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AULA 8 - SISTEMA LOCOMOTOR / ISABELLE L. R.M.S, 30 anos. Vítima de atropelamento por um caminhão no viaduto na entrada da cidade de Umuarama. O seu João estava vindo atrás com seu corcel 82 e viu todo o acidente e prontamente acionou o SAMU. Equipes: A) Pré hospitalar: 1. Avaliar o local (segurança) 2. ABCDE 3. Observar se tem sangramento (X do ABCDE) 4. Acesso venoso → estabilização hemodinâmica 5. Estabilizar coluna cervical e imobilização do quadril (com cinto, lençol, se houver fratura) B) Hospitalar 1. ABCDE de novo 2. Se não estiver estável hemodinamicamente, pegar outro acesso venoso 3. Se estiver hemodinamicamente estável, fazer exame físico, exame de imagem (raio X de cervical, tórax e pelve) Cervical sem alterações Sínfise púbica aberta e com desvio Tórax: pulmão com possível pneumotórax C) Ortopedia 1. Avaliação específica Lesões de alta energia: Risco de morte o 5 a 30% de mortalidade Lesões associadas (órgãos pélvicos) Alta incidência de sequelas e complicações Colisões com moto, atropelamentos, quedas, colisões entre veículos (de tamanho diferentes) e esmagamento (ordem decrescente) Fratura exposta nas primeiras 6 horas: antibioticoterapia profilática AULA 8 - SISTEMA LOCOMOTOR / ISABELLE L. Anatomia: Parte posterior: mais resistente Vascularização Principal vaso: o Artéria ilíaca interna ou artéria hipogástrica Ramos: o Divisão anterior = ARTÉRIA GLÚTEA INFERIOR o Divisão posterior = ARTÉRIA GLÚTEA SUPERIOR (principal causa de morte se houver sangramento) Forame isquiático maior Estruturas: o 7 nervos: Nervo isquiático (instabilidade posterior e vertical) Nervo glúteo superior Nervo glúteo inferior Nervo pudendo interno: função sexual Nervo femoral cutâneo posterior (instabilidade anterior) Nervo para o quadrado femoral Nervo para o obturador interno o 3 conjuntos de vasos: Artéria/veia glútea superior Artéria/veia glútea inferior Artéria/veia pudenda interna o 1 músculo: Piriforme Lesão isolada lig. sínfise púbica → abre no máx. 2.5cm → sacroespinhoso e SI (sacroilíaca) anterior inibe Lesão do SI anterior + sacroespinhal + sacrotuberoso + sínfise → abre mais que 2.5cm - Rotação externa SI posterior e iliolombar intactos → sem instabilidade vertical, se lesados → instabilidade vertical Abertura da sínfise púbica menor que 2,5cm: significa que apenas a parte anterior está lesada AULA 8 - SISTEMA LOCOMOTOR / ISABELLE L. Abertura da sínfise púbica maior que 2,5cm: significa que a parte posterior também está lesada ATLS Lesões de alta energia: o Alerta para lesões associadas: cabeça, tórax, abdômen e lesões vasculares do retroperitôneo o Acidentes automobilísticos e quedas de altura o Jovens o Lesões associadas: Hemorragia intrapélvica = 75% Ferimentos urogenitais = 12% Lesões do plexo lombossacral = 8% Fratura exposta de pelve mortalidade de 50% Lesões de baixa energia: o Queda de mesmo nível (idosos) Impactos laterais e incompatibilidade entre veículos constituem os principais fatores de risco para morbidade e mortalidade → pois choque lateral é o principal fator para lesão posterior (sacrilíaca) 90% sensibilidade em paciente consciente para fratura de pelve Deformidade do membro inferior Encurtamento e rotação da hemipelve Examinar estabilidade: o Compressão das cristas ilíacas (1 vez apenas → pode desfazer o coagulo) Lesões de pele Hematoma escrotal (Destot) Buscar lesões expostas: o Pele o Intra-vaginal o Retal (fazer o toque retal e procurar por sangramento e espículas ósseas) Déficits neurológicos o Principalmente L5 e S1 (sacroilíaca) Mulheres o Realizar exame vaginal e da uretra o Não realizar sondagem em suspeita de lesão Próstata ascendida no toque Síndrome de Morel-Lavallé = desenluvamento interno (descolamento da pele do tecido subcutâneo, principalmente quando o paciente tem lesões internas bacterianas secundárias pegando a parte intestinal) Teste de Volkmann o Busca instabilidade do quadril, AULA 8 - SISTEMA LOCOMOTOR / ISABELLE L. comprometimento do anel pélvico o Faz-se 1 única vez (se fizer mais de uma vez, pode voltar a sangrar e perde a eficiência do teste) o Colocar as mãos nas cristas ilíacas e comprime buscando instabilidade (abre mais o quadril) o Força as espinhas ilíacas anteroinferiores para baixo o Fratura em “livro aberto” Radiografia da pelve AP: visão geral da pelve Inlet (obliqua descendente) → ve mais a porção posterior o 45º caudal AP verdadeiro da entrada da pelve SI (sacroilíaca), corpo e asa do sacro e espinha ilíaca posterior Morfologia da fratura de ramos Deformidade em rotação externa Outlet (obliqua ascendente) → vê a porção mais anterior o 45º cefálico o Cisalhamento vertical o Fraturas de sacro o Quebra da sobrancelha do sacro Tomografia Obrigatória na fratura de pelve Avaliação da lesão posterior Estável hemodinamicamente: o Não exige estabilização temporária Instável hemodinamicamente: o Sem resposta à reposição volêmica, sem hemorragia intra-abdominal ou torácica = sangramento retroperitoneal o Exige estabilização o Poderá ser realizada angiografia após estabilização hemodinâmica do paciente Lembrar do Lençol transversal apoiados nos TM (troncanteres maiores) e rotação interna e adução MMII Testes de Contraturas Musculares Teste de Ely (ESLI): Testa a contratura do músculo reto femoral (na flexão passiva do joelho ocorre flexão do quadril com elevação da pelve) Teste de Ober: Testa a contratura do trato iliotibial (tenta-se aduzir, se persistir em abdução é contratura) Quadril e joelhos em extensão. AULA 8 - SISTEMA LOCOMOTOR / ISABELLE L. Teste de Trendelenburg: Testa a insuficiência do glúteo médio (do lado contra lateral ao joelho fletido) Sustentar 30s → sinal tardio → tendinites/displasia do desenvolvimento do quadril Teste de Thomas: Grau de contratura em flexão do quadril (medir o ângulo com a mesa). Corrigir lordose Avaliar encurtamento dos músculos flexores do quadril (tensor da fáscia lata, o iliopsoas, o ilíaco e o reto femoral) Testes de Síndrome do músculo piriforme: Síndrome do músculo piriforme: se espasmo do piriforme relatará dor região glútea N. ciático passa sobre os rotadores externos e profundos sob o piriforme. Sintomas exacerbados por abdução e RI (movimentos que aumentam a tensão sob piriforme) Teste de FARI Síndrome do músculo piriforme: Teste de FARI Flexão 60, adução e rotação INTERNA (Dor interseção n. ciático e piriforme) AULA 8 - SISTEMA LOCOMOTOR / ISABELLE L. Teste de Patrick (FABERE): Dor na sacrilíaca contralateral posterior; se dor virilha → doença do quadril Teste de Lewin Avaliação da sacrilíaca Decúbito lateral sobre o lado são Pressão com as duas mãos sobre a crista ilíaca Positivo se dor Mensuração de Comprimento 2 formas Real: Espinha Ilíaca Antero Superior até Maléolo Medial Aparente: Cicatriz umbilical até Maléolo Medial