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AO JUÍZO DA _ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE GUARAPUÁVA- ESTADO DO
PARANÁ
AGRO COMERCIAL AGRÍCOLA LTDA, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no
CNPJ 11.833.634/0001-41, com sede a Avenida Independência, 433, centro, na cidade de
Água Doce-SC, por seu advogado que esta subscreve , regularmente constituído por
procuração “ad judicia” que segue acostada, vem, respeitosamente, perante Vossa
Excelência, nos moldes do artigo 771 e seguintes do Código de Processo Civil ajuizar
EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL
em face de ANTÔNIO DA SILVA, brasileiro, produtor rural, casado, inscrito no CPF
810.648.699-78, residente e domiciliado no Assentamento Nova Conquista, no Município
de Campina do Simão-PR, pelos motivos e fatos que passa a expor.
I - DOS FATOS 
A Exequente firmou com o executado Cédula de Produtor Rural CPR de nº
01/2019, comprometendo-se a pagar a dívida mediante a entrega de determinada quantia
de milho tipo exportação da safra 2018/2019, que corresponderia ao valor de R$
18.465,00 (dezoito mil quatrocentos e sessenta e cinco reais) considerando-se o preço do
milho na data de sua entrega.
Fora pactuado, que o Executado deveria entregar a safra de milho, até 30/04/2019
na AGRÍCOLA CRK LTDA., situada na cidade de Campina do Simão-PR, o que não
ocorreu.
No entanto, a Exequente identificou que o Executado, teria entregue a produção na
CEREALISTA PIETROBON, localizada na Rua José de Franca Pereira, nº 450, na cidade
de Santa Maria do Oeste – PR, CEP 85230-000. 
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91735/c%C3%B3digo-processo-civil-lei-5869-73
Ocorre que, apesar dos fatos narrados acima e das diversas tentativas de a
Exequente receber o objeto da CPR, a qual não obteve êxito, causando-lhe um receio de
que o objeto do contrato se perca, uma vez que Executado já colheu a safra de milho e a
está negociando com terceiro. Contudo, para ter seu crédito resguardado, propõe a
presente ação.
II - DOS FUNDAMENTOS DE DIREITO
II.1 - DA LEGITIMIDADE PASSIVA
Nos termos do Art. 790 do Código de Processo Civil, a ação de execução alcança
todos aqueles que possuem responsabilidade sobre o débito, conforme menciona Araken
de Assis:
“Em última análise, e de olho na realidade prática, interessa definir a quem
se rotulará parte legítima passiva na demanda executória. A resposta é
simples: a quem não puder livrar-se de a execução recair no seu patrimônio.
Essa responsabilidade recai sobre dois grupos: (a) os que assumiram a
dívida mediante declaração de vontade; e (b) os que, apesar de não
assumirem dívida alguma, expõem seu patrimônio à satisfação do crédito,
porque são responsáveis pela solução da dívida. Essas últimas pessoas,
envolvidas no processo pelo ângulo subjetivo (o credot propôs contra elas a
execução) desde o início, ou em decorrência da constrição de algum bem
dentro da sua esfera patrimonial (..) ostentam-se partes.” (ASSIS, Araken.
Manual da execução. Ed. RT, 2017. 19 edição. - Legitimidade passiva
extraordinária). 
A Exequente é sujeito legítimo para propor a presente ação, uma vez que a
legislação processual dispõem execução forçada o credor a quem a lei confere o título
executivo, o qual é conferido, sendo este reconhecido o Executado como devedor no
título executivo. 
Importante frisar que, não há que se pronunciar possível existência de vícios que
acarretem a anulação do título, até mesmo pelo fato do negócio jurídico preencher todos
os requisitos do artigo 104 do Código Civil, bem como ser um título executivo extrajudicial
nos moldes do artigo 784 do Código de Processo Civil. 
Não obstante, o artigo 786 do Código de Processo Civil dispõem que a execução
pode ser instaurada caso o devedor não satisfaça a obrigação consubstanciada no título
executivo. 
Deste modo, demonstrada a legitimidade passiva, deve responder pela dívida
executada.
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10645831/artigo-784-da-lei-n-5869-de-11-de-janeiro-de-1973
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02
II.2 - DA ENTREGA DA COISA CERTA
O Exequente é credor da entrega da safra de milho 2018/2019, que corresponderia
ao valor de R$ 18.465,00 (dezoito mil quatrocentos e sessenta e cinco reais)
considerando-se o preço do milho na data de sua entrega, concretizada pela Cédula de
Produtor Rural de nº 01/2019.
Em que pese os esforços do Exequente na tentativa de acordo com o Executado
para a entrega do acordado, restaram0se infrutíferas, razão pela qual motiva a presente
demanda, nos termos do Art. 784 do Código de Processo Civil, vajamos:
Art. 784. São títulos executivos extrajudiciais: 
III – o documento particular assinado pelo devedor e por 2 (duas)
testemunhas;
(...)
É nítido que os fatos narrados está claro na redação do referido dispositivo legal,
não restando dúvidas a existência do direito de crédito pelo título executivo, conforme
leciona a doutrina: 
“A execução pode ser iniciada com base em documentos distintos dos
títulos judiciais. Por vezes, o legislador empresta eficácia executiva a certos
documentos, permitindo que os seus titulares possam acessar a via
executiva sem se submeterem ao processo de conhecimento. Tem-se ao a
figura dos títulos executivos extrajudiciais.” (MARINONI, Luiz Guilherme,
ARENHART, Sérgio Cruz. Execução. 5 ed. Editora RT, 2013, p.435)
Deste modo, a documentação juntada aos autos comprova o seu crédito,
conferindo a exigibilidade da presente execução pela simples inexistência de prova da
entrega da obrigação assumida pelo Exequente.
Cabe esclarecer, que no presente caso não cabe sequer a aplicação da teoria do
imprevisão sobre a possível intempéries ou influencias climáticas, uma vez que, conforme
documento anexo, fora constatado que a safra colhida.
II.3 - DOS DOCUMENTOS QUE INSTRUEM A INICIAL
Nos termos do Art. 798, do Código de Processo Civil, a inicial vem instruída com os
seguintes documentos:
a) título executivo extrajudicial, composto pelo nº 01/2019;
b) o demonstrativo do débito atualizado até a data de propositura da ação, com
multa não compensatória equivalente a 10% (dez por cento) sob o valor principal e juros
de mora de 1% a.m (um por cento ao mês);
c) prova de que se verificou a colheita da safra;
Assim, demonstrado os requisitos necessários, tem-se por demonstrado o seguimento da
presente ação de execução.
II.4 - DA FORÇA EXECUTIVA
A tutela jurisdicional de nada adianta sem a força executiva, devendo então ser
dado o especial tratamento, conforme destaca a doutrina sobre o tema:
“Tem o ato executivo de peculiar, distinguindo-o, destarte, dos demais atos
do processo e dos que do juiz se originam, a virtualidade de provocar
alterações no mundo natural. Objetiva a execução, através de atos deste
jaez, adequar o mundo físico ao projeto sentencial, empregando a força do
Estado (art. 782, § 2º, do NCPC). Essas modificações fáticas requerem, por
sua vez, a invasão da esfera jurídica do executado, e não só do seu círculo
patrimonial, porque, no direito pátrio, os meios de coerção se ostentam
admissíveis. A medida do ato executivo é seu conteúdo coercitivo” (ASSIS,
Araken. Manual da execução. Ed. RT, 2017. 19 edição. - Versão ebook, 4.
Natureza do ato executivo)
Razão pela qual, requer a aplicação de medidas coercitivas necessárias para o
devido cumprimento, nos termos do Art. 139 do CPC.
III - DOS PEDIDOS 
Por todo o exposto, REQUER:
a) A concessão da Assistência Judiciária Gratuita, nos termos do Art. 98 do Código
de Processo Civil;
b) A citação do Executado para no prazo de 15 (quinze) dia, satisfazer a obrigação,
nos termos do Art. 806 do Código de Processo Civil, ou seja, entregar a safra, sob pena
de aplicação de multa diária, nos termos do Art. 806, §1º do Código de Processo Civil;
c) Caso o Executado não entregue a safra, requer ordem para a imissão deposse,
cujo o cumprimento se dará de imediato, e não sendo, requer sejam determinadas nos
termo dos Arts. 139, inc. IV, 537, 773 e 814 do CPC/15, as medidas necessárias ao
cumprimento da ordem;
d) A inclusão do executado no cadastro de inadimplentes até que a determinação
seja cumprida, nos termos do Art. 782, §3º do CPC;
e) A produção de toda prova admitida em direito;
f) A condenação do réu ao pagamento de honorários advocatícios nos termos do
Art. 827, §2º do CPC.
Dá-se a causa o valor de R$ 23.764,46 (vinte e três mil, setecentos e sessenta
e quatro reais e quarenta e seis centavos).
Nestes termos, pede deferimento.
Guarapuava, 07 de outubro de 2020.
ADVOGADO
AOB/PR

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