Vamos analisar as alternativas uma a uma, considerando o conceito de maiêutica socrática e o papel do diálogo na busca pela verdade. A. O adágio ‘só sei que tudo sei’ é o emblema do filósofo que sintetiza o propósito do conhecimento. - Essa frase é uma interpretação errônea do pensamento socrático, pois ele enfatizava a consciência da própria ignorância. B. Para que a verdade venha a ser, é necessário reconhecer os perigos das certezas aparentes. Nesse caso, o indivíduo precisa ter coragem para não abandonar crenças e opiniões. - Embora a coragem para questionar crenças seja importante, a afirmação não reflete com precisão a essência da maiêutica. C. Sócrates via o conhecimento como um processo, um diálogo, em que a procura do verdadeiro acontecia por colaboração e cujo requisito não era de forma alguma a erudição ou a ciência acumulada, mas antes o despojamento de uma alma esvaziada de preconceitos e disposta a encetar um caminho sempre partilhado. - Esta alternativa captura bem a essência da maiêutica, enfatizando o diálogo e a busca colaborativa pela verdade. D. Se convencionou chamar de método a não disposição para assumir uma conduta pautada pela interrogação. - Essa afirmação não se alinha com a prática socrática, que valoriza a interrogação. E. O não saber socrático não é a Educação como desafio de aprender a pensar. - Essa afirmação é confusa e não reflete o valor que Sócrates atribuía ao não saber como um ponto de partida para o aprendizado. Após essa análise, a alternativa que melhor representa a maiêutica socrática é: C. Sócrates via o conhecimento como um processo, um diálogo, em que a procura do verdadeiro acontecia por colaboração e cujo requisito não era de forma alguma a erudição ou a ciência acumulada, mas antes o despojamento de uma alma esvaziada de preconceitos e disposta a encetar um caminho sempre partilhado.