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Allycia Mello – UNIT/AL 
Histologia 
LÍNGUA 
 
A língua é uma massa de músculo estriado esquelético revestida 
por uma camada mucosa cuja estrutura varia de acordo com a 
região. 
A camada mucosa está fortemente aderida à musculatura, porque 
o tecido conjuntivo da lâmina própria penetra os espaços entre os 
feixes musculares. A superfície ventral (inferior) da língua é lisa, 
enquanto a superfície dorsal é irregular, recoberta anteriormente 
por uma grande quantidade de eminências pequenas denominadas 
papilas. 
Papilas linguais Papilas são elevações do epitélio oral e lâmina própria 
que assumem diversas formas e funções. Existem quatro tipos 
(ver Figura 15.2): filiformes, fungiformes, foliadas e circunvaladas. 
 
• As papilas filiformes têm um formato cônico alongado, 
são numerosas e estão sobre toda a superfície dorsal 
da língua; têm a função mecânica de fricção. Seu epitélio 
de revestimento, que não contém botões gustativos, é 
queratinizado. 
• As papilas fungiformes assemelham-se a cogumelos, 
tendo uma base estreita e uma porção superior mais 
superficial dilatada e lisa. Essas papilas, que contêm 
poucos botões gustativos na sua superfície superior, 
estão irregularmente distribuídas entre as papilas 
filiformes. 
• As papilas foliadas são pouco desenvolvidas em humanos, 
porém encontradas em macacos e coelhos. Elas 
consistem em duas ou mais rugas paralelas separadas 
por sulcos na superfície dorsolateral da língua, contendo 
muitos botões gustativos. 
• As papilas circunvaladas são 7 a 12 estruturas circulares 
grandes, cujas superficies achatadas se estendem acima 
das outras papilas. Elas estão distribuídas na região do V 
lingual, na parte posterior da lingua. Numerosas glândulas 
serosas (glândulas de von Ebner) secretam seu conteúdo 
no interior de uma profunda depressão que circunda 
cada papila. Esse arranjo similar a um fosso possibilita um 
fluxo contínuo de líquido sobre uma grande quantidade de 
botões gustativos ao longo das superficies laterais 
dessas papilas. Este fluxo é importante na remoção de 
partículas de alimentos da adjacência dos botões 
gustativos, para que eles possam receber e processar 
novos estímulos. As glândulas serosas também secretam 
uma lipase que provavelmente previne a formação de 
uma camada hidrofóbica sobre os botões gustativos, o 
que poderia prejudicar sua função. Além deste papel 
local, a lipase lingual é ativa no estômago e pode digerir 
até 30% dos triglicerídios da dieta. Outras glândulas 
salivares menores de secreção mucosa dispersas pela 
cavidade oral atuam da mesma maneira que as glândulas 
serosas associadas às papilas circunvaladas, auxiliando a 
função de botões gustativos encontrados em outras 
partes da cavidade oral, como, por exemplo, na porção 
anterior da língua. 
Existem pelo menos cinco qualidades na percepção humana de 
sabor: salgado, az.edo, doce, amargo e o saboroso (umam~ termo 
japonês para o sabor do glutamato monossódico). Todas essas 
qualidades podem ser percebidas em todas as regiões da lingua que 
contêm botões gustativos. Esses botões são estruturas em forma 
de cebola (Figura 15.3), cada uma contendo 50 a 100 células. O 
botão repousa sobre uma lâmina basal e, em sua porção apical, as 
células gustativas têm microvilosidades que se projetam por urna 
abertura denominada poro gustativo. Muitas das células têm 
Allycia Mello – UNIT/AL 
função gustativa, enquanto outras têm função de suporte. Células 
basais indiferenciadas são responsáveis pela reposição de todos os 
tipos celulares. 
 
GLÂNDULA PARÓTIDA 
As glândulas salivares maiores são glândulas emparelhadas com 
longos ductos que desembocam na cavidade oral. 
As glândulas parótida e submandibular na realidade estão localizadas 
fora da cavidade oral; suas secreções alcançam a cavidade 
através dos ductos. A glândula parótida está localizada 
subcutaneamente abaixo e à frente da orelha, no espaço entre o 
ramo da mandíbula e o processo estiloide do osso temporal. 
A glândula parótida é uma glândula acinosa composta; sua porção 
secretora é constituída exclusivamente por células serosa, 
contendo grânulos de secreção ricos em proteínas e elevada 
atividade de amilase. Essa atividade é responsável pela hidrólise de 
boa parte dos carboidratos ingeridos.. 
 
Como em outras glândulas salivares, o tecido conjuntivo contém 
muitos plasmócitos e linfócitos. Os plasmócitos secretam IgA, que 
forma um complexo com um componente secretor sintetizado 
pelas células acinosas, células dos duetos intercalares e estriados. 
O complexo secretor rico em IgA (SigA) é liberado na saliva, sendo 
resistente à digestão enzimática e constituindo-se em um 
mecanismo de defesa imunológica contra patógenos da cavidade 
oral. 
ÁCINOS DE GLÂNDULAS SECRETORAS 
Os ácinos são de três tipos: serosos, mucosos ou mistos. 
 
As glândulas parótidas são completamente serosas. As glândulas 
parótidas serosas emparelhadas são as maiores das glândulas 
salivares maiores. O ducto parotídeo segue seu trajeto a partir da 
glândula, abaixo e em frente à orelha, para entrar na cavidade oral 
no lado oposto do segundo dente molar superior. As unidades 
secretoras na parótida são serosas e circundam numerosos 
ductos intercalares longos e estreitos. Os ductos estriados são 
grandes e evidentes. 
 
A glândula parótida, no ser humano, é composta inteiramente de ácinos serosos em seus 
ductos. Tipicamente, os adipócitos também estão distribuídos por toda a glândula. A porção 
inferior da figura revela um ducto excretor dentro de um septo de tecido conjuntivo. 
120X. Detalhe. Maior aumento das células acinosas serosas. 320X 
 
Allycia Mello – UNIT/AL 
MINI ATLAS 
 
Papilas filiformes: Elas são as mais numerosas dos três tipos de papilas. Essas papilas não possuem 
botões gustativos e são compostas de epitélio estratificado pavimentoso queratinizado. 
As papilas fungiformes estão dispersas como estruturas elevadas isoladas ligeiramente 
arredondadas situadas entre as papilas filiformes. Um grande núcleo de tecido conjuntivo (papila de 
tecido conjuntivo primário) forma o centro da papila fungiforme, e papilas de tecidos conjuntivos 
menores (papilas de tecido conjuntivo secundárias) projetam-se até a base do epitélio superficial 
(ponta de seta). 
A superfície lisa do epitélio estratificado pavimentoso (Ep) contrasta com a superfície irregular do 
dorso da língua. Além disso, a superfície epitelial na superfície ventral da língua geralmente não é 
queratinizada. O músculo (M) é estriado e é único nessa organização; isto é, as fibras são 
direcionadas em três planos. Consequentemente, muitos cortes mostrarão feixes de fibras 
musculares cortados longitudinalmente, em ângulos retos entre si e em corte transversal. 
 
As papilas foliáceas consistem em uma série de cristas paralelas que são separadas por fendas 
mucosas profundas e estreitas. Elas estão alinhadas em ângulos retos com o eixo longo da língua 
em sua borda lateral posterior. Em indivíduos mais jovens, elas são prontamente observadas pela 
inspeção macroscópica. Entretanto, com a idade, as papilas foliáceas podem não ser reconhecidas. 
Os botões gustativos tipicamente aparecem como estruturas ovais de coloração pálida que se 
estendem através da maior parte da espessura do epitélio. 
Poro gustativo. As células com os núcleos grandes arredondados são as células sensoriais 
neuroepiteliais (CSN). Elas são as células mais numerosas do botão gustativo. Em sua superfície 
apical, elas possuem microvilosidades que se estendem até o poro gustativo. Em sua superfície 
basal, elas estabelecem sinapse com as fibras sensoriais aferentes que constituem o nervo 
subjacente. Entre as células sensoriais estão as células de sustentação. 
GLÂNDULA PARÓTIDA 
 
A glândula parótida nos seres humanos é composta inteiramente de ácinos serosos (A) e seus 
ductos. Entretanto, numerosos adipócitos (AD). geralmente estão distribuídos por toda a glândula. 
Tanto os ácinos serosos quanto seu sistema ductal na glândula parótidasão comparáveis em 
estrutura e arranjo aos mesmos componentes da glândula submandibular. Dentro do lóbulo, os 
ductos estriados (DEt) são prontamente observados. Eles exibem um epitélio simples colunar. Os 
ductos intercalares são menores; no pequeno aumento dessa figura, eles são difíceis de 
reconhecer. Alguns ductos intercalares (DI) estão indicados.

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