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Manual de Cálculo Diferencial e
Integral em IRn
4º ano
Universidade Católica de Moçambique
Centro de Ensino á Distância
Direitos de autor
Todos os direitos dos autores deste módulo estão reservados. A reprodução, a locação, a
fotocópia e venda deste manual, sem autorização prévia da UCM-CED, são passíveis a
procedimentos judiciais.
Elaborado por:
Alba Paulo Mate, natural de Manjacaze, Gaza. Fez o bacharelato em ensino
de matemática com apresentação do relatório de práticas pedagógicas como título “análise do
programa curricular do ensino secundário geral, 1°ciclo” e licenciou em Ensino de
Matemática com apresentação e defesa da monografia intitulada “análise dos problemas
encarrados no tratamento da trigonometria no distrtito de Machanga, provincial de Sofala”.
Actualmente é docente da cadeira de Matemática aplicada a Economia e Gestão e a
Administração na delegação de Tete da Universidade Católica de Moçambique onde exerce as
funções de coordenador do departamento de Administração Pública. Exerceu também as
funções de coordenador de actividades desportivas e extracurriculares no ano de 2010. É
Tutor nas cadeiras de Cálculo Diferencial e Integral em IRn e de didáctica de Matemática, em
Tete, para o Centro de Ensino a Distância da UCM. Foi professor de Desenho na Escola
Secundária de manjacaze em Gaza durante o ano de 2004.
Universidade Católica de Moçambique
Centro de Ensino à Distância
825018440
23311718
Moçambique
Fax: 23326406
E-mail: eddistsofala@ucm.ac.mz
Agradecimentos
Agradeço a colaboração dos seguintes indivíduos e/ou pessoa colectiva na elaboração deste
manual:
Por ter me confiado na elaboração deste
Módulo
Ao coordenador do curso de Matemática
Fernando Muchanga
Módulo de Cálculo Diferencial e Integral em IRn Beira, Agosto de 2011 i
Índice
Visão geral 1
Bem-vindo a Cálculo Diferencial e Integral em IRn ....................................................... 1
Objectivos do curso ....................................................................................................... 1
Quem deveria estudar este módulo ................................................................................ 1
Como está estruturado este módulo................................................................................ 2
Ícones de actividade ...................................................................................................... 2
Habilidades de estudo .................................................................................................... 3
Precisa de apoio? ........................................................................................................... 3
Unidade 01 5
Funções reais de variáveis reais ..................................................................................... 5
Introdução ............................................................................................................ 5
ii Índice
Objectivos da unidade ................................................................................................... 5
1.1. Introdução .............................................................................................................. 5
1.2. Definição (função real de duas variáveis) ................................................................ 6
1.4. Domínio de uma função real de duas variáveis reais ............................................... 8
1.5. Curvas de nível ..................................................................................................... 10
Unidade 02 15
Limites de funções reais de variáveis reais ................................................................... 15
Objectivos da unidade ................................................................................................. 15
Introdução ................................................................................................................... 15
Definição ..................................................................................................................... 15
Unidade 03 18
Continuidade de funções reais de variáveis reais .......................................................... 18
Objectivos da unidade ................................................................................................. 18
Definição ..................................................................................................................... 18
Unidade 04 20
Derivadas de funções reais de variáveis reais ............................................................... 20
4.1. Objectivos da unidade ........................................................................................... 20
4.2. Breve introdução .................................................................................................. 20
4.3. Definição .............................................................................................................. 20
4.4. Derivadas parciais................................................................................................. 21
4.5. Derivadas de maior ordem .................................................................................... 22
Unidade 05 25
Gradiente e seu significado .......................................................................................... 25
5.1. Gradiente: conceito ............................................................................................... 25
Unidade 06 27
Derivada direccional .................................................................................................... 27
6.1.0. Derivada direccional .......................................................................................... 27
6.2.0. Relação entre a derivada direccional e gradiente ................................................ 28
Unidade 07 31
Diferencial de uma função ........................................................................................... 31
Unidade 08 33
Regra de derivação de funções compostas (a regra de cadeia) ...................................... 33
8.1. Regra de cadeia para funções de duas variáveis ..................................................... 34
Unidade 09 35
Derivadas de funções vectoriais ................................................................................... 35
Módulo de Cálculo Diferencial e Integral em IRn Beira, Agosto de 2011 iii
9.1. Derivada de funções vectoriais.............................................................................. 36
Unidade 10 40
Derivada de de funções implícitas ............................................................................... 40
10.1. Regra geral para diferenciação implícita ............................................................. 41
Unidade 11 42
Optimização de funções reais de duas variáveis reais ................................................... 42
Pontos Críticos ............................................................................................................ 42
Unidade 12 49
Métodos dos multiplicadores de Lagrange ................................................................... 49
Método de Multiplicadores de Lagrange ...................................................................... 49
Unidade 13 54
Integrais duplas ...........................................................................................................54
Teorema de Fubini (primeira forma) ............................................................................ 55
Unidade 14 62
Integrais triplas ............................................................................................................ 62
Unidade 15 66
Mudança de coordenadas para integrais múltiplas ........................................................ 66
Unidade 16 74
Integrais de linha ......................................................................................................... 74
16.1. Independência de linha (caminho) ....................................................................... 75
16.2. Teorema fundamental de cálculo para integral de linha ....................................... 76
Bibliografia 78
Visão geral
Bem-vindo a Cálculo Diferencial e
Integral em IRn
Neste módulo procura-se em primeiro lugar familiarizar os estudantes apresentando tarefas e
suas respectivas resoluções.
Objectivos do curso
Quando terminar o estudo de Cálculo Diferencial e Integral em IRn será
capaz de:
Objectivos
Definir uma função real de variáveis reais, determinar e esboçar o seu
domínio; desenhar e indicar a importância das curvas de nível.
Establecer diferenças/semelhanças com as funções reais de variável
real;
Definir os conceitos limites, continuidade e derivadas de funções reais
de variáveis reais;
Determinar diferenciais totais de funções de duas e três variáveis;
Determinar e aplicar em casos reais a regra de cadeia para o cálculo
de derivadas;
Aplicar os conceitos de derivadas na optimização de funções reaias de
variáveis reais usando o teste de segunda derivada ou através do
método de multiplicadores de Lagrange;
Definir os conceitos de integrais múltiplas;
Determinar integrais duplas, triplas, curvelineas e superficiais;
Aplicar o conceito de integrais múltiplas para o cálculo de volumes ou
áreas superficiais.
Quem deveria estudar este
módulo
Este Módulo foi concebido para todos aqueles que terminar as cadeiras
curriculares do 3ºano do curso de Matemática com maior destaque para
as cadeiras de Cálculo Diferencial e Integral em IR
2 Cálculo Diferencial e Integral em IRn Beira, Agosto de 2011
Como está estruturado este
módulo
Todos os módulos dos cursos produzidos por UCM - CED encontram-se
estruturados da seguinte maneira:
Páginas introdutórias
Um índice completo.
Uma visão geral detalhada do módulo, resumindo os aspectos-chave
que você precisa conhecer para completar o estudo. Recomendamos
vivamente que leia esta secção com atenção antes de começar o seu
estudo.
Conteúdo do módulo
O módulo está estruturado em unidades. Cada unidade incluirá uma
introdução, objectivos da unidade, conteúdo da unidade incluindo
actividades de aprendizagem.
Outros recursos
Para quem esteja interessado em aprender mais, apresentamos uma lista
de recursos adicionais para você explorar. Estes recursos que inclui
livros, artigos ou sites na internet podem serem encontrados na pagina de
referencias bibliográficas.
Tarefas de avaliação e/ou Auto-avaliação
Tarefas de avaliação para este módulo encontram-se no final de três ou
quatro unidades. Sempre que necessário, inclui-se na apresentação dos
conteúdos algumas actividades auxiliares que irão lhe ajudar a perceber a
exposição dos restantes conteúdos.
Comentários e sugestões
Esta é a sua oportunidade para nos dar sugestões e fazer comentários
sobre a estrutura e o conteúdo do módulo. Os seus comentários serão
úteis para nos ajudar a avaliar e melhorar este módulo.
Ícones de actividade
Ao longo deste manual irá encontrar uma série de ícones nas margens das
folhas. Estes ícones servem para identificar diferentes partes do processo
de aprendizagem. Podem indicar uma parcela específica de texto, uma
nova actividade ou tarefa, uma mudança de actividade, etc.
Neste módulo destacamos particularmente a marca que
Lembre-se
apresenta um conceito ou um teorema sobre as funções reais de
variável real que possa ser relevante para a percepção do conceito
em abordagem, já para funções reais de variáveis reais.
Os exemplos são sempre antecedidos de uma marca (seta) do tipo
Habilidades de estudo
Para suceder-se bem neste módulo precisará de um pouco mais da sua
dedicação e concentração. A maior dica para alcançar o sucesso é não
ignorar os textos que são apresentados. Não ignore as actividades
auxiliares pois as restantes actividades podem depender delas!
Precisa de apoio?
Em caso de dúvidas ou mesmo dificuldades na percepção dos conteúdos
ou resolução das tarefas procure contactar o seu professor/tutor da
cadeira ou ainda a coordenação do curso acessando a plataforma da
UCM-CED Curso de Licenciatura em Ensino de Matemática.
Unidade 01
Funções reais de variáveis reais
Introdução
Nesta unidade pretende-se dar ao estudante a noção do surgimento da
geometria projectiva assim como os principais precursores. Acredita-se
que com a história da geometria projectiva o estudante poderá perceber a
relevância do módulo no plano curricular doseu curso tendo em conta a
exposição que será feita ao longo da unidade principalmente sobre a
natureza das actividades que os precursores procuravam resolver.
Objectivos da unidade
Até ao fim desta unidade o estudante deve ser capaz de definir
funções reais de variáveis reais e distingui-las de funções reais de
variável real; caracterizar o domínio de uma função e estabelecer
diferenças e/ou semelhanças com as funções de uma variável; a
partir das curvas de nível, idealizar os gráficos de funções de duas
varáveis; determinar e esboçar o domínio de uma função real de
variáveis reais.
1.1. Introdução
Sabemos que em determinadas situações o valor de uma grandeza depende do valor de uma
segunda grandeza. Por exemplo, a produção agrícola em agricultura não-mecanizada
depende da chuva; a demanda de um determinado produto sem concorrência depende do
preço aplicado a esse produto. Situações como estas são tidas como sendo funções de uma
variável, isto é, a produção é função da chuva e a demanda de um produto é função do
preço.
Entretanto, nem sempre uma determinada grandeza determina-se conhecendo apenas uma
outra grandeza, ou seja, há descrições que exigem que sejam consideradas várias variáveis.
Por exemplo, a produção agrícola em agricultura mecanizada depende do volume de água
regada, de fertilizantes do solo,... A produção de um refrigerante depende de açúcar,
6 Cálculo Diferencial e Integral em IRn Beira, Agosto de 2011
corantes, gaseificantes, água,... A receita diária de uma loja depende do preço aplicado a
cada produto que a loja fornece. Estas situações são consideradas funções de duas ou mais
variáveis. Ou seja,
A produção agrícola, função de água e fertilizantes. É uma função de duas variáveis.
A produção de um refrigerante, função de açúcar, corantes, gaseificantes e água. Função de
quatro variáveis. Se a função depende de n variáveis, é função de n variáveis.
1.2. Definição (função real de duas
variáveis)
Função de duas variáveis independentes é uma regra que atribui a cada par ordenado
(x;y) pertencente a um dado conjunto D (o domínio de f) um e apenas um número real,
representado pelo símbolo f(x;y). Pode-se denotar z = f(x;y), o que quer dizer que a
variável (dependente) z depende das variáveis (independentes) x e y.
Tal como as funções de uma variável, as funções de duas variáveis f(x;y) podem ser
imaginadas como uma “máquina” que para cada “entrada” (x;y) produz uma “saida” z =
f(x;y). Funções de três variáveis independentes f(x,y,z); de quatro variáveis, f(x,y,z,t) ou de
mais variáveis definem-se da forma similar.
Podemos notar que umafunção de duas variáveis é uma função cujo domínio é um
subconjunto de IR2 e cuja imagem é um subconjunto de IR. Os objectos formam um plano
(são pares ordenados) e as imagens formam uma recta (são valores reais).
Se f é uma função de duas variáveis com domínio D, então o gráfico de f é o conjunto de
todos pontos (x,y,z) em IR3 tal que z = f(x) e (x,y) pertençam a D.
Lembre-se
Função é uma regra ou lei que associa a cada elemento de
um conjunto A (de partida) um e apenas um elemento do
conjunto B (de chegada). Representa-se y = f(x), onde y é a
variável dependente e x a independente.
Exemplos:
1. O gráfico da função 32),( yxyxf
2. O gráfico da função yxyxf 2),( e ao lado algumas linhas no plano xy que formam
o seu domínio.
Lembre-se
Domínio de uma função é o conjunto de elementos do
conjunto de partida que através da lei (função) tem um
correspodente no conjunto de chegada.
8 Cálculo Diferencial e Integral em IRn Beira, Agosto de 2011
1.4. Domínio de uma função real
de duas variáveis reais
Como vimos para o caso de funções de uma variável que o domínio duma função definida por
uma regra é o maior domínio no qual a regra dá um único valor e com sentido. Para funções
de duas vaiáveis x e y o domínio D é um conjunto de pontos no plano xoy, ou seja, “é o
conjunto D de todos os pares (x,y) para os quais a regra z = f(x,y) é definida”.
Seja )1(,: nIRIRUf n
definida seja /),...,,( 21 fIRxxxDf nn
Exemplo:
1.O volume dum cilindro com base de raio r e altura h, é uma função de duas variáveis e é
dada pela condição hrV 2. . Expressando V como função de r e h teremos
hrhrV 2),( .
O domínio desta função são todos pares (raio, altura) que se podem tomar e dar sentido a
expressão acima. Neste caso, o domínio será dado por:
DomV= 00:),( hrhr
Nota: Observe-se que o raio e altura são sempre não negativos porque tratam-se de distância.
2.Determine e esboce o domínio das seguintes funções:
a) )ln(),(
2 xyxyxf
0y condicao a verificamque pontos
dos parte a tracejar e y xde grafico o mosrepresente 0y
0/),(
2
222
22
x
yxx
xyIRyxDf
0
y
x = y²
x
b) yxyxf 2),(
02 condicao a verificamque pontos
dos parte a tracejar e 2y de grafico o mosrepresente 202
02/),( 2
yx
xxyyx
yxIRyxDf
1
2
y
x
y = 2x
c)
4
),(
22
yx
xyyxf
2. raio e origem na centro de nciacircunfere uma e
que 2y xde grafico o mosrepresente 204
04/),(
22222222
222
yxyx
yxIRyxDf
10 Cálculo Diferencial e Integral em IRn Beira, Agosto de 2011
1.5. Curvas de nível
Geralmente, é difícil desenhar o gráfico de uma função de duas variáveis. Uma maneira de
tentar fazer isso é desenhar um conjunto de contornos unindo pontos que estão a mesma
altura.
O conjunto de pontos (x,y) no plano xy que satisfaz à equação kyxf ),( , é chamado de
curva de nível de f em k.
Fazendo variar o valor de C, é possível gerar uma família de curvas de nível, tal que plotando
alguns membros dessa família no plano xy obtêm-se a forma aproximada da superfície (o
gráfico da função).
Exemplo
Esboce o gráfico da curva de nível para k = 0; 1; 2 e 3.
a) 224),( yxyxf
04
0),(
0k para
22
yx
yxf
Que é o ponto
0;0
1
1
4
114
1),(
1k para
22
22
yxyx
yxf
Que é uma elipse com
2
1
a e
1b
1
2
2
124
2),(
2k para
22
22
yxyx
yxf
Que é uma elipse com
2
2a e
2b
y
x
2
3
2
2
2
1
3
2
1
3k
2k
1k
0k
E o gráfico correspondente é
Para o ramo da economia, por exemplo, se a produção Q(x,y) de um processo é determinada
por dois insumos x e y (capital imobilizado e horas trabalho, por exemplo) a curva de nível
CyxQ ),,( é chamada de curva de produto constante C ou isoquanta.
Noutro caso, as curvas de nível envolvem o conceito de curvas de indiferença. A um
consumidor que está pensando em comprar várias unidades de dois produtos é associada uma
função utilidade que mede a satisfação que o consumidor recebe ao adquirir x unidades do
primeiro produto e y unidades do segundo. Neste caso, a curva de nível fornece todas as
combinações possíveis de x e y que resultam no mesmo grau de satisfação do consumidor.
12 Cálculo Diferencial e Integral em IRn Beira, Agosto de 2011
Exemplo:
A utilidade para um consumidor da aquisição de x unidades de um produto e y unidades de um
segundo produto é dada pela função de utilidade U(x,y) = x3/2y. Se o consumidor possui 16
unidades do primeiro produto e 20 unidades do segundo, determine o nível de utilidade do
consumidor e desenhar a curva de indiferença correspondente.
RESOLUÇÃO
O nível de utilidade é U(16,20) = (16)3/2(20) = 1280
e a curva de indiferença correspondente é x3/2y = 1280
1.Seja f(x,y) = ln(x + y – 1)
i).Estime f(1,1)
ii).Estime f(e,1)
iii).Determine o domínio de f
iv).Determine o contradomínio de f
2.Dada a função f(x,y,z) = x2ln(x – y + z)
i).Estime f(3,6,4)
ii).Determine o domínio de f
2.Um fabricante produz calculadoras científicas por um custo de 40,00 reais a unidade e
calculadoras comerciais por um custo de 20,00 reais a unidade.
Exercícios
i).Expresse o custo de produção mensal do fabricante em função do número de calculadoras
científicas e comerciais produzidas.
ii).Calcule o custo mensal de produção de 500 calculadoras científicas e 800 calculadoras
comerciais.
iii).O fabricante pretende fabricar 50 calculadoras científicas a mais por mês que o número
que aparece em ii. Qual deve ser a variação do número de calculadoras comerciais para que o
custo mensal total não varie?
3.Determine e esboce o domínio das seguintes funções
i. ( , ) = √ −
ii. ( , ) = 9 − ( + )
iii. ( , ) =
iv. ( , ) = ln ( + 2 )
v. ( , ) = −
vi. ( , ) = (9 − − 9 )
vii. ( , ) = +
viii. ( , ) = + − 1 + ln(4 − − )
ix. ( , ) = √ +
4.Desenhe várias curvas de nível das seguintes funções
i). ( , ) =
ii). ( , ) = −
iii). ( , ) = −
iv). ( , ) =
v). ( , ) = −
vi). ( , ) = +
vii). ( , ) =
5. A utilidade para o consumidor de x unidades de um produto e y unidades de um segundo
produto é dada pela função de utilidade U(x,y) = 2x3y2. Um consumidor possui x = 5 unidades
do primeiro produto e y = 4 unidades do segundo. Determine o nível de utilidade do
consumidor e desenhe a curva de indiferença correspondente.
14 Cálculo Diferencial e Integral em IRn Beira, Agosto de 2011
6. A utilidade para o consumidor de x unidades de um produto e y unidades de um segundo
produto é dada pela função de utilidade U(x,y) = (x + 1)(y + 2). Um consumidor possui x = 25
unidades do primeiro produto e y = 8 unidades do segundo. Determine o nível de utilidade do
consumidor e desenhe a curva de indiferença correspondente.
Unidade 02
Limites de funções reais de variáveis reais
Objectivos da unidade
Definir os limites de funções de duas ou mais variáveis e
determina-los; estabelecer algumas diferenças/semelhanças com os
limites de funções de uma variável.
Introdução
O cálculo de limite de funções reais de variáveis reais é similar ao
cálculo de limites de funções reais de variável, contudo há uma
pequena diferença, a ser mais percebida ao longo da abordagem da
unidade.
Definição
Dada uma função f de duas variáveis, com domínio D que contém arbitrariamente próximis
de (a,b), diz-se que o limite de f(x,y) quando (x,y) tende para (a,b)é L e escreve-se
Lembre-se
Escrevemos Lxf
ax
)(lim e lemos “o limite de f(x), quando x
tende para a, é igual a L” se for possivel tomar os valores de f(x)
arbitrariamente próximos de L, tomando x suficientemente
próximo de a, mas não necessariamente igual a a. Stewart (2001:
xvii)
Lembre-se
Seja f uma função definida sobre algum intervalo aberto que contém o número a, excepto
possivelmente no próprio a. Então diz-se que o limite de f(x) quando x tende para a é L se para
todo número ԑ há um número correspondente δ > 0 tal que Lxf )( sempre que
ax0 . Stewart(2001: xviii)
16 Cálculo Diferencial e Integral em IRn Beira, Agosto de 2011
Lyxf
bayx
),(lim
),(),(
se para qualquer número 0 existe um número correspondente 0
tal que )),,(( Lyxfd sempre que )),(),,(( bayxd (o mesmo que dizer
Lyxf ),(:00 sempre que
22 )()( byax ).
Isto quer dizer que os valores de f(x,y) estão mais próximos de L quanto nós queremos desde
que tomemos os pontos (x,y) do domínio suficientemente próximos do ponto (a,b).
Do mesmo modo se define limite de funções de três ou mais variáveis.
Por exemplo, de três variáveis Lzyxf
c
b
a
z
y
x
),,(lim significa que Lzyxf ),,(:00
sempre que 222 )()()( czbyax .
Note-se que enquanto para funções do tipo f: IR →IR os valores da variável independente
tendem para um valor sobre uma e única linha, para as funções do tipo f: IR2 → IR, os pontos
(x,y) do domínio, se aproximam de um ponto (a,b) de infinitas maneiras.
Para o cálculo, dizer que Lyxf
bayx
),(lim
),(),(
significa que a função tende para este único
limite de todas as infinitas maneiras de (x,y) tender para (a,b) então:
Se 1),(),( ),(lim Lyxfbayx quando (x,y) → (a,b) de um caminho C1 e 2),(),( ),(lim Lyxfbayx
quando (x,y) → (a,b) de um outro caminho C2 (≠ C1), não existe limite da função f(x,y).
Estaríamos a dizer que uma função tem dois limites, o que contraria a definição.
Exemplo
Determinemos o limite
22
0
0
lim
yx
xy
y
x
RESOLUÇÃO
1).Seja y =3x → 0
10
3lim
9
3limlim
2
2
022
2
022
0
0
x
x
xx
x
yx
xy
xx
y
x
2).Seja y = 0 → 00limlim
2022
0
0
xyx
xy
x
y
x
3).Seja y = - x → 0
2
3limlimlim
2
2
022
2
022
0
0
x
x
xx
x
yx
xy
xx
y
x
De 1), 2) e 3) tem- se que o limite é zero, logo 0lim
22
0
0
yx
xy
y
x
Se os pontos, 1), 2) e 3) fossem diferentes, diríamos que o limite não existe.
Observe-se que as funções supostas em 1), 2) e 3) são do tipo y = mx com m = const.
Determine, se existir, o limite
1.
)4(lim 235
)0,0(),(
xyyxx
yx
2.
)2cos(lim
)3,6(),(
yxxy
yx
3.
22
2
)0,0(),(
lim
yx
x
yx
4.
22
2
)0,0(),(
)(lim
yx
yx
yx
5.
222)0,0,0(),,(
lim
zyx
zxyzxy
zyx
6. 44
2lim 22)0,2(),(
xyx
yxy
yx
7.
222
22
)0,0,0(),,(
lim
zyx
xzyzxy
zyx
8.
22)1,1,1(
2lim
zx
yzxy
P
9.
)
2
(lim
)0,0,0(),,(
zsene xy
zyx
10.
)111(lim
4
3
1 zyx
z
y
x
11.
)seccos(lim 222
)0,3,3(
zyxsen
P
12.
222
)0,2,0(
lnlim zyx
P
Exercícios
18 Cálculo Diferencial e Integral em IRn Beira, Agosto de 2011
Unidade 03
Continuidade de funções reais de variáveis
reais
Objectivos da unidade
Definir e verificar a continuidade de funções de várias variáveis;
Definição
Do mesmo jeito que definimos a continuidade para funções reais de variável real,
definimo-la para funções reais de variáveis reais, ou seja,
De acordo com Thomas (1999: 301), uma função f(x,y) é contínua no ponto (x0, y0) se
1. f for definida em ),( 00 yx ;
2. ),(lim
0
0
yxf
y
x
y
x
existe
3. ),(),(lim 00
0
0
yxfyxf
y
x
y
x
Uma função é contínua quando é contínua em todos os pontos do seu domínio.
Esta definição aplica-se tanto para pontos de fronteira de f como a pontos interiores
domínio.
Exemplo
Mostre que a função f abaixo é contínua em todo ponto, excepto na origem.
Lembre-se
Uma função f é contínua em um número a se
)()(lim afxf
ax
. Stewart (2001: xviii)
,0
,2
),( 22 yx
xy
yxf
)0,0(),,(
)0,0(),(
yx
yx
1.Em que pontos (x,y) no plano as funções abaixo são contínuas?
i. )(),( yxsenyxf ii.
yx
yxyxf
),( iii. )/1(),( xysenyxf iv.
23
),( 2
22
xx
yxyxf
v. )ln(),( 22 yxyxf vi.
1
),( 2
x
yyxf vii.
x
yxyxf
cos2
),(
viii.
yx
yxg
2
1),(
2.Em que pontos (x,y,z) no espaço as funções abaixo são contínuas?
i. 222 2),,( zyxzyxf
ii. )ln(),,( xyzzyxg
iii. )cos(),,( zezyxh yx
iv. 1),,( 22 yxzyxk
v. )/1(),,( zxysenzyxf
vi.
1
1),,( 22
zx
zyxh
Exercícios
20 Cálculo Diferencial e Integral em IRn Beira, Agosto de 2011
Unidade 04
Derivadas de funções reais de variáveis reais
4.1. Objectivos da unidade
Até ao fim desta unidade o estudante deve estar em condições de
definir derivada de uma função de várias variáveis; determinar as
derivadas parciais; identificar formas de aplicar o conceito de
derivada na vida real, por exemplo para o ramo da economia;
4.2. Breve introdução
Esta unidade mostra como as derivadas parciais aparecem e como
são calculadas aplicando as regras para derivação de funções de
uma variável. Esta unidade tem muita aplicação na vida, por
exemplo para calcular volume de uma caixa com aumento de uma
unidade da altura mantendo constantes o comprimento e a largura;
4.3. Definição
Seja dada uma função real f: U Ϲ IRn → IR. Tomemos n = 2, então suponhamos
(P) = f(x,y) logo, ),(),( 0000 yxfyyxxf e 220 )()(),( yxPPd
Lembre-se
a derivada de uma função f em um número a, denotado por
ax
afxfaf
ax
)()(lim)(' (se o limite existir). Stewart (2001:xix)
Portanto,
22
0000
0 )()(
),(),(
),( yx
yxfyyxxf
PPd
e se aplicamos o limite quando o
ponto P tende a ser o ponto esoecífico P0, nos dois membros, teremos
22
0000
)0,0(),(
0 )()(
),(),(lim
),(
lim
0 yx
yxfyyxxf
PPd yxPP
.
A este limite chamamos de taxa de variação instantânea da função f no ponto ),( 000 yxP
em relação a unidade de distância ),( 0 PPd . Tal como nas funções reais de variável real,
chamamos a esta taxa de variação instantânea de derivada da função f no ponto
),( 000 yxP e escreve-se
22
0000
)0,0(),(0 )()(
),(),(lim)('
yx
yxfyyxxfP
yx
4.4. Derivadas parciais
Em funções de duas variáveis, geralmente o objectivo tem sido determinar a taxa de
variação da função com uma das variáveis mantendo a outra constante, ou seja, é derivar a
função em relação a uma das variáveis mantendo a outra fixa. Esse processo é chamado de
derivação parcial e a derivada resultante é chamada de derivada parcial.
Se yxP ; desloca-se apenas na direcção do eixo xO , então 0y mantém-se fixo e x
varia em hx e,
0000 ;; yxfyhxf e hxPPd 0 , portanto;
h
yxfyhxf
PPd
P
hPP
0000
0
0
0 ;;limlim
0
, a este limite chama-se derivada parcial de f
em relação a variável x no ponto 000 ; yxP e representa-se por 00; yxfx ou
00; yxx
f
22 Cálculo Diferencial e Integral em IRn Beira, Agostode 2011
Analogamente define-se a derivada parcial de f em relação à variável y no ponto
000 ; yxP como
k
yxfkyxf
PPd
Pyx
y
fyxf
kPP
y
0000
00
0
0000
;;limlim;;
0
Isto quer dizer que para determinar:
x
ff x
… fixa- se y ( y - constante) e considera-se x como variável.
y
ff y
… fixa- se x ( x - constante) e considera-se y como variável.
Exemplo
Determine as derivadas parciais de
1053; 222 yxxyyxyxh
532; 2
yxyx
x
h
e 162;
xyyyx
y
h
4.5. Derivadas de maior ordem
As derivadas parciais de uma função de duas variáveis são também funções de duas
variáveis. Portanto, elas podem ser ainda, derivadas, ou seja, delas derivam outras
derivadas parciais. As funções resultantes são designadas derivadas parciais de segunda
ordem.
Se ),( yxfz ,
1. A derivada parcial de fx em rela ção a x é 2
2
11 x
f
x
f
x
fff xxxx
2. A derivada parcial de fx em rela ção a y é yx
f
x
f
y
fff xyyx
2
12
3. A derivada parcial de fy em rela ção a x é xy
f
y
f
x
fff yxxy
2
21
4. A derivada parcial de fy em rela ção a y é 2
2
22 y
f
y
f
y
fff yyyy
A notação
xy
ff xy
2
, por exemplo, significa que primeiro derivamos em relação a x e
depois em relação a y .
Exemplo
Seja 2323 2),( yyxxyxf
Derivadas parciais da primeira ordem:
yyx
y
ffxyx
x
ff yx 4323
2232
Derivadas parciais da segunda ordem:
232
2
332
2
2
6232623 xyxyx
yxy
ffyxxyx
xx
ff xyxx
4643643 2222
2
222
2
yxyyx
yy
ffxyyyx
xyx
ff yyyx
1.Determine as derivadas parciais de segunda ordem
i. ( , ) = 5 + 2 ii. ( , ) = iii. ( , ) = +
iv. ( , ) = v. ( , ) = ln( + ) vi. ( , ) =
2.Para as alíneas abaixo, verifique que yxxy ff
i. )32ln(),( yxyxf ii. 43322),( yxyxxyyxf
Exercícios
24 Cálculo Diferencial e Integral em IRn Beira, Agosto de 2011
iii. xyxysenyxsenyxf )()(),( iv. xyyxeyxf x )ln(),(
3.Qual é ordem de derivação calculará mais rapidamente possível a derivada xyf ?
(primeiro x ou primeiro y). Tente responder sem fazer anotações
i. yexsenyyxf ),( ii. xyxf /1),( iii. )1ln(4),( 232 yyyxyyxf
iv. )ln(),( xyxyxf v.
y
xyyxf ),( vi.
xexsenxyxyxf 7)(5),( 2
4.Determine a derivada parcial da quinta ordem 325 / yxf (procure usar o caminho mais
rápido)
i. 2),( 24 xeyxyxf ii. ))((),( 42 xxsenyyyxf
iii. 2
2
),(
y
xeyxf
iv. xexsenxyxyxf 7)(5),( 2
Unidade 05
Gradiente e seu significado
5.1. Gradiente: conceito
Chama-se gradiente ao vector que indica o sentido para o qual a função cresce. Num
determinado ponto, o gradiente é perpendicular à curva de nível que passa por esse ponto.
Escreve-se grad f ou f . Chama-se gradiente de f.
O vector gradiente (gradiente) de f(x,y) no ponto ),( 000 yxP é o vector jy
fi
x
ff
obtido
por meio do cálculo das derivadas parciais de f em P0.
Portanto, gradiente de f é um vector formado pelas derivadas parciais da função f, ou seja,
Para uma função de duas variáveis ),(),(),(
y
f
x
fyxgradfyxf
Para uma função de três variáveis ),,(),,(),,(
z
f
y
f
x
fzyxgradfzyxf
E para funções de n variáveis )...,,,()...,,,(
321
321
n
n x
f
x
f
x
f
x
fxxxxf
Exemplo
Determine a gradiente da função 23 43),( yxyxyxf
Tratando-se de uma função de duas variáveis, o gradiente será dado por ),(),,(
y
f
x
fyxf
.
Portanto, calculemos as derivadas parciais
x
f
e
y
f
.
yx
x
yxyx
x
f 33)43( 2
23
e yx
y
yxyx
y
f 83)43(
23
logo, o gradiente
de f(x,y) será )83,33(),,( 2 yxyxyxf .
26 Cálculo Diferencial e Integral em IRn Beira, Agosto de 2011
1.Determine o gradiente da função no ponto dado
i. )1,2(),( xyyxf ii. )0,1(,),( 2 xyyxf
iii. )1,1(),ln(),( 22 yxyxf iv. )1,2(,
22
),(
22 yxyxf
v. )1,1,1(,ln2),,( 222 xzzyxzyxf vi. )2,,2,1(),ln()(),,( 2/1222 xyzzyxzyxf
vii. )1,1,1(,)(32),,( 1223 xztgzyxzzyxf viii. )6/,0,0(,)1(cos),,(
1 xsenyzezyxf yx
Exercícios
Unidade 06
Derivada direccional
6.1.0. Derivada direccional
Com base na definição de derivada sabe-se que as derivadas parciais representam as taxas
de variação de z = f(x,y) na direcção dos eixos x e y. Essa observação é particularmente
importante quando a curva é uma recta na direcção de um vector unitário, u. Variando u,
encontramos as taxas com que f varia em relação à distância quando nos movemos por P0
em direcções diferentes. Suponhamos que a função f(x,y) seja definida em uma região R no
plano xy, que P0 = (x0 ,y0) seja um ponto em R e que juiu 21 u seja um vector unitário.
Então as equações 10 suxx e 20 suyy parametrizam a recta que passa por P0
paralelamente a u. Se o parâmetro s mede o comprimento de arco de P0 na direcção de u,
encontramos a taxa de variação de f em P0 na direcção de u calculando df/ds em P0.
Definição: de acordo com Thomas (2009:330) a derivada direccional de f em ),( 000 yxP na
direcção de um vector unitário juiuu 21 é o número
s
yxfsuysuxfyxfD
su
),(),(lim),( 002010
000
, desde que o limite exista.
Também escreve-se
0,Puds
df
ou
0
)( Pu fD . Se o vector u, não é unitário, tomamos v
vv
o seu correspondente unitário.
28 Cálculo Diferencial e Integral em IRn Beira, Agosto de 2011
6.2.0. Relação entre a derivada direccional e gradiente
Dado um vector unitário 21,uuu
. Seja ),()( 2010 suysuxfsg então ),()0( 00 yxfg e
)0()( gsgg . Portanto,
),(),(),(lim)0()(lim)0(' 0000201000 yxfDs
yxfsuysuxf
s
gsgg vss
.
Todavia, sendo ),()( 2010 suysuxfsg então g’(s) obtem-se derivando
),()( 2010 suysuxfsg em relação a s. Pode-se notar que xsux 10 e ysuy 20 o
que significa que tanto x como y são funções de s, ou seja, x = x(s) e y = y(s). Por
conseguinte, a função g é uma função de duas variáveis x e y que são por sua vez, funções de
s. Portanto a função f é composta e por isso a sua derivada deverá seguir a regra de cadeia para
derivadas.
ds
dy
y
f
ds
dx
x
fsgsysxfsg
)('))(),(()(
Como xsux 10 então 1uds
dx
e ysuy 20 então 2uds
dy , logo
21)(' uy
fu
x
fsg
Então
2
1
21 ).,()0(' u
u
y
f
x
fu
y
fu
x
fg
Logo, uyxfyxfDu
),(),( 0000
Ou seja, a derivada direcional da função em direcção ao vector unitário u é o produto escalar
do vector u e gradiente.
Atendendo que o vector unitário u = <u1, u2>, está no plano,
teremos u1=cos(θ) e u2 = sen(θ)
Logo, )(
),(
)cos(
),(
),( 000000 seny
yxf
x
yxfyxfDu
. Onde ),( Oxu .
Exemplo,
Determine a derivada direccional de yxeyxf 2),( no ponto (5,0) com θ=π/2.
Primeiro calculemos as derivadas parciais naquele ponto,
1
)0,5()0,5(
)()0,5( 22
yy exe
x
f e 10
)0,5(
2
)0,5(
)()0,5( 22
yy xexe
y
f
Portanto, 10)2/()10()2/cos(1),( 00 senyxfDu
1.Encontre a derivada da função em 0P na direcção de A. Exercícios
30 Cálculo Diferencial e Integral em IRnBeira, Agosto de 2011
i. jiAPyxyyxf 34),5,5(,32),( 02
ii. jiAPyxyxf 43),1,1(,2),( 022
iii.
kjiA
Pzxyzxyzyxf
263
),2,1,1(,),,( 0
iv.
kjiA
Pzyxzyxf
),1,1,1(,32),,( 0
222
v.
jiA
Pxy
x
yxyxf
512
),1,1(),2(sec3)(),( 0
1
2
vi.
jiA
Pxysenxytgyxf
23
),1,1(),2/(3)/(),( 0
11
vii.
kjiA
Pyzezyxf x
22
),0,0,0(,cos3),,( 0
viii.
kjiA
Pzxexyzyxf yz
22
),2/1,0,1(,lncos),,( 0
2.Em que direcção a derivada de 2),( yxyyxf em )2,3(P é igual a zero?
3.Em quais direcções a derivada de )/()(),( 2222 yxyxyxf em )1,1(P é igual a zero?
Unidade 07
Diferencial de uma função
Para uma função de uma única variável, xfy , definimos o diferencial dx como
uma variável independente, ou seja, dx pode assumir qualquer número real. O diferencial
de y é definido como dxxfdy ' ( recorda-se da notação xf
dx
dy ' ! )
Agora, para uma função de duas variáveis, yxfz , , definimos os diferenciais
dx e dy como variáveis independentes, isto é, podem ter qualquer valor real. Então o
diferencial dz , também chamado diferencial total, é definido por
dy
y
zdx
x
zdyyxfdxyxfdz yx
,,
Se tomarmos axxdx e byydy o diferencial de z , dz,
anterior fica;
bybafaxbafdz yx ,,
Exemplo
Se 22 3, yxyxyxfz , determine o diferencial dz .
a)-Se x varia de 2 a 2,05 e y varia de 3 a 2,96, qual deve ser o valor de dz ?
32 Cálculo Diferencial e Integral em IRn Beira, Agosto de 2011
RESOLUÇÃO
dyyxdxyxdf
dyyxyx
y
dxyxyx
x
df
dy
y
zdx
x
zdf
2332
33 2222
a) 05,0205,2 x e 04,0396,2 y
bybafaxbafdz yx ,,
65,0
)04,0)(3.22.3(05,0)3.32.2(
df
df
1.Determine o diferencial total de
i. Z = xy2 + x3
ii. Z = x3 + y3
iii. Z = ln(x2 – y2)
iv. 32 yxz
v. yxu 32ln
vi. ts
rv
2
vii.
z
yx
ew
2.Se 225 yxz e yx, varia de 2;1 a 1,2;05,1 determine o valor de dz
3.O comprimento e a largura de um rectângulo foram medidos como 30cm e 24cm,
respectivamente, com um erro máximo de 0,1cm. Utilize os diferenciais para estimar o máximo
erro cometido no cálculo da área do rectângulo. ( dica: procure a função área e calcule o
diferencial dessa função tendo em conta que 1,0 cdc e 1,0 ldl ).
4.As dimensões de uma caixa fechada retangular foram medidos como 80cm, 60cm e 50cm,
repectivamente, com um erro màximo de 0,2cm em cada dimensão. Utilize diferenciais para
estimar o máximo erro cometido no cálculo da área da superfície da caixa.
Exercícios
Unidade 08
Regra de derivação de funções compostas
(a regra de cadeia)
Suponhamos que z é uma função de x e y, z = F(x,y), onde x e y são funções de uma
variável t, x = f(t) e y = g(t). Então, z = F(f(t); g(t)) que expressa z em função de t. Será
que uma variação de t produzirá uma variação de z? Se z varia, será no sentido de crescer
ou decrescer? Respostas destas questões são obtidas determinando uma expressão para a
derivada de z em relação a t (dz/dt), a taxa de variação de z em relação t.
Regra de cadeia
Se z = F(x,y), onde x = f(t) e y = g(t), então
= ∙ + ∙ .
Esta derivada é chamada de derivada total.
Exemplo
Determine dz/dt sabendo que z = F(x,y) = x2 + y3, sendo x = t2 e y = 2t
RESOLUÇÃO
( , ) = 2 , ( , ) = 3 , = 2 = 2 , logo a derivada total dz/dt será dada por
= 2 ∙ 2 + 3 ∙ 2 = 4 + 6 = 4 + 24 .
34 Cálculo Diferencial e Integral em IRn Beira, Agosto de 2011
8.1. Regra de cadeia para funções de duas
variáveis
Se z = F(x,y), onde x = f(t,s) e y = g(t,s), então,
(a) = ∙ + ∙
(b) = ∙ + ∙
Exemplo
Determine , se z = F(x,y) = x2 + 2y2, sendo x = t – s2 e y = ts.
Solução
( , ) = 2 , ( , ) = 4 , = 1, = −2 , = = , logo
(a). = 2 ∙ 1 + 4 ∙ = 2( − ) + 4 ∙ ∙ = 2 − 2 + 4
(b). = 2 ∙ (−2 ) + 4 ∙ = −4( − ) + 4 = −4 + 4 + 4
1.Usando a regra de cadeia, determine dz/dt.
i. F(x,y) = x + y2, x = t2 e y = t3 ii. F(x,y) = xpyq, x = at e y = bt
2.Usando a regra de cadeia, determine .
i. Z = F(x,y) = x + y2, x = t – s e y = ts ii. Z = xy2, x = t + s2 e y = t2s
iii. Z = F(x,y) = 2x2 + 3y3, x = t2 – s e y = t +2s3 iv. Z = (x – y)/(x + y), x = et + s e y = ets
Exercícios
Unidade 09
Derivadas de funções vectoriais
Imaginemos uma partícula que se move pelo plano durante um intervalo de tempo I. Nota-
se que as coordenadas da partícula são funções definidas em I:
Itcomthztgytfx )(),(),(
Os pontos Itthtgtfzyx )),(),(),((),,( , formam a curva no espaço que é a
trajectória da partícula. Vejamos o gráfico
O vector kthjtgitfOPr
)()()( a partir da origem até a posição da partícula
P(f(t), g(t), h(t)) no instante t é o vector posição da partícula. As funções f, g e h são as
funções componentes (as componentes) do vector posição. A trajectória da partícula é a
curva traçada por r durante o intervalo de tempo I.
Definição: uma função vectorial ou função a valores vectoriais sobre um domínio D é uma
regra que associa um vector no espaço a cada elemento de D.
36 Cálculo Diferencial e Integral em IRn Beira, Agosto de 2011
9.1. Derivada de funções vectoriais
Verifiquemos primeiro o gráfico abaixo
Vamos supor que kthjtgitftr )()()()( seja o vector posição de uma partícula
que se move ao longo de uma curva no plano e que f, g e h sejam funções deriváveis em t.
Então, e de acordo com a figura, a diferença entre as posições da partícula no instante t e no
instante t + ∆t é )()( trttrr . Em termos de componentes do vector posição, temos
])()()([)()()()()( kthjtgitfktthjttgittftrttrr
kthtthjtgttgitfttfr )]()([)]()([)]()([
À medida que ∆t tende para zero, três coisas parecem acontecer em simultâneo. Primeiro,
que o ponto Q se aproxima do ponto P ao longo da curva. Depois, a recta secante PQ
parece se aproximar de uma posição-limite tangente à curva em P. Em seguida e por
último, o quociente ∆r/∆t (veja a figura abaixo) se aproxima do limite
k
t
thtthj
t
tgttgi
t
tfttf
t
r
tttt
)()()()()()(lim limlimlim
0000
k
dt
dhj
dt
dgi
dt
df
Definição: uma função vectorial kthjtgitftr )()()()( tem uma derivada (é
derivável) em t se f, g e h têm derivadas em t. A derivada é a função vectorial
kthjtgitftr )(')(')(')( .
Exemplo
Uma pessoa em uma asa-delta está espiralando para cima devido ao ar ascendente muito
veloz em trajectória com vector posição ktjsentittr 2)3()cos3()( . A trajectória é
similar a uma hélice, tal como mostra afigura abaixo para 40 t .
(a) Encontre os vectores velocidade e aceleração;
(b) O módulo da velocidade da asa-delta em qualquer instante t;
38 Cálculo Diferencial e Integral em IRn Beira, Agosto de 2011
RESOLUÇÃO
(a) ktjsentittr
2)3()cos3()(
Então, a velocidade será ktjtisenttrv 2)cos3()3()('
e a aceleração será kjsentittrv 2)3()cos3()(''
(b) O módulo da velocidade é a magnitude de v
2222222 494cos99)2()cos3()3()( ttttsenttsenttv
A asa-delta se move cada vez mais rápido à medida que sobe ao longo da sua trajectória.
Uma pergunta relevante: Em que instante a velocidade e a aceleração da asa-delta são
ortogonais?
Note que as regrasde derivação de funções vectoriais são similares às das de funções reais.
1. Movimentos no plano
1. Determine os vectores velocidade e aceleração da particula no instante t dado
i. 1,)1()1()( 2 tjtittr
ii. 2/1,)12()1()( 2 tjtittr
iii. 3ln,
9
2)( 2 tjeietr tt
iv. 0,)23()2(cos)( tjtsenittr
v. 2/4/,)(cos)()( etjtisenttr
vi. 2/3,)
2
()
2
(cos)( etjtsenittr
vii. 2/3,)cos1()()( etjtisentttr
Exercícios
viii. 1,0,1,)1()( 2 tjtittr
2. Movimentos no espaço
2. Determine a velocidade e a aceleração no espaço
i. 1,2)1()1()( 2 ttkjtittr
ii. 1,
3
)
2
()1()(
32
tktjtittr
iii. 2/,4)3()cos2()( ttkjsentittr
iv. 6/,
3
4)()(sec)( ttkjtgtittr
v. 1,
2
))1ln(2()(
2
2 tktjtittr
vi. 0,)32()3cos2()()( tktsenjtietr t
3. Encontre os ângulos entre os vectores aceleração e velocidade no instante t = 0.
i. ktjtittr 23)13()(
ii. jttittr )16
2
2()
2
2()( 2
iii. ktjttgittr 1)())1(ln()( 212
iv. tkjtittr
3
1)1(
9
4)1(
9
4)( 2/32/3
4. Determine o(s) instante(s) em que os vectores aceleração e velocidade são
ortogonais
i. 20,)cos1()( tjtisentt ii. 0,)(cos)()( tkttjisenttr
40 Cálculo Diferencial e Integral em IRn Beira, Agosto de 2011
Unidade 10
Derivada de de funções implícitas
Derivada de uma função implícita Uma função como
yxyxyx 233 5723 define implicitamente y como função de x .
Nestas condições, como determinar ?'
dx
dyy
Observe que y é uma função de x e, portanto, a sua diferenciação obdece a regra de cadeia
(regra da função composta), isto é;
yxyxyx 233 5723
276
335'
335276
2572.333
257333
233
6
224
2246
4622
46222
5723
yxy
yxx
dx
dyy
yxxyxy
dx
dy
dx
dyx
dx
dyy
dx
dyyxyx
dx
dyx
dx
dyyy
dx
dxx
dx
dyx
yx
dx
dyxyx
dx
d
Sendo z uma função de x e y definida implicitamente pela equação
323 322 xzzyzxxy , ache
x
z
e
y
z
10.1. Regra geral para diferenciação
implícita
Sendo z uma função de x e y , definida implicitamente pela equação 0,, zyxF
, para determinar
x
z
e
y
z
calcula-se normalmente:
x
F
,
y
F
e
z
F
, depois determina-se
z
F
x
F
x
z
e
z
F
y
F
y
z
Exemplo
323 322 xzzyzxxy
333,, 322 zxyzxxyzyxF
Determinemos primeiro, as derivadas parciais da função F e substituamos nas fórmulas,
39
32
39
16
32
39
16
22
32
22
32
32
22
32
yzx
zxxy
y
z
yzx
xyzy
x
z
zxxy
y
F
yzx
z
F
xyzy
x
F
Determine
x
z
e
y
z
a) 3222 zxyzxy b) 0 xy zeyzxe
c) 321ln zxyyzx
Exercícios
42 Cálculo Diferencial e Integral em IRn Beira, Agosto de 2011
Unidade 11
Optimização de funções reais de duas
variáveis reais
Na abordagem de funções reais de variável real, vimos a optimização de funções envolvendo
uma variável, uma aplicação das derivadas para a determinação de máximos e mínimos de
funções.
Entretanto, muitos problemas na vida real, de optimização, exigem a escolha simultânea de
várias variáveis. Por exemplo, a minimização de custo de produção é em relação a factores
como homes-horas e capital imobilizado; como maximizar o volume de uma caixa sem tampa
com uma quantidade fixa de cartolina.
Pontos Críticos
Definição:
Um ponto (a;b) de uma função f(x;y) é chamado de ponto crítico (ou estaccionário) se as
derivadas parciais fx e fy existirem e fx (a;b) = 0 e fy(a;b) = 0.
Teste de segunda derivada
Suponhamos que (a;b) seja um ponto crítico da função f(x;y), ou seja, fx (a;b) = 0 e fy(a;b)
= 0. Suponamos ainda que, D(a;b) = fxx(a;b)*fyy(a;b) – [fxy(a;b)]2 então:
1. Se D < 0 então f(a;b) é ponto de sela.
2. Se D > 0 e então fxx(a;b) < 0, então f(a;b) é um máximo local
3. Se D > 0 e então fxx(a;b) > 0, então f(a;b) é um mínimo local
4. Se D = 0, nada pode se concluir, ou seja, f(a;b) pode ser máximo, mínimo ou ponto de sela.
Exemplo
1. Determine os pontos críticos da função
14),( 44 xyyxyxf e classifique-os.
RESOLUÇÃO
1º passo: determinemos os pontos críticos, ou seja, os pontos (a;b) tais que fx(a,b) =0 e
fy(a;b) = 0.
f (x, y) = (x + y − 4xy + 1) = 4x − 4y
f (x, y) = (x + y − 4xy + 1) = 4y − 4x
4x − 4y = 0
4y − 4x = 0
↔ x − y = 0
y − x = 0
↔
y = x
−−−
↔
_____
x − x = 0 ↔
_____________
x(x − 1) = 0 ↔ x = 0 v x = −1 v x = 1
Temos se
se x = 0 → y = 0 = 0
x = −1 → y = (−1) = −1
se x = 1 → y = 1 = 1
Então os pontos críticos (a,b) são (-1;-1); (0;0) e (1;1).
2º passo: Verificar qual é máximo, mínimo ou ponto de sela
Apliquemos o teste de segunda derivada
D- ?
D(a;b) = fxx(a;b)*fyy(a;b) – [fxy(a;b)]2
f (x, y) =
∂
∂x
(4x − 4y) = 12x
f (x, y) =
∂
∂y
(4y − 4x) = 12y
f (x, y) =
∂
∂y
(4x − 4y) = −4
1. Para (x,y) = (0,0)
Fxx(0,0) = 12*02 = 0 fyy(0,0) = 0 e fxy(0,0) = - 4
Logo, D = 0*0 – (-4)2 = -16 < 0, portanto, f(0,0) é ponto de sela.
2. Para (x,y) = (-1, -1)
Fxx(-1, -1) = 12*(-1)2 = 12 fyy(-1, -1) = 12*(-1)2 fxy(-1, -1) = - 4
44 Cálculo Diferencial e Integral em IRn Beira, Agosto de 2011
Logo, D = 12*12 – (-4)2 = 144 – 16 = 128
Temos que D = 128 > 0 e fxx(-1, -1) = 12 > 0, portanto, f(-1, -1) é ponto de máximo local
3. Para (x,y) = (1, 1)
Fxx(1, 1) = 12*(1)2 = 12 fyy(1, 1) = 12*(1)2 fxy(1, 1) = - 4
Logo, D = 12*12 – (-4)2 = 144 – 16 = 128
Temos que D = 128 > 0 e fxx(1, 1) = 12 > 0, portanto, f(1, 1) é ponto de máximo local
2.Uma açucareira produz dois tipos de açúcar, branco e castanho. O custo de produção de x
quilogramas de açúcar branco e y quilogramas de açúcar castanho é dado por
C(x, y) = 2x2 – 4xy + 4y2 – 40x – 20y + 14
Suponha que a açucareira vende toda a sua produção a um preço igual a 24,00Mt por quilo
de açúcar branco e 12,00Mt por quilo do açúcar castanho. Determine os níveis de
produção, diários x e y que maximizam o lucro.
RESOLUÇÃO
Pretende- se maximizar o lucro da açucareira. Determinemos a função lucro
L(x, y) = R(x, y) – C(x, y)
R(x, y) = (nº de quilos x)*(preço de x) + (nº de quilos de y)*(preço de y)
R(x, y) = x*24 + y* 12 = 24x + 12y
L(x, y) = 24x + 12y – (2x2 – 4xy + 4y2 – 40x – 20y + 14) = -2x2 + 4xy – 4y2 + 64x + 32y – 11
Determinemos os pontos críticos
Lx (x, y) = -4x + 4y + 64
Ly (x, y) = -8y + 4x + 32
−4x + 4y + 64 = 0
−8y + 4x + 32 = 0 ↔
−x + y = −16
x − 2y = −8 ↔
x = 40
y = 24
Isto quer dizer que o ponto crítico é o ponto de (40, 24)
Será o ponto que maximiza o lucro?
Lxx(x, y) = -4 Lyy( x, y) = -8 Lxy (x, y) = 4
D = -4 * (-8) – 42 = 16
Temos que D = 16 > 0 e Lxx(40,24) = -4 < 0, o ponto (40,24) é o ponto de máximo local.
Resposta: para maximizar o lucro, a açucareira deve produzir por dia 40 quilogramas de
açúcar branco e 24 quilogramas de açúcar castanho.
1.Determine todos os máximos locais, mínimos locais e pontos de sela nas funções
i. 433),( 22 yxyxyxyxf
ii. 46633),( 22 yxyxyxyxf
iii. 444252),( 22 yxyxxyyxf
iv. 44252),( 22 xyxxyyxf
v. 523),( 2 yxxyxyxf
vi. 222),( 2 yxxyyyxf
vii. 26375),( 2 yxxxyyxf
viii. 4322),( 22 xyxxyyxf
ix. 264),( 22 yyxyxyxf
x. yxyxyxyxf 42763),( 22
2.Determine os máximos e mínimos absolutos das funções nos domínios dados
(i) 1442),( 22 yyxxyxf na placatriangular fechada e limitada pelas
rectas xyyx 2,2,0 no primeiro quadrante.
(ii) 1),(
22 yxyxyxD na placa triangular fechada no primeiro quadrante
limitada pelas rectas xyyx ,4,0
(iii)
22),( yxyxg na placa triangular fechada no primeiro quadrante limitada
pelas rectas 22,0,0 xyyx .
(iv) xyxyxyxT 6),(
22 na placa rectangular 33,50 yx
(v) 26),(
22 xyxyxyxJ na placa rectangular 03,50 yx .
(vi)
23 243248),( yxxyyxf na placa rectangular 10,10 yx .
Exercícios
46 Cálculo Diferencial e Integral em IRn Beira, Agosto de 2011
(vii) 1284),( yxyxyxf na placa triangular limitada pelas rectas
1,0,0 yxyx .
3.Encontre dois números a e b com ba , tais que
b
a
dxxx )6( 2 tenha o seu valor
máximo.
4.Encontre dois números a e b com ba , tais que
b
a
dxxx 3/12 )224( tenha o seu valor
máximo.
5.A figura abaixo mostra isotermas (curvas de temperaturas constantes) da função
temperatura xyxyxT 22 2),( no disco 122 yx no plano xy.
Encontre as temperaturas nos pontos mais quentes e
mais frios da placa.
6.Os lucros anuais (em milhões de dólares) para uma firma são dados por
P(x, y) = -x2 – y2 + 22x +18y -22, onde x é o montante gasto na investigação (em milhões
de dólares) e y é o montante gasto em anúncios (em milhões de dólares).
a) Calcule os lucros quando x = 10 e y = 8 e quando x = 12 e y = 10.
b) Calcule os valores de x e y que maximizam os lucros e o correspondente lucro.
7.Uma firma produz dois bens. O custo de produção de x unidades da primeira mercadoria
e y unidades da segunda é C(x,y) = x2 + xy + y2 + x + y + 14. Suponha que a firma vende
toda produção de cada mercadoria aos preços p e q, respectivamente. Determine os valores
de x e y que maximizam os lucros da firma.
8.Uma loja de camisetes de futebol vende dois modelos, um com assinatura de Dominguez
e outro com assinatura de Tico- Tico. O dono da loja sabe que se as camisetes de
Dominguez forem vendidas por x meticais cada e as de Tico- Tico por cada e as de Tico-
Tico por y meticais cada, os fregueses comprarão 40 – 50x + 40y camisetes de Dominguez
e 20 + 60x – 70y camisetes de Tico- Tico. Ele compra os dois modelos por duzentos
meticais por camisete (para os cálculos use 2,00Mt). Determine o preço da cada camisete
de forma que o dono da loja obtenha o maior lucro possível.
9.Uma fábrica de lacticínios produz leite integral e leite desnatado nas quantidades de x e y
litros por hora, respectivamente. O preço de leite integral é p(x) = 100 – x e do leite
desnatado é p(y) = 100 – y . A função custo conjunto dos dois leites é C(x, y) = x2 + xy +
y2. Quais devem ser os valores de x e y para que o lucro seja máximo?
10.Um fabricante com direitos de exclusividade em relação a um novo e sofisticado modelo
de máquina industrial pretende vender um número limitado das máquinas no mercado
interno no mercado externo. O preço de mercado das máquinas depende do número de
máquinas fabricadas (se um número pequeno de máquinas for colocado a venda, a
competição entre os possíveis compradores fará o preço subir). Estima-se que se o
fabricante colocar à venda x máquinas no mercado interno e y máquinas no mercado
externo, as máquinas serão vendidas por 60 – x/5 + y/20 milhares de reais no mercado
interno e pelo equivalente a 50 – y/10 + x/20 milhares de reais no mercado externo. Se o
custo unitário da fábrica for 10 000 reais, quantas máquinas devem ser colocadas em cada
mercado de forma a maximizar o lucro?
11.Determine a distância mais curta entre o ponto (1, 0, -2) e o plano 42 zyx .
12.Determine o ponto do plano 12 zyx que está mais próximo do ponto (-4, 1, 3).
13.Determine os pontos da superfície 12 xyz que estão mais próximos da origem.
14.Determine os pontos da superfície 122 zyx que estão mais próximos da origem.
15.Determine o volume máximo duma caixa sem tampa a ser feita com 12 m2 de papelão.
48 Cálculo Diferencial e Integral em IRn Beira, Agosto de 2011
16.Determine as dimensões de uma caixa rectangular de volume máximo tal que a soma
dos comprimentos de suas 12 arestas seja uma constante c.
17.A base de um aquário com volume V é feita de ardósia e os lados são de vidro. Se o
preço da ardósia (por unidade de área) é cinco vezes maior que o preço do vidro, determine
as dimensões do aquário para minimizar o custo do material.
18.Determine três números positivos cuja soma é 100 e o produto é máximo.
19.Determine três números positivos x, y e z, cuja soma é 100 tal que cba zyx seja máximo.
Unidade 12
Métodos dos multiplicadores de
Lagrange
No item anterior, vimos a optimização de funções sem que sejam impostas nenhumas
condições. Contudo, com muitos problemas práticos de optimização exige-se frequentemente
que as variáveis envolvidas satisfaçam algumas condições (restrições). Por exemplo, as
quantidades diferentes de produtos procuradas por uma empresa devem satisfazer a restrição
orçamental, ou seja, não pode ser possível querer adquirir um certo número de produtos cujo
valor a pagar é superior ao valor orçamental existente. Uma editora, por exemplo, obrigada a
respeitar um orçamento de 60 000,00Mt para lançamento de um disco pode ter necessidade de
decidir qual é a melhor forma de dividir o dinheiro entre a produção e a propaganda do disco
de modo a maximizar as vendas do disco.
Método de Multiplicadores de
Lagrange
Para determinar os valores máximos e mínimos de f(x,y,z) sujeita a g(x,y,z) = k (supondo que
estes valores existam), é preciso proceder da seguinte maneira:
1º passo: escrever o problema na forma
Maximizar (minimizar) f(x,y,z) sujeita a g(x,y,z) = k.
2º passo: resolver o sistema de equações
⎩
⎨
⎧
f (x, y, z) = λg (x, y, z)
f (x, y, z) = λg (x, y, z)
f (x, y, z) = λg (x, y, z)
g(x, y, z) = k
Determinar os valores de x, y, z e λ
3º passo: calcular o valor de f em todos pontos (x,y,z) encontrados no 2º passo. O maior
desses valores é o máximo e o menor é o mínimo de f.
50 Cálculo Diferencial e Integral em IRn Beira, Agosto de 2011
Exemplo
1.Determine os valores extremos da função 22 2),( yxyxf no círculo
122 yx .
RESOLUÇÃO
1º passo: Max (ou Min) 22 2),( yxyxf sujeita a g(x,y) = 122 yx
2º passo:
1
24
22
22 yx
yy
xx
kg
gf
gf
yy
xx
De acordo com a primeira equação temos: 100)1(2 vxx
Se 0x a última equação dá-nos 1y obtendo assim os pontos 1;01;0 e
Se 0 a segunda equação dá-nos 0y e, de acordo com a última equação 1x
obtendo deste modo os pontos 0;10;1 e .
3º passo: Calculando f nestes pontos obtemos:
11)0:1(
1)1()0:1(
21.2)1:0(
2)1(2)1;0(
2
2
2
2
f
f
f
f
Logo, o valor mínimo de f será 1)0;1( f e o valor máximo 2)1;0( f .
2.Um consumidor tem 600, 00Mt para gastar em duas recargas, “vintinha” e “recarga de
sms”. Sabe-se que vintinha custa 20,00Mt e a uma recarga de sms custa 30,00Mt. A
utilidade para o consumidor de possuir x recargas vintinhas e y recargas de sms é dada pela
função utilidade1 de Cobb-Douglas U(x,y) = 10x0. 6 y0. 4. Quantas unidades de cada produto
o consumidor deve comprar para que a utilidade seja máxima?
RESOLUÇÃO
O gasto da sua compra será 20x + 30y. Sabe-se que o consumidor tem 60 000,00Mt para gastar,
então o objectivo é maximizar a função U(x,y) sujeito a (com a restrição) 20x + 30y = 600.
1º passo:
Max U(x,y) = 10x0. 6 y0. 4 sujeito a g(x,y) = 20x + 30y = 600
2º passo: Ux(x,y) = 6x - 0.4 y0.4, Uy(x,y) = 4x0.6 y - 0.6, gx(x,y) = 20 e gy(x,y)= 30
6x . y . = 20λ
4x . y . = 30λ
20x + 30y = 600
↔
λ =
. .
λ =
. .
_____________________
↔
. . =
. .
____________________________
__________________________
y =
4
9
x
________
________
↔
____________
____________
20x + 30 ∙
4
9
x = 600
↔
_______
_______
x = 18
↔
x = 18
y = 8
Assim, para que a utilidade seja máxima, o consumidor deve comprar 18 recargas
“vintinha” e 8 recargas de sms.
1.Utilize os Multiplicadores de Langrange para determinar os valores máximo e mínimo da
função sujeita à restrição dada
a) 1;),(
2222 yxyxyxf
b) 13;64),( 22 yxyxyxf
c) 62;),( 222 yxxyyxf
d) 35;1062),,( 222 zyxzyxzyxf
1 A função utilidade U(x,y) é uma função usada para medir o grau de satisfação (ou
utilidade) para o consumidor de possuir x unidades de um produto e y unidades do
outro produto.
Exercícios
52 Cálculo Diferencial e Integral em IRn Beira, Agosto de 2011
e) 632;),,( 222 zyxxyzzyxf
f) Determinar os pontos da esfera 4222 zyx que estão mais próximo e mais distantes do
ponto )1,1,3( .
2.Encontre os valores críticos para minimizar os custos de uma firma produtora de dois
bens, ),( yx , quando a função custo total é 22 128 yxyxC e a firma é
obrigada, por força de contrato, a produzir um número combinado de produtos totalizando
42, isto é, sujeita a condição 42 yx .
3.Que combinação de bens x e y uma firma deve produzir para minimizar os custos
quando a função custo conjunta é 30106 22 xyyxC e a firma tem uma
quota de produção de 34 yx .
4.Um consumidor dispõe de 280,00Mt para gastar na compra de dois produtos, o primeiro
dos quais custa 2,00Mt e o segundo 5,00Mt a unidade. A utilidade para o consumidor de x
unidades do primeiro e y unidades do segundo é dada por U(x,y) = 100x0. 25 y0. 75. Quantas
unidades de cada produto o consumidor deve comprar para maximizar a utilidade?
5.Mostre que para um nível constante de produção Axαyβ = k, com α + β =1, a função de
custo C(x,y) = px + qy é minimizada para x = (α
β
)β e y = (β
α
)α.
6.Um fazendeiro precisa cercar um pasto rectangular na margem do rio Zambeze. A área do
pasto é 3200 metros quadrados e não é necessário cercar o lado limitado pelo rio.
Determine as dimensões do pasto para que o comprimento total da cerca seja mínimo.
7. Um fazendeiro dispõe de 320 metros de cerca para cercar um pasto rectangular. Que
dimensões deve escolher para que o pasto tenha a maior área possivel?
8.A produção de uma certa fábrica é Q(x,y) = 60 x1/3 y2/3 unidades quando x milhares de
meticais são investidos em mão-de-obra e y milhares de meticais são investidos em
equipamentos. Se o dono da fábrica dispõe de 120 000,00Mt quanto deve investir em mão-
de-obra e quanto em equipamentos para que a produção seja a maior possivel?
9.Utilize multiplicadores de Lagrange para provar que o rectângulo com área máxima e que
tem um perímetro constante é o quadrado.
10.Utilize multiplicadores de Lagrange para provar que o triângulo com maior área e que
tem um perímetro constante é equilátero.
11.Determine os volumes máximo e mínimo da caixa rectangular cuja superfície tem
1500cm2 e cuja soma dos comprimentos das arestas é 200cm.
12.O plano 22 zyx intersecta o parabolóide 22 yxz numa elipse. Determine os
pontos dessa elipse que estão o mais próximo e mais longe possível da origem.
13.Encontre os pontos sobre a curva 122 yxyx no plano xy que estão mais próximos
e mais afastados da origem.
14.Encontre os valores máximos e mínimos de 22 yx sujeitos à restrição
042 22 yyxx .
15.Encontre três números reais cuja soma seja 9 e cuja soma de seus quadrados seja menor
possível.
16.Encontre o maior produto possível dos números x, y, e z se 162 zyx .
54 Cálculo Diferencial e Integral em IRn Beira, Agosto de 2011
Unidade 13
Integrais duplas
Consideremos uma função f de duas variáveis definida num rectângulo fechado
dycbxaIRyxdcbaR ,:),(,, 2 e supondo que a função f é não-negativa.
Podemos dizer que o gráfico de f é a superfície com a equação ),( yxfz . Seja S o sólido que
está contido na região acima de R e abaixo do gráfico de f, ou seja,
IRyxyxfzIRzyxS ),(),,(0:),,( 3 . Qual é então, o volume de S?
Dividamos o rectângulo R em sub-rectângulos, ou seja, dividir o intervalo [a, b] em m
subintervalos [xi-1, xi] de mesmo comprimento mabx /)( e dividir o intervalo [c, d] em
n subintervalos [yj-1, yj] de mesmo comprimento ncdy /)( . Portanto, traçando rectas
paralelas aos eixos coordenados que passem pelos extremos dos subintervalos, formamos os
sub-rectângulos jjiijjiiij yyyxxxyxyyxxR 1111 ,:),(,, cada um dos quais
com área yxA .
Se escolhermos um ponto arbitrário, e chamarmos ponto amostra, ),( ** ijij yx em cada ijR ,
poderemos aproximar a parte de S que está acima de ijR por uma caixa rectangular fina com
base ijR e altura ),(
**
ijij yxf e, portanto, o volume dessa caixa é dado por Ayxf ijij ),(
** .
Se fizermos o mesmo com todos os rectângulos e somarmos os volumes das caixas
correspondentes, obteremos uma aproximação do volume total de S:
m
i
n
j
ijij AyxfV
1 1
** ),( .
Contudo, quanto mais fores os valores de m e n, o valor de V, acima, fica cada vez mais
próximo de do volume real de S, portanto,
m
i
n
j
ijijnm
AyxfV
1 1
**
,
),(lim .(esta soma é chamda
de soma dupla de Riemann e é usada como uma aproximação do valor da integral dupla).
Portanto, a integral dupla de f sobre um rectângulo ],[],[ dcbaR é
m
i
n
j
ijijnm
R
AyxfdAyxf
1 1
**
,
),(lim),( , se este limite existir. Se f(x,y) ≥ 0, então o volume V
do sólido que está acima do rectângulo R e abaixo da superfície z = f(x,y) é
R
dAyxfV ),( .
Teorema de Fubini (primeira forma)
Se yxA , quando m e n então dxdydA . Logo, se f(x,y) for contínua na
região rectangular ,,: dycbxaR então
d
c
b
aR
b
a
d
c
dydxyxfdxdyyxfdAyxf ),(),(),( .
Este teorema permite que se calcule a integral dupla integrando em qualquer ordem, ou seja,
integrar em ordem a x fazendo constante a variável e y constante e depois integrar em relação
a y ou o contrário.
dydxyxfdxdyyxfdAyxf
d
c
b
aR
b
a
d
c
),(),(),( .
Exemplo: Calcule
R
dAyx )3( 3 onde 21,20:),( yxyxR
Temos que o nosso domínio é um rectângulo ]2,1[]2,0[ R , portanto segundo o teorema de
Fubini, dxdyyxdAyx
R
2
0
2
1
33 )3()3( integrar primeiro em ordem a y (pela integral
interna) e depois (pela externa) determinar a integral em relação a x e o resultado é o valor da
integral dupla. Ou, dydxyxdAyx
R
2
1
2
0
33 )3()3( integrar primeiro em ordem a x (pela
integral interna) e depois (pela externa) determinar a integral em relação a y e o resultado é o
valor da integral dupla.
Portanto, 12)7()()3()3(
2
0
2
0
2
1
3
2
0
2
1
33
dxxdxyxydxdyyxdAyx
R
56 Cálculo Diferencial e Integral em IRn Beira, Agosto de 2011
Vamos considerar agora, o domínio numa região não rectangular, ou seja, como deve-se
calcular a integral dupla
R
dAyxf ),( onde R é uma região não rectangular.
Exemplo, o domínio é uma região qualquer
Este domínio de integração pode ser dividido ao máximo em dois tipos de regiões, a saber:
Região I:
Onde o x varia de um ponto para o outro e o y varia de uma funçãoa outra:
)()(, xhyxgbxa , então dxdyyxfdAyxf
R
b
a
xhy
xgy
)(
)(
),(),(
Regiões do tipo
Região II:
Onde o x varia de um ponto para o outro e o y varia de uma funnção a outra:
)()(, yhxygdyc , então dydxyxfdAyxf
R
d
c
yhx
ygx
)(
)(
),(),(
Regiões do tipo
Note que em alguns casos o domínio é composto por várias regiões, ou seja,
4321 DDDDD
Observe-se que o conjunto D é a reunião dos conjuntos D1, D2, D3 e D4 não sobrepostos.
Exemplo 1
Calcule D dAyx )2( , onde D é a região limitada pelas parábolas
22xy e 21 xy .
RESOLUÇÃO
Primeiro comecemos por desenhar a região de integração
58 Cálculo Diferencial e Integral em IRn Beira, Agosto de 2011
Podemos verificar que a região D é do tipo I pelo que, podemos escrever que
22 12,11),( xyxxyxD .
A fronteira de baixo é 22xy e a de baixo 21 xy , logo a integral será
dxxxxxxxyxydydxyxdAyx
x
x
xy
xy
D
1
1
222222
1
2
1
1
1
2
1
1
2 ])2()2()1()1([)2()2(
2
2
2
2
15
32
23
2
45
3)123(
1
1
23451
1
234
x
xxxxdxxxxx .
Exemplo 2
Determine o volume do sólido que está contido debaixo do parabolóide 22 yxz e acima
da região D do plano xy limitada pela recta xy 2 e pela parábola 2xy .
RESOLUÇÃO
Vejamos na figura a região D do plano xy,
Por um lado a figura pode ser considerada da região I com
xyxxyxD 2,20),( 2 e o volume será
35
216
6
7
5213
14
3
)()(
2
0
2
0
2 4572
0
3
4
6
2222
2
x
x
D
xxxdxxxxdydxyxdAyxV
E por outro, da região II com
yxyyyxD
2
1,40, e o volume será
...)()( 2
4
0 2/
222 dxdyyxdAyxV
y
y
D
(determine e compare os resultados).
1. Calcule as integrais iteradas
i.
1
0 0
2
)2(
x
dydxyx
ii.
2
1
2
y
xydxdy
iii. dxdyx
ye
y
1
0
iv.
2
1
2 2 )(
x
x
dydxyx
2.Calcule a integral dupla
i.
xyxxyxDdAyx
D
,20),(,23
ii.
xyxyxDdAx
y
D
20,21),(,
2
4
3
Exercícios
60 Cálculo Diferencial e Integral em IRn Beira, Agosto de 2011
iii.
xyxyxDdAx
y
D
0,10),(,
1
2
2
iv.
yxyyxDdAe
D
y 0,10),(,
2
v.
3/ ,21),(, yxyyyxDdAe
D
yx
vi.
yxyyxDdAxyx
D
0,10),(,22
vii.
D
ydAx ,cos D é limitada por 1,,0 2 xxyy
viii. ,)(
D
dAyx D é limitada por 2xyexy
ix.
D
dAy ,3 D é região triangular com vértices (0, 2), (1, 1) e (3,2)
x.
D
dAxy ,)( 2 D é limitada por 22 23, yxyx
3.Determine o volume do sólido abaixo do parabolóide 22 yxz e acima da região limitada
por 22 yxexy .
4.Determine o volume do sólido abaixo do parabolóide 223 yxz e acima da região limitada
por yyxexy 2 .
5.Determine o volume do sólido abaixo da superfície xyz e acima do triângulo com vértices
(1, 1), (4,1 ) e (1, 2).
6.Esboce a região de integração e faça a mudança da ordem de integração
i.
1
0 0
),(
x
dydxyxf iii.
2
1
ln
0
),(
x
dydxyxf v.
4
0
2
2/
),(
y
dxdyyxf
ii.
2/
0 0
),(
senx
dydxyxf iv.
1
0
2
2
),(
y
y
dxdyyxf vi.
1
0
4/
),(
arctgx
dydxyxf
7.Calcule a integral trocando a ordem da integração
i.
1
0
3
3
2
y
x dxdye
ii.
1
0
1 3 1
y
dxdyx
iii.
3
0
9 2
2
)cos(
y
dxdyxy
iv.
1
0
1 33
2
)(
x
dydxysenx
62 Cálculo Diferencial e Integral em IRn Beira, Agosto de 2011
Unidade 14
Integrais triplas
De forma análoga a apresentada para definir a integral simples para funções de uma
variável e dupla para funções de duas variáveis, definire-se a integral tripla. Tomemos uma
função f definida numa caixa rectangular, szrdycbxazyxB ,,:),,( . Ao
dividirmos essa caixa por subcaixas, teremos ],[],[],[ 111 kkjjiiijk zzyyxxB . Cada
caixa aqui obtida, tem o volume zyxV .
Portanto, a soma tripla de Riemann será, Vzyxf ijk
l
i
m
j
n
k
ijkijk
),,( *
1 1 1
** onde o ponto amostra
*** ,, ijkijkijk zyx está em ijkB . Analogamente, a definição da integral dupla, o limite das somas
triplas de Riemann é a integral tripla de f.
Definição: A integral tripla de f sobre a caixa B é
B
l
i
m
j
n
k
kjinml
VzyxfdVzyxf
1 1 1,,
),,(lim),,( .
Aplicando o teorema de Fubini para integrais triplas, se f é contínua numa caixa rectangular
srdcbaB ,,, , então
s
r
d
c
b
aB
dxdydzzyxfdVzyxf ),,(),,( .
Essa integral mostra que primeiro integramos em relação a x (com y e z constantes), depois
em relação a y (com z constante) e no fim em relação a z. Tal como nas integrais duplas,
nas triplas podemos tracar a ordem da integração, pelo que o resultado será o mesmo.
Em geral, a integral tripla sobre uma região limitada genérica E no espaço tridimensional
será definida como foi definida a integral dupla.
1. Se f for contínua e a região
),(),(,),(:),,( 21 yxuzyxuDyxzyxE onde D é a projecção de E sobre o plano xy,
então
D
yxu
yxuE
dAzyxfdVzyxf
),(
),(
2
1
),,(),,( . Portanto, as variáveis x e y são tidas como
constantes e a integral é determinada em relação a z.
De outro modo, se ),(),(),()(,:),,( 2121 yxuzyxuxgyxgbxazyxE então
E
b
a
g
g
u
u
dzdydxzyxfdVzyxf
2
1
2
1
),,(),,( .
Ou, se ),(),(),()(,:),,( 2121 yxuzyxuyhxyhbyazyxE então,
E
b
a
h
h
u
u
dzdxdyzyxfdVzyxf
2
1
2
1
),,(),,( .
Exemplo 1
Determine
E
zdV , sabendo que E é um tetraedro sólido delimitado pelos quatros planos
1,0,0,0 zyxezyx
RESOLUÇÃO
Para resolver este exercício, tentemos representar os planos e vermos as fronteiras do
interior do tetraedro.
Podemos a partir da figura que a fronteira inferior do tetraedro é o plano z = 0 e a superior
é o plano )1(1 yxzouyxz , portanto, teremos
64 Cálculo Diferencial e Integral em IRn Beira, Agosto de 2011
yxyxueyxu 1),(0),( 21 . Os planos 01 zeyxz se intersectam na recta
)1(1 xyouyx no plano xy. Logo teremos a seguinte região,
yxzxyxzyxE 10,10,10:),,{( e desta forma a integral acima
também pode ser escrita da seguinte forma
1
0
1
0
1
0
x yx
E
zdzdydxzdV
E podemos resolver da seguinte forma
dxyxdxdyyxdydxxzdzdydxzdV
xy
y
x x
yx
x yx
E
1
0
1
0
1
0
1
0
1
0
31
0
2
1
0
21
0
1
0
1
0 3
)1(
2
1)1(
2
1
2
=
24
1
4
)1(
6
1)1(
6
1
3
)1(
2
1 1
0
1
0
4
3
1
0
1
0
3
xdxxdxyx
xy
y
Exemplo 2
Determine a região de integração E para calcular a integral dVzx
E
22 , onde E é a
região limitada pelo parabolóide 22 zxy e pelo plano 4y .
RESOLUÇÃO
Comecemos por representar a região E de integração.
Observemos que de 22 zxy obtemos 2xyz o que quer dizer que a superfície
fronteira debaixo de E é 21 ),( xyyxuz e a de cima é
2
2 ),( xyyxuz .
Logo a nossa região de integração será
222 ,4,22:),,( xyzxyyxxzyxE
1.Calcule a integral
E
dVyzx )( 2 , onde
11,03,20),,( zyxzyxE
utilizando três ordens diferentes de integração.
2.Calcule a integraliterada
i.
1
0 0 0
6
z zx
xzdydxdz
ii.
2
1 0
1
0
23x y zdydxdzyx
iii.
1
0 0 0
2z y y dydxdzze
iv.
3
0
1
0
1
0
2z ydydxdzze
3.Calcule a integral
E
xdV ,2 onde
yzyxyzyxE 0,40,20),,( 2
4.Calcule a integral
E
dVxxy ,)cos( 5 onde
xzxxyxzyxE 2,0,10),,(
Exercícios
66 Cálculo Diferencial e Integral em IRn Beira, Agosto de 2011
Unidade 15
Mudança de coordenadas para integrais
múltiplas
Coordenadas cilíndricas
Observemos a figura abaixo,
Obtemos coordenadas cilíndricas para o espaço combinado, coordenadas polares no plano xy
com o eixo usual z. Isso associa cada ponto no espaço uma ou mais ternas ordenadas da
forma ),,( zr , de acordo com a figura acima.
Denominam-se coordenadas cilíndricas que representam um ponto P no espaço por ternas
ordenadas ),,( zr nas quais
1. er são coordenadas polares para a projecção vertical de P sobre o plano xy.
2. Z é a coordenada vertical cartesiana.
Deste modo, as equações que relacionam as coordenadas cartesianas ),,( zyx e cilíndricas
),,( zr são zzrsenyrx ,,cos .
x
ytgyxr ,222
E logo a integral será
E
h
h
rsenru
rsenru
rdzdrdzrsenrfdVzyxf
)(
)(
),cos(
),cos(
2
1
2
1
),,cos(),,(
Esta é a fórmula para integração tripla em coordenadas cilíndricas. Recomenda-se o uso
desta fórmula quando a região de integração E é uma região sólida cuja a descrição é mais
simples em coordenadas cilíndricas, em especial quando a função f(x,y,z) envolve
expressões 22 yx .
Exemplo,
Um sólido E está contido no cilindro 122 yx , abaixo do plano 4z e acima do
parabolóide 221 yxz . A densidade em qualquer ponto é proporcional à distância do
ponto ao eixo do cilindro. Determine a massa de E.
RESOLUÇÃO,
Comecemos por desenhar a região E.
Podemos verificar que o raio do cilindro é 1, ou seja, 1r e o parabolóide é 21 ry ,
portanto a região E pode ser escrita, 41,10,20),,( 2 zrrzrE .
Como a densidade em (x,y,z) é proporcional à distância do eixo z, a função densidade é
68 Cálculo Diferencial e Integral em IRn Beira, Agosto de 2011
KryxKzyxf 22),,( , onde K é a constante de proporcionalidade. Então teremos,
para o cálculo da massa de E,
20
1
0
4
1
22
2 )(r
E
rdzdrdKrdVyxKm
5
12
5
2)3()1(4
1
0
5
32
0
1
0
422
0
1
0
22 KrrKdrdrrKdrdrKr
Exemplo 2
Calcule
2
2
4
4
2 222
2 22 )(
x
x yx
dzdydxyx
Essa integral iterada é uma integral tripla sobre a região sólida
2,44,22),,( 2222 zyxxyxxzyxE e a projecção de E
sobre o plano xy é o disco 422 yx . A superficie inferior de E é o cone 22 yxz e a
superfície superior é o plano 2z . Veja a figura:
Todavia, essa região tem uma descrição muito mais simples em coordenadas cilíndricas:
2,20,20),,( zrrzrE , e por isso teremos,
2
0
3
2
0
2
2
2
0
2
0
22
2
2
4
4
2 22 )2()()(
2
2 22 drrrddzdrdrrdVyxdzdydxyx
E r
x
x yx
5
16
5
1
2
12
2
0
54
rr
Coordenadas esféricas
Observemos a figura abaixo,
As coordenadas esféricas posicionam os pontos no espaço com dois ângulos e uma
distância, de acordo com a figura acima. A distância é do ponto O ao ponto P (no espaço),
portanto
OP que nunca é negativa (diferentemente de r, que podia ser). A segunda
coordenada é o ângulo que
___
OP forma com o eixo z, o ângulo (que deve sempre estar no
intervalo ;0 ). A terceira coordenada é o ângulo medido do mesmo modo que nas
coordenadas cilíndricas.
Deste modo, estas coordenadas (esféricas) relacionam-se com as variáveis (x, y, z) da
seguinte maneira,
coscos, senrxsenr
sensensenryz ,cos
22222 zrzyx
70 Cálculo Diferencial e Integral em IRn Beira, Agosto de 2011
E deste modo a nossa integral será
dddsensensensenfdVzyxf
d
c
b
aE
2)cos,,cos(),,( onde E
é uma cunha esférica dada por
dcbaE ,,),,( ou
seja
),(),(,,),,( 21 ggbaE
Exemplo
Utilize as coordenadas esféricas para determinar o volume de um sólido que está acima do
cone 22 yxz e abaixo da esfera zzyx 222 .
RESOLUÇÃO: Comecemos pelo gráfico
A esfera passa pela origem dado que o seu centro tem as coordenadas )
2
1,0,0( . Podemos
escrever a equação da esfera em coordenadas esféricas como coscos2 ou
e o cone pode ser escrito como sensensensen 222222 coscos .
Primeiro integraremos em relação a , depois em relação a e então em relação a . O
volume de E que estamos a procura será dada por
84
cos
3
2
3
)(
4/
0
40
0
2
0
2/
0
cos
0
2
0
4/
0
3
2
dsenddddsendVEV
sc
E
Com essas coordenadas temos as seguintes fórmulas correspondentes para dV em integrais
triplas
1.Calcule as integrais em coordenadas cilíndricas
i.
2
0
1
0
2 2r
r
dzrdrd
ii.
2
0
3
0
18
3/
2
2
r
r
dzrdrd
iii.
2
0
2/
0
243
0
2r
dzrdrd
iv.
0
/
0
43
4
2
2
r
r
zdzrdrd
v.
2
0
1
0
2/1 2
3
r
r
dzrdrd
dzdydxdV
dzrdrddV
dddsendV 2
Agora vejamos o resumo das fórmulas
de mudança de coordenadas
Cilíndricas para
Cartesianas
Esféricas para
Cartesianas
Esféricas para
Cilíndricas
cosrx
rseny
zz
cos senx
senseny
cosz
senr
cosz
Exercícios
72 Cálculo Diferencial e Integral em IRn Beira, Agosto de 2011
2.Seja dada a região D limitada abaixo pelo plano z = 0, acima pela esfera 4222 zyx
e dos lados pelo cilindro 122 yx . Monte as integrais triplas em coordenadas cilíndricas
que dão volume de D usando os ordens a seguir
i. dz dr dɵ ii. dr dz dɵ iii. dɵ dzdr
3. Seja D a região limitada abaixo pelo cone 22 yxz e acima pelo parabolóide
222 yxz . Monte as integrais triplas em coordenadas cilíndricas que dão o volume de
D usando as ordens de integração
i. dz dr dɵ ii. dr dz dɵ iii. dɵ dzdr
4.Dê os limites de integração para calcular a integral dzrdrdzrf ),,( como integral
iterada sobre a região que é limitada abaixo pelo plano z=0, do lado pelo cilindro cosr
e acima pelo parabolóide 23rz .
5.Converta a integral dzdxdyyx )( 22 em uma integral equivalente em coordenadas
cilíndricas e avalie o resultado.
6.Calcule as integrais em coordenadas esféricas
i.
0 0
2
0
2sen dddsen
ii.
2
0
4/
0
2
0
2)cos( dddsen
iii.
2/3
0 0
1
0
335
dddsen
iv.
2
0
3/
0
1
sec
23 dddsen
v.
2
0
4/
0
sec
0
2)cos( dddsen
7.Seja dada a região D limitada abaixo pelo plano z = 0, acima pela esfera 4222 zyx
e dos lados pelo cilindro 122 yx . Monte as integrais triplas em coordenadas cilíndricas
que dão volume de D usando as ordens a seguir
i. dρ dφ dɵ ii. dφ dρ dɵ
8.Seja D a região limitada abaixo pelo cone 22 yxz e acima pelo parabolóide 1z .
Monte as integrais triplas em coordenadas cilíndricas que dão o volume de D usando asordens de integração
i. dρ dφ dɵ ii. dφ dρ dɵ
74 Cálculo Diferencial e Integral em IRn Beira, Agosto de 2011
Unidade 16
Integrais de linha
Sabendo que com o cálculo de integrais definidas de uma função sobre um intervalo finito
[a;b] no eixo x, podíamos encontrar a massa das hastes finas e rectas ou o trabalho
realizado por uma força variável direccionada ao longo do eixo x. Nesta unidade, vamos
calcular as massas de hastes ou cabos finos ao longo de uma curva no plano ou no espaço.
Para isso precisamos de uma noção mais geral do que a de integração sobre um segmento
de recta no eixo x para integral de “linha”. Determinaremos as integrais sobre as curvas C
no plano ou na espaço. Essas integrais mais genéricas são chamadas integrais de linha.
Vejamos a figura
A curva é particionada em pequenos arcos de t= a até t= b. O comprimento de
cada subarco típico é ks .
Vamos supor que f(x, y, z) seja uma função real que queremos integrar sobre a curva
btaktkjthitgtr ,)()()()( dentro do domínio de f. Os valores de f ao longo da
curva são dados pela função composta f(g(t), h(t), k(t)). Vamos integrar essa função em
relação ao comprimento do arco de t=a a t=b.
Em cada um dos subarcos escolhemos um ponto ),,( kkk zyx e formamos a soma
n
k
kkkkn szyxfS
1
),,( . Se f é contínua e as funções g, h e k possuem derivadas de
primeira ordem contínuas, então essas somas se aproximam de um limite à medida que n
aumenta e os comprimentos ks se aproximam de zero.
A esse limite chamamos de integral de linha de f sobre a curva de a a b. e denota-se por
C
dszyxf ),,( onde C denota a curva.
16.1. Independência de linha
(caminho)
Se a e b forem dois pontos de uma região aberta D no espaço, a integral
C
dszyxf ),,(
geralmente depende do caminho percorrido. Para alguns casos especiais, o valor da integral é
o mesmo para todos caminhos de a a b.
Definições: independência do caminho e campo conservativo
Seja F um campo definido em uma região aberta D no espaço e suponha que para quaisquer
dois pontos A e B em D a integral
B
A
Fdr será a mesma para todos caminhos de A para B.
Então esta integral Fdr é independente do caminho em D e o campo F é conservativo em
D.
Uma função vectorial F diz-se campo conservativo se ela fôr gradiente de uma função real f.
Seja dada uma função F tal que
dy
df
dx
dftytxftrF ;))(),(())(( então,
b
aC
dttrtrFFd )('))(( .
76 Cálculo Diferencial e Integral em IRn Beira, Agosto de 2011
16.2. Teorema fundamental de cálculo para
integral de linha
Seja dada uma função vectorial PkNjMiF cujas funções componentes são contínuas
em uma região D aberta e conexa no espaço. Então, existe uma função diferenciável f tal
que
k
dz
dfj
dy
dfi
dx
dffF se e somente se para todos os pontos A e B em D o valor de
B
A
drF for independente do caminho que liga A e B em D.
Portanto, se a integral for independente do caminho de A a B, o seu valor é
)()( AfBfdrF
A
B
.
Nota: Para uma curva fechada, a integral é nula ou seja, 0
C
Fdr .
Exemplo
1. Calcule a integral curvilínea
C
Fdr onde C é a curva dada por jteisentetr tt )cos()()(
onde t0 .
RESOLUÇÃO
1)1;0();0())0(())(()()( 3 efefrfrfAfBfFdr
C
1. Indique dos campos abaixo, os conservativos e os que não são
i. xykxzjyziF
ii. kzxyjxsenziysenxF )cos()()(
iii. ykjzxyiF )(
iv. xjyiF
v. kxyzjizxF )()(
vi. zkjsenxeiyeF xx )()cos(
2. Determine as integrais de kzejxyiyxF z )()( 22 sobre os caminhos de (1, 0, 0)
a (1, 0, 1) a seguir.
i. O segmento de recta x=1, y=o, 0≤ z ≤ 1
ii. A hélice 20,)2/()()(cos)( tktjsentittr
Exercícios
78 Cálculo Diferencial e Integral em IRn Beira, Agosto de 2011
Bibliografia
STEWART, James. Cálculo: vulume 2; tradução de Antonio Carlos Moretti, ANtonio Carlos
Gilli Martins. São Paulo: Thomson Learning. 2007.
WEIR, Maurice D. Cálculo (George B. Thomas Jr.), Volume II, 11ed.,Adison Wesley,São
Paulo,2009.
HOFFMANN, Laurence D. e BRADLEY, Gerald L. Cálculo: um curso modern e suas
aplicações. 10ed. LTC, Rio de Janeiro, 2010
TAN, S. T., Matemática Aplicada a Administração e Economia. 2ed., CENGAGE Learning,
2008