Para entender a definição de Leitor-Empírico proposta por Umberto Eco, precisamos considerar o que caracteriza esse tipo de leitor em suas análises semiológicas. O Leitor-Empírico é aquele que lê a obra a partir de suas próprias experiências e contextos, sem necessariamente seguir um modelo ideal ou teórico. Vamos analisar as alternativas: A) O leitor que dispõe de tempo para fazer analogias, leituras cruzadas e domine a língua em que o texto foi produzido. - Essa descrição se aproxima de um leitor mais idealizado, não necessariamente do Leitor-Empírico. B) O leitor ideal, que colabora com o texto e que pode ser construído pelo autor na medida em que o texto vai sendo produzido. - Essa definição se refere mais ao Leitor-Modelo, que é uma construção do autor. C) O leitor que por sua experiência empírica consegue apreender o sentido dado à obra pelo autor, considerando suas motivações pessoais e restritas. - Essa opção se alinha bem com a ideia de Leitor-Empírico, que traz suas experiências pessoais para a leitura. D) O leitor que, como elemento essencial da obra, absorve as ideias do autor, conseguindo fazer as relações com o contexto sociocultural. - Embora essa descrição tenha elementos de interação, não se foca na experiência pessoal do leitor. E) Qualquer pessoa que realiza uma leitura pessoal de determinada obra, podendo fazê-lo de múltiplas formas, sem que haja controle sobre a maneira como leem. - Essa opção é ampla e pode se referir a qualquer leitor, mas não captura a essência do Leitor-Empírico em relação à experiência e ao contexto. A alternativa que melhor define o Leitor-Empírico, considerando a experiência pessoal e a apreensão do sentido da obra, é: C) O leitor que por sua experiência empírica consegue apreender o sentido dado à obra pelo autor, considerando suas motivações pessoais e restritas.