Leia o excerto a seguir.
“Podemos dizer que onde existe diferenciação - ou seja, identidade e diferença - aí está presente o poder. A diferenciação é o processo central pelo qual a identidade e a diferença são produzidas. Há, entretanto, uma série de outros processos que traduzem essa diferenciação ou que com ela guardam uma estreita relação. São outras tantas marcas da presença do poder: incluir/excluir ("estes pertencem, aqueles não"); demarcar fronteiras ("nós" e "eles"); classificar ("bons e maus"; "puros e impuros"; "desenvolvidos e primitivos"; "racionais e irracionais"); normalizar ("nós somos normais; eles são anormais"). A afirmação da identidade e a marcação da diferença implicam, sempre, as operações de incluir e de excluir. Como vimos, dizer "o que somos" significa também dizer "o que não somos". A identidade e a diferença se traduzem, assim, em declarações sobre quem pertence e sobre quem não pertence, sobre quem está incluído e quem está excluído”.
A partir do excerto apresentado, é possível inferir que:
Afirmando o que sou, preciso também detalhar o que não sou, já que a primeira afirmativa necessita de uma minuciosa pormenorização do que não se é para estar completa.
Visando o processo de diferenciação, tem-se uma relação intrínseca quanto às relações de poder que determinam o que está adequado e o que está às margens.
Operando por classificações, entende-se que incluir ou excluir e demarcar fronteiras servem para organizar grupos diversos, mas não operar de forma a positivá-los ou negativá-los.
Compreendendo a diferença e a identidade, pode-se apontá-las sem uma íntima ligação, por se tratar de termos independentes.
Diferenciando por inclusão/exclusão, dentro/fora, pertencente/não pertencente, tem-se a possibilidade de diversas perspectivas, de forma que estar fora ou não pertencer, por exemplo, pode denotar um aspecto positivo.
Ed
há 2 meses
A partir do excerto apresentado, é possível inferir que: 1. Afirmando o que sou, preciso também detalhar o que não sou: Isso está correto, pois a identidade é definida em relação à diferença. Para afirmar uma identidade, é necessário reconhecer o que não pertence a ela. 2. Visando o processo de diferenciação, tem-se uma relação intrínseca quanto às relações de poder: Também é correto, já que a diferenciação está diretamente ligada ao poder, determinando quem é incluído ou excluído. 3. Operando por classificações, entende-se que incluir ou excluir e demarcar fronteiras servem para organizar grupos diversos: Essa afirmação é verdadeira, mas a parte sobre não operar de forma a positivá-los ou negativá-los pode ser questionável, pois as classificações muitas vezes têm conotações positivas ou negativas. 4. Compreendendo a diferença e a identidade, pode-se apontá-las sem uma íntima ligação: Essa afirmação é incorreta, pois o texto enfatiza que identidade e diferença estão intimamente ligadas. 5. Diferenciando por inclusão/exclusão, dentro/fora, pertencente/não pertencente: Essa afirmação é válida, mas a ideia de que estar fora pode denotar um aspecto positivo é subjetiva e depende do contexto. Portanto, as duas primeiras inferências são as mais alinhadas com o excerto.