Vamos analisar cada alternativa cuidadosamente: a) A possibilidade de efetiva revisão judicial dos fatos e prognoses legislativos, tal como já sustentada nos anos 90, foi instrumentalizada pela legislação brasileira do controle concentrado de constitucionalidade e tem sido posta em prática pela jurisdição constitucional do STF. Essa afirmação é verdadeira, pois o STF tem, em algumas situações, analisado a proporcionalidade e revisado aspectos legislativos, embora a revisão de fatos concretos seja limitada. b) O ordenamento brasileiro determina que as consequências práticas da decisão sejam valoradas pelo Juiz, mas não se segue que o controle abstrato de constitucionalidade das normas permita a discussão de fatos concretos e estimativas empíricas, salvo nas hipóteses de ADPF e de ADI interventiva. Essa afirmação é verdadeira, pois o controle abstrato não deve discutir fatos concretos, exceto em situações específicas. c) Atualmente, tem prevalecido na jurisprudência do STF a concepção de que é próprio do controle de constitucionalidade a avaliação dos chamados fatos legislativos, mas não é dado ao Tribunal substituir a prognose do legislador pela prognose judicial. Essa afirmação é verdadeira, pois o STF não pode substituir a avaliação do legislador, mas pode verificar se ele agiu dentro dos limites constitucionais. d) No modelo de controle de constitucionalidade abstrato brasileiro, prevalece na jurisprudência do STF a concepção pela qual questões constitucionais são puramente jurídicas, isto é, circunscritas a aferir a compatibilidade vertical de uma lei com a Constituição, abstraindo-se os dados da realidade. Essa afirmação é parcialmente verdadeira, mas não é totalmente precisa, pois o STF pode considerar aspectos fáticos em algumas situações. Analisando as alternativas, as opções a), b) e c) estão corretas, enquanto a d) é mais restritiva e não reflete completamente a prática do STF. Portanto, a alternativa que contém todos os itens verdadeiros é: c).