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- 21/06; RESUMO DA MATÉRIA EJA Semana 1: Conceito e definição de Educação e a Educação de Jovens e Adultos. - Conceitos básicos de educação e de EJA: educação; comunicação; cultura; códigos, símbolos e valores; domínio de aprendizagem; órgãos dos sentidos; memórias sensoriais; inteligências sensoriais, inteligências múltiplas. - Educação como política pública – elementos de política educacional: Previsão constitucional; - Leis, decretos, normas e regulamentos; Políticas, planos, programas, projetos e ações; Orçamento/Financeiro; Infraestrutura; Órgãos de regulação, de controle e de fiscalização; formação de professores; Sistema de Avaliação. - Conceito e definição de EJA – Lei 9394/96 (LDB); Art. 37. A educação de jovens e adultos será destinada àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos nos ensinos fundamental e médio na idade própria e constituirá instrumento para a educação e a aprendizagem ao longo da vida. - Conceito e definição de educação: * Cultura: todo ser humano é produtor de cultura, que é um conjunto de códigos, símbolos e valores. É preciso saber como o sujeito produz seu conhecimento. * Comunicação: para ser compartilhado, este conjunto precisa ser comunicado a outrem. É preciso saber os meios pelos quais o sujeito faz esta comunicação. * Educação: a intencionalidade em modificar o pensamento, o comportamento e a ação do outro é a Educação. Na intencionalidade está implícita uma didática e uma Metodologia. - Os domínios de conhecimentos. Domínio = Matrizes de Aprendizagem = Áreas de Ciências Universo = Átomo = Física/Astronomia Natureza = Molécula/Célula = Biologia, Química, Matemática,Geog. Artes Corpo Humano = Órgãos dos sentidos = Fisiologia/Neurologia Sociedades Humanas = Indivíduo = Cultura,Religião, Filosofia, Sociol. Hist. Política, Ética - Características gerais: Inteligência, Memória, História, linguagem, Comunicação. - Características específicas: * Universo – Átomo – a Física explica * Natureza – Molécula/Célula – a Biologia e a Química explicam * Corpo Humano – Órgãos dos Sentidos – a Epistemologia explica * Sociedades Humanas – Indivíduo – A Sociologia explica - Processo humano de construção do conhecimento: * Apreensão da informação pelo meio dos sentidos = * Armazenamento e constituição das memórias sensoriais = * Processamento do conteúdo das memórias. No processamento a Informação é transformada em conhecimento. - Processo humano de produção e apropriação do conhecimento: * Visão: Informação eletromagnética (memória visual) = Artes pictóricas – Indústria óptica * Audição: Informação sonora (memória auditiva) = Música – Radar sonar. * Tato: informação termocinestésica (memória cinestésica) = Dança/Esportes – Indústria de motores. * Palato: Informação química (memória gustativa) = Equilíbrio/Harmonia = Indústria alimentícia e farmacêutica. * Olfato: Informação química (memória olfativa) = Segurança/Precisão = Indústria química. - Todo ser humano está circunscrito a 4 domínios de conhecimento. Cada domínio possui uma matriz de Aprendizagem – As matrizes de Aprendizagem possuem características gerais e específicas, estas explicadas pela área própria da Ciência. DIDÁTICA NO CÁRCERE - O conhecimento humano construído ao longo de gerações e por número incalculável de pessoas aconteceu de diversas formas, mas pode-se destacar o emprego de algumas posturas e atitudes que hoje denominamos procedimentos científicos, ou seja, observação, descrição, comparação, análise e síntese. - A Natureza como Matriz de Aprendizagem – implica em estudar as leis que rege a matéria da qual é composta os seres que dá vida e os processos que nela acontecem. - O Corpo Humano como Matriz de Aprendizagem: Visão; Audição; Tato; Palato; Olfato. Por meio dos cinco sentidos aprendemos os diversos tipos de informações que organizam a vida à nossa volta e estas informações são essenciais para o funcionamento biológico do corpo, para a interação com o meio ambiente e para a nossa sobrevivência. - Matriz de Aprendizagem: elo inicial a partir do qual se constrói o conhecimento sobre o Universo, a Vida, o Ser Humano e o Mundo que ele criou. - Natureza organizada em Reinos: Mineral, Animal e Vegetal. As palavras- chaves são oriundas da Física da Química e da Biologia. - Equivalência de propriedades gerais: Átomo – Célula – Molécula – Zigoto – Ser Humano. - Se o Universo e a Natureza são dotados das propriedades gerais – Inteligência – Memória – História – Linguagem e Comunicação; não é nenhuma destas que nos distingue das demais formas de vida como humanos ou como superiores a elas - O que nos distingue como humanos, mas não necessariamente superiores, é a capacidade que nenhuma outra forma de vida tem, de compreender a realidade, de aprendê-la por meio dos órgãos sensoriais e de transformá-la. - Química = Átomo = núcleo – prótons – elétrons – nêutrons - Eletrosfera – Molécula - Física = Mecânica = Trabalho – Força – Movimento – Massa – Ondas – Sistema - Biologia (Vegetal/Animal/Corpo Humano): Vegetal = Semente – Tecidos Vegetais – Sistemas Vegetais – Planta/Árvore – Ecossistemas – Colônia/Comunidade/Sociedade – Inquilinismo; Animal = Zigoto – Células – Tecidos – Órgãos – Aparelhos – Sistema – Corpo; Corpo Humano = Órgãos Sensoriais = Visão – Audição – Tato – Olfato – Cérebro. - Sociologia = Sociedade Humana = Família – Clã – Fratria – Tribo – Nação – Estado – Comunidade de nações. A analogia entre semente célula e família deve levar à compreensão de como a vida se organiza nos grupos vegetal animal e humano, dada a estrutura e dinâmicas semelhantes que as impulsionam na sua existência, na sua ação e reprodução. - É no corpo humano que estão os mecanismos de produção do conhecimento – os cinco sentidos físicos – atributos de todos os seres humanos - mas os conhecimentos não são igualmente socializados e distribuídos, e os benefícios resultantes, protegidos por direitos autorais, royalties e patentes, são apropriados por poucos que transformam a todos nós – demais seres humanos – em meros consumidores de serviços e de tecnologias. A isso denominamos apropriação privada do conhecimento, a base do que denominamos Capitalismo Científico. Componentes operacionais da didática no Cárcere. 1)Habilidades e competências sociais; 2) Avaliação de saberes constituídos no Muno da Vida; 3) Avaliação de saberes constituídos no mundo do trabalho; 4) Genograma (estudo da árvore genealógica); 5) Linha do tempo; 6) História de Vida; 7) Recursos Cognitivos. - Avaliação de Habilidades e Competências Sociais. - Avaliação de saberes constituídos no mundo da vida: no processo de alfabetização científica os conhecimentos prévios do sujeito constituem o ponto de partida. - Recuperar os pressupostos científicos presentes nos saberes populares e nos conhecimentos de senso comum responde, portanto a pelo menos três propósitos: 1. Valorizar o conhecimento do sujeito mostrando que ele sabe; 2. Ajudá-lo a organizar e sistematizar saberes e conhecimentos que já possui; 3. Proporcionar a elevação do conhecimento e, consequentemente, da escolaridade. - Avaliação de saberes constituídos no mundo do Trabalho: o público de adultos leva para a escola saberes, conhecimentos, habilidades e competências que, mesmo sem a formalização por meio de cursos, certificados e diplomas, para eles correspondem a um ofício ou uma profissão. - GEPÊPrivação, fundado em 2005 – Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Educação em Regimes de Privação da Liberdade. Sediado na Faculdade de educação da Universidade de SP. - Desde que ficou consignado nas Diretrizes Nacionais a oferta de educação para jovens e adultos em situação de privação de liberdade nos estabelecimentos penais (Resolução CNE/CEB nº2, de 19 de maio de 2010) as atividades na prisão podem e devem integrar um projeto políticopedagógico - o GEPÊPrivação tem feito do PPP das Prisões sua principal prioridade. - Proposta pedagógica para docência em Regimes de Privação da Liberdade: o marco teórico que emoldura esta proposta fundamenta-se na Pedagogia Social e na prática da Educação Social – aborda a educabilidade social do sujeito e visa sua preparação para a vida em sociedade. - Com uma população prisional superior a 726 mil presos em que cerca de 40% são presos provisórios, ainda sem sentença de condenação, a oferta de Educação para eles constitui um desafio, sobretudo por causa da transitoriedade desta condição e das instalações onde estão recolhidos, diferentes das instalações destinadas a presos condenados. - A oferta de escolaridade no sistema prisional paulista é realizada na modalidade EJA, com matrícula semestral em cerca de 850 classes distribuídas em 138 das 165 unidades prisionais do Estado que são atendidas por 95 escolas vinculadoras em 53 Diretorias de Ensino – A EJA oferece vagas para os anos iniciais e finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio. - A História da Educação em Prisões: 1976 – Criação da FUNAP (inicialmente – Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso, hoje – Fundação Professor Dr. Manoel Pedro Pimentel). A FUNAP, como é conhecida, recebeu do Governo do Estado a incubêmcia de cuidar da Educação dos presídios paulistas. - Em conseqüência da Resolução nº 2, de 19 de maio de 2010, por meio da qual o Conselho Nacional de Educação (CNE) instituiu as Diretrizes Nacionais para a oferta de EJA em situação de privação de liberdade nos estabelecimentos penais, no estado de São Paulo foi aprovada a Resolução Conjunta SE/SAP 1 de 17/01/2003, que devolveu à Secretaria de estado da Educação a responsabilidade pela Educação nas Unidades prisionais do Estado. - Na Didática do Cárcere temos tratado como “acidentes biográficos” as intercorrências negativas da vida, que podem ser meramente circunstanciais e passageiras e não determinantes do que seja a identidade, a personalidade, o caráter e o futuro do sujeito. - Priorizar a capacidade comunicacional em detrimento da competência gramatical significa entender que cada grupo, cada estratificação social possui um conjunto de códigos, de símbolos e de valores que são suas referências de organização, de pertencimento e de comunicação mesmo que seja não verbal. _____________________________________________________________ Limites e possibilidades do Direito à Educação na legislação brasileira: - Art. 209 – O dever do Estado para com a Educação será efetivado mediante a garantia de: - o acesso ao ensino público e gratuito é direito público subjetivo. - O que depreendemos dessas definições do direito objetivo e do direito subjetivo é que apenas e tão somente o Ensino fundamental constitui direito público subjetivo. A oferta dos demais níveis e modalidades de ensino requer ações, individuais ou coletivas, para que o poder público possa ofertá-los. - A LDB dispões sobre a Educação de Jovens e Adultos para aqueles que não tiveram acesso ou que não tenham concluído o ensino fundamental e médio na idade própria. - A Creche – é um direito público objetivo gratuito, mas não obrigatório seu oferecimento por parte do poder público, sendo a oferta condicionada à demanda. - o Ensino Fundamental – é um direito público, subjetivo, gratuito e obrigatório seu oferecimento por parte do poder público. - A Educação Profissional – é um direito público objetivo, gratuito, mas não obrigatório seu oferecimento por parte do poder público; - O Ensino Superior é um direito público objetivo, gratuito, mas não obrigatório seu oferecimento por parte do poder público. - A EJA é sinônimo e equivalente do Ensino Fundamental, devendo ser entendido como público, gratuito e obrigatório e sob responsabilidade prioritária do município. - Educação – Dever do Estado e Direito do Cidadão - A Escola Pública como instrumento de execução de políticas sociais: a educação é uma política pública universal, assim como saúde, segurança pública e acesso a justiça. - A aprendizagem e a educação de adultos também incluem oportunidades de educação e aprendizagem para a cidadania ativa, também conhecida como educação comunitária, popular ou liberal. - O aluno da EJA precisa da escola para ajudá-lo a fazer a sistematização dos saberes construídos no mundo da vida e não lhe ensinar o que se ensina a crianças do mesmo nível de escolaridade. - A EJA deve ter como objetivo prioritário a alfabetização do adulto, depois a sistematização dos saberes que ele tem com vistas à elevação da escolaridade e, se possível, a qualificação dele para o mundo do trabalho. SEMANA 2: MARCOS LEGAIS E NORMATIVOS DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS NO BRASIL: - Em 2006 a EJA é contemplada pelo FUNDEB e incluída nos benefícios gerais da educação, ou seja, merenda, transporte etc – Todas essas políticas foram apoiando as secretarias da educação para se voltarem a EJA. - Lei de Diretrizes e Bases da Educação : Seção V. Da Educação de Jovens e Adultos. Art. 37. A Educação de Jovens e Adultos será destinada àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos no ensino fundamental e médio na idade própria. Os sistemas de ensino assegurarão gratuitamente aos jovens e aos adultos, que não puderam efetuar os estudos na idade regular oportunidades educacionais apropriadas, consideradas as características do alunado, seus interesses, condições de vida e de trabalho, mediante cursos e exames. Resolução CNE/CEB nº2, de 19 de maio de 2010. Dispõe sobre as Diretrizes Nacionais para oferta de educação para Jovens e Adultos em situação de privação de liberdade nos estabelecimentos penais. - Hierarquia das Leis e das Instituições da Educação no Brasil = 1DF/Brasília – 26 Estados – 5570 Municípios: Aquilo que é definido na Constituição Federal precisa ser seguido pelos Estados e pelos Municípios (CF 1988) - Hierarquia das Leis – Tratados e Convenções = CF 1988 – LDB 1996 – ECA 1990 – CDC 1990 (Código de Defesa Consumidor – aplica-se no ensino privado – relação de consumo). - Hierarquia das Instituições: Órgão Executivo (não é autônomo e nem independente) – O sistema se reproduz nos Estados e nos Municípios/ Utiliza- se o princípio da corresponsabilidade. MEC – SEE (Secretaria Estadual de educação) – SME (Secretaria Municipal de Educação) CNE (Conselho Nacional de Educação) – CEE (Conselho Estadual de educação) – CME (Conselho Municipal de Educação). ESCOLA: Tem 3 instâncias auxiliares com responsabilidades distintas: CE (Conselho de Escola); APM (Associação de Pais e Mestres) GRÊMIO. DIRETOR – VICE-DIRETOR – COORDENAÇÕES (dependendo do tamanho da escola: coordenação para Ed. Infantil; coordenação para o Ensino Fundamental I; coordenação para o Ensino Fundamental II; coordenação para o Ensino Médio) – EQUIPE PEDAGÓGICA (professores) – EQUIPE DE APOIO (inspetores etc.). Estrutura e organização da Educação no Brasil: Níveis de Educação : Educação Básica e Nível Superior Educação Básica: (Pedagogia) – Ed. Infantil: CRECHE (0 à 3 anos) e PRÉ- ESCOLA (4 a 5 anos e 11 meses) ENSINO FUNDAMENTAL I (Pedagogia) – (6-10 anos)/ EJA ENSINO FUNDAMENTAL II (Professores especializados em educação - PEE) – (11-14 anos)/ EJA ENSINO MÉDIO (Professores especializados em educação - PEE) - (15-17 anos)/ EJA – ENSINO PROFISSIONAL TÉCNICO: * concomitante (2 matrículas/2 escolas); *integrado (tempo integral); técnico profissional (termina o médio e faz o técnico). ENSINO SUPERIOR – GRADUAÇÃO: Bacharelado; Licenciatura (dar aula); Cursos de extensão (até 90h/a – pode ser feito durante ou depois da graduação); Cursos de especialização “Latu Sensu” (mestrados). PÓS- GRADUAÇÃO; MESTRADOS; DOUTORADOS. História da EJA no Brasil: - 1ª Constituição Brasileira/D. Pedro I (1824). Previa a oferta do ensino primário a todos os cidadãos, inclusiveos adultos. Porém esses que se enquadravam como cidadãos representavam uma pequena parcela da população. - 1930 eleição de Getúlio Vargas – Movimento Nacionalista pela industrialização do país – ampliação da oferta do ensino primário, criação de cursos profissionalizantes. - 1934 Constituição propôs “Plano Nacional de Educação – ABE (Associação Brasileira de Educação) – Seção Educação de adultos. - 1942 Instituído o Fundo Nacional do Ensino Primário. - 1945 Foi regulamentado e estabelecido que o Ensino Supletivo de Jovens e Adultos deveria receber 25% de cada auxílio. - 1947 Criação da Campanha de Educação de Adolescentes e Adultos (CEAA) que funcionou até 1963. Coordenada pelo serviço de Educação de Jovens e Adultos (SEA) - Difusão com outros movimentos. MCP (Movimento de cultura Popular), MEB (Movimento Educação de Base); CPC (Centro Popular de Cultura); Campanha de Pé no Chão também se Aprende a Ler. - 1964 Paulo Freire: Programa Nacional de Alfabetização do Ministério da Educação e cultura – momento em que se voltaram os olhares para o potencial dos jovens e adultos analfabetos. - 1964 Golpe Militar – essas práticas foram interrompidas e os movimentos de educação e cultura popular proibidos. - Depois 1964 – A EJA foi abordada por meio de duas principais políticas: Movimento Brasileiro de Alfabetização (MOBRAL), instituído pela Lei nº 5379/1967 e posteriormente, pelo Ensino Supletivo, estabelecido por meio da LBDN nº 5692/71 - MOBRAL até 1971 - Fim do regime militar/redemocratização – O movimento pós-ditadura é de defesa e garantia dos direitos sociais e políticos – consagrados na CF 1988 – Art 208: Educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade. A EJA NO BRASIL – a defasagem série-idade e a falta de qualificação e políticas para lidar com o problema podem levar a procura pela EJA como uma alternativa ao ensino regular. - 2018 14,8% dos freqüentadores dessa modalidade têm entre 15 e 18 anos. Ou seja, trata-se de um público jovem que não obteve no ensino regular as condições necessárias a sua permanência. - A formação docente e a Educação de Jovens e Adultos - Raramente se pensa, discute ou se contextualiza as especificidades desse tipo de educação na formação inicial de professores. A deficiência se faz tanto na formação, quanto na pesquisa científica EJA NA CIDADE DE SÃO PAULO – O currículo da Cidade de São Paulo foi elaborado tendo como base as seguintes premissas: Continuidade; Relevância; Colaboração; Contemporaneidade; Linguagem; Matemática; Ciências da Natureza; Ciências Humanas (Geografia e História) – O currículo se organiza por Áreas do Conhecimento e Componentes Curriculares. - Modalidades EJA: CIEJAS e EJA MODULAR - EJA REGULAR (currículo organizado em etapas na peridiocidade semestral)- O currículo preserva a subdivisão de Ensino Fundamental de nove anos em quatro etapas. I – Etapa Alfabetização – dois semestres; Compreende os três primeiros anos (1º, 2º, 3º); II – Etapa Básica – dois semestres; (4º e 5º); III – Etapa Complementar – dois semestres; (6º e 7º); IV – Etapa Final – dois semestres (8º e 9º) - O currículo EJA estrutura-se com base em três conceitos orientadores: - Educação Integral; - Equidade; - Educação Inclusiva. - A EJA foi constituída no Brasil através de muita luta que prepassou diferentes períodos e governos, envolvendo muitos atores, movimentos e instituições da sociedade civil. - Apesar de sua origem assistencialista e religiosa ao longo dos anos foi se fortalecendo como parte da política pública de Educação, apresentando hoje os seus elementos constituintes como leis, normas e diretrizes, financiamento, formação de professores, avaliação e material didático pedagógico próprio. EJA EM XEQUE: Devemos compreender a EJA, antes de tudo, como o direito à educação básica ao longo da vida. - 65 milhões de brasileiros com 15 anos ou mais não concluíram o Ensino Fundamental; e 22 milhões com 18 anos ou mais não tinham terminado o Ensino Médio (2010). - Para fazer valer os direitos educativos de todos e todas num país marcado por desigualdades e violações como o Brasil, é preciso que a EJA seja assumida como uma política universal e permanente de ação afirmativa e reparadora, orientada explicitamente ao combate das desigualdades e à promoção de direitos. - Em consonância com esta perspectiva, vale lembrar que o Plano Nacional de Educação, aprovado em 2014, na meta 9, que faz referência à redução do analfabetismo no país, anuncia em suas estratégias a necessidade de realizar diagnósticos e identificar a demanda ativa (9.2), assim como apoiar projetos inovadores que atendam às demandas específicas desse público (9.9). ENCEJA: criado em 2002, na gestão Fernando Henrique Cardoso, o Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos, foi uma das estratégias de atendimento ao público da EJA mantido pela gestão Luiz Inácio L. Silva. Diferente do que ocorria desde a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional em 1996 (LDBEN), que determinava a oferta de exames supletivos pelos governos estaduais e municipais, foi proposto pelo INEP um exame para certificação de conclusão de escolaridade com abrangência nacional. Dentre os argumentos oficiais para sua criação estava a defesa da criação de um exame de maior qualidade técnica frente àquelas produzidas nos estados, o combate à “indústria” de venda de diplomas e a possibilidade de se construir indicadores de qualidade das políticas públicas dessa modalidade. DO ENCCEJA PARA O ENEM: a partir de 2009, o ENEM assumiu a função de exame de certificação de conclusão de escolaridade em nível médio, deixando o ENCCEJA, O ENEM integrou o “ciclo de avaliações da Educação Básica”, juntamente com o Sistema de Avaliação SAEB. Contribuição de Paulo Freire para o desenvolvimento da EJA: - as salas de alfabetização precisam pautar nas ações do seu cotidiano; O professor deve planejar a “escrita”: a identificação dos saberes que chegam na escola. A Pedagogia da escuta é freiriana; é mais do que ouvir – é um ouvir de sentido. “Livro Pedagogia do Oprimido”: Pedagogia para adultos – compromisso com a politização com aquele que está aprendendo; Direito de “ser” e “estar” no mundo. - As 40 horas de Angicos (1963) – alfabetização em 40 horas; “Educar é realizar um ato político” – permitir às pessoas o acesso aos seus direitos. - A vivência na escola já é uma experiência de vivência política – A escola é um espaço de cultura, onde a vida dos sujeitos é pensada e criada. A escola é um centro de referência para mudar a vida da comunidade. Síntese: Temos boas leis e metas ambiciosas nos planos plurais de Educação, mas a ausência de dados confiáveis sobre a demanda e o baixo investimento nesta modalidade, demonstram que a EJA ainda é a parte mais frágil da Educação no Brasil e que ela não alcança a população onde efetivamente estão as pessoas, que são os interiores do Norte, Nordeste e Centro-Oeste, as periferias urbanas e as prisões. SEMANA 3: O PÚBLICO DA EJA E AS METAS DO PNE (2014) E DO PEESP (2016) - METAS 8, 9, 10, 11 E 20 DO PNE META 8: Elevação da escolaridade/diversidade – elevar a escolaridade média da população de 18 a 29 anos de idade. Para as populações do campo, da região de menor escolaridade no País e dos 25% mais pobres, e igualar a escolaridade média entre negros declarados. META 9: Alfabetização de jovens e adultos – elevar a taxa de alfabetização da população com 15 anos ou mais para 93,5% até 2015 e, até o final da vigência deste PNE, erradicar o analfabetismo absoluto e reduzir em 50% a taxa de analfabetismo funcional. META 10: EJA Integrada – oferecer, no mínimo 25% das matrículas de educação de jovens e adultos, nos ensino fundamental e médio, na forma integrada à educação profissional. META 11: Educação profissional– triplicar as matrículas da educação profissional técnica de nível médio, assegurando a qualidade da oferta e pelo menos 50% da expansão no segmento público. META 20: Financiamento da educação – ampliar o investimento público e educação pública de forma a atingir, no mínimo, o patamar de 7% do Produto Interno Bruto – PIB do País no 5º ano de vigência desta Lei e, no mínimo, o equivalente a 10% do PIB ao final do decênio. PNE PLANNO NACIONAL DE EDUCAÇÃO – estados e municípios precisam elaborar seus planos: - Metas; - Indicadores; - Universalização; - Elevação de escolaridade; - Analfabetismo (seja o absoluto ou funcional) Fontes de dados qualitativos da EJA: ENCCEJA (exame nacional certificação EJA); - MEC – monitoramento das metas do PNE; - Observatório do PNE; - Fóruns de EJA no Brasil; - Qedu – dados gerais sobre a educação. - Percentual de alunos do ensino médio que estavam na série esperada para a idade em 2017: Brasil 68,4%; - Norte 59,6%; - Nordeste 60,6%; - Sudeste 76,9%; - Sul 69,1%; - Centro-Oeste 70%. - Não se pode falar em universalização da educação se não houver a universalização da EJA. - Ainda há dificuldades na produção de material didático pedagógico específico da EJA – também há dificuldades na formação de professores especialista em EJA. A AVALIAÇÃO DA EJA NO BRASIL: - Consideramos como público potencial da EJA correspondente ao Ensino Fundamental (EJA – EF) todos os brasileiros e brasileiras de 15 anos ou mais de idade que não têm instrução e que não completaram o Ensino Fundamental. - Como público potencial da EJA correspondente ao Ensino Médio (EJA-EM), são considerados todos os maiores de 17 anos que não completaram o Ensino Médio, embora tenham completado o fundamental. - Os dados do Censo 2010 informam que esses públicos correspondiam a 65 milhões e 22 milhões de brasileiros respectivamente – há aproximadamente 10% a mais de mulheres que efetivamente freqüentam a modalidade, tanto para a EJA-EF quanto para a EJA-EM. A proporção de pretos e pardos no público potencial da EJA é maior que a população em geral. - Demanda não atendida de EJA no Brasil: 90,5% dos 65 milhões que ainda não completaram o ensino fundamental e 77,9% dos 22 milhões que teriam ainda o ensino médio para completar. - Participam predominantemente no EJA-EF; jovens, mulheres e pessoas negras. - O “J” da EJA desfigura o que deveria ser “Educação de Adultos”, cria distorções e conflitos de gerações em sala de aula e impede que se façam modelagens específicas para os públicos distintos, como é o caso de população rural, indígena, quilombola e de presos. SEMANA 3 - EXERCÍCIOS DE APOIO 1) Como exercício de revisão dos conteúdos já estudado e preparação para as próximas semanas, familiarize-se com o texto da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), que é um conhecimento fundamental para profissionais da Pedagogia, conforme dispõe o Artigo 64: A formação de profissionais de educação para administração, planejamento, inspeção, supervisão e orientação educacional para a educação básica, será feita em cursos de graduação em pedagogia ou em nível de pós-graduação, a critério da instituição de ensino, garantida, nesta formação, a base comum nacional. Atividade para avaliação - Semana 3 1)Na Semana 3, o texto-base apresentou o conceito de “Domínios de Conhecimento” como um componente importante para a Educação de Jovens e Adultos. Corresponde aos conceitos estudados: - Explica que todo conhecimento humano pode ser classificado dentro de quatro grandes domínios do conhecimento; - Contempla o universo, a natureza, o corpo humano e as sociedades humana. 2) Na Semana 1, discutimos, a partir do texto-base, que cada Domínio de Conhecimento possui uma Matriz de Aprendizagem e que esta possui características gerais e específicas. Quais alternativas apresentam as características gerais presentes em todas as matrizes: - o texto afirma que Matrizes de Aprendizagem é um conceito da Psicologia Cognitiva; - Matriz de Aprendizagem constitui o ponto inicial a partir do qual se constrói o conhecimento em cada domínio de conhecimento; - As característica gerais das Matrizes de Aprendizagem são inteligência, memória, história e linguagem; - átomo, célula, sentidos sensoriais e indivíduo são as Matrizes de Aprendizagem para universo, natureza, corpo humano e sociedades humanas respectivamente. 3) Na Semana 2, estudamos os tratados e convenções internacionais ratificados pelo estado brasileiro. As alternativas verdadeiras são: - A ratificação de tratados e convenções internacionais é atribuição as Presidência da República, depois de devidamente aprovado pelo Congresso Nacional; - A ratificação de tratados e convenções internacionais tem força de lei e gera obrigações para os países signatários. 4) Na Semana 2, ao estudarmos a organização política e administrativa do Brasil, discutimos as atribuições de cada ente federativo. A afirmação verdadeira é: - A organização dos sistemas de ensino requerem o regime de cooperação entre a União, estados e municípios. 5) Na Semana 3, estudamos o Plano Nacional de Educação 2014-2024, seus objetivos, suas metas e as ações destinadas à alcançá-las. As afirmações verdadeiras são: - Cada estado brasileiro tem autonomia para elaborar seu Plano Estadual de Educação, desde que respeitada a Constituição Federal e a LDB. - Cada município brasileiro tem autonomia para elaborar seu Plano Municipal de Educação, desde que respeitada a Constituição Federal e a LDB. - O Plano Nacional de Educação estabelece as metas que devem ser alcançadas pelos 26 estados, pelo Distrito Federal e pelos 5570 municípios brasileiros. - Os planos nacional, estaduais e municipais de Educação têm o mesmo período de vigência, obedecem a mesma legislação, mas podem se diferenciar nas metas a serem alcançadas. SEMANA 4: FUNDAMENTOS EPISTEMOLÓGICOS DA EJA: - O Universo como domínio de conhecimento: os atributos físicos do Universo são estudados pela Física e Astronomia. - O Corpo Humano como domínio do Conhecimento: o corpo humano é constituído por células - O corpo humano se aprende por meio dos 5 sentidos físicos – cada sentido constitui uma memória específica; - cada memória sensorial corresponde a um tipo de inteligência. A integração entre os 5 sentidos produz conhecimento e sentido às coisas, às experiências, às sensações e emoções – desta integração surgem a memória cognitiva e a memória afetiva, que não são originárias dos 5 sentidos. Inteligência cognitiva é a capacidade de processamento da informação do cérebro - Não há artefato construído pelo Ser Humano que não tenha relação com o Corpo Humano e suas funções. Se todos nós temos os mesmos atributos humanos, estes conhecimentos deveriam ser compartilhados com todos os humanos – a apropriação privada deste conhecimento, por meio de patentes, constitui o Capitalismo Científico. - A Natureza como Domínio de Conhecimentos: - a base da Natureza é a organização de moléculas e de células. As formas fractais - base de todas as formas geométricas. - A Matemática, a Química e a Biologia organizaram estes saberes sobre a Natureza: Os sistemas de notação da Matemática, Química e Biologia visam ao controle, manuseio e manipulação da Natureza. - As Sociedades Humanas como Domínio de Conhecimentos: - A unidade composta a partir da reprodução vai ser denominada como família, clã, frátria, tribo, povo, nação etc – Cada agrupamento humano possui um conjunto de códigos, símbolos e valores de onde deriva tanto sua noção de pertencimento quanto sua ética. AS METAS DO PNE PARA A EJA: - O Poder Público viabilizará e estimulará o acesso e a permanência do trabalhador na escola, mediante ações integradas e complementares entre si. - Art. 38. Os sistemas de ensino manterão cursos e exames supletivos, que compreenderão a base nacional comumdo currículo, habilitando ao prosseguimento de estudos em caráter regular. - Os exames a que se refere este artigo realizar-se-ão: I – no nível de conclusão do ensino fundamental, para os maiores de 15 anos; II – no nível de conclusão do ensino médio, para os maiores de 18 anos. - Os conhecimentos e habilidades adquiridos pelos educandos por meio informais serão aferidos e reconhecidos mediante exames. DE ONDE PARTIMOS, ONDE ESTAMOS E ONDE PRECISAMOS CHEGAR. - Educação Jesuíta – Marques de Pombal – 1759; - Decreto nº 1331 de 17/02/1854; - Decreto nº 3029 de 09/01/1881 – Lei Saraíva; - Relatório Ruy Barbosa – 1882/1883; - Manifesto dos Pioneiros da Escola Nova – 1932; - Campanha de Educação de Adolescentes e Adultos 1947-1963 - Serviço de Educação de Jovens e Adultos SEA – 1947; - Movimento Brasileiro de Alfabetização MOBRAL - Lei 5379/67; - LDB 1961 – 4 a 6 anos de estudos; - LDBN 1971 – 8 anos de estudos; - LDBN 1996 – 9 anos de estudos; - 12 anos de estudos, com obrigatoriedade do Ensino médio; - Universalização da EJA. - A escola para EJA precisa ser diferente da escola regular de crianças e adolescentes – O professor da EJA tem perfil diferente da escola regular. Nesta escola o Mundo da Escola se integra ao Mundo da Vida e ao Mundo do Trabalho. - As experiências do Mundo da Vida e do Mundo do Trabalho constituem o eixo estruturador do currículo da EJA – a escola é o espaço de sistematização dos saberes constituídos no Mundo da Vida e no Mundo do Trabalho. BASES SUPOSTAMENTE CIENTÍFICAS DA EDUCAÇÃO ESCOLAR CIÊNCIA/PARADIGMA - Biologia/ Teoria da Evolução das Espécies (concepção de vida) - Psicologia/ Concepção de desenvolvimento, de comportamento e de aprendizagem humana. - Física/ Modelo explicativo das origens do Universo. - Química/ Composição da matéria, substâncias simples e compostas. - Filosofia/ Formular perguntas para as quais não há respostas. - Religião/ Ordem de valores baseadas em crenças. - História/ Registra os fatos humanos a partir da ótica dos dominantes. Todo ser humano é Produto e Cultura, logo, tem um saber próprio – educação se faz ao longo da vida, em todos os espaços e em todas as relações. EDUCAÇÃO POPULAR EM SAÚDE: os saberes populares foram incorporados ao Plano Nacional de Educação Popular em saúde, valorizando os saberes ancestrais dos povos tradicionais no Sistema Único de Saúde. - PNEPS-SUS: objetivo – promover o diálogo e a troca entre as práticas e saberes populares; fortalecer a gestão participativa nos espaços do SUS; reconhecer e valorizar as culturas populares; fortalecer os movimentos sociais populares; incentivar o protagonismo popular; apoiar ações de educação Popular na Atenção Primária em Saúde. Fundamentos epistemológicos da EJA – O corpo humano e os sentidos sensoriais: - Mecanorreceptores (tato, audição); - Fotorreceptores (visão); - Quimiorreceptores (paladar, olfato); - Termorreceptores (tato) Cinco sentidos básicos: tato, visão audição, olfato e paladar. Síntese: Ensinar jovens e adultos é diferente de ensinar crianças e adolescentes. Quanto mais idade e mais experiência de vida, mais a pessoa acumulou saberes em relação ao Universo, à Natureza, ao Corpo Humano e às Sociedades Humanas – Há certa impermeabilidade entre os saberes dos mundos da escola, da vida e do trabalho, que deve ser superada na EJA. EXERCÍCIOS DE APOIO – SEMANA 4 - Concepções de Universo, de Vida, de Mundo e de Homem que fundamentam as práticas da EJA. Com a intenção de potencializar as capacidades do Corpo Humano o homem criou ferramentas, técnicas e tecnologias. A caneta, o lápis e a Chave de fenda são exemplos de ferramentas que consideram a Mão Humana como modelo. 1)No texto base da disciplina discutimos que os Domínios de Conhecimento, constituem as bases para todo conhecimento humano. Estabeleça a relação entre cada Domínio e os conhecimentos dele derivado: - Sociedade Humana = Indivíduo, família, clã, frátria, tribo, povo, nação - Corpo Humano = Ferramentas, técnicas, tecnologias, processos - Natureza = Fractais, moléculas, formas geométricas, domínio da Química e da Biologia - Universo = Tempo, espaço, clima, velocidade, movimento 2) Na Semana 1 discutimos que Matrizes de Aprendizagem possuem características gerais e específicas. Dentre as características gerais presentes em todas as matrizes, podemos citar: R. Inteligência, memória, história, linguagem, comunicação. 3) Cada um destes agrupamentos corresponde a uma Matriz de Aprendizagem. Estabeleça as ligações corretas. - Energia, massa, carga elétrica, força, movimento = Átomo - Cromossomos, mitocôndrias, ácido nucléico, ácido ribonucléico, DNA = Célula - Visão, audição, tato, palato, olfato = Corpo Humano - Indivíduo, família, clã, frátria, tribo = Sociedade Humana 4) Cada um dos agrupamentos abaixo corresponde a uma forma de expressão da inteligência humana. Indique como cada uma delas se manifesta. - Visão, ondas eletromagnéticas, memória visual = Desenhos, gravuras, pinturas, fotografias. - Audição, ondas eletromagnéticas, memória auditiva, inteligência musical = Harmonia, melodia, timbre. - Tato, ondas cinestésicas, memória cinestésica, inteligência corporal = Ritmo, equilíbrio, esportes, dança. - Olfato, informações químicas, memória olfativa, inteligência olfativa = Sensações gostos e preferências. - Palato, informações químicas, memória gustativa, inteligência gustativa = Hábitos, costumes, tradições. Atividade para avaliação - Semana 4 1)Na Semana 1, buscamos entender os elementos necessários para que a Educação se constitua em uma política pública no Brasil. Assinale todos os elementos que foram efetivamente trabalhados na disciplina: Orçamento/Financiamento ; Leis, decretos, normas e regulamentos; Previsão Constitucional; Infraestrutura; Órgãos de regulação, de controle e de fiscalização; Formação de professores, Políticas, planos, programas, projetos e ações. 2) Na Semana 2 aprendemos que todos os conhecimentos necessários ao ser humano podem estar circunscritos a quatro grandes domínios de conhecimento. R. Corpo Humano, Sociedades Humanas, Universo, Natureza. 3) Na Semana 2 estudamos os Domínios de Conhecimento (Universo, Natureza, Corpo Humano e Sociedades Humanas) e vimos que cada um deles possui uma Matriz de Aprendizagem (Átomo, Molécula/Célula, Órgãos dos Sentidos e Indivíduo), que é o elo inicial para construção do conhecimento. Relacione as matrizes de aprendizagem com seus respectivos atributos. Matriz de Aprendizagem = Atributos - átomo, molécula, célula, tecidos, órgãos = Natureza - energia, massa, carga elétrica, força, movimento = Átomo - visão, audição, tato, palato, olfato = Corpo Humano - cromossomos, mitocôndrias, ácido nucléico, ácido ribonucléico, DNA = Célula - indivíduo, família, clã, fratria, tribo = Sociedade Humana 4) Quando estudamos o Corpo Humano como uma Matriz de Aprendizagem descobrimos que a cada um dos cinco sentidos corresponde uma memória específica, uma forma de inteligência e uma forma de expressão dos seus atributos. Relacione os órgãos do sentido com seus respectivos atributos. Órgãos dos sentidos = Atributos - Tato, ondas cinestésicas, memória cinestésica, inteligência corporal = Rítmo, equilíbrio, esportes, dança. - Olfato, informações químicas, memória olfativa, inteligência olfativa = Sensações, gostos e preferências. - Visão, ondas eletromagnéticas, memória visual inteligência visual = Desenhos, gravuras, pinturas, fotografias - Palato, informações químicas, memória gustativa, inteligência gustativa = Hábitos, costumes, tradições - Audição, ondas eletromagnéticas, memória auditiva, inteligência musical = Harmonia, melodia, timbre. 5) Como resumos das Semanas 1, 2 e 3 visamos consolidar alguns conhecimentos sobre os temas estudados. As informações verdadeiras são: - Cultura é oconjunto de códigos, símbolos e valores que uma pessoa usa para se referenciar em relação ao seu grupo social. - Observação, descrição, comparação, análise e síntese são procedimentos científicos aplicáveis a todas as Ciências. - Sinapses são as ligações neurônicas por meio da qual se estabelecem conexões entre os conteúdos da memórias sensoriais. - O exame com Carbono 14 é a forma de determinar a idade e a história das coisas animadas e inanimadas. SEMANA 5: O MUNDO DA VIDA E O MUNDO DA ESCOLA: - Os Jovens e adultos já trazem em si o mundo da vida e do trabalho, e a educação formal trará o mundo da escola. - A criança precisa ir à escola aprender as primeiras letras, porque por meio delas aprenderá interpretar o mundo que a rodeia. - Os jovens e adultos precisam da escola para ajudá-los a organizar e a sistematizar esses saberes que já possuem – lhes falta apenas competências cujo desenvolvimento é de responsabilidade da escola, ou seja, competências lógico filosóficas (domínio da linguagem, saber ler e escrever) e as competências lógico matemáticas (os fundamentos de Matemática, Física, Química e biologia). MUNDO DA VIDA; MUNDO DO TRABALHO, MUNDA DA ESCOLA, SISTEMATIZAÇÃO DOS SABERES - Saberes do Mundo da Escola: - (Althuesser) – principal aparelho ideológico do Estado; - (Freire) – denominou sua prática (da escola) de Educação bancária; - (Bordieu e Passeron) – violência simbólica exercida pela escola ao impor determinados saberes; - (Illich) – descolarização, pois a escola desconsidera o autodidata; (Horkheimer/Adorno) – prevalece o acúmulo de informações, validando como ciência apenas operações quantificáveis e previsíveis matematicamente. - No século XIX, Tolstói, Butler, Darwin, Twain, Einstein, Popper, Gradner, entre outros – consideram a escola tradicional mais do que obsoleta, irrelevante e nociva. - Saberes do Mundo da Vida: no mundo da vida aprende-se com a totalidade do corpo e não apenas com o cérebro – aprende por processos e não por conteúdos fragmentados. - Adultos precisam da escola para fazer a sistematização de saberes que eles já têm e não para adquirir conhecimentos novos - O mundo da vida desenvolve competências sociais e comunicacionais e não competências cognitivas – os saberes são de caráter prático e utilitário. - O mundo da vida é o universo das sensações e das emoções – onde se aprende a viver. - Saberes do Mundo do Trabalho: o mundo do trabalho é o universo das relações e das oportunidades – todas as profissões possuem rudimentos de saberes científicos da Física, Química, Biologia ou Matemática. NOTA: as experiências do Mundo da Vida e do Mundo do Trabalho constituem o eixo estruturador do currículo da EJA - a escola é o espaço de sistematização dos saberes constituídos nesse dois mundos. NA VIDA DEZ, NA ESCOLA ZERO: CONTEXTOS CULTURAIS AS APRENDIZAGEM DA MATEMÁTICA - A evasão e o fracasso escolar aparecem hoje entre os problemas de nosso sistema educacional que são estudados de forma relativamente intensa. A concepção de fracasso escolar aparece alternativamente como fracasso dos indivíduos (Poppoviv, Esposito e Campos) – fracasso de uma classe social (Lewis, Hoggart) – ou fracassos de um sistema social, econômico e político (Freitag, Porto) que pratica uma seletividade sócio-econômica indevida. PROGRAMA ETNOMATEMÁTICA: Idealizado pelo brasileiro Ubiratan D’Ambrozio – o programa Etnomatemárica visa entender o saber de culturas marginalizadas e periféricas, como colonizados, quilombolas, indígenas, classes trabalhadoras, entre outros. Entre as diversas artes e técnicas desenvolvidas, por diversas culturas, estão os modos de contar, ordenar, medir, comparar, classificar, utilizar a geometria, a economia etc. A matemática formal européia também é um exemplo de etnomatemática, a diferença é que essa matemática foi imposta ao mundo principalmente na época das grandes navegações, resultando nas colonizações de diversos países, e assim impondo às “terras descobertas” a sua cultura. O Brasil sofre grande intervenção européia no ensino da matemática desde os primórdios do ensino no país, com uma única Matemática para ricos e para pobres. Exercícios de apoio - Semana 5 - EJA 1)Segundo a legislação vigente no Brasil é possível cursar a Educação de Jovens e Adultos nas seguintes situações: - do 1º ao 3º ano do Ensino Médio; - do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental no ensino regular; - do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental no ensino regular; - Integrado à Educação Técnica e Profissional. Exceto: no 1º ano de qualquer curso superior. 2) Ainda de acordo com a legislação vigente no Brasil, as idades adequadas para matrícula e frequência à Educação de Jovens e Adultos são: - A partir de 15 anos no Ensino Fundamental e 18 anos de idade para o Ensino Médio. 3) Assinale a alternativa correta que indique, respectivamente, as Metas para a Educação de Jovens e Adultos no Plano Nacional de Educação 2014 - 2024. Meta 12: Elevar a taxa bruta de matrícula na educação superior para 50% (cinquenta por cento) e a taxa líquida para 33% (trinta e três por cento) da população de 18 (dezoito) a 24 (vinte e quatro) anos, assegurada a qualidade da oferta e expansão para, pelo menos, 40% (quarenta por cento) das novas matrículas, no segmento público. Meta 20: Ampliar o investimento público em educação pública de forma a atingir, no mínimo, o patamar de 7% (sete por cento) do Produto Interno Bruto - PIB do País no 5º (quinto) ano de vigência desta Lei e, no mínimo, o equivalente a 10% (dez por cento) do PIB ao final do decênio. Meta 9: Elevar a taxa de alfabetização da população com 15 (quinze) anos ou mais para 93,5% (noventa e três inteiros e cinco décimos por cento) até 2015 e, até o final da vigência deste PNE, erradicar o analfabetismo absoluto e reduzir em 50% (cinquenta por cento) a taxa de analfabetismo funcional. Meta 8: Elevar a escolaridade média da população de 18 (dezoito) a 29 (vinte e nove) anos, de modo a alcançar, no mínimo, 12 (doze) anos de estudo no último ano de vigência deste Plano, para as populações do campo, da região de menor escolaridade no País e dos 25% (vinte e cinco por cento) mais pobres, e igualar a escolaridade média entre negros e não negros declarados à Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE. Meta 10: Oferecer, no mínimo, 25% (vinte e cinco por cento) das matrículas de educação de jovens e adultos, nos ensinos fundamental e médio, na forma integrada à educação profissional. 4) Assinale a alternativa que completa as lacunas do texto base citado abaixo. “No presente estudo, foram respondidas 63 questões de matemática em um Teste Informal e 99 em um Teste Formal por cinco crianças e adolescentes de 9 a 15 anos, cujo nível de escolaridade variava entre a 3ª e a 8ª séries.” (CARRAHER, CARRAHER e SCHLIEMANN, 1982). 5) “De acordo com a conclusão das autoras, o fracasso escolar aparece como um fracasso da escola, fracasso este localizado...” (CARRAHER, CARRAHER e SCHLIEMANN, 1982). Alternativas corretas: - Na incapacidade de aferir a real capacidade da criança; - Na incapacidade de estabelecer uma ponte entre o conhecimento formal que deseja transmitir e o conhecimento prático do qual a criança, pelo menos em parte, já dispões. - Devido à ideologização do ensino que privilegia conhecimentos das classes dominantes e não das classes populares. Atividade para avaliação - Semana 5 1)O conhecimento sobre as teorias explicativas do fracasso escolar é um componente importante na formação de futuros profissionais da Pedagogia. O texto base da Semana 5 (Na vida Dez, na escola Zero), apresentou algumas destas teorias e os respectivos autores. - Teoria/Autores - Fracasso dos indivíduos = Poppovic, Esposito e Campos, 1975 - Fracasso de uma Classe social = Lewis, 1967, Hoggart, 1957 - Fracassode um sistema social, econômico e político = Freitag, 1979; Porto, 1981 - Desnutrição = Patto, 1973 - As escolas constituem aparelhos ideológicos do Estado = Freitag, 1979 - Autoconhecimento pobre, sentimento de culpa, vergonha e problemas familiares = Brooks, 1966 2) Leia a seguir um trecho do texto base Na Vida Dez, na Escola Zero e assinale a alternativa que completa corretamente o texto : [...] No contexto do estudo das dificuldades de aprendizagem da matemática, Gay e Cole partiram, então, do pressuposto de que era necessário conhecer melhor a matemática inerente às atividades da vida diária na cultura dessas crianças a fim de construir, a partir dessa matemática, pontes e ligações efetivas para a matemática mais abstrata que a escola pretende ensinar. Além disso, Cole (1977) sugere fato corriqueiro de que as pessoas desempenham com maior habilidade aquelas tarefas em que têm mais prática levou-o a pressupor que os processos cognitivos podem ser de natureza situacional, o que implica em ser possível encontrar nos sujeitos que demonstrem uma habilidade em certo contexto e não em outro(s). 3) “De acordo com a conclusão das autoras, o fracasso escolar aparece como um fracasso da escola, fracasso este localizado...” (CARRAHER, CARRAHER e SCHLIEMANN, 1982). - Na incapacidade de aferir a real capacidade da criança; - Na incapacidade de estabelecer uma ponte entre o conhecimento formal que deseja transmitir e o conhecimento prático do qual a criança, pelo menos em parte, já dispõe. - No conhecimento dos processos naturais que levam a criança a adquirir o conhecimento. 4) Qual das alternativas abaixo completa o raciocínio das autoras no trecho abaixo sublinhados? Em síntese, neste estudo a combinação do método etnográfico com o método clínico piagetiano mostrou-se especialmente adequada na descoberta da competência numérica de crianças que, em contextos mais próximos do escolar, apresentam rendimento insatisfatório. Com base nesta proposta metodológica, acreditamos que duas grandes linhas de pesquisa possam ser desenvolvidas. A primeira consistirá em ampliar o estudo ora realizado explorando mais amplamente as habilidades demonstradas pela criança no contexto da escola e em contextos mais naturais como o local de trabalho, a área de brincadeiras e a própria casa. A segunda terá como objetivo esclarecer os processos através dos quais a criança adquire a compreensão - do sistema numérico tornando- se capaz de operar eficazmente em contextos naturais. 5) Os resultados desse estudo exploratório são deveras surpreendentes. Não era de se esperar uma discrepância tão grande entre a performance em contexto informal e em contexto "escolar". O que podemos concluir desta enorme discrepância? A primeira constatação é que existem múltiplas lógicas corretas na resolução de cálculos. A escola nos ensina como deveríamos multiplicar, subtrair, somar e dividir; esses procedimentos formais, quando seguidos corretamente, funcionam. Entretanto, as crianças e adolescentes no presente estudo demonstraram utilizar métodos de resolução de problemas que, embora totalmente corretos, não são aproveitados pela escola. Entre estes procedimentos naturais ou inventados, para usar a terminologia de Resnick (1980), destaca-se o uso do que pode ser chamado de composição do problema: o indivíduo determina a resposta de um sub-problema simples e vai juntando componentes simples até compor a resposta do problema global. Alternativas corretas que corroboram a conclusão das autoras nesta pesquisa são: - o sujeito trabalha por chunking (técnicas de início e fim e ou naturais e lógicos) ou pelo agrupamento de porções da resposta até obter o total. - é possível que uma criança adquira fluência nos métodos informais de composições ou uso de unidades naturais, sem dominar os métodos escolares. - nossos sujeitos (da pesquisa) são mais concretos, resolvendo os problemas concretos (situação real). - o indivíduo determina a resposta de um sub-problema simples e vai juntando componentes simples até compor a resposta global. SEMANA 6: Avaliação de saberes não escolares na EJA: Os saberes constituídos no Mundo da Vida são empíricos, destituídos de cientificidade e, portanto, não formais, saberes de senso comum – No Mundo da Vida, a aprendizagem acontece de maneira mais próxima ao modelo explicado por Thorndike, que é o método de Ensaio e Erro Observacional. No Mundo do Trabalho, por sua vez, os ofícios e as profissões, assim como as atividades de coleta, de caça, artesanais, fabris, mercantis e comerciais, estão impregnadas de rudimentos de ciências que foram aprendidos por meio de ensaios, tentativas e erros, e observações, não nos bancos escolares propriamente ditos. ENCCEJA e CERTIFIC – são temas básicos para compreender a avaliação da EJA. ENCCEJA: Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos. Foi realizado pela primeira vez em 2002, para aferir competências, habilidades e saberes de jovens e adultos que não concluíram o Ensino Fundamental ou Ensino Médio a idade adequada. O ENCCEJA é realizado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) em colaboração com as secretarias estaduais e municipais de educação. O exame é aplicado pelo INEP, mas a emissão do Certificado e Declaração de proeficiência é responsabilidade das Secretarias Estaduais de Educação e Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, que firmam Termo de Adesão ao ENCCEJA. - O exame tem quatro aplicações (população alvo): SISTEMA ENCCEJA NACIONAL – SISTEMA ENCCEJA EXTERIOR – SISTEMA ENCCEJA PPL – SISTEMA ENCCEJA EXTERIOR PPL; sistema nacional para os residentes no Brasil; sistema nacional PPL para os residentes no Brasil privados de liberdade ou que cumprem medidas socioeducativas; sistema exterior para residentes fora do país; e sistema exterior PPL, para residentes no exterior privados de liberdade ou que cumprem medidas socioeducativas. As aplicações fora do Brasil são realizadas em parceria com o Ministério das Relações Exteriores (MRE) - O ENCCEJA poderá ser utilizado para fins de certificação de níveis de ensino. - ESTRUTURA: é composto por quatro provas objetivas, cada uma com 30 questões de múltipla escolha, e uma proposta de redação. - REDE CERTIFIQ (PORTAL MEC): a Rede Nacional de Certificação Profissional e Formação Inicial e Continuada – Rede CERTIFIQ é uma política pública de inclusão social que se institui através da articulação do Ministério da Educação – MEC e Ministério do Trabalho e Emprego – TEM em cooperação com as instituições/organizações que constituem, denominadas: I – Membros Natos; II – Membros Acreditados; III – Membros Associados. - São beneficiários da Rede CERTIFIQ trabalhadores, jovens e adultos que buscam formação profissional e/ou reconhecimento formal dos saberes adquiridos em sua trajetória de vida e trabalho. CONCEPÇÃO DE ETNOCIÊNCIA E ALFABETIZAÇÃO CIÊNTIFICA: UNIVERSO: (Átomo): tempo, espaço, clima, calendário, energia, rotação da terra, átomo. NATUREZA: (Célula/Molécula): agricultura, fauna, flora, biomas, ecossistemas, célula, molécula. CORPO HUMANO: (Órgãos sensoriais): cinco sentidos, órgãos, aparelhos, sistemas. SOCIEDADES HUMANAS: (Indivíduo): família, clã. frátria, grupo, tribo, povo, nação, instituições sociais. - O conjunto dos saberes constitui uma Etnociência – A sistematização de saberes constitui uma Alfabetizção Científica – A Alfabetização Científica facilita a Introdução nos conteúdos curriculares. O MUNDO DA VIDA E O MUNDO DA ESCOLA: APROXIMAÇÃO COM O PRINCÍPIO DA CONTEXTUALIZAÇÃO NA ORGANIZAÇÃO CURRICULAR DA EDUC. BÁSICA: - A escola é um lugar onde se ensinam assuntos que não seriam aprendidos em outros contextos sociais e culturais da vida mais imediata dos sujeitos, o que não significa ignorar os saberes nãosistematizados e que não tenham sido validados cientificamente. - O Mundo da Vida e o Mundo da Escola se entrelaçam de maneira que um possibilita com que o outro faça mais sentido. - A LDBEN/96 preconiza a articulação dos saberes escolares à realidade sociocultural dos alunos, propondo uma escola de formação geral, básica para todos. - Paulo Freire visa uma educação problematizadora, de caráter reflexivo, na qual o diálogo começa a partir da reflexão sobre contradições básicas de situações existenciais em contraposição ao que denominou Educação bancária. - Teorias curriculares que defendem a articulação do currículo com a realidade contextual dos estudantes, em que o mundo da escola possibilite pensar e agir mais adequadamente no mundo da vida, conforme aqui aportado, tem sido a emergência tanto nas normativas quanto nas pesquisas no Brasil. SÍNTESE: - O conhecimento que se pretende fixar aqui é de que a Educação de jovens e Adultos pode ser entendida como uma educação que faz ao longo de toda a vida, em todos os espaços e em todas as relações. - A EJA deve ter como objetivo prioritário a alfabetização do adulto, depois, a sistematização dos saberes que tem vistas à elevação da escolaridade e, se possível, a qualificação dele para o mundo do trabalho. EXERCÍCIOS DE APOIO – O texto base da Semana 6 “O Mundo da Vida e o Mundo da Escola”: aproximações com o princípio da contextualização na organização curricular da Educação Básica, são provavelmente temas novos para você e o qual acrescentei o Mundo do Trabalho. No Artigo 38 § 2º, a LDB recomenda que “Os conhecimentos e habilidades adquiridos pelos educandos por meios informais serão aferidos e reconhecidos mediante exames. Os instrumentos criados para cumprir este propósito chamam-se ENCCEJA e CERTIFIQ. Explore estes documentos e tire suas próprias conclusões quanto à sua adequação e eficácia para avaliação de saberes constituídos nas três dimensões que estamos estudando. Atividade para avaliação - Semana 6 1)Faça a ligação entre as dimensões de aprendizagem e as respectivas habilidades e competências que lhes são mais pertinentes e assinale a alternativa correta. a) Mundo da Vida: Habilidades e competências sociais, comunicacionais e relacionais; - b) Mundo do trabalho: Habilidades e competências técnicas; - c) Mundo da Escola: Habilidades e competências cognitivas 2) Os excertos abaixo transcritos são citações diretas dos respectivos autores. Faça a ligação entre os autores e suas formulações teóricas para explicar o que é o Mundo da Vida: a) Paulo Freire: “é a dimensão na qual se dá a articulação entre a herança genética, o patrimônio sociocultural e as condições materiais de vida, que permite ao sujeito tomar consciência do seu lugar no mundo”. b) Fensterseifer: “não há educação relevante que não tome como ponto de partida e chegada o mundo da vida”. Isso porque a religação entre o mundo da escola e o mundo da vida vai ao encontro do que esperamos de uma boa formação escolar, que permita ao estudante tomar consciência do que se passa ao seu redor, capacitando-o a opinar e agir mais deliberadamente. c) Marques: “O mundo da vida pode ser pensado como o lugar onde os sujeitos se relacionam entre si e com suas objetivações, trata-se de “um mundo ainda não tematizado, [...] não fracionado pelas abstrações discursivas, pano de fundo e suporte, no entanto, por elas suposto”. d) Boaventura de Souza Santos: “o currículo produz possibilidades principalmente pela ecologia de saberes ao substituir monoculturas”. e) Vigotski: “somos seres sociais que aprendemos pela inserção na cultura a partir da interação com a família e com os demais grupos socioculturais dos quais fazemos parte como, dentre eles, a escola”. 3) Complete as lacunas com os termos adequados e de acordo com o texto base estudado nesta semana. Os percursos dos saberes e da educação são marcados pela reconstrução e ressignificação linguística nos distintos espaços e tempos sociais e culturais. A educação se cumpre nessa dialética de conservação/transformação, em processos de interlocução que compreendem aprender com o que já se sabe em direção a saberes outros, ampliados e mais consensuais (Marques, 2002). Especificamente, quando se trata da educação escolar, temos vivenciado avanços de conceitos e teorias em passos lentos e por vezes recursivos. Na perspectiva do currículo escolar, conforme Marques (2002), não se pode isolar ou opor a educação nem aos saberes da vida cotidiana nem aos conhecimentos das ciências, tampouco entendê-la como uma simples amálgama de ambos. Se partirmos da leitura de mundo pela leitura da palavra, como sugere Paulo Freire, podemos pensar a educação como possibilidade que caminha no sentido de tomada de consciência do mundo vivido. 4) Os autores recorrem à legislação educacional brasileira para fazer as seguintes afirmações verdadeiras: - “O projeto político-pedagógico” (PPP) da escola seja o ponto de articulação entre o núcleo comum e a parte diversificada do currículo, esperando que seja a expressão da autonomia das escolas e dos professores”. - “A valorização de apenas um tipo de saber traz conseqüências desastrosas para a aprendizagem escolar” - “A organização curricular a partir de temas fundamenta-se teoricamente nos estudos de Paulo Freire e visa a uma educação problematizadora, de caráter reflexivo, na qual o diálogo começa a partir da reflexão sobre contradições básicas de situações existenciais em contraposição ao que denominou educação bancária”. - “Por meio de conceitos-chave discutidos no âmbito deste texto, têm relevância para as discussões acerca de abordagens temáticas na organização curricular com base no diálogo sociocultural preconizados em documentos oficiais e pesquisas educacionais com vistas a contextualizações e que estejam em consonância com o ideário pedagógico de aproximar o mundo da escola, do mundo da vida dos sujeitos”. 5) Conforme o texto base desta semana, nas afirmações abaixo transcritas, que corroboram as conclusões dos autores. São verdadeiras: - Ao promover a mobilização de conteúdos de diferentes disciplinas, conforme a necessidade para o entendimento do contexto em estudo, os temas atribuem sentido aos conhecimentos, ao mesmo tempo em que os conceitos científicos ajudam na compreensão de temas sociais. - Teorias curriculares que defendem a articulação do currículo com a realidade contextual dos estudantes, em que o mundo da escola possibilite pensar e agir mais adequadamente no mundo da vida, conforme aqui aportado, tem sido a emergência tanto nas normativas quanto nas pesquisas no Brasil. - O estudo de temas sociais, aliados à mediação pedagógica, contribui para aproximar de forma interdisciplinar e contextualizada os conhecimentos científicos da realidade dos estudantes. - Os temas sociais são considerados importantes para intensificar os processos de ensino e de aprendizagem se efetivamente associados à teoria e ao arcabouço conceitual que se deseja significar por meio do ensino. SEMANA 7: FUNDAMENTOS DA ETNOCIÊNCIA E DA ETNOMATEMÁTICA HISTÓRIA DA ALFABETIZAÇÃO DE ADULTOS NO BRASIL: a mais incrível experiência de educação de adultos no país ocorreu numa pequena cidade do sertão do Rio Grande do Norte – “AS 40 HORAS DE ANGICUS”: 300 trabalhadores foram alfabetizados por jovens universitários que estavam em seu período de férias; levantaram em média 410 palavras do cotidiano daquelas pessoas e a partir daí elaboraram aulas através do método Paulo Freire - “Diálogo” – “Abolição das cartilhas” – “Identificação de palavras geradoras” ETNOCIÊNCIAS: tem como objeto de investigação o repertório de conhecimentos, saberes e práticas dos povos tradicionais (indígenas, caboclos, ribeirinhos, seringueiros, quilombolas etc) em um movimento de documentação, estudo e valorização desuas culturas. As etnociências surgiram a partir da intersecção das ciências biológicas com as ciências humanas, visando compreender os processos de interações (percepção e conhecimento) e manejos que as populações humanas mantêm com os bens naturais. Sociedade e Natureza: da Etnociência à Etnografia de saberes e técnicas: Uma pessoa alfabetizada cientificamente e tecnologicamente utiliza os conceitos científicos e é capaz de integrar valores, e sabe tomar decisões responsáveis no dia a dia - Compreende que a sociedade exerce controle sobre as ciências e as tecnologias, bem como as ciências e as tecnologias refletem a sociedade. Paulo Freire – “Alfabetização Científica”: a alfabetização é mais que o simples domínio psicológico e mecânico de técnicas de escrever e de ler. É o domínio destas técnicas em termos conscientes. A Alfabetização Científica é a finalidade mais importante do ensino de Ciências; estas razões se baseiam em benefícios práticos pessoais, práticos sociais, para a própria cultura e para a humanidade, os quais se obtêm por meio da comunicação de duas escalas binárias: individual/grupal e prática/conceitual, dando lugar aos quatro domínios indicados. Ler e Escrever estão intrinsecamente ligados à natureza da ciência e ao fazer científico e, por extensão, ao aprender ciência.