pano e deixe o resto comigo. O jovem achou que valeria a pena tentar; afinal, o gato parecia inteligente e astuto. Deu-lhe então um saco e um par de botas, desejou-lhe muito boa sorte e deixou-o partir. O gato dirigiu-se a uma mata na qual sabia que viviam coelhos de carne deliciosa. Mas eram bichos difíceis de apanhar. O esperto bichano enfiou no saco um punhado de farelo e outro de capim. Deixou o saco no chão e ficou bem pertinho, imóvel, à espera de que algum coelho jovem e inexperiente caísse na arapuca. Nosso gato esperou pacientemente. Por fim, viu suas esperanças se tornarem realidade: um coelhinho se enfiou no saco, atraído pelo cheiro do farelo, e começou a comer tranquila e gostosamente. Rápido como um relâmpago, o felino passou um cordão na abertura do saco e prendeu o coelho. Com a caça nas costas, dirigiu-se ao palácio real. — Quero falar com o rei — disse aos guardas, com ares de muita importância. Foi conduzido à presença real. Afinal, não era sempre que aparecia um gato pedindo audiência. Na presença do soberano, o gato se curvou em respeitoso cumprimento. — Majestade! Meu patrão, o marquês de Sacobotas, encarregou-me de oferecer-lhe este coelho, caçado nas matas de propriedade dele. O rei, que apreciava muito carne de coelho, alegrou-se com o presente: — Diga a seu patrão que agradeço muito a gentileza. Alguns dias depois, o gato apanhou duas grandes rolinhas numa emboscada, num campo de milho. Guardou as aves no saco e foi logo levá-las ao rei. O rei aceitou com todo prazer essa segunda oferta, pois adorava carne de rolinha! Nos meses seguintes, o gato continuou indo à corte para levar caças ao rei, sempre agradando muito ao paladar do soberano. A cada novo presente, afirmava que as carnes vinham das terras de seu patrão, o marquês de Sacobotas. Um dia, quando estava saindo do palácio, escutou a conversa de dois criados: — Amanhã o rei passará de carruagem pelas margens do rio, junto com sua filha, a mais bela moça de todo o reino. O gato correu logo ao patrão, dizendo: — Patrãozinho, se seguir meus conselhos poderá se tornar rico, nobre e feliz. — E o que deverei fazer? — perguntou o jovem patrão, confiante no gato que herdara. — Amanhã você deverá ir ao rio e tomar banho no lugar exato em que eu 13 indicar. O resto, deixe comigo. No dia seguinte, enquanto se banhava nas águas do rio, o rapaz viu se aproximar o rei, acompanhado pela princesa e por alguns nobres. O gato, que lá estava à espera, saiu de trás de uma moita e começou a gritar, com todo o fôlego: — Socorro! Socorro! Ajudem o marquês de Sacobotas, ele está se afogando no rio! Ajudem! O rei escutou os gritos e reconheceu o gato que tantas vezes lhe levara carnes deliciosas. Imediatamente deu ordem aos guardas para que corressem e acudissem o marquês de Sacobotas. Enquanto o jovem estava sendo retirado do rio, nosso gato se aproximou da carruagem real dizendo, com o ar mais entristecido do mundo: — Majestade, meu patrão estava tomando banho no rio e chegaram uns ladrões, que levaram toda a roupa dele. E agora, como ele poderá apresentar-se a Vossa Majestade inteiramente nu? Na verdade, o gato, muito vivo, havia escondido os trapos do moço embaixo de umas pedras… Mas o rei, penalizado, ordenou a um de seus guardas que corresse ao palácio e pegasse umas roupas para o pobre marquês espoliado. A roupa trazida era esplêndida. Com ela, o falso marquês, que aliás era um jovem bem bonito, ficou com ótima aparência. Logo a princesa se apaixonou pelo jovem, e o rei convidou-o a subir na carruagem, para juntos continuarem o passeio. Mas e o gato? O gato, contente com o sucesso inicial de seu projeto, correu na frente da carruagem, que avançava lentamente. Um pouco adiante, viu um grupo de lavradores capinando. O gato fez uma careta bem feia e gritou com um vozeirão ameaçador: — Atenção! O rei passará aqui já, já! Se vocês não disserem que esse campo pertence ao marquês de Sacobotas, serão todos demitidos! Assustadíssimos, os coitados juraram que obedeceriam. Quando o rei, curioso, perguntou aos lavradores a quem pertencia aquele belo campo, estes responderam a uma só voz: — Ao senhor marquês de Sacobotas! E o rei parabenizou seu convidado pela beleza e fertilidade de suas terras. Enquanto isso, nosso gato, sempre bem à frente da comitiva real, parou num canavial em que camponeses ceifavam. — Atenção! Daqui a pouco o rei passará por aqui. Vocês vão dizer a ele que este canavial pertence ao marquês de Sacobotas. Se não disserem, serão todos presos. Assustados, os cortadores de cana prometeram obedecer. E assim fizeram também os criadores de porcos, os vaqueiros, os cultivadores de uvas e tantos mais que o gato encontrou em seu caminho. Tudo pertencia ao marquês de Sacobotas! E a estima do rei pelo novo nobre crescia a cada quilômetro percorrido. Sempre à frente, o gato chegou a um castelo no qual vivia um terrível mago, muito rico. A ele pertenciam todas as terras que o esperto gato atribuíra ao marquês de Sacobotas! O gato sem dúvida precisava, com urgência, de uma nova ideia brilhante. Como ideias não lhe faltavam, pensou um pouquinho e pediu para ser levado à presença do mago. Assim que chegou ao salão, curvou-se respeitosamente e começou a fazer elogios: 14 — Eu estava passando por estas bandas, meu senhor, e achei que era meu dever homenagear o mais poderoso mago da região. Ouvi falar que o senhor pode se transformar em qualquer animal. Mas eu duvido que isto seja verdade. — Quer ver? — respondeu o mago, irritado com a provocação. Em um instante, no lugar do mago estava um leão rugindo, com sua grande boca aberta. O gato levou tamanho susto que por pouco não caiu para trás! — E agora, está convencido, seu gato? — Bem, senhor, até certo ponto… Não deve ter sido tão difícil, grandalhão como é, transformar-se em um animal enorme. Eu só queria ver se conseguia se transformar em um animal pequeno, como um ratinho, por exemplo. Que tal? Consegue? — Eu consigo me transformar em qualquer animal, ouviu bem? — gritou o mago. E logo ele virou um ratinho, que começou a correr veloz pela sala toda. Com toda a sua astúcia, o gato devorou-o numa só bocada. A carruagem real já estava chegando ao castelo. O rei, curioso, quis visitá-lo. O marquês de Sacobotas nem sabia o que fazer. Por sorte, o gato logo apareceu, cumprimentando: — Bem-vindo, majestade, ao castelo do marquês de Sacobotas. O rei ficou admirado. PROFESSOR, PARE AQUI NA SEGUNDA LEITURA. — Oh! Não me diga, marquês, que também este belo castelo lhe pertence? E não falava nada, heim? O rei entrou no castelo, acompanhado pelo marquês e pela princesa. No salão principal do luxuoso castelo havia uma comprida mesa, na qual já estava servido um maravilhoso banquete. Os recém-chegados, inclusive o gato, comeram e beberam a fartar, satisfazendo a fome após tão longo passeio. No final da refeição, o rei, que já estava percebendo os olhares apaixonados da filha para o jovem marquês, tão rico e tão belo, disse: — Meu caro marquês, vejo que minha filha tem por você muita simpatia. Se sentir o mesmo por ela, então ofereço-lhe sua mão. Não cabendo em si de felicidade, o jovem logo respondeu que sim. Naquele mesmo dia foram celebradas as bodas, e o filho do lavrador se tornou príncipe. E o gato, autor de tanta fortuna? Ele se tornou um senhor… E, se devez em quando caçava algum rato, era por pura diversão. 15 REESCRITA DE UM TRECHO DE UM CONTO AGORA CONTINUE A ESCREVER A HISTÓRIA "O GATO DE BOTAS" A PARTIR DESTE PONTO: (...) O MARQUÊS DE SACOBOTAS NEM SABIA O QUE FAZER. POR SORTE, O GATO LOGO APARECEU, CUMPRIMENTANDO: — BEM-VINDO, MAJESTADE, AO CASTELO DO MARQUÊS DE SACOBOTAS. O REI FICOU ADMIRADO. (...) ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ Questão 6 Leitura de texto informativo INSTRUÇÕES PARA O PROFESSOR: peça para os alunos lerem o texto informativo sozinhos e responderem à pergunta. Cabe ao aplicador: orientar os alunos a lerem, silenciosamente, primeiro o texto. solicitar que leiam, silenciosamente, a questão sobre o texto e escreva a resposta. informar que talvez seja necessário voltarem ao texto para poderem responder à questão. 16 LEITURA DE UM TEXTO INFORMATIVO Imagem: CH das crianças MAPA DE BRINCADEIRAS PIÃO OBJETOS QUE GIRAM VELOZMENTE NO CHÃO, OS PIÕES SÃO FEITOS DE DIFERENTES MATERIAIS: MADEIRA (AS MAIS DIVERSAS), SEMENTE DE TUCUMÃ (ELES ATÉ FAZEM UM ZUNIDO) E TAMPINHAS DE DETERGENTES. OS MAIS COMUNS SÃO OS PIÕES FEITOS DE MADEIRA, QUE TÊM A PONTEIRA DE FERRO. UM CORDÃO, TAMBÉM CHAMADO DE FIEIRA, É ENROLADO EM VOLTA DO BRINQUEDO. MANIPULADO COM DESTREZA, É ELE QUE FAZ O PIÃO GIRAR. A HABILIDADE DO JOGADOR DETERMINA O LOCAL ONDE CAIRÁ O BRINQUEDO E COM QUAL VELOCIDADE. É UMA BRINCADEIRA QUE SE PODE JOGAR SOZINHO OU COM UM GRUPO DE AMIGOS QUE SERÃO DESAFIADOS. ORGANIZADAS EM TURMA, AS CRIANÇAS INVENTAM DIFERENTES "BATALHAS". EM ALGUMAS DELAS, O OBJETIVO NEM É FAZER O PIÃO GIRAR, MAS TIRAR AQUELE QUE ESTÁ ENTERRADO NA AREIA. FONTE: http://mapadobrincar.folha.com.br/brincadeiras/piao/ ACESSO EM 26.Jan.2017. COMO SÃO FEITOS OS PIÕES MAIS COMUNS? ___________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________ http://mapadobrincar.folha.com.br/brincadeiras/piao/ 17 EXEMPLAR DA PROVA DO PROFESSOR Matemática 2º ano do Ensino Fundamental Turma __________ 1º Bimestre de 2018 Data _____ / _____ / ______ Escola ______________________________________________________ Aluno (a) ___________________________________________________ Questão 1 Produzir escritas numéricas, em ditado de números. INSTRUÇÕES PARA O(A) PROFESSOR(A): leia, pausadamente, o enunciado, sem entonações. Em seguida, dite os números, um de cada vez, orientando os alunos para escreverem cada número em cada quadrinho e dando um tempo para que o façam. Os números a serem ditados são: 11, 30, 47, 74, 99 e 2017. ESCREVA NOS QUADRINHOS ABAIXO, DA ESQUERDA PARA A DIREITA, OS NÚMEROS QUE A PROFESSORA VAI DITAR. Observações: retirar da classe o quadro numérico. não orientar, explicar ou dar dicas, em hipótese alguma, de como se escrevem os números. deixar que escrevam cada número levando em conta o tempo necessário à maioria da classe. ditar novamente o número para os alunos que não conseguirem registrar no tempo determinado. Passar para a escrita do próximo número. Atenção: Ditar novamente os números para os alunos que se atrasarem. 18 Questão 2 Escrever, por extenso, números naturais representados por algarismos e vice- versa. INSTRUÇÕES PARA O(A) PROFESSOR(A): Ler pausadamente o enunciado que antecede a atividade e solicite que leiam sozinhos o número escrito na lousa. Orientar os alunos para escreverem a resposta no local indicado. O PROFESSOR RAFAEL ESCREVEU POR EXTENSO NA LOUSA O TOTAL DE ALUNOS DO 2º ANO. OBSERVE: REPRESENTE COM ALGARISMOS O NÚMERO QUE O PROFESSOR RAFAEL ESCREVEU. ESCREVA SUA RESPOSTA NO QUADRINHO ABAIXO 19 Questão 3 Utilizar números para expressar quantidades de elementos de uma coleção. INSTRUÇÕES PARA O(A) PROFESSOR(A): Leia, pausadamente, o enunciado que antecede a atividade. Em seguida, oriente os alunos para que resolvam “do seu jeito”, a situação apresentada, e que, depois, escrevam sua resposta no local indicado. Informe que, para encontrar a resposta, eles podem fazer desenhos, esquemas, contas ou calcular mentalmente. Pedir aos alunos que não apaguem os seus registros. A COLEÇÃO DE TAMPINHAS DE GARRAFAS ABAIXO PERTENCE A GUSTAVO. OBSERVE: ESCREVA NO QUADRINHO ABAIXO O TOTAL DE TAMPINHAS DE GUSTAVO. 20 Questão 4 Completar uma sequência numérica, usando a contagem em escalas ascendentes e descendentes. INSTRUÇÕES PARA O(A) PROFESSOR(A): Leia, pausadamente, o enunciado que antecede a atividade. Depois, eles devem indicar os números seguintes e escrevê-los nos quadrinhos que estão vazios. Para isso, eles podem fazer desenhos, contas ou calcular mentalmente. A PROFESSORA DE ALICE PEDIU PARA OS ALUNOS CONTAREM DE 2 EM 2, A PARTIR DO NÚMERO 30. REGISTRE OS SETE PRÓXIMOS NÚMEROS NO ESPAÇO ABAIXO. 30 21 Questão 5 Localizar pessoas ou objetos em ilustrações, com base em diferentes pontos de referência e algumas indicações de posição. INSTRUÇÕES PARA O(A) PROFESSOR(A): leia, pausadamente, o enunciado e fale o nome das figuras, dê somente essa informação. Em seguida, oriente os alunos para a realização da atividade sem indicar a posição dos objetos. VEJA O CARTAZ QUE A PROFESSORA MOSTROU PARA A SUA TURMA DO 2º ANO. QUAL OBJETO ESTÁ ACIMA DO SOFÁ? ESCREVA A RESPOSTA NA LINHA ABAIXO. _________________________________________________________________________________ 22 Questão 6 Identificar unidades de tempo – dia, semana e mês e utilizar calendários. INSTRUÇÕES PARA O(A) PROFESSOR(A): peça aos alunos que observem o calendário. Informe que D é domingo, o S, que vem em seguida, é segunda-feira, O T é terça- feira, e assim por diante. Não dê qualquer outra informação. Depois leia pausadamente o enunciado. Mostre o lugar em que deverá ser escrita a resposta. OBSERVE O CALENDÁRIO ABRIL DE 2018 ABAIXO E RESPONDA: QUAL O DIA DA SEMANA QUE CORRESPONDE AO PENULTIMO DIA DO MÊS DE ABRIL DESTE ANO? ESCREVA A RESPOSTA NA LINHA ABAIXO. ________________________________________________________________________________ ABRIL/2018 D S T Q Q S S 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 Questão 7 Resolver problema que envolva medida de comprimento. INSTRUÇÕES PARA O(A) PROFESSOR(A): peça aos alunos que observem os desenhos das fitas e réguas. Em seguida, oriente os alunos para que resolvam “do seu jeito”, a situação apresentada, e que, depois, escrevam sua resposta no local indicado. Informe que, para encontrar a resposta, eles podem fazer desenhos, esquemas, contas ou calcular mentalmente. Pedir aos alunos que não apaguem os seus registros. DANIEL UTILIZOU A RÉGUA PARA MEDIR DOIS PEDAÇOS DE FITA. 23 QUANTOS CENTÍMETROS TEM A FITA MAIOR? ________________________________________________________________________________ QUANTOS CENTÍMETROS FALTAM PARA A FITA MENOR TER O MESMO TAMANHO DA MAIOR? ________________________________________________________________________________ Questão 8 Ler e interpretar informações apresentadas em tabelas simples. NOSEGUNDO ANO 'A' FOI REALIZADA A CONTAGEM DE OBJETOS. OBSERVE AS ANOTAÇÕES: BORRACHA: 52 CADERNOS: 45 CANETAS: 65 TESOURAS: 55 RESPONDA NA LINHA ABAIXO: 24 A. O QUE HA MAIS: CADERNOS OU TESOURAS? ______________________________________________________________________________ B. QUANTOS A MAIS? ______________________________________________________________________________ 5. ORIENTAÇÕES PARA CORREÇÃO DA PROVA Com o objetivo de traçar um diagnóstico preciso da aprendizagem dos alunos e alinhar o resultado dessa avaliação com as provas externas da SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DE SÃO PAULO, e também as de âmbito nacional, esse manual foi elaborado utilizando os critérios estabelecidos para a correção do SARESP. Nas próximas páginas, você encontrará categorias de resposta para cada item que o aluno respondeu nas provas do 2º ano de Língua Portuguesa e Matemática. Essas categorias de resposta estão identificadas por letras A, B, C, D, E, F, G e H. Pensando na proposta do PROGRAMA LER E ESCREVER da Secretaria de Estado da Educação do Estado de São Paulo, leia atentamente cada item verificando a resposta do aluno. Classifique a resposta do aluno com a letra correspondente. Ao final da análise e correção das provas, insira os dados coletados de cada aluno, no Sistema de Acompanhamento dos Resultados de Avaliações (SARA), hospedado na Secretaria Escolar Digital (SED). Língua Portuguesa QUESTÃO 1 - MP01: Escrever seu próprio nome (nome e sobrenome). Categorias de resposta: A) Escreveu o nome e pelo menos um sobrenome (mesmo que não pareça ser um sobrenome, por exemplo: José Maria). B) Escreveu somente o nome. C) Escreveu de forma não reconhecível. D) Ausência de resposta. 25 QUESTÃO 2 - MP02: Escrever uma lista, a partir do ditado do professor. Categorias de resposta: A) Escreveu com correspondência sonora alfabética e grafia convencional em pelo menos quatro (04) das palavras da lista. B) Escreveu com correspondência sonora alfabética e grafia convencional em pelo menos duas (02) das palavras da lista. C) Escreveu com correspondência sonora alfabética e grafia não convencional. Atenção: incluir nessa categoria a escrita com correspondência sonora alfabética e grafia correta de apenas uma (01) das palavras da lista. D) Escreveu com correspondência silábico-alfabética. Atenção: Este critério envolve a escrita silábico-alfabética que marca a transição do aluno da hipótese silábica para a escrita alfabética. E) Escreveu silabicamente com correspondência sonora. Atenção: Este critério envolve a escrita silábica com valor sonoro convencional. F) Escreveu silabicamente sem correspondência sonora. Atenção: Este critério envolve a escrita silábica sem valor sonoro convencional. G) Escreveu sem correspondência sistemática entre partes do falado e partes do escrito. Atenção: Este critério envolve as escritas pré-silábicas. H) Ausência de resposta. QUESTÃO 3 Esta questão pretende avaliar os seguintes aspectos: segmentação do texto em palavras sistema de escrita A questão 3 se desdobra em dois itens 3.1 e 3.2 QUESTÃO 3.1 - MP03: Escrever trecho de uma cantiga de roda conhecida, cujo conteúdo temático tenha sido previamente memorizado, segmentando o texto em palavras. Categorias de resposta: A) Segmentou convencionalmente o texto em palavras. 26 Atenção: Incluir nesta categoria mesmo que a segmentação de duas (02) palavras esteja incorreta. Não exigir correção na acentuação gráfica. B) Presença sistemática de hipossegmentação e/ou hipersegmentação. Atenção: sistemática, neste caso, quer dizer conduta repetitiva, observada em mais de uma ocasião em três (03) ou mais palavras/expressões diferentes: hipossegmentação – o aluno escreve junto o que é para escrever separado (ex.: “erumaveis”; “derepente”; nacasa...); e hipersegmentação – o aluno separa o que se escreve junto (ex.: “de vagar”; “des cola do”; “gela deira”...). C) Não segmentou o texto em palavras – o aluno escreveu as palavras continuamente, sem qualquer separação entre elas. D) Ausência de resposta. QUESTÃO 3.2 - MP04: Escrever uma cantiga de roda conhecida (sistema de escrita). Categorias de resposta: A) Escreveu com correspondência sonora alfabética e grafia convencional. Atenção: Incluir nesta categoria mesmo que a grafia de uma (01) palavra esteja incorreta. Não exigir correção na acentuação gráfica e pontuação. B) Escreveu com correspondência sonora alfabética com grafia não convencional. Atenção: incluir nessa categoria a escrita com correspondência sonora alfabética e grafia correta de apenas duas (02) palavras. C) Escreveu com correspondência silábico-alfabética. Atenção: Este critério envolve a escrita silábico-alfabética que marca a transição do aluno da hipótese silábica para a escrita alfabética. D) Escreveu silabicamente com correspondência sonora. Atenção: Este critério envolve a escrita silábica com valor sonoro convencional. E) Escreveu silabicamente sem correspondência sonora. Atenção: Este critério envolve a escrita silábica sem valor sonoro convencional. F) Escreveu sem correspondência sistemática entre partes do falado e partes do escrito. Atenção: Este critério envolve as escritas pré-silábicas. G) Ausência de resposta. 27 QUESTÃO 4 - MP05: Localizar algumas palavras ditadas pelo professor em uma cantiga de roda conhecida Categorias de resposta: A) Marcou pelo menos quatro (04) das palavras ditadas. B) Marcou pelo menos três (03) das palavras ditadas. C) Marcou palavras aleatoriamente. D) Não marcou nenhuma palavra. QUESTÃO 5 Essa questão pretende avaliar se, ao reescrever o final de um conto, os alunos apropriaram-se das características desse gênero em relação ao encadeamento dos episódios narrados e se mantém a coerência. Para garantir a coerência na reescrita do final de conto, é fundamental ao aluno a compreensão das ideias e informações do início do texto, lidas pelo professor. Para que se possa garantir a unidade, o sentido global do texto, é preciso observar a perspectiva adotada pelo narrador, a progressão temática, as personagens e os ambientes/lugares com suas respectivas caracterizações e o registro de linguagem. Esta questão se desdobra em dois itens: 5.1 e 5.2. QUESTÃO 5.1 - MP06: Reescrever o final de um conto conhecido do ponto de vista da presença dos acontecimentos narrados. Categorias de resposta: A) Reescreveu garantindo a presença de pelo menos quatro (04) dos acontecimentos narrados. B) Reescreveu garantindo a presença de três (03) dos acontecimentos narrados. C) Presença de escrita, mas não o solicitado ou ausência de resposta. Atenção: Incluir nesta categoria se o texto apresentar menos de 3 episódios; se o texto for ilegível; se for cópia integral do texto; se contar outra história; se escrever em outro gênero. D) Ausência de escrita. 28 Para efeito de quantificação, dividimos o trecho a ser reescrito em blocos de acontecimentos, ainda que, obviamente, a produção dos alunos não se resuma aos itens listados e sim ao desenrolar dos acontecimentos narrados. 1. O rei entrou no castelo acompanhado pelo marquês e pela princesa. 2. Foi servido um maravilhoso banquete. 3. O rei percebeu os olhares apaixonados da filha para o jovem marquês. 4. Foi celebrada as bodas. 5. O gato se tornou um senhor. QUESTÃO 5.2 - MP07: Reescrever o final de um conto conhecido do ponto de vista da coerência textual. Categorias de resposta: A) Conseguiu articular coerentemente as ideias e as informações em relação ao que veio antes no texto e entre si, sem provocar problemas de compreensão. B) Conseguiu articular coerentemente as ideias e as informações em relação ao que veio antes no texto e entre si, ainda que com uma ou duas falhasque não chegam a comprometer o sentido global do texto produzido. Atenção: considerar como falha a ausência, a ampliação e/ou troca de informações secundárias que não prejudicam a manutenção do sentido do texto. C) Articulou parcialmente as ideias e as informações do texto – entre si e em relação ao que veio antes – com quebras da coerência resultando em alguns problemas de compreensão. Atenção: considerar como quebra a ausência de informações, de personagens e/ou de episódios essenciais para a manutenção do sentido da história reescrita; ou a repetição de episódio do texto fonte, representando um retrocesso na linha temporal/sequência narrativa. Incluir nessa categoria a reescrita em que não há articulação com o texto fonte, mesmo que articule entre si os episódios que escreveu, e/ou quando não terminou a história. D) Não conseguiu articular as ideias e as informações do texto com coerência, resultando em problemas de compreensão, dando a impressão de que não entendeu a história. E) Presença de escrita, mas não a solicitada. 29 Atenção: Incluir nesta categoria o texto ilegível, ou que conta outra história, ou que é cópia do texto fonte, ou se pertence a outro gênero. F) Ausência de resposta. QUESTÃO 6 - MP08: Localizar informação explícita em texto informativo. Esta questão pretende verificar se, a partir, da leitura autônoma (isto é, sozinho, sem ajuda) de um texto informativo, o aluno consegue selecionar informações explícitas no texto. Categorias de respostas: A) Respondeu mostrando que foi capaz de ler com autonomia. Atenção: Considerar nesta categoria: “são feitos de madeira” ou “são feitos de madeira, que têm a ponteira de ferro”. B) Respondeu, mas não mostrou que foi capaz de ler com autonomia. Atenção: Incluir nesta categoria a resposta ilegível. C) Ausência de resposta. Matemática QUESTÃO 1 - MP01: Produzir escritas numéricas, em ditado de números. Categorias de resposta: A) Escreveu corretamente os 6 números. B) Escreve corretamente apenas 5 números. C) Escreve corretamente 4 ou 3 números. D) Escreve corretamente apenas 1 ou 2 números. E) Não escreve corretamente nenhum dos números. F) Não é possível identificar os números escritos G) Ausência de respostas 30 QUESTÃO 2 - MP03: Escrever, por extenso, números naturais representados por algarismos e vice-versa. Categorias de resposta: A) Escreve a resposta correta: 79. B) Escreve um número diferente de 79. C) Outras respostas que não assinaladas em A e B. D) Não é possível identificar o número que foi escrito. E) Ausência de resposta. QUESTÃO 3 - MP04: Utilizar números para expressar quantidades de elementos de uma coleção. Categorias de resposta: A) Escreve a resposta correta: 21 ou "vinte e um". B) Coloca um número diferente de 21. C) Não é possível identificar o número que foi escrito. D) Ausência de resposta. QUESTÃO 4 - MP05: Completar uma sequência numérica, usando a contagem em escalas ascendentes e descendentes Categorias de resposta: A) Escreve a resposta correta, pois coloca os números no intervalo de 2 em 2: 32, 34, 36, 38 e 40. B) Escreve outros números fora do intervalo (2 em 2). C) Não é possível identificar os números escritos. D) Ausência de resposta. 31 QUESTÃO 5 - MP06: Localizar pessoas ou objetos em ilustrações, com base em diferentes pontos de referência e algumas indicações de posição. Categorias de resposta: A) Escreve a resposta correta: MESA. B) Escreve o nome de outro objeto, demonstrando dificuldade na localização. C) Não é possível identificar o nome escrito. D) Ausência de resposta. QUESTÃO 6 - MP07: Identificar unidades de tempo – dia, semana e mês e utilizar calendários. Categorias de resposta: A) Responde corretamente, escrevendo “domingo” ou “D”. B) Responde incorretamente, escrevendo outro dia da semana que não domingo. C) Não é possível identificar as palavras escritas. D) Ausência de resposta. QUESTÃO 7 - MP08: Resolver problema que envolva medida de comprimento Esta questão se desdobra em dois itens de correção: Item A) Categorias de resposta: E) Escreve a resposta correta: 18cm ou 18. F) Responde incorretamente escrevendo um número diferente de 18. G) Não é possível identificar o número escrito. H) Ausência de resposta. Item B) A) Escreve a resposta correta: 3cm ou 3. B) Escreve 33 indicando que realizou a soma das duas fitas. C) Escreve outro número que não os indicados em (A) ou (B). D) Não é possível identificar o número escrito. E) Ausência de resposta. 32 QUESTÃO 8 - MP09: Ler e interpretar informações apresentadas em tabelas simples. Esta questão se desdobra em dois itens de correção: Item A) Categorias de resposta: A) Escreve a resposta correta: TESOURAS. B) Escreve: 55 ou "CINQUENTA E CINCO" indicando que reconhece a quantia maior. C) Outras respostas que não estão descritas nos itens A ou B. D) Não é possível identificar o que foi escrito. E) Ausência de resposta. Item B) Categorias de resposta: A) Escreve a resposta correta: 10 ou DEZ. B) Escreve: 100 OU cem indicando que realizou a soma das quantidades de cadernos e tesouras. C) Outras respostas que não estão descritas nos itens A ou B. D) Não é possível identificar o que foi escrito. E) Ausência de resposta. 33 6. RECOMENDAÇÕES PEDAGÓGICAS PARA O CICLO DE ALFABETIZAÇÃO 6.1 LÍNGUA PORTUGUESA Com o objetivo de traçar um diagnóstico preciso da aprendizagem dos alunos e alinhar o resultado dessa avaliação com as provas externas da SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DE SÃO PAULO, e também as de âmbito nacional, esse manual foi elaborado utilizando os critérios estabelecidos para a correção do SARESP. Nas próximas páginas, você encontrará categorias de resposta para cada item que o aluno respondeu nas provas do 2º ano de Língua Portuguesa e Matemática. Essas categorias de resposta estão identificadas por letras A, B, C, D, E, F, G e H. Pensando na proposta do PROGRAMA LER E ESCREVER da Secretaria de Estado da Educação do Estado de São Paulo, leia atentamente cada item verificando a resposta do aluno. Classifique a resposta do aluno com a letra correspondente. Ao final da análise e correção das provas, insira os dados coletados de cada aluno, no Sistema de Acompanhamento dos Resultados de Avaliações (SARA), hospedado na Secretaria Escolar Digital (SED). CONCEPÇÃO DE ALFABETIZAÇÃO As crianças constroem conhecimentos sólidos a respeito da leitura e da escrita antes mesmo de frequentarem alguma instituição de ensino, pois tais práticas estão inseridas no convívio social. Entende-se que as crianças constroem hipóteses com base nas informações que o meio lhes oferece. Cabe à escola organizar um espaço no qual seja propício ao uso das práticas sociais da leitura e da escrita (fazendo uso de seus conhecimentos já adquiridos, testando-os), de modo que as crianças possam interagir intensamente com a utilização de textos dos mais variados gêneros, identificar e refletir sobre seus diferentes usos sociais, ler e produzir textos e, assim, construir as capacidades que lhes permitam participar das situações sociais pautadas pela cultura escrita. Quando se decide que desde muito pequenas as crianças podem iniciar o processo de compreensão da leitura e da escrita, decidimos, na verdade, que já estão se alfabetizando. A escola se firma então, em um “compromisso alfabetizador2” ao se colocar como uma instituição que oferece aos alunos múltiplas possibilidades de construção do conhecimento a respeito da leitura, da escrita e da fala por meio de situações reais de uso. O objetivo maior – possibilitar que todos os nossos alunos se tornem leitores e escritores competentes – compromete-nos com a construção de uma escola inclusiva, que promova a aprendizagemde todos os alunos. Ao eleger o que e como ensinar, é fundamental levar em consideração esses fatos, não mais para justificar fracassos, mas para criar as condições necessárias para garantir a conquista e a consolidação da aprendizagem da leitura e da escrita de todos os nossos alunos. Assim, parte-se do pressuposto de que a alfabetização é a aprendizagem do sistema de escrita e da linguagem escrita em seus diversos usos sociais, e que permite aos alunos a sua inserção nas culturas do escrito. É imprescindível que a aprendizagem das duas dimensões aqui citadas deve ocorrer simultaneamente. 2 Termo originalmente utilizado por Claudia Molinari. 34 Tanto os saberes sobre o sistema de escrita como aqueles sobre a linguagem escrita devem ser ensinados e sistematizados na escola. Não basta colocar os alunos diante dos textos para que conheçam o sistema de escrita alfabético e seu funcionamento ou para que aprendam a linguagem escrita. É preciso planejar uma diversidade de situações em que possam, em diferentes momentos, centrar seus esforços ora na aprendizagem do sistema, ora na aprendizagem da linguagem que se usa para escrever. Assim como afirma Ferreiro (2001), a ALFABETIZAÇÃO é um processo longo, precoce, complexo e indivisível. É LONGO, pois, com práticas de produção e interpretação cada vez mais ajustadas aos propósitos sociais e gêneros textuais (e não a simples associação de letras e sílabas), as habilidades de leitura e escrita dependem de recursos cognitivos e criativos que emergem da experiência com a língua em longo prazo, na forma de uma permanente descoberta. Se coloca também como um PROCESSO PRECOCE porque a compreensão da escrita inicia-se desde a mais tenra idade, pois as crianças, desde muito cedo, vão progressivamente se apropriando deste objeto cultural como um todo (a lectoescritura). Além disso, torna-se um PROCESSO COMPLEXO, porque a aprendizagem da escrita depende de operações cognitivas individuais que se constroem por diferentes caminhos, por meio de indagações / problematizações / inquietações / questionamentos vividos pelo sujeito. Diante disso, reafirmamos que o processo de alfabetização se coloca como indivisível, unindo o momento de aprender com o fazer uso da aprendizagem. As propostas pedagógicas devem reconhecer as crianças como seres íntegros, que aprendem a ser e conviver consigo, com os demais e com o ambiente de maneira articulada e gradual. Devem-se organizar atividades intencionais que possibilitem a interação entre as diversas áreas de conhecimento e os diferentes aspectos da vida cidadã em momentos de ações ora estruturadas, ora espontâneas e livres, contribuindo assim com o provimento de conteúdos básicos para constituição de novos conhecimentos e valores. Para a análise dos resultados e possíveis tomadas de decisão, sugere-se que sejam utilizadas as seguintes questões norteadoras ou outras que julgarem necessárias: Quais conhecimentos os alunos precisam mobilizar para resolver as questões, em relação ao enunciado e à complexidade da tarefa proposta? Quais dificuldades os alunos podem ter na resolução destas questões? EXEMPLO - QUESTÃO 2 MP02: Escrever uma lista de quitutes que compõem uma festa junina, a partir do ditado do professor. DITADO DE UMA LISTA DE PALAVRAS A PROFESSORA DO 2º ANO ESCREVEU, COM SEUS ALUNOS, UMA LISTA DO QUE ELES GOSTARIAM DE PLANTAR NA HORTA DA ESCOLA. ABOBRINHA TOMATE CEBOLA SALSA NABO 35 QUESTÕES NORTEADORAS: Qual o grau de dificuldade que os alunos tiveram ao escrever essas palavras? O que as escritas produzidas demonstram no que se refere ao conhecimento dos alunos? O que os alunos já conhecem sobre o sistema de escrita? O que estes alunos precisam aprender? Quais condições didáticas precisam ser garantidas para que estes alunos avancem em suas hipóteses? Quais os melhores agrupamentos podem ser propostos para que os alunos avancem em seus conhecimentos? Nessa análise, é importante a utilização dos seguintes documentos: a prova aplicada aos alunos; as instruções para a aplicação das provas dos alunos; o roteiro de correção da prova; as expectativas de aprendizagem de Língua Portuguesa para os 1º e 2º anos do Ensino Fundamental; a avaliação diagnóstica realizada no mês de fevereiro e os materiais didáticos de Língua Portuguesa do Programa Ler e Escrever. Após a análise dos resultados é fundamental a retomada das expectativas de aprendizagem de Língua Portuguesa para o 2º ano, dos diferentes níveis de desempenho que compõem esta prova de Língua Portuguesa, que representam conjuntos específicos de habilidades e competências. Este momento é importante para que re(visitem) o ponto que esperamos alcançar no que diz respeito ao ensino da leitura, da escrita e da aquisição do sistema alfabético de escrita para os alunos desse ano. Para isso, recomendamos a leitura do documento de EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM3, das ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS FUNDAMENTAIS SOBRE AS EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM DE LÍNGUA PORTUGUESA4, e dos RELATÓRIOS PEDAGÓGICOS DO SARESP. Os materiais do Programa Ler e Escrever do 2º ano, contemplam situações didáticas que auxiliarão o atendimento às expectativas de aprendizagem previstas, 3 Este documento encontra-se disponível no site: lereescrever.fde.sp.gov.br 4 Este documento encontra-se disponível no site: lereescrever.fde.sp.gov.br 36 abordando questões relacionadas à aquisição do sistema de escrita, a leitura e a produção de textos, portanto, seu estudo é fundamental. Além desse estudo, algumas ações pedagógicas são fundamentais, como o trabalho com diversos agrupamentos de alunos. Esse trabalho deve fazer parte da rotina de todas as salas de aula, pois promove aos alunos a oportunidade de aprendem com colegas. Os agrupamentos serão produtivos se considerarem o objetivo da situação didática e a clareza da intencionalidade, pois assim, o professor poderá promover intervenções que auxiliem a circulação de informação nos grupos, que podem ser formados por toda sala, por quartetos ou em duplas. A clareza da intencionalidade foi ressaltada, pois em algumas situações de leitura e escrita o trabalho individual também deverá ser propiciado. A organização da escola pode ser diferenciada com o objetivo de atender aos alunos com maiores dificuldades, porém faz-se necessário promover boas situações de aprendizagem para os alunos que atenderam ou estão além das expectativas de aprendizagem previstas para o ano de escolaridade. Após a análise dos resultados é fundamental a retomada das expectativas de aprendizagem de Língua Portuguesa para cada ano, dos diferentes níveis de desempenho que compõem as provas de Língua Portuguesa, que representam conjuntos específicos de habilidades e competências para o planejamento de ações pedagógicas que atendam às necessidades dos alunos. Este momento é importante para que re(visitem) o ponto que esperamos alcançar no que diz respeito ao ensino da leitura, da escrita e da aquisição do sistema alfabético de escrita para os alunos do ciclo de alfabetização. Para isso, recomendamos a leitura do documento de EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM, das ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS FUNDAMENTAIS SOBRE AS EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM DE LÍNGUA PORTUGUESA5, e dos RELATÓRIOS PEDAGÓGICOS DO SARESP. Além disso, é interessante que se analisem os relatórios disponíveis no Sistema de Acompanhamento dos 5 Ambos documentos disponíveis para download no site do Programa Ler e Escrever < http://lereescrever.fde.sp.gov.br > e na Intranet – Espaço do Servidor (Biblioteca da CGEB) < http://www.intranet.educacao.sp.gov.br/ >. http://lereescrever.fde.sp.gov.br/ http://www.intranet.educacao.sp.gov.br/ 37Resultados das Avaliações (SARA), alocado na Secretaria Escolar Digital (SED)6 e também na Plataforma Foco Aprendizagem. A seguir são apresentadas algumas orientações relacionadas às situações didáticas para o trabalho com leitura e escrita no ciclo de alfabetização. 6.1.1 ORIENTAÇÕES PARA SITUAÇÕES DIDÁTICAS QUE ENVOLVAM A ALFABETIZAÇÃO Para os alunos em processo de alfabetização e que, ainda, não compreenderam as regras de funcionamento do sistema alfabético de escrita, recomendamos que sejam realizadas ATIVIDADES PERMANENTES DE ALFABETIZAÇÃO - situações didáticas que visam à análise e reflexão sobre a Língua. São elas: leitura de listas e textos que se sabe de memória; atividades de leitura ou escrita de nomes (próprios e dos colegas); leitura e ordenação de textos (músicas, parlendas, poesias e outros textos poéticos); leitura de palavras de uma lista; escrita pelo aluno (textos que se sabe de memória: adivinhas, parlendas, etc.)7. Faz-se necessário que essas atividades sejam propostas diariamente às crianças, tendo como princípio metodológico a resolução de problemas. Ainda, de acordo com Weisz (2001), uma proposta se constitui como uma boa situação de aprendizagem ao garantir que8: as crianças precisem pôr em jogo tudo o que sabem e pensam sobre o conteúdo em torno do qual o professor organizou a tarefa; as crianças tenham problemas a resolver e decisões a tomar em função do que se propõem a produzir; o conteúdo trabalhado mantenha suas características de objeto sociocultural real sem transformar-se em objeto escolar vazio de significado social; a organização da tarefa pelo professor garanta a máxima circulação de informação possível. 6 Endereço de acesso à Secretaria Escolar Digital (SED) e à Plataforma Foco Aprendizagem: https://sed.educacao.sp.gov.br/ 7 Conferir o Guia de Planejamento e Orientações Didáticas do Professor Alfabetizador – 1º ano. 8 Tal como formulou Telma Weisz e como se divulgou amplamente no Programa de Formação de Professores Alfabetizadores (SEE/MEC, 2001). https://sed.educacao.sp.gov.br/ 38 As atividades permanentes de alfabetização9 precisam ser articuladas a outras propostas de trabalho e situações cotidianas vivenciadas pelas crianças. Como por exemplo: SITUAÇÕES DE LEITURA para refletir sobre o funcionamento do sistema de escrita alfabético, como por exemplo: ordenação de textos que se sabe de cor; adivinhas acompanhadas de lista de palavras com as respostas; encontrar palavras definidas pelo professor em listas, textos poéticos e narrativos; listas compostas por palavras de um mesmo campo semântico (frutas, brincadeiras, títulos de histórias, etc.) nas quais as crianças precisem encontrar a palavra solicitada pelo professor; pareamento entre trechos de histórias e seu título. SITUAÇÕES DE LEITURA E ESCRITA que envolvam palavras estáveis – como nomes próprios, por exemplo. SITUAÇÕES DE ESCRITA para refletir sobre o funcionamento do sistema alfabético, tais como: - Escrita de textos que sabe de memória. - Reescrita de textos ou partes deles (individualmente ou em dupla). - Escrita de uma adivinha a partir das respostas. - Escrita de listas de palavras de um mesmo campo semântico (nomes das crianças, brincadeiras, brinquedos, animais, frutas, material escolar, partes do corpo, compras a serem feitas, etc.), de preferência a partir de outras propostas realizadas ou de acontecimentos do cotidiano. - Escrita em duplas de bilhetes, recados, avisos. - Preenchimento de cruzadinha sem a relação de palavras (quando as crianças já apresentam escritas silábico-alfabéticas). - Escrita de títulos de histórias a partir de trechos lidos pelo professor. 9 Adaptado do texto “Sobre as atividades permanentes de alfabetização”, organizado por Rosaura Soligo e Rosangela Veliago com contribuições de Rosa Maria Antunes de Barros. 39 6.1.2 COMO ORGANIZAR O TRABALHO COM AS ATIVIDADES DE ALFABETIZAÇÃO? No processo de alfabetização, sugere-se que o professor agrupe os alunos considerando os seguintes critérios: CRIANÇAS COM ESCRITAS NÃO ALFABÉTICAS: ◦ As crianças com escritas silábicas, com conhecimento sobre o valor sonoro convencional das letras, podem ser agrupadas com crianças que produzem escritas silábicas sem valor sonoro convencional ou com crianças ainda com escritas pré-silábicas. ◦ O professor precisa considerar que as crianças com escritas pré-silábicas não podem ser agrupadas entre si para realizarem, por exemplo, atividades de leitura: para elas, é importante a interação com quem já sabe que a escrita representa a fala, o que elas ainda não descobriram. Na organização das atividades, é fundamental que o professor reflita sobre como atender a todos os alunos, aqueles que apresentam escritas alfabéticas e os que não apresentam. Para isso, é necessário pensar em como adequar as atividades às necessidades de aprendizagem dos alunos. Por exemplo, a atividade de leitura da lista de personagens dos contos é interessante para todos os alunos? Não, pois isso não representa um desafio real para os alunos com escrita alfabética. Mas, pode ser útil aos que têm escritas não alfabéticas, nesse caso, será preciso organizar a atividade com desafios possíveis de modo que os alunos possam refletir sobre o sistema, buscar as regularidades e avançar em suas aprendizagens. Isso é possível garantindo parceiros com escrita silábica para os alunos com escrita pré-silábica. Os alunos que escrevem alfabeticamente podem escrever o nome dos personagens no quadro, sem consultar a lista. Assim, para eles a atividade seria de escrita, para os demais, será de leitura. Cabe aqui destacar que os agrupamentos só serão produtivos se considerarem o objetivo da situação didática e a clareza da intencionalidade, pois assim, o professor poderá promover intervenções que auxiliem a circulação de informação nos grupos, que podem ser formados por toda sala, por quartetos ou em duplas. A clareza da intencionalidade foi ressaltada, pois em algumas situações de leitura e escrita o trabalho individual também deverá ser propiciado. A organização da escola como um todo, também pode ser diferenciada, com o objetivo de atender aos alunos com maiores dificuldades, porém faz-se necessário 40 promover boas situações de aprendizagem para os alunos que atenderam ou estão além das expectativas de aprendizagem previstas para o ano de escolaridade. 6.2 MATEMÁTICA Para uma análise criteriosa do desempenho dos alunos, é essencial a utilização da prova aplicada aos alunos e também os subsídios oferecidos aos professores nas páginas anteriores deste documento. O estudo conjunto desses documentos permitirá possíveis tomadas de decisão, sugerimos que as reflexões sempre tenham como ponto de partida algumas questões norteadoras, de acordo com o nível de desempenho em análise. Como exemplo, seguem algumas possibilidades de análise de uma questão de Matemática, que busca aferir o conhecimento do Sistema de Numeração Decimal, por meio do ditado pelo professor de números naturais. Questões norteadoras: Qual(is) dificuldade(s) os alunos tiveram para escrever os números pedidos (11, 30, 47, 74, 99 e 2017)? O que essas escritas demonstram sobre o conhecimento dos alunos? O que estes alunos ainda precisam aprender? EXEMPLO - QUESTÃO 1 - DITADO DE NÚMEROS Produzir escritas numéricas, em ditado de números. ESCREVA NOS QUADRINHOS ABAIXO, DA ESQUERDA P ARA A DIREITA, OS NÚMEROS QUE A PROFESSORA VAI DITAR. 41 Quais procedimentos e propostas de atividades precisam ser garantidas para que estes alunos avancem no conhecimento do Sistema de Numeração Decimal? Análise das atividades planejadas e organizaçãodo plano de recuperação contínua: Descrever as dificuldades apresentadas pelos alunos na realização das atividades; Verificar a adequação de atividades para os alunos que apresentam dificuldades na escrita numérica, na observação das regularidades do quadro numérico, leitura dos números naturais, refletindo se são ou não voltadas para a análise e reflexão sobre o ensino da Matemática, se atendem as expectativas de aprendizagem e se as condições didáticas necessárias para o ensino da Matemática estão garantidas; Revisitar os materiais didático-pedagógicos do Projeto EMAI selecionando ou adequando atividades que possibilitem ao aluno o resgate e/ou ampliação dos conhecimentos matemáticos; Organizar a sala de aula (ex. formação de agrupamentos produtivos) e a escola para atender os alunos com dificuldades de aprendizagem; Analisar as estratégias pessoais utilizadas pelos alunos, identificando a origem do erro. Garantir momentos de estudo em ATPC (Aula de Trabalho Coletivo Pedagógico) que garantam a reflexão das situações didáticas apresentadas nos materiais do Projeto EMAI. 42 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRASIL. (Secretaria de Educação Fundamental). Parâmetros Curriculares Nacionais: Língua Portuguesa / Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília, 1997. BRASIL (Secretaria de Ensino Fundamental). Práticas de escrita: orientações didáticas” In: Referencial Curricular Nacional de Educação Infantil, vol. 3. Brasília: MEC/SEF, 1998. SÃO PAULO (Estado) Secretaria de educação. Expectativas de aprendizagem de Língua Portuguesa dos anos iniciais do ensino fundamental – 1º ao 5º ano. 2013. Elaboração: Kátia Lomba Bräkling. Colaboração: Grupo Referência de Língua Portuguesa, Formadoras do Programa Ler e Escrever e Equipe CEFAI. Supervisão Pedagógica: Telma Weisz. Disponível em: http://lereescrever.fde.sp.gov.br/SysPublic/Home.aspx (acesso em 12.Fev.2016). SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Ler e escrever: guia de planejamento e orientações didáticas – 2o ano / Secretaria da Educação, Fundação para o Desenvolvimento da Educação; coordenação, elaboração e revisão dos materiais, Sonia de Gouveia Jorge... [e outros]; concepção e elaboração, Claudia Rosenberg Aratangy... [e outros]. - 4. ed. rev. e atual. - São Paulo: FDE, 2014. (acesso em 12.Fev.2016). SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Matriz de avaliação processual: anos iniciais, Língua Portuguesa e Matemática; encarte do professor / Secretaria da Educação; coordenação, Ghisleine Trigo Silveira, Regina Aparecida Resek Santiago; elaboração, equipe curricular do Centro de Ensino Fundamental dos Anos Iniciais. São Paulo: SE, 2016. 43 AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM EM PROCESSO Coordenadoria de Informação, Monitoramento e Avaliação Educacional Coordenadora: Cyntia Lemes da Silva Gonçalves da Fonseca Departamento de Avaliação Educacional Diretora: Patricia de Barros Monteiro Assistente Técnica: Maria Julia Filgueira Ferreira Centro de Planejamento e Análise de Avaliações Diretor: Juvenal de Gouveia Ademilde Ferreira de Souza, Cristiane Dias Mirisola, Soraia Calderoni Statonato Centro de Aplicação de Avaliações Diretora: Isabelle Regina de Amorim Mesquita Denis Delgado dos Santos, José Guilherme Brauner Filho, Kamila Lopes Candido, Lilian Sakai, Manoel de Castro Pereira, Nilson Luiz da Costa Paes, Teresa Miyoko Souza Vilela Coordenadoria de Gestão da Educação Básica Coordenadora: Rosangela Aparecida de Almeida Valim Departamento de Desenvolvimento Curricular e de Gestão da Educação Básica Diretora: Jane Rubia Adami da Silva Centro do Ensino Fundamental dos Anos Iniciais - CEFAI Diretora: Sonia de Gouveia Jorge Equipe Curricular do Centro de Ensino Fundamental dos Anos Iniciais Autoria, Leitura crítica e validação do material Andréa Freitas, Edimilson Ribeiro, Fabiana Porto, Regina Helena Ayres e Sonia Jorge Professor Coordenador do Núcleo Pedagógico da Diretoria de Ensino Autoria e Leitura crítica do material Nelci Martins – DE Centro Oeste Representantes do CAPE Leitura crítica, validação e adaptação do material para os deficientes visuais Tânia Regina Martins Resende