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CURSO DE VÁLVULAS DE SEGURANÇA E ALÍVIO
Palestra Técnica:
Válvulas de Segurança e 
Alívio (PSV´s)
Eng. Hermano X. C. Neto
Coordenador de Vendas de PSV´s
Spirax Sarco Brasil
UM POUCO DE HISTÓRIA
Em 1679, Denis Papin, médico e físico francês
inventou o digestor de calor (hoje conhecida 
como panela de pressão), ao adaptar em um 
cilindro metálico hermeticamente fechado, uma 
tampa com um dispositivo de segurança, que 
confinava vapor d´água no interior do mesmo, 
até que uma alta pressão fosse conseguida e, 
com isso, o ponto de ebulição da água 
aumentava consideravelmente. 
Por este feito, em 1680, aos 32 anos de idade, 
Papin foi eleito membro da Royal Society of 
London. 
Em seu discurso proferiu: “Por meio da máquina 
de que se trata aqui, a carne da vaca mais velha 
e dura, pode se tornar tão tenra e saborosa 
quanto a mais selecionada”
DISPOSITIVO DE SEGURANÇA 
DIGESTOR DE PAPIN
Aperfeiçoado em 1682 por Papin, funcionava com 
um sistema de contrapeso, que, ao ser 
movimentado ao longo da alavanca, alterava sua 
pressão de ajuste, pois exercia uma força 
constante sobre o disco de vedação da válvula.
CURSO DE VÁLVULAS DE SEGURANÇA E ALÍVIO
CONCEITO DA VÁLVULA ATUAL
Em 1869, os americanos , George 
Richardson e Edward H. Ashcroft, 
patentearam a “válvula tipo mola 
sobre carga”
Normas vigentes no Mundo atualmente
O CÓDIGO ASME
(American Society of Mechanical Engineers)
CURSO DE VÁLVULAS DE SEGURANÇA E ALÍVIO
O CÓDIGO ASME
American Society of Mechanical Engineers
O CÓDIGO ASME
American Society of Mechanical Engineers
Em 10 de Março de 1905, a explosão de uma caldeira na Fábrica de Sapatos RB Grover, na cidade de 
Bronckton em Massachusetts, EUA matou 58 pessoas e feriu 117, causando a total destruição da fábrica 
Em função deste acidente, a ASME formou o “Comitê de Caldeiras e Vasos de Pressão, o qual 
elaborou o primeiro “Código ASME Secção I para Vasos de Pressão Submetidos a Fogo 
(Caldeiras)”.
Iniciado sua elaboração em 15 de Setembro de 1911 e concluída em 14 de Dezembro de 1914
O CODIGO ASME
A partir desta data o Código passou a ser 
revisado a cada 3 anos.
Nesta primeira edição, dos parágrafos 269 
até 290, são referentes a válvulas de 
segurança, sendo obrigatória sua aplicação 
para todas as caldeiras a vapor.
Atualmente, essas diretrizes estão entre os 
parágrafos PG-67 até PG-73 do Código 
ASME Sec.I para válvulas de segurança 
utilizadas em caldeiras e vasos sujeitos a 
fogo, e nos parágrafos de UG-125 até UG-
140 do Código ASME Sec. VIII Divisão 1, 
para dispositivos de alívio de pressão, 
incluindo válvulas de segurança e/ou alívio 
para vasos de pressão não sujeitos a fogo, 
disco de ruptura e dispositivo de pino de 
rompimento.
CURSO DE VÁLVULAS DE SEGURANÇA E ALÍVIO
IMPORTÂNCIA DA CERTIFICAÇÃO
Certificação
Certificado de Capacidade:
Garante que a Válvula de
Segurança e Alívio descarrega
a capacidade especificada em
seu projeto.
Certificação “UV”
Garante que as Válvulas de Segurança e Alívio
estampadas foram fabricadas de acordo com as
normas e procedimentos do Código ASME para
Caldeiras e Vasos de Pressão.
Campos obrigatórios segundo código ASME Seç.VIII 
UG 129 e ASME Seç.I PG 110
Importância da Certificação
CURSO DE VÁLVULAS DE SEGURANÇA E ALÍVIO
VÁLVULAS COM SELO ASME
DIFERENCIAIS PARA O USUÁRIO:
• PROTEÇÃO JURÍDICA: Em caso de acidentes, o PH possuirá provas 
documentais e atestados de capacidades ASME dos dispositivos de 
segurança da planta;
• CONFIABILIDADE: Garantia da pressão de abertura e da capacidade 
dos Dispositivos de Segurança comprovada pelo código ASME;
• REDUÇÃO DE CUSTOS: Descontos no Cálculo do SEGURO da planta 
que utiliza dispositivos de segurança com SELO ASME;
• VASO DE PRESSÃO COM SELO/STAMP ASME: Se o vaso de pressão 
possuir o Selo/Stamp ASME em sua plaqueta e o Dispositivo de 
Segurança não possuir o Selo/Stamp ASME, o Vaso PERDE o 
Selo/Stamp ASME.
2007
Início da transferência de 
Tecnologia: UK � BR
2007 – 2008 
• Nacionalização
• Re-engenharia
Certificação – Spirax Sarco
CURSO DE VÁLVULAS DE SEGURANÇA E ALÍVIO
A Spirax Sarco foi o primeiro fabricante nacional certificado pelo 
NBBI/ASME, com domínio tecnológico para projeto e fabricação de Válvulas 
de Segurança e Alívio no Brasil. 
SV80H
Líquidos
SV81H
Vapor e Gases
SV81H
Líquidos
2012
Obtenção dos Certificados de Capacidade de Vazão
para gás, líquido e vapor
CERTIFICAÇÃO – SV-80H & SV-81H
SV80H
Vapor e Gases
Normas vigentes no Brasil
• Profissional Habilitado (P.H.)
• Acessórios necessários para o vaso
• Classificação do vaso
• Periodicidade de inspeções
Lei brasileira
ASME Seç.I
ASME Seç.VIII
API RP 520
API STD 526
API STD 527
• Espessura parede (projeto)
• PMTA
• Sobrepressão
• Dispositivos de Segurança
• Diferencial de Alívio
• Dimensionamento, etc...
Caldeiras e 
Vasos de 
pressão
NR13
NOVA NR-13
CURSO DE VÁLVULAS DE SEGURANÇA E ALÍVIO
NR-13 – última revisão
NR-13 – última revisão
NR-13 – última revisão
CURSO DE VÁLVULAS DE SEGURANÇA E ALÍVIO
NR-13 – última revisão
NR-13 – última revisão
NR-13 – última revisão
Ou seja, NR13 pede que o projeto e construção do vaso de pressão siga uma
NORMA/CÓDIGO DE PROJETO, e identifique esta em sua plaqueta e prontuário (itens
13.5.1.4 e 13.5.1.6), com isso fica implícito que o dispositivo de segurança destes vaso
também faz parte do projeto deste e deve seguir a MESMA NORMA (Vaso com código de
projeto ASME = Dispositivo de Segurança com código de projeto ASME).
CURSO DE VÁLVULAS DE SEGURANÇA E ALÍVIO
Em caso de acidente
Constatação de riscos graves e iminentes da NR-13
• Caso 1: Danos materiais
• Processo Civil
• Caso 2: Envolvendo mortes
• Processo Penal
Ação Civil contra a empresa:
- Provar culpa;
- Busca indenização;
- Quem paga é a Empresa. 
Ação Penal contra as pessoas:
- Independente ou não Ação Civil;
- Tem aspecto de punição;
- Contra os profissionais.
Ação Civil Pública:
- Visa proteger direito Coletivo;
- Imposto pelo Ministério Público;
- Muito Espaço na Imprensa.
Acidentes e suas Implicações
27
Em julho de 1998, a explosão de uma caldeira em Itaúba (MT) 
matou quatro pessoas e causou prejuízo de cerca de U$ 200 mil.
Fonte: www.triangulomineiro.com/noticia
CURSO DE VÁLVULAS DE SEGURANÇA E ALÍVIO
28
Sete operários morreram e outros foram internados em estado
grave, todos em decorrência de queimaduras causadas pela
explosão de uma caldeira da Usina de Açúcar Rio Grande a 27
Km de Passos no sul Minas, em junho de 2007.
Fonte:http://www.proquim.com.br/proq_informativo_cont_acid06.htm
29
Explosão de tampa de caldeira na empresa Doux Frangosul, em 
Montenegro, RS, em Outubro de 2007.
Fonte: http://www.clicrbs.com.br
30
Explosão em fábrica da Perdigão provoca incêndio em Rio
Verde (GO), 21 de março de 2009
Explosão em um dos galpões do complexo da Perdigão, em Rio
Verde (230 km de Goiânia), provocou um incêndio de grandes
proporções no local.
Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Brasil
CURSO DE VÁLVULAS DE SEGURANÇA E ALÍVIO
31
Uma explosão em um tanque de óleo para abastecimento da
caldeira na empresa Tabacow, em Americana, São Paulo. O
fato ocorreu em 26 de setembro de 2007.
Fonte:http://www.conatex.com.br/noticias/noticias/jc260308-01.html
Explosão de caldeira ocorrida no Hotel Hilton, no 
centro de São Paulo, em agosto de 2001.
Fonte: http://jornal.valeparaibano.com.br/2001/08/28/geral/explode.html
Principais dispositivos de segurança
Disco de ruptura
Válvula de segurança e alívio
Válvula Piloto Operada
CURSO DE VÁLVULAS DE SEGURANÇA E ALÍVIO
E este “dispositivo de segurança”?
E este “dispositivo de segurança”?
VÁLVULAS DE SEGURANÇA E ALÍVIO
FUNÇÕES BÁSICAS:
PROTEÇÃO DE VIDAS E 
EQUIPAMENTOS
ABRIR
DESCARREGAR
FECHAR
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Abertura
• Precisão
• Repetibilidade
• Diferencial de Alívio
• Vedação
Fechamento
TERMINOLOGIA
PRODUZ UMA ABERTURA 
INSTANTÂNEA
VÁLVULA DE SEGURANÇA
TERMINOLOGIA
PRODUZ UMA ABERTURA 
GRADUAL
VÁLVULA DE ALÍVIO
CURSO DE VÁLVULASDE SEGURANÇA E ALÍVIO
Válvula de Segurança
Dispositivo automático de alívio de pressão caracterizado 
por uma abertura instantânea (“POP”) uma vez atingida a 
pressão de abertura. Utilizadas em serviço com fluídos 
compressíveis (Gases e Vapores).
Válvula de Alívio
Dispositivo automático de alívio de pressão caracterizado 
por uma abertura progressiva e proporcional ao aumento 
de pressão acima da pressão de abertura. Utilizadas em 
serviço com fluídos incompressíveis (Líquidos).
Válvula de Segurança e Alívio
Dispositivo automático de alívio de pressão adequado 
para trabalhar como válvula de segurança ou válvula de 
alívio , dependendo da aplicação desejada.
TERMINOLOGIA
Pressão Máxima de Trabalho Admissível
(PMTA)
É a pressão máxima de trabalho de um vaso,
compatível com o código de projeto, a
resistência dos materiais utilizados, as
dimensões do equipamento e seus parâmetros
operacionais.
Pressão de Operação
É a pressão a que está sujeito o vaso em
condições normais de operação. Uma margem
razoável deve ser estabelecida entre a pressão
de operação e a de trabalho máxima admissível.
Para uma operação segura, a pressão de
operação deve ser pelo menos 10% menor que
a PMTA.
TERMINOLOGIA
Pressão de Abertura (“Set Pressure”)
Pressão manométrica na qual a válvula é ajustada para 
abrir.
Pressão de ajuste à Frio
Pressão na qual a válvula é ajustada para abrir em
bancada de teste. Esta pressão inclui correções para
as condições de serviço (contra-pressão e/ou
temperatura).
Simmer
Escape audível ou visível de fluido compressível,
entre as superfícies de assentamento que ocorre a
um valor imediatamente abaixo da pressão de
abertura, e de capacidade não mensurável.
TERMINOLOGIA
CURSO DE VÁLVULAS DE SEGURANÇA E ALÍVIO
AJUSTE A FRIO
TOLERÂNCIAS DE ABERTURA E 
FECHAMENTO
Diferencial de Alívio (“BlowDown”)
Diferença entre a pressão de abertura e a de
fechamento. Expressa em porcentagem da
pressão de abertura.
Sobrepressão
Incremento de pressão acima da pressão de
abertura da válvula que permitirá a máxima
capacidade de descarga. Normalmente expressa
em porcentagem da pressão de abertura.
TERMINOLOGIA
CURSO DE VÁLVULAS DE SEGURANÇA E ALÍVIO
110 Pressão de capacidade máxima
(pressão de alívio)
100
95
Pressão de ajuste
Pressão de fechamento
SOBREPRESSÃO
TERMINOLOGIA
110 Pressão de capacidade máxima
100
95
Pressão de ajuste
Pressão de fechamento
DIFERENCIAL de ALÍVIO
“BLOWDOWN”
TERMINOLOGIA
Sobrepressão- Vasos de Pressão ASME VIII
Requisitos do Vaso de Pressão
Pressão do 
Vaso
Características Típicas da 
Válvula de Segurança
Máximo Valor Admissível de 
Sobrepressão 
(Exposição ao Fogo)
121 (+21%) Máxima pressão de alívio 
(Exposição ao Fogo)
Máxima Valor Admissível de 
Sobrepressão 
(Múltiplas Válvulas)
116 (+16%)
Máxima pressão de alívio 
(Múltiplas Válvulas)
Máximo Valor Admissível de 
Sobrepressão 
(Válvula Única)
110 (+10%)
Máxima pressão de alívio (Válvula 
Única).
105
Máxima pressão de abertura para 
válvulas adicionais(processo)
Pressão Máxima de Trabalho 
Amissível ou Pressão de Projeto 100
Máxima pressão de abertura para 
válvula única
93 Pressão de fechamento esperada
Pressão Máxima de Operação 
esperada
90
CURSO DE VÁLVULAS DE SEGURANÇA E ALÍVIO
Requisitos da Caldeira
Pressão do 
Vaso
Características Típicas da 
Válvula de Segurança
Sobrepressão Máxima 
Admissível 
(Múltiplas Válvulas) 
106 (+6%)
Máxima pressão de Alívio 
(Multiplas Válvulas) 
Sobrepressão Máxima 
Admissível 
(Válvula Única) 
103 (+3%)
Máxima pressão de alívio 
(Válvula Única). Máxima 
pressão de abertura para 
válvulas suplementares 
(Múltiplas Válvulas).
Pressão Máxima de 
Trabalho Admissível ou 
Pressão de Projeto
100
Máxima pressão de 
abertura para válvula 
única
98
Máxima pressão de 
fechamento para válvula
96
Mínima pressão de 
fechamento para válvula 
Pressão Máxima de 
operação esperada
93
Sobrepressão- Vasos de Pressão ASME I
Princípio de Funcionamento
PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO
CURSO DE VÁLVULAS DE SEGURANÇA E ALÍVIO
O funcionamento das Válvulas de
Segurança e Alívio baseia-se no equilíbrio
entre a força provocada pela carga da
mola (que pressiona o disco de vedação
contra o bocal) e a força decorrente da
pressão de operação do vaso (estática),
aplicada na parte inferior do disco de
vedação.
PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO
A medida que a pressão no vaso
aumenta, esta diferença (Força da mola -
Força do fluido) diminui até tornar-se
zero, pois a Força da mola permanece
constante enquanto a válvula permanece
fechada.
PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO
Quando a pressão no vaso atinge o valor da 
pressão de abertura, rompe-se o equílibrio 
entre a Força da mola e Força do fluido, e 
inicia-se o escoamento do fluido da parte 
interna para a parte externa do bocal da 
válvula, iniciando-se assim o processo de 
alívio de pressão do vaso (Simmer).
PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO
CURSO DE VÁLVULAS DE SEGURANÇA E ALÍVIO
A princípio, a compressão da mola
deveria impedir a continuação da
abertura da válvula, porque a mola
impõe uma força crescente à medida que
é comprimida.
No entanto, a medida que o disco da
válvula movimenta-se verticalmente de
baixo para cima, a mola comprime-se, e com
isto a força Fm também aumenta, porém
em valores sempre inferiores a Fo, pois
após abertura, a pressão do
processo,agora dinâmica, passa a atuar
também na área do suporte do disco,
muito maior que a área do disco,
superando a crescente resistência da
mola.
PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO
Quando a pressão no equipamento atinge
o valor máximo permitido pelo código de
projeto, o disco estará no seu curso
máximo e a válvula totalmente aberta
(Força da mola = Força do fluido).
A válvula deve ter uma área de
passagem suficiente para aliviar todo o
volume previsto e evitar o aumento de
pressão acima dos valores estabelecidos em
projeto.
PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO
Curva de desempenho típica para válvula ASME VIII
Rate of increase or decrease depends 
on the rate of pressure increase or 
decrease
CURSO DE VÁLVULAS DE SEGURANÇA E ALÍVIO
Curva de desempenho típica para válvula ASME I
COMPONENTES
É um dos elementos estruturais das válvulas, devido à característica comum entre as 
válvulas fabricadas atualmente (tipo bocal integral), os corpos são componentes quase 
sempre despressurizados, sendo que a máxima pressão a que estão eventualmente 
submetidos é a contrapressão na válvula. Fabricados normalmente de matéria-prima fundida.
As especificações mínimas conforme API STD 526 são:
- Temperaturas de –29ºC à 426ºC - AÇO CARBONO (SA 216 Gr WCB)
- Temperaturas de 427ºC à 538ºC - AÇO CROMO MOLIBIDENIO (SA 217 Gr WC6)
- Temperaturas de –268ºC à 538ºC - AÇO INOX AUSTENITICO (SA 351 Gr CF8M)
- Temperaturas de –29ºC à 315ºC - LIGA COBRE/NIQUEL (SA 494 Gr M35-1)
- Temperaturas de –29ºC à 158ºC - ALLOY 20 (SA 351 Gr CN7M)
Corpo
CURSO DE VÁLVULAS DE SEGURANÇA E ALÍVIO
Corpo Angular
NORMA API-526: 
Define os diâmetros 
de entrada e saída 
para cada orifício de 
válvula, além da 
distância de centro à 
entrada e centro à 
saída. Logo, válvulas 
que seguem à API 
(indepentende do 
fabricante) são 
“intercambiáveis” em 
suas dimensões.
Tipos de Castelo
Castelo Aberto Castelo Fechado
Outro elemento estrutural, é o compartimento onde se encontra instalada a mola 
da válvula. Por ser componente de vital importância para o funcionamento da 
válvula, a moladeve estar protegida adequadamente contra agentes externos que 
possam comprometer o seu desempenho. Assim, partículas sólidas, agentes 
corrosivos, choques mecânicos, ação da atmosfera, devem ser evitadas.
Castelo Fechado, utiliza-se quando:
· Se deseja confinar o fluido de processo, isolando-o do meio ambiente.
· Se deseja proteger a mola e outras partes móveis da válvula contra ação de 
agentes externos.
Castelo Aberto, utiliza-se quando:
· Se trabalha com vapor de água e se deseja manter a mola resfriada ao ar
Castelo
CURSO DE VÁLVULAS DE SEGURANÇA E ALÍVIO
Tem a finalidade de proteger a calibração da válvula contra choques e 
contra saída de fluidos e evitar choques térmicos.
CAPUZ
Aberta
Engaxetada
(fechada)
ALAVANCA
Dispositivo utilizado para acionar manualmente a válvula, de modo a conferir a sua
operacionalidade, pela ação de esforço ascendente na haste. Este dispositivo é
obrigatório nas válvulas de segurança e ou alívio que operem com vapor d’agua, ar ou
água em temperaturas acima de 60ºC(ASME VIII UG 136a).
A alavanca de teste é dimensionada para ser utilizada quando a válvula estiver
pressurizada com no mínimo 75% da pressão de abertura. O acionamento da
alavanca em pressões inferiores, pode acarretar sérios danos a válvula.
Alavanca de Teste
CURSO DE VÁLVULAS DE SEGURANÇA E ALÍVIO
BOCAL
Está inserido no corpo da válvula, peça de aço inoxidável que vai da face do 
flange de entrada, até o disco. Hoje, a maioria das válvulas de alívio e segurança são 
fabricadas com “Bocal Integral”. Alguns projetos ainda utilizam o “Bocal Parcial” que 
são rosqueados no pescoço do flange de entrada do corpo da válvula.
Corpo e Bocal
Suporte do Disco e Guia
CURSO DE VÁLVULAS DE SEGURANÇA E ALÍVIO
DISCO/PORTA DISCO/GUIA
Disco: Também de aço inoxidável, é a parte móvel da válvula, sobre 
a qual é aplicada a força estática da mola.
Guia: é a peça responsável pelo alinhamento das partes móveis 
(haste e disco).
Anéis de Regulagem
• Para válvulas padrão ASME I
Os anéis de regulagem do bocal e da guia possibilitam o controle da ação da
válvula, isto é: abertura precisa, curso total e diferencial de alívio apropriado.
Anéis de Regulagem
CURSO DE VÁLVULAS DE SEGURANÇA E ALÍVIO
Vedação Resiliente (O’ring)
A utilização de materiais resilientes, do tipo “O’ring”, 
facilita e melhora a vedação na válvula, nos casos 
de:
• Pressão de operação próxima da pressão de
abertura
• Trabalho com fluidos leves como hidrogênio, hélio,
amônia, que são de difícil contenção.
• Descarga de equipamentos tais como
compressores, onde as ondas de pressão podem
causar vibração da válvula e pequenos vazamentos.
• Fluidos corrosivos ou contendo partículas
suspensas que possam causar danos às sedes como
alumina e polpa de papel entre outros.
Mola e Suporte
Mola
Suporte da Mola
Tipos de Molas
A força estática da mola comprimida é transmitida para o disco
através da haste. Para cada válvula e pressão de ajuste existe uma
mola com características definidas, altura, diâmetro interno, diâmetro
externo, quantidades de espiras, fator de deflação entre outros.
CURSO DE VÁLVULAS DE SEGURANÇA E ALÍVIO
TESTE DE MEMÓRIA
ASME – A mola só pode trabalhar
com, no máximo, 80% de sua
carga de compressão (tensão
admissível do arame) definida
pelo fabricante.
TESTE DE CARGA SÓLIDA – Medir a
mola antes e depois, comprimir 3
vezes (seguindo os 80% máximo
permitido pela normal)
SEM MANUTENÇÃO! – Na certificação
VR (ASME) a mola é o único item o
qual não é permitida a manutenção.
Apenas a substituição, por modelo
idêntico ao original, sempre do mesmo
fabricante da válvula.
MANUTENÇÃO
Bancadas de Teste
CURSO DE VÁLVULAS DE SEGURANÇA E ALÍVIO
Com que frequência deve ser feita a 
inspeção/aferição de válvulas de 
segurança? 
13.4.4.8. As válvulas de segurança instaladas em caldeiras devem ser 
inspecionadas periodicamente conforme segue:
a) pelo menos 1 (uma) vez por mês, mediante acionamento manual da alavanca, 
em operação, para caldeiras das categorias B e C, excluídas as caldeiras que 
vaporizem fluido térmico e as que trabalhem com água tratada conforme previsto 
no item 13.4.3.3;
b) as válvulas flangeadas ou roscadas devem ser desmontadas, inspecionadas e 
testadas em bancada, e, no caso de válvulas soldadas, feito o mesmo no campo, 
com uma frequência compatível com o histórico operacional das mesmas, sendo 
estabelecidos como limites máximos para essas atividades os períodos de 
inspeção estabelecidos nos itens 13.4.4.4 e 13.4.4.5, se aplicável, para caldeiras 
de categorias A e B.
Com que frequência deve ser feita a 
inspeção/aferição de válvulas de 
segurança? 
Com que frequência deve ser feita a 
inspeção/aferição de válvulas de 
segurança? 
CURSO DE VÁLVULAS DE SEGURANÇA E ALÍVIO
Com que frequência deve ser feita a 
inspeção/aferição de válvulas de 
segurança? 
Para Vasos de Pressão:
13.5.4.9. As válvulas de segurança dos vasos de 
pressão devem ser desmontadas, inspecionadas e 
calibradas com prazo adequado à sua 
manutenção, porém, não superiores ao previsto 
para a inspeção de segurança periódica interna 
dos vasos de pressão por elas protegidos. 
Com que frequência deve ser feita a 
inspeção/aferição de válvulas de 
segurança? 
Quando uma válvula é especificada 
para trabalhar em líquidos, posso 
executar os testes de calibração com 
gases?
ASME Seç.VIII - UG 136
CURSO DE VÁLVULAS DE SEGURANÇA E ALÍVIO
INSTALAÇÃO
• A válvula não é elemento de controle
• Para fluídos tóxicos as válvulas não deverão abrir para atmosfera
• Um equipamento poderá ser protegido por mais de uma válvula
• As válvulas deverão ser instaladas na posição vertical em pé (+/- 1º)
• Observar se outros equipamentos não poderão interferir no 
funcionamento da válvula
Boas Práticas
Boas Práticas
• No projeto de instalação da válvula, deverá ser previsto espaço para 
trabalhos de inspeção e manutenção
• As válvulas deverão ser instaladas próximas dos equipamentos que 
irão proteger
• A montante e a jusante o diâmetro nominal da linha não deve ser 
inferior ao diâmetro de entrada e de saída da válvula, respectivamente
• A máxima perda de carga permissível a montante, não poderá 
ultrapassar o valor de 3% da pressão de ajuste (Batimento;“Chatter”)
INSTALAÇÃO
Chatter
• Válvulas de segurança/alívio exigem de 25-30% da capacidade de 
descarga máxima para manter-se a na posição aberta.
• Baixas vazões resultam em chattering, causado por clicos rápidos 
de abertura e fechamento da válvula.
• Isso pode levar à destruição da válvula e a uma situação perigosa.
CURSO DE VÁLVULAS DE SEGURANÇA E ALÍVIO
Chatter – Causas principais
Problemas na válvula
� Válvula superdimensionada
� Alta variação na taxa de vazão
Problemas no sistema de alívio (Instalação)
� Perda de carga excessiva na entrada
� Excesso de contra-pressão desenvolvida
Chatter
Instalação de Válvulas de Alívio de 
Pressão ASME seção I – Caldeiras
CURSO DE VÁLVULAS DE SEGURANÇA E ALÍVIO
Requisitos de instalação do código ASME 
seção I – Caldeiras (Parágrafo PG-71)
• Projeto da tubulação de entrada
-A válvula deve ser instalada verticalmente
Requisitos de instalação do código ASME 
seção I – Caldeiras (Parágrafo PG-71)
Projeto da tubulação de entrada
Independente de outras conexões
Requisitos de instalação do código 
ASME seção I – Caldeiras (PG-71)
Projeto da tubulação de entrada
- Área da conexão no mínimo igual a área 
de entrada da válvula.
CURSO DE VÁLVULAS DE SEGURANÇA E ALÍVIO
FOLGA 
RADIAL
DRENO
DRENO
FIXAÇÃO DO TUBO 
DE DESCARGA À 
ESTRUTURA 
PREDIAL
D
D
D = DIÂMETRO IGUAL OU > DN TUBULAÇÃO
Requisitos de instalação do código 
ASME seção I – Caldeiras (PG-71)
Projeto da tubulação de 
Saída
A tubulação de descarga
deve possuir uma seção 
transversal não inferior a 
área de saída válvula.
Instalação de Válvulas de Alívio de 
Pressão ASME seção VIII – Vasos de 
Pressão não sujeitos a fogo
Requisitos de instalação do código ASME 
seção VIII – Vasosde Pressão
Projeto da tubulação de Entrada
Vapor/Gás
Nível
LÍQUIDO
OPÇÕES DE INSTALAÇÃO
Válvulas de alívio de 
pressão para fluidos 
compressíveis devem 
ser conectadas no 
lado do vapor.
CURSO DE VÁLVULAS DE SEGURANÇA E ALÍVIO
Líquido
Nível Normal
Válvulas de alívio de
líquidos devem ser 
conectadas abaixo do 
nível de líquido.
Requisitos de instalação do código ASME 
seção VIII – Vasos de Pressão
Projeto da tubulação de Entrada
Outras considerações sobre instalação
• ASME VIII Div. I - Apêndice M12
Válvulas de segurança e alívio devem ser instaladas na posição vertical.
Requisitos de instalação do código ASME 
seção VIII – Vasos de Pressão
Projeto da tubulação de Entrada
-É obrigatório calcular a perda de 
carga na tubulação de entrada de 
modo que a capacidade de alívio 
não seja reduzida.
-Esta perda não deverá exceder 
3% da pressão de ajuste.
CURSO DE VÁLVULAS DE SEGURANÇA E ALÍVIO
Requisitos de instalação do código 
ASME seção VIII – Vasos de Pressão
Projeto da tubulação de Entrada
Queda de pressão quando
a válvula estiver operando.
Se necessário aumentar 
o diâmetro da tubulação
Outras considerações sobre instalação
• Projeto da tubulação de entrada
- Possível vibração na válvula causada pela 
passagem do fluxo próximo a entrada da 
mesma
Outras considerações sobre instalação
• Projeto da tubulação de entrada
FLUXO
d
d = 8 a 10 Diâmetros da tubulação
- Prever um trecho 
reto na tubulação à 
montante para 
reduzir a 
turbulência.
CURSO DE VÁLVULAS DE SEGURANÇA E ALÍVIO
Outras considerações sobre instalação
Projeto da tubulação de Saída
VASO
DRENO
- Suporte adequado da 
tubulação de saída para 
evitar tensões no pescoço 
da válvula e na tubulação 
de saída.
VASO
VASO
VÁLVULA DE 
BLOQUEIO **
VÁLVULA DE 
BLOQUEIO **
Poderá ser instalada na tubulação de entrada e ou saída da válvula, uma válvula de bloqueio
de passagem plena e de diâmetro nominal igual ou maior que o diâmetro
correspondente da entrada ou da saída da Válvula de Segurança e Alívio, desde que
observadas as recomendações da norma API RP 520 Parte 2, do código ASME Seção VIII
UG135(d) e do Apêndice M deste código.
Instalação de Válvulas de Bloqueio
CURSO DE VÁLVULAS DE SEGURANÇA E ALÍVIO
O que está 
errado?
Válvula na 
Horizontal
INSTALAÇÃO
O que está 
errado?
Válvula com 
Dreno plugado
INSTALAÇÃO
INSTALAÇÃO
Dreno de 
Condensado 
CURSO DE VÁLVULAS DE SEGURANÇA E ALÍVIO
O que está 
errado?
Tubulação com restrição 
à montante da válvula
INSTALAÇÃO
O que está 
errado?
Tubulação com restrição 
à jusante da válvula
INSTALAÇÃO
Alguma coisa 
Errada?
Descargas 
apontando 
para baixo
INSTALAÇÃO
CURSO DE VÁLVULAS DE SEGURANÇA E ALÍVIO
?? Long Moment Arm
E aqui?
Longa tubulação 
de descarga sem 
apoio.
INSTALAÇÃO
Algo errado?
Será que esses prisioneiros
irão resistir durante a 
descarga da válvula?
INSTALAÇÃO
INSTALAÇÃO
CURSO DE VÁLVULAS DE SEGURANÇA E ALÍVIO
DIMENSIONAMENTO E ESPECIFICAÇÃO
NORMAS APLICÁVEIS NO BRASIL PARA O PROJETO, 
CONSTRUÇÃO E INSTALAÇÃO DE DISPOSITIVOS DE SEGURANÇA
API – American Petroleum Institute
• API RP 520: Part 1 Sizing, selection and 
Part 2 Installation of pressure relieving 
devices in refineries;
• API ST 526: Flanged steel pressure relief valves;
• API ST 527: Seat tightness of pressure relief valves.
ASME – American Society of Mechanical Engineers
• ASME Sec. VIII: Div 1 UG 125 to 136: Para uso em Vasos de pressão;
• ASME Sec. I: Para uso em Caldeiras de vapor;
• ASME PTC 25: Pressure Relief Devices - Performance Test Codes;
NORMA TÉCNICA PETROBRAS
• Petrobras N-1882: Critérios para Elaboração de 
Projetos de Instrumentação.
SOFTWARE DE DIMENSIONAMENTO
CURSO DE VÁLVULAS DE SEGURANÇA E ALÍVIO
• Software de Especificação 100% Nacional;
• Único no mercado nacional em português
PSV CALC
Obrigado pela atenção!
Eng. Hermano X. C. Neto
Coordenador de Vendas de PSV´s
Spirax Sarco Brasil
Contatos:
Hermano.neto@br.spiraxsarco.com
Fone: (11) 97204-4107

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