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DOENÇAS DA MAMA 
ROSSANA SOUSA 
MEDICINA – UEMA 
 
ALTERAÇÕES DO DESENVOLVIMENTO DAS MAMAS 
Pode ocorrer a ausência congênita, podendo ser distinguida em dois tipos: amastia (ausência 
completa de todos os componentes da glândula mamária) e a atelia (ausência da papipla ou da 
aréola). 
Além desses casos, também vai haver a hipomastia (desenvolvimento incompleto) e 
hipermastia (desenvolvimento exagerado das mamas). O tecido mamário ectópico é decorrente da 
persistência anormal e da evolução ectópica da crista mamária. Dependendo da intensidade, graus 
variáveis de tecido mamário ectópico são encontrados, desde rudimentos da papila e da aréola, até 
a mama completa. 
Devem ser incluídas, entre as alterações do desenvolvimento, as mamas (polimastia) ou 
papilas supranuméricas (politelia). 
 
MASTOPATIAS INFLAMATÓRI AS 
 O agente etiológico mais comum é o S. Aureus. 
Queixa principal: dor, prurido e presença de nódulos, podendo haver referência a lactação 
recente, traumatismo ou abcesso recidivante. 
OBS: Esteatonecrose – necrose gordurosa que ocorre quando há o extravasamento de 
enzimas lipolíticas para o tecido adiposo, levando à digestão. Paciente refere traumatismo com 
formação de equimose. 
 
PARAMASTITES 
Mastopatia inflamatória que se origina nos tecidos de revestimento da glândula mamária, 
respeitando sua integridade. 
Exame físico - Na inspeção, encontra-se área de abaulamento na região periareolar, 
recoberta por pele eritematosa e edemaciada. Na palpação, que se caracteriza por ser dolorosa, 
pode-se identificar, na região correspondente, nódulo e aumento da temperatura. Na região axilar se 
encontra linfonodos hipertrofiados, dolorosos e de consistência elástica. Sinal importante: área de 
flutuação que traduz supuração do processo. 
2 
Dados clínicos com importância diagnóstica - presença de lesões escabióticas e fungos 
(lesões pruriginosas). 
 
MASTITES 
Processo inflamatório no parênquima mamário, comprometendo por contiuidade o tecido 
de revestimento (tecido celular subcutâneo e pele). 
Exame físico (mastites puerperais) – Na inspeção, observa-se extensa área de eritema e 
edema da pele com acentuação venosa. Na palpação, o parênquima mamário se apresenta 
extensamente comprometido por condensação difusa (ou tumoração mal delimitada). A mama 
torna-se extremamente dolorosa e com temperatura aumentada. Linfonodos axilares hipertrofiados, 
de consistência elástica e dolorosa. A presença de área de flutuação que drena espontaneamente é 
frequente. 
Dados clínicos com importância diagnóstica – aparecimento do processo inflamatório 
durante a gestação, a lactação ou após a supressão da lactação, havendo maior incidência em 
primíparas, abscesso recidivante da mama, eczema aerolopapilar (possível relação com o uso de 
roupas de fibra sintética) e presença de fungos. 
 
ALTERAÇÕES FUNCIONAIS BENIGNAS DA MAMA 
Compreende: cisto simples e papilar, adenose, proliferação regular e típica dos ductos e 
ácinos, ectasia (dilatação) ductal, fibroesclerose, ginecomastia e outras lesões proliferativas não 
neoplásicas. 
A displasia mamária benigna, mais frequente das afecções, tem etiopatogenia variada, 
podendo ser relacinada a diversos fatores: hormonais, nutricionais e emocionais (provavelmente 
influenciada pelas mudanças do padrão reprodutivo). 
Os principais sintomas vão ser dor e nódulos na mama, que vão estar relacionados com o ciclo 
menstrual. No exame físico, constata-se, em quase todos os pacientes, a presença de áreas de 
condensação nas duas mamas. A condensação, isolada ou associada a um nódulo dominante ou a 
secreção papilar, pode ser localizada em determinado quadrante ou comprometer todo o 
parênquima mamário. As áreas de condensação correspondem à presença de alterações 
hiperplásicas (adenose, fibroesclerose, proliferação de ductos e ácinos). As condensações 
micronodulares denunciam a existência de fenômenos hiperplásicos associados a cistos de pequenas 
dimensões. Os nódulos correspondem à presença de ectsias ductais e a pequenos cistos. 
 
3 
NEOPLASIAS 
 
NEOPLASIAS BENIGNAS 
 
ADENOMAS 
Neoplasia nos ductos lactíferos intrapapilares, dúctulos ou ácinos. Vão ser revestidos por 
tecido epitelial. 
 
FIBROADENOMAS 
Ácino (menor parte da glândula mamária) que sofre uma metaplasia, mas que vai ser 
revestido por tecido estroma fibroso. Vai ter uma composição cística (líquido acumulado) por dentro, 
mas envolto por tecido fibroso. Vai ser muito comum na adolescência ou visto no período da 
menopausa, tendendo a involuir na pós-menopausa. No exame físico, vai ser constatado nódulo bem 
delimitado, com ampla mobilidade, superfície lisa ou bosselada e de consistência firme. 
PAPILOMAS INTRACANALICULARES 
Vão ocorrer com maior incidência na quarta e na quinta décadas de vida, sendo a principal 
queixa é o aparecimento de secreção sanguinolenta. Na inspeção dinâmica, vai haver secreção 
papilar sanguinolento em ducto único. Na palpação, vai se observar ducto dilatado, na região 
subareolar, que vai se apresentar em forma de cordão. Ao comprimir, há secreção papilar. Na região 
periaureolar, vai haver nódulo bem delimitado, livre, elástico com derrame de secreção papilar ao 
comprimir. 
NEOPLASIA MALIGNA 
A incidência vai ser maior nas quintas e sextas décadas de vida, em mulheres nulíparas, 
nuligestas e grandes multíparas. Entre os fatores de risco, pode-se destacar: pacientes com histórico 
familiar, relação com o uso prologando de estrogênio e aquelas que apresentam displasia mamária 
benigna com lesões hiperplásicas. Queixa principal: descoberta de nódulo na mama, doloroso ou 
assintomático. 
Na inspeção estática: edema, retração, abaulamento e ulceração da pele. 
Inspeção dinâmica: assimetria de contorno, retração da pele e da papila, desvio da papila e 
diminuição da mobilidade. 
Os nódulos vão ser fixos (parcial ou completamente) com contornos irregulares. 
Pode haver secreção papilar sanguinolenta. 
4 
GINECOMASTIA 
Desenvolvimento anormal e exagerado das glândulas mamárias masculinas. Em geral traduz 
doença sistêmica (cirrose hepática, hipotireoidismo, obesidade), além de poder ter causa idiopática 
ou endócrina. 
Entre possíveis causas: doença de Klinefelter (alteração cromossômica), pseudo-
hermafroditismo masculino (geneticamente masculino mas com fenótipo feminino), neoplasias, 
doença sistêmica e uso de medicamentos/substâncias (anabolizantes). 
 
SÍNDROME AMENORREIA-GALACTORREIA 
Galactorreia vai ser a secreção de leite ou colosto fora do período de ciclo grávido-puerperal. 
Alguns medicamentos (opioides, antidepressivos tricíclicos) podem causar galactorreia. Pode ocorrer 
espontaneamente ou à expressão, podendo ser unilateral ou bilateral. Quando associado à 
aminorreia, pode-se desconfiar de possível neoplasia hipofisária produtora de prolactina. 
Investigação: dosagem de prolactina e estudo radiológico da hipófise.

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