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Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas Nome: Laís Trindade Rodrigues Nº de matrícula: 38184 Estudo Dirigido de Distúrbios Circulatórios 1. Cite como o aumento da permeabilidade vascular pode contribuir para o Edema. Ela faz com que o fluido extravasado se torne exsudato ao se tornar rico em proteínas, acontecimento causado devido ao aumento da pressão hidrostática e à diminuição da pressão coloidal intravascular. 2. Descreva hiperemia ativa e passiva. A hiperemia ativa é o resultado ativo da dilatação das artérias, fazendo com que o tecido fique vermelho devido ao aumento do fluxo de sangue nos capilares arteriais, resultando, assim, em acúmulo de sangue arterial. Enquanto isso, a hiperemia passiva (ou congestão), tem como causa a diminuição da drenagem venosa e o tecido assume coloração azul-avermelhado por causa do acúmulo de Hb desoxigenada na área, o que caracteriza a cianose. 3. Classifique a hiperemia passiva (congestão) De acordo com o alcance nos tecidos: sistêmica (insuficiência cardíaca) ou local (obstrução venosa isolada). De acordo com o tempo de duração: crônica (longa duração, perfusão inadequada e hipóxia, que podem levar à morte celular e fibrose tecidual) ou aguda (com menor duração, causa ingurgitamento de capilares e, consequentemente, edema e hemorragia). 4. Descreva o mecanismo de estase da trombose. A formação de trombos está ligada a 3 elementos principais (parede vascular, plaquetas e cascata de coagulação) e relacionada a 3 mecanismos diferentes que podem desencadeá-la, que são a lesão endotelial, a estase e a hipercoagulabilidade (tríade de Virchow). De maneira específica sobre a estase, temos que a contribuição dela para a trombose se dá pois favorece lesões e disfunções no endotélio sejam estabelecidas. Isso se dá, pois, com o fluxo normal, as plaquetas correm pelo centro do vaso e com a estase correm mais próximo ao endotélio, o que causaos a ativação de células endoteliais e aumento da atividade pró-coagulante; o contato das plaquetas e leucócitos com o endotélio; e a eliminação lenta dos fatores de coagulação ativados 5. Discorra sobre os destinos dos trombos. 1- Propagação: plaquetas se agregam ao trombo com a ajuda da fibrina, fazendo com que o trombo aumente de tamanho, ocluindo mais o vaso. 2- Embolização: quando há o deslocamento do trombo ou de parte dele para outra parte do vaso. 3- Dissolução: atores fibrinolíticos podem causar a completa dissolução dos trombos recém-formados, o que não ocorre nos antigos por possuírem uma rede de fibrina mais resistente à plasmina. 4- Organização e recanalização: as células do endotélio, da musculatura lisa e os fibroblastos crescem dentro do trombo antigo, que é rico em fibrina, formando canais capilares, o que restabelece a continuidade do vaso. 6. Discorra sobre infarto e correlacione com o tipo de necrose que ocorre. O infarto é consequência da obstrução de algum vaso e da posterior formação Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas Nome: Laís Trindade Rodrigues Nº de matrícula: 38184 de uma área de necrose isquêmica. São classificados em hemorrágicos, brancos e sépticos ou brandos. 7. O que são hematomas, petéquias, púrpuras e equimoses? Hematomas: sangue fica acumulado dentro de algum tecido. Petéquias: hemorragias puntiformes dentro da pele ou mucosas, com diâmetro de 1-2mm. É causado, principalmente, pela discrasia sanguínea e pela alteração da permeabilidade vascular. Púrpuras: hemorragias com diâmetro de 3-5mm, possuem as mesmas causas das petéquias, além de trauma, vasculite e fragilidade vascular. Equimoses: hematomas de 2-3cm, subcutâneos, coloração varia de acordo com o tempo (vermelho-azulada para dourado-amarronzada), devido ao grau de conversão enzimática da hemoglobina, depois bilirrubina e, posteriormente, hemossiderina. 8. O que é choque? Discorra sobre o choque hipovolêmico. Choque é um síndrome que se caracteriza pela baixa perfusão sistêmica dos tecidos, pela hipotensão sistêmica (consequência de uma diminuição do DC e do volume de sangue circulante). Pode ser resultado de uma falha no bombeamento do coração, baixo volume de sangue e plasma, obstrução de vasos. Pode ser anafilático, cardiogênico, séptico e hipovolêmico. O choque hipovolêmico, mais especificamente, tem como causas principais as hemorragias e as perdas líquidas, como vômitos, diarreia, queimaduras, etc. O mecanismo é baseado na diminuição do retorno venoso, causada pelo volume de sangue diminuído. Com isso, há também uma redução no volume sistólico, diminuindo o DC e a perfusão tecidual. 9. O choque pode ser decorrente de vários mecanismos, comente sobre o choque cardiogênico: exemplos clínicos e mecanismos principais. Os principais exemplos clínicos são: infarto do miocárdio, ruptura ventricular, arritmia, embolia pulmonar e tamponamento cardíaco. O mecanismo tem como base a falência do miocárdio, desencadeada por algum dano no próprio miocárdio, pressão extrínseca ou obstrução do fluxo de sangue. Há uma diminuição da contratilidade do coração que resulta em uma redução do DC e do volume sistólico, além de uma posterior congestão pulmonar, diminuição da perfusão tecidual sistêmica e da artéria coronária. 10. Comente sobre as características macroscópicas e microscópicas do edema pulmonar. Macroscópicas: pulmão com peso aumentado (2-3x o normal), secção com fluido espumoso e às vezes sanguinolento. Microscópicas: presença de trombos de fibrina, macrófagos espumosos intra-alveolares. 11. Discorra sobre a tríade de Virchow para a formação da trombose. A lesão endotelial tem etiologia diversa - como traumas, infecção, hipertensão, endotoxinas bacterianas e hipercolesterolemia - que ativam fatores de coagulação (produzindo pró coagulantes como a tromboplastina, fator de von Willebrand, PAF, inibidor do ativador do plasminogênio e reduzem a de anticoagulantes como a trombomodulina, óxido nítrico, prostaciclina e ativador de plasminogênio). A estase desencadeia a ativação de células endoteliais e o aumento da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas Nome: Laís Trindade Rodrigues Nº de matrícula: 38184 atividade pró-coagulante, bem como o contato das plaquetas e leucócitos com o endotélio e eliminação lenta dos fatores de coagulação ativados. A hipercoagulabilidade decorre do aumento da viscosidade do sangue, da agregação de plaquetas e da diminuição da atividade fibrinolítica. 12. Discorra sobre os tipos de embolia. Embolia gordurosa: ocorre quando glóbulos microscópicos de gordura são liberados na circulação. Ela pode ser causada por esmagamento de tecidos moles, ruptura de vasos medulares ou lesões esqueléticas em ossos longos. A embolia gordurosa causa obstrução mecânica e também lesão bioquímica nos vasos devido à liberação de ácidos graxos. São capazes de ocluir a vasculatura cerebral e pulmonar. Embolia do líquido amniótico: é causada pela entrada de líquido amniótico na circulação materna, como efeito secundário a lacerações nas membranas placentárias e ruptura da veia uterina. Tem como consequência quadros como a apneia aguda, cianose e choque hipotensivo, com consequente convulsão e coma, além de edema pulmonar e coagulação intravascular. Na microscopia, podem ser observadas células escamosas da pele fetal, mucina do trato respiratório ou gastrointestinal do feto e gordura do verniz caseoso, bem como dano alveolar difuso e trombos de fibrina. Embolia gasosa: bolhas de gás ou de ar atmosférico tornam-se coalescidas e obstruem o fluxo sanguíneo, devido à descompressão, causando isquemia distal. No que diz respeito a alterações da pressão atmosférica, elas podem originar a doença da descompressão, com o mecanismo baseado nesse tipo de embolia. Edema, hemorragias e atelectasia ou enfisema podem ser consequências. Na forma crônica, recebe o nome de doença dos caixões, já que a persistência dos êmbolos nos ossos causa focos de necrose no osso. 13. Quais os tipos de necrose que ocorrem nos infartos cerebrais e no infarto do miocárdio? Comente características macroscópicase microscópicas. Infartos cerebrais: há uma grande liberação de enzimas lisossômicas pode haver infecção bacteriana, o que causa necrose liquefativa. Na macroscopia, a região possui aspecto semifluido ou liquefeito e microscopicamente, sendo perceptível a perda da morfologia básica sofrida por essa região. Na microscopia, verifica-se também infiltrado inflamatório, núcleo picnótico e até o desaparecimento dele. Infarto do miocárdio: ocorre a necrose coagulativa. A macroscopia é caracterizada por uma coloração esbranquiçada, firme e ressecada. Já na microscopia podem ser observadas células anucleadas e com o citoplasma acidófilo e granuloso, além preservação da a arquitetura básica dos tecidos por alguns dias e observa-se infiltrado inflamatório.