A segurança e medicina do trabalho é o ramo do Direito do Trabalho que tem por finalidade garantir a proteção da saúde do trabalhador, tanto no aspecto preventivo quanto curativo, no ambiente laboral. Essa área, antes denominada "higiene e segurança do trabalho", passou a ser formalmente tratada como "segurança e medicina do trabalho" a partir da Lei nº 6.514/1977, conferindo-lhe maior abrangência. Empresas e empregados possuem responsabilidades legais nesse campo. O empregador deve cumprir e fazer cumprir as normas de segurança, instruir os empregados por meio de ordens de serviço e fornecer gratuitamente os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs). Já o empregado deve observar essas normas, inclusive quanto ao uso dos EPIs. A inobservância dessas obrigações pode ser considerada falta grave. A legislação também determina que empresas com mais de 20 empregados constituam a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), cuja função é identificar riscos no ambiente de trabalho e propor ações preventivas. A CIPA é composta por representantes eleitos pelos empregados e indicados pela empresa, com mandato de um ano, sendo permitida uma reeleição. Além disso, as empresas devem manter Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT), compostos por profissionais habilitados, conforme o grau de risco e o número de empregados. A Portaria nº 3.214/78 complementa essas exigências por meio das Normas Regulamentadoras (NRs), como a NR 4 (SESMT), NR 5 (CIPA) e NR 6 (EPIs). Considerando a legislação trabalhista sobre segurança e saúde no trabalho, assinale a alternativa correta. Alternativas: a) O uso de Equipamento de Proteção Individual (EPI) é facultativo ao empregado, desde que ele assuma a responsabilidade por eventuais acidentes. b) A constituição da CIPA é obrigatória para todas as empresas, independentemente do número de empregados. c) O empregador é responsável apenas por fornecer os EPIs, sem necessidade de fiscalizar seu uso. d) A empresa deve fornecer os EPIs gratuitamente e o não uso pelo empregado pode configurar falta grave. e) Os representantes da CIPA devem ser todos indicados pela empresa, sem necessidade de eleição pelos empregados.