Prévia do material em texto
RONALDO ALVES DE ALCÂNTARA MATEMÁTICA LÚDICA NO ENSINO Orientador: D.Sc. Patricia Lopes Belo Horizonte 2019 1 INTRODUÇÃO O presente trabalho objetiva propor um estudo sobre o uso da matemática lúdica na sala de aulas. A utilização por educadores de brincadeiras e do lúdico como ferramenta de aprendizagem revela-se um excelente método de ensino. A matemática nas escolas na maioria das vezes é ensinada de uma forma tecnicista e sem fundamentação ou justificação que leve o aluno a verdadeiramente entender e assimilar a matéria. A utilização do lúdico e em consequência do prazer, da criatividade e da imaginação, se revela uma tendência e um importante instrumento para educadores. Objetivo fornecer um estudo descritivo e teórico acerca da utilização de matemática lúdica como técnica de aprendizagem. Justifica-se pela grande importância que tem o tema pois as atividades lúdicas se revelam um excelente instrumento de aprendizagem que deve ser mais explorada pelos educadores e instituições de ensino. Apresenta-se o lúdico, em especial aliado à matemática, um importante coadjuvante da educação, na medida em que veio agregar mais motivação e prazer ao aprendizado. O lúdico faz parte da trajetória humana deste os tempos imemoriais, como a escrita, a linguagem, e outras tantas invenções são produto da criatividade dos seres humanos. Sempre foram e continuarão sendo aproveitadas para buscar perguntas e descobrir respostas sobre a própria existência humana e sobre umas incomensuráveis probabilidades de desafio no viver. Neste, existe mais que o bucólico brincar. Ele vai além da diversão, do entretenimento, da interação humana; suplanta esse campo de sentido e vivência humana para além dessa condição. Sobretudo porque a prática do jogo, existe emoção subjetividade, além da razão vindo a ser como excelente ferramenta na promoção da resiliência, tanto na dimensão discente quanto do docente. A utilização do lúdico por educadores, que veio aos poucos substituindo tendências mais tecnicistas na área da educação é uma realidade atual, e trouxe inúmeros benefícios para a aprendizagem, como o de propiciar o entendimento e assimilação do conteúdo, a motivação e o interesse do aluno em aprender, a possibilidade de diversificação das aulas, melhora do desempenho de educadores e alunos, na promoção de uma melhor adaptação de alunos com restrições motoras, na ampliação de conhecimentos e na utilização de jogos para a otimização do ensino. Nesse sentido é importante tomar algumas atitudes para que o aprendizado desta disciplina seja considerado prazeroso. As atividades lúdicas, em especial relacionadas à matemática, que podem ser utilizadas em sala de aula são diversas, e pretende-se discutir um nosso futuro trabalho analisar quais as principais maneiras e técnicas que podem ser utilizadas para o ensino de matemática de forma lúdica no ensino em que se revela fundamental aliar a aprendizagem com prazer, de modo a prender a atenção e interesse do aluno, naturalmente mais disperso nestas fases escolares. Considerando as impressões de George Polya (1998) através do lúdico na matemática podemos adquirir novas formas de pensar, construir habilidades ligadas à imaginação, à criatividade em situações matemáticas que, talvez, não sejam familiares, mas que podem expandir as leituras de mundo que dela tomarem parte. Nesse sentido, defendemos que a matemática associada ao lúdico possibilita o desenvolvimento de capacidades complexas e processos cognitivos de ordem superior que permitem uma diversidade de transferências e aplicações a outras situações e áreas; e em consequência, proporciona grandes benefícios na vida diária e no trabalho. Isto posto, para nós o lúdico deve ser encarado como uma parte indispensável no ensino de matemática. Em outro aspecto Orton (1990) avalia a matemática lúdica como geradora de um processo de combinação de elementos de conhecimento, regras, técnicas, habilidades e conhecimentos adquiridos para dar solução a uma situação nova. A maior parte dos autores destaca que a matemática lúdica não só deve ser uma prioridade na área da matemática, mas sim um instrumento metodológico de grande relevância. A reflexão que se leva a cabo quando se aplica a matemática lúdica é o fomento da criatividade e a oportunidade de aprendizagem fora dos cânones de uma matemática hermética e fechada. Para proporcionar um ensino da matemática lúdico é necessário um exercício de leitura e aprendizagem até o momento de compartilhamento com os alunos, para um ensino da matemática que seja feito sem medo e com garantias de êxito. 1.1 DELIMITAÇÃO DO TEMA Isto posto, avaliamos, em diálogo com Ponte (2004) que a criação de situações de aprendizagem que podem levar os alunos a desenvolver atividades ricas e produtivas do ponto de vista matemático constitui um dos problemas fundamentais que enfrenta o professor de matemática em sua prática profissional. A partir de determinada situação, é esperado que formulem tarefas distintas, acessíveis e contextualizadas, conforme a faixa etária e os currículos voltados para os anos em que se leciona. Nesse cenário, acreditamos que uma estratégia de ensino significativo seja o ensino lúdico da matemática no qual o professor e os alunos se veem envolvidos em novas linguagens e abordagens para se pensar a aprendizagem (ABRANTES; LEAL et al, 1996). O uso do lúdico na educação encontra-se consolidado como instrumento de ensino, sendo devidamente vivenciado pelos educadores, em especial em relação ao ensino da matemática, em que a matemática lúdica é utilizada como tendência de aprendizado, eis que o lúdico e a matemática estão intrinsicamente interligados, e o uso do lúdico para o aprendizado da matemática permite que seja ela aprendida de forma prazerosa. Não obstante as maiores dificuldades de aprendizado serem apresentados no campo da matemática, tem-se que a educação foi se tornando cada vez mais mecânica e destituída de prazer, até o ponto em que salas de aulas inteiras apresentem quadros de ansiedade e desmotivação, além de apreensão e dificuldade de aprendizado. Este quadro desalentador tem demonstrado a necessidade de utilizar-se mecanismos que permitam uma educação mais leve e prazerosa, e tal pode ser propiciado com a utilização do lúdico no ensino. O lúdico pode ser uma ferramenta de apoio no ensino e aprendizagem bem como algumas justificativas de sua importância, que distanciem de seus pensamentos a ideia de que matemática é difícil, complicada, cheias de regras e cálculos. No decorrer do trabalho fica claro que os jogos é um recurso pedagógico eficaz se forem bem articulados e planejados pelo professor, contribuindo assim para a construção do conhecimento matemático, agindo como um contribuinte no processo de alfabetização matemática. seja metodológica, psicológica, como agente motivador, enfim ideias que pode colaborar a sua importância em sala de aula, no processo de ensino e de aprendizagem. Dessa forma circunscrevemos o tema de nosso trabalho final a uma análise crítica sobre as potencialidades do ensino lúdico da matemática. 1.2 DEFINIÇÃO DO PROBLEMA Formular um problema consiste em dizer, de maneira explícita, clara, compreensível e operacional, qual a dificuldade, com a qual nos defrontaremos e pretendemos resolver, limitando o seu campo e apresentando suas características. O problema deve ser formulado como pergunta: Esta é a maneira mais fácil e direta de formular um problema e contribui substancialmente para delimitar o que é o tema da pesquisa e o problema da pesquisa outras coisas, deve ser dado uma atenção especial neste sentido, de forma a não contribuir com o bloqueio dos estudantes para com a disciplina, mas sim proporcionando aulas agradáveis inserindo os jogos lúdicos como ferramenta facilitadora na aprendizagem,beneficiando de maneira positiva para o desenvolvimento intelectual e potencial, onde compete ao professor intervir de forma adequada para cada público e sempre lembrar que o lúdico é um fator determinante na aprendizagem. Como podemos inferir, em que pese o aprendizado de matemática como de suma importância na vida humana; sem dúvidas em nosso sistema de ensino, essa importância não se reflete em um processo de ensino-aprendizagem significativo, condenando gerações ao temor e ao medo da matemática. Pois podemos observar a necessidade de um debate mais amplo sobre a revisão de currículos de modo a incorporar o lúdico como parte importante da construção do ensino de matemática, superando a lógica rotineira, expositiva e tediosa, sem qualquer cuidado em incentivar e fomentar o lúdico nesse processo. Há uma reiterada atitude dos professores dessa disciplina em não se ocuparem, por comodismo ou devido a precarização da profissão docente, com a inovação e a revisão de seus saberes e práticas em sala de aula (GOLDENBERG, 1999). Esse processo repercute na aprendizagem e reflexão dos alunos, dado que observamos com facilidade quando notamos as altas porcentagens de alunos da educação básica com baixos níveis de aprendizagem na disciplina de matemática; não se desenvolvem nos alunos posturas investigativas e que colaborem com o lúdico. Não se desenvolvem aspectos elementares nos processo de ensino como os procedimentos de discussão, escrita, leitura e escuta, as mesmas que aprofundam o entendimento desta área. Não se estabelecem relações entre o contexto, a cultura e a linguagem cotidiana com as ideias e símbolos matemáticos; não sendo promovido também o trabalho cooperativo, integrado entre os alunos a fim de assumir coletivamente a solução dos problemas. Diante do exposto, nosso problema de investigação consiste em pensarmos: Em que medida as estratégias lúdicas podem fomentar o ensino-aprendizagem da disciplina de matemática? 2 JUSTIFICATIVA O lúdico passou a ser reconhecido como traço essencial de psicofisiologia do comportamento humano (estudo das relações entre fenômenos psíquicos e fisiológicos), e as implicações do lúdico extrapolaram o brincar espontâneo, sendo que o conceito lúdico é usado por muitos educadores, por ser um grande aliado em suas aulas pois as torna mais agradáveis e prazerosas para ambos, aluno e professor, que com esse pensamento lúdico buscam melhorar a autoestima, o aprendizado, o interesse pelas aulas, o raciocínio e a vontade de aprender matemática de uma forma diferente, porém divertida. O problema que se apresenta no presente estudo é como a matemática lúdica pode ser utilizada como técnica de aprendizagem no ensino de forma a otimizar a aprendizagem e estimular a motivação, interesse e desenvolvimento de habilidades nos alunos. Para responder ao problema de pesquisa, estabeleceu-se como propósito de desenvolvimento deste trabalho através da pesquisa doutrinária. Pretende-se, especificamente, identificar como a matemática, a ser aplicada de forma lúdica, pode ser utilizada por educadores, e assim, analisar quais os benefícios ou malefícios que podem advir do uso da matemática lúdica no desenvolvimento dos alunos. Justificamos tal estudo a partir da necessidade de ensinar matemática a partir de novos métodos que estimulem o desenvolvimento do raciocínio lógico, do pensamento independente, da criatividade e da capacidade de resolver problemas, e para que assim ocorra necessário que se alie técnicas ao ensino que motivem a aprendizagem, e frente e essa realidade faz-se necessário estudos mais aprofundados no assunto. O aprendizado da matemática tem como objetivo levar o aluno a pensar matematicamente e compreender como esta disciplina está inserida no cotidiano das pessoas. As crianças gostam de Matemática, quando chegam à escola, mas no percurso de suas vidas acadêmicas, esse gosto decresce proporcionalmente ao avanço dos alunos pelos diversos ciclos do sistema de ensino, processo que culmina com o desenvolvimento de um sentimento de aversão, apatia e incapacidade diante da Matemática. O ensino utilizando os meios lúdicos se torna um ambiente gratificante servindo como estímulo para o desenvolvimento integral da criança que começarão a sentir as aulas mais agradáveis e prazerosas, pois com esse pensamento lúdico, pretende-se melhorar a autoestima, o aprendizado, o interesse pela as aulas, o raciocínio e uma vontade de aprender matemática de uma forma diferenciada, divertida. Mas com objetivos pedagógicos voltados para a alfabetização matemática na vida estudantil. Além disso, a pesquisa se justifica pela importância que tem tanto a matemática quanto a educação possui, e a utilização do lúdico como coadjuvante da educação é uma realidade atual, fazendo-se necessário o estudo dessa parceria. Entende-se que os resultados obtidos poderão subsidiar discussões acadêmicas e profissionais de acordo com os procedimentos adotados a respeito do assunto em questão, além de estender o número de pesquisas relacionadas ao assunto tema do presente estudo. Nessa oportunidade associamos esse trabalho a linha de pesquisa em Educação Matemática das novas tecnologias aplicadas à educação. 3 OBJETIVOS o jogo pode ser uma excelente alternativa para o trabalho com a educação matemática porque ele serve como recurso, objetivando o desenvolvimento e uma melhor aprendizagem dos alunos. O estudo da matemática deve se dá de forma interdisciplinar, no qual interajam todas Assim como as atividades da linguagem integram todos os componentes curriculares, o desenvolvimento do pensamento lógico (lógica intuitiva e concreta) e a curiosidade são ações mentais que devem integrar todas as áreas. 3.1 OBJETIVO GERAL Propor uma análise bibliográfica crítica acerca do papel do lúdico no Ensino de Matemática na Educação Básica, propondo encaminhamentos que colaborem com a melhoria e o aperfeiçoamento dessa disciplina em sua modalidade escolar. O lúdico pode ser uma ferramenta de apoio no ensino e aprendizagem bem como algumas justificativas de sua importância, que distanciem de seus pensamentos a ideia de que matemática é difícil, complicada, cheias de regras e cálculos. No decorrer do trabalho fica claro que os jogos é um recurso pedagógico eficaz se forem bem articulados e planejados pelo professor, contribuindo assim para a construção do conhecimento matemático, agindo como um contribuinte no processo de alfabetização matemática. seja metodológica, psicológica, como agente motivador, enfim ideias que pode colaborar a sua importância em sala de aula, no processo de ensino e de aprendizagem. O que leva a procurar argumentos que reforça as contribuições para seu uso em sala de aula e como ela poderá auxiliar a pratica dos professores apresentando subsídios dos mais valiosos para o ensino da matemática por contribuir em diversos aspectos, podendo perceber que o aluno enriquece o seu aprendizado bem como a ver a matemática de uma forma mais interessante e alegre e que pode proporcionar grande satisfação ao conduzi-lo a novas descobertas. 3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS - Problematizar a educação lúdica como parte de um processo de ensino-aprendizagem significativo. - Analisar a matemática lúdica considerando suas características e potencialidades na Educação Básica. No abordar esta temática com o intuito de demonstrar como a ligação da matemática com a ludicidade pode contribuir de forma ímpar para um aprendizado de qualidade e aumentar o interesse dos alunos por esta disciplina tão rica em saberes -A ludicidade possui o caráter de enriquecer as práticas escolares, na medida em que faz o aluno se sentir mais estimulado para aprender com o estudo mais atraente e convidativo -Introduzir a matemática lúdica no ensino de uma forma mude a visão das crianças e dos adolescentes daquela imagemda disciplina como algo difícil e entediante 4 METODOLOGIA Tendo em vista o objetivo a ser alcançado com este estudo, optou-se pelo tipo de pesquisa exploratória qualitativa. Esta abordagem é a que melhor vem ao encontro do que se pretende alcançar em nosso futuro trabalho. Isso porque a utilização da matemática lúdica como técnica de aprendizagem ainda não tem pleno alcance nas instituições de ensino brasileiras, e a análise teórica do assunto virá a trazer maiores esclarecimentos com relação ao tema. Associado a isso, realizaremos uma revisão bibliográfica sobre o tema, o que tornará nossa análise mais qualificada e potente para melhor explorar o tema e podermos ter um estado da arte mais potente e claro sobre o tema escolhido. 5 – REFERÊNCIAS ABRANTES, Maria das Graças de. O lúdico na matemática. 2011. Web artigos. Disponível em: <https://www.webartigos.com/artigos/o-ludico-na-matematica/58275>. Acesso em: 17 de outubro de 2019. ABRANTES, P.; LEAL, L. C.; PONTE, J. P. (Eds.). Investigar para aprender matemática. Lisboa: APM e Projeto MPT, 1996. CORDAZZO, Scheila Tatiana Duarte; VIEIRA, Mauro Luís. A brincadeira e suas implicações nos processos de aprendizagem e de desenvolvimento. Estud. pesqui. psicol., Rio de Janeiro, v. 7, n. 1, jun. 2007. Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808- 42812007000100009&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em 17 de outubro de 2019. GOLDENBERG, E. P. Quatro funções da investigação na aula de matemática. In: ABRANTES, P., J. P. PONTE; H. FONSECA; L. BRUNHEIRA (Eds.), Investigações matemáticas na aula e no currículo. Lisboa: APM e Projecto MPT, p. 35-49, 1999. POLYA, G. Cómo plantear y resolver problemas. Ediciones Universal. Madrid. España,1998. PONTE, J. P. Problemas e investigaciones en la actividad matemática de los alumnos. In: J. Giménez, L. Santos, & J. P. Ponte (Eds.), La actividad matemática en el aula (pp. 25-34). Barcelona: Graó, 2004. SILVA, Luciana Vereda da; ANGELIM, Clenilson Panta. O Lúdico como ferramenta no ensino da Matemática. 2017. Disponível em: <https://www.somatematica.com.br/artigos/a65/p3.php>. Acesso em: 17 de outubro de 2019.