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Caso Clínico: AVALIAÇÃO 
PSICOLÓGICA DE UMA 
CRIANÇA COM 
CAPACIDADE LÚDICA 
INIBIDA
Universidade de Santa Cruz do Sul 
Curso de Medicina 
Introdução à Semiologia - Saúde Mental 
Professora: Alissia Gressler Dornelles
Alunas: Eduarda Müller, Gabriela Teixeira, 
Irene Souza, Luiza Torriani e Sophia Frantz
Caso clínico
M., 09 anos, Segunda-série do Ensino Fundamental de uma Escola Pública, reside 
com uma tia adotiva e dois primos.
“M. não se dá bem com a professora. Ele é agitado quando sai de casa, nem 
parece o mesmo, vira outro”
Hora de Jogo Diagnóstica + anamnese infantil (informações sobre a criança, o 
meio em que ela vive, sua história de vida, suas reações passadas e presentes).
Avaliação Psicológica de uma Criança com Capacidade Lúdica Inibida
- Fator desencadeador: Seu desenvolvimento foi interrompido pelo assassinato de 
sua mãe por meio de seu próprio pai, passando ele então, a residir num orfanato, 
seguido de um processo de adoção frustrado.
 - Contexto familiar, social e rede de apoio: hipóteses diagnósticas de stress 
pós-traumático, comportamento agressivo, enurese noturna, dificuldade em manter 
a atenção e retraimento social foram levantadas, como conseqüência da ruptura do 
laço familiar, do abandono e da adoção.
- Na sua família adotiva (na qual seu pai adotivo era o irmão da tia que o trouxe à 
clínica), ele apanhava muito, era deixado para fora de casa, não era alimentado, 
segundo a tia que respondeu à entrevista.
Indicadores da Hora de Jogo Diagnóstica
 Modalidades de brincadeiras
Escolha de brinquedos e brincadeiras 
 
Motricidade
Personificação 
 
Tolerância à frustração 
Criatividade
 
Adequação à realidade
Capacidade simbólica 
 
Reconhecer a realidade da criança que 
foi trazida à consulta em duas 
sessões. Brinquedos: materiais 
estruturados relacionados à escola 
(lápis de cor, giz de cera, tesoura, 
papel ofício, canetinha); jogos 
diversos (Cara-a-Cara, varetas, 
dominós de bichos, dominós de 
figuras geométricas); quebra-cabeças; 
família de bonecos articulados; 
fantoches em forma de pessoas e de 
bichos; cozinha e utensílios de 
casinha; casinha da Ludoterapia; além 
de brinquedos, como “as 
montanhas-russas” (sic) e os 
colchonetes.
Questionário Complementar Escolar
M. “é um aluno que gosta de fazer gracinhas perante a 
turma. É um pouco agitado, mas vem demonstrando 
melhora no comportamento depois que mudou de 
família. Às vezes, é inconveniente”.
Quando chama a atenção de M., “ele ri, nem se preocupa” 
(sic); “é uma criança sozinha, pois ele debocha de tudo o 
que os colegas falam”.
“Ele tem interesse em aprender, é inteligente, e tem um 
ótimo raciocínio”.
Capacidade lúdica inibida
Não consegue expressar sua vida emocional através do ato de brincar, não 
busca suportes materiais, brinquedos que canalizem e veiculem suas fantasias 
e seus conflitos. O brinquedo é o meio de comunicação da criança para se 
relacionar, permite ligar a realidade objetiva e a fantasia, cria um espaço para a 
realização de desejos, através de situações imaginárias de faz-de-conta, que 
emancipam a criança das pressões situacionais.
Algo acontece no seu interior, que tenta se proteger de todas as formas, para 
não colocar em risco seus conflitos e suas fantasias, dificuldades em mostrar 
para o mundo quais são seus problemas, suas dores e feridas. A não 
expressão, acompanhada de uma resistência para entrar em contato com o que 
aflige, é uma maneira de sobreviver.
Percebe-se que M. está propondo testar a confiança das pessoas que iniciam 
vínculo com ele. Por meio do contato visual, mostra o quanto seu ego está 
presente, mesmo estando tão ausente nas brincadeiras. É uma criança que tem 
um caminho longo para percorrer em busca de si mesmo, para daí sim, poder 
estabelecer um contato verdadeiro com o outro.
Discussão dos 
sintomas AGRESSIVIDADE
TIMIDEZ E RETRAIMENTO
ESTRESSE PÓS-TRAUMÁTICO
ENURESE NOTURNA
ATRASO NO DESENVOLVIMENTO 
Agressividade
➔ Na escola, às vezes, M. é agressivo com a professora e com os colegas. 
➔ A agressividade foi uma hipótese diagnóstica levantada. 
● A agressividade infantil pode se manifestar de diversas maneiras: Bater em 
outras pessoas, atirar coisas, extenuar, beliscar, morder, puxar o cabelo, 
ameaçar com objetos cortantes, ou assumir características destrutivas, 
rasgando, dilacerando, jogando pela janela objetos próprios ou alheios. 
● Durante muito tempo, as crianças foram consideradas como seres puros e 
doces, e suas reações agressivas eram amenizadas.
● Contudo, atualmente, sabemos que as manifestações de pulsões agressivas 
podem se manifestar desde muito cedo, porém, podem ser consideradas como 
um estágio passageiro ou como parte da evolução individual. 
● A criança pode manifestar sua agressividade de formas diferenciadas: Na 
maneira de comer, de dormir, de se movimentar e de controlar seus 
esfíncteres. 
● Mais tarde ela pode ser agressiva no âmbito escolar (recusas, oposição e 
negativismo) e no plano social (brutalidade, destruições ou vandalismo).
● A discussão atual se baseia na existência ou não de um instinto inato de 
agressão. Alguns autores consideram os impulsos agressivos como algo que 
faz parte da constituição do homem, outros os consideram como reativos. 
● Agressão está em todos os homens e pode ser encontrada desde as fases 
mais precoces da vida da criança. 
TIMIDEZ E RETRAIMENTO
● O menino M. vivenciou muitas perdas, separações e privações, entre elas: vivência da perda 
da mãe, separação dos pais e da irmã, ruptura de laço familiar, abandono e desapego, e 
adoção o que contribuiu para ocorresse o retraimento.
● Durante as sessões com o serviço psicológico, M apresentava-se um pouco tímido porque 
falava pouco, porém, o contato visual era muito intenso e sorria constantemente.
● O desenvolvimento desses sintomas está relacionado com o recalcamento do exibicionismo 
e do escoptofilia, que são tendências características do 2-3º ano de vida.
○ A pulsão escopofílica é uma pulsão que consiste na necessidade de olhar, é a 
manifestação de uma das formas de expressão da pulsão sexual. Essas pulsões 
sexuais parciais se expressam nessas zonas erógenas, nas quais diferentes partes do 
corpo podem suscitar prazer
● As crianças que têm esses sintomas patológicos normalmente coram-se e escondem-se 
quando indivíduos que não fazem parte do seu mundo social tentam estabelecer uma 
comunicação.
○ O rubor corresponde ao sentimento de vergonha, ou seja, formação reativa contra a 
sexualidade perverso-polimorfa, pois o exibicionismo e o voyeurismo pertencem a 
esta fase na qual também é comum a tendência de tocar nos genitais e masturbar-se 
em presença de outros. Mas a angústia de castração impulsiona o recalque destas 
tendências.
● Perda involuntária de urina durante o sono 
(noturna) ou durante o dia (diurna), essa 
aparece ou persiste após a idade em que é 
adquirida a maturidade fisiológica, por 
volta dos três anos de idade. 
● Ela pode ocorrer por fatores genéticos, 
psicológicos, atraso no desenvolvimento 
do mecanismo fisiológico responsável pela 
micção, redução da capacidade funcional 
da bexiga, anormalidades na produção 
noturna do hormônio antidiurético ou no 
trato urinário e dificuldades para despertar 
e ir ao banheiro. 
● Enurese primária e secundária.
● A enurese compromete a socialização, por 
isso, é importante que os responsáveis 
entendam o caráter involuntário da doença 
e sejam compreensivos com os afetados.
ENURESE NOTURNA 
ATRASO NO 
DESENVOLVIMENTO
● A criança em sua fraqueza pode ser vítima de um adulto.
● Criança negligenciada e criança brutalizada.
● Não se têm informações a respeito da concepção e da gestação 
da mãe de M., nem dados sobre o seu desenvolvimento infantil. 
● Privação experiencial é um termo mais útil e preciso do que 
privação materna, para expressar uma variedade de situações 
não-suficientes que caracterizam a vida de muitas crianças.
● Em se tratando de separação os conceitos atuais incluem aconsideração de individualidade, isto é, tornar-se uma pessoa 
separada das demais e eventos de separação em que ocorrem 
durante o ciclo vital.
● A privação e a separação traumáticas trazem risco ao 
desenvolvimento da relação de apego sadio com os outros e a 
formação de vínculos sociais. A linguagem, tanto como fala, 
quanto como comunicação não-verbal é sensível à privação e à 
separação. 
● Além disso, ocorrem distúrbios em áreas como a qualidade das 
relações sociais, expressividade emocional, versatilidade em 
lidar com desafios ou stress e flexibilidade no pensamento e na 
resolução de problemas.
Hipóteses Diagnósticas
Stress pós traumático
● revivência do trauma através de sonhos 
e de pensamentos durante a vigília
● evitação persistente de coisas que 
revivam o trauma e embotamento das 
respostas para esses indicadores
● depressão, ansiedade e dificuldades 
cognitivas
Para que ocorra uma experiência traumática, 
a criança deve:
a) Compreender que está em perigo ou 
presenciando um fato terrível;
b) Sentir a sua própria impotência extrema;
c) Perceber no sentido de registrar, e 
armazenar uma recordação traumática.
Transtorno de Conduta
● Sintomas derivados do predomínio dos mecanismos esquizóides: 
autismo, simbiose, esquizofrenia infantil e do adolescente, 
oligotimia, auto-agressões, estados depressivos, hipomania
● Sintomas derivados do predomínio dos mecanismos de angústia 
e áreas confusionais: birras, caprichos, impulsos, crises de cólera, 
ausência, hipercinesia, convulsões, equivalente epilético, dores de 
cabeça, tiques nervosos
● Sintomas derivados do predomínio dos mecanismos paranóides: suscetibilidade, 
irritabilidade, indisciplina
● Sintomas derivados do predomínio de mecanismos obsessivos: obsessões, rituais, 
oposicionismo, desobediência, neurose obsessiva
● Sintomas derivados do predomínio de mecanismos de recalcamento e da angústia de 
castração: histeria de angústia infantil, enfermidade fóbica crônica ou aguda, manifestações 
histéricas, neurastenia
● Sintomas derivados do predomínio de mecanismos psicopáticos: destrutividade, condutas 
sádicas, roubo, mentiras, dependência de drogas.
Encaminhamentos
● Psicoterapia para a criança
● Psicoterapia para a tia
● Orientações para a escola e para a tia
Referências 
BROERING, C. V.; FRANÇA, G. R. (2007). Caso clínico: 
avaliação psicológica de uma criança com capacidade 
lúdica inibida. Psicologia. Com. Pt. Disponível em: 
<https://www.psicologia.pt/artigos/textos/A0360.pdf>. 
Acesso em: 19/06/2020. Publicado em 2007.
ELIA, J. Transtornos de estresse agudo e pós traumático 
em crianças e adolescentes. Disponível em: 
<https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/problemas
-de-sa%C3%BAde-infantil/dist%C3%BArbios-da-sa%C3%B
Ade-mental-em-crian%C3%A7as-e-adolescentes/transto
rnos-de-estresse-agudo-e-p%C3%B3s-traum%C3%A1tico
-em-crian%C3%A7as-e-adolescentes>. Acesso em: 
28/06/2020.
ELIA, J. Transtorno de Conduta. Disponível em: 
<https://www.msdmanuals.com/pt-pt/casa/problemas
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Ade-mental-em-crian%C3%A7as-e-adolescentes/transto
rno-de-conduta>. Acesso em: 28/06/2020.
https://www.psicologia.pt/artigos/textos/A0360.pdf
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https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-infantil/dist%C3%BArbios-da-sa%C3%BAde-mental-em-crian%C3%A7as-e-adolescentes/transtornos-de-estresse-agudo-e-p%C3%B3s-traum%C3%A1tico-em-crian%C3%A7as-e-adolescentes
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https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-infantil/dist%C3%BArbios-da-sa%C3%BAde-mental-em-crian%C3%A7as-e-adolescentes/transtornos-de-estresse-agudo-e-p%C3%B3s-traum%C3%A1tico-em-crian%C3%A7as-e-adolescentes
https://www.msdmanuals.com/pt-pt/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-infantil/dist%C3%BArbios-da-sa%C3%BAde-mental-em-crian%C3%A7as-e-adolescentes/transtorno-de-conduta
https://www.msdmanuals.com/pt-pt/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-infantil/dist%C3%BArbios-da-sa%C3%BAde-mental-em-crian%C3%A7as-e-adolescentes/transtorno-de-conduta
https://www.msdmanuals.com/pt-pt/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-infantil/dist%C3%BArbios-da-sa%C3%BAde-mental-em-crian%C3%A7as-e-adolescentes/transtorno-de-conduta
https://www.msdmanuals.com/pt-pt/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-infantil/dist%C3%BArbios-da-sa%C3%BAde-mental-em-crian%C3%A7as-e-adolescentes/transtorno-de-conduta

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