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Giulia Silva de Araújo/ Matrícula: 20190032979
MÄDER, Maria Elisa Noronha de Sá. Revoluções de independência na América
hispânica: uma reflexão historiográfica. Revista de História, vol.159, 225-241, 2008.
A discussão principal trazida pelo artigo de Mader objetiva analisar como a
historiografia tem trazido as interpretações acerca dos processos de independência
na América Hispânica - a perspectiva inicialmente explicitada pela autora, diz
respeito a um caráter que atribui certa continuidade e causalidades externas
enquanto fatores preponderantes para a eclosão simultânea de diversos processos
independentistas em colônias ibéricas; visão esta que não abriu espaço para uma
análise aprofundada a respeito do caráter revolucionário ou não de tais
acontecimentos, bem como a falta de aprofundamento da historiografia tradicional
da metade do século XX; que espelha de forma simplificada e teleológica as fontes
primárias analisadas.
Além disso, algumas interpretações minimizam o caráter revolucionário
desses processos a medida em que alguns não representaram a ruptura abrupta de
uma forma de governo em detrimento do surgimento de outra organização política,
social e econômica dessas colônias - caracterizando os movimentos de
independência como algo limitado e sem significativas transformações para o
período em que ocorreram; excluindo-se desse grupo apenas casos como a
Revolução Americana e Haitiana - tal abordagem, na concepção de um dos autores
analisados no artigo, demasiado problemática à medida em que exclui a consciência
dos agentes participantes da independência e as transformações ocorridas na
época.
Outrossim, é importante destacar algumas análises feitas sob a luz de
correntes historiográficas que dão um caráter liberal a tais processos,
descaracterizando o conceito de revolução a fim de trazer uma análise fomentada a
partir de conservadorismos nacionalistas que pretendem explicar através de
“grandes teorias”, a formação de uma identidade nacional predecessora aos
movimentos independentistas e como se deu a formação dos Estados Nacionais,
inserindo de forma hegemônica grupos diversificados em termos culturais, políticos e
econômicos. Entretanto, o problema enfrentado pela historiografia que traz as
grandes abordagens à tona é justamente não compreender a complexidade de cada
processo, fazendo com que assim seja seguida uma linha generalizada demais dos
fatos.
No entanto, apesar de tais análises historiográficas apresentarem certas
problemáticas envolvendo a falta de aprofundamento para melhor compreensão dos
movimentos de independência, esses escritos ainda são de extrema importância
para os estudos de América Latina que seguem desde o final do século XX,
abarcando a interdisciplinaridade com pesquisas em Sociologia, Ciências Políticas e
Antropologia, essas novas metodologias historiográficas tentam trazer as
explicações a partir de questões pontuais que permitem a compreensão da
complexidade encontrada no estudo dos processos de independência na América
Hispânica.

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