A Escola Contista é considerada a primeira corrente formal de pensamento contábil, tendo como ponto de partida os ensinamentos de Luca Pacioli. Esta escola desenvolveu-se a partir da preocupação em estruturar e fundamentar tecnicamente o mecanismo das contas, estabelecendo as bases da escrituração contábil por partidas dobradas. Um dos principais princípios adotados era a separação entre o patrimônio da entidade e o do proprietário, o que reforçava a ideia de que a contabilidade deveria registrar os atos e fatos relacionados exclusivamente à entidade. Além de registrar as transações, a contabilidade, para pensadores como Jacques Savary e Edmundo Degranges, também deveria servir como meio de interpretar os efeitos econômicos e comportamentais dessas transações. A abordagem da Escola Contista se manteve voltada para a prática contábil, valorizando o processo de escrituração e a definição de contas e eventos, especialmente em contextos comerciais. Apesar do enfoque técnico, alguns autores do período já indicavam a importância da contabilidade como instrumento de decisão organizacional e não apenas como mero repositório de informações financeiras. Ainda assim, a prioridade permanecia nos registros, com menor