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1 HISTOLOGIA Natasha Ferreira ATM 25 SUBSTÂNCIA BRANCA X SUBSTÂNCIA CINZENTA Diferença de cor é pela distribuição de mielina. Branca ⇢ Encontrada no Cérebro, cerebelo e medula espinal. ↠ Distribuição de mielina presente nos axônio e oligodendrócitos. ↠ Predomina nas porções mais centrais dos órgãos. Núcleos: Aglomerados de neurônios, formando ilhas de substâncias cinzenta no interior da substância branca. Ex: n. caudado, n.amigdaloide Cinzenta ⇢ Local do SNC onde ocorrem as sinapses. ↠ Formadas por corpos celulares dos neurônios, dendrtitos, porções iniciais não mielinizadas dos axônios (segmento inicial), céls. da glia. ↠ Predomina na camada superficial do cérebro, constituindo o córtex cerebral. ↠ Organiza-se em 6 camadas celulares, que se diferenciam pelo formato e tamanho. Elas conseguem interagir entre si por meio de uma complexa rede de neurônios. Em relação ao Cerebelo Seu tecido forma inúmeras pregas, que são chamadas de folhas. A subst. Barnca localiza-se mais centralizada e na periferia encontra-se a subst. Cinzenta, chamada de Córtex cerebelar. Sistema nervoso central e periférico 2 HISTOLOGIA Natasha Ferreira ATM 25 Camada granulosa: formada por pequenos neurônios, organizados de forma justaposta. Camada muito compacta. Camada de céls. de Purkinje: São neurônios muito grandes, e possuem dendritos muito espessos que assumem uma posição de ‘leque’ no tecido. Esses dendritos acabam invadindo e ocupando grande parte da camada adjacente. Camada molecular: Mais externa, formada em grande parte pelos dendritos muito espessos advindos das céls. de Purkinje. Em relação a Medula A distribuição das substâncias é contrária as demais estruturas, na qual a subst. Branca encontra-se na parte externa e a subst. Cinzenta na parte interna, formando uma borboleta. A porção cinzenta pode ser dividida anatômicamente em duas regiões: os cornos posteriores (parte sensitiva) e os cornos anteriores (parte motora). Córtex Cerebelar Substância Branca Substância Cinzenta Camada Granulosa Camada de Céls de Purkinje Camada Molecular 3 HISTOLOGIA Natasha Ferreira ATM 25 Os neurônios que formam a medula são do tipo multipolar, apresentam projeções que partem do corpo celular de forma estrelada, e são bastante volumosos. Na parte central da medula, encontramos o canal medular, que é revestido por células ependimárias (cél. da glia que possui projeções voltadas para a cavidade). MENINGES Existem três camadas (meninges) formada por tec. Conjuntivo e são responsáveis por envolver a caixa craniana e o canal da coluna vertebral. Dura-Máter ⇢ Camada mais externa ↠ Constituída por tecido conjuntivo denso ↠ Encontra-se aderida ao Periósteo dos ossos da caixa craniana Espaço Peridural: espaço entre o periósteo e a dura-máter na medula espinal. É formado por tec. Conjuntivo frouxo e tec. adiposo e contém veias de paredes muito finas, ↠ Em direção ao cérebro, há o contato entre Dura-Máter e Aracnóide. Essa região é de fácil clivagem, pode ser rompida facilmente, então em condições patológicas, com o rompimento dessa região, pode haver acúmulo de sangue, formando o Espaço Subdural.] Céls. Ependimárias 4 HISTOLOGIA Natasha Ferreira ATM 25 ↠ A superfície interna dessa meninge no cérebro e a externa no canal vertebral são revestidas por epitélio pavimentoso. Aracnóide ⇢ Intermediária ↠ Formada por tec. Conjuntivo sem vasos sanguíneos. ↠ Em contato com a Dura-Máter e sob a forma de membrana ↠ Constituída por traves conjuntivas que ligam-na à Pia-Máter Espaço Subaracnóideo: espaço entre as traves conjuntivas, e o seu conteúdo é formado pelo liquido cefalorraquidiano LCR. Colchão hidráulico: E.subaracnóideo + Líquido, protege o SNC contra traumatismos e impactos. ↠ Superfícies revestidas por ep. Pavimentoso (origem no mesenquima) Vilosidades da aracnoide: Expansões que perfuram a dura-máter e provocam saliências em seios venosos, culminando em dilatações fechadas. Tem como função enviar o LCR ao sangue. Pia-Máter ⇢ Mais interna ↠ É muito vascularizada ↠ Aderente ao tec. Nervoso, porém não tem contato direto com as céls. nervosas ↠ Prolongamentos dos Astrócitos entre ela e os elementos nervosos, fazendo a comunicação e nutrição. ↠ Superfície externa revestida por ep. Pavimentoso Espaços Perivasculares: Os vasos sanguíneos, na pia-máter, penetram o tec. Nervoso através de uma rede de túneis revestidos pela pia-máter. Esses capilares acabam sendo envolvidos pelos prolongamentos dos Astrocitos. BARREIRA HEMATENCEFÁLICA É uma barreira estrutural e funcional. Ela dificulta a passagem de substâncias (antibióticos, agentes químicos e toxinas) do sangue ao tec. Nervoso. Acontece as custas dos capilares do tec. Nervoso, por possuírem menor permeabilidade (acontece associada a presença de junções de oclusão - vedam - entre as céls. endoteliais). 5 HISTOLOGIA Natasha Ferreira ATM 25 Formada por céls. não fenestradas e com raras vesículas de pinocitose. Existem também alguns prolongamentos de Astrócitos que envolvem os capilares. Pericitos: Céls. que revestem os vasos sanguíneos e são relativamente indiferenciadas; Participam dos reparos dos capilares; Fazem atividade contráctil, contribuindo na regulação do fluxo sanguíneo; VENTRÍCULOS CEREBRAIS Sistema de espaços interligados no cérebro através do qual o LCR circula. Existem dois ventrículos laterais dentro dos lobos cerebrais e um terceiro encontrado entre os Tálamos. O quarto está localizado sobre a ponte e a medula, abaixo do cerebelo. Conectados por forames através dos quais o LCR passa. PLEXOS CORÓIDES Compostos por pregas da pia-máter e situam-se no interior dos ventrículos cerebrais; Constituídos por tecido conjuntivo frouxo da pia- máter e são ricos em capilares fenestrados e dilatados. Revestidos por epitélio simples, cúbico ou colunar baixo, cujas células são transportadoras de íons. Tem como função secretar o LCR Capilar Líquido Cefaloraquidiano Esse líquido vai ocupar as cavidades dos ventrículos, o canal medular e os espaços subaracnóide e perivasculares; Importante para o metabolismo do SNC; Protege contra traumatismos e impactos.; ↠ Líquido claro, de baixa densidade. Produzido continuamente ↠ É raro o aparencimento de céls. descamadas. ↠ Possui céls de defesa (Linfócitos), 2 a 5 por ml ↠ É absorvido pelas vilosidades aracnóides, passando aos seios venosos cerebrais 6 HISTOLOGIA Natasha Ferreira ATM 25 Histologia Aplicada Obstrução do fluxo do LCR Hidrocefalia ↧ na absorção de LCR pelas vilosidades aracnóideas OU Excesso de LCR, devido tumor do plexo coroide Compressão do córtex cerebral e outras estruturas do SNC Sintomas neurológicos e psíquicos FIBRAS NERVOSAS Conjunto formado por Axônios + Bainha de Mielina SNC ⇢ Feixes ou tratos nervosos, que são envolvidos pelos Oligodendrócitos SNP ⇢ Nervos que possuem a bainha de mielina produzida pelas Céls. de Schwann↠ ↥ Diâmetro do axônio, ↥ Espessura da bainha de Mielina, o que é constante ao longo do axônio. (diretamente proporcionas) ↠ ↥ Calibre do axônio, ↥ Número de voltas dadas pelas céls. produtoras (Oligod. Ou céls. Schwann), que consiste numa maior espessura do envoltório mielínico. (diretamente proporcionais) Hidrocefalia Antes do nascimento ou crianças pequenas Afastamento das suturas dos ossos cranianos Aumento progressivo do tamanho da cabeça Convulsões, retardo mental e fraqueza muscular Convulsões, retardo mental e fraqueza muscular Incisura de Schimidt 7 HISTOLOGIA Natasha Ferreira ATM 25 Incisuras de Schmidt – Lantermann: São estriações oblíquas ás fibras nervosas, originadas por uma parte do citoplasma da Cél. de Schwann que permaneceu após o enrolamento, não sendo espremido e deslocado juntamente com o núcleo. Endoneuro envolve a B. mielina do nervo. Formado por fibras colágenas e faz a manutenção da pressão dos fluidos S.N.PERIFÉRICO Nódulo de Ranvier: intervalo entre duas células de Schwann adjacentes, no SNP é recoberto por prolongamentos laterais da Cél. de Schwann. 8 HISTOLOGIA Natasha Ferreira ATM 25 S.N. CENTRAL Nódulo de Ranvier: intervalo entre prolongamentos adjacentes de Oligodendrócitos, no SNC é recoberto por prolongamentos de astrócitos. FIBRAS AMIELINÍCAS Axônios de pequeno diâmetro, envolvidos por uma dobra única da célula envoltória (cél. schwann ou oligodendrócito) formando túneis. Fibras nervosas amielínicas do SNP. Reentrâncias da célula de Schwann formam túneis onde estão alojados axônios. O desenho superior mostra o tipo mais frequente de fibra amielínica, na qual cada túnel é ocupado por um axônio. Quando os axônios são muito delgados (desenho inferior), podem juntar-se vários em um mesmo túnel de célula de Schwann. S.N. PERIFÉRICO Formado por nervos + feixes de fibras + gânglios + corpos celulares dos neurônios. Nervos Mielinicos ⇢ Feixes de fibras nervosas, formados por axônios. Em seu conteúdo encontramos mielina e colágeno. Macroscopicamente esbranquiçado. Existem camadas de tecido conjuntivo que sustentam esses nervos: Epineuro: camada mais superficial e gerelamente é contínua com as camadas vizinhas. Pode emitir prolongamentos para o interior dos nervos, separando as fibras em feixes (envoltos por outra camada de tec. Conjuntivo) Perineuro: Camada que envolve os feixes de fibras. Tem a presença de junções oclusivas (vedam), garantindo uma barreira, mecanismo de defesa contra agentes agressores. Endoneuro: Envolve cada uma das fibras nervosas. Formado pelas Céls. Schwann e por fibras reticulares. 9 HISTOLOGIA Natasha Ferreira ATM 25 Aspectos microscópicos dos nervos Fibras nervosas seccionadas longitudinalmente Nódulo de Ranvier Axônio Perineuro Epineuro Perineuro Local da Mielina Axônio Cél. Schwann Perineuro Epineuro 10 HISTOLOGIA Natasha Ferreira ATM 25 Nervos Amielínicos ⇢ São mais delgados, e não possuem Epineuro. Apresentam céls de Schwann com pequenas vesículas, que representam túneis, onde estão contidos os axônios. ↠ As SETAS sinalizam as vesículas, que são os túneis onde os axônios mielínicos se alojam. ↠ Os pontos Roxos são os núcleos das Céls. de Schwann. GÂNGLIOS São acúmulos de Pericários de neurônios localizados fora do SNC. Estruturas esféricas, envolvidas por uma cápsula de tec. Conjuntivo e associados aos nervos. Alguns reduzem-se a pequenos grupos de céls. nervosas no interior de determinados órgãos, principalmente na parede do sistema digestório, constituindo os Gânglios intramurais. Gânglios Sensoriais ⇢ Recebem fibras aferentes, encaminhando o impulso da periferia (SNP) para o SNC. Formados por neurônios pseudounipolares que transmitem ao SNC as informações captadas pelos prolongamentos periféricos, situados em órgãos sensoriais. Exceção: Gânglio do nervo acústico (n. craniano com neurônios bipolares). A cápsula envoltória dos neurônios é formada por um estroma de tec. Conjuntivo. Perineuro Pericários Cápsula Pericários Núcleo de cél. Endotelial 11 HISTOLOGIA Natasha Ferreira ATM 25 ↠ As SETAS demarcam as Céls. Satélites (céls. da Glia) que envolvem os pericários. Gânglios do Sistema Autônomo ⇢ Formações bulbosas ao longo dos nervos. Gânglios Intramurais: possuem pequeno número de pericários e não apresentam cápsula conjuntiva. Seu envoltório é o próprio estroma + o estroma do órgão em que está situado. Ainda, possuem raras céls. satélites. Formados por neurônios multipolares com o aspecto estrelado. A camada de Céls. satélites que envolvem os neurônios dos gânglios é incompleta.