Em uma escola de ensino médio, a professora de Sociologia percebeu que estudantes quilombolas estavam sendo avaliados com os mesmos instrumentos e critérios aplicados aos demais colegas, sem considerar suas especificidades culturais e linguísticas. Ao refletir sobre sua prática, a docente decidiu reformular os instrumentos de avaliação, incorporando elementos da cultura afro-brasileira e promovendo rodas de conversa como forma de expressão e construção do conhecimento. Essa decisão foi baseada na compreensão de que a avaliação deve ser um processo que favoreça o diálogo, a escuta ativa e a valorização das múltiplas formas de saber, reconhecendo a diversidade como um elemento enriquecedor da aprendizagem. A proposta da professora busca superar práticas avaliativas padronizadas que desconsideram as realidades socioculturais dos estudantes, promovendo uma abordagem mais inclusiva, significativa e comprometida com a formação integral. Nesse contexto, a avaliação é compreendida como uma ferramenta pedagógica que contribui para o desenvolvimento de todos os estudantes, respeitando suas trajetórias, identidades e modos de aprender. Fonte: SANTOS, Camila Casteliano Pereira dos. Avaliação, Educação e Sociedade – Aula 1. Curitiba: