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Cura de Feridas Cutâneas
A cura de uma ferida cutânea é um
processo que envolve a
regeneração do epitélio e a formação
de cicatriz de tecido conjuntivo, e é
ilustrativa dos princípios gerais que se
aplicam à
cura em todos os tecidos.
Dependendo da natureza e do tamanho
da ferida, a cura de
feridas cutâneas pode ocorrer por
primeira ou segunda intenção.
Cura por Primeira
Intenção
Esse tipo de cicatrização é denominado cura por união primária ou por primeira intenção. A
incisão provoca apenas ruptura local da continuidade da membrana basal e morte de um
número limitado de células epiteliais
e células do tecido conjuntivo. Como resultado, a regeneração
epitelial é o principal mecanismo do reparo. Uma pequena cicatriz
é formada, com contração mínima da ferida. O estreito espaço
da incisão é preenchido por um coágulo sanguíneo contendo
fibrina que é rapidamente invadido pelo tecido de granulação
e coberto por um novo epitélio. 
• Dentro de 24 horas, os neutrófilos aparecem na borda da
incisão, migrando em direção ao coágulo de fibrina. As células
basais da epiderme da borda do corte começam a exibir
aumento da atividade mitótica. Dentro de 24-48 horas, as
células
epiteliais de ambas as margens começam a migrar e proliferar
ao longo das margens da derme, depositando, à medida que
se movem, componentes da membrana basal. Elas se fundem
na linha média, abaixo da superfície da crosta, produzindo
uma fina e contínua camada epitelial.
• Por volta do terceiro dia, os neutrófilos são amplamente
substituídos por macrófagos e o tecido de granulação invade,
progressivamente, o espaço da incisão. As fibras colágenas
agora são evidentes nas margens da incisão, mas estão
verticalmente orientadas e não formam pontes na incisão. A
proliferação das células epiteliais continua, produzindo uma
camada epidérmica espessada.
• Em torno do quinto dia, a neovascularização alcança seu
ponto máximo e o tecido de granulação preenche o espaço
da incisão. As fibrilas colágenas tornam-se mais abundantes
e começam a formar pontes na incisão. A epiderme recupera
sua espessura normal quando a diferenciação das células
superficiais produz uma arquitetura epidérmica madura com
queratinização superficial.
• Durante a segunda semana, ocorre contínua proliferação
de fibroblastos e acúmulo de colágeno. O infiltrado
leucocitário, o edema e o aumento da vascularização
diminuem substancialmente. Inicia-se o longo processo de
“empalidecimento”, devido ao aumento da deposição de
colágeno
dentro da cicatriz e regressão dos canais vasculares.
• No fim do primeiro mês, a cicatriz consiste em tecido
conjuntivo celular, em grande parte devido às células
inflamatórias,
coberta por epiderme normal. Entretanto, os anexos dérmicos
que foram destruídos na linha da incisão são perdidos
permanentemente. Com o tempo, a força tênsil da ferida
aumenta, como descrito adiante.
Cura por Segunda
Intenção
• Um coágulo ou crosta maior rica em
fibrina e fibronectina se
forma na superfície da ferida.
• Ainflamação é mais intensa porque grandes perdas de tecido
possuem volume maior de restos necróticos, exsudato e fibrina que
devem ser removidos. Consequentemente, grandes
defeitos têm potencial maior de lesão secundária mediada
por inflamação.
• Defeitos teciduais maiores requerem maior volume de tecido
de granulação para preencher os espaços e fornecer suporte
para a reepitelização. Geralmente, um volume maior de
tecido de granulação resulta em maior massa de tecido
cicatricial.
• A cura por união secundária envolve a contração da ferida. Por
exemplo, dentro de seis semanas, grandes defeitos
cutâneos podem ser reduzidos de 5-10% do seu tamanho
original, em grande parte pela contração. Esse processo tem
sido atribuído à presença de miofibroblastos, que são fibroblastos
modificados exibindo características funcionais e
ultraestruturais de células musculares lisas.
A deposição de colágeno é parte do processo normal de cura
de feridas. O termo fibrose é usado para denotar a deposição
excessiva de colágeno e de outros componentes da MEC
em um tecido. Conforme já mencionado, os termos cicatriz
e fibrose são usados alternadamente, mas fibrose refere-se
mais frequentemente à deposição de colágeno em doenças crônicas.
Os mecanismos básicos da fibrose são os mesmos daqueles
que ocorrem na formação de cicatriz durante o reparo tecidual.
Entretanto, o reparo tecidual ocorre, tipicamente, após um estímulo nocivo
de curta duração e segue uma sequência ordenada
de etapas, enquanto a fibrose é induzida por estímulo nocivo
persistente, como infecções, reações imunológicas e outros tipos
de lesão tecidual. A fibrose observada nas doenças crônicas,
como a fibrose pulmonar, frequentemente é responsável pela
disfunção e insuficiência do órgão.
Resistência da Ferida
As feridas suturadas cuidadosamente têm aproximadamente 70%
da resistência da pele normal, em grande parte
devido à disposição das suturas. Quando as suturas são
removidas, geralmente em uma semana, a resistência da
ferida é aproximadamente 10% daquela apresentada pela
pele intacta, mas aumenta rapidamente durante as quatro semanas
seguintes.
 A recuperação da força tênsil é resultante
da síntese de colágeno que ultrapassa a sua degradação durante
os dois primeiros meses e de modificações estruturais
do colágeno (p. ex., ligação cruzada e aumento do tamanho
da fibra) quando a síntese de colágeno declina em tempos
posteriores. A resistência da ferida alcança cerca de 70-80%
do normal por volta dos três meses e, normalmente, não vai
além desse ponto.
Fibrose em Órgãos
Parenquimatosos

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