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GUIA 9 INSPEÇÃO DE TANQUES DE ARMAZENAMENTO 
GRUPO REGIONAL DE INSPEÇÃO DE EQUIPAMENTOS NORTE-NORDESTE 1
 INSPEÇÃO DE EQUIPAMENTOS 
 
 
GUIA Nº 9 
 
INSPEÇÃO EM TANQUES ATMOSFÉRICOS E DE BAIXA PRESSÃO 
 
 
 
 
Relatores: Albary Eckmann Peniche 
 
José Barbato 
 
 
Aprovada na reunião de 5. 6/3/70 da Comissão de Inspeção de equipamentos do 
Instituto Brasileiro de Petróleo. 
 
Membros da Comissão de Inspeção de Equipamentos do IPB que participaram da 
elaboração desta guia: 
 
Aldo Cordeiro Dutra (Coordenador) 
Albary E. Peniche 
Djalma Bezerra 
Haroldo Garrastazu Fernandes 
J. E. Amaral Sampaio 
José Barbato 
Mário Duque Estrada 
− CENPES/PETROBRÁS 
− RPBC/PETROBRÁS 
− IMEEL S/A 
− REF. MANGUINHOS 
− REF. UNIÂO 
− RPBC PETROBRÁS 
GUIA 9 INSPEÇÃO DE TANQUES DE ARMAZENAMENTO 
GRUPO REGIONAL DE INSPEÇÃO DE EQUIPAMENTOS NORTE-NORDESTE 2
Maurício Latgé 
Ney Vieira Nunes 
Guilherme Coelho Catramby 
Almir Fucs 
Hans Westphalen 
Fernando Servos da Cruz 
− SERMAT/PETROBRÁS 
− DEPIN/DIMAT/PETROBRÁS 
− CENPES/PETROBRÁS 
− DEPIN/DIMAT/PETROBRÁS 
− RLAM/PETROBRÁS 
− REF. UNIÃO 
− DEPIN DIMAT 
 
Menbros do GRINSP N-Ne que revisaram o guia: 
Moacir Bispo Ramos CEFET-BA/COOEND 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GUIA 9 INSPEÇÃO DE TANQUES DE ARMAZENAMENTO 
GRUPO REGIONAL DE INSPEÇÃO DE EQUIPAMENTOS NORTE-NORDESTE 3
GUIA Nº 9 
 
INSPEÇÃO EM TANQUES ATMOSFÉRICOS E DE BAIXA PRESSÃO 
 
ÍNDICE GERAL 
 
01 − INTRODUÇÃO 
 
02 - NORMAS DE REFERÊNCIA 
 
03 − OBJETIVO 
 
04 − NOMENCLATURA 
 
05 − TIPOS DE DESCRIÇÃO 
 5.1 − Tanques Atmosféricos 
 5.2 − Tanques de Baixa Pressão 
 5.3 − Revestimento 
 5.4 − Acessórios e Equipamentos Auxiliares 
 
06 − RAZÕES PARA INSPEÇÃO 
 
07 − CAUSAS DE DETERIORAÇÃO E/OU AVARIA 
 7.1 − Corrosão 
 7.2 − Vazamentos, Trincas e Outras Avarias Mecânicas 
 7.3 − Outras Causas 
 
08 − FREQUÊNCIA E PROGRAMAÇÃO DE INSPEÇÃO 
 
09 − TRABALHOS PRELIMINARES, INSTRUMENTOS E FERRAMENTAS 
 9.1 − Normas de Segurança 
 9.2 − Instrumentos e Ferramentas 
 
10 − INSPEÇÃO EXTERNA 
 10.1 − Escadas, Plataformas e Passadiços 
 10.2 − Bases e Parafusos de Ancoragem 
 10.3 − Conexões 
 10.4 − Pintura 
 10.5 − Isolamento 
 10.6 − Costado 
 10.7 − Teto 
 10.8 − Acessórios 
 
GUIA 9 INSPEÇÃO DE TANQUES DE ARMAZENAMENTO 
GRUPO REGIONAL DE INSPEÇÃO DE EQUIPAMENTOS NORTE-NORDESTE 4
11 − INSPEÇÃO INTERNA 
 11.1 − Conexões 
 11.2 − Revestimento/Pintura 
 11.3 – Fundo 
 11.4 – Costado 
 11.5 – Teto 
 11.6 – Acessórios 
 
12 − ENSAIOS DE PRESSÃO 
 
13 − LIMITES ESTRUTURAIS 
 13.1 Considerações Gerais 
 13.2 − Método de Cálculo 
 13. 3 − Conclusões 
 
14 − MÉTODOS DE REPARO, RECUPERAÇÃO E RELOCAÇÃO DE 
TANQUES 
 14.1 − Reparos Reinspecionável 
 14.2 − Reparos Especiais 
 
15 − REGISTROS DE INSPEÇÃO 
 15.1 Importância 
 15.2 Formulários 
 15.3 Relatórios 
 15.4 Preenchimento dos Relatórios 
 
1 6− REGISTRO FOTOGRÁFICO DE PROBLEMAS EM TANQUES 
 16.1 Importância 
 16.2 CORROSÃO 
 16.3 FALHAS 
 16.4 REPAROS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GUIA 9 INSPEÇÃO DE TANQUES DE ARMAZENAMENTO 
GRUPO REGIONAL DE INSPEÇÃO DE EQUIPAMENTOS NORTE-NORDESTE 5
 
GUIA Nº 9 
 
INSPEÇÃO DE TANQUES ATMOSFÉRICOS E DE BAIXA PRESSÃO 
 
01 − INTRODUÇÃO 
 
Na industria de petróleo e derivados, os tanques são usados para armazenar petróleo 
bruto, produtos intermediários e acabados da refinação, gases, produtos químicos 
em geral e água. 
Esses tanques são construídos em diferentes tipos, formas, tamanhos e com variados 
tipos de materiais. Dado ao domínio da tecnologia de fabricação e de controle de 
deterioração usa-se o aço carbono como principal material de fabricação de tanques 
de armazenamento. 
As características do líquido armazenado, tais como volatilidade, inflamabilidade, 
temperatura e pressão de armazenamento são importantes fatores na seleção do tipo 
de tanques a ser utilizado. 
02 - NORMAS DE REFERÊNCIA 
API – American Petroleum Institute 
API 575 
API 620 
API Standard 650 – Walded steel tanks for oil storage. 
API 653 
API Standard 12A – Specification for oil storage tanks with riveted shells. 
 
PETROBRAS – Petróleo Brasileiro S/A 
N 270 
N 271 
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas 
NBR 7821 Abr/83 da ABNT – Tanques soldados para armazenamento de petróleo e 
derivados. 
 
03 − OBJETIVO 
 
O objetivo deste guia é apresentar as diretrizes básicas a serem seguidas nos 
trabalhos de inspeção e manutenção de tanques atmosféricos e de baixa pressão 
utilizados para o armazenamento de petróleo e seus derivados. Não se trata, 
entretanto, de regras e nem se tem a pretensão de ser base para elaboração de um 
código, porem é uma boa pratica de engenharia o que não descarta o julgamento 
soberano de um competente engenheiro de inspeção. 
Estas diretrizes cobrem uma série de práticas observadas na inspeção de tanques 
atmosféricos e de baixa pressão atualmente em uso, focalizando os métodos e 
procedimentos a serem utilizados, seqüência de inspeção, causas de deterioração 
e/ou avarias e outros aspectos da inspeção. 
GUIA 9 INSPEÇÃO DE TANQUES DE ARMAZENAMENTO 
GRUPO REGIONAL DE INSPEÇÃO DE EQUIPAMENTOS NORTE-NORDESTE 6
 
NOTA: Todos aqueles que desejarem colaborar visando o aprimoramento deste 
Guia, poderão encaminhar suas sugestões ao Instituto Brasileiro de Petróleo − 
Comissão de Inspeção, as quais serão acolhidas e analisadas com o maior interesse. 
 
04 − NOMENCLARTURA 
Será adotada neste guia a nomenclatura padronizada pela Comissão de Inspeção do 
IBP, Guia nº 2, 1.ª parte, e aqui reproduzida devidamente revisada. Vide figuras 1, 2 
e 3. 
 
3.1 – TETO 
3.1.1.1 − Fixo 
3.1.1.2 − Cônico 
3.1.1.3 − Curvo 
3.1.1.4 − Em umbrela 
3.1.1.5 − Esferóide 
3.1.1.6 − Semi-esferoide 
3.1.1.7 − Flutuante 
3.1.1.8 − Simples 
3.1.1.9 − Duplo 
3.1.1.10 − Com flutuador 
 
a) periférico elevado 
b) periférico rebaixado 
c) central 
d) radial 
 
3.1.3 − Estruturas de sustentação do teto 
3.1.3.1 − Coluna central 
3.1.3.2 – Colunas intermediárias 
3.13.3 – Coroa central 
3.1.3.4 – Vigas radiais principais 
3.1.3.5 – vigas radiais secundarias 
3.1.3.6 – Vigas transversais 
3.1.3.7 – Cantoneira de apoio 
3.1.3.8 – Perna de apoio 
 
3.1.2 – Costado 
3.1.3 – Cilíndrico 
3.1.4 – Esferoidal 
 
3.1.5 – Fundo 
3.1.6 – Plano 
3.1.7 –Curvo 
GUIA 9 INSPEÇÃO DE TANQUES DE ARMAZENAMENTO 
GRUPO REGIONAL DE INSPEÇÃO DE EQUIPAMENTOS NORTE-NORDESTE 7
3.1.8 – Esferoidal 
3.1.9 – Base 
3.1.10 – Chapas de apoio 
3.1.11 –Impermeabilização 
3.1.12 – Berma 
3.1.13 – Anel de proteção da berma 
3.1.14 – Anel de concreto armado 
 
3.1.14.1 – Acessórios 
3.1.14.2 – Bocas 
3.1.14.3 – Visita 
3.1.14.4 – Medição 
3.1.14.5 – Amostragem 
3.1.14.6 – Conexões 
3.1.14.7 – Entrada e saída de produto 
3.1.14.8 – Entrada de vapor 
3.1.14.9 – Saída de condensado 
3.1.14.10 – Respiração 
3.1.14.11 – Drenagem de fundo 
a) Simples 
b) Sanfonado 
 
3.1.14.12 – Chapas de reforço 
3.1.14.13 – Bacia de drenagem 
3.1.14.14 – de teto 
3.1.14.15 – do fundo 
 
3.1.15 – Válvula de pressão e vácuo 
3.1.16 – Tampa de alívio 
3.1.17 – Anti-rotacional 
3.1.18 – Vedação do teto flutuante 
3.1.19 – Corta chama ou retentor de chama 
3.1.20 – Sistema de medição 
3.1.20.1 – Trena 
3.1.20.2 – Roldanas 
3.1.20.3 – Peso 
3.1.20.4 – Visor 
3.1.20.5 – Bóia 
3.1.20.6 - Remoto 
3.1.21 – Porta de limpeza 
3.1.22 – Contraventamento 
3.1.23 – Escadas 
3.1.23.1 – Marinheiro 
3.1.23.2 – Helicoidal 
3.1.23.3 – Com patamares 
GUIA 9 INSPEÇÃO DE TANQUES DE ARMAZENAMENTO 
GRUPO REGIONAL DE INSPEÇÃO DE EQUIPAMENTOS NORTE-NORDESTE 8
3.1.23.4 – Do teto flutuante 
3.1.24 – Plataforma 
3.1.25 – Fio terra 
 
3.2 – Dispositivos auxiliares 
3.6.1- Sistema de drenagem do teto flutuante 
3.2.1.1 – Tubo articulado 
3.2.1.2 – Mangueira 
3.2.1.3 – Dreno de emergência 
3.2.2 – Câmara de espuma 
3.2.3 – Tubo móvel 
3.2.4 –Agitador 
3.2.5 –Sistema de aquecimento 
3.2.5.1 – Serpentina 
3.2.5.2 – Radiador 
3.2.5.3 – Feixe tubular 
3.2.5.4 – Baioneta 
 
3.2.6 – Chicanas 
3.2.7 – Isolamento térmico 
 
 
GUIA 9 INSPEÇÃO DE TANQUES DE ARMAZENAMENTO 
GRUPO REGIONAL DE INSPEÇÃO DE EQUIPAMENTOS NORTE-NORDESTE 9
Figura 1 
 
 
Figura 2 
 
GUIA 9 INSPEÇÃO DE TANQUES DE ARMAZENAMENTO 
GRUPO REGIONAL DE INSPEÇÃO DE EQUIPAMENTOS NORTE-NORDESTE 10
 
Figura 3 
 
 
05- TIPOS E DESCRIÇÃO 
 
3.3 – TANQUES ATMOSFÉRICOS 
 
São aqueles projetados para operarem a pressões entre a atmosférica e 0,05 Kg/cm2, 
acima do nível, do líquido armazenado. 
Tais tanques são usualmente construídos de aço carbono ou aço liga podendo ser 
rebitados ou soldados. As normas que regulamentam o projeto e a construção desses 
tanques em aço carbono são as seguintes: 
NBR 7821 Abr/83 da ABNT – Tanques soldados para armazenamento de petróleo e 
derivados. 
API Standard 650 – Walded steel tanks for oil storage. 
API Standard 12A – Specification for oil storage tanks with riveted shells. 
 
3.3.1 – Usos 
Os tanques atmosféricos são usados para o armazenamento de fluídos de baixa 
volatilidade. Estes são líquidos que têm na temperatura de armazenamento uma 
pressão de vapor absoluta inferior à atmosférica. Pressão de vapor é a pressão na 
superfície do líquido causada pelos vapores do próprio líquido; ela varia diretamente 
com o aumento da temperatura. 
GUIA 9 INSPEÇÃO DE TANQUES DE ARMAZENAMENTO 
GRUPO REGIONAL DE INSPEÇÃO DE EQUIPAMENTOS NORTE-NORDESTE 11
Petróleo bruto, óleo pesado, gasóleo, nafta, gasolina e produtos químicos não 
voláteis são usualmente armazenados em tanques atmosféricos. 
Os respiradores usados em muitos desses tanques são projetados a fim de manter 
uma pequena diferença da pressão entre o interior do tanque e a atmosfera. 
 
3.3.2 – Tipos 
 
Há vários tipos de tanques atmosféricos classificados de acordo com a forma do teto. 
Nos de teto fixo o mais simples deles é o de teto cônico, com a forma aproximada de 
um cone reto, atingindo suas dimensões até 75 m de diâmetro e até 18 m de altura. 
Nos tanques de maior diâmetro o teto é suportado por elementos estruturais. Os 
tanques de teto curvo, com a forma de uma superfície esférica, e os de teto em 
umbrela, estes decorrentes da modificação do teto curvo de tal forma que qualquer 
seção de corte horizontal do teto seja um polígono regular, são raramente 
empregados acima de 18 m de diâmetro. 
Outro tipo é o de teto flutuante, usado a fim de reduzir as perdas por evaporação a 
um valor mínimo, pela manutenção de um espaço de vapor constante acima do 
líquido armazenado. 
 O teto é construído de tal modo que flutua sobre a superfície do líquido 
armazenado, sendo o mais simples deles, aqueles em forma de tampa simples (único 
lençol) e muito usado aqueles provido de flutuadores anulares com ou sem 
flutuadores centrais. Ultimamente o tipo mais usado é o de panela dupla, ou 
simplesmente “teto duplo” (“double deck”) ou duplo lençol. 
A vedação do espaço entre o costado do tanque e seu teto móvel é feita por meio de 
uma chapa-sapata pressionada firmemente contra o costado por molas (expostas ao 
tempo ou submersas no líquido armazenado) ou por contrapesos e com uma 
membrana flexível fixada entre a sapata e a chapa do teto. Outros tipos de vedação 
utilizam uma bolsa anular de borracha o material especial cheia de líquido ou gás, ou 
um anel de resina esponjosa, ambos protegidos contra as intempéries. Um tipo 
bastante usado para gasômetros é aquele em que o teto flutua em uma selagem de 
líquido ou a selagem é feita por uma membrana flexível, fixada entre o topo do teto 
e o costado. 
Para o armazenamento de pequenas quantidades de fluidos à pressão atmosférica 
podem ser usados tanques cilíndricos, usualmente com tampas planas e montados 
em posição horizontal. 
 
3.4 – TANQUES DE BAIXA PRESSÃO 
 
São aqueles projetados para operarem a pressão entre 0,05 e 1,00 Kg/cm2. 
Tais tanques são usualmente construídos de aço carbono e, mais comumente, 
soldados. A norma que regulamenta o seu projeto e construção é a seguinte: 
API Standard 620 Recomended rules for desing and construction of large welded, 
low perssure storage tanks. 
GUIA 9 INSPEÇÃO DE TANQUES DE ARMAZENAMENTO 
GRUPO REGIONAL DE INSPEÇÃO DE EQUIPAMENTOS NORTE-NORDESTE 12
Os tanques de baixa pressão podem também ser construídos de acordo com o código 
de vasos de pressão não sujeitos à chama, exceto para os valores da taxa de trabalho 
do material, que deverão ser mais altas. 
 
3.4.1 – Usos 
 
Os tanques de baixa pressão são usados para o armazenamento de fluidos mais 
voláteis. Estes são líquidos que têm na temperatura de armazenamento uma pressão 
de vapor absoluto entre 0,5 e 1,00 Kg/cm2. 
Petróleo bruto leve, mistura para uso na gasolina, nafta leve, pentano e produtos 
químicos voláteis são armazenados em tanques de baixa pressão. 
 
3.4.2 – Tipos 
 
Os dois tipos mais comumente empregados são semi-esferoidal e esferoidal, 
projetados para resistirem à pressão que se desenvolve no interior do tanque, sem 
dispositivos ou meios capazes de alterar seu volume interno. Para isso tais tanques 
são providos de válvulas de segurança a fim de evitar que a pressão ultrapasse os 
valores admissíveis. 
O tanque semi-esferoidal é similar ao de teto-fixo, exceto ao fundo e ao teto, que são 
curvos. 
O tanque esferóide é essencialmente esférico, porém achatado. 
 
3.5 – REVESTIMENTO 
 
Nos casos onde se prevê corrosão, os tanques podem ser recobertos internamente 
com materiais resistentes tais como chumbo, alumínio, borracha, vidro, aços-liga, 
resinas, fibra de vidro e cimento-armado (“gunite”). 
 
3.6 – ACESSÓRIOS E EQUIPAMENTOS AUXILIARES 
 
È previsto na maioria dos tanques o uso de acessórios tais como: válvulas de pressão 
e vácuo, anti-rotacional, retentor de chama, escadas, etc. De acordo com a sua 
utilização os tanques podem ter ou não pintura e ou isolamento térmico 
externamente. 
 
04– RAZÕES PARA INSPEÇÃO 
 
Dentre as razões que justifiquem a inspeção nos tanques de armazenamento citam-
se: a) verificação de suas condições físicas; b) determinação da taxa de corrosão; c) 
avaliação das causas de deterioração e/ou avaria d) avaliação da integridade física. 
Pelo conhecimento desses dados torna-se possível tomar medidas preventivas a fim 
de reduzir a probabilidade de incêndio ou perda de capacidade do armazenamento; 
manter seguras suas condições de trabalho; efetuar reparos ou determinar 
GUIA 9 INSPEÇÃO DE TANQUES DE ARMAZENAMENTO 
GRUPO REGIONAL DE INSPEÇÃO DE EQUIPAMENTOS NORTE-NORDESTE 13
antecipadamente a necessidade de substituição e prevenir ou retardar deteriorações 
futuras. 
 
 
04– CAUSAS DE DETERIORAÇÃO E/OU AVARIA 
 
3.7 CORROSÃO 
A corrosão é a causa principal da deterioração das chapas de aço carbono de um 
tanque de armazenamento, por isso sua localização e medição são as razões 
principais da inspeção de um tanque. 
 
3.7.1 – CORROSÃO EXTERNA 
 
A corrosão atmosférica, que pode ocorrer em todas as superfícies externas do tanque 
pode variar entre desprezível e severa, dependendo das condições do ambiente, as 
quais podem ser classificadas como leve, de média intensidade e severa podendo ser 
localizada ou generalizada. Assim, uma atmosfera sulforosa ou ácida pode destruir 
películas de proteção e aumentar a taxa de corrosão. Qualquer superfície externa de 
um tanque e seus equipamentos auxiliares serão corroídos mais rapidamente, caso 
sobre eles não exista nenhuma película de proteção. 
Qualquer depressão ou bolsa na qual pode haver acúmulo de água por longos 
períodos de tempo, será foco de corrosão localizada. 
O tipo de tanque e os detalhes de sua construção podem afetar a localização e a 
intensidade da corrosão externa. Assim, em tanque rebitados, a corrosão por célula 
de concentração ácida pode ocorrer com mais freqüência que nos demais. Alem 
disso, os vazamentos pelas juntas rebitadas podem destruir a película de proteção 
(pintura) na área do vazamentocriando caminho e ou concentração diferencial 
acelerando a corrosão localizada. 
A corrosão externa do fundo do tanque pode ser problema sério, pois o material 
usado como base do tanque podem conter composto químicos corrosivos; assim, 
quando escória de alto forno, contendo compostos de enxofre, é usada como 
material componente da base,, torna-se quando molhada, altamente corrosiva. A 
presença de argila como contaminante da areia da base causa corrosão eletroquímica 
com conseqüente formação de alvéolos nos locais de concentração de argila. 
A má preparação da base com drenagem deficiente pode permitir que a água, em 
contato com o fundo, provoque uma corrosão eletroquímica. Se o tanque armazena 
produto corrosivo e houver vazamento através do fundo, o produto pode acumular-
se entre a base e o fundo e corroer sua superfície externa. Uma vedação deficiente 
entre a base e o fundo pode corroer sua superfície externa. Uma vedação deficiente 
entre a chapa de apoio do fundo do tanque e sua base ou seus suportes ( quando o 
tanque é montado acima do solo) pode permitir o acúmulo de umidade e acelerar a 
corrosão em determinadas áreas da chapa de apoio ou do fundo. 
GUIA 9 INSPEÇÃO DE TANQUES DE ARMAZENAMENTO 
GRUPO REGIONAL DE INSPEÇÃO DE EQUIPAMENTOS NORTE-NORDESTE 14
 
 
 
 
GUIA 9 INSPEÇÃO DE TANQUES DE ARMAZENAMENTO 
GRUPO REGIONAL DE INSPEÇÃO DE EQUIPAMENTOS NORTE-NORDESTE 15
 
 
 
 
3.7.2 – CORROSÃO INTERNA 
 
GUIA 9 INSPEÇÃO DE TANQUES DE ARMAZENAMENTO 
GRUPO REGIONAL DE INSPEÇÃO DE EQUIPAMENTOS NORTE-NORDESTE 16
A corrosão interna dos tanques de armazenamento depende principalmente das 
características do líquido armazenado e do material de que é construído o tanque. 
Assim como a eficiência do sistema de proteção contra corrosão instalado, se este 
existir. 
A corrosão mais severa ocorre em tanques que armazenam produtos químicos 
corrosivos ou produtos de petróleo contendo compostos corrosivos. Em muitos 
casos é necessário o uso de revestimento (tinta à base de silicato de zinco, resina 
epoxy, “guinite”, ect.), os quais são mais resistentes às propriedades corrosivas do 
produto armazenado do que o material de que é feito o tanque (aço). 
Em alguns casos particulares é necessário construir o tanque de um material 
resistente à corrosão, por exemplo: tanques de aço inoxidável ou alumínio, para 
armazenagem de ácido nítrico a 45% e nitrato de amônio a 85% respectivamente, ou 
proteger um de aço carbono com revestimentos adequados. Por vezes a construção 
de tanques com materiais mais nobres visam a não contaminação do produto por 
exemplo nas industrias alimentícias e farmacêuticas. 
Os tanques que armazenam petróleo e seus derivados são usualmente construídos de 
aço carbono, e normalmente, a intensidade de corrosão varia principalmente em 
função do líquido armazenado. Os tanques que armazenam óleos pesados (10º API e 
mais pesados) podem apresentar taxa de corrosão até 0,05mm/a no anel superior do 
costado, os que armazenam óleos leves(50º API e mais leves) até 0.5mm/a nos anéis 
correspondentes à2/3 da altura do tanque. 
 
FIGURA 4 (P-116B) 
GUIA 9 INSPEÇÃO DE TANQUES DE ARMAZENAMENTO 
GRUPO REGIONAL DE INSPEÇÃO DE EQUIPAMENTOS NORTE-NORDESTE 17
A figura mostra o costado do tanque internamente, atestando a corrosão 
generalizada severa sofrida pelo mesmo, normalmente no 3º anel que é o ora 
documentado. 
 
Os tanques que armazenam produtos intermediários podem apresentar uma taxa de 
corrosão mais alta devido ao teor do H2S, água absorvida, produtos químicos 
residuais, pH baixo e temperatura elevada. As reações de corrosão típicas que se 
processam num tanque armazenando gasolina são as seguintes: 
 
Fe +2H2O+O2 → 2 Fe ++ + 4OH - 
2 Fe (OH)2 → 2FeO.H2O (escama dura) 
3 FeO + H2O → 3Fe3O4 + H 2 (escama preta) 
2 Fe3O4 + O2 → 3Fe2O3.nH2O ( escama marrom) 
 
Figura 5 (P-116B) 
Vê-se a grande quantidade de produtos de corrosão depositados sobre o teto 
flutuante 
 
A corrosão interna no espaço de vapor acima do nível de líquido é comumente 
causada por vapores de gás sulfídrico, vapor de água, oxigênio ou uma combinação 
dos três; nas áreas cobertas pelo líquido armazenado a corrosão pode ser causada 
pelo gás sulfídrico, sais,outros compostos de enxofre ou pela água. A solubilidade 
da água no petróleo e derivados que aumenta com o aumento de temperatura e 
independe do grau API e a solubilidade do oxigênio (que aumenta com aumento dos 
graus API e diminui com o aumento da temperatura) a freqüência de utilização do 
tanque, o tipo do teto, a pressão de vapor e alocação do tanque são os fatores de 
influência das taxas de corrosão previstas para o teto, costado e o fundo do tanque 
em questão. 
Mecanismos associados a tensões cíclicas ou não normalmente relacionados com o 
regime operacional do equipamento também podem influenciar nas taxas de 
corrosão dos tanques. 
Figura 6 
Teto corroído e perfurado pela corrosão interna 
 
A corrosão galvânica do aço carbono pode ser encontrada nas chapas galvanizadas 
de selagem do teto flutuante, ou na superfície interna do fundo quando em contato 
com o latão da bóia ou bronze da trena de medição, que se tenha desprendido. 
Outras deteriorações que podem ser consideradas como formas de corrosão são: 
empolamento pelo hidrogênio, fendimento por álcali, corrosão grafídica e a 
dezincificação. Exceto o fendimento álcali, que pode ser causado por qualquer 
material cáustico existente no líquido armazenado, as demais deteriorações não são 
comuns nos tanques de armazenamento. 
GUIA 9 INSPEÇÃO DE TANQUES DE ARMAZENAMENTO 
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3.8 – VAZAMENTOS, TRINCAS E OUTRAS AVARIAS MECÂNICAS 
 
Algumas justificativa importante para se inspecionar um tanque de armazenamento 
são a verificação de vazamentos existentes ou em potencial a fim de prevenir perdas 
do material armazenado, diminuir áreas perigosas e salvaguardar a integridade 
humana e o patrimônio industrial, a extensão da vida útil do equipamento e o 
controle da deterioração do equipamento 
 Como líquido armazenado em qualquer tanque representa vultuoso investimento 
qualquer perda por vazamento não deve ser tolerada. Além disso, se a perda for 
instantânea e total (como tem acontecido em alguns casos) uma grande avaria pode 
ocorrer em equipamentos vizinhos ao tanque, assim como no meio ambiente. 
Os vazamentos são comumente resultantes da corrosão, mas podem também ocorrer 
em juntas soldadas ou rebitadas indevidamente, através de conexões rosqueadas e 
flangeadas, ou através de trincas nas soldas ou nas próprias chapas. 
As trincas podem resultar de várias causas, sendo as mais freqüentes as seguintes: 
1º - soldagem imprópria; 
2º - concentração de tensões não aliviadas ao redor de conexões; 
3º - reforço insuficiente das conexões; 
4º - esforços causados pelo recalque do terreno; 
5º - vibrações; 
6º - projeto ou reparo mal executado; 
7º - falha operacional; 
8o – tensões cíclicas 
 Os locais mais prováveis da ocorrência de trincas situam-se na junção fundo-
costado, ao redor de conexões e bocas de visita, ao redor dos furos rebitados e nas 
juntas soldadas. 
Embora a inspeção não identifique trincas em potencial, ela pode perfeitamente 
definir as condições das trincas existentes antes que elas se tornem perigosas. 
 
3.9 – OUTRAS CAUSAS 
 
A válvula de pressão e vácuo e o dispositivo de ventilação podem tornar-se 
inoperantes devido à presença de materiais gomosos ou carbonatados, à corrosão nas 
partes móveis e suas guias, ao depósito de corpos estranhos e ao isolamento do 
dispositivo de segurança feito por pessoas não autorizadas. 
 
O medidor de nível do tipo flutuante pode não servir à sua finalidade devido a 
vazamento no flutuador causado por corrosão ou trincas, e pelo rompimento da trena 
de medição ou dos cabos-guia da bóia. O dreno de água do teto em tanques de teto 
flutuante pode não funcionar devido ao seu tamponamento por materiais estranhos 
ou fechamento indevido da válvula dobloqueio, permitindo o acúmulo excessivo de 
águas pluviais, o que pode provocar o afundamento das chapas ou o adernamento do 
teto. A mangueira ou tubulação internas de drenagem pode vazar permitindo que o 
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conteúdo do tanque seja contaminado com água ou o conteúdo seja também drenado 
com água, ou flutue nesta alcançando a face superior do teto. 
O recalque causado pela compressão ou movimento do solo por baixo do tanque ou 
de sua fundação pode ser também considerado como uma avaria mecânica. 
 
 Normalmente um leve recalque uniformemente distribuído não deve causar avarias 
no tanque e conseqüentemente não deve ser considerado como condição perigosa, o 
que não ocorre quando o recalque é diferencial, principalmente em se tratando de 
tanque de teto flutuante. 
 
05– FREQUÊNCIA E PROGRAMAÇÃO DE INSPEÇÃO 
 
O intervalo entre inspeções dos tanques de armazenamento é determinado em função 
dos seguintes fatores: 
- natureza do líquido armazenamento 
- necessidade de manutenção 
- disponibilidade do tanque para 
inspeção 
- sobre-espessura e taxa de corrosão 
- condição nas inspeções anteriores 
- métodos e materiais de construção. 
- Outros fatores como localização 
geográfica e etc. 
 
O intervalo entre inspeções gerais de um tanque – interna e externa- deverá ser 
determinado pela sua história para dado serviço, a menos que outras razões 
indiquem que sua inspeção deva ser antecipada. 
Assim, tanques que apresentam um taxa de corrosão moderada deverão ser 
inspecionados a cada 5 anos ou mais e tanques que armazenam materiais altamente 
corrosivos deverão ser inspecionados cada ano, se necessário. 
Um registro histórico da utilização do tanque deverá estar disponível de modo que a 
freqüência para inspeção geral seja programada em função das taxas de corrosão e 
da vida provável. 
A inspeção programada de um tanque deverá ser realizada mais freqüentemente, a 
cada 1-2 anos, sem necessidade de retirar o tanque de operação; com as informações 
obtidas poder-se-á visualizar a necessidade de antecipar a inspeção interna 
programada. 
A inspeção interna deverá ser efetuada de acordo com o programado, ou por ocasião 
da retirada do tanque de operação para fins de limpeza, mesmo que o intervalo de 
inspeção previsto não tenha sido alcançado. 
Normalmente, para tanques com mais de 10m de diâmetro recomenda-se os 
seguintes intervalos para inspeção em geral: 
 
1º - tanques de derivados de petróleo (querosene e mais leves) acabados ou semi-
acabados; deverão sofrer inspeção geral a cada 5 anos; 
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2º - tanques de petróleo bruto, diesel, gasóleo e resíduo: deverão ser inspecionados a 
cada 8 anos; embora possam sofrer severa corrosão na zona de vapores (teto) e de 
água (fundo); 
3º - tanques de óleo combustível, asfalto e produtos pesados: deverão ser 
inspecionados cada 10 anos. 
 
Os tanques de diâmetro inferior a 10m não necessitam ser retirados de serviço 
especificamente para fins de inspeção interna, a menos que haja dúvidas quanto à 
estabilidade estrutural. 
Quando, em decorrência das inspeções, obtêm-se uma vida provável do tanque 
menor que a freqüência de sua inspeção, ele deverá sofrer acompanhamento com 
medições a intervalos iguais ou menores que à metade de sua vida prevista. 
Tanques recém-construídos deverão ser inspecionados, após sua utilização,dentro de 
um prazo razoável, caso não haja experiência prévia de seu comportamento com o 
liquido armazenado. È de grande interesse que tais tanques sejam submetidos a ma 
inspeção de montagem, executando-se inclusive medição da espessura das chapas do 
costado, do fundo e teto. 
 
4 – TRABALHOS PRELIMINARES, INSTRUMENTOS E 
 FERRAMENTAS 
 
8.1 Normas de segurança 
Antes de ser iniciado qualquer serviço de inspeção deve ser tomada uma serie de 
precauções a saber: 
1º - Toda inspeção externa só deverá ser realizada após o inspetor ter-se munido da 
permissão de trabalho correspondente emitida por quem de direito. 
2º - Para execução da inspeção interna o inspetor pode aproveitar-se da permissão 
emitida à Manutenção, obedecendo todas as recomendações de segurança nela 
contidas. 
3º - O inspetor deve, antes de iniciar a inspeção de um tanque, comunicar ao seu 
supervisor que todas as medidas de segurança foram tomadas podendo então iniciar 
o serviço previsto.É aconselhável a realização antecipada de ma inspeção visual 
dirigida sobre-cabeça com o fim de evitar a queda de componentes avariados do 
tanque ou produtos da corrosão, sobre o inspetor, no decorrer da inspeção detalhada. 
 
8.2 Instrumentos e ferramentas 
Todos os instrumentos e ferramentas necessários para a inspeção de um tanque 
deverão ser verificados,quanto à disponibilidade, aferição e bom funcionamento, 
antes da efetivação dos serviços. 
Especificamente, os instrumentos e ferramentas constantes da relação nº1 são 
aqueles utilizados rotineiramente no decorrer de quase todas as inspeções, e aqueles 
da relação nº2 deverão estar disponíveis para qualquer eventual necessidade. 
 
RELAÇÃO Nº1 
 
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Raspadores de ponta e de lâmina 
Martelo de bola e picador 
Calibres mecânicos (interno e externos) 
Máquina fotográfica 
Paquímetro 
Fio prumo 
Trena ou escala zig-zag 
Micrômetros de inspetor e de profundidade 
Escova de aço ou de latão 
Lanternas á prova de explosão (simples e com extensão) 
Lupa 
Imã 
Aparelhos ultrassônicos para determinação de espessuras e/ou falhas 
RELAÇÃO Nº2 
 
Serra para trepanação 
Solução 
Caixa de vácuo 
Detector de falhas pelo espectro magnético 
Ensaio para exsudação de líquidos penetrantes 
Teodolito 
Serviço de radiografia com Raios – X e Raios – Gama 
Máquina fotográfica 
Medidor magnético de espessura e de detector de descontinuidades em 
recobrimentos não magnéticos 
Os apoios necessários à preparação e execução dos serviços de inspeção tais como: 
auxiliares, iluminação, ventilação, andaime, escada, balancim,vapor, água, ar, 
energia elétrica, máscara de ar fresco, etc., deverão ser fornecidos por outros órgãos. 
 
5 – INSPEÇÃO EXTERNA 
 
Entendemos por inspeção externa de tanques de armazenamento a inspeção 
realizada com um tanque em operação, destinada à verificação de todos aqueles 
componentes que podem ser observados com o tanque em uso. Inclui também a 
medição de espessura não destrutiva das chapas do costado e do teto. 
 
5.1 – Escadas, plataformas e passadiços 
Preferencialmente a inspeção externa deve ser iniciada pela escada de acesso ao teto 
do tanque, através de uma inspeção visual ou teste de martelo a fim de ser 
determinada a existência de corrosão e de peças quebradas. Em particular, deverá ser 
determinado se essas peças estão ou não seguras para uso, no mínimo, até a próxima 
inspeção. 
Em tanques de grandes dimensões a escada pode possuir patamares intermediários, 
suportados por estruturas apoiadas em sapatas de concreto; estas deverão então ser 
inspecionadas antes da escada, quanto a trincas, desagregação do concreto ou outras 
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avarias sérias. Os parafusos chumbados no concreto deverão ser verificados quanto à 
corrosão no local onde afloram no concreto. Os degraus de cada escada deverão ser 
inspecionados quanto ao desgaste e corrosão, pois além da perda de resistência 
devido à corrosão, eles tornam-se inseguros devido ao desgaste. Os parafusos não 
deverão estar frouxos, nem quebrados e nem com corrosão excessiva. As juntas 
soldadas deverão ser inspecionadas quanto a trincas. Os corrimãos deverão ser 
forçados a fim de se verificar sua segurança; particular atenção deve ser dada aos 
corrimãos feitos de tubos, pois neles pode desenvolver-se corrosão interna.Todas as 
juntas em que possa haver acumulação de água devem ser inspecionadas 
cuidadosamente com um raspador ou pelo martelo. Se as superfícies são pintadas, a 
corrosão pode se desenvolver por baixo da película de tinta; empolamento ou 
enferrujamento da película são sinais evidentes de corrosão na estrutura metálica. 
Qualquer plataforma ou passadiço elevado pode ser inspecionado da mesma maneira 
que a escada. As extremidades dos degraus podem ser verificadas com o calibre e as 
demais áreas devem ser testadas com o martelo. Os pontos baixos, onde se acumula 
água, devem ser verificados cuidadosamente, pois a corrosão pode desenvolver-se 
rapidamente em tais áreas; furos de dreno evitará o empoçamento de água. Os 
suportes podem também ser medidos quanto à sua espessura e verificados quanto à 
sua espessura e verificados quanto a empenamentos ou outros sinais de avarias. 
Escadas helicoidais cujos degraus são soldados diretamente no costado do 
equipamento podem apresentar corrosão nestas soldas que devem ter atenção 
especial. 
Todas as anormalidades encontradas, caso não requeiram reparos imediatos, devem 
ser relatadas e marcadas por tintas para providencias futuras. 
 
9.2- BASES PARAFUSOS DE ANCORAGEM 
 
As bases de qualquer tanque podem ser sob a forma de um colchão de areia 
impermeabilizado, estacas e laje, anel de concreto ou suportes metálicos. 
 
Normalmente a inspeção que se realiza para pesquisar as avarias nestes tipos de 
bases é a verificação de recalques, principalmente diferenciais. Se for verificado um 
recalque, principalmente diferenciais. Se for notado um recalque excessivo ou 
desigual, a situação deve ser corrigida antes ocorra uma avaria séria e os valores do 
recalque, obtidos através de levantamentos, devem ser registrados em um gráfico 
tempo-recalque para comparações futuras. 
A junta entre o concreto da base e a chamada de apoio deve ser selada a fim de 
prevenir a infiltração de água para baixo do tanque. A inspeção visual combinada 
com a ação local de raspagem facilita a verificação dessa ocorrência. 
As colunas de aço devem ser inspecionadas quanto a sua corrosão; para isso elas 
devem ser testadas com um martelo e podem ser também calibradas e os valores 
obtidos podem ser comparados com a espessura original de uma seção não corroída, 
para fins da determinação da perda do material. As colunas devem ser inspecionadas 
visualmente com fio de prumo ou nível de bolha, para verificas se elas se encontram 
em prumo. 
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As condições de qualquer parafuso de ancoragem podem visualmente ser 
determinadas pela inspeção visual. Um a pancada de martelo lateralmente sob a 
porca do parafuso podem revelar a existência de corrosão na seção do parafuso 
abaixo da chapa-base. A distorção do parafuso, empenamento de qualquer coluna e 
trinca excessivas no concreto são sinais de recalque sério da base. 
 
9.3-CONEXÕES 
 
As conexões do tanque devem ser inspecionadas quanto a corrosão externa e a 
inspeção visual combinada com a ação de raspagem e decapagem revelará sua 
intensidade. Se a tubulação penetra no solo, este, ao redor do tubo, deve ser cavado, 
pois a corrosão pelo solo é especialmente severa neste ponto. Após o tubo ter sido 
exposto deve ser raspado e limpo a fim de permitir a inspeção visual. 
As tubulações conectadas ao tanque deverão ser inspecionadas quanto a distorções 
caso o tanque tenha sofrido algum recalque excessivo. Explosão interna ou fogo 
podem causar distorções. Caso haja qualquer evidencia de distorção ou trincas na 
área em redor das conexões, todas as juntas e o costado nesta área devem ser 
inspecionados quanto a existência de trincas. Para isto o metal deve ser bastante 
limpo com escovas de fios de bronze a fim facilitar a inspeção visual à vista 
desarmada com a aplicação de teste pela exsudação de líquidos penetrantes. 
 
 
9.4 - PINTURA 
 
As condições físicas do recobrimento de proteção de chapas metálicas devem ser 
verificadas visualmente, e para se decidir quando o tanque deve ser novamente 
pintado deve ser levada em consideração não só a intensidade da deteriorização da 
película de proteção, mas também a aparência do tanque. 
Convém relembrar que a duração da película de tinta depende de uma série de 
fatores, dentre eles citam-se: preparação e superfície, condições atmosféricas por 
ocasião da pintura, método de aplicação da tinta, número de demãos, espessura da 
película, etc. 
Exemplificando: 02 demãos de acabamento (espessura mínima de 0,12 mm) quando 
aplicadas por pistola em tempo seco e ensolarado, sob chapas jateadas 
comercialmente podem durar, em uma atmosfera considerada normal, 10 anos, na 
chapa do costado e 05 anos nas chapas do teto. Por tais motivos torna-se 
impraticável recomendar antecipadamente que os tanques sejam repintados a 
intervalos regulares; contudo, o registro das inspeções anuais é recomendado. 
A deteriorização da película de tinta pode ocorrer sob várias formas a saber: 
gretamento, fendilhamento, escamação, empoamento, descascamento, empolamento, 
enferrujamento e erosão, cujas definições e graus de severidade foram padronizadas 
pela Comissão de Inspeção do IBP, guia nº 2, 2 ª parte. 
A película de tinta nos tetos é a mais suscetível às deteriorizações acima 
enumeradas. Em particular, a do teto flutuante deve ser inspecionadas 
cuidadosamente, ainda mais porque tais tetos podem ser pintados com segurança 
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exceto quando o tanque esta fora de serviço ou teto estivar em sua posição mais alta 
e inativo. È bom relembrar que quando o zarcão é usado como fundo ele deve ser 
sempre recoberto com pigmentos estáveis nas condições atmosféricas 
predominantes, pois caso contrário ele se transforma em carbonato básico de 
chumbo, de cor branca, passando intermediariamente, pela cor rosa, que não protege 
as chapas contra corrosão como se deseja. 
 
9.5 ISOLAMENTO 
 
Uma inspeção visual é, normalmente, suficiente para se verificar as condições do 
isolamento térmico externo de um tanque. Inspeção cuidadosa deve ser feita ao redor 
de todas as conexões e ao redor do berço de tanques horizontais. Umas poucas 
amostras podem ser removidas, especialmente das áreas sombreadas do tanque, de 
modo a se determinar não só as condições do isolamento, mas também da parede do 
costado isolado. Os elementos de suporte e fixação do isolamento devem ser 
verificados quanto à corrosão e quebras. Áreas de isolamentos encharcadas, 
deterioradas e sem chapa de proteção devem ser removidas para avaliação do 
costado, da ancoragem e do estado do isolamento nas áreas adjacentes. 
 
9.6 – COSTADO 
 
A verificação da corrosão nas superfícies externas do tanque (locais onde a pintura 
encontra-se deteriorada, sob isolamento térmico, em áreas onde não tenham sido 
pintadas ou em tanques não pintados) é de uma importância capital. 
A corrosão externa, mais comumente causada pela unidade, oxigênio e vapores 
ácidos presentes na atmosfera, pode também ocorrer no fundo do tanque pelos 
elementos corrosivos presentes no solo, por outros materiais estranhos que podem 
estar em contato com ele, pelo produto corrosivo armazenado no tanque e dele 
vazado. Em verdade o que ocorre normalmente é a combinação da ação dos diversos 
fatores acima citados. 
Se qualquer material estranho se acumular ao redor da parte inferior do costado, ou 
se o tanque sofreu um recalque, de modo que fique parcialmente enterrado, uma 
inspeção cuidadosa deverá ser feita na linha de nível e abaixo dela. Para isso, o 
costado deverá ser descoberto completamente, se possível; caso contrário ele deverá 
ser descoberto em vários pontos até uns 30 cm abaixo do nível do terreno. 
A superfície externa do costado, particularmente no local de vazamento e sob o 
isolamento, deverá ser inspecionada visualmente, suplementando com a remoção da 
pintura de proteçãoe picamento, a fim de se localizar áreas corroídas. Quando se 
evidencia uma extensa corrosão externa ou outras formas de avaria é necessário 
inspecionar toda a superfície do costado. 
Qualquer evidência de corrosão deve ser investigada. Se o tanque estiver em 
operação, os produtos da corrosão poderão ser removidos por raspagem com escova 
de lâmina, de tal modo a definir a extensão e a intensidade da corrosão. 
A medida da espessura das chapas deve ser executada nas áreas mais corroídas, 
porém normalmente uma medição deve ser feita em cada anel do costado ao longo 
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da escada de acesso ao teto e uma altura de 5 a 10 cm da junta soldada horizontal 
inferior do anel em questão, caso a corrosão seja severa mais de uma medição deve 
ser feita por anel, de acordo com as necessidades. Tais medidas devem, futuramente, 
ser comparadas com aquelas tomadas anteriormente para um mesmo local. A 
profundidade de áreas corroídas localizadas pode ser medida com auxílio de uma 
régua plana e micrômetro de profundidade, este mesmo instrumento deve ser usado 
para medir alvéolos, localizados principalmente nas áreas sombreadas e próximas de 
eventuais fontes de calos, pois estes fatores aceleram a taxa de corrosão. Qualquer 
elemento estrutural ligado diretamente ao costado do tanque deve ser visualmente 
inspecionado ou nele efetuado um teste de martelo. O uso do calibre deve ser 
considerado, caso haja evidência de alguma corrosão. Qualquer bolsa formada entre 
o elemento estrutural e o costado deve ser inspecionada quando à existência de 
corrosão por concentração diferencial. As soldas entre o elemento estrutural e o 
costado devem ser verificadas visualmente quando a trincas, caso elas existam, as 
soldas devem ser limpas completamente com escovas e inspecionadas pelo método 
magnético, através de um imã potente, ou pela exsudação de líquidos penetrantes. 
Caso o taque armazene soda cáustica deve ser inspecionada particularmente quanto à 
existência de fendimento por álcali, principalmente ao redor das conexões soldadas 
ao costado para o sistema de aquecimento interno, ou qualquer região soldada 
porventura aquecida da estrutura. Esta forma de deterioração manifesta-se pelo 
aparecimento de trincas, que propagando-se da superfície interna para a externa do 
tanque, possibilitam o vazamento da soda cáustica que depositará sais brancos 
visíveis os quais indicam uma condição séria de deterioração. 
O costado, e na medida do possível o fundo do tanque devem ser inspecionados 
visualmente pelo teto, quando ao empolamento pelo hidrogênio com ou sem a 
presença de trincas. A localização dos grandes empolamentos deve ser registrada e 
quando o tanque estiver fora de operação a espessura da chapa deve ser medida, a 
fim de se determinar sua real espessura. 
Além da inspeção sob o ponto de vista da corrosão, o costado dos tanques deve ser 
examinado quanto à presença de vazamentos trincas e empenamentos. 
Os vazamentos são notados na maioria das vezes pela descoloração ou ausência de 
pintura na área do vazamento. A natureza de qualquer vazamento deve ser 
cuidadosamente observada, pois caso haja alguma indicação de que ele é 
proveniente de uma trinca, o tanque deve ser retirado de serviço tão cedo quanto 
possível, a fim de ser completamente inspecionado e reparado. 
As trincas são mais comumente encontradas nas soldas das conexões dos tanques, 
nas juntas soldadas, nas ligações metálicas entre rebites ou parafusos, nas soldas dos 
acessórios ao tanque e na solda do costado ao fundo do tanque. Quando são usadas 
cantoneiras para apoio do teto ou do costado, pode ocorrer o aparecimento de trincas 
nas chapas de apoio. Usualmente a inspeção visual é suficiente para o descobrimento 
de trincas, entretanto, a fim de serem definidas suas extensões em toda a área 
suspeita, deverá ser limpa com escova a fim de ser minuciosamente inspecionada 
pelos métodos de partículas magnéticas ou de exsudação de líquidos penetrantes. Os 
empenamentos são normalmente evidenciados pela inspeção visual mesmo a uma 
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distância razoável, levando em consideração que há sempre uma pequena distorção 
nas vizinhanças de uma junta soldada e que outras mais podem ser encontradas. 
Entretanto, tais distorções podem ser medidas com uma régua-desempeno colocada 
contra o costado. Uma tarefa importante é a determinação das causas da distorção 
que pode ser causada pelo recalque do terreno, ação do vento, sobre-pressão interna 
do tanque causada por ventilação deficiente, vácuo, severa corrosão nas chapas do 
costado, movimentação da tubulação conectada ao costado ou outra avaria 
mecânica. Quanto um tanque apresenta distorção, as juntas soldadas dos costados 
podem estar severamente solicitadas em alguns pontos, com tendência a trincarem. 
Como indicado previamente as juntas mais suscetíveis de trincarem são as das 
ligações do fundo com o costado e as verticais do costado. O método de inspeção 
por partículas magnéticas, através de um potente imã, pode ser usado para detectar 
as trincas, devendo a superfície a ser inspecionada ter sido previamente bem limpa 
com uma escova. Caso a superfície soldada seja rugosa ou saliente demais sobre a 
superfície das chapas soldadas, pode ser necessário esmerilhar as soldas a fim de se 
obter uma superfície razoavelmente lisa, sem cantos vivos ou descontinuidade, o que 
só pode ser feito com o tanque fora de operação. Os métodos de exsudação por 
líquido penetrante e pelos Raios-X podem também ser usados: o primeiro deles com 
o tanque operando e o segundo somente com tanque fora de operação. 
Se o tanque é de construção parafusada ou rebatida, um número de parafusos e 
rebites selecionados ao acaso deve ser inspecionado quanto à rigidez. Isto pode ser 
feito batendo-se lateralmente nas cabeças do parafuso ou rebite e apoiando os dedos 
contra o lado oposto e contra a chapa por eles fixada. 
A movimentação do parafuso ou rebite será facilmente verificada. 
Quando o tanque se situa em atmosfera agressiva é interessante retocar a pintura 
danificada pela ação da pancada do martelo. 
 
9.7 TETO 
 
O teto de um tanque pode ser inspecionado, em grande parte, da mesma maneira que 
o costado. 
O uso de cintos de segurança é recomendado quando se inspeciona as extremidades 
do teto de um tanque alto. Em tetos fixos recomenda-se, quando a segurança do teto 
é duvidosa, o uso de pranchas de madeira como passadiço. Nos tanques de teto 
flutuante também recomenda-se tal medida de segurança, além daquela de só ser 
feita a inspeção com o teto na sua posição mais alta ou em posição mais baixa, 
porém com altura do nível de líquido em posição estacionária. Com o tanque vazio, 
adequadamente ventilado, ele pode ser inspecionado em qualquer posição. 
A escada, a plataforma e as rodas-guia da escada de acesso ao teto flutuante dos 
tanques são sujeitas à corrosão e a distorções. A escada pode ser inspecionada da 
mesma maneira que as escadas externas; caso ela tenha caído fora da plataforma-
guia, decorrente da rotação do teto, este e especialmente seu sistema de selagem 
devem ser inspecionados visualmente quando a avarias mecânicas. As rodas-guia 
devem mover-se livremente no decorrer da movimentação do teto. 
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O escapamento de gases do sistema de selagem do teto flutuante é bastante difícil de 
ser achado visualmente e, embora quase sempre exista uma pequena intensidade, é 
de menor importância. Contudo, um escapamento excessivo indica que a selagem 
não funciona normalmente. A inspeção visual evidenciará tal fato e em alguns casos 
o reparo definitivo deverá ser feito com o tanque em serviço, porém com o teto nas 
posições já descritas. Caso contrário, o escapamento com o reparo provisóriodeverá 
ser notado, a fim de que o definitivo seja executado com o tanque fora de operação. 
Todos os componentes metálicos do sistema de vedação devem ser inspecionados 
visualmente quanto á corrosão que comumente é bastante severa quando o tanque se 
localiza em ambientes com alta umidade relativa do ar. 
O sistema de drenagem dos tetos flutuantes deve ser verificado, principalmente 
quando obstruções, pois este não permitindo a drenagem das águas pluviais 
acumuladas, podem provocar afundamento do teto. 
A plataforma e guarda-corpos do teto devem ser inspecionados da mesma maneira 
como descrito anteriormente. 
A corrosão interna nas chapas do teto é usualmente mais severa nas áreas ou 
depressões onde a água pode acumular-se antes de evaporar. Nos tanques que 
contem vapores corrosivos, cujo escapamento é possível através de aberturas no teto, 
no sistema de selagem ou sistema de respiração pode ocorrer severa corrosão 
externa nas áreas vizinhas ao mesmo. O procedimento de inspeção a ser adotado 
pode ser aquele mesmo usado para as chapas do costado, e a medição não-destrutiva 
da espessura das chapas deve ser efetuada em um mínimo de 04 pontos, dependendo 
do diâmetro do tanque. 
 
9.8-ACESSORIOS 
 
Os retentores de chama e respiradores devem ser inspecionados visualmente, 
principalmente quando à corrosão e entupimentos de suas telas ou grandes. A 
verificação do nível de óleo nas válvulas de pressão e vácuo devem ser realizadas a 
um só tempo com a inspeção visual de todos os seus componentes. O sistema de 
medição do tanque deve ser inspecionado quanto a corrosão em geral, rompimento 
da trena, furo da bóia, etc. 
O ante-rotacional deve ser inspecionado quanto à corrosão, principalmente nos elos 
da corrente do contrapeso e sistema de guia. 
A tubulação de espuma no sistema de combate a incêndio do tanque deve ser 
inspecionada entre a válvula de bloqueio da tubulação e a sua entrada no tanque. A 
medição da espessura do tubo em qualquer pontos, a inspeção visual do tubo e seus 
suportes e o teste do martelo são métodos normalmente empregados. 
 
10- INSPEÇÃO GERAL 
 
A inspeção geral e aquela que se executa com o tanque completamente fora de 
operação, devidamente aberto, limpo, ventilado e iluminado de modo que seja 
observado em toda a sua extensão, tanto externa quanto interna. 
10.1 CONDIÇÕES EXTERNAS 
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10.1.1-Fundo 
 
A corrosão na superfície externas das chapas do fundo de um tanque que repousa 
sobre um “radie” de concreto ou diretamente sobre o solo, não é possível de ser 
verificada externamente. Contudo tal inspeção é necessária e o método do túneo 
pode ser usado quando o tanque estiver vazio. Como o re-enchimento do túnel com 
areia seca ou pedra britada é difícil de ser feito, este método deve ser aplicado 
apenas na periferia do tanque. 
O método da retirada de trecho na chapa do fundo por ocasião da inspeção interna é 
bem mais seguro, mais prático e usualmente mais rápido. 
Inspeções não destrutivas com ultra-som B-SCAN e C-SCAN são métodos que 
permitem avaliar a superfície externas das chapas de fundo sem remoção das 
mesmas. 
Inspeções usando corrente parasitas permitem detectar furos nas chapas de fundo de 
tanque. 
10.1.2- Conexões 
Todas as conexões do tanque devem ser testadas com martelo como meio 
aproximado de verificar suas espessuras. A inspeção visual acompanhada pela ação 
de raspagem é suficiente para verificar a existência de corrosão externa. Se a 
tubulação do tanque que submerge no solo, esta deve ser escavada em redor do 
ponto de entrada, pois a corrosão pelo solo pode ser severa neste ponto. 
 
10.1.3-Teto 
Todas as chapas do teto devem ser testadas com um martelo, independentemente de 
sua aparência, pois elas são muito susceptíveis de serem rapidamente corroídas 
internamente devido à ocorrência de vapores. Externamente a corrosão se processa 
principalmente nas áreas onde ocorre empoçamento e água. Após o teste do martelo 
a pintura de proteção deverá ser refeita nos locais avariados. 
Tanto nos tanques de teto fixos como flutuantes o teste do martelo acima referido 
deverá ser feito preferencialmente antes que o tanque seja limpo, pois caso contrário 
considerável poeira e escamação se desprendem da superfície. 
Além do teste do martelo, usado para verificar aproximadamente resistência das 
chapas, deverá ser efetuadas uma medição de espessura precisa naqueles locais onde 
a corrosão se faz presente com maior intensidade. 
Caso ela não existe, a medição deverá ser feitas nas chapas correspondentes à zona 
de vapores, quando se tratar de teto flutuante. 
A medição não destrutiva poderá ser feita com o tanque em operação. A medição 
destrutiva através de furos para inspeção e uso de micrometro de inspetor é o 
procedimento usado para a medição de espessura. O furo deverá ser aberto com 
broca de 12,7 mm (1/2”) e posteriormente tamponado com bujão rosqueado (rosca 
de tubo cônica, 18 fios/polegada conicidade de ¾”x pé) se a espessura da chapa for 
superior a 3mm, caso contrário devera ser ele fechado com metal de solda. O 
tamponamento com bujão permite a utilização posterior do furo para efeito de 
controle da taxa de corrosão 
GUIA 9 INSPEÇÃO DE TANQUES DE ARMAZENAMENTO 
GRUPO REGIONAL DE INSPEÇÃO DE EQUIPAMENTOS NORTE-NORDESTE 29
O interior dos flutuadores deverá ser inspecionado visualmente quanto a possíveis 
vazamentos, imediatamente após o tanque estar vazio ou no decorrer de um posterior 
este hidrostático do próprio tanque; a chapa do fundo, de no mínimo um flutuador, 
deverá ter sua espessura medida. 
No decorrer da inspeção, quanto à corrosão, deverá também ser constatada 
visualmente a presença de vazamentos no teto, podendo ser utilizada o teste de ar a 
baixa pressão como meio auxiliar. 
O sistema de vedação do teto flutuante deverá ser inspecionado visualmente quanto 
a existência de corrosão, peças quebradas e de outras deteriorações de seus 
componentes. As peças mecânicas expostas, tais como molas, contrapesos, 
pantógrafos, sapatas, etc; são sujeitas a avarias mecânicas, alem de desgaste e da 
corrosão. 
Como a maioria dos tetos flutuante são equipados com guias ou estabilizadores 
contra rotação, devem elas serem inspecionadas visualmente contra a corrosão, 
desgaste ou distorção. Se as guias foram encontradas distorcidas é sinal indicativo 
de que o teto girou excessivamente e o costado deverá ser então inspecionado. 
O sistema de drenagem do teto flutuante, independentemente dos tipos existentes, 
deverá funcionar normalmente, pois sua obstrução ou vazamentos poderá causar 
avarias ou contaminações e/ou perdas de produto, respectivamente. 
Quando tal sistema é de tubos metálicos, estes deverão ser testados com o martelo e 
suas juntas móveis inspecionadas quando a desgaste e estanqueidade. 
Independentemente dos tipos, os tubos dos sistemas e suas juntas deverão ser 
testados com água sob pressão, em duas etapas: na primeira delas o sistema deve ser 
pressurizado com 2,1Kg/cm2, por maia hora, a fim de ser verificada a existência de 
vazamentos nos tubos, mangueira ou juntas rígidas. A pressão será então reduzida 
para 0,4Kg/cm2,por maia hora para testar a estanqueidade das juntas móveis, 
quando existentes. Esta segunda etapa, justifica-se pois tem sido comprovado que as 
juntas móveis são estanques às mais altas pressões, o que não ocorre às baixas 
pressões. Após o teste de pressão as linhas de dreno deverão ser verificadas quanto a 
entupimentos, pela abertura da válvula de dreno. 
 
10.1.4-Acessórios 
 As válvulas de pressão e vácuo e o suspiro deverão ser totalmente inspecionados 
quanto ao entupimento e estanqueidade, se suas partes móveis estão livres, sem 
desgastes, sem corrosão; no caso de válvulas com flutuadores, se estão estanques e 
se o nível de óleo esta correto. 
Os retentores de chama deverão ser inspecionados quanto a corrosão e entupimentos 
de sua colméia. 
Os sistemas de medição denível deverão ser inspecionados visualmente de forma 
cuidadosa. Assim nos flutuadores deverão ser verificadas a existência de corrosão, 
trincas e a sua estanqueidade; nos cabos, trenas e correntes, a existência de desgaste 
e corrosão; nas roldanas, se estão girando livremente e lubrificadas; os tubos e guias 
se estão com entupimento. 
 
 
GUIA 9 INSPEÇÃO DE TANQUES DE ARMAZENAMENTO 
GRUPO REGIONAL DE INSPEÇÃO DE EQUIPAMENTOS NORTE-NORDESTE 30
10.2 – Condições internas 
 
10.2.1 – Considerações gerais 
Toda inspeção interna requer um planejamento antecipado do material, mão de obra 
especializada e de apoio. 
As precauções necessárias à execução da inspeção envolvem esvaziamento de 
tanque, a purga de gases, a limpeza da borra e incrustações espessas, e a lavagem 
adequada à uma boa inspeção. 
Por razões de segurança uma inspeção visual preliminar deverá ser o primeiro passo 
a ser seguido. Assim o teto e seus suportes deverão ser inspecionados visualmente á 
distância e em primeiro lugar; a seguir, pela ordem o costado e o fundo; se possível 
devem ser estabelecidos os locais onde a corrosão uniforme ou alveolar é evidente. 
Ordinariamente o espaço de vapor, a linha líquido-vapor e o fundo do tanque são os 
locais mais susceptíveis à corrosão. 
 
10.2.2 – Teto e suportes 
Normalmente uma inspeção visual da superfície do teto e seu sistema de sustentação 
é suficiente, a menos que a corrosão seja severa, o que requer uma medição a fim de 
ser verificada a sua intensidade. 
Atenção especial deve ser dada á inspeção das colunas central e intermediárias, no 
nível correspondente às áreas mais corridas do costado; neste caso, a verificação das 
espessuras dos suportes é necessária. Caso as colunas sejam de formato cilíndrico, 
deverão existir próximos à base, furos de drenagem para permitir a drenagem da 
coluna e o escape de gases; por tal motivo os furos deverão ser verificados quanto a 
entupimentos e refeitos quando necessário. 
As soldas estruturais do sistema de sustentação do teto, assim como seus parafusos, 
deverão ser examinados cuidadosamente, através de uma inspeção visual e teste de 
martelo,caso a corrosão ou distorção sejam aparentes. 
Como a inspeção visual do teto requer em alguns casos a montagem de andaimes, 
deverá ser aproveitada a oportunidade para serem verificadas as condições físicas e 
mecânicas da roldana do cabo de acionamento do tubo móvel quando este existir. 
 
10.2.3 – Costado 
Como a corrosão interna é usualmente mais severa que a externa, comprometendo 
portanto a resistência estrutural do tanque, particular atenção deve ser dada á 
inspeção do costado. 
As áreas de incidência de maior corrosão variam em função da movimentação do 
produto dentro do tanque. Assim, o espaço de vapor e a linha correspondente à 
interface líquido-vapor são as áreas mais susceptíveis de serem corroídas; contudo, 
se o costado é alternativamente exposto ao líquido e ao espaço de vapor, ou o 
líquido armazenado tem características corrosivas, todo o costado pode sofrer 
corrosão uniforme. 
Quando a corrosão for severa as medições feitas no decorrer da inspeção externa 
deverão ser completadas por medições por métodos destrutivos e não-destrutivos. 
Normalmente quando as chapas apresentam suas superfícies severamente corroídas 
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ou quando suas espessuras aproximam-se da mínima permitida, não é recomendável 
e as vezes impossível, a utilização do segundo método, neste caso partimos para a 
furação das chapas afim de obtermos uma medição mais precisa, medição esta a ser 
realizada preferencialmente pelo lado interno do costado. Assim sendo, pode-se 
fazer 8 furos por anel, distanciados 5 a 10 cm das juntas soladas superior e inferior 
do anel, segundo 4 prumadas. 
A localização da primeira prumada é fundamentada na inspeção visual da área 
interna do costado com corrosão mais severa, área esta caracterizada por esfoliação 
excessiva, as demais serão dela defasadas de 90º. Posteriormente os furos deverão 
ser tamponados por meio de solda. O anel do costado adjacente à junta soldada do 
topo com a cantoneira de apoio do teto, deverá ser inspecionado visualmente á vista 
desarmada ou não, quanto às trincas. Tal inspeção é também necessária nas juntas 
soldadas das várias chapas dos anéis do costado e nas juntas soldadas das conexões. 
 
10.2.4 – Fundo 
O fundo do tanque deve ter todas as chapas totalmente testadas com o martelo 
independentemente de sua aparência e a inspeção visual quanto a existÊncia de 
alvéolos e trincas nas juntas soldadas deverá dar-se a um só tempo com o teste de 
martelo. Este procedimento deverá ser adotado pois os alvéolos, alojando os ditos 
produtos a corrosão só serão descobertos mediante a remoção destes, que podem ser 
desalojados pela ação do martelo. O uso do martelo picador é também de grande 
utilidade na pesquisa de alvéolos cheios de produtos de corrosão. Assim procedendo 
define-se a locação dos alvéolos cujas profundidades deverão ser medidas. 
As juntas soldadas podem ser inspecionadas visualmente quanto a vazamentos e as 
rebitadas podem ser verificadas correndo uma lâmina ou apalpador ao longo das 
juntas. Neste caso, se a junta estiver aberta, a lâmina passará pela abertura e 
descobrirá a falha. Os rebites deverão ser verificados ao acaso quando ao aperto e 
corrosão; para isso deverão eles ser raspados a fim de serem removidos os produtos 
de corrosão. Detalhe importante é a existência de depressões no fundo e nas áreas 
em redor ou por baixo dos suportes do teto e dos acessórios internos, pois qualquer 
água aí coletada promove aceleração de corrosão. 
O número de medições da espessuras das chapas depende da dimensão do tanque e 
da intensidade da corrosão encontrada. Quando for observada pouca corrosão, uma a 
quatro leituras serão suficientes; entretanto, quando a corrosão for severa, um 
número maior de leitura deverá ser obtido na área mais corroída. O método não-
destrutivo nas áreas severamente corroídas pode ser usado; entretanto a execução de 
furos de inspeção e utilização de micrômetro de inspeção é o procedimento mais 
preciso. 
Como a corrosão na superfície externa do fundo de tanques que repousam no solo é 
impossível de ser avaliada pela inspeção externa, usa-se detecta-la através de 
inspeção interna, pelo teste de martelo ou algumas medições de espessuras a por 
processos não-destrutivos. 
Quando se deseja uma verificação precisa o melhor método é cortar seções 
representativas (mínimo de 100 cm2) das chapas do fundo, tendo o cuidado de deixar 
os cantos arredondados, a fim de evitar concentrações de tenções por ocasião de 
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reparo. Se for encontrada severa corrosão, chapas adicionais poderão ser cortadas 
em outras áreas. 
O fundo deverá ser também inspecionado visualmente quanto a avarias causadas por 
recalque, caracterizadas pelo desnível de suas chapas. 
 
10.2.5 – Revestimentos 
Quando as superfícies internas de um tanque são revestidas com materiais resistentes 
à corrosão, tais como chumbo, borracha, resinas, vidro ou cimento, os métodos de 
inspeção são diferentes dos usuais.Nestes casos a finalidade da inspeção é verificar 
se o revestimento encontra-se em posição adequada e se não apresenta furos nem 
trincas, ou outras falhas. 
Usualmente, como os materiais não metálicos e o chumbo são usados como 
revestimento de tanques de aço carbono, que armazenam materiais extremamente 
corrosivos, é de considerável importância que eles sejam verificados quanto a 
existência de aberturas através das quais o liquido possa alcançar o aço carbono. 
Os materiais não metálicos podem ser testados quanto a permeabilidade elétricas que 
indicará qualquer falha existente. 
Uma das maneiras de inspecionar revestimento de chumbo é raspar levemente, com 
uma faca a área suspeita, a fim de remover a fina e escura camadade óxido de 
chumbo, expondo assim o chumbo brilhante, o que permite, por contraste, mostrar 
qualquer defeito. As juntas soldadas de chumbo são particularmente susceptíveis de 
se abrirem, e abaulamentos no revestimento são sinais bastante positivos de 
vazamentos, indicando uma falha na condição mecânica do revestimento. 
Os revestimentos de borracha, fibra de vidro e resinas anti-corrosivas devem 
inspecionados por abaulamento, empolamento ou fragmentação. 
Cuidado especial deve ser tomado no decorrer dos trabalhos dentro dos tanques 
revestidos de chumbo, borracha, fibras de vidro ou resinas, a fim de evitar a avaria 
mecânica desses revestimentos. 
Os revestimentos de cimento (“gunite”), bastante usados e aplicados 
pneumaticamente, são bastante difíceis de serem inspecionados, embora a avaria 
mecânica, a fragmentação, as trincas e o desprendimento sejam facilmente vistos, o 
que não ocorre com as pequenas trincas e porosidade. Em alguns casos estas avarias 
podem apresentar-se como nódoas de ferrugem na superfície do cimento, causadas 
pela penetração dos produtos de corrosão do aço e em outros casos pela incidência 
de abaulamentos. 
Como conseqüência da corrosão que ocorre por trás do revestimento, o cimento 
perde sua aderência com o aço; isto pode ser constatado pelo som e sentimentos de 
leves pancadas de martelo. 
No caso de dúvidas quanto às condições de revestimento de cimento e do metal 
base, uma pequena área de revestimento pode ser cortada a fim de detalhar a 
inspeção. Caso seja encontrada a corrosão, outras áreas podem ser verificadas. 
 
10.2.6 – Equipamentos auxiliares 
Quaisquer equipamentos auxiliares internos tais como serpentinas, radiadores, seus 
suportes, conexões, tubo móvel e outros, devem ser inspecionados visualmente. 
GUIA 9 INSPEÇÃO DE TANQUES DE ARMAZENAMENTO 
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As serpentinas, radiadores e seus suportes devem ser verificados quanto a corrosão, 
empenamento e trincas; com exceção dos componentes de ferro fundido, os demais 
devem ser testados com o martelo. As serpentinas e radiadores devem ser testados 
hidrostaticamente a fim de serem verificados quanto à estanqueidade. 
Caso exista a suspeita de trincas nas conexões e suas soldas devem elas ser 
inspecionadas pelo método de partículas magnéticas ou pela exsudação de líquidos 
penetrantes. 
Se as tubulações conectadas ao tanque transportam produtos corrosivos ou se houver 
alguma outra razão promotora de grande perda de espessura, o bocal e os tubos 
devem ser medidos. Se a primeira junta da tubulação depois do tanque for 
desmontada, deverá ser executada uma inspeção visual interna e medição direta nos 
locais acessíveis. 
A espessura das conexões pode também ser calculadas diretamente pela medição 
dos diâmetros interno e externo. 
10.2.7 – Verificação de vazamento 
No decorrer da inspeção geral de um tanque, seu fundo e costado deverão ser 
verificados quanto a estanqueidade; para isso o teste hidrostático executado no 
decorrer da inspeção é o melhor método de se detectar vazamentos. Se o teste não 
for realizado usa-se para o costado o método de exsudação por liquido penetrante, 
com o liquido penetrante aplicado numa face e o revelador na oposta. 
Outro procedimento de se descobrir vazamentos no fundo do tanque e pelo uso da 
caixa de vácuo. Neste caso a área suspeita após ter sido bem limpa, e recoberta com 
uma solução de sabão, feita na proporção de 1/10 cm de sabão liquido/água. 
A parte aberta da caixa de vácuo é então pressionada firmemente sobre a área ate se 
ter 0,05 a 0,20 kg/cm2 de vácuo, ocasião em que dever-se-á ter uma vedação 
perfeita. Um vácuo entre 0,70 e 0,35kg/cm2 deve ser obtido no decorrer do teste, 
ocasião em que os vazamentos serão evidenciados como bolhas de sabão, vistas 
através do vidro na parte superior da caixa. 
O fundo dos tanques que repousam no solo pode também ser verificados quanto a 
vazamentos através dos três procedimentos a seguir, sendo que em todos os casos 
devera ser construída uma pequena barragem de argila ao redor e externamente ao 
fundo, vedando-o do ambiente externo. No primeiro procedimento a superfície 
interna e recoberta com uma solução de sabão e aplicada na superfície externa uma 
pressão de ar correspondente a 10 cm de coluna de água, o ar pode ser injetado com 
uma mangueira através da barragem ou através de um furo aberto pela superfície 
interna do fundo. 
O borbulhamento da solução de sabão e sinal da existência de vazamento. O 
segundo procedimento consiste em bombear água sobre o fundo do tanque ate uma 
altura correspondente a 20 cm acima do nível do fundo;os vazamentos serão 
evidenciados pela infiltração de água através do fundo. O terceiro procedimento 
implica no enchimento inicial do tanque com 20 cm de água e na pressurização 
posterior de ar sobre o fundo com pressão equivalente a 30 cm de água; os 
vazamentos serão evidenciados como bolhas de ar através da água. 
Assim como para o fundo e costado, o teto fixo dos tanques poderá também ser 
testado quanto a vazamentos aplicando-se o seguinte procedimento: com o tanque 
GUIA 9 INSPEÇÃO DE TANQUES DE ARMAZENAMENTO 
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cheio de água ate o seu limite permissível e todas as conexões do teto bloqueadas, 
injetar ar no espaço de vapor, pressurizado ate 5 cm de coluna de água.Com pressão 
mantida neste valor, passar solução de sabão nos locais a serem inspecionados. 
Para o caso de tetos flutuantes, os testes a serem utilizados envolvem a verificação 
de vazamentos nos flutuadores, na panela, no sistema de vedação e no de drenagem. 
No caso dos flutuadores os procedimentos implicam no enchimento dos mesmos 
com água e observação, pela parte inferior do teto, ou o enchimento do tanque ate 
que o teto flutue e observação do interior dos flutuadores pelo menos durante uma 
hora. 
A verificação de vazamentos através da panela de tetos flutuante e feita uma hora 
após o teto estar flutuando em água. 
O teste de vazamento através do sistema de vedação deve ser feito com o teto 
flutuando em água após terem sido bloqueadas todas as conexões. A seguir, injetar 
continuamente, no espaço de vapor, ar comprimido de modo a manter uma pressão 
correspondente a 4 cm de coluna de água. 
A quantidade de ar injetada deve ser medida continuamente, se a vedação deixar de 
passar mais de 0,30cm3 por minuto por 30 cm de diâmetro do tanque, o selo deve ser 
reparado. 
A presença de vazamentos através do sistema de drenagem do teto e verificada no 
decorrer do enchimento com água dos tubos rígidos ou flexíveis do sistema, 
conforme já descrito. Obvia e a necessidade de serem controlados com um 
manômetro todas as pressões a serem mantidas no decorrer dos testes. 
 
11- ENSAIOS DE PRESSAO 
 
O termo” ensaio” aqui usado aplica-se unicamente ao processo de enchimento do 
tanque com um liquido ou gás, a uma pressão estipulada pelas normas com a 
finalidade de testa-lo quanto a sua resistência estrutural e estanqueidade. 
Tal ensaio e executado após o termino da construção, de um novo tanque porem 
aplica-se também para a verificação de vazamentos ou após execução de reparos 
estruturais. Neste caso, após os trabalhos de reconstrução ou de reparos, tais como a 
instalação de um novo fundo ou substituição de anéis do costado, o tanque 
atmosférico deve ser cheio co água e no decorrer do enchimento observados quanto 
a possíveis vazamentos; vinte quatro horas após devera ele ser esvaziado, não sem 
antes ser feita nova observação. Caso inexista água para o ensaio e as conexões do 
teto do tanque possa ser devidamente bloqueadas, pode ser usado o ensaio com ar 
pressurizado com 5 cm de coluna de água, embora este procedimento tenha muito 
pouco uso como ensaio de estanqueidade, aplica-se então a solução de sabão nas 
áreas suspeitas de tanque, particularmente nas soldas afim de verificar possíveis 
vazamentos. 
Os tanques de baixa pressão são ensaiados da mesma forma que os atmosféricos,exceto com relação a pressão que deve ser maior e de acordo com a pressão do 
projeto. 
Os tanques projetados e suportados de tal modo que sejam instáveis quando cheios 
de água ou tanques nos quais a corrosão e bastante severa, ou tanques nos quais a 
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presença de água não e tolerada no liquido normalmente armazenado, deverão ser 
ensaiados com ar, após ter sido aprovado o uso deste ensaio pelos órgãos 
responsáveis. 
 
12 – LIMITES ESTRUTURAIS 
 
12.1 – Considerações gerais 
 
A inspeção de tanques de armazenamento perde consideravelmente seu valor a 
menos que os limites da corrosão e outras formas de deterioração que possam ser 
seguramente toleradas sejam razoavelmente bem conhecidas para o tanque em 
inspeção. Há, portanto, dois aspectos a serem considerados:1º) a taxa de corrosão; 2º 
) o limite seguro da deterioração. Como na maioria dos casos, a taxa de corrosão 
metálica pode ser obtida pela comparação das espessuras, medidas em duas ou mais 
inspeções, registradas em um gráfico espessuras versus datas de inspeção. Dele 
também se obtém o limite estimado de deterioração através de uma extrapolação. 
A maioria das outras formas de deterioração, tais como avarias mecânicas 
provocadas pelo vento, trinca, falhas operacionais de acessórios, etc.,são 
imprevisíveis, pois elas ocorrem momentaneamente. 
Em qualquer hipótese, se o limite seguro de deterioração e determinado, o 
conhecimento da época em que o tanque ira alcança-lo é de considerável 
importância, pois se for um futuro próximo, os reparos ou substituições devem ser 
feitos imediatamente; caso contrario torna-se possível adiar os reparos até uma 
próxima inspeção geral programada ou reformular o intervalo de inspeção. 
Obviamente quando o limite for alcançado deve ser tomada uma ação imediata a fim 
de repor o tanque em condições seguras de retornar a operação o mais breve 
possível, pois como é sabido, o parque de tanques de uma industria jamais e super 
dimensionado. Assim sendo, é de interesse que a espessura mínima para cada tanque 
seja conhecida antecipadamente e que os métodos de cálculos a serem empregados 
sejam bem compreendidos. Os limites das outras formas de deterioração terão que 
ser determinados com base nos conhecimentos de todas as condições envolvidas e 
pelo bom senso. 
Devido ao grande numero de variáveis que afetam a espessura mínima e a grande 
variedade de dimensões, tipos e métodos de construção de tanques, não e possível 
neste guia expor todos os métodos de cálculos a serem empregados; entretanto, 
considerando os tanques atmosféricos soldados como os mais usados para armazenar 
petróleo e seus derivados, expomos no parágrafo a seguir o método de calculo a ser 
empregado na determinação da espessura mínima do costado, por ser este 
componente susceptível a corrosão mais freqüente e severa. 
Os métodos para a determinação da espessura mínima de novos tanques são 
definidos nas normas e padrões de sua construção. 
Na maioria dos casos a nova espessura inclui alguma sobre-espessura acima daquela 
espessura necessária a resistir a pressão interna do tanque, pressão esta determinada 
pela altura do liquido armazenado mais a pressão de vapor, caso ela exista para o 
GUIA 9 INSPEÇÃO DE TANQUES DE ARMAZENAMENTO 
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liquido aludido. Essa sobre-espessura pode ser decorrente de cada um ou de todos os 
seguintes fatores: 
 
a) sobre-espessura deliberadamente acrescida no projeto como “ sobre-espessura 
para corrosão” 
Normalmente para tanques atmosféricos isso não e feito, embora possa ser em 
decorrência da previsão de uma alta taxa de corrosão para o mesmo; para os 
tanques de baixa pressão e grande tamanho essa pratica e mais comum. 
 
b) Sobre –espessura decorrente de uso de chapa comercial, cuja espessura supera 
o valor mínimo calculado. 
Tal sobre-espessura e bastante comum e embora pequena, tem grande 
importância quando a taxa de corrosão e baixa. 
 
c) Sobre-espessura resultante do estabelecimento deliberado de uma espessura 
mínima para fins de construção. 
Particularmente para tanques de grandes dimensões, a espessura de suas chapas 
pode ser maior que aquela requerida pelo cálculo, de modo que o construtor de 
tanque possa monta-lo mais facilmente. 
 
d) Sobre-espessura resultante de uma espessura mínima arbitraria especificada 
pelas normas de construção. 
O fundo de tanques que repousam sobre bases maciças e o teto dos atmosféricos 
não estão sujeitos praticamente a tensão e, forçosamente suas chapas só terão 
espessuras suficientes para dar estanqueidade ao tanque; as chapas de teto, alem 
do mais, devem ser suficientes espessas para resistir ao peso próprio entre as 
vigas de sustentação.Exemplificando: as normas da ABNT e API, para tanques 
soldados, estabelecem uma espessura mínima de 4.7mm (3/16”) 6,4mm (1/4”) 
para as chapas do teto e fundo, respectivamente. 
 
e) sobre-espessura nas áreas superiores das chapas dos anéis do costado. 
Como em todos os tanques a pressão exercida no costado pelo peso do liquido 
armazenado e maior no fundo e diminui uniformemente ate o nível do liquido, ao 
menos uma área de todas as suas chapas e mais espessa que o necessário; isto 
naturalmente, e devido ao seguinte fato: na norma API a espessura da chapa e 
calculada par um esforço aplicado a 30 cm acima da junta horizontal inferior do anel 
em questão; na norma ABNT a espessura da chapa e calculada por um esforço 
aplicado na linha de centro da junta horizontal inferior do anel em questão. Em 
ambos os casos a área da chapa acima do local da aplicação do esforço e mais 
espessa que a requerida. Por esse motivo, se ocorrer corrosão nas áreas descritas, 
não só a sobre-espessura, mas também a inexistência de junta soldada nestas áreas, 
pode permitir que o tanque permaneça em serviço por mais tempo que era de se 
esperar. 
 
f) Sobre-espessura disponível resultante da mudança de serviço do tanque 
GUIA 9 INSPEÇÃO DE TANQUES DE ARMAZENAMENTO 
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É sabido que as espessuras das chapas do costado de tanques são normalmente 
calculadas para resistirem aos esforços de um determinado liquido (usualmente água 
para os tanques atmosféricos), e com uma pressão de vapor adicional de 0 a 0,5 
kg/cm2 para tanques de baixa pressão. Se as condições de operação são diferentes 
daquelas para as quais o tanque foi projetado, isto é, se forem armazenados líquidos 
mais leves, ou líquidos com pressão de vapor menor, ou ambos, as chapas 
trabalharão com uma sobre espessura. Inversamente, se o costado for corroído, 
torna-se necessário abrandar as condições de serviço de modo a permitir a continua 
utilização do tanque; ou se as condições de serviços são menos severas, o tanque 
pode seguramente trabalhar nas mesmas condições por um período maior. 
 
g) Sobre-espessura disponível resultante da utilização parcial do tanque. 
Como a espessura das chapas do costado e calculada considerando-se o tanque cheio 
de liquido, obter-se-a uma sobre-espessura adicional caso sua altura de utilização 
seja inferior aquela do projeto. 
Na determinação da espessura mínima das chapas de um tanque devera ser usado o 
método básico definido pelas normas, e os fatores enumerados e discutidas acima 
deverão ser levados em consideração e aplicados.Neste particular, convém lembrar 
que as normas permitem considerar algumas das sobre-espessuras como 
contribuintes para o reforço das conexões. Assim, antes de serem consideradas 
como sobre-espessuras para corrosão aquelas definidas em “ b”, “c” e “e” devera ser 
determinado se elas foram usadas ou não para reforçar as conexões acima de 2”. 
Caso positivo, tais sobre-espessuras não poderão ser utilizados totalmente para 
prolongar a vida do tanque. Por considerações praticas e comum serem considerados 
apenas três valores para densidade a ser aplicada na formulapadrão. Assim: 1º) 
quando o valor da densidade do liquido armazenado e menor que 0,876, omã-se 
sempre este valor; 2º ) quando o valor da densidade do liquido armazenado se situa 
entre 0,876 e 1,000 usa-se sempre o último valor, 3o ) quando o valor da densidade 
do liquido é maior do que 1,000 usa-se o valor real da densidade. 
O resultado será uma espessura definida como mínima para um determinado tanque 
e que quando alcançada, implica na necessidade de execução de reparo ou 
substituições. 
Deve aqui ser lembrado que um alvéolo ou uma pequena área corroída ate a 
espessura mínima não enfraquece consideravelmente a chapa sob o ponto de vista de 
resistência aos esforços atuantes; entretanto, os reparos devem ser executados a fim 
de prevenir vazamentos caso a corrosão prossiga. 
O fundo e o teto de tanques atmosféricos que repousam no solo são dimensionados 
quanto a espessura de suas chapas de modo arbitrário pelas normas de construção, 
pois eles não são submetidos a pressões diferenciais. Normalmente permite-se que 
tais chapas se corroam ate uma espessura remanescente de 2,5 mm, abaixo da qual 
qualquer alvéolo pode perfura-las. Para componentes e acessórios de tanques 
atmosféricos, tais como flutuadores, tubo móvel, tubo de drenagem do teto flutuante, 
conexões, válvulas e estruturas secundarias, nem a espessura mínima nem o método 
de seu calculo são definidos pelas normas, o que não ocorre com os suportes do teto, 
vigas, radiais,plataformas e escadas. 
GUIA 9 INSPEÇÃO DE TANQUES DE ARMAZENAMENTO 
GRUPO REGIONAL DE INSPEÇÃO DE EQUIPAMENTOS NORTE-NORDESTE 38
Para a parte estrutural de tanques, incluindo plataformas, os métodos usuais 
empregados no projeto de estrutura metálicas pode ser usado para o calculo das 
cargas permissíveis. 
As tubulações, conexões e válvulas externas e as serpentinas e aquecedores internos 
do tanque deverão ser inspecionados de acordo com as normas m vigor. É permitido 
que a corrosão de tubos, conexões e válvulas localizadas dentro do tanque se 
processe ate quase ao ponto de promoverem o aparecimento de vazamentos, pois 
normalmente tais acessórios são sujeito a muito baixas ou nenhuma pressão 
diferencial. 
Um bom julgamento e de capital importância para a determinação dos limites de 
deterioração de um tanque e a experiência adquirida e o melhor guia. Os dois fatores 
mais importantes a serem considerados na decisão de aprovar ou condenar um 
tanque ou parte dele são a perda de produção e a segurança operacional, pois 
sabemos que o vazamento do liquido armazenado, inflamável na maioria dos casos, 
pode produzir uma condição operacional insegura. 
Algumas formas de deterioração de tanques não são de tal natureza que a decisão a 
ser tomada e quase automática. Neste inclui-se a existência de trincas, que por sua 
particularidade de progredirem rapidamente devem ser reparadas antes que o tanque 
retorne a operação. Avarias mecânicas serias, inoperância de equipamentos 
auxiliares, vazamentos e avarias nos revestimentos são condições a serem 
remediadas antes que o tanque volte a armazenar. 
 
12.2 – Método do calculo 
Considerando que os tanques atmosféricos de aço carbono soldados são os mais 
empregados para armazenar petróleo e seus derivados, deduziremos a seguir a 
formula geral a ser usada no calculo da espessura mínima das chapas do costado e a 
adaptação dessa formula para as normas ABNT e API. Quando se tratar de tanques 
aparafusados, normalmente usados em campos de produção, de capacidade ate 
1.600m3 (10.000 barris) consultar a API-Std-12B. 
 
12.2.1 – Formula geral 
Consideremos um tanque cilíndrico cheio de liquido cujas paredes são submetidas a 
uma solicitação simples de tração. 
 
1º - consideremos, desse tanque, um anel do costado e analisemos as forcas que nele 
atuam, sendo: 
 
P = pressão 
Fé = forca resistente à pressão = 2F1 
R = raio médio 
dS =elemento de superfície 
dθ =ângulo central 
dF =forca atuante em dS 
dV e dH =componentes de dF 
h =altura do anel 
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GRUPO REGIONAL DE INSPEÇÃO DE EQUIPAMENTOS NORTE-NORDESTE 39
e = espessura do anel 
 
 
Determinação da forca resistente à pressão , para uma altura unitária: 
DF = p.dS como dS = dθ.r.h, e h = 1 
DF = p. dθ. r 
 
As componentes atuante de dF se reduzem a dV, já que a componente dH se anula 
por simetria, e como: 
dV = d.F. sen. θ, 
 obtem-se: 
dV = pr.sen. θ. dθ 
integrando V = ∫oπ dv 
V = 2.p.r 
Como nas condições de equilíbrio V = Fe =2F1 
Obtem-se : 
 
F1 = p.r 
 
 
2º) – Como a pressão exercida sobre um anel do costado e função do peso especifico 
do liquido armazenado, ou seja: 
p=ϒ.H sendo ϒ = peso especifico 
H = altura do anel 
 
Obtemos : 
F1 = ϒ.H.r 
 
3º )- Para o calcula da espessura de uma anel e por definição. 
 
Γ = F1 sendo Γ = carga suportada pela seção unitária do material e como 
 A 
 
 
F1 =ϒ.H.r 
A = h.e 
H = 1 
r = D 
 2 
obtemos Γ = ϒ HD 
 2e 
logo = ϒ HD 
 2Γ 
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GRUPO REGIONAL DE INSPEÇÃO DE EQUIPAMENTOS NORTE-NORDESTE 40
O valor de Γ, considerado como a taxa máxima de trabalho permissível do material, 
deve ser comutado na formula acima já levando em consideração o coeficiente de 
segurança, que e a relação entre as tensões de ruptura e permissível. 
Como nos anéis do costado existem juntas verticais da amarração das chapas, devera 
a formula em questão ser corrigida, considerando-se um fator de eficiência das ditas 
juntas, E. 
Logo, a formula geral será: 
 
e = ϒ HD 
 2ΓE 
 
12.2.2 – Formula pela norma P-NB-89 da ABNT 
Considerando: 
Γ ( taxa máxima de trabalho permissível para o aço carbono especificado) 
= 1.500kg/cm2 já com um coeficiente de segurança de 2,5; 
 ϒ (peso especifico do liquido) = g (em g cm3); 
 H (altura da base do anel medida na aresta superior da cantoneira de fixação do 
teto ou na parte inferior de qualquer ladrão que limite o nível de enchimento do 
tanque = h (em metros); 
 D (diâmetro interno do tanque, em metros) 
 
Obtemos: 
 
e = g(g/cm3) X100 (cm) h X100 (cm) D= 
 2 X 1.500 X 1.000 X (g/cm 2) X E 
ghD 
300E (em cm) 
 
ou 
 
e = g.h.D 
 30.E (em mm) 
 
Quando as juntas verticais soldadas são de topo com o cordão duplo, ou seja C 
E = 0,85, 
Obtém-se : 
 
e = 0,39,g.h.D (mm) 
Quando as juntas verticais soldadas são sobrepostas com cordão integral duplo de 
ângulo, ou seja: E = 0,75, 
 
Obtém-se : 
e = 0,044 . g.h.D (mm) 
 
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GRUPO REGIONAL DE INSPEÇÃO DE EQUIPAMENTOS NORTE-NORDESTE 41
12.2.3 – Formula pela Norma 650 do API 
Considerando: 
Γ ( taxa máxima de trabalho permissível para o aço carbono especificado) = 
21.000 Ib/pol2, já considerado um coeficiente de 2,5; 
 
ϒ (peso especifico do liquido armazenado, igual a sua densidade vezes o 
peso especifico da água) = g.62,42 Ib /pé 3 ; 
ϒ 
 
Quando as juntas verticais soldadas são de topo com cordão duplo, ou seja: 
 
E: 0,85 
Obtém-se: 
 
 
Quando as juntas verticais soldadas são sobrepostas com cordão integral duplo de 
ângulo, ou seja: E = 0,75, 
 
Obtém-se: 
 
 
12.2.3 - Fórmula pela Norma 650 do AP1 
 
Considerando : 
 
r (taxa máxima de trabalho permissível para o aço carbono especificado) = 21 000 
Ib/pol , já considerado um coeficiente de segurança de.. 2,5: 
 
γ (peso específico do líquido armazenado, igual à sua densidade vezes o pelo 
específico da água) = g.62,42 lb/pé; 
 
(H-1) (altura da base do anel medida na aresta superior da cantoneira, de fixação do, 
teto na arte Inferior de qualquer ladrão que limite o nível de enchimento do tanque, 
menos 1 pé) em Pés; D (diâmetro interno nominal do tanque) -em pés -obtemos: 
 
 E = g. 62,42 (Ib) x (H-l) (pé) x D(pé) (pol2]) 
 -2 x (pé3) x 21000 (lb) x E 
 
Quando as juntas verticais soldadas são de topo com cordão duplo, ou seja: E := 
0,85, obtém-se: 
 
 (empolegadas) 
 
 
e = 0,000146.g. (H-l).D 
e = 0,039 . g. h. D (mm) 
e = 0,044 . g . h D (mm) 
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GRUPO REGIONAL DE INSPEÇÃO DE EQUIPAMENTOS NORTE-NORDESTE 42
12,3 - CONCLUSÕES 
Em decorrência da inspeção geral de um tanque já em utilização e para efeitos 
práticos, torna-se possível, considerando uma taxa de corrosão definida, aumentar 
sua vida útil provável, nele aplicando urna ou mais das seguIntes medidas : 
 
a) -armazenar líquidos mais leves; 
 
b) -reduzir a capacidade de armazenagem, diminuindo a altura de utilização do 
 tanque; 
 
c) -aumentar a eficiência das Juntas soldadas, através de uma inspeção 
 rigorosa; 
 
d) -empregar chapas de reforço nas conexões acima de 2" . 
 Por ocasião do projeto de novos tanques e com o conhecimento 
 antecipado, por experiência, do valor da taxa de corrosão para ele prevista, 
 é possível aumentar sua vida útil provável pela adição de sobre-espessura 
 às espessuras obtidas pelo cálculo ou arbitradas . 
 
13 -METODOS DE REPARO 
 
1 -REPAROS REINSPECIONAVEIS 
Estritamente, como os reparos de manutenção não são problemas de inspeção, 
procurou-se aqui apenas comentar aqueles reparos a serem executados nos 
componentes dos tanques os quais requerem :uma nova inspeção por razões de 
segurança . 
Antes que qualquer reparo seja recomendado ao órgão executante, deverão ser 
conhecidas e devidamente interpretadas as normas e padrões e construção a fIm de 
que aqueles reparos não violem os conceitos usados na construção original. 
Como alguns reparos serão do tipo que afetam a resistência ou segurança. do tanque, 
conseqüentemente, eles deverão ser inspecionado após seu término. Geralmente é 
também uma boa prática fazer uma inspeção rápida de todos os outros reparos 
recomendados a fim de ser constatada sua execução. 
Os reparos envolvendo a soldagem do teto, fundo e costado são aqueles que devem 
ser novamente inspecionados, com a f1nalidade de ser verificado seu término e 
perfeição da execução. Para isso, a inspeção visual é, suficiente, entretanto a 
inspeção por partículas magnéticas ou pela exsudação de líquidos penetrantes pode 
também ser usada . 
Amostras do metal de solda executada nos reparos podem também ser removidas 
por trepanação a fim de ser verificada sua qualidade. Como o furo decorrente de tal 
método envolve um novo reparo e conseqüente uma nova inspeção, é comum evitar 
a remoção de tais amostras . 
 
Os reparos podem também ser feitos por rebitagem ou parafusos, porém os métodos 
de utilização deverão seguir o estipulado nas normas correspondentes. Juntas 
GUIA 9 INSPEÇÃO DE TANQUES DE ARMAZENAMENTO 
GRUPO REGIONAL DE INSPEÇÃO DE EQUIPAMENTOS NORTE-NORDESTE 43
rebitadas que apresentem vazamentos podem ser calafetadas, ou soldadas. Quando 
as juntas rebitadas são vedadas por solda, os rebites e as juntas deverão ser 
calafetadas por aproximadamente 15 cm em ambas as direções de soldagem. Os 
rebites defeituosos também podem ser substituídos por parafusos, especialmente 
aqueles das chapas do fundo, onde é possível alcançar-se sua face oposta.Todos os 
reparos envolvendo calafetagem, rebitagem , aparafusagem e soldagem devem ser 
novamente inspecionados. 
 
Quando houver remoção de chapas corroídas, e antes de ser aplicado um remendo, 
com junta soldada de topo ou superposta nas chapas do costado, teto e fundo, a 
abertura deverá ter seus cantos arredondados, pois os cantos quadrados introduzem 
uma concentração de tensões. Os remendos aplicados no fundo são normalmente de 
chapas superpostas fixadas por cordão de solda integral de ângulo. As chapas do 
costado poderão ter remendos com juntas superpostas, desde que as normas de 
construção o permitam, soldadas integralmente em ambos os lados; alternadamente, 
elas podem ser rebitadas e calafetadas ou aparafusas com uma junta de vedação. 
Remendos com juntas de topo deverão ser soldados preferivelmente de ambos os 
lados. 
 
A eficiência da junta (relação entre a resistência de uma junta e a da chapa) de 
remendos do costado, superior em área a 30 cm2, deve pelo menos ser igual à 
eficiência da junta original do costado. Usualmente os remendos no teto são feitos 
com chapas superpostas com a remoção das chapas deterioradas e fixadas por solda 
integral de ângulo, rebitagem ou parafusagem. 
Se o fundo deve ser totalmente substituído por um novo, soldado, as novas chapas 
poderão ser introduzidas no tanque por uma abertura no anel inferior do costado. A 
construção de um novo fundo poderá também ser executada a uma distância mínima 
de 7 ,5 cm do fundo deteriorado e o espaço entre eles cheio com areia seca e limpa. 
Se o fundo deteriorado é protegido catodicamente ou se é prevista proteção catódica 
para o novo fundo, o fundo original deve ser totalmente removido, pois caso 
contrário ela forma uma barreira a qual coletando a corrente proveniente dos anodos 
através do solo impede a proteção adequada ao novo fundo, Havendo a formação de 
uma célula galvânica entre o fundo novo e o original, foi experimentalmente 
demonstrado que a perda do metal será no novo fundo em vez do velho. 
A substituição completa das chapas do teto pode ser feita de modo similar à 
construção original. As vigas também poderão ser substituídas nesta oportunidade, 
caso a inspeção assim o recomende. 
Após a substituição de chapas do costado deverá ele ser inspecionado de modo 
idêntico ao sugerido pelas normas que regulamentam a construção de novos tanques. 
 
As trincas ou defeitos que ocorrerem nas chapas do costados e do fundo deverão ser 
reparadas pela remoção do material defeituoso até a chapa sã por meio de talhadeira, 
esmeril ou eletrodo de carvão, e então soldadas .Caso eles sejam severos é 
recomendável substituir totalmente a chapa. Todos os reparos de solda deverão ser 
inspecionados cuidadosamente, especialmente, nas extremidades do cordão. 
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13.2 - REPAROS ESPECIAIS 
 
Os alvéolos profundos normalmente encontrados nas chapas de tanques podem ser 
reparados por um número variado de métodos quando eles estiverem bem dispersos, 
não afetando a resistência do tanque. Em tais casos qualquer método que paralise a 
corrosão e evite vazamentos será satisfatório . 
Assim, os alvéolos, dispersos, podem ser furados e tamponados com um tampão 
rosqueado e posteriormente soldados ou ca1afetadosa adequadamente. O uso de 
adesivos plásticos ou metálicos especiais, endurecíveis no ar, podem também ser 
usados temporariamente; tais materiais não devem contaminar e nem serem 
contaminados pelo liquido armazenado, devem dar boa vedação e ser aplicados 
sobre a superfície totalmente limpa, preferencialmente por jato de areia; 
posteriormente os alvéolos deverão ser definitivamente reparados com tampão 
rosqueado ou por remendo com chapas . 
 
As aplicações de cimento armado (“Gunite “),resinas e tintas especiais são também 
usadas em caráter definitivo para proteger as chapas internas de um tanque; tais 
aplicações normalmente empregadas quando a espessura das chapas tende para seus 
valores mínimos. A preparação da superfície e o método de aplicação são 
fundamentais, caso se deseje sucesso na utilização desses recobrimentos. 
 
Os vazamentos no teto podem ser reparados temporariamente por remendos que não 
necessitem de corte, soldagem, rebitagem ou parafusagem das chapas. 
 
 
Tais remendos são feitos de placas de asbestos, lona, borracha ou asfalto, aplicadas 
sobre as chapas do teto e devidamente vedadas com massas especiais; a escolha dos 
materiais a serem usados depende das características do liquido armazenado no 
tanque e das condições de serviços destes. 
 
FIGURA 11 ( P-111C) 
Aplicação de "Gunite" no costado do tanque vendo-se a aplicação da 1ºcamada que 
recobre a sustentação . 
 
Os vazamentos do fundo de tanques atmosféricos podem também ser reparados 
temporariamente domesmo modo que os do teto; neste caso é importante saber até 
que ponto o material do remendo é atacado pelo liquido armazenado. 
As bases de tanques porventura removidas ou que cederem por compactação do 
terreno podem ser reparadas pela injeção, sob o fundo, de areia, argila, concreto 
magro ou material similar ao da base . 
 
14 - REGISTROS DE INSPEÇÃO 
14.1 -Importância 
GUIA 9 INSPEÇÃO DE TANQUES DE ARMAZENAMENTO 
GRUPO REGIONAL DE INSPEÇÃO DE EQUIPAMENTOS NORTE-NORDESTE 45
A existência de um registro de inspeção completo e atual1zado é de capital 
importância, pois ele fundamenta um programa de manutenção preventiva, quer 
quanto a reparos quer quanto a substituições. Tal programa previne paradas de 
emergência e permite que o material e mão de obra sejam programados 
antecipadamente a uma parada prevista . 
Tais registros podem funcionar como arquivo de pesquisas quando dele se 
necessitam informações para especificação de novos tanques. 
 
14.2 - Formulários 
 
Para um registro seja completo, nele devem constar pelo menos 3 tipos de 
formulários, as saber: dados técnicos, condições físicas e registro de medições, para 
os quais se aplicam modelos anexos. 
1.4.2.1-Dados técnicos 
 
O formulário de dados técnicos tem por finalidade suprir, para consulta imediata, 
dados de fabricação, de instalação e de operação dos tanques de armazenamento 
atmosférico e de baixa pressão, dados esses compilados e calculados a partir das 
folhas de especificação do projeto e desenhos do fabricante. 
 
14. 2.2 -Registro de medições 
 
O formulário de registro de medições tem por finalidade prever a vida provável das 
chapas componentes do costado, teto e fundo de tanques de armazenamento 
atmosféricos e de baixa pressão, calculada em função das medidas efetuadas e dos 
dados obtidos do formulário de dados técnicos. E conveniente lembrar, por ser 
prática adotada, que para o cálculo da vida útil de um tanque o valor da taxa de 
corrosão deve ser sempre considerado em função da medição mais desfavorável, 
independente da data de sua obtenção,confrontada com a medição efetuada no 
decorrer da inspeção de montagem, caso ela exista . Outrossim, não há sentido em se 
prever que a vida provável de um tanque é superior a 20 anos, pois o cálculo é 
apenas estimativo, já que a taxa de corrosão é variável. 
 
Além desses formulários é específicos necessário e de interesse o registro do 
acompanhamento e de resultados de quaisquer experiência com revestimentos anti-
corrosivos,com novos materiais. etc . 
 
14.3 – Relatórios 
Um relatório geral de inspeção para o tanque em questão deverá. ser emitido aos 
órgãos envolvidos, com o fim de dar divulgação daquelas observações registradas 
nos formulários próprios e que incluem: medições efetuadas, condições gerais 
encontradas, reparos executados, taxas de corrosão e principalmente as 
recomendações ou substituições futuras, assim como suas razões. 
 
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Ocasionalmente, poderão ser emitidos relatórios especiais ou de pesquisas. nos quais 
são divulgados resultados de experiências com materiais anti.corrosivos ou de algum 
problema inusitado ou outros. 
 
14.4- PREENCHIMENTO DOS FORMULÁRIOS 
 
A – Dados técnicos 
 
1 -Finalidade : 
Suprir, para consulta, os dados de fabricação, de instalação, de operação e 
mecânicos dos tanques de armazenamento atmosféricos e de baixa pressão, 
dados esses compilados das folhas de especificação do projeto e desenhos dos 
fabricantes . 
 
2 -Formulário : 
Conforme modelo constante da figura 12. (Formato A4). 
 
3 -Preenchimento: 
Deverá ser preenchido conforme segue em correspondência com os números 
constantes do modelo. 
 
1 -data de preenchimento . 
 
2-enumerar as revisões em correspondência com os novos dados 
 anotados. 
 
3 -sigla padronizada da Unidade ou área. de localização do tanque . 
 
4 -líquido armazenado no tanque . 
 
5 -identificação do tanque. 
 
6 -mencionar se o teto é fixo ou flutuante . 
 
7 -nome do fabricante . 
 
8 -indicar o número de anéis do costado. 
 
9 -indicar o ano da construção . 
 
10 -indicar o desenho geral de referência . 
 
11-altura, em metros, obtida dos desenhos de fabricação. 
 
 
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GRUPO REGIONAL DE INSPEÇÃO DE EQUIPAMENTOS NORTE-NORDESTE 47
Figura 12 
 
12 - altura máxima de utilização em metros (valor de H considerado 
 para. o cálculo de espessura mínima). 
 
13 -diâmetro, em metros, obtido dos desenhos de fabricação; 
 
14 -capacidade, em m3 ou litros, obtida do projeto. 
 
15 -temperatura do produto, em graus centígrados. 
 
16 -densidade relativa. 
 
17 - graus API. 
 
18 - indicar os anéis do costado, ordenados de baixo para cima, o fundo 
 e o teto. 
 
19 – especificação ASTM, ABNT, ou outras 
 
20 - espessura nominal em mm, obtida dos desenhos de fabricação, 
 preferentemente por determinação direta. 
 
21 - largura. em metros das chapas dos componentes considerados . 
 
22 - espessura mínima, em mm, calculada para o produto efetivamente 
 armazenado. 
 
23 - diferença entre as espessuras nominal e mínima. 
 
24 - obtida da norma de projeto em função do tipo de Junta empregada 
 
25 - indicar se foi radiografada ou não. 
 
26 - indicar a existência de serpentina ou aquecedor, seu tipo e material 
 data, tipo, fabricante . 
 
27 - indicar sua existência ou não, quantidade, tipo, fabricante, 
 
28 - indicar quais os dispositivos de respiração e alivio existentes, tipos 
 e dimensões. 
 
29 - indicar sua existência ou não . 
 
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30 – indicar a existência ou não de câmara de espuma, fio terra, 
 chuveiro,etc. 
 
31 -mencionar a norma utilizada para o cálculo de espessura mínima e o 
 ano de sua edição 
 
32- detalhar outros dados necessários e emitidos no formulário, tais 
 como, forma do teto. tipo do selo, etc. 
 
B –Relatório de inspeção - 
 
 Condições físicas externas 
 
1 -Finalidade : 
Avaliar as necessidades de inspeção e manutenção preventiva. a curto e a 
longo prazo, em função das condições físicas observadas no decorrer da 
inspeção externa de tanques de armazenamento atmosféricos e de baixa 
pressão. 
 
 2 -Formulário: 
 Conforme modelo constante da figura 13. (Formato A4). 
 
 3 -Preenchimento : 
 Deverá ser preenchido conforme em correspondêncIa com os números 
 constantes do modelo . 
 
1 -número pela ordem crescente destes relatórios preenchidos para um 
mesmo tanque. 
 
2 - dia, mês e ano da inspeção. 
 
3 - assinatura do executante da inspeção. 
 
4 - assinatura do responsável pela inspeção. 
 
5 - sigla padronizada da unidade ou área onde está localizado o tanque. 
 
6 - produto armazenado no tanque . 
 
7 - teto fixo ou flutuante 
 
8 - Identificação do tanque . 
 
9- reportar, de forma sucinta, o estado físico dos componentes e acessórios do 
teto, costado. base. revestimentos, dispositivos contra incêndios . 
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 10 -para complementação da descrição, recomendações dos reparos e 
 substituições a curto e a longo prazo emitidos pela inspeção. 
 
A 7 TABELA 02 
 
C – Relatório de inspeção 
Condições físicas internas 
 
1 - Finalidade: 
Avaliar as necessidades de Inspeção e manutenção preventiva a curto e a longo 
prazo, em função das condições físicas observadas no decorrer da inspeção 
interna de tanques de armazenamento atmosféricos e de baixa pressão. 
 
2 - Formulário: 
 Conforme modelo constante da figura 14 (Formato A4) . 
 
3 - Preenchimento: 
 Deverá ser preenchido conforme segue,decorrência com os números 
 constantes do modelo. 
 1 - numero pela ordem crescente destes relatórios preenchidos para um 
 mesmo tanque. 
 2 -dia, mês e ano da inspeção . 
 3 - assinatura do executante da inspeção . 
 4 - assinatura do responsável pela inspeção. 
 5 - sigla. padronizada da unidade ou área onde está localizado o tanque. 
 6 - produto armazenado no tanque . 
 7 - teto fixo ou flutuante. 
 8 - Identificação do tanque . 
 9 - reportar, de forma sucinta, o estado do teto, costado, fundo, estrutura, 
 revestimento, dispositivos contra incêndios. 
 10 -para complementação da descrição, recomendações dos reparos e 
 substituições a curto e a longo caso emitidos pela inspeção. 
 
D - Relatório de inspeção 
Registro de medições 
 
1 - Finalidade : 
 Prever a vida provável das chapas componentes do costado, teto e 
 fundo de tanques de armazenamento atmosférico e de baixa pressão, 
 calculada em função medições efetuadas e dos dados obtidos do 
 formulários 
 
 DADOS TÉCNICOS. 
2 –Formulário: 
GUIA 9 INSPEÇÃO DE TANQUES DE ARMAZENAMENTO 
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 Conforme modelo constante das figuras 15a e 15b (Formato A4). 
 
3 - Preenchimento : 
 Deverá ser preenchido conforme segue,em correspondência com os 
 números constantes do modelo. 
 
l-número pela ordem crescente destes relat6rlos preenchidos para um 
 mesmo tanque . 
 
2 -sigla padronizada da unidade ou área onde está localizada o tanque. 
 
3 -produto armazenado no tanque. 
 
4 -teto fixo ou flutuante. 
 
5 -identificar o tanque. 
 
6 -identificação, em correspondência ao item 25 a seguir, do anel do 
 costado medido. 
 
 
7 -obtida no decorrer da inspeção de fabricação, de montagem ou antes 
 da 1.a utilização do tanque. 
 
8 -obtida do formulário DADOS TÉCNICOS,. tendo sido calculada em 
 função das condições de operação. 
 
 9 -data da realização da inspeção . 
 
10 -horas operacionais totais de utilização do tanque . 
 
11 -medição com Audigage, calibre ou outra ferramenta ou aparelho de 
 medição direta ou indireta . 
12 -diferença entre as espessuras original e atual. 
 
13 -diferença entre as espessuras atual e mínima . 
 
14 -diferença (12) dividida pelas horas parciais de operação e 
 multiplicada por 8700 ( até a 1 .a casa decimal.) 
 
15 -sobre-espessura dividida pela taxa de corrosão. 
 
16 -data da realização da inspeção seguinte. 
 
17 -horas operacionais, totais de utilização do tanque 
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Figura 12 
 
 
Figura 13 
 
 
Figura 14 
 
18 - medição com Audigage. calibre ou outra ferramenta ou aparelho de 
 medição direta ou indireta. 
 
19 - diferença entre as espessuras anterior e atual. 
 
20 - diferença entre as espessuras atual e mínima. 
 
21 - diferença (20) dividida pelas horas parciais de operação e 
 multiplicada por 8700 (até a 1.& casa decimal) 
 
22 - sobre-espessura dividida pela taxa de corrosão . 
 
23 - assinatura do inspetor responsável pela medição . 
 
24 - assinatura do engenheiro responsável pela inspeção. 
 
25 - indicar como referência à posição da escada de acesso ao teto, os 
 locais medidos nos anéis do costado (Audigage: A1. A2...A3 ou 
 calibre: C1,C2..C3) iniciando de baixo para cima . 
26 - local a serem anotadas as seguintes observações: medições em mm 
 e período de tempo em anos. 
 
27 - indicar no teto, com referência à posição da escada de acesso ao 
mesmo, e no fundo, com referência à posição das conexões do 1º 
anel do costado, os locais medidos nas chapas do teto e fundo r 
 respectivamente (Audigage: A1... ou calibre C3. ..) . 
 
28 - identificação, em correspondência ao item 27 acima, das chapas do 
 teto e fundo medidas . 
 
29 - obtida no decorrer da inspeção de fabricação, de ou antes da lº a 
 utilização do tanque. 
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30 -obtida do formulário DADOS TÉCNICOS tendo sido arbitrada ." 
 
31 -data da realização da inspeção . 
 
32 -horas operacionais totais de utilização do tanque . 
 
33 -medição com Audigage ou calibre. 
 
34 -diferença entre as espessuras original e atual. 
 
35 -diferença entre as espessuras atual e mínima . 
 
36- diferença (34) dividida pelas horas parciais de operação e 
 multiplicada por 8700 (até a 1º casa decimal) . 
 
37 -sobre-espessura dividida pela taxa de corrosão. 
 
38 -data da realização da inspeção. 
 
39 -horas operacionais totais de utilização do tanque. 
 
40 -medição com Audigage ou calibre. 
 
41 -diferença entre as espessuras original e atual . 
 
42- diferença entre as espessuras atual e mínima. 
 
43 -diferença (41) dividida pelas horas parciais de operação e 
 multiplicada por 8700 (até a 1 .casa )decimal. 
 
44 -sobre-espessura dividida pela taxa de corrosão . 
 
45- assinatura do Inspetor responsável peJa medição . 
 
46 -assinatura do engenheiro responsável pela. inspeção 
 
47 -local para anotar as seguintes observações: medições em mm e 
 período de tempo em anos. 
 
 
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