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Adriane Macedo – Habilidades 2º período Habilidades 2º período Semiologia do aparelho locomotor TIPOS DE MARCHAS Marcha helicópode, ceifante ou hemiplégica: A hemiplegia é uma paralisia da metade sagital direita ou esquerda. É mais grave do que a hemiparesia. Pode acontecer no AVC; Glioma; Encefalite; Esclerose; Parassonia. Marcha anserina (marcha de pato, marcha de Trendelenburg ou miopática): O paciente caminha com rotação exagerada da pelve, arremessando ou rolando os quadris de um lado para o outro a cada passo, para deslocar o peso do corpo, assemelhando ao pato quando anda. É observada principalmente em pacientes que apresentam fraqueza nos músculos pélvicos. A pessoa tenta se equilibrar andando com as pernas afastadas. Gravidez. Marcha parkinsoniana: A marcha Parkinsoniana, a qual é característica da doença é descrita como festina, com diminuição dos passos largos, moderada diminuição da cadência e acima de tudo, da velocidade de movimento, e distúrbios associados na amplitude do movimento. Marcha cerebelar ou de ébrio: A ataxia cerebelar ou do ébrio progressiva é uma patologia causada pela lesão cerebelar (pode ser um tumor). Esta lesão é uma das principais causas que afetam a coordenação e a realização da marcha. Os movimentos passam a ser incertos, inseguros e descoordenados, caracterizando a marcha atáxica. “bêbado” Marcha tabética: Ocorre perda das informações sensoriais dos MMII. O paciente mantém um olhar fixo no solo, elevando e abaixando os pés abrupta e pesadamente. Ocorre na neuropatia periférica sensorial. Indica perda proprioceptiva por lesão raquimedular, comum na tabes dorsalis. Sífilis tardia: anormalidades pupilares (pupilas de Argyl Robertson), atrofia óptica, dores lancinantes, ataxia sensitiva, levando à tão famosa marcha tabética, e disfunção vesical são sintomas clássicos. Era a manifestação mais comum na era pré-antibiótica. Atualmente, pouco menos frequente em nosso meio. Marcha vestibular: O paciente com lesão vestibular (labirinto) apresenta lateropulsão quando anda; é como se fosse empurra- do para o lado ao tentar mover-se em linha reta. Labirintite. Apresentam desequilíbrios e o olhar voltados para os membros inferiores. É uma marcha típica das lesões cerebelares. Adriane Macedo – Habilidades 2º período Marcha escarvante (parética ou marcha do polineurítico): O paciente apresenta um caminhar arrastando a ponta dos pés no solo, pela fraqueza na dorsiflexão. Lesão neurológica central. Marcha claudicante: O paciente claudica (manca) para um dos lados quando apoia o membro inferior acometido. Ocorre na Insuficiência Arterial Periférica e em Lesões Musculoesqueléticas dos MMII. A causa mais importante de claudicação intermitente é a insuficiência circulatória causada pelo estreitamento das artérias que irrigam os membros inferiores por placas de gordura ou ateromas (doença arterial obstrutiva periférica), em geral devido à arteriosclerose. “fundo raso” Marcha em tesoura: Uma pessoa com essa marcha caminha com as pernas fletidas levemente para dentro. Enquanto andam, seus joelhos e coxas podem se cruzar ou bater um no outro em um movimento tipo tesoura. Marcha espástica: uma pessoa com marcha espástica arrasta os pés enquanto caminha e não flexiona os joelhos. Paralisia cerebral. Adriane Macedo – Habilidades 2º período DEFORMIDADES No joelho: quando o joelho é torto apontando “para fora”, nós chamamos de joelho varo, ou genovaro. O contrário, quando o joelho aponta “para dentro”, chamamos de joelho valgo, ou genovalgo. Na coluna: As deformidades da coluna vertebral raramente ocorrem num único plano e são geralmente em três dimensões. Muitas vezes, são definidas como uma deformidade de torção tridimensional da coluna vertebral e do tronco e podem ocorrer isoladas ou associadas. Os tipos mais comuns são: cifose, escoliose e lordose. Lordose é uma curvatura anormal da coluna, podendo ocorrer em qualquer faixa etária. É a curvatura acentuada da coluna espinhal. Diferentemente de outras deformidades, a lordose é caracterizada por uma curvatura para dentro, o que ocasiona dores fortes na lombar. Cifose é a excessiva curvatura da coluna vertebral no (A-P) plano sagital. A parte de trás normal tem de 20° a 45° graus de curvatura na parte superior das costas, e qualquer ângulo acima de 45° é chamado cifose. A escoliose é a curvatura anormal da coluna vertebral no plano coronal (lateral). Adriane Macedo – Habilidades 2º período Escoliose é uma curvatura anormal da coluna para um dos lados do tronco, determinada pela rotação das vértebras. A deformidade pode ser vista, quando olhamos a pessoa de costas. A doença de Scheuermann é osteocondrose que causa alterações localizadas em corpos vertebrais, ocasionando dores nas costas e cifose. A doença manifesta-se na adolescência, sendo relativamente mais comum entre os meninos. FRATURA DE FÊMUR Uma das pernas fica rotacionada para fora e encurtada. NÃO tocar, pois pode cortar a artéria femural. Pode ocorrer qualquer das complicações gerais próprias a todas as fraturas e cirurgias, no entanto são raras. Uma complicação especial que pode ocorrer em alguns casos é a necrose avascular da cabeça do fêmur. Se a fratura interrompe o suprimento sanguíneo da cabeça do fêmur, ela pode necrosar. ATIDUDE ANTÁLGICA Lombalgia: É a dor que ocorre na região lombar inferior. A lombociatalgia é a dor lombar que se irradia para uma ou ambas as nádegas e/ou para as pernas na distribuição do nervo ciático. Pode ser aguda (duração menor que 3 semanas), subaguda ou crônica (duração maior que 3 meses). Coluna ou renal. PTC (pé torto congênito): É considerado por alguns estudos como a deformidade congênita mais comum, atingindo 1 a cada 1000 nascidos vivos. Ocorre por uma alteração na deposição do colágeno posteromedial da perna, provocando uma deformidade em cavo, aduto, varo e equino, com perna e pé mais curtos do que os não afetados. Esquivaro supinato. Pés para dentro. Recém nascido. Osteomielite hematogênica: É uma infecção óssea causada por germes piogênicos que se proliferam no tecido ósseo após disseminação pela circulação sanguínea. Infecção no osso carregada pela corrente sanguínea. Dor, febre e calafrio. Adriane Macedo – Habilidades 2º período Doença de Osgood-Schlatter: Afeta crianças durante surtos de crescimento. Crianças que praticam esportes em que correm e saltam regularmente têm mais risco de desenvolver a doença. A doença causa um nódulo doloroso abaixo da rótula. A condição geralmente desaparece por conta própria, assim que os ossos da criança param de crescer. As pessoas podem ter: Dores locais: no joelho ou perna abaixo do joelho. Também é comum: andar mancando ou protuberância abaixo do joelho. Protuberância ou tuberosidade anterior da tíbia, desaparece por volta dos 18 anos e corre com crianças na fase de crescimento que praticam muito esporte. Sinal de Trendelenburg: É encontrado em pessoas com fraqueza da musculatura abdutora do quadril. Insuficiência do glúteo médio e mínimo, se pede para levantar uma perna, o quadril “cai”. Não consegue rotacionar nem aduzir a perna. Osteoporose: É uma condição metabólica que se caracteriza pela diminuição progressiva da densidade óssea e aumento do risco de fraturas. Para entender o que acontece, é preciso lembrar que os ossos são compostos de uma matriz na qual se depositam complexos minerais com cálcio. Condição na qual os ossos se tornam frágeis e quebradiços. O corpo absorve e substitui o tecido ósseo constantemente. Na osteoporose, a nova criação óssea não acompanha a remoção da camada óssea anterior. Muitas pessoas não apresentam sintomas até que tenham uma fratura óssea. O tratamento inclui medicamentos, dieta saudável e exercício de levantamento de peso para ajudar a prevenir a perda óssea ou fortalecer os ossos já fracos.Adriane Macedo – Habilidades 2º período Osteossarcoma: Costuma ocorrer nos ossos longos que compõem os braços e as pernas, embora possa se desenvolver em qualquer osso. Tende a ocorrer em crianças e adultos jovens. Os sintomas incluem dor e inchaço ósseos localizados. O tratamento normalmente envolve cirurgia, quimioterapia e radioterapia. Em geral os cânceres nos ossos, como o osteossarcoma, são causados por erros no DNA das células, que começam a se multiplicar e crescer sem controle. Essa nova massa, ou tumor, começa a invadir o espaço de outras estruturas próximas. Não se sabe ao certo o que desencadeia esse processo. Tipo de câncer ósseo que começa nas células formadoras dos ossos. Tumor comum em joelhos ativos. Estenose do canal da coluna lombar: É o estreitamento do canal da medula lombar comprimindo as raízes dos nervos espinhais ou as raízes do nervo da cauda equina antes de sua saída pelos forames. Comum da raça amarela. (LER) LESÃO POR ESFORÇO REPETITIVO As doenças causadas pelo esforço repetitivo são muitas, dentre elas podemos citar: tendinite, síndrome do túnel do carpo, tenossinovites, bursite, mialgias, síndrome do pronador redondo entre outras. A lesão por esforço repetitivo afeta músculos, nervos, ligamentos e tendões. Esse tipo de lesão pode ser causado por técnica inadequada ou uso excessivo. Os idosos são os mais afetados. Os sintomas incluem fraqueza, rigidez ou formigamento na área afetada. O tratamento pode incluir medicamentos anti-inflamatórios, fisioterapia, avaliação ergonômica e, em casos raros, cirurgia. Adriane Macedo – Habilidades 2º período Teste de finkelstein: O diagnóstico da síndrome de Quervain é fortemente sugerido pelo teste de Finkelstein. O paciente aduz e envolve o polegar com os dedos. O teste é positivo se o desvio ulnar passivo do punho provocar dor forte nas bainhas dos nervos afetados COLUNA VERTEBRAL A coluna vertebral é constituída por 33 vértebras intercaladas por discos intervertebrais, apresentando a seguinte divisão: • Vértebras Cervicais: 7 vértebras; • Vértebras Dorsais ou torácicas: 12 vértebras; • Vértebras Lombares: 5 vértebras; • Vértebras Sacrais: 5 vértebras fundidas; • Vértebra Coccígea: 4 vértebras fundidas. Adriane Macedo – Habilidades 2º período CASOS Torcicolo congênito: O torcicolo se caracteriza por uma contratura da musculatura do pescoço, ou seja, um encolhimento do músculo. Já a palavra 'congênito' é usada para indicar uma característica ou condição que o bebê adquiriu enquanto ainda estava no útero. https://www.google.com/search?q=torcicolo+cong%C3%AAnito&newwindow=1&sa=X&bih=657&biw=1366&hl=pt-BR&tbm=isch&source=iu&ictx=1&fir=bPpFUXfTBi1ZVM%252CJjGwKqZ6VO1ljM%252C_&vet=1&usg=AI4_-kRyZ180MfFpkCXC56fqsTO18pSMFw&ved=2ahUKEwjDlaiQkb_tAhX3GrkGHUjFA8AQ9QF6BAgHEAE#imgrc=bPpFUXfTBi1ZVM Adriane Macedo – Habilidades 2º período Compressão radicular cervical: A compressão radicular resulta em dor severa ocupando uma faixa estreita (5-8 cm), do dermátomo (segmento) correspondente, podendo ser associada a perda de sensibilidade e fraqueza muscular. Radiculopatia é caracterizada pela lesão ou comprometimento de um ou mais nervos e suas raízes nervosas que passam pela coluna vertebral, levando ao surgimento de sintomas como dor, formigamento, sensação de choque e fraqueza dos membros, como acontece na dor pelo comprometimento do nervo ciático, por exemplo. Adriane Macedo – Habilidades 2º período EXAMES FÍSICOS Teste de compressão foraminal Esse teste serve como uma contraprova de positividade, ou seja, em caso de manifestação positiva de dor no teste de compressão, o paciente refere alívio dos sintomas durante a tração. Isso causa um aumento nos diâmetros dos forames intervertebrais a nível cervical. Teste de distorção ou descompressão foraminal Teste de tinel Adriane Macedo – Habilidades 2º período Sinal de Tinel é uma maneira de se detectar nervos irritados. Ele é realizado ao se realizar uma percussão sobre o nervo para desencadear uma sensação de formigamento na distribuição dos nervos). Teste de phalen O teste de Phalen foi considerado positivo quando parestesia ou "formigamento" na topografia inervada pelo nervo mediano, no momento em que o paciente mantinha seus punhos fletidos entre 30 e 60 segundos. Teste de Lasègue É um sinal clínico que descreve a existência de dor na parte posterior da perna quando a perna é estendida. A dor é provocada pela flexão da coxa sobre a bacia. Teste de Kernig É realizado também para verificar aderências das raízes nervosas na sua passagem pelo forâmen de conjugação, tanto no nível da região cervical, como na região lombar. Também evidenciará a presença de hérnias ou outras patologias que comprometam o saco dural. https://www.google.com/search?q=sinal+de+tinel&newwindow=1&sa=X&bih=657&biw=1366&hl=pt-BR&tbm=isch&source=iu&ictx=1&fir=VPe__qj3BzZFyM%252C947Tk8Cjb3-KwM%252C_&vet=1&usg=AI4_-kSFoQuQN_m2hPy_BOo-lQOb43nJnQ&ved=2ahUKEwiwjq6Ao7_tAhUbG7kGHb4fAIEQ9QF6BAgHEAE#imgrc=VPe__qj3BzZFyM https://www.google.com/search?q=sinal+de+tinel&newwindow=1&sa=X&bih=657&biw=1366&hl=pt-BR&tbm=isch&source=iu&ictx=1&fir=VPe__qj3BzZFyM%252C947Tk8Cjb3-KwM%252C_&vet=1&usg=AI4_-kSFoQuQN_m2hPy_BOo-lQOb43nJnQ&ved=2ahUKEwiwjq6Ao7_tAhUbG7kGHb4fAIEQ9QF6BAgHEAE#imgrc=VPe__qj3BzZFyM Adriane Macedo – Habilidades 2º período Teste de Thompson Esse teste irá testar a integridade dos ligamentos da sindesmose tibiofibular distal que se rompidos permitirão um maior deslocamento da fíbula em relação à tíbia. Sinais e sintomas: dor aguda sobre a região no momento do teste. Posição do paciente: sentado com o membro a ser testado para fora da maca. De fato, o teste de Thompson (14-16), que consiste na compressão manual ântero- lateral da panturrilha com desencadeamento da flexão plantar do pé, utilizado na investigação daquelas rupturas, pode apresentar resultado falsamente negativo (5,13,16). Adriane Macedo – Habilidades 2º período ESCOLIOSE O Teste de Adams é um recurso muito útil no diagnóstico da Escoliose, podendo ser empregado facilmente na triagem de crianças e adolescentes. O avaliador solicita que a criança incline o tronco para frente com as mãos unidas, pés juntos e joelhos esticados.