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Etnocentrismo, uma realidade praticada há anos, que se dar por observar o mundo desde a perspectiva particular de cultura e povos de quem a pertence. Segundo o sociólogo britânico Anthony Giddens, a etnocentria é prática de julgar outras culturas comparando-as com as nossas, ou seja, a utilização de paramentos que avaliam culturas e povos, baseando no que vivemos assim conceituamos como mais ou menos importante. É exercício do etnocentrismo classificar ou hierarquizar social e culturalmente realidades opostas a de si mesma. O fato é que, ao pensarmos em etnocentrismos, lembramos de preconceito no qual a sociedade avaliada sofre. Comparações com grandes centros que de certa formas “diminuem” comportamentos culturais oposto, na visão de quem a avalia e um bom exemplo disso é a forma em que os estados do Norte Brasileiro são lembrados pelos sulistas, como uma região de “índios”, e onde todos moramos em matagais, e que sabemos que a realidade é o oposto. Sabemos que etnocentrismo não é algo novo, historicamente encontramos diversos fatos ocorridos que comprovam o uso desta pratica. Durante o séculos XIX na Europa, processo de neocolonização/imperialismo que se “sustentou” por etnocêntricos que demandava a divisão de do grupo de civilizados e os não civilizados e o que levou a conferencia de Berlim, o que determina a divisão territorial africana. E assim, surgiu a questão de porque a África e Ásia no imperialismo? A justificativa foi unanime, levar a civilização aos incivilizados, ou seja, a partir do pressuposto que as culturas africanas, vistas como culturas primitivas, eram inferiores. Ao comparar a civilização Europeia, capitalista e industrial, com a primitiva africana, eram reconhecidos como incivilizados, o que se dar por inferior. Assim também podemos ver na história brasileira, que ao chegar no Brasil os portugueses reconheceram os nativos como incivilizados, por não terem os costumes e educação dos europeus, e assim, impuseram suas influencias por acreditar que eram superiores ao que os nativos tinham. Brasil, um país de diversidades, uma nação compostas por nações. A miscigenação é uma característica brasileira e a história nos mostra exatamente isso, um país colonizado por portugueses que traziam escravos africanos para o trabalho, e nativos que por influência, adaptaram-se a outras culturas. Promulgado pela Onu, em 1948, a declaração dos Direitos Humanos garante a todos os indivíduos ao bem-estar social. Garante também, que todas as pessoas, mulheres e homens nascem livres e iguais em dignidade e direitos. A pesar de ser um país de fortes contrastes culturais, é também por uma parcela da população, etnocêntrica que menospreza culturas, hábitos e costumes e raça oposta a sua. Com base nesta informação devemos salientar a importância para o convívio social, que através desse sistema nos torna um povo mais acolhedor, e que independentemente de suas origens, raça, escolhas e opções não a difere de ninguém. O estado democrático de direito é fundamental para nossa vida contemporânea, pois nos garante direitos fundamentais em meio a uma sociedade com tantas diversidade sociais, culturais, econômicas e religiosas. Seria impossível conviver sem esse direito, pois apesar de nossas escolhas e opções, nos dar dignidade da pessoa humana e que mesmo não concordando, ou aprovando escolhas alheias a nossas, temos que respeitar. É o que o direito nos garante.