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Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 1 - Conceitos Fundamentais - 10ª Edição - 2008 Cap. 1
1
Introdução
n̂n̂
V S
n̂
n̂
x
y
x
z
ϕ
θ
r
P
O
ϕe
r
re
r
θe
r
ρ z y
x
θ
Sol z
y
x
Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 1 - Conceitos Fundamentais - 10ª Edição - 2008 Cap. 1
1
1.1 - Definição de Mecânica
Mecânica : estuda os estados de movimento
ou de repouso dos corpos físicos. Se subdivide
em: Estática e Dinâmica.
Estática: estuda os estados de Inércia dos
corpos.
A Inércia de um corpo se caracteriza:
(a) sob o ponto de vista da Translação, no seu
estado de Repouso ( 0== tetanconsv
r
) ou de
Movimento Retilíneo e Uniforme
( 0≠= tetanconsv
r
), para qualquer Sistema de
Referência Inercial (SRI) que é um Sistema de
Referencial não acelerado )tetanconsv( SRI =
r
;
(b) sob o ponto de vista da Rotação, no estado
não Rotacional ( 0==ω tetancons
r
) ou de
Movimento Rotacional Uniforme
( 0≠=ω tetancons
r
).
Princípio da Relatividade:
“As leis da física são válidas para qualquer
sistema de referência inercial, ou seja, não
acelerado.”
Lei da Inércia de Translação:
“Um corpo tende a permanecer em repouso ou
MRU (movimento retilíneo e uniforme) a não ser
que uma força externa o tire deste estado
fazendo-lhe produzir uma aceleração.”
Lei da Inércia de Rotação:
“Um corpo tende a permanecer sem rotaçao ou
em um movimento spin (rotação em torno de sí
mesmo) e uniforme (MSU) a não ser que um
torque externo (força rotacional) o tire deste
estado fazendo-lhe produzir uma aceleração
angular.”
Quando você está dentro de um carro parado
você está em estado de inércia, quando o carro
acelera, você sente uma “força” para trás. A
avaliação desta ocorrência como uma força não
é válida uma vez que você está em um sistema
de referência acelerado que é o carro e que não
serve para fazer tal análise. No Sistema de
Referencia Inercial, se observa que o que o
jogou para trás durante a aceleração do carro foi
o seu próprio estado de inércia e não uma força.
Se o carro breca o que o lança para frente é a
sua inércia, ou seja, a tendência de seu corpo de
se manter em movimento retilíneo e uniforme em
que vinha vindo. Esta impulsão na realidade, não
é uma força mas um estado de inércia (Lei da
Inércia de Tranlação). Outro exemplo de força
de inércia é o movimento do carro que vira a
esquina produzindo uma trajetória circular. Você
que está dentro do carro sentirá ser jogado para
fora da curva como se existisse uma “força
centrífuga”, da qual não é uma avaliação correta
uma vez que o carro ao fazer a curva fica sujeito
a uma aceleração centrípeta deixando de ser um
Sistema de referência inercial. Para quem esta
fora do carro você é lançado para a porta do
carro do lado de fora do interior da curva, devido
a sua inércia ou seja sua tendência de
permanecer em movimento retilíneo e portanto
com a tendência de sair pela tangente da curva
feita.
Não é possível diferenciar, a não ser de forma
relativa, os estados físicos de repouso e (MRU)
Movimento Retilíneo e Uniforme.
Dinâmica: se subdivide na dinâmica
observacional na qual é chamada de cinemática
e na dinâmica causal que é a dinâmica
propriamente dita.
Dinâmica de efeitos ou Dinâmica
Observacional ou Cinemática: estuda os
fenômenos físicos observáveis do movimento.
Aqueles fenômenos que podemos assistir, ver
(cinema), e medir, no espaço-tempo.
Exemplos:
(a) no caso da translação:
Mecânica
Estática
Dinâmica
___________________________________________________________
Capítulo 1
Conceitos Fundamentais -
___________________________________________________________
Cap. 1 Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza-Capítulo 1 - Conceitos Fundamentais - 10ª Edição - 2008 2
as variáveis como posição; tempo; velocidade e
a aceleração dos corpos são as gransdezas
observáveis do movimento;
(b) no caso da rotação:
a posição angular spin de cada ponto do corpo
em rotação (em torno de um eixo próprio); a
posição angular orbital (girando em torno de um
outro corpo); a velocidade angular spin; a
velocidade angular orbital; a aceleração angular
spin e a aceleração angular orbital.
Dinâmica (Dinâmica causal) : estuda os
modelos ou teorias que explicariam as causas
dos efeitos físicos observáveis do movimento.
Arranja modelos para explicar as causas do
movimento. Relaciona variáveis como: massa,
momentum, momento angular, impulso, impulso
angular, Força, Torque, energia cinética, energia
potencial, potencial, Princípio da mínima ação,
Lagrangeanas, Hamiltonianas, Campos,
Interações de Partículas Elementares, Interações
Ondulatórias.
Existem vários modelos da dinâmica para
explicar e calcular esses efeitos físicos
observáveis ou cinemáticos:
a) Modelo de Momentum e Impulso (Galileu e
Newton)
b) Modelo das Forças e Torques (Newton)
c) Modelo das Energias (Carnot, Joule,
Boltzmann)
d) Modelo dos Potenciais (Maxwell)
e) Modelo das Lagrangeanas (Lagrange,
Fermat)
f) Modelo das Hamiltonianas (Hamilton,
Fermat)
g) Modelo da Mecânica Quântica (Heisenberg,
Schrödinger)
h) Modelo da Mecânica quântico-relativística
(Dirac, Klein-Gordon)
i) Modelo dos Campos (Maxwell, Feymman)
j) Modelo Relativístico (Einstein)
k) Modelo das Interações entre Partículas
Elementares (Yukawa, Gell-Mann,
Feymman)
Todos eles explicam de maneiras diferentes,
com teorias e modelos diferentes, as vezes com
intersecções, as causas dos fenômenos físicos
observáveis (efeitos) do movimento. Alguns
modelos explicam de forma mais fácil e genérica,
alguns desses fenômenos, enquanto que outros
modelos teriam mais facilidade para explicar
outra variedade de fenômenos.
1.2 - Grandes Variáveis
de Importância da
Natureza
Os mais fortes vínculos físicos estabelecidos,
estão enraizados nos conceitos que foram
surgindo desde a Início do Universo (Big Bang).
Uma das teorias mais vigentes na atualidade
para a explicação da origem do Universo, se
caracteriza pela Teoria do Big Bang proposta
inicialmente (1940) por George Gamow (1904-
1964). Ele retirou tal teoria das Equações de
Einstein da Gravitação e calculou teoricamente
uma radiação cósmica de fundo, que representa
como que um fóssil da atualidade vindo do início
do Universo, em que na sua formação e na sua
concentração era imensa e com a expansão e
resfriamento calculou que na atualidade (1949)
seria de 5 K (kelvin), sendo que em medidas
posteriores experimentais se revelou ser de
2,726 K, uma radiação que ocorre
uniformemente vindo de todas as direções
medida em qualquer ponto do espaço. Da atual
radiação de fundo, se fizermos a linearização de
seu valor para o passado, temos a indicação de
que o Universo começou há aproximadamente,
em torno de 14 bilhões de anos.
Caracterizando a partir de seu início, surgiu uma
grande quantidade de Energia em que em sua
expansão, gera a Entropia (desorganização e
caos), em que os fótons de energia com seus
Momentos Lineares e Angulares produzem
vórtices, criando a Matéria e Antimátéria, e na
sua extensão a Massa e as Cargas Elétricas,
passando a originar o Espaço e o Tempo, em
conseqüência as Temperaturas, medidas da
energia mecânica média de oscilação das
partículas em um meio e os Campos
gravitacionais, eletrostáticos, magnetostáticos,
eletromagnéticos e nucleares, etc, devido às
interações entre massas, cargas e antimatéria.
Aparecem em conseqüência da diminuição de
temperatura as Moléculas Orgânicas matéria
mais organizada e de grandes moléculas que no
tempo evolui para as Organizações Biológicas.
A estes, continuam a participar os conceitos de
Energia, que fornece a dinâmica do Universo,
Momento linear na movimentaçãorelativa das
partículas no espaço, Momento Angular Orbital e
Spin caracterizando a rotação dos corpos
rígidos, e nasce o conceito inverso de Entropia
que é o advento da Informação. Produz-se
movimento ao variar a informação produzindo
intercambio de energias. A emoção surge nos
animais como reação de substâncias e devido
aos sentidos e resultado das percepções se
aperfeiçoando, a partir dos orgãos em ebulição
no organismo. O Sentimento surge como
resultando do aperfeiçoamento das emoções. A
Energia
Entropia
Momentos Lineares
Momentos Angulares
Matéria
Antimatéria
Massa
Cargas Elétricas
Espaço
Tempo
Temperatura
Campos
Matéria Orgânica
Organizações Biológicas
Informação
Sentimento
Pensamento
Vontade
Imaginação
Consciência...
Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 1 - Conceitos Fundamentais - 10ª Edição - 2008 Cap. 1
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Vontade liderada pelo Pensamento, faz
resultar elementos super organizados e de
criação, aperfeiçoando o Cérebro físico, que a
partir da percepção abstrata que por trás da
matéria grosseira e manifestação aparente
observacional se revela a Imaginação que se
aperfeiçoa pela manifestação e realimentação
constante da Consciência. O movimento da
energia, estabelece manifestações de organição
ou desorganização, na sintonia de construção e
percepção gradativa do Universo. A Informação
é precedida pelo conceito de Pensamento e este
pelo gerência da Consciência, que é capaz de
abstrair pelo Pensamento e Imaginação e assim,
planejar o direcionamento informacional dado à
transformação da energia. Tais transformações
se fazem primeiro na fase do estado de
natureza ou experiência e erro, e posteriormente
na fase do planejamento racionalizado através
da memória, inteligência, abstração e
aprendizado. É dentro de alguns destes
conceitos fundamentais que será desenvolvido o
estudo que realizaremos no curso de Mecânica
do Corpo Rígido.
1.3 - Princípios de
Conservação
Pontos relevantes de observação da física são
os elementos que se mantém invariáveis em
qualquer transformação. Alguns elementos de
importância ou chamados de Princípios de
Conservação observáveis em determinadas
condições para um sistema, são denominados
de Simetrias da Natureza, e alguns podem ser
relacionados:
a. Princípio de Conservação de Energia
(Simetria no tempo)
b. Princípio de Conservação de Momentum
(Simetria no espaço linear).
c. Princípio de Conservação de Momento
Angular (Simetria no espaço angular)
d. Princípio de Conservação de Carga Elétrica.
e. Princípio de Conservação de Matéria.
f. Princípio de Conservação de Matéria-
Energia. Etc.
1.4 – Partícula e Corpo
Rígido
Definições em discernimento de
a) Partícula
ou ponto material
1) tem massa m não desprezível,
2) tem tamanho ou dimensões desprezíveis, em
comparação com as dimensões de seu
movimento.
b) Corpo Rígido
ou corpo extenso ou corpo sólido,
características necessárias:
1) tem dimensões não desprezíveis em
comparação com as dimensões do movimento
considerado
2) tem a distância entre dois pontos quaisquer
(AB) fixa, rígida, ao longo da análise do
movimento.
O corpo rígido é um caso particular de um
Sistema de Partículas em que os pontos não se
movimentam independentemente mas tem
posições rígidas. O corpo rígido têm em comum
com a Partícula e o Sistema de Partículas o fato
de que se reduzíssemos toda a matéria do
Corpo Rígido ao Centro de Massa, ele se
comportaria identicamente à uma partícula e ao
Sistema de Partículas também reduzido ao seu
centro de massa, com velocidade =v
r
MCv
r
com aceleração CMaa
rr
= e com força resultante
CMRR FFF ==
r
= CMam
r
atuantes na posição do
seu Centro de Massa. O que não seria possivel
representar neste reducionismo ao Centro de
Massa seriam as grandezas angulares como
posição angular, velocidade angular orbital e
spin, aceleração angular orbital e spin, momento
angular orbital e spin, torque angular e spin,
grandezas associadas ao corpo rígido e seus
movimentos rotacionais.
Análise dos corpos como partículas
ou corpos rígidos:
a) O planeta Terra pode ser tido como uma
partícula quando considerado o seu movimento
em torno do Sol a partir de um sistema
referencial no centro do Sol.
A
dAB= constante
B
Corpo Rígido
d
d <<< ∆s = caminho percorrido
A
B
Partícula
Corpo Rígido
Sistema de Partículas
Sistema de Corpos Rígidos
Cap. 1 Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza-Capítulo 1 - Conceitos Fundamentais - 10ª Edição - 2008 4
b) No entanto, será considerado como um corpo
rígido quando analisamos o movimento do
planeta Terra, adotando como sistema de
referência um satélite artificial em sua órbita.
Terá a Terra neste caso vários movimentos
associados: rotação, translação, precessão e
nutação. Ainda terá vários fenômenos
associados como sejam: marés, fenômenos
metereológicos, estações do ano, campo
gravitacional de interação com o Sol a Lua e
outros planetas, campo magnético, campos
elétricos resultantes de atrito com nuvens e
atmosfera ou partículas carregadas vinda do Sol
e do espaço, meteoros, radiação do espaço,
interação com o vento solar, auroras boreais e
austrais, clima, tempo, chuvas, tempestades,
tornados, tufões, redemoinhos, anomalias do
campo magnético, poluições, fábricas, cidades,
plantações, rebanhos, estradas, rios, oceanos,
lagos, temperatura, sensação térmica,
diversidades animais, áreas verdes, desertos,
etc. que podem ser isolados dependendo do
estudo que se deseja fazer do planeta.
a) Um carro que se movimenta pela via
Dutra de São Paulo ao Rio de Janeiro pode ser
considerado como uma partícula. No entanto, se
caracteriza por ser um corpo rígido quando
considerado fazendo manobras em um
estacionamento.
b) Sistema de Partículas
Define-se Sistemas de Partículas a um conjunto
de partículas espalhadas, cada particula com
sua velocidade e posição particular onde se
pode definir um Centro das massas, de tal forma
que o Sistema poderia ser representado em seus
movimentos de translação por este ponto. A
velocidade do sistema seria a velocidade de seu
Centro de Massa,
MCv
r , a aceleração do sistema
seria a aceleração deste Centro de massa
MCa
r
,
e a força resultante seria com força resultante
RF
r
, aceleração angular α
r
e torque resultante
RM
r
. Exemplos de Sistemas de partículas: (a)
um gás em um recipiente; (b) um conjunto de
estrelas; (c) um átomo com núcleo e elétrons; (d)
uma molécula composta de vários átomos; (e)
partículas em estado de dispersão em
movimento browniano; (f) o Sistema Solar com
seus planetas, cometas, meteoros e vento solar ;
etc.
O caso mais geral de Sistema de Partículas
ocorre em que as partículas interagem da
seguinte forma:
(a) cada partícula possui uma inércia
anterior de movimento ;
(b) cada partícula tem uma ligação de
interação gravitacional uma com a outra
e com o meio na qual se encontram;
(c) se a partícula tem carga elétrica há uma
ligação de interação com campos
elétricos e magnéticosentre si e com o
meio na qual se encontram;
(d) as partículas podem realizar choques
mecânicos entre si.
(e) as partículas podem estar em um meio
limitado (recipiente das partículas) em
que realizam choques contra esses
limites.
No cálculo do Centro de Massa de um Sistema
de Partículas se utiliza a forma descontínua ou
discreta do somatório de cada partícula
separadamente.
Um dos conceitos de grande importância para
estudo de um Sistema de Partículas, de um
Corpo Rígido ou um Sistema de Corpos Rígidos
é o de Centro de Massa pois nele se concentram
grandes simplificações de um movimento
aparentemente complexo.
SP
RJ
Estacionamento
v = 100 km/h
Terra
Satélite
(b)
Sol
Terra
v = 30 km/s
(a)
Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 1 - Conceitos Fundamentais - 10ª Edição - 2008 Cap. 1
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d) Sistema de Corpos Rígidos
Podemos subdividir um corpo rígido em partes
geométricas conhecidas de tal maneira a formar
um Sistema de Corpos Rígidos em que se pode
calcular o Centro de Massa desse Sistema
compondo as partes conhecidas dos Centros de
Massa de cada uma das partes divididas e
conhecidas, no somatório das partes:
∑
∑
=
i
ii
C m
mr
r
M
r
r
Assim como a velocidade e aceleração do
Centro de Massa:
∑
∑
=
i
ii
C m
mv
v
M
r
r
∑
∑
=
i
ii
C m
ma
a
M
r
r
E a força resultante é a força que atua no Centro
de Massa:
MCR amF
rr
=
1.5 - Movimentos de
Translação, de Rotação e
Movimento Geral
a) Translação
Define-se movimento de translação pura de um
corpo rígido, quando a direção de ligação entre
dois pontos quaisquer AB do corpo, não varia ao
longo do movimento:
b) Rotação
O movimento de rotação pura de um corpo
rígido ocorre, quando a direção AB,
qualquer, de ligação entre dois pontos do corpo
varia a sua direção, girando em torno de um eixo
perpendicular fixo.
c) Movimento Geral
Se caracteriza quando ocorre os dois tipos de
movimento juntos: translação e rotação.
1.6 - Centro de Massa,
Centróide e Baricentro
A
B
BA A
B
ABMovimento Geral
→
A
B
ω
A
B
A
B
B
A
Movimento de Rotação
Depois Antes
A
A B
A
B
A
B
B
A
Movimento de Translação
CM
2r
r
2v
r
nv
r
MCv
r
(efeito)
O
1r
r
nr
r
1v
r
MCr
r
Movimento de:
Translação
Rotação
Geral
Centro de Massa (CM)
Centro Geométrico (CV, CA, CL)
Centro Gravitacional (CG)
Cap. 1 Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza-Capítulo 1 - Conceitos Fundamentais - 10ª Edição - 2008 6
a) Centro de Massa (CM)
Corresponde ao ponto de equilíbrio de um corpo
em relação à correspondente distribuição das
massas ao longo das partes desse corpo. É
caracterizado pela sua posição em coordenadas
espaciais: )z,y,x(r
MC =
r
:
Sistema de Partículas ou
Sistema de Corpos Rígidos:
∑
∑
=
i
ii
C m
mr
r
M
r
r
Corpo Rígido:
∫
∫=
dm
dmr
r
MC
r
r
Nos corpos com partes discretas ou
descontínuas podemos calcular seu centro de
massa através da expressão com os sinais de
somatório e nos corpos extensos e contínuos
fazemos sua determinação pela expressão com
as integrais, onde os sinais de somatório (sigma
maíusculo= s grego) se transformam nos sinais
de integral (s comprido) e o índice i se transfoma
no d na diferencial infinitesimal da massa dm.
Derivam do conceito de Centro de Massa (CM)
os conceitos: (a) Centro Geométrico ou
Centróide (C), em que podemos ter: Centróide
de Volume; Centróide de Área e Centróide de
Linha; (b) de Centro de Gravidade (G) ou
Baricentro ou Centro de Forças Paralelas (CG ou
G); (c) Centro de Forças paralelas.
c) Centro Geométrico ou
Centróide (CV , CA , CL)
Caracterizado pela posição correspondente ao
ponto central da distribuição geométrica de
volumes ou áreas ou linhas, através das partes
desse corpo.
Valores Discretos ou Descontínuos
Centróide de Volume:
∑
∑=
i
ii
C V
Vr
r
V
r
r
De Área:
∑
∑=
i
ii
C A
Ar
r
V
r
r
De Linha:
∑
∑=
i
ii
C L
Lr
r
V
r
r
Valores Contínuos:
∫
∫=
dV
dVr
r
VC
r
r
∫
∫=
dA
dAr
r
VC
r
r
∫
∫=
dL
dLr
r
VC
r
r
b) Centro de Gravidade ou
Baricentro (CG)
Corresponde ao ponto de equilíbrio de um corpo
em relação à distribuição de forças peso
paralelas. Este conceito é muito utilizado nos
paises de língua inglesa uma vez que a unidade
fundamental nestes países ainda é o peso,
medido em libras, enquanto que a massa é
considerada uma unidade derivada, ou seja,
dada pelo peso dividida pela aceleração da
gravidade 1 lb / 32,2 (ft/s2) = 0,0311 slug. A
unidade de massa nestes países quase não é
utilizada a não ser em cálculos intermediários.
No entanto, sabemos que sendo a massa no
sistema internacional uma grandeza
fundamental, medida em kg, e também
fundamental em qualquer campo de gravidade,
neste caso então, o conceito de Centro de
Massa é também mais fundamental. Se formos
medir o Centro de Gravidade de um corpo no
espaço interplanetário o seu valor seria zero,
mas o seu centro de massa não, sendo que o
conceito de centro de massa vale para qualquer
corpo em qualquer parte do universo, o que
mostra que sua definição é mais universal. No
entanto é também o ponto que equilibra todos os
pesos. Muitas vezes se utiliza o conceito de
Centro de Massa e Centro de Gravidade
indistintamente. No entanto, a rigor iremos
explicar mais à frente, quando,
excepcionalmente os dois não coincidem.
Centro de Gravidade ou Baricentro:
Sistema de Partículas ou
Sistema de Corpos Rígidos:
∑
∑=
i
ii
C P
Pr
r
G
r
r
Corpo Rígido:
∫
∫=
dP
dPr
r
VC
r
r
Veja-se que as definições são idênticas,
modificando somente as variáveis de utilização,
ou seja, a massa m pode ser substituida pela
volume V, pela área A, pela linha L ou pelo peso
P. Isto ocorre conforme pudermos fazer o
reducionismo de simplificação do formato do
corpo.
1.7 – Simplificações
produzidas pelo Centro
de Massa (CM)
O Centro de Massa de um Sistema de
Partículas, é o ponto que se pode estudar, como
se nele estivesse concentrado, toda a dinâmica
(estado de movimento não inercial) ou estática
(estado de movimento inercial ou repouso), das
seguintes grandezas que estão uniformemente
distribuídas ao seu redor:
(a) a soma de matéria ou de inércia, distribuídos
à sua volta, ou soma de toda sua Massa:
∑
=
=
n
j
jmm
1
(b) a soma total das posições de matéria ou
posições de inércia distribuídas à sua volta ou
soma dos produtos massa-posição:
Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 1 - Conceitos Fundamentais - 10ª Edição - 2008 Cap. 1
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∑
∑
=
i
ii
C m
mr
r
M
r
r
∑= imm = massa total
(c) a soma de todos os Momentuns distribuídos à
sua volta ou produtos massa-velocidade:
MM CiCii
n
1i
i vmmvmvpp
rrrrr
==== ∑∑∑
=
∑
∑
=
i
ii
C m
mv
v
M
r
r
(d) ou a soma de todas as Forças distribuídas à
sua volta ou produtos massa-aceleração:
∑∑∑∑∑ =====
=
iCi
i
ii
i
i
i
i
n
1j
iR maamvdt
dmp
dt
dFF
M
rrrrrr
MCR amF
rr
=
∑
∑
=
i
ii
C m
ma
a
M
r
r
(e) a soma de todos os Momentos Angulares
distribuídos à sua volta ou produtos vetoriais
posição-momentum
ω=∧== ∑∑
=
rrrrr
IprLL i
i
i
n
1j
iR
Onde I é o momento de inércia de rotação.
(f) a soma de todos os seus Torques distribuídos
à sua volta ou produtos vetoriais posição-Força
i
i
ii
i
ii
i
n
i
F
GR Frpdt
drL
dt
di rrrrrrr ∧=∧==τ=τ∑∑∑∑
=1
α=τ
rr
IR
1.8 - Dimensões
Dimensão zero ( 0) ou estrutura
Zerodimensional : é representada por um
ponto: tem volume desprezível e sem
dimensões observáveis. Só se pode ficar parado
no mesmo lugar, sem opções de movimento.
Redução a zero do intervalo s em torno do
ponto em qualquer direção: s = 0.
Dimensão um (1) ou estrutura
Unidimensional : é representado por uma reta,
ou um comprimento unidirecional, um eixo x. Só
se pode andar para frente ou para trás neste
eixo. Nem laterais, nem em cima nem em baixo.
O intervalo s invariante da unidimensionalidade
ou diferença entre dois pontos é caracterizado
por:
( ) 221212 )( xxxxxs ∆=−=−= .
Dimensão um e meio (1,5) ou estrutura
Fractal entre a dimensão um e a dimensão 2:
é representado por uma curva encurvada para
uma segunda dimensão, que dependendo da
forma pode ser 1,1 ou 1,2 ou 1,3 ..., 1,7, 1,8, 1,9.
Dimensão dois (2) ou estrutura
Bidimensional : é um plano ou dois eixos um a
90º do outro, x e y. Só se pode caminhar sobre o
plano e se verificar o plano. Não existe acima ou
abaixo do plano. Um número complexo, por
exemplo é um número bidimensional, pois é
representado por dois eixos linearmente
independentes: o Real e o Imaginário: z = a + j b
= r cos θ + j r sen θ = r e j θ = r ∠ θ . Da
mesma que forma os eixos cartesianos x e y. O
intervalo invariante s, na bidimensionalidade é
dada por 22 yxs ∆+∆=
Dimensão dois vírgula três (2,3) ou
estrutura Fractal entre a dimensão dois e a
dimensão três: é representado por um plano
encurvado para uma terceira dimensão, que
dependendo da forma pode ser 2,1 ou 2,2 ou 2,3
..., 2,7, 2,8, 2,9.
Espaço bidimensional curvo
(se encurva para a terceira dimensão)
dimensão fractal: 2,3 por exemplo
S
y
x
∆x
∆y
2j
Real (z)
Imag (z)
S
2
-1 0
2
S
Estrutura unidimensional curva
(se encurva para uma segunda dimensão. Dimensão fractal:
1,2 por exemplo
-2 -1 0 1 2 X2...... XX1
Cap. 1 Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza-Capítulo 1 - Conceitos Fundamentais - 10ª Edição - 2008 8
Dimensão três (3) ou estrutura
Tridimensional : é o espaço (comprimento,
largura e altura) nosso conhecido, caracterizado
por três eixos, x, y, z, um a 90º do outro
(linearmente independentes). Podendo também,
apesar de não se poder enxergar fisicamente,
ter-se um espaço curvo. Pode não dar para se
imaginar um espaço curvo fisicamente, pois o
nosso Universo vivenciado fisicamente, através
dos sentidos biofísicos é de três dimensões, mas
é possível observá-lo matematicamente, e
imaginá-lo depois de estudada sua matemática
fisicamente ou por analogias e inclusive existem
estruturas físicas que obedecem leis com mais
de três dimensões, como por exemplo, a
estrutura relativística do espaço-tempo ou a
teoria das supercordas. Na estrutura
tridimensional, se pode caminhar em todas as
direções espaciais e tridimensionais conhecidas
pelos nossos sentidos físicos padrões. O
intervalo s, invariante da tridimensionalidade é
dado por
222 zyxABs ∆+∆+∆==
Dimensão três e meio (3,5)
corresponderia a um espaço curvo.
Dimensão quatro (4) ou estrutura
Quadridimensional é caracterizado pelo
hiperespaço ou espaço de 4 dimensões,
representado por 4 eixos, um a 90º do outro, x,
y, z, w. A teoria da relatividade restrita, trabalha
com 4 dimensões, sendo: w = i c t ; “c” =
velocidade da luz no vácuo = 300.000 km/s =
máxima velocidade na natureza; “t” = tempo; i =
variável imaginária dos números complexos =
1− . Costuma-se designar os quatro eixos da
relatividade restrita por: xo = i c t , x1 = x , x2 = y ,
x3 = z , tendo seu intervalo s, invariante, dado
por
2222 wzyxs ∆+∆+∆+∆=
Com a matemática permite se trabalhar com
vetores de 3 eixos curvos ou mesmo 4 eixos
ortogonais. Podemos não “ enxergar “
dimensões acima de três, devido ao fato de toda
nossa experiência sensorial biológica ser
limitada a três dimensões espaciais. No entanto,
a Física atual necessita de outras dimensões
espaciais, que a matemática acompanha, para a
explicação da manifestação de muitos
fenômenos físicos, e que a biologia sensorial não
participa. Talvez o ser humano inserido na
dimensão psicobiofísica, onde se aperfeiçoa a
mente ou psiquismo, o corpo ou a biologia e a
física ou a natureza, penetre outras dimensões,
no futuro, sendo mais capaz de “ enxergar “ ou
entender” estas dimensões adicionais, de forma
melhor. Por enquanto a nossa forma de
entendimento é matemática e através de
analogias, como muitas coisas da física a qual
penetramos e ainda não entendemos com mais
profundidade. A Teoria Geral da Relatividade
para explicar a Gravitação, Teorias do Universo
e as estruturas curvas do espaço tempo se
utiliza de 4 dimensões.
Dimensão N ou estrutura N-dimensional ou
Multidimensional - A teoria das supercordas
que tenta unificar as quatro forças de interação
principais da natureza (a força gravitacional, a
força nuclear fraca, a força eletromagnética e a
força nuclear forte), possui um dos modelos que
trabalha com 11 dimensões e em um outro
modelo se trabalha com 26 dimensões. Modelos
do Universo, modelos da Física, modelos do
microcosmo ou do macrocosmo, não tem limites
dimensionais, desde que funcionem para
explicar os fenômenos observados. A
matemática, a geometria multidimensional de
espaços curvos, a álgebra de matrizes, a teoria
de grupos, permite trabalhar-se com tais
modelos.
Se morássemos na 2ª dimensão e víssemos
uma esfera atravessar o nosso espaço físico
bidimensional, diríamos que começou a sua
manifestação com um ponto, passou a um
círculo crescente, chegou ao máximo do círculo,
voltou a decrescer até voltar ao ponto e
desapareceu. Esta descrição poderia ser de
forma matemática, descrita como uma
periodicidade de movimento tridimensional de
um circulo com uma dimensão a mais, mas não
saberíamos enxergar o que seria a esfera, mas
poderíamos trabalhar com ela matematicamente,
e ter uma satisfatória descrição matemática
desta ocorrência periódica.
1.9 - Sistemas de
Referência
Sistema de Referência Inercial (SRI)
As leis da Física Clássica são descritas e
são válidas em qualquer Sistema de
Referencia Inercial.
O Sistema Referencial Inercial é aquele que está
em repouso ( vr = 0) ou está em movimento
A
B
s
x
y
z
Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 1 - Conceitos Fundamentais - 10ª Edição - 2008 Cap. 1
9
retilíneo e uniforme (MRU) ( 0v ≠r ), ou seja,
tem velocidade vetorial constante, ou seja,
aceleração nula, livre de acelerações.
Na prática não existe um Sistema Inercial
Absoluto, mas dentro de um certo intervalo de
tempo considerado, podemos adotá-los válidos.
Repouso ou Movimento são conceitos relativos
ao Sistema Referencial Inercial Adotado (SRIA).
Não existe repouso ou movimento absolutos.
Momentum e Energia são também relativos ao
SRIA. São absolutos em um mesmo SRIA
dentro da Física Clássica: Força (F) , Torque (M)
, Momento Angular (L) , Impulso (I). Intervalo de
tempo ( ∆t ), variação de espaço ( ∆s ), massa
(m) sendo que na mecânica clássica são
absolutos, mas na Mecânica Relativística
Especial e Mecânica Relativística Geral alguns
não o são.
Podemos exemplificar alguns SRI:
(a) um sistema referencial com origem na
superfície da Terra, em um laboratório de
medidas, que teria validade inercial para
descrever um movimento com tempo de duração
t << 24 h, (t muito menor que 24 h). A
aproximação ocorre devido ao movimento
acelerado de rotação da Terra em torno de si
mesma, tendo uma velocidade em um ponto no
equador, de 1782 km/h ou 0,5 km/s, na direção
perpendicular ao raio da Terra e associada está
esta velocidadecom a aceleração centrípeta ;
b) um sistema de referência com origem no
Centro da Terra, com um eixo apontando na
direção perpendicular ao plano formado pelo
movimento dos planetas em torno do Sol e os
outros dois eixos no plano da eclíptica, ou seja,
no plano de movimento dos planetas, um radial
ao sol e o outro ortogonal. Pode assim descrever
um movimento com o tempo de duração t <<
365 dias, devido ao movimento de translação do
planeta Terra em torno do Sol, com sua
velocidade de 30 km/s ou 108.000 km/h, na
direção aproximadamente perpendicular ao raio
que liga Sol e Terra ;
a) um sistema referencial com origem no
centro do Sol, e apontando para 3 estrelas fixas
em relação ao Sol, que formem um ângulo de
90º entre si.
Deve-se saber que o Sol tem seu
movimento em torno do centro da Galáxia;
c) um sistema referencial com origem no centro
da nossa Galáxia, a Via-Láctea, aglomerado
estelar de 100 bilhões de estrelas e 106000
anos-luz de extensão, associada a um conjunto
de 10 bilhões de galáxias no Universo, onde se
teria, associada a ela, um eixo perpendicular ao
plano das estrelas da Galáxia e dois no plano da
Galáxia, direção radial ao seu Centro (Veja
Apêndice 1). Tendo-se consciência que a
Galáxia tem seu movimento relativo às outras
Gálaxias.
Sabemos assim que a Terra gira em torno de si
mesma, e em torno do Sol. O Sol gira em torno
da Galáxia, e a Galáxia tem seu movimento
relativo à outra galáxia. Nada está parado no
Universo, não se tendo, portanto, um ponto de
referência absoluto. A Galáxia mais próxima da
Via-Látea é a Galáxia de Andrômeda a 2,2
milhões de anos-luz da nossa. Assim se pode
formar referenciais relativos, ou seja, válidos sob
Sol z
y
x
S
S
M
V
T
J
UM
N
P
..
Terra
y
z
x
Terra
Cap. 1 Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza-Capítulo 1 - Conceitos Fundamentais - 10ª Edição - 2008 10
certos limites, mas não absolutos. Isso funciona
desta forma, assim como todas as Verdades
encontradas na Ciência, ou seja, não se tem
verdades absolutas, mas apenas Verdades
Relativas de Ponta, válidas dentro de
determinados limites conscientes e
estabelecidos e que poderão ser aperfeiçoadas e
universalizadas no futuro.
Mecânica Relativística Geral
É importante que façamos uma observação
neste instante, sobre a Mecânica Relativística
Geral (Einstein, 1916), que estuda a Gravitação
sob o aspecto geométrico. A teoria considera
que o fenômeno da gravitação seja um
encurvamento do espaço físico tridimensional
para uma quarta dimensão. Isso ocorre na
presença de uma grande massa no espaço físico
tridimensional que encurva o espaço
tridimensional para esta quarta dimensão de tal
forma que as geodésicas naturais fazem com
que os outros corpos próximos caiam para este
corpo maior, devido a esta nova geometria do
espaço que não percebemos a priori, mas que
podemos calcular matematicamente e explicar
os fenômenos gravitacionais ao redor.
O que podemos imaginar, por analogia, seria
uma cama com uma borracha plana esticada
que se encurva, quando colocada no seu centro,
uma grande massa, uma esfera de aço, por
exemplo. Se colocarmos nas proximidades da
grande esfera que encurva a borracha corpos
menores como uma pequena esfera de aço
pequena, por exemplo, na cama de borracha
esticada e encurvada, estes caem para esta
massa maior, seguindo sua geodésica de maior
encurvamento. Ou se forem lançadas com uma
velocidade lateral à grande esfera, entram em
sua órbita se não houver atrito com a borracha
em uma queda constante. Este exemplo, nos faz
“enxergar” o encurvamento da segunda para a
terceira dimensão, imaginemos com nossas
pobres possibilidades de inteligência e
sensibilidade biológica a transposição da terceira
para a quarta dimensão.
Neste caso, Einstein, partiu do pressuposto, para
o desenvolvimento da teoria, de que a massa
inercial e a massa gravitacional possuem valores
idênticos. A massa inercial é aquela que aplicada
à uma partícula uma força resultante (que
caracteriza uma causa), aparece um efeito físico
observável a esta partícula que é uma
aceleração (efeito produzido, observado e
medido), ou seja, uma variação de velocidade,
sendo que o coeficiente que relaciona a causa F
r
e o efeito a
r
, é a massa inercial do corpo:
amF i
rr
= . A massa gravitacional é aquela
massa associada à força peso ou a força de
campo gravitacional do local. Assim sendo, a
força peso é igual ao produto da massa
gravitacional mg pela aceleração gravitacional do
local gag
rr
= . Assim ggg amF
rr
= ou
gmP g
rr
= . Newton fez a menção a estas duas
massas e disse não saber com precisão se eram
idênticas. Einstein afirma serem iguais, o que foi
confirmado e mantido pela experiência, ao longo
dos 2 séculos após Newton.
Neste caso, associemos a seguinte experiência
de pensamento: estamos dentro de um elevador
no espaço vazio, portanto, flutuamos sem
direção de gravidade. Se o elevador passar a
adquirir uma aceleração igual a g
r
no sentido
inverso do piso do elevador, seremos lançados
para o piso, por uma “força” de inércia, Sistema
Referencial Acelerado, em relação ao elevador,
e passaremos a sentir identicamente como se
estivéssemos em um local de gravidade g
r
.
Sendo assim, estarmos na superfície da Terra,
convivendo com a gravidade, que seria
identicamente o mesmo que estarmos na
superfície do planeta sem gravidade e com o raio
do planeta aumentando no tempo a uma razão: r
= (g / 2) t2, ou seja, a superfície do planeta
acelerada com aceleração g empurrando esta
superfície para cima em direção aos nossos pés.
Portanto, neste momento, podemos dizer que
estamos vivendo em um sistema de referência
não inercial, ou seja acelerado, na direção do
eixo vertical, ou então, simplesmente que
estamos num campo gravitacional na direção do
eixo vertical, que é uma forma idêntica de
interpretação teórica de um mesmo efeito físico.
Não podemos diferenciar um modelo do outro,
pois a massa inercial é idêntica à massa
gravitacional. As duas interpretações seriam
idênticas, portanto, não estamos livres dos
sistemas não inerciais, apenas o estamos
tratando através de outra interpretação,
chamando-o de campo gravitacional. A
Relatividade Geral estuda os movimentos,
tratando a gravidade naturalmente e
geometricamente como sistemas de referência
não inerciais ou seja, acelerados e estabelece
uma física para observação do universo a partir
desses sistemas acelerados, não fazendo
distinção de um ou de outro. A partir deles pode-
se fazer modelos para o Universo em espaços
curvos.
1.10 – Distâncias no
Universo Conhecido
Distâncias de objetos astrofísicos Distâncias baseadas na
velocidade da luz
Terra-Lua 1,27 segundos-luz
Sol-Mercúrio 3,22 minutos-luz
Sol-Vênus 6 minutos-luz
Sol-Terra 8,33 minutos-luz
Sol-Marte 12,7 minutos-luz
Sol-Júpiter 43,3 minutos-luz
Sol-Saturno 1,32 horas-luz
Sol-Urano 2,65 horas-luz
Sol-Netuno 4,17 horas-luz
Sol-Plutão 5,46 horas-luz
Sol-Eris 13,4 horas-luz
Sol-Estrela mais próxima (α do
Centauro)
4,3 anos-luz
Sol-Centro da nossa Galáxia 23,3 mil anos-luz
Raio do Núcleo da nossa Galáxia 10 mil anos-luz
Diâmetro da nossa Galáxia 106 mil anos-luz
Via Láctea à galáxia mais próxima
Galáxia de Andrômeda
2,22 milhões anos-luz
Galáxia mais longínqua observada 13 Bilhões de anos-luz
Beirada Máxima do Universo
calculada teoricamente
13,6 Bilhões anos-luz
Número de estrelas na nossa
Galáxia a Via Láctea
≈ 100 Bilhões
Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 1 - Conceitos Fundamentais - 10ª Edição - 2008 Cap. 1
11
Número de Galáxias no Universo
observável
≈ 10 Bilhões
Apesar destas distâncias imensas e sabermos
quão pequenos nos somos em todo esse espaço
infindável que passamos a ter mais lucidez
pouco a pouco, sabemosque ainda não
conseguimos como seres humanos, atingir as
profundezas do espaço nem interplanetário,
muito menos interestelar, e menos ainda
intergalático, com nossa física atual, mas
sabemos, no entanto, que conseguimos penetrar
com nossas mentes, nossas consciências, os
conhecimentos deste espaço com nossas
pesquisas, nossa curiosidade, nossa intuição, e
continuaremos tentando e aperfeiçoando novas
maneiras até atingirmos cada vez e cada vez
mais.
1.11 – Algumas Variáveis
Importantes da Mecânica,
segundo o modelo de
Newton
1) Inércia:
(a) Inércia de Translação: Todo corpo tende a
se manter em repouso ou com sua velocidade
constante a não ser que uma força o tire deste
estado. A massa m é uma medida desta Inércia
de translação, que se transpõe entre a força
atuante e a aceleração observada: MCR amF
rr
= .
(b) Inércia de Rotação: Todo corpo tende a se
manter sem rotação em torno de seu eixo ou em
rotação com velocidade angular constante a não
ser que um torque o tire deste estado. O
Momento de Inércia I em torno do seu eixo é
uma medida desta Inércia de Rotação α=τ
rr
IR .
2) Massa de um corpo (m)
1) massa inercial: é uma medida da inércia de
translação de um corpo ; é uma medida da
dificuldade de se tirar um corpo de seu estado
de velocidade vetorial ( v
r
) constante, que
caracteriza: ou seu estado de repouso (v =
const = 0) ou de seu movimento retilíneo e
uniforme (MRU) (v = const ≠ 0); a/Fm i = .
2) massa gravitacional: é uma medida obtida
através do peso do corpo, ou seja, sua tendência
de queda no campo gravitacional da Terra:
)k(s/m8,9g 2
rr
−= ; associada ao peso e dada
por mg = P / g.
3) massa como medida da quantidade de
matéria de um corpo
im onde ∑= imm ou ∫= dmm
3) Momento de Inércia:
O momento de inércia ( I ) de um corpo rígido é
uma medida da sua inércia de rotação, ou seja,
associada a dificuldade de girá-lo em torno de
um eixo definido. É uma medida da dificuldade
de se produzir variação da velocidade angular
ω
r
de um corpo em relação a um eixo de giro
definido.
4) Momentum
ou Quantidade de Movimento ou Momento
Linear – produto da massa do corpo pelo seu
vetor velocidade:
vmp
rr
.=
∑ == MCiii vmvmp
rrr
Um corpo rígido que possui momento linear
constante ou mesmo velocidade linear constante
tem força resultante nula atuando sobre ele.
5) Força Resultante
Soma de todas as forças externas ou de vínculo
que atuam sobre o corpo, uma vez que a soma
das forças internas de um corpo se anulam
mutuamente.
)fF(F ernasinti
externas
iR
rrr
∑ +=
0f ernasinti =∑
r
∑= externasiR FF
rr
=∑ iF
r
Força resultante – derivada do momentum ou
variação do momento linear no tempo, ou o
produto da massa de um corpo pela sua
aceleração – regula a causa da mudança do
estado de inércia de um corpo.
a.m
td
vd
m)vm(
td
dp
dt
dFR
r
r
rrr
====
6) Momento Angular
Produto vetorial entre o vetor posição e o
momentum do corpo – ou produto do momento
de inércia e sua velocidade angular. Relata o
estado momentâneo na qual se encontra em seu
movimento de rotação em torno de outro corpo
(momento angular orbital) ou em torno de si
mesmo (momento angular spin):
ii prL
rrr
∧= ∑
ω=
rr
IL
7) Torque Resultante ou Momento
de Força Resultante
Soma dos Torques de todas as forças externas e
Binários que atuam sobre o corpo. Representa
fisicamente a tendência de mudança do seu
estado de movimento angular uniforme em sua
rotação.
)( ernasinti
externas
iR τ+τ=τ ∑
rrr
Corpo Discreto ou Corpo Contínuo:
Descontínuo
i
2
i mrI ∑= dmrI
2∫=
Cap. 1 Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza-Capítulo 1 - Conceitos Fundamentais - 10ª Edição - 2008 12
0ernasinti =τ∑
r
∑τ=τ externasiR
rr
= ∑ τi
r
=∑τ iFo
r
Podemos caracterizar o Torque (ou Momento
de Força ou Binário ou Conjugado), como
sendo a derivada do vetor Momento Angular, ou
seja, a variação do Momento Angular da
partícula ou do corpo rígido no tempo – regula a
causa da mudança do estado de rotação do
corpo rígido:
( ) α=ω=ω==τ r
r
r
r
r
I
td
dII
td
d
td
Ld
R
FrL
dt
d rrrr
∧==τ
1.12 – Máquinas Simples
a) Cunha
Cunha: uma máquina simples análoga ao plano
inclinado mas usado como alavanca. Constituído
por um prisma triangular que tem como secção
transversal um triângulo isóceles e é usada para
alargar uma rachadura, vencendo as duas
resistências e a medida que a fenda de abre ele
garante que não se feche mais o que se abriu.
Quanto menor o seu ângulo de ação maior a
capacidade de penetrabilidade. A lâmina de um
cutelo funciona como uma cunha muito afiada.
São cunhas, a ponta de uma flecha indígena,
uma faca, uma chave de fenda, um bisturi. Uma
cunha abre fissuras e as alarga. Quanto mais
afiada maior o seu poder de trabalho. Na
atualidade o melhor bisturi, o mais fino, é o
bisturi a laser, uma cunha eletromagnética,
nenhuma supera a sua finura que chega a
apenas separar as células sem as dilacerar,
servindo para operações plásticas, pois facilita a
recomposição sem cicatrizes.
b) Plano Inclinado
Plano Inclinado: reduz a força peso na razão do
triângulo que reflete o ângulo de inclinação θ, na
sua altura h (cateto oposto: op), sua base b
(cateto adjacente) e hipotenusa. Na construção
das grandes pirâmides, ou para elevar grandes
pedras a grandes alturas, o plano inclinado foi e
será uma máquina simples essencial.
c) Alavanca
Uma alavanca que gira em torno do seu
fulcro O (fixo), ponto de rotação, onde em
um de seus pontos é aplicada uma força de
potência FP (força menor) em A, para se
impor à força de resistência FR (força maior)
em B. A razão entre estas duas forças FP/FR
=b/a, está na razão inversa entre os braços
da alavanca a e b e como a>b, assim FP <
FR, o que garante o rendimento da
alavanca. Exemplos de Alavancas:
O (Fulcro)
FR
FP
B
A
O
a
A
B
b
FP
FR
b FR - a FP = 0
a
b
F
F
R
P =
Fulcro
O
aA B
b
FP FR
a FP - b FR = 0
a
b
F
F
R
P =
Fulcro
N
Pn
Pt
P
l
h
F
F
P
P
R
Pt ==
b
θ
θ
Pt = P sen θ = P ( h / l )
h
Pn = P sen θ = N = P ( h / l )
FP
h
b
l
l
FP
FR
FR
A
B
S
FP
AB
AS
F
F
P
R =
Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 1 - Conceitos Fundamentais - 10ª Edição - 2008 Cap. 1
13
d) Roda
A Roda possui a capacidade de ter o menor
perímentro com o interior de maior área. É
utilizada em superar o atrito de arrastamento,
através da vantagem do rolamento. A concepção
do conceito abstrato da roda não é um conceito
tão simples como se pensa. A comunidade
indígena por exemplo com linguagem e
sociedade desconhece a descoberta da roda.
Se desenrola suas aplicações associadas, em
outras máquinas simples, como a roldana fixa, a
roldana móvel, e a associação de rodas através
de engrenagens e polias.
e) Roldana
Rodana fixa: é uma máquina que serve em
primeiro lugar para mudar o sentido da força de
resistência sem no entanto variar-se sua
grandeza: FR = FP .
Rodana móvel: reduz a força de potência a
metade da força de resistência : FP = FR / 2
f) Engrenagens, Polias
Interligadas, Rotações em um
mesmo eixo
Engrenagens e Polias Interligadas: reduz ou
amplia a velocidade angular ω, a feqüência de
rotação fR, a aceleração angular α, o espaço
angular θ, a velocidade tangencial v
r
, a
aceleração tangencial ta
r
, o espaço linear s. No
caso das engrenagens as velocidades angulares
de rotação ficam invertidas mas no caso das
polias interligadas estas ficam no mesmo
sentido.
Engrenagens
rA
rB
FR
FP = FR / 2
O
FR FP
O
Resistência
Potência
Fulcro
Fulcro
A
Balança
Potência
ResistênciaB
Fulcro
Potência
Alicate
Resistência
Cap. 1 Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza-Capítulo 1 - Conceitos Fundamentais - 10ª Edição - 2008 14
Rotações de mesmo eixo e raios diferentes:
exige esforços diferentes na relação inversa dos
raios.
g) Parafuso
1.13 - Mudança de
Sistema de Referência
Inercial
Princípio da Relatividade (de
Galileu) (reafirmado por Einstein na Teoria da
Relatividade) :
“ As Leis da Natureza são as mesmas se as
medidas de suas grandezas físicas são feitas
a partir de qualquer Sistema de Referência
Inercial. ”
ou
“As leis da Física são as mesmas para
observadores que estejam em qualquer
Sistema de Referência Inercial.”
Isto significa que não existe sistema referencial
inercial privilegiado. Assim o que acontece se
mudarmos de um Sistema de Referência Inercial
para outro.
Os Sistemas de Referência Inerciais são
caracterizados pela propriedade terem suas
velocidades constantes e acelerações nulas e de
que nele valem as leis físicas, por exemplo:
1ª Lei da Dinâmica ou Lei de Galileu ou Lei da
Inércia ou 1ª Lei de Newton:
“Estando um corpo livre da ação de forças,
ele se move mantendo seu momento linear
constante.“
Por isso um corpo livre de Forças segue uma
linha reta ou uma trajetória retilínea.
Esta Lei não é válida para Sistemas Acelerados
ou seja, Referenciais Não Inerciais.
2ª Lei da Dinâmica ou Princípio Fundamental
da Dinâmica:
“ A Força Resultante sobre um corpo é igual
ao produto da sua massa pela sua
aceleração.”
ou
“ A Força Resultante que age sobre um
corpo é igual á variação do seu momento
linear no tempo. “
No caso em que a massa do corpo não muda ao
longo do seu movimento a Força resultante pode
ser dada pelo produto de sua massa pela sua
aceleração.
A força resultante é a soma de todas as forças
que agem sobre o corpo.
∑=
=
n
1i
iR FF
rr
A força resultante é a causa do movimento e a
aceleração é o efeito físico produzido no corpo.
Quem intermedeia a relação entre causa e
efeito, ou seja, força e aceleração é a massa,
cujo valor se for grande produzirá um efeito
pequeno e se for pequena, deixará transparecer
um efeito grande.
amFR
rr
=
3ª Lei da Dinâmica ou 3ª Lei de Newton ou
Princípio da Ação e Reação:
“ A toda Força de Ação corresponde a uma
Força de Reação igual e contrária.”
As forças somente existem aos pares, não
existem forças isoladas na natureza.
Forças de ação e reação nunca se equilibram,
porque estão sempre aplicadas em corpos
distintos, e não no mesmo corpo.
Macaco de erguer carro
usando parafusos..
FR
FP < FR
Mesmo eixo, mesma
velocidade angular, raios
diferentes, esforços de
força diferentes.
P
R
R
P
R
R
F
F
=
Mesmo eixo, mesma
velocidade angular, raios
diferentes, esforços de
força diferentes.
rA
rB
Polias Interligadas
Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 1 - Conceitos Fundamentais - 10ª Edição - 2008 Cap. 1
15
a) Grupo de Galileu
para a relação entre Sistemas Inerciais:
Consideremos um Sistema de Referência
Inercial S’ com coordenadas ( x’ ; y’ ; z’ ), que
possui velocidade v = vx em relação a outro
Sistema de Referência Inercial S ( x ; y; z ). O
Sistema de Referência S pode ser colocadas em
função das coordenadas do Sistema de
Referência S’, através das seguintes expressões
das quais denominamos de Grupo de Galileu.
onde
=xv velocidade do Sistema de Referência S’
em relação ao Sistema de Referência S
=u
r velocidade da Partícula P em relação ao
Sistema de Referência S
='u
r velocidade da Partícula P em relação ao
Sistema de Referência S’
Assim temos que dado que as velocidades
relativas, são dadas por SSSPSP vuu ''
rrr
−= ,
temos:
Equações de Transformação de Galileu:
tvx'x −=
y'y =
z'z =
Velocidades Relativas:
vuu x'x −=
y'y uu =
z'z uu =
As equações de Galileu, ou chamado Grupo de
Galileu, para estabelecer a relação entre um
Sistema Inercial e outro Sistema Inercial com
velocidade vx , em relação ao primeiro, em que
as leis da Física, devem permanecer válidas.
b) Grupo de Lorentz
Para a teoria da relatividade, uma vez que
associado ao Princípio da Relatividade existe
outro Princípio que é o Princípio da Constância
da Velocidade da Luz, de que não existe na
natureza velocidade superior à velocidade da luz
no vácuo, c (de constante) ou seja, ela é a
mesma, em qualquer sistema de referência, em
qualquer direção (isotropicamente), sendo uma
velocidade finita. As equações da relação entre
dois sistemas inerciais de modificam para as
chamadas equações de Lorentz ou Grupo de
Lorentz:
)/(1
'
22 cv
tvxx
−
−
=
y'y =
z'z =
22
2
c/v1
x)c/v(t't
−
−
=
Velocidades:
)/(1
'
2cvu
vu
u
x
x
x
+
−
=
)/(1
/1
'
2
22
cvu
cvu
u
x
y
y
+
−
=
)/(1
/1
'
2
22
cvu
cvu
u
x
z
z
+
−
=
1.14 – A Hierarquia das
Ciências e suas
dificuldades
Na Hierarquia da Ciências e na ordem de suas
dificuldades, podemos dizer que a estrutura mais
básica que permitiu o desenvolvimento de todas
as Ciências, e que a partir dela todas crescem e
se aperfeiçoam é a Linguagem Conceitual, que
aperfeiçoa as Ciências e que as Ciências a
aperfeiçoa a medida que uma depende da outra.
A segunda grande linguagem de importância
impar que introduz a noção de quantidades das
maneiras mais sofisticadas são as Ciências
Matemáticas. Sem ela o desenvolvimento
estaria intensamente limitado. No entanto, a
Matemática cresce a medida que as outras
Ciências vão dependendo dela e pedindo o seu
acesso e é desta forma que ambas entram em
evolução. Tem sua aplicação prática na Física,
na Biologia, na Engenharia, na Medicina, nas
Ciências da Personalidade, na Psicologia, na
Psiquiatria, na Administração, na Contabilidade,
nos Negócios Financeiros, na Economia, nas
Negociações, em praticamente todos os campos
do conhecimento humano .
Acima dos alicerces da Matemática, sendo mais
complexa e que no seu desenvolvimento
necessitou de todas as ferramentas da
Matemáticas e que não bastando precisou no
seu feedback desenvolve-la ainda mais, está a
Ciência da Natureza, a Física, que se coloca
sobre e dependente do desenvolvimento da
Matemática. Ciência da Natureza da Matéria, a
física na sua diversidade de manifestações,
busca modelar os mecanismos do
funcionamento da matéria, da antimatéria, da
energia, da entropia, da mecânica, da astrofísica,
da quântica, das particulas elementares, da
hidrodinâmica, da ótica, do Eletromagnetismo,
da Termodinâmica, da Teoria Cinética, da
Relatividade, da Gravitação, do Núcleo Atômico,
da Química, da Biologia, dos Materiais, da Teoria
de Campos, do Universo e de todas as
z
x
z’
u
r
xvv =
x’
P
S
S’
u
r
’
- v
r
x
y y’
y y’
x’
Cap. 1 Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza-Capítulo 1 - Conceitos Fundamentais - 10ª Edição - 2008 16
manifestações correlatas. Tem como aplicações
tecnológicas, as Engenharias: Mecânica,
Elétrica, Civil, Materiais, Produção, Química,
Têxtil, Mecatrônica, etc.
Acima da Física e mais complexa que esta, e no
entanto menos desenvolvida, está a Biologia
que depende das duas primeiras e do seu
desenvolvimento, para sobreviver e se
aperfeiçoar, tendo que ir inclusive buscar apoio
para suas particularidades que não existem
como objeto de pesquisa, aprioristicamente nas
anteriores. A Biologia depende do ferramental da
Linguagem, da Matemática e da Física. Tem
como aplicação prática as variadas áreas da
Medicina, etc.
Na hierarquia de sequência e fundamentação,
nos alicerces da Linguagem, Matemática, Física
e Biologia, temos as Ciências da Personalidade,
extremamente complexa e dependente das
anteriores, entrando em intersecção com ocampo da Neurociências, das substâncias
hormonais, das Energias, mas tendo como
objeto outros estudos em seus paradígmas
especialicimos, como a necessidade de estudar
as Emoções, o Sentimentos, o Pensamento, a
Vontade, a Consciência. Tem como Ciências de
Aplicação, a Psicologia, a Filosofia, a Advocacia,
a Medicina Psiquiátrica, as Ciências Sociais.
.
Ciências Matemáticas
Ciências Físicas
Ciências da Personalidade
Ciências da Coletividade de Personalidades
Ciências Biológicas
Linguagens Conceituais
Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 1 - Conceitos Fundamentais - 10ª Edição - 2008 Cap. 1
17
Outra das Ciências dependente das anteriores e
ainda mais complexa é a Ciência da Coletividade
de Consciências. É a menos desenvolvida, de
menor profundidade, mas no entanto de maior
abrangência no futuro.
Suas aplicações práticas estão nas Ciências
Sociais, Ciências Políticas, Ciências da Saúde,
Diplomacia, Didática, Relações Internacionais,
Ciências Jurídicas de Coletidades,
Convivialidades, Religiões, Universidades,
Metrópolis, Filosofia.
Podemos representar graficamente o
desenvolvimento destas relações e ciências,
aproximadamente como no diagrama dado.
A Ciências irão estendendo-se nas laterais a
medida que as outras Ciências forem se
autocompreendendo-se e entendendo suas
inter-relações, indo buscar parâmetros e
modelos necessários. A matemática poderá
assim, aumentar a sua altura de
profundidade e sua largura de extensão de
idéias e aplicabilidades. O mesmo ocorrerá
com as outras Ciências que irão a sua
largura e altura a medida que souberem
buscar nos alicerces os paradígmas e
princípios necessários a sua própria
evolução. Portanto, o mesmo ocorrerá com a
Física, a Biologia, as Ciências da
Personalidade e as Ciências das
Coletividade de Personalidades.
A matemática irá se estendendo nas laterais
a medida que as outras Ciências forem se
autocompreendendo e entendendo a
importância da aplicação da Matemática em
seus paradígmas, vindo buscar nela
parâmetros e modelos necessários. A
matemática poderá assim, aumentar a sua
altura de profundidade e sua largura de
extensão de idéias e aplicabilidades. O
mesmo ocorrerá com as outras Ciências que
irão a sua largura e altura a medida que
souberem buscar nos alicerces os
paradígmas e princípios necessários a sua
própria evolução. Portanto, o mesmo
ocorrerá com a Física, a Biologia, as
Ciências da Personalidade e as Ciências das
Coletividade de Personalidades.
1.15 – Resumo do
Capítulo 1
1. Definição de Mecânica:
Estuda os estados de movimento ou de repouso dos corpo
físicos. Subdivide-se em:
1) Estática – estuda a inércia
a) inércia de tranlação : todo corpo tende a permanecer
em repouso ou MRU a não ser que uma força o tire deste
estado.
b) inércia de rotação : todo corpo tende a se manter sem
rotação ou em rotação uniforme a não ser que um torque
o tire deste estado .
2) Dinâmica - Estuda o movimento dos corpos.
a) Cinemática - Estuda os fenômenos físicos
observáveis do movimento (s, t, v, a).
b) Dinâmica ou Cinética – Estuda os modelos ou
teorias que explicariam as causas dos efeitos físicos
observáveis da cinemática (F, τ, I, p, Iθ ,L, E, τ).
2. Principais Variáveis da Natureza:
Energia
Entropia
Momentos Lineares
Momentos Angulares
Matéria
Antimatéria
Espaço
Tempo
Massa
Cargas Elétricas
Temperatura
Campos
Matéria Orgânica
Organizações Biológicas
Informação
Sentimento
Pensamento
Vontade
Imaginação
Consciência
3. Princípios de Conservação (Simetrias da Natureza)
Princípio de Conservação de Energia
(simetria no tempo)
Princípio de Conservação de Momentum
(simetria no espaço linear)
Princípio de Conservação de Momento Angular
(simetria no espaço angular)
Princípio de Conservação de Carga Elétrica
Principio de Conservação de Matéria
Princípio de Conservação de Matéria-Energia, etc.
4 - Partícula, Sistema de Partículas, Corpo Rígido e Sistemas de
Corpos Rígidos:
Partícula :
(a) massa não desprezível
(b) dimensões desprezíveis
(2) Corpo Rígido:
(a) a distância entre dois pontos quaisquer (AB) é fixa ;
(b) Dimensões não desprezíveis.
(3) Sistemas de partículas ( gás)
(4) Sistema de Corpos Rígidos
5 – Movimentos de Translação, de Rotação e Movimento Geral:
Translação: direção de ligação entre dois pontos quaisquer AB do
corpo, não varia ao longo do movimento.
Rotação: direção AB, qualquer, de ligação entre dois pontos do
corpo varia a sua direção, girando em torno de um eixo
perpendicular fixo.
Geral: translação e rotação.
6 – Centro de Massa:
∑
∑
=
i
ii
C m
mr
r
M
r
r ;
∫
∫=
dm
dmr
r
MC
r
r
Centróide:
Baricentro:
7 - Simplificações produzidas peloCentro de Massa (CM):
O Centro de Massa de um Sistema de Partículas, é o ponto que se
pode estudar, como se nele estivesse concentrado, toda a dinâmica
(estado de movimento não inercial) ou estática (estado de
movimento inercial ou repouso), do movimento de translação de um
corpo.
∑
∑=
i
ii
C V
Vr
r V
r
r
∑
∑=
i
ii
C A
Ar
r A
r
r
∑
∑=
i
ii
C L
Lr
r L
r
r
∫
∫=
dV
dVr
r VC
r
r
∫
∫=
dA
dAr
r AC
r
r
∫
∫=
dA
dAr
r VC
r
r
∑
∑=
i
ii
C P
Pr
r G
r
r
∫
∫=
dP
dPr
r GC
r
r
CMiiCM vmvmp
rrr
== ∑
Cap. 1 Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza-Capítulo 1 - Conceitos Fundamentais - 10ª Edição - 2008 18
8 – Dimensões:
Dimensão zero: o ponto : s=0
Dimensão um: a reta :
Dimensão 1,4: linha curva
Dimensão dois: plano: dois eixos ortogonais
Dimensão 2,6: plano encurvado
Dimensão 3: espaço: 3 eixos ortogonais
Dimensão 3,2: espaço curvo
Dimensão 4:
Dimensão N
9 - Sistemas de Referência:
Sistema de Referência Inercial (SRI): As leis da Física Clássica são
descritas e são válidas em qualquer Sistema de Referencia Inercial.
O Sistema Referencial Inercial é aquele que não está acelerado. Não
existe um Sistema Inercial Absoluto, mas dentro de um certo
intervalo de tempo considerado, na prática, podemos adotá-los
válidos.
10 – Distâncias no Universo conhecido
Distâncias de objetos
astrofísicos
Distâncias baseadas na
velocidade da luz
Terra-Lua 1,27 segundos-luz
Sol-Mercúrio 3,22 minutos-luz
Sol-Vênus 6 minutos-luz
Sol-Terra 8,33 minutos-luz
Sol-Marte 12,7 minutos-luz
Sol-Júpiter 43,3 minutos-luz
Sol-Saturno 1,32 horas-luz
Sol-Urano 2,65 horas-luz
Sol-Netuno 4,17 horas-luz
Sol-Plutão 5,46 horas-luz
Sol-Eris 13,4 horas-luz
Sol-α-Centauro 4,3 anos-luz
Sol-Centro Galáxia 23,3 mil anos-luz
Raio da Galáxia10 mil anos-luz
Diâmetro da Galáxia 106 mil anos-luz
Via Láctea -Andrômeda 2,22 milhões anos-luz
Galáxia longínqua 13 Bilhões de anos-luz
Beirada do Universo 13,6 Bilhões anos-luz
Estrelas na Galáxia ≈ 100 Bilhões
Número de Galáxias ≈ 10 Bilhões
11 - Variáveis Fundamentais:
1) Inércia
2) Massa
3) Momento de Inércia
4) Momentum:
5) Força Resultante
6) Momento Angular
7) Torque Resultante ou Momento Resultante:
12 – Máquinas Simples:
1) Cunha
2) Plano Inclinado
3) Alavanca
4) Roda
5) Roldana
6) Engrenagens, Polias Interligadas
7) Parafuso
13 - Mudança de Sistema de Referência Inercial:
Princípio da Relatividade: “As leis da Física são as mesmas para
observadores que estejam em qualquer Sistema de Referência
Inercial.”
1ª Lei da Dinâmica ou Lei de Galileu ou Princípio da Inércia ou 1ª
Lei de Newton: “Um corpo permanece em repouso ou MRU a não
ser que uma força o tire deste estado de inércia.“
2ª Lei da Dinâmica ou 2ª Lei de Newton ou Princípio
Fundamental da Dinâmica: “ A Força Resultante sobre um corpo é
igual ao produto da massa pela aceleração.”
3ª Lei da Dinâmica ou 3ª Lei de Newton ou Princípio da Ação e
Reação: “ A toda Força de Ação corresponde a uma Força de
Reação igual e contrária.”
Grupo de Galileu: x ’ = x - vx t ; y ’ = y ; z ’ = z ; t ’ = t
Grupo de Lorentz: x ’ =
)c/v(
tvx
221 −
− ; y ’ = y ; z ’ = z ; t ’ =
22
2
1 c/v
)c/v(xt
−
− ; Para altas velocidades.
14 – Hierarquia das Ciências e suas dificuldades
Ciências Matemáticas
Ciências Físicas
Ciências da Personalidade
Ciências da Coletividade de Personalidades
Ciências Biológicas
Linguagens Conceituais
O
CMiiR amamF
rrr
== ∑
ω=∧= ∑
rrrr
IvmrL iiiR
α=∧=τ ∑
rrrr
IFr iiR
2xs ∆=
22 yxs ∆+∆=
2222 wzyxs ∆+∆+∆+∆=
222 zyxs ∆+∆+∆=
Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 2 - Vetores - 10ª Edição - 2008 Cap. 2 19
2.1 - Definição e Projeção
de Vetores
Definição: Vetores são grandezas
matemáticas utilizados para representações
físicas de uma grandeza, que possuem, além da
intensidade, também direção e sentido no
espaço físico. Um vetor tem uma origem (A) e
uma extremidade (B). Se a grandeza física que
atua no corpo tiver de representar outras
características, além das três coordenadas,
atuando em outros setores do corpo físico, como
tensão, tração, pressão, densidade e formato do
corpo caracterizará outros espaços adicionais e
então só poderá ser representado através de um
tensor. O vetor é um caso particular de tensor.
Representação de um vetor no espaço
tridimensional.
Em um Sistema de Coordenadas Cartesiano ou
Retangular o vetor F
r
pode ser escrito como
combinação linear de seus eixos coordenados
que são ortogonais e linearmente independentes
( L.I. ):
)kcosjcosi(cosFˆFF zyx
rrrr
θ+θ+θ=λ=
onde λ̂ é o versor ou vetor unitário que fornece
a direção e sentido do vetor F
r
. O versor é
composto pelos cossenos diretores, ou seja, que
dão a direção do vetor F.
onde θx , θy e θz são os ângulos diretores do
vetor, ou seja, o ângulo que o vetor faz com
cada eixo coordenado com na figura:
kcosFjcosFicosFF zyx
rrrr
θ+θ+θ=
Os cossenos diretores compõem o versor do
vetor F:
kji zyx
rrr
θ+θ+θ=λ coscoscosˆ
Como :1=λ
r
1coscoscos 222 =θ+θ+θ zyx
Conhecendo-se os ângulos diretores θx , θy e θz,
o vetor F
r
pode ser escrito através de suas
projeções nos eixos.
O vetor posição da força em relação à origem O
do sistema de coordenadas é representada pela
posição de qualquer ponto da linha de ação das
forças em relação a O. Podemos representá-lo
em qualquer sistema de referência, como uma
diferença de pontos:
OAr −=
r
ou OPr −=
r
, ou ODr −=
r
No sistema de coordenadas cartesianas:
k)zz(j)yy(i)xx(r OAOAOA
rrrr
−+−+−=
θy
O ≡A
F
r
z
x
y
B
θx
θ=θz
Fy
Fx
Fz
ϕ
extremidade B
origem A
vetor F
r
FF =
r
= intensidade do vetor
z
x
y
O
A
B λ̂
λ̂
C r
r
___________________________________________________________
Capítulo 2
Vetores
___________________________________________________________
D
20 Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 2 - Vetores - 10ª Edição - 2008 Cap. 2
O versor λ̂ que indica a direção do vetor F pode
ser obtido pela razão entre a diferença entre
pontos que estão na mesma linha de ação da
força fazendo o sentido como o ponto da
extremidade do vetor menos a origem do vetor,
sobre o módulo desta diferença.
AD
AD
F
Fˆ
−
−
==λ r
r
D – A = coordenadas do ponto D menos do
ponto A (extremidade menos origem).
k)zz(j)yy(i)xx(AD ADADAD
rrr
−+−+−=−
2
AD
2
AD
2
AD )zz()yy()xx(AD −+−+−==− l
Em coordenadas cartesianas ou retangulares os
pontos possuem suas três coordenadas:
D ≡ ( xD ; yD ; zD )
A ≡ ( xA ; yA ; zA ) ;
D – A = ( xD – xA ; yD – yA ; zD – zA )
kFjFiFF zyx
rrrr
++=
222
zyx FFFF ++=
kcosjcosicosk
F
Fj
F
F
i
F
F
F
Fˆ
zyx
zyx
rrrrrr
r
θ+θ+θ=++==λ
Cossenos diretores e ângulos diretores com os
eixos coordenados, dados por:
F
Fcos xx =θ ⇒ F
Fcosarc xx =θ
F
F
cos yy =θ ⇒ F
F
cosarc yy =θ
F
Fcos zz =θ ⇒ F
Fcosarc zz =θ
kcosFjcosFicosFF zyx
rrrr
θ+θ+θ=
Outra forma de escrever o vetor F seria
utilizando o módulo de F e os ângulos das
coordenadas esféricas θ=θz e ϕ da figura acima:
kFjsenFiFF
rrrr
θ+ϕθ+ϕθ= coscoscoscos
No plano:
No caso de um vetor bidimensional sua
combinação linear será em função apenas de 2
versores jei
rr
:
jFiFF yx
rrr
+=
jFiFF yx
rrr
θ+θ== coscos
ji yx
rr
θ+θ=λ coscosˆ
1coscos 22 =θ+θ yx
onde :
Fx = F cos θx = F sen θy e
Fy = F sen θy = F cos θx
Observe que para se projetar o vetor sobre um
eixo multiplica-se o módulo do vetor pelo:
(a) cosseno do ângulo que está “em baixo” do
vetor quando ele se projeta, ou seja, o
ãngulo entre o vetor e sua projeção;
(b) ou então pelo seno do ângulo que esta nas
“costas” do vetor de onde ele vai se projetar,
ou seja, o seno do ângulo que está entre o
vetor e o eixo que está a 90° do eixo onde
ele se projeta.
O módulo do vetor é dado por:
22
yx FFFF +==
r
e seus ângulos diretores são:
x
y
x F
F
arctg=θ
Fx = F cos θx
Fy =F cos θy
θx
θy F
x
y (a)
(a) para projetar multiplica-se o módulo do vetor
F pelo cosseno do ângulo que está entre o vetor
e o local onde ele vai se projetar .
y
x O
F
r
Fx
Fy
θx
θy
Fx = F sen θy
Fy = F sen θx
F
x
y (b)
(b) para projetar multiplica-se o módulo do vetor
F pelo seno do ângulo que está entre o vetor e o
eixo a 90° de onde ele vai se projetar.
θy
θx
Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 2 - Vetores - 10ª Edição - 2008 Cap. 2 21
y
x
y F
Farctg=θ
Desta forma um vetor F
r
têm as 3 características
gerais importantes:
a) Módulo ou Intensidade ou Tamanho do
vetor: F
r
onde no exemplo abaixo é igual a
4,5 unidades de medida
b) Direção : a direção é designada indicando o
ângulo que o vetor faz com a horizontal.
Uma direção tem dois sentidos
c) Sentido: dada uma direção, dela resultam
dois sentidos: diagonal para cima ou
diagonal para baixo.
De forma geral, a direção e sentido se
designam com o ângulo α (0 ≤ α ≤ 360º) que o
vetor faz com a horizontal ou eixo x.
2.2 - Sistemas de
Coordenadas
Um vetor pode ser colocado em Sistemas de
Coordenadas distintos, mas antes disso vamos
definir de forma rápida o que chamamosde
Propriedades das Transformações Ortogonais.
Um Sistema de Coordenadas serve para
descrever um Sistema Referencial.
2.1.1 – Transformações
Ortogonais:
Sendo 21 ê,ê dois versores (vetores unitários)
perpendiculares entre si e 21 'ê,'ê dois outros
do mesmo plano. Como cada conjunto forma
uma base, cada um pode ser posto como
combinação linear do outro:
2121111 êaêa'ê +=
2221212 êaêa'ê +=
o que podemos escrever de forma reduzida
como:
∑
=
=
2
1j
jiji êa'ê
ou considerando que sempre há soma para
índices repetidos, podemos escrever
considerando que i, j = 1, 2:
jiji êa'ê =
como são perpendiculares, o produto escalar de
um pelo outro (distinto) é nulo e o produto
escalar por si mesmo é unitário:
0)ˆˆ()ˆˆ('ˆ'ˆ 22212121211121 =++= eaeaeaeaee
0aaaa'ê.'ê 2212211121 =+= (I)
1)êaêa(.)êaêa('ê.'ê 21211121211111 =++=
1aa'ê.'ê 12211211 =+= (II)
1)êaêa(.)êaêa('ê.'ê 22212122212122 =++=
1aa'ê.'ê 22221222 =+= (III)
Portanto temos das transformações ortogonais
como resultado a relação de seus coeficientes::
0aaaa 22122111 =+ (I)
1aa 122112 =+ (II)
1aa 222212 =+ (III)
As expressões (I) , (II) e (III) são chamadas de
condições de ortogonalidade pois elas garantem
que os versores dados são unitários e
ortogonais.
Usando matrizes podemos perceber que estas
propriedade de ortogonalidade, garantem que a
1ê
2ê
1'ê
2'ê
Diagonal para
cima
α Diagonal para baixo
α
0
1
2
3
4
5
λ̂
λ̂ = versor = vetor unitário = indica a direção do vetor
e tem módulo de uma unidade (1 m, 1 km, ...) ou (1 N, 1 kN) etc.
F
r
λ= ˆFF
r = 4,5 λ̂
α
ou α
α-180°
α ≤ 180º
β ≥ 180º = α + 180
α-180° < 0°
22 Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 2 - Vetores - 10ª Edição - 2008 Cap. 2
matriz inversa seja a própria transposta,
facilitando a relação:
ii eA'e =
que representa
⎥
⎦
⎤
⎢
⎣
⎡
⎥
⎦
⎤
⎢
⎣
⎡
=⎥
⎦
⎤
⎢
⎣
⎡
2
1
2221
1211
2
1
ê
ê
aa
aa
'ê
'ê
onde
⎥⎦
⎤
⎢⎣
⎡
⎥⎦
⎤
⎢⎣
⎡=
2212
2111
2221
1211
aa
aa
aa
aaAA t
⎥⎦
⎤
⎢⎣
⎡==
⎥
⎥
⎦
⎤
⎢
⎢
⎣
⎡
++
++=
10
01
22
2
21
2
12221121
2212211112
2
11
2
IAA
aaaaaa
aaaaaaAA
t
t
onde os termos da matriz fornecem resultados
idênticos aos das condições de ortogonalidade
(I) , (II) e (III) acima, e portanto 1t AA −= ,
assim:
ii eA'e =
i
t
i
t eAA'eA =
i
t
i 'eAe =
“Para transformações ortogonais, as
matrizes de transformação inversa A-1
são realizadas pelas matrizes de
transformação transposta A t , uma vez
que em transformações ortogonais:
A -1 = A t ” .
a) Sistema de Coordenadas
Cartesianas ou Retangulares
Com Coordenadas ( x ; y ; z ) ou ( x1 ; x2 ; x3)
a Base de Versores Unitários será
( )zyx eee ˆ;ˆ;ˆ ou ( )321 xxx eee ˆ;ˆ;ˆ ou
( )k̂;ĵ;î ou ( )k;j;i rrr , assim:
k̂zĵyîxr ++=
r
Vetor Posição em coordenadas
retangulares:
kzjyixr
rrrr
++=
Vetor Deslocamento infinitesimal :
kdzjdyidxrd
rrrr
++=
Espaço elementar:
222 dzdydxds ++=
Volume elementar:
dV = dx dy dz
Áreas elementares:
dσz = dx dy
dσy = dx dz
dσx = dy dz
Vetor Velocidade :
kvjvivk
td
zdj
td
ydi
td
xd
td
rdrv zyx
rrrrrrr
&rr ++=++===
Vetor Aceleração:
k
td
zdj
td
ydi
td
xd
dt
rdr
td
vdva 2
2
2
2
2
2
2
2 rrrr&&r
r
&rr ++=====
kajaiak
td
vdj
td
vd
i
td
vda zyxz
yx
rrrrrrr
++=++=
O operador matemático del ou nabla é
k
z
j
y
i
x
rrr
∂
∂
+
∂
∂
+
∂
∂
=∇
É um operador que denota uma característica de
medida de uma variação vetorial. Se aplicado a
um escalar se transforma em um vetor
denominado gradiente que indica a direção de
maior crescimento do mapeamento escalar. Se
x
y
r
r
kzjyixr
rrrr
++=
x
z
y
Coordenadas cartesianas ou retangulares: P ≡ ( x , y , z )
P
O
z
k
r
j
r
i
r
z
ρ
x
z
Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 2 - Vetores - 10ª Edição - 2008 Cap. 2 23
aplicado a um vetor através de um produto
escalar, se transforma em um escalar que
fornece uma proporcionalidade com as fontes de
origem da divergência do vetor. Se aplicado a
um vetor através de um produto vetorial, se
transforma em um vetor que fornece as fontes de
rotação desse vetor.
O Gradiente de uma função escalar f = f (
x, y, z ), a transforma em um vetor que aponta
sempre no sentido de maior crescimento dessa
função:
k
z
fj
y
fi
x
fffgrad
rrr
∂
∂
+
∂
∂
+
∂
∂
=∇=
O Gradiente mede a taxa vetorial de máxima
variação da função f , apontando sempre nesta
direção de sua máxima variação de crescimento,
em cada ponto.
O Divergente de uma função vetorial
kAjAiAA zyx
rrrr
++= , fornece um escalar
da qual é proporcional à fonte que origina a
divergência do vetor:
z
A
y
A
x
AAAdiv zyx
∂
∂
+
∂
∂
+
∂
∂
=⋅∇=
rr
Se o divergente for negativo, significa que o
vetor A
r
esta convergindo para a fonte, se
positivo ele diverge da fonte. O divergente do
vetor A
r
, é proporcional à intensidade da fonte
que o produz.
O Rotacional de uma função vetorial
kAjAiAA zyx
rrrr
++= , quando diferente de
zero, mostra quais fontes dão origem à
rotacionalidade desse vetor. Isto significa
também que tal campo gerado de rotacional
diferente de zero, gera ao atuar a dissipação de
energias no espaço.
Sendo igual zero, o rotacional de um campo A
r
,
isto trás a indicação de que este campo se
caracteriza por ser conservativo, ou seja, ele
deriva de uma função escalar dependente e
variável com os pontos ou posições no espaço,
uma função que só depende de cada ponto e
assim denominada de função potencial V. Desta
forma este campo não dissipa energia pelo
espaço e se caracteriza como:
rot A
r
= 0 então A
r
= grad V
Calcula-se o rotacional de um campo A
r
como:
⎟⎟
⎟
⎟
⎟
⎠
⎞
⎜⎜
⎜
⎜
⎜
⎝
⎛
∂
∂
∂
∂
∂
∂
=∧∇=
zyx AAA
zyx
kji
AArot
rrr
rr
k
y
A
x
A
j
x
A
z
A
i
z
A
y
AA
xy
zx
yz
r
r
rr
⎟⎟
⎠
⎞
⎜⎜
⎝
⎛
∂
∂
−
∂
∂
+
+⎟
⎠
⎞
⎜
⎝
⎛
∂
∂
−
∂
∂
+
+⎟⎟
⎠
⎞
⎜⎜
⎝
⎛
∂
∂
−
∂
∂
=∧∇
O Laplaciano de uma função escalar ou o
divergente do gradiente é definido como:
2
2
2
2
2
2
2
z
f
y
f
x
ffffgraddivflap
∂
∂
+
∂
∂
+
∂
∂
=∇=∇⋅∇==
O Dalambertiano de uma função escalar:
2
2
22
2
2
2
2
2
t
f
v
1
z
f
y
f
x
fffdal
∂
∂
−
∂
∂
+
∂
∂
+
∂
∂
=Π=
O Laplaciano de um vetor:
( ) ( ) ( )kAjAiAA z2y2x22 rrrr ∇+∇+∇=∇
Teorema de Gauss ou
Teorema da Divergência:
“Pode-se transformar uma integral do fluxo de
um vetor A através de uma superfície (área)
fechada S ( integral ao longo de toda a superfície
fechada S, do vetor A
r
, feito seu produto
escalar com os versores normais n̂ à superfície
e que saem da superfície), em uma integral de
volume desta superfície fechada do divergente
do vetor.” ou
“O fluxo do vetor A
r
através de uma
superfície fechada S é igual à integral
do divergente de A
r
ao longo do volume
V interno à superfície S.“
∫∫ =⋅
VS
dVAdivdSnA
rr
ˆ
Teorema de Stokes ou
Teorema do Rotacional:
“Pode-se transformar uma integral de linha
fechada (ou circuitação de um vetor ao longo de
n̂n̂
V S
n̂
n̂
24 Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 2 - Vetores - 10ªEdição - 2008 Cap. 2
uma linha fechada Γ), (ao longo de um caminho
fechado e orientado ℓ de um vetor A
r
) em uma
integral de superfície aberta (área) S “.
Ou
“A circuitação do vetor A
r
ao longo de
uma linha fechada ℓ é igual a integral do
rotacional de A
r
ao longo da área limitada
pela linha fechada Γ.“
∫∫ =⋅
Γ S
dSArotdA
r
l
r
b) Sistema de
Coordenadas Cilíndricas
Com Coordenadas ( ρ ; φ ; z ) e Base de
Versores Unitários ( )zê;ê;ê φρ ou
( )k̂;ˆ;ˆ φρ , assim: k̂zê0êr ++ρ= φρr ;
As coordenadas cilíndricas apenas no plano xOy
são chamadas de coordenadas polares:( ρ, ϕ )
Coordenadas cilíndricas:
onde:
Uma vez que:
Em matrizes, as bases ficam:
⎥
⎥
⎥
⎦
⎤
⎢
⎢
⎢
⎣
⎡
⎥
⎥
⎥
⎦
⎤
⎢
⎢
⎢
⎣
⎡
ϕϕ−
ϕϕ
=
⎥
⎥
⎥
⎦
⎤
⎢
⎢
⎢
⎣
⎡
ϕ
ρ
k
j
i
100
0cossen
0sencos
k
ê
ê
r
r
r
r
ou CARTCIL êAê =
Γ
dℓ S
x
y
r
r
z
Coordenadas cilíndricas: P ≡ (ρ, ϕ , z)
ρ
ϕ
ρ
P
O
z
ϕ
z
ϕe
r
ρe
r
ze
r
A
22 yx +=ρ
ρ
=
ρ
==ϕ
xcosarcysenarc
x
ytgarc
z = z
x = ρ cos ϕ
y = ρ sen ϕ
z = z
Coordenadas: cilindricas ↔ cartesianas
x
y
ρ
ϕ
x = ρ cos ϕ
y = ρ sen ϕ
P
i
r
ρê
ϕ
j
r
ϕê
ϕ
jcosisenê
jsenicosê
rr
rr
ϕ+ϕ−=
ϕ+ϕ=
ϕ
ρ
jsenicosê
rr
ϕ+ϕ=ρ
jcosisenê
rr
ϕ+ϕ−=ϕ
kk
rr
=
ϕρ ϕ−ϕ= êsenêcosi
r
ϕρ ϕ+ϕ= êcosêsenj
r
kk
rr
=
Bases: cilíndricas ↔ cartesianas
Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 2 - Vetores - 10ª Edição - 2008 Cap. 2 25
⎥
⎥
⎥
⎦
⎤
⎢
⎢
⎢
⎣
⎡
⎥
⎥
⎥
⎦
⎤
⎢
⎢
⎢
⎣
⎡
ϕϕ
ϕ−ϕ
=
⎥
⎥
⎥
⎦
⎤
⎢
⎢
⎢
⎣
⎡
ϕ
ρ
k
ê
ê
100
0cossen
0sencos
k
j
i
rr
r
r
ou CIL
t
CART êAê =
Os vetores se transformam segundo as mesmas
matrizes A e At = A-1 :
kVjViVV zyx
rrrr
++=
zz êVêVêVV ++= ϕϕρρ
r
⎥
⎥
⎥
⎦
⎤
⎢
⎢
⎢
⎣
⎡
⎥
⎥
⎥
⎦
⎤
⎢
⎢
⎢
⎣
⎡
ϕϕ−
ϕϕ
=
⎥
⎥
⎥
⎦
⎤
⎢
⎢
⎢
⎣
⎡
ϕ
ρ
z
y
x
z V
V
V
100
0cossen
0sencos
V
V
V
⎥
⎥
⎥
⎦
⎤
⎢
⎢
⎢
⎣
⎡
⎥
⎥
⎥
⎦
⎤
⎢
⎢
⎢
⎣
⎡
ϕϕ
ϕ−ϕ
=
⎥
⎥
⎥
⎦
⎤
⎢
⎢
⎢
⎣
⎡
ϕ
ρ
z
y
x
V
V
V
100
0cossen
0sencos
Vz
V
V
Vetor Posição em coordenadas cilíndricas :
Vetor Deslocamento infinitesimal :
kdzêdêdrd
rr
+ρ+ρ= ρρ ⇒
kdzêdêdrd
rr
+ϕρ+ρ= ϕρ
Espaço elementar
2222 dzddds +ϕρ+ρ=
Volume elementar:
dV = ρ dϕ dρ dz
Áreas elementares:
dσρ = ρ dϕ dz
dσϕ = dρ dz
dσz = ρ dϕ dρ
pois,
jsenicosê
rr
ϕ+ϕ=ρ ⇒
jdcosidsenêd
rr
ϕϕ+ϕϕ−=ρ
ϕ=ϕϕ+ϕ−= ϕρ dedjisened ˆ)cos(ˆ
rr
Vetor Velocidade :
kzeerv
r
&&
rr
&&
rr
+ρ+ρ== ρρ
kzeev
r
&
r
&
r
&
r
+ϕϕρ+ρ= ρ
Vetor Aceleração:
kze
td
dea
r
&&&&&&
r
+ϕρ
ρ
+ϕρ−ρ= ϕρ ˆ)(
1ˆ)( 22
O Gradiente de uma função escalar
f = f ( ρ , ϕ, z ):
grad f = k
z
fêfêff
r
∂
∂
+
ϕ∂
∂
ρ
+
ρ∂
∂
=∇ ϕρ
1
onde o operador del (ou nabla) é
k
z
ê1ê
r
∂
∂
+
ϕ∂
∂
ρ
+
ρ∂
∂
=∇ ϕρ
O Divergente de uma função vetorial
k̂AêAêAA z++= ϕϕρρ
r
( )
z
AAAAAdiv z
∂
∂
+
ϕ∂
ϕ∂
ρ
+ρ
ρ∂
∂
ρ
=∇= ρ
11.
rr
O Rotacional de uma função vetorial A
r
:
⎥
⎥
⎥
⎥
⎥
⎦
⎤
⎢
⎢
⎢
⎢
⎢
⎣
⎡
ρ
∂
∂
ϕ∂
∂
ρ∂
∂
ρ
ρ
=∧∇=
ϕρ
ϕρ
zAAA
z
kee
AArot
ˆˆˆ
1rr
+⎟⎟
⎠
⎞
⎜⎜
⎝
⎛
∂
∂
−
ϕ∂
∂
ρ
=∧∇ ρ
ϕ e
z
AAA z ˆ1
r
+⎟⎟
⎠
⎞
⎜⎜
⎝
⎛
ρ∂
∂
−
∂
∂
+ ϕ
ρ eA
z
A z ˆ
k
AA ˆ)(1
⎟⎟
⎠
⎞
⎜⎜
⎝
⎛
ϕ∂
∂
−
ρ∂
ϕρ∂
ρ
+ ρ
O Laplaciano de uma função escalar ou o
divergente do gradiente:
lap f = div grad f =
2
2
2
2
2
2 11
z
ffff
∂
∂
+
ϕ∂
∂
ρ
+⎟⎟
⎠
⎞
⎜⎜
⎝
⎛
ρ∂
∂
ρ
ρ∂
∂
ρ
=∇
O Laplaciano de um Vetor:
P
y
z
z
ρ
r k̂zêr +ρ= ρ
r
26 Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 2 - Vetores - 10ª Edição - 2008 Cap. 2
+
⎟⎟
⎟
⎠
⎞
⎜⎜
⎜
⎝
⎛
ρ
−
ϕ∂
∂
ρ
−
∂
∂
+
ϕ∂
∂
ρ
+
ρ∂
∂
ρ
+
ρ∂
∂
=∇ ρ
ρϕρρρρ ê
AA2
z
AA1A1AA 222
2
2
2
22
2
2 r
+
⎟⎟
⎟
⎠
⎞
⎜⎜
⎜
⎝
⎛
ρ
−
ϕ∂
∂
ρ
+
∂
∂
+
ϕ∂
∂
ρ
+
ρ∂
∂
ρ
+
ρ∂
∂
+ ϕ
ϕρϕϕϕϕ ê
AA2
z
AA1A1A
222
2
2
2
22
2
z2
z
2
2
z
2
2
z
2
z
2
ê
z
AA1A1A
⎟
⎟
⎠
⎞
⎜
⎜
⎝
⎛
∂
∂
+
ϕ∂
∂
ρ
+
ρ∂
∂
ρ
+
ρ∂
∂
+
Coordenadas Polares:
Um caso particular das coordenadas cilíndricas
são as coordenadas polares, que valem para um
plano e que a localização dos pontos se faz por
duas coordenadas cilíndricas com z = 0, ρ = r e
ϕ = θ:
d) Sistema de
Coordenadas Esféricas :
Com Coordenadas ( r ; θ ; ϕ) e Base de
Versores Unitários ( )ϕθ ê;ê;êr ou
( )ϕθ ˆ;ˆ;r̂ , assim: r̂rêrr r ==r .
Em matrizes as bases ficam:
⎥
⎥
⎥
⎦
⎤
⎢
⎢
⎢
⎣
⎡
⎥
⎥
⎥
⎦
⎤
⎢
⎢
⎢
⎣
⎡
θ−θ
θθ
=
⎥
⎥
⎥
⎦
⎤
⎢
⎢
⎢
⎣
⎡
ϕ
ϕ
ρ
θ
k
ê
ê
010
sen0cos
cos0sen
ê
ê
ê r
r
x
y
r
θ
x = r cos θ
y = r sen θ
P
Coordenadas Polares
θ=θ+θ=+= ierjsenrirjyixr
rrrrr
cos
y
x
22222 zyxzr ++=ρ+=
z
tgarc
r
senarc
r
zarc ρ=ρ==θ cos
ϕ = ϕ
ϕθ= cossenrx
ϕθ= sensenry
θ= cosrz
Coordenadas: cilíndricas ↔ esféricas
x
y
x
z
Coordenadas esféricas: P ≡ ( r , θ , ϕ )
ϕ
θ
r
P
O
ϕe
r
re
r
θe
r
ρ z y
x
θ
kcosêsenê r
r
θ+θ= ρ
ksenêcosê
r
θ−θ= ρθ
ϕϕ = êê
ϕρ θ+θ= êcosêsenê r
ϕϕ = êê
θθ−θ= êsenêcosk r
r
ρê
k
r
rê
θ
θ
θê
ksenee
r
θ−θ= ρθ ˆcosˆ
kesener
r
θ+θ= ρ cosˆˆ
y
ρ
x = r sen θ cos ϕ
y = r sen θ sen ϕ
P
y
Bases: cilíndricas ↔ esféricas
Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 2 - Vetores - 10ª Edição - 2008 Cap. 2 27
ou CILESF êBê =
⎥
⎥
⎥
⎦
⎤
⎢
⎢
⎢
⎣
⎡
⎥
⎥
⎥
⎦
⎤
⎢
⎢
⎢
⎣
⎡
θ−θ
θθ
=
⎥
⎥
⎥
⎦
⎤
⎢
⎢
⎢
⎣
⎡
ϕ
θϕ
ρ
ê
ê
ê
0sencos
100
0cossen
k
ê
ê r
r
ou ESF
t
CIL êBê =
Vale o mesmo para a transformação de vetores:
[ ] scilíndricaesféricas VBV
rr
=
⎥
⎥
⎥
⎦
⎤
⎢
⎢
⎢
⎣
⎡
⎥
⎥
⎥
⎦
⎤
⎢
⎢
⎢
⎣
⎡
θ−θ
θθ
=
⎥
⎥
⎥
⎦
⎤
⎢
⎢
⎢
⎣
⎡
ϕ
ϕ
ρ
θ
z
r
V
V
V
010
sen0cos
cos0sen
V
V
V
[ ] esféricastsciíindrica VBV rr =
⎥
⎥
⎥
⎦
⎤
⎢
⎢
⎢
⎣
⎡
⎥
⎥
⎥
⎦
⎤
⎢
⎢
⎢
⎣
⎡
θ−θ
θθ
=
⎥
⎥
⎥
⎦
⎤
⎢
⎢
⎢
⎣
⎡
ϕ
θϕ
ρ
V
V
V
0sencos
100
0cossen
V
V
V r
z
Fazendo a substituição para a base cartesiana,
substituindo CARTCIL êAê = :
⎥
⎥
⎦
⎤
⎢
⎢
⎣
⎡
θ−θ
θθ
=
⎥
⎥
⎦
⎤
⎢
⎢
⎣
⎡
ϕ
θ
010
0cos
cos0
ˆ
ˆ
ˆ
se
sen
e
e
er
⎥
⎥
⎥
⎦
⎤
⎢
⎢
⎢
⎣
⎡
⎥
⎥
⎦
⎤
⎢
⎢
⎣
⎡
ϕϕ−
ϕϕ
k
j
i
sen
sen
r
r
r
.
100
0cos
0cos
.
ou CARTESF êA.Bê =
e multiplicando as matrizes B . A = C , ficamos
com :
⎥
⎥
⎥
⎦
⎤
⎢
⎢
⎢
⎣
⎡
⎥
⎥
⎥
⎦
⎤
⎢
⎢
⎢
⎣
⎡
ϕϕ−
θ−ϕθϕθ
θϕθϕθ
=
⎥
⎥
⎥
⎦
⎤
⎢
⎢
⎢
⎣
⎡
ϕ
θ
k
j
i
0cossen
sensencoscoscos
cossensencossen
ê
ê
êr
r
r
r
ou CARTESF êCê =
E a transformação inversa , temos:
⎥
⎥
⎥
⎦
⎤
⎢
⎢
⎢
⎣
⎡
⎥
⎥
⎥
⎦
⎤
⎢
⎢
⎢
⎣
⎡
θ−θ
ϕϕθϕθ
ϕ−ϕθϕθ
=
⎥
⎥
⎥
⎦
⎤
⎢
⎢
⎢
⎣
⎡
ϕ
θ
e
e
e
0sencos
cossencossensen
sencoscoscossen
ê
ê
ê r
z
y
x
r
r
r
ou ESF
t
CART êCê =
Os vetores se transformam segundo as mesmas
matrizes A e At = A-1 :
kVjViVV zyx
rrrr
++=
ϕϕθθ ++= êVêVêVV rr
r
CARTESF VCV =
⎥
⎥
⎥
⎦
⎤
⎢
⎢
⎢
⎣
⎡
⎥
⎥
⎥
⎦
⎤
⎢
⎢
⎢
⎣
⎡
ϕθ−
θ−ϕθϕθ
θϕθϕθ
=
⎥
⎥
⎥
⎦
⎤
⎢
⎢
⎢
⎣
⎡
ϕ
θ
z
y
xr
V
V
V
0cossen
sensencoscoscos
cossensencossenV
V
V
ESF
t
CART VCV =
⎥
⎥
⎥
⎦
⎤
⎢
⎢
⎢
⎣
⎡
⎥
⎥
⎥
⎦
⎤
⎢
⎢
⎢
⎣
⎡
θ−θ
ϕϕθϕθ
ϕ−ϕθϕθ
=
⎥
⎥
⎥
⎦
⎤
⎢
⎢
⎢
⎣
⎡
ϕ
θ
V
V
V
0sencos
cossencossensen
sencoscoscossen
V
V
V r
z
y
x
Vetor Posição em coordenadas esféricas:
rêrr =
r
rr êdrêdrrd +=
r
kcosêsenêr
r
θ+θ= ρ ⇒
kdsenedseneded r
r
θθ−θ+θθ= ρρ ˆˆcosˆ
Como:
ksenêcosê
r
θ−θ= ρθ
e
ρêd = ϕϕ dê
Portanto:
ϕθ ϕθ+θ= êdsendêêd r
o Vetor Deslocamento infinitesimal :
ϕθ ϕθ+θ+= edsenredredrrd r ˆˆˆ
r
Espaço elementar
222222 ϕθ+θ+= dsenrdrdrds
Volume elementar
dV = r2 sen θ dr dϕ dθ
Áreas elementares:
dσr = r2 sen θ dϕ dθ
dσϕ = r dr dθ
dσθ = r sen θ dr dϕ
Vetor Velocidade :
ϕθ ϕθ+θ+== êsenrêrêrdt
rdv r &&&
r
r
Vetor Aceleração:
Sendo,
keesene ˆcosˆcosˆˆ θθ−θ+θθ−= ρρθ &&&&
28 Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 2 - Vetores - 10ª Edição - 2008 Cap. 2
ϕρθ ϕθ+θ−θθ−= ekesene ˆcos)ˆcosˆ(ˆ &&&
ϕθ ϕθ+θ−= eee r ˆcosˆˆ &&&
ρϕ ϕ−= eê &
&
)ˆˆcos(ˆ resenee θ+θϕ−= θϕ &&
Portanto as três relações ficam:
⎥
⎥
⎥
⎦
⎤
⎢
⎢
⎢
⎣
⎡
⎥
⎥
⎥
⎦
⎤
⎢
⎢
⎢
⎣
⎡
θϕ−θϕ−
θϕθ−
θϕθ
=
⎥
⎥
⎥
⎦
⎤
⎢
⎢
⎢
⎣
⎡
ϕ
θ
ϕ
θ
ê
ê
ê
cossen
cos
sen
ê
ê
ê
dt
d rr
0
0
0
&&
&&
&&
Assim,
ϕθ θϕ+θ+= êsenrêrêrv r &&&
r
ϕϕϕ
ϕθθθθ
θϕ+θθϕ+θϕ+
+θϕ+θ+θ+θ++=
esenreresenr
esenrererererervd r
&&&&&&
&&&&&&&&&&&
r
ˆˆcosˆ
ˆˆˆˆˆˆ
Portanto, a Aceleração é:
ϕ
θ
θϕ+θϕ+ϕθ+
+θθϕ+θ+θ+
+ϕϕ+θ−=
esenrsenrr
esenrrr
esenrrra r
ˆ)22(
ˆ)cos2(
ˆ)(
2
222
&&&&&&
&&&&&
&&&&
r
O operador matemático del (ou nabla) é
ϕθ ϕ∂
∂
θ
+
θ∂
∂
++
∂
∂
=∇ e
senr
e
r
e
r r
ˆ1ˆ1ˆ
O Gradiente em coordenadas cilíndricas de
uma função escalar f = f ( r, θ , ϕ ):
ϕ
ϕ∂
∂
θ
+
θ∂
∂
+
∂
∂
=∇= θ e
f
senr
ef
r
e
r
fffgrad r ˆ
1ˆ1ˆ
O Divergente de uma função vetorial
ϕϕθθ ++= êAêAêAA rr
r
( ) ( )
ϕ∂
∂
θ
+
+θ
θ∂
∂
θ
+
∂
∂
=∇=
ϕ
θ
A
senr
Asen
senr
Ar
rr
AAdiv r
1
11. 22
rr
O Rotacional de uma função vetorial
ϕϕθθ ++= êAêAêAA rr
r
⎥
⎥
⎥
⎥
⎦
⎤
⎢
⎢
⎢
⎢
⎣
⎡
θ
ϕ∂
∂
θ∂
∂
∂
∂
θ
θ
=∧∇=
ϕθ
ϕθ
AsenrArA
r
esenrere
senr
AArot
r
r ˆˆˆ
1
2
rr
( )
( )
( ) ϕθ
θϕ
θ
ϕ
⎟⎟
⎠
⎞
⎜⎜
⎝
⎛
θ∂
∂
−
∂
∂
θ
+
+⎟⎟
⎠
⎞
⎜⎜
⎝
⎛
∂
∂
−
ϕ∂
∂
θ
+
+⎟⎟
⎠
⎞
⎜⎜
⎝
⎛
ϕ∂
∂
−θ
θ∂
∂
θ
=∧∇
eAAr
rsenr
eAr
r
A
senr
eAAsen
senr
A
r
r
r
ˆ1
ˆ1
ˆ1
2
22
r
O Laplaciano de uma função escalar ou o
divergente do gradiente:
⎥
⎥
⎦
⎤
⎢
⎢
⎣
⎡
ϕ∂
∂
θ
+⎟
⎠
⎞
⎜
⎝
⎛
θ∂
∂
θ
θ∂
∂
+⎟
⎠
⎞
⎜
⎝
⎛
∂
∂
∂
∂
θ
θ
=
=∇=
2
2
2
2
2
11 f
sen
fsen
r
fr
r
sen
senr
fflap
O Laplaciano de vetor:
+⎥
⎦
⎤
θ∂
∂
−−
ϕ∂
∂
θ
+
+⎟
⎠
⎞
⎜
⎝
⎛
θ∂
∂
θ
θ∂
∂
θ
+⎟
⎠
⎞
⎜
⎝
⎛
∂
∂
∂
∂
⎢
⎣
⎡
=∇
θ
r
rr
rr
eA
rr
AA
senr
Asen
senrr
Ar
rr
A
ˆ221
11
222
2
22
2
2
2
2 r
+⎥
⎦
⎤
ϕ∂
∂
θ
θ
−
θ
−
θ∂
∂
+
ϕ∂
∂
θ
+
+⎟
⎠
⎞
⎜
⎝
⎛
θ∂
∂
θ
θ∂
∂
θ
+⎟⎟
⎠
⎞
⎜⎜
⎝
⎛
∂
∂
∂
∂
⎢
⎣
⎡
+
θ
ϕθθ
θθ
e
A
senrsenr
AA
r
A
senr
Asen
senrr
Ar
rr
r ˆcos221
11
222222
2
22
2
2
2
ϕ
θϕϕ
ϕϕ
⎥
⎦
⎤
ϕ∂
∂
θ
θ
+
ϕ∂
∂
θ
+
θ
−
ϕ∂
∂
θ
+
+⎟⎟
⎠
⎞
⎜⎜
⎝
⎛
θ∂
∂
θ
θ∂
∂
θ
+⎟⎟
⎠
⎞
⎜⎜
⎝
⎛
∂
∂
∂
∂
⎢
⎣
⎡
+
eA
senr
A
senrsenr
AA
senr
A
sen
senrr
A
r
rr
r ˆcos221
11
222222
2
22
2
2
2
d) Base de Frenet ou
Triedro de Frenet
Está ligado ao corpo em movimento com apenas
a seguinte Base de Versores Unitários
( )bnt eee ˆ;ˆ;ˆ ou ( )b̂;n̂;t̂ , ou
( )b;n;t rrr que acompanha o corpo no seu
movimento e designa as direções t
r
, versor
tangente ao movimento ou à trajetória do
movimento, n
r
, versor normal ou perpendicular
ao movimento mas no plano do movimento e
sentido para o centro da trajetória e b
r
versor
binormal na direção perpendicular ao
movimento, com sentido de nt
rr
∧ .
Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 2 - Vetores - 10ª Edição - 2008 Cap. 2 29
A velocidade do corpo é sempre tvv
rr
= ; a
aceleração normal ou centrípeta é
naaa ncpn
rrr
== ; e a velocidade angular é
b
rr
ω=ω . A aceleração tangencial pode ser dada
por taa tt
rr
±= dependendo se o corpo esta
acelerando (+) ou brecando (-) ; a aceleração
angular pode ser dada por: b
rr
α±=α ,
dependendo se o corpo gira aumentando a
velocidade angular (+) ou diminuindo a
velocidade angular (-).
Algumas expressões geométricas
úteis
Da GEOMETRIA : Vale para um triângulo
qualquer ( ∆ ∀ ), de lados a, b, c e ângulos
opostos CeBA ˆˆ,ˆ as seguintes relações:
Para Ângulos semelhantes:
Um ângulo é formado por dois lados, se
traçarmos uma perpendicular a um deles e uma
perpendicular ao outro, o ângulo formado entre
esses dois novos lados é semelhante ao
primeiro:
Circunferência, Círculo, Superfície Esférica e
Volume da esfera
2.3 - Operações entre
vetores
Vetor Livre
Chama-se de vetor livre, à aquele vetor, cuja
representação não depende da localização do
sistema de coordenadas, pois, não importa onde
ele esteja no sistema referencial, desde que
b a
c
Ĉ
Â
B̂
θ
θ
x
y
r
r
x
z
v
r
Versores de Frenet ( t̂ , n̂ , b )
ρφ
θθ
t
r
n
r
b
r
y
s
Trajetória no espaço
velocidade
Comprimentoo da
Circunferência:
C = 2 π r
r
Área do Círculo:
A = π r 2
Lei dos cossenos para um triângulo qualquer:
a2 = b2 + c2 – 2.b.c.cos Â
b2 = a2 + c2 – 2.a.c.cos B̂
c2 = a2 + b2 – 2.a.b.cos Ĉ
Lei dos senos para um triângulo qualquer:
Ĉsen
c
B̂sen
b
Âsen
a
==
Área da Superfície
Esférica:
S = 4 π r 2
Volume da Esfera:
V = 3
3
4 rπ
30 Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 2 - Vetores - 10ª Edição - 2008 Cap. 2
mantenha a mesma representação de seu
módulo, direção e sentido:
Sua representação será, então, neste referencial
e nesta base de versores retangulares:
kvjvivv zyx ˆˆˆ ++=
r
ou no caso específico do exemplo:
kjsenvivv
rrrr
0cos +θ+θ=
jsenvicosvv
rrr
θ+θ=
1) Soma ou Adição de
vetores
a) Regra do paralelogramo: Usado para soma
de dois vetores. Dado dois vetores a
r
e b
r
coloca-se ambos os vetores na mesma origem,
traça-se à extremidade de cada vetor uma
paralela ao outro vetor. O ponto de encontro das
paralelas é a extremidade do vetor soma S
r
,
com origem em comum aos outros dois:
θ = o ângulo entre os vetores a
r
e b
r
, é definido
quando os dois vetores estão na mesma origem
e cujo valor seja ≤ 180º .
Cálculo do módulo (tamanho) do vetor Soma:
θ++= cos...2
22 babaS
rrrrr
Obs.: Esta expressão é deduzida da Lei dos
cossenos da geometria de um triângulo qualquer
como faremos a seguir.
Do triangulo OBS:
Da lei dos cossenos:
)º180(cos.b.a.2baS 222 θ−−+=
e como cos (180º - θ) = - cos θ (o cosseno de
um ângulo é igual e de sinal contrário ao
cosseno de seu ângulo suplementar), então:
θ++= cos.b.a.2baS 222
θ++= cos.b.a.2baS 22
b) Regra do Polígono: de interesse
principalmente para soma de vários vetores onde
xv
v
r
v
rv
r
θ= cos.vvx
yv
θ= senvvy .
x
y
v
r
v
r
θ
θ
a
r
baS
rrr
+=
O
B
A
S
b
r
b
r
180º- θ
a
r
baS
rrr
+=
O
B
S
θ
θ
a
r
A
b
r
a
r
b
r
c
r
e
r
d
r
hr
a
r
b
r
Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 2 - Vetores - 10ª Edição - 2008 Cap. 2 31
Em qualquer ordem, coloca-se os vetores de tal
forma que a extremidade de um vetor esteja na
origem do outro e o vetor resultante R é o vetor
que vai da origem do primeiro vetor à
extremidade do último:
hedcbaR
rrrrrrr
+++++= .
A resultante será zero no caso em que o
polígono se fechar, ou seja, quando a
extremidade do último vetor coincidir com a
origem do primeiro.
2) Diferença ou Subtração de
vetores
A diferença de vetores se faz colocando-se os
dois vetores na mesma origem e interligando-se
as suas extremidades. A extremidade do vetor
diferença ficará no sentido do primeiro vetor que
aparece, por exemplo, baD
rrr
−= , o primeiro
vetor que aparece é o a
r
, e é para onde
apontará o vetor diferença, sua origem ficará no
vetor b
r
. Na figura abaixo fazemos ao contrário.
Módulo ou intensidade do vetor Diferença:
θ−+= cos...2
222 babaD
rrrrr
θ−+= cos.b.a.2baD
22 rrrrr
Esta expressão do Módulo da Diferença sai
diretamente da Lei dos cossenos.
3) Produto de Vetores:
a) Produto Escalar
O produto escalar dá como resultado, um
número, ou seja um escalar (módulo e sinal),
que é igual ao valor do módulo de um vetor (a) ,
vezes o outro projetado na direção do primeiro
(b cos θ).
θ=⋅= cos.b.abaPE
rrrr
De forma geral:
( ) ( )kbjbibkajaiaba zyxzyx
rrrrrrrr
++++= ..
zzyyxx babababa ++==
rr
.
b) Produto vetorial
a
r
h
r
R
r
b
r
c
r
d
r
e
r
a
r
b
r
θ
b cos θ
θ= cos.b.aPE
b
r
a
r
a
r
abD
rrr
−=
b
r
θ O
B
A
AB)OA()OB(abD −=−−−=−=
rrr
Casos particulares:
1º0cos.i.iii ==⋅
rrrr
1jj =⋅
rr
1kk =⋅
rr
0º90cos.k.iki ==⋅
rrrr
0ji =
rr
.
0kj =⋅
rr
b
r
a
r
32 Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 2 - Vetores - 10ª Edição - 2008 Cap. 2
É o produto de dois vetores como ba
rr
∧ , que dá
como resultado um vetor, com as seguintes
características: abbaPV
rrrrr
∧−=∧=
Módulo: θ=∧= sen.b.abaPV
rrrrr
Direção: perpendicular ao vetor a
r
e ao vetor
b
r
ao mesmo tempo, ou seja, perpendicular (⊥ )
ao plano formado pelos vetores bea
rr
, )b,a(
rr
Sentido: regra da mão direita: 1º) dedo indicador
= a
r
, dedo médio = b
r
; dedo polegar = VP
r
ou 2º)
os 4 dedos da mão direita no 1º vetor ( a
r
), indo
pelo ângulo θ até o 2º vetor ( b
r
): o polegar
aponta para o produto vetorial
VP
r
= ba
rr
∧ ; ou
3º) o polegar aponta para o primeiro vetor a
r
, os
quatros dedos da mão para b
r
e a palma da mão
aponta no sentido de VP
r
.
Vale a chamada regra cíclica: sentido positivo é
ijkij e sentido negativo é ikjik:
Para os versores cartesianos temos:
Vetorialmente pode-se fazer o produto vetorial
através da solução da matriz:
⎟⎟
⎟
⎟
⎠
⎞
⎜⎜
⎜
⎜
⎝
⎛
=∧=
zyx
zyxv
bbb
aaa
kji
baP
rrr
rrr
baPv
rrr
∧=
( ) ( ) ( )kbabajbabaibabaP xyyxzxxzyzzyv
rrrr
−+−+−=
Ou através da multiplicação termo a termo,
usando a regra cíclica:
( ) ( )kbjbibkajaiabaP zyxzyxv
rrrrrrrrr
++∧++=∧=
( ) ( ) ( )kbabajbabaibabaP xyyxzxxzyzzyv
rrrr
−+−+−=
Veja alguns produtos vetoriais notáveis na
representação de importantes fenômenos na
Física:
Torque:
Torque de uma força F
r
que atua sobre um
corpo, em relação a um pólo O:
FrFO
rrr
∧=τ
onde:
r
r
= vetor posição da força que vai do pólo
escolhido ate um ponto qualquer da linha de
ação da força
F
r
= força aplicada sobre o corpo
F
Oτ
r
= força rotacional ou torque produzido pela
força em torno do eixo ou pólo O escolhido, que
é aplicado no corpo.
Força Magnética:
Força magnética sobre uma carga elétrica q com
velocidade v
r
, imersa em uma região do espaço
que tem um campo magnético B
r
:
BvqFm
rrr
∧=
2.4 – Resumo de Vetores
Vetores no espaço:
i
r
j
r
k
r
i
r
j
r
k
r
+
j
r
i
r
k
r
Regra cíclica de versores:
i j k i j
+
a
r
θ
baPv
rrr
∧=
b
r
kji
rrr
=∧
ikj
rrr
=∧
jik
rrr
=∧
kij
rrr
−=∧
jki
rrr
−=∧
ijk
rrr
−=∧
00 =°=∧ seniiii
rrrr
0=∧ ii
rr
0jj =∧
rr
0kk =∧
rr
190 =°=∧ senjiji
rrrr
Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 2 - Vetores - 10ª Edição - 2008 Cap. 2 33
AB
ABFˆFF
−
−
=λ=
r
kFjFiFF zyx
rrrr
++=
222
zyx FFFF ++=
k
F
Fj
F
F
i
F
F
F
Fˆ zyx rrr
r
++==λ
kji zyx
rrr
θ+θ+θ=λ coscoscosˆ
1coscoscos 222 =θ+θ+θ zyx
kcosFjcosFicosFF zyx
rrrr
θ+θ+θ=
Coordenadas Retangulares:
Vetor posição:
kzjyixr
rrrr
++=
Deslocamento elementar:
kdzjdyidxrd
rrrr
++=
Deslocamento escalar:
222 dzdydxds ++=
Velocidade:
kvjvivk
td
zdj
td
ydi
td
xd
td
rdrv zyx
rrrrrrr
&rr ++=++===
Aceleração:
kajaiak
td
vdj
td
vd
i
td
vda zyxz
yx
rrrrrrr
++=++==
Gradiente:
k
z
fj
y
fi
x
fffgrad
rrr
∂
∂
+
∂
∂
+
∂
∂
=∇=
Divergente:
z
A
y
A
x
AAAdiv zyx
∂
∂
+
∂
∂
+
∂
∂
=⋅∇=
rr
Rotacional:
k
y
A
x
A
j
x
A
z
A
i
z
A
y
AA
xy
zx
yz
r
r
rr
⎟⎟
⎠
⎞
⎜⎜
⎝
⎛
∂
∂
−
∂
∂
+
+⎟
⎠
⎞
⎜
⎝
⎛
∂
∂
−
∂
∂
+
+⎟⎟
⎠
⎞
⎜⎜
⎝
⎛
∂
∂
−
∂
∂
=∧∇
Laplaciano:
2
2
2
2
2
2
2
z
f
y
f
x
fff
∂
∂
+
∂
∂
+
∂
∂
=∇=∇⋅∇
Soma ou Adição de Vetores:
θ++= cosba2baS 22
Diferença ou Subtração de Vetores:
θ−+= cosba2baD 22
Produto de Vetores:
(a) Produto escalar:
θ=⋅= cos.b.abaPE
rrrr
( ) ( )kbjbibkajaiaba zyxzyx
rrrrrrrr
++++= ..
zzyyxx babababa ++==
rr
.
(b) Produto Vetorial
Módulo: θ=∧= sen.b.abaPV
rrrrr
( ) ( )kbjbibkajaiabaP zyxzyxv
rrrrrrrrr
++∧++=∧=
( ) ( ) ( )kbabajbabaibabaP xyyxzxxzyzzyv
rrrr
−+−+−=
2.5 – Exercícios Resolvidos
2.1*) Dado o vetor posição, )m(jir
rrr
42 += , de
uma força, )N(kiF
rrr
53 += , determine o vetor
Torque da força F em relação à origem O do
sistema de referência, o seu módulo e os
ângulos que o Torque faz com os eixos
coordenados.
2.2*) Determinar o Torque da força F em relação
ao pólo O, sabendo-se que o vetor F tem módulo
560 N, e que o torque é dado pela expressão
FrFO
rrr
∧=τ , onde r
r
é o vetor posição da força
em relação ao pólo.
Solução.:(a) Como procuramos por FrFO
rrr
∧=τ
Em primeiro lugar achamos as Coordenadas dos pontos principais
para determinação de :Fer
rr
O ≡ ( 0 ; 0 ; 0 ) ; P ≡ ( 5 ; 11 ; 8 ) ; A ≡ ( 3 ; 15 ; 0 ) ;
B ≡ ( 5 ; 11 ; 0 )
Em busca do vetor força:
a
r
θ
baPv
rrr
∧=
b
r
i
r
j
r
k
r
+
F
rr
r
z
y
x
8 m
5 m
P
O
3 m
11 m
A
B
15 m
Solução:
ikj
kijiFr rrr
rrrrrrr
201210
)53()42(
+−−=
+∧+=∧=τ
).(4,25121020 222 mN=++=τ
r
θx = arc cos τx / τ = arc cos ( 20 / 25,4) = 38,1°
θy = arc cos τ y / τ = arc cos ( -10 / 25,4) = 113°
θz = arc cos τz / τ = arc cos ( -12 / 25,4) = 118°
34 Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 2 - Vetores - 10ª Edição - 2008 Cap. 2
)(842)8,4,2(/ mkjiPAr PA
rrrr
−+−=−−=−=
mPA 165,9842 222 =++=−
kji
kj
PA
PA
r
r
F
PA
PA
F
rrr
rrr
r
872,0436,0218,0ˆ
165,9
842ˆ
/
/
−+−=λ
−+−
=
−
−
==λ
)(488244122
)872,0436,0218,0(.560ˆ
NkjiF
kjiFF F rrrr
rrrrr
−+−=
−+−=λ=
O vetor posição da força F:
)(8115/ mkjiOPrr OP
rrrrr
++=−==
= vetor posição da Força F
Fazendo de outra maneira para achar a mesma força
F, também podemos escrever de forma direta:
PA
PAFFF
−
−
=λ= ˆ
r
⇒
222 )()()(
)()()(560
PAPAPA
PAPAPA
zzyyxx
zzyyxxF
−+−+−
−+−+−
=
r
165,9
842560
842
842560
222kjikjiF
rrrrrr
r −+−
=
++
−+−
=
)(488244122 NkjiF
rrrr
−+−=
E como buscamos o torque: FrFO
rrr
∧=τ ⇒
)488244122()8115( kjikjiFO
rrrrrrr
−+−∧++=τ
).(256214647320 mNkjiFO
rrrr
++−=τ
2.6 – Exercícios
Propostos
2.3) Dado o vetores das figuras, determine os
parâmetros pedidos dos vetores da figura..
Resp.: (a) )(235555,65 NkjiF
rrrr
++=
(b) )N(k161j187i4,43F
rrrr
++=
(c) N207F;º3,27;N901F y ==ϕ=
(d) F = 800 N ; θx = 35° ; θy = 55°
2.4) Determine os versores 1λ̂ e 2λ̂ dos vetores
força assim como e os vetores força 1F
r
e 2F
r
da
figura a seguir.
Resp: ;j530,0i848,0ˆ1
rr
+=λ
;k873,0j218,0i436,0ˆ 2
rr
++−=λ
)N(k133j212F1
rrr
+= ; )N(k349j2,87i174F2
rrrr
++−=
y
x
Fx
Fy F
r
θx
F x= 655 N
F y= 459 N
θx = ?
θy = ?
F = ?
(d)
θy
z
y
x
Fy
Fz
Fx
F
r
θρ
F x= 400 N
F z= 780 N
θρ = 60°
ϕ = ?
F = ?
Fy = ?
(c)
ϕ
z
y
x
Fy
Fz
Fx
F
r
θz
θx
F= 250 N
θz = 50°
θx = 80º
θy = 41,75º
?=F
r
(b)
θy
z
y
x
Fy
Fz
Fx
F
r
θ
ϕ
F= 250 N
θ= 20°
ϕ =40º
?=F
r
(a)
Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 2 - Vetores - 10ª Edição - 2008 Cap. 2 35
2.5) Dado o corpo da figura, determine o valor do
Torque da Força F
r
para girar o corpo em torno
do ponto O, sabendo-se que a distância PO =
10 m e a intensidade da força é F = 20 N. Obs.:
O Torque de uma força F em relação a um pólo
O é dado pela expressão FrFO
rrr
∧=τ ; onde r
r
é o vetor posição que vai do pólo de giro do
corpo O até o ponto de aplicação da força F
r
.
Resp.: k
rr
3100−=τ (N.m)
2.6) Determinar o Torque da força F em relação
ao pólo O, sabendo-se que o vetor F da figura
tem módulo
50 N e é paralelo ao plano yOz.. Obs.:O torque
de uma força em relação a um pólo O é
FrFO
rrr
∧=τ .
Resp.: (a) ).(260150721 mNkjiFO
rrrr
++−=τ
2.7) (a) Escreva o vetores Força 1F
r
e 2F
r
, de
módulos 30 N e 20 N respectivamente, e o
vetor Torque τ
r
da Figura de módulo 60 N.m, em
função da base do Sistema Cartesiano ou
Retangular.
(b) Determine a força resultante sobre o corpo
RF
r
= 21 FF
rr
+
(c) Escreva a expressão da projeção do vetor
torque τ
r
na direção do vetor força resultante FR.
Obs.: considerando que a direção do vetor força resultante é na
direção do versor λ̂ , a projeção do torque é λτ = τ⋅λ
rˆ
Resp.: (a) )(232,1762,81 NkjiF
rrrr
−−= ;
)(117,136,92 NkjiF
rrrr
−−−= ;
)(3,114,56,16 NmkjiR
rrrr
−−=τ ;
(b) )(349,3099,0 NkjiFR
rrrr
−+−= ;
(c) k739,0j673,0i0213,0ˆ
rrr
+−−=λ ;
)m.N(8,45.ˆ =τλ=τλ
r
2.8) Dado o vetor posição, )m(jir
rrr
24 += , de
uma força, )N(kiF
rrr
53 += , determine o vetor
Torque da força F em relação à origem O do
sistema de referência, o seu módulo e os
ângulos que o Torque faz com os eixos
coordenados.
Resp.: ).(62010 mNkji
rrrr
−−=τ ; =τ
r
23,2
(N.m); θx = 64,4°; θy = 150°; θz = 105°
z
y
x
Fz
1F
r
F1 = 250 N
F2 = 400 N
?ˆ1 =λ
?ˆ 2 =λ
?1 =F
r
?2 =F
r
(a)
A
B
4 m
3 m
3 m 1 m
3 m
1,5 m
C
2 m
D
2F
r
30°
F
r
r
r
z
y
x
8 m
6 m
15 m
P
O
y
x
r
r
F
r
60º 30º
P
O
x
y
Fx
Fy
2 5
3
4
2 1,5
-2
z
y
x
3
1F
r
2F
r
τ
r
A
B
C
O
D
36 Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 2 - Vetores - 10ª Edição - 2008 Cap. 2
2.9) Passar o Ponto P ≡ ( 6 ; 15 ; 8 ) no Sistema
de Coordenadas Cartesianas ou Retangulares
para o Sistema de Coordenadas:
(a) cilíndricas ( ρ ; ϕ ; z ) e esféricas ( r ; θ ; ϕ );
(d) determine o vetor posição r
r
desse ponto P
em relação à origem O, OPr −=r , nos sistemas
de coordenadas retângulares, cilíndricas e
esféricas.
Resp.:(a) cilíndricas: P ≡ ( 16,2 m ; 68,2° ; 8 m);
esféricas: P ≡ ( 18,0 m; 63,7°; 68,2°); (b) cartesianas:
k8j15i6r
rrrr
++= ; cilíndricas: zê8ê2,16r += ρ
r
;
esféricas: rê18r =
r
2.10) Determinar o Torque da força F em relação
ao pólo O, sabendo-se que o vetor F tem módulo
240 N. O torque é dado pela expressão
FrFO
rrr
∧=τ .
Resp.:(a) )m.N(k555j686i2515
rrrr
++−=τ
2.11) (a) Determinar o Torque da força F em
relação ao pólo A, sabendo-se que o vetor F tem
módulo 800 N. O torque é dado pela expressão
FrFA
rrr
∧=τ .
Resp.: (a) )Nm(k403j691i5527FA
rrrr
+−−=τ
F
r
r
r
z
y
x
12 m
3m
P
O
1 m
7 m
A
B C
2 m
F
rrr
z
y
x
7 m
4m
11 m
P
O
3 m
9 m
A
B
Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 3 - Centro de Massa - 10ª Edição - 2008 Cap. 3 37
Parte 1
ESTÁTICA
900 N/m
1m
10m 15 m
A
y
x
z
B
C
G
5 m
0,7 m
1,6 m
15º
E
A B
y
x
z
O
G
x
y
z
A
B
C )kN(j8F C
rr
−=
)kN(k15F B
rr
=
)kN(k12F A
rr
=
)kN(i7F 1J
rr
=
)kN(i7F 2J
rr
=
x
y
z
1C 3C
4C
5C
6C
2C
Cap. 3 Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 3 - Centro de Massa - 1ª Edição - 2008
38
3.1 – Centro de Massa
Neste capítulo iremos estudar como realizar a
redução de certas distribuições de massas a
Centros, ou posições, ou pontos, que reuniriam
várias características da distribuição.
Consideraremos as seguintes principais
distribuições:
(a) Centro de Massas (m) (= CM);
(b) Centro de Formato ou Centro da
Geometria do Corpo ou Centróide: Centro
Geométrico de Volume ou Centróide de Volume
(V) (= CV), Centróide de Área (A) (= CA) e
Centróide de Linha (L) (= CL);
(c) Centro de Pesos (P) ou Centro de
Gravidade ou Baricentro (= CG ).
Das massas distribuídas iremos localizar o
Centro de Massa da distribuição em posições
distindas das massas em torno do corpo.
Da geometria do corpo e seus formatos iremos
calcular o Centro representante dessas
distribuições de formas variadas em torno das
figuras, localizando o Centro de Volume de sua
geometria (V) (CV), ou o Centro de Área (A) (CA),
ou o Centro de Linha (L) (CL).
Dos Pesos paralelos imersos em um campo
gravitacional constante (P=mg), iremos reduzir o
conjunto de forças peso verticais e paralelos a
um Centro único chamado Centro de Gravidade
(CG) ou Baricentro(G).
(d) Podemos definir a variável Distribuição de
Massa de um corpo rígido como sendo:
CMrmD
rr
= (kg.m)
Mostraremos também a capacidade deste
Centro de Massa dos corpos de reduzir um
conjunto de vetores sejam, posição, velocidade,
momentum, aceleração e força, a um ponto
primordial que estaria no valor médio de todas as
distribuições de vetores e que estes vetor
central, representaria todos os outros
distribuídos a sua volta, e no qual este ponto
especial é coincidente com o Centro de Massa
do corpo.
3.1.1 - Distribuições de
Massa
Definição: As distribuições de massa, de forma
genérica, no nosso espaço tridimensional
caracterizam-se por serem (a) uma distribuição
volumétrica à priori: todo corpo a princípio por
menores que sejam suas dimensões tem uma
estrutura no espaço, tendo portanto à priori uma
distribuição volumétrica de massa, ou seja, em
três dimensões. Como sejam, uma esfera, um
paralelepípido, um cone, um cilindro, uma placa,
uma fita, etc. No entanto, em sua distribuição
volumétrica no espaço tridimensional, dependendo
das dimensões consideradas do espaço e o tipo de
formato do corpo, podemos fazer, à título de
cálculo, o reducionismo do corpo ou das suas
partes a outros tipos de distribuição, casosparticulares deste.
(b) Um reducionismo que podemos considerar é o
da distribuição de massa feita ao longo de uma
superfície ou uma distribuição superficial de
massa, que ocorre quando: umas das dimensões
do corpo, das três consideradas, pode ser
considerada desprezível em comparação com as
dimensões do corpo contínuo, ou então, esta
dimensão se mantém constante ao longo de todo o
corpo. Podemos citar como exemplo, uma folha de
papel, uma placa plana, uma superfície variada com
profundidade constante.
(c) Um outro tipo de reducionismo da distribuição
volumétrica de massa seria o de uma distribuição
linear de massa: o caso em que se pode desprezar
duas dimensões do corpo por serem desprezíveis
em comparação com as dimensões do corpo ou por
ter sua área da secção transversal da fita linear,
como sejam espessura e profundidade, ao longo de
todo o corpo, constante. Podemos citar como
exemplo, um cano longo, um fio elétrico, uma corda
de violão, etc.
(d) Um outro tipo de reducionismo seria o de uma
Distribuição discreta ou descontínua de massa,
ou seja cada massa pode ser reduzida a um ponto
material ou partícula: este seria o caso em que as
dimensões do espaço considerado são muito
maiores do que as dimensões do corpo ou dos
___________________________________________________________
Capítulo 3
Centro de Massa
___________________________________________________________
Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 3 - Centro de Massa - 10ª Edição - 2008 Cap. 3 39
corpos em questão e podemos desprezar as três
dimensões do(s) corpo(s) mas não desprezando
suas massas. Teriamos assim um Sistema de
Partículas ou um Sistema de pontos materiais.
a) Distribuição Volumétrica
de massa
Seja uma massa total m distribuída de
modo arbitrário ao longo de um volume V.
Def.: Denomina-se densidade volumétrica (ρ)
(rô) de massa:
⎟⎟
⎠
⎞
⎜⎜
⎝
⎛
=ρ 3m
kg
Vd
md
Se ρ é constante então
m = ρ V
mas se ρ depende das coordenadas do espaço
ρ = ρ (x,y,z)
então
Vddm ρ=
∫ ∫ ρ= Vdmd
)kg(Vdm ∫ ρ=
Obs.: Ver Exercício 3.3* resolvido.
b) Distribuição Superficial
de massa
Seja uma massa total m distribuída sobre uma
superfície S:
Def.: Denomina-se densidade superficial de
massa ( σ ) (sigma):
⎟⎟
⎠
⎞
⎜⎜
⎝
⎛
=σ 2m
kg
Sd
md
Se σ é constante então
m = σ S
mas se σ depende das coordenadas do espaço
σ = σ (x,y,z)
então
Sddm σ=
∫ ∫ σ= Sdmd
)kg(Sdm ∫ σ=
Obs.: Ver Exercício 3.2* resolvido.
c) Distribuição Linear de
massa
Seja uma massa total m distribuída ao longo de
uma linha curva Γ .
Def.: Denomina-se densidade linear de massa (λ)
(lâmbida):
⎟
⎠
⎞
⎜
⎝
⎛=λ
m
kg
d
md
l
Se λ é constante então
m = λ l
mas se λ depende das coordenadas do espaço
λ = λ (x,y,z)
então
lddm λ=
∫ ∫ λ= ldmd
)kg(dm ∫ λ= l
Obs.: Ver Exercício 3.1* resolvido.
d) Distribuição puntual de
massas ou Distribuição
discreta ou descontínua de
partículas
Seja um conjunto de massas puntiformes ou
partículas em uma região do espaço.
Seus pontos são adimensionais, portanto, não cabe
aqui a definição de uma densidade puntual de
massas, já que o ponto não tem dimensão. Mas
nesta distribuição puntual de massas, podemos
localizar cada ponto e associar a ele uma massa.
dm
S
dS
Γ
d l
dm
dm
V
dV
Cap. 3 Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 3 - Centro de Massa - 1ª Edição - 2008
40
m = massa total da região
m = m1 + m2 + m3 + ... + mn
∑
=
=
n
1i
imm
∑= )kg(mm i
3.1.2 - Reducionismos do
Centro de Massa
Se observarmos um mergulhador pulando de um
trampolim, ou uma bailarina dançando, ou um
ginasta realizando movimentos em um tablado
ou aparelho, poderemos observar que o
movimento analisado do ponto de vista do
Centro de Massa deste corpo, simplifica-lhe
muito o estudo desses movimentos centralizando
as massas de todos os movimentos.
O Centro de Massa de um Sistema, é o ponto
que se pode estudar, como se nele estivessem
concentrados toda a estática e dinâmica de
translação do movimento. Grandezas que estão
uniformemente distribuídas em torno do ponto
denominado de Centro de Massa:
(a) Massa (m) pode ser toda ela concentrada na posição do
Centro de Massa do corpo
(b) Posição (rCM) do Centro de Massa representa a
posição média do corpo
(c) Distribuição de massa (m rCM) do Centro de
Massa, representa a centralização da massa do corpo a um único
ponto, o centro de massa de todo o corpo
(d) Velocidade (vCM) do Centro de Massa,
representa a velocidade de todo o corpo
(e) Momentum ou Momento linear resultante é
dado pelo produto entre m total e vCM ; pR =pCM = m vCM
(f) Aceleração, (aCM) do Centro de Massa,
representa a aceleração de todo o corpo
(g) Força Resultante (FR = maCM) é dada pelo produto
entre m total e aCM ; FR =FCM = m aCM
(h) Impulso linear resultante : I = FR ∆t
No entanto, as grandezas rotacionais, tem variáveis
que servem para todos os pontos do corpo, e não
necessariamente apenas para o Centro de Massa:
velocidade angular (ω)
aceleração angular (α)
momento angular (L) para um eixo definido e
Impulso angular (Iθ )
momento de Inércia (I) para um eixo definido
Torque (τ).
Vejamos o movimento de um disco que lançado e
estando em estado de rotação, tem cada ponto com
uma velocidade para uma direção diferente, no
entanto, o movimento de seu Centro de Massa
permanece realizando um movimento parabólico
simples, como se toda sua massa estivesse
centrada em seu ponto, realizando um movimento
de projétil ao ser lançado no campo gravitacional
ambiente. Podemos observar, portanto, que neste
movimento, cada ponto do corpo tem posições,
velocidades, acelerações, das mais variadas, e
portanto, para a translação estaremos nos
concentrando os valores no centro de massa do
corpo. No entanto, sob o ponto de vista de suas
grandezas angulares, elas irão valer, e ter leis mais
simples, para todos os pontos do corpo.
Figura 3.1 - O movimento de um corpo em forma de disco,
girando. Observa-se que qualquer que seja seu movimento
associado às grandezas rotacionais, o movimento de translação
de seu Centro de Massa realiza uma trajetória parabólica, como se
toda a massa do disco estivesse neste ponto.
A localização do Centro de Massa ou Centro de
Gravidade, pois coincidem, se caracteriza pelo
ponto de apoio que equilibraria o peso do corpo. Na
prática sob o aspecto de equilíbrio gravitacional,
podemos achar o Centro de Gravidade, pendurando
o corpo por dois pontos distintos, estando o seu
Centro de Massa (CM) ou Centro de Gravidade (G),
no ponto onde as linhas verticais (direção do campo
de gravitacional), traçadas dos pontos de apoio, se
cruzam.
m 1
m 2
m 3
... m n
y x
z
Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 3 - Centro de Massa - 10ª Edição - 2008 Cap. 3 41
Se pendurarmos uma cadeira ou uma ferradura
por dois pontos, o encontro das verticais se
encontrarão no Centro de Massa, CM. O CM não
necessariamente precisa estar num ponto de
matéria do corpo, como por exemplo uma
ferradura.
3.1.3 – Centro de Massa
de um Sistema de
Partículas
Consideremos que as partículas de massas: m1,
m2, ... mn, estejam nas seguintes posições: r1 , r2
, ... rn , com as velocidade v1 , v2 , ... vn ,
respectivamente, localizadas segundo um
sistema de coordenadas fixo a um sistema
referencial inercial. Podemos imaginar um
sistema de estrelas com suas massas e
posições, ou um sistema de partículas do ar, ou
um grupo de átomos se movimentando.
m1 está na posição central parcial do Sistema:
kz~jy~ix~r
~
1111
rrrr
++=
com velocidade:
kv~jv~iv~v
~
1z1y1x1rrrr
++=
m2 está na posição:
kz~jy~ix~r
~
2222
rrrr
++=
com velocidade:
kv~jv~iv~v
~
2z2y2x2
rrrr
++=
...
mn está na posição:
kz~jy~ix~r
~
nnnn
rrrr
++=
com velocidade:
kv~jv~iv~v
~
znynxnn
rrrr
++=
O Centro de Massa CM do Sistema com massa
total m estará na posição:
kzjyixr
MC
rrrr
++=
com velocidade
kvjvivv zyxCM
rrrr
++=
A Posição do Centro de Massa (CM), MCr
r
no
caso do Sistema de Partículas é obtida pela
seguinte expressão:
nn2211n21C mr
~
...mr
~
mr
~
)m...mm(r M
rrrr
+++=+++
considerando a notação
∑∑ =+++=
=
iinn2211
n
1i
ii mr
~
mr
~
...mr
~
mr
~
mr
~ rrrrr
Poderia-se também excetuar o indice de somatório
e usar a notação de que termos com índices
repetidos se somam até o último valor :
ii
n
1i
ii mrmr
~ rr
=∑
=
mas não iremos usar esta notação aqui.
A massa total seria
∑∑ =++==
=
in
n
i
i mmmmmm ...21
1
podemos escrever
∑∑ = iiiC mr
~
mr M
rr
então,
∑
∑
=
i
ii
C m
mr
~
r M
r
r
No espaço tridimensional
kzjyixr
MC
rrr
++=
kz~jy~ix~r
~
iiii
rrr
++=
A equação vetorial se transforma em 3 equações
escalares, linearmente independentes e ortogonais:
CM
CM
CM
nm
2m
nr
~r
2r
~r
1r
~r
MCr
r
nv
~r
2v
~r
MCv
r
1v
~r
m
yx
z
1m
Figura 3.2.1 – Sistema de Partículas
Cap. 3 Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 3 - Centro de Massa - 1ª Edição - 2008
42
e a velocidade do Centro de Massa será dada
pela derivada desta expressão, ou seja,
MM CC rdt
dv
rr
=
∑∑ = iiiC mv
~
mv M
rr
Assim,
∑
∑=
i
ii
C m
mv
~
v M
r
r
e a aceleração do Centro de Massa será dada
pela derivada desta expressão, ou seja,
MM CC vdt
da
rr
=
∑∑ = iiiC ma
~
ma M
rr
Assim,
∑
∑=
i
ii
C m
ma
~
a M
r
r
e a Força Resultante:
MCR amF
rr
=
Portanto, estarão representados todos os pontos
de um corpo, por esta posição central, chamado
centro de massa, como se nele estivessem
concentrados, seja do sistema de partículas ou
do corpo rígido, ou de um sistema de corpos
rígidos, todos os outros pontos das seguintes
grandezas: distribuição de massas do corpo,
distribuição de posições das partes do corpo,
distribuição de velocidades de cada ponto do
corpo, distribuição de acelerações de cada
posição, e forças que atuam em cada região.
Essas grandezas de translação descreveriam a
situação do corpo extenso pelos dados de seu
centro de massa de: m, RCCC F,a,v,r MMM
rrrr
.
Mas não descreveriam as grandezas angulares
que valem para todos os pontos do corpo e que
descreveremos na seqüência deste curso.
3.1.4 - Centro de Massa
de um Corpo Rígido
No caso de um Corpo Rígido, os pontos se
mantém coesos e contínuos e assim o sinais de
somatório se transformam em integrais ou
somas contínuas e os índices i’s se transformam
nas grandezas infinitesimais (d de diferencial) de
massa dm :
∫∫ = dmr
~
dmr MC
rr
Sendo
∫= dmm
dminitesimalinfmassadeelementonoMassadeCentrodoposiçãor
~
=
r
Temos:
∫
∫=
dm
dmr
~
r MC
r
r
De forma tridimensional
kzjyixr
MC
rrr
++=
kz~jy~ix~r
~ rrrr
++=
o vetor posição se transforma em 3 equações
escalares, linearmente independente e ortogonais:
Onde o centro )z~;y~;x~(C ≡ representa a posição
do centro de massa do elemento infinitesimal de
massa escolhido para integração.
A velocidade do Centro de Massa será dada pela
derivada desta expressão, ou seja,
MM CC rdt
dv
rr
=
∫∫ = dmv
~
dmv MC
rr
Assim,
∫
∫=
dm
dmv
~
v MC
r
r
O momentum do Centro de Massa será dado por:
z
y
x
r
r
CM
dm M
Cr
r
Fig. 3.2.2 – Centro de Massa de um
Corpo Rígido
∑
∑=
i
ii
m
mx~
x
∑
∑
=
i
ii
C m
mr
~
r M
r
r
∑
∑=
i
ii
m
my~
y
∑
∑=
i
ii
m
mz~
z
∫
∫=
dm
dmx~
x
∫
∫=
dm
dmr
~
r
MC
r
r
∫
∫=
dm
dmy~
y
∫
∫=
dm
dmz~
z
Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 3 - Centro de Massa - 10ª Edição - 2008 Cap. 3 43
MCCMiiR vmpv
~
mp
rrrr
∑ ===
Assim,
MCR vmp =
r
e a aceleração do Centro de Massa será dada
pela derivada desta expressão, ou seja,
MM CC vdt
da
rr
=
∫∫ = dma
~
dma MC
rr
Assim,
∫
∫=
dm
dma
~
a MC
r
r
e a Força Resultante:
MCR amF
rr
=
Derivam do conceito de Centro de Massa CM os
conceitos de: (a) Centro Geométrico C ou
Centróide; (b) Centro de Gravidade CG ou
Baricentro;e (c) Centro de Forças Paralelas CF.
3.1.5 – Centróide ou
Centro Geométrico
(CV, CA, CL)
Se subdivide em
Centróide de Volume (CV),
Centróide de Área (CA) e
Centróide de Linha (CL)
Centro Geométrico ou Centróide de um corpo,
corresponde à localização Central da distribuição
de volumes, ou de áreas, ou de linhas, através
das partes desse corpo. Expressões análogas às
anteriores se aplicam trocando m por V , A ou
L.
a) Centróide de Volume (CV)
Se o corpo for homogêneo, ou seja, possui
mesma densidade volumétrica de massa:
ρ = m / V = constante
Então o Centro de Massa CM , coincide com o
Centróide de Volume CV , pois,
m = ρ . V = cte . V
então
VM Ci
ii
i
ii
i
ii
C rV
Vr
~
V.cte
V.cte.r
~
m
mr
~
r
r
rrr
r
====
∑
∑
∑
∑
∑
∑
⇒ CM ≡ CV
ou
GM CC rr
rr
=
E valem as expressões análogas abaixo
relacionadas:
Corpos discretos:
Corpos contínuos:
Valem as expressões para corpos discretos quando
consideramos o caso de um sistema de corpos
rígidos ou então um corpo rígido, na qual se pode
separá-lo em partes de corpos rígidos de
geometrias mais simples, em que se conhece o
Centróide de cada parte. Sendo homogêneo, ou
seja, tem densidade volumétrica de massa
constante, pode-se aplicar de cada uma delas a
expressão volumétrica discreta para determinar-lhe
a posição central do conjunto.
Ainda podemos reduzir uma dimensão da estrutura
tridimensional do Centróide de Volume CV caindo
na estrutura de área. Sendo constante ou
desprezível uma das dimensões da peça pode-se
calcular o Centróide de Área CA , e dele determinar
o centróide de volume CV e de massa CM que em
duas de suas dimensões coincidem e a outra
dimensão de define pelo meio da quantidade de
espessura constante (e/2).
b) Centróide de Área (CA)
O Centro de Massa CM coincide com o Centróide de
Área CA em duas dimensões quando o corpo for
homogêneo (mesma densidade: ρ = const1) e
ainda tenha uma das dimensões, e, por exemplo,
espessura, seja ela desprezível ou então constante.
Assim sendo, como
ρ =m/V ⇒ m = ρ.V = ρ.(e.A) = (ρ.e) A = cte.A
Portanto,
AM Ci
ii
i
ii
i
ii
C rA
Ar
~
A.cte
A.cte.r
~
m
mr
~
r
r
rrr
r
====
∑
∑
∑
∑
∑
∑
⇒ CM ≡ CA
∫
∫=
dV
dVx~
x
∫
∫=
dV
dVr
~
r
VC
r
r
∫
∫=
dV
dVy~
y
∫
∫=
dV
dVz~
z
∑
∑=
i
ii
V
Vx~
x
∑
∑
=
i
ii
C V
Vr
~
r
V
r
r
∑
∑=
i
ii
V
Vy~
y
∑
∑=
i
ii
V
Vz~
z
Cap. 3 Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 3 - Centro de Massa - 1ª Edição - 2008
44
ou
AM CC rr
rr
=
Então CM ≡ CA em duas dimensões, a terceira
dimensão será no centro da peça (em ± e/2) de
espessurae constante. Sendo a área encurvada
pelo espaço, acabamos por ter para o ponto
central da área três coordenadas.
Assim as expressões válidas para o Centro de
Áreas será:
Corpos discretos:
Corpos contínuos:
Portanto,
);;( zyxr
MC =
r
= );;( zyxr
AC =
r
se
.constespessuraee.const ===ρ
c) Centróide de Linha (CL)
Sendo a distribuição de massa do corpo feito ao
longo de uma linha, podendo por isso desprezar
duas dimensões da peça ou considerar sua
secção transversal constante, podemos definir o
Centróide de Linha CL. Para o caso de uma linha
contínua podemos obter as coordenadas de seu
centro de massa pelas expressões:
Corpos discretos:
Corpos contínuos:
O Centro de Massa CM coincide com o Centróide
de Linha CL quando a área da seção transversal da
linha for desprezível ou constante.
ρ =m/V ⇒ m = ρ.V = ρ.(A.L) = (ρ.A) L = cte.L
Portanto,
LM Ci
ii
i
ii
i
ii
C rL
Lr
~
L.cte
L.cte.r
~
m
mr
~
r
r
rrr
r
====
∑
∑
∑
∑
∑
∑
⇒ CM ≡ CL
ou
LM CC rr
rr
=
No caso de espessura e largura desprezíveis a
coincidência é perfeita, mas no caso de valores
constantes não desprezíveis, a coincidência se faz
em uma dimensão e nas outras duas dimensões
serão no centro de massa da secção tranversal da
área.
Portanto,
);;( zyxr
MC =
r
= )z;y;x(r
LC =
r
se
.consttransveralçãosecdaáreaAe.const ===ρ
l
e
L
Redução de Volume V com secção
transversal constante para a linha L
CL
L
A
C C
V
Redução de Volume com espessura constante para área
∫
∫=
dL
dLx~
x
∫
∫=
dL
dLr
~
r
VC
r
r
∫
∫=
dL
dLy~
y
∫
∫=
dL
dLz~
z
∑
∑=
i
ii
L
Lx~
x
∑
∑
=
i
ii
VC L
Lr
~
r
r
r
∑
∑=
i
ii
L
Ly~
y
∑
∑=
i
ii
L
Lz~
z
∫
∫=
dA
dAx~
x
∫
∫=
dA
dAr
~
r
VC
r
r
∫
∫=
dA
dAy~
y
∫
∫=
dA
dAz~
z
∑
∑=
i
ii
A
Ax~
x
∑
∑
=
i
ii
VC A
Ar
~
r
r
r
∑
∑=
i
ii
A
Ay~
y
∑
∑=
i
ii
A
Az~
z
Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 3 - Centro de Massa - 10ª Edição - 2008 Cap. 3 45
3.1.6 - Baricentro ou
Centro de Gravidade (CG)
Centro de Gravidade ou Baricentro de um
corpo: corresponde ao ponto de equilíbrio de um
corpo em relação à distribuição dos pesos
(forças paralelas) através das partes desse
corpo. As equações são semelhantes às do
Centro de Massa, trocando-se a variável massa,
m, pela variável peso, P, do corpo que inclui o
produto pela aceleração gravitacional local.
O Centro de Gravidade ou Baricentro se
caracteriza por ser um caso particular de Centro
de Massa, apesar de serem coincidentes, uma
vez que é uma grandeza mais usada nos países
de língua inglesa, dado que o conceito de massa
no Sistema de Unidades Inglês é um conceito
derivado do conceito de força peso, em libras,
sendo o slug, unidade de massa, não muito
utilizado na prática por ser muito grande uma vez
que sendo g = 32 ft/s2 , então, 1 slug = 32,2
libras/32,2 ft/s2 = 14,5938 kg, ficando uma
unidade extremamente incomoda pela sua
origem. Nesse caso o conceito de massa é
utilizado apenas em caso de passagem de
cálculos intermediários. O conceito de massa é
mais fundamental na física e no Sistema
Internacional de Unidades, sendo o Conceito de
massa e Centro de Massa, mais importante do
que o conceito de peso e Centro de Gravidade,
pois vale para qualquer corpo em qualquer lugar
do Universo. Centro de Gravidade vale e se
iguala ao Centro de Massa em locais em que
apareça o campo gravitacional.
Definimos Centro de Gravidade ou Baricentro:
As expressões:
Corpos discretos:
Corpos contínuos:
O Centro de Gravidade ou Baricentro CG coincide
com o Centro de Massa CM quando a aceleração da
gravidade g
r
é constante em todas as regiões que
fazem parte do corpo, assim
P =mg ⇒ m = P/g = (1/g) P = cte.P
Portanto,
GM Ci
ii
i
ii
i
ii
C rP
Pr
~
P.cte
P.cte.r
~
m
mr
~
r
r
rrr
r
====
∑
∑
∑
∑
∑
∑
⇒ CM ≡ CG
ou
GM CC rr
rr
=
Quando o Baricentro não coincide
com o Centro de Massa ?
Quando a aceleração gravitacional não é a mesma
em todos os pontos do corpo, o que é raro. Assim
sendo o Centro de Massa e o Baricentro não
coincidem, como no exemplo abaixo. Suponha um
poste muito alto de tal forma que a gravidade na
extremidade de baixo não coincide com a
extremidade de cima, neste caso os pontos de
massas mais próximas da Terra terão maior peso,
sendo que os pontos de massa na extremidade
mais longe da Terra terão peso menor. Assim
sendo o Centro de Gravidade ficará abaixo do
Centro de Massa: CM ≠ CG. No entanto para
corpos em que a gravidade é a mesma em todos os
pontos do corpo o Centro de Massa coincide com o
Centro de Gravidade CM = CG. Sendo:
G=constante universal de Gravitação = 6,67 x 10-11
(SI); MT = massa da Terra= 5,98 x 1024 kg; r =
distância do centro da Terra até um ponto qualquer;
RT= raio médio da Terra= 6,37 x 106 m; gsuperfície da
Terra =
P
GCG
dP
P
GCr
r
r
r
∫
∫=
dP
dPx~
x
∫
∫=
dP
dPr
~
r
GC
r
r
∫
∫=
dP
dPy~
y
∫
∫=
dP
dPz~
z
∑
∑=
i
ii
P
Px~
x
∑
∑
=
i
ii
GC P
Pr
~
r
r
r
∑
∑=
i
ii
P
Py~
y
∑
∑=
i
ii
P
Pz~
z
Cap. 3 Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 3 - Centro de Massa - 1ª Edição - 2008
46
Em um ponto qualquer à distância r do Centro da
Terra : )ˆ(' 2 r
T e
r
MGg −=
r
Na Superfície da Terra:
⎟⎟
⎠
⎞
⎜⎜
⎝
⎛
−=−=
2rr2
T
T
s
mê8,9)ê(
R
M
Gg
r
3.1.7 - Centróides
de Figuras Simétricas e
Homogêneas
a) Centróides de Linhas
1) Reta
2) Arco de quarto de circunferência e
semicircunferência
3) Segmento de Arco de circunferência
b) Centróide de Superfícies
4) Retângulo
5) Triângulo
6) Quarto de círculo e semi-círculo:
7) Quarto de Elipse e semi-elípse:
8) Semiparábola e parábola interna
9) Semi-parábola externa
10) Polinômio de grau n
y
x
y
π
=
3
r4
x
CM CM
0x =
A = π r2 / 4
A = π r2 / 2
π
=
3
r4
y
π
=
3
r4
y
CM
a
h
2n4
h)1n(y
+
+
=
2n
a)1n(x
+
+
=
y = k xn
A = a h / (n+1)
CM
a
h
10
h3
y =
4
a3x =
A = a h / 3
y = k x2
5
h3
y=
8
a3
x =
a
h CM C
A=2a h / 3 A=4a h / 3
CC
a
π
=
3
a4x
CM CM
b
a
y
x
A = π a b / 4 A = π a b / 2y
π
=
3
b4
y
CM
h
h
CM
3
h
3/b
3
h
a
b b (a + b ) / 3
3
h2
3/b2
CM
2/h
2
b
A = b.h
θ
θ
r
θ
θ
=
senr
x
CM x
y
L = 2 θ r
r
π= /r2x
π
=
r2y
CCM
L = π r / 2
L = π
π
=
r2y
l/2
l
CM
P= m g
r
CM
CG
P’ = m 'g
r
< P
Terra
rr2
T
T ês/m8,9)ê(
R
M
Gg
2
−≅−=
r
)ˆ(' 2 r
T e
r
MGg −=
r
radialversorê r =
Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 3 - Centro de Massa - 10ª Edição - 2008 Cap. 3 47
11) Arco de círculo
c) Centro de Massa de
Volumes
12) Semi-esfera
13) Cone
3.2 - Centro de Massa
para um Sistema de
Corpos Rígidos
3.2.1- Distribuição de
Corpos em Volumes
Dado um corpo composto, de várias partes mais
simples, com seus centróides conhecidos
(formulário), podemos determinar o seu Centro
de Massa, reduzindo ocentro de cada parte no
Sistema de Referência à característica a ela
atribuída, seja massa, volume, área, linha ou
peso e aplicar a expressão do somatório médio
discreto, calculando-lhe o centro. Vamos dar o
exemplo de corpos rígidos que podem ser
homogêneos (Centróide de Volume, Área, Linha,
Peso) ou não-homogêneos (Centro de Massa).
Os exemplos abaixo relacionam volumes
homogêneos no primeiro caso e áreas no
segundo caso, e mistura de volumes, áreas e
linhas e em cada um dos casos, com densidades
específicas, podendo terem densidades iguais
no primeiro e segundo caso ou diferentes e no
terceiro caso, mas de qualquer maneira deve-se
calcular a massa pois mistura-se os tipos de
densidades dimensionais. Em todos os casos
determina-se as respectivas posições parciais dos
centros de massas de cada parte Ci ≡ )z~;y~;x~( iii
e as massas associadas de cada parte m i , para i
variando de 1 a n, no caso dos exemplos
Aplica-se a equação do Centróide dos Volumes, no
caso da Figura abaixo, caso cada parte dos corpos
rígidos abaixo, tenham a sua característica de
densidade constante ao longo de suas partes, mas
diferentes para cada parte:
Posições parciais dos
Centróides
Volumes Massas-densidades
diferentes
)z~;y~;x~(C 1111 =
)z~;y~;x~(C 2222 =
)z~;y~;x~(C 3333 =
)z~;y~;x~(C 4444 =
)z~;y~;x~(C 5555 =
)z~;y~;x~(C 6666 =
1V
2V−
3V
4V
5V
6V
111 Vm ρ=
212 Vm ρ=−
333 Vm ρ=
444 Vm ρ=
555 Vm ρ=
666 Vm ρ=
No caso das densidades das partes serem todas
iguais, basta as informações das duas primeiras
colunas, ou seja, dos centros das partes e os
volumes, e para as coordenadas do centro de
volume que coincide com o centro de massa,
utiliza-se as expressões:
No caso em que os corpos rígidos tenham
densidades diferentes temos que configurar o
Centro de Massa calculando a massa para cada
parte, a terceira coluna, multiplicando as
densidades pelos volumes respectivos, e daí
y x
z
CM
h / 4
h
V=(1/3)π r2 h
y
x
z
CM
3 r / 8
V = 2 π r3 / 3
CM
r
θ
θ
θ
θ
=
3
senr2x
2rA θ=
x
y
z
1C3C
4C
5C
6C
2C
Fig. 3.2.3 – Centro de Massa de um Sistema de Corpos Rígidos
em Volumes parciais de densidades diferentes
∑
∑=
i
ii
V
Vx
x
~
∑
∑=
i
ii
C V
Vr
~
r V
r
r
∑
∑=
i
ii
V
Vy
y
~
∑
∑=
i
ii
V
Vz
z
~
Cap. 3 Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 3 - Centro de Massa - 1ª Edição - 2008
48
calcular o Centro de Massa do Sistema de
Corpos Rígidos, pelas expressões:
Aqui o til (~) sobre a coordenada, estabelece que
cada componente denota a coordenada do
centróide parcial de cada corpo rígido em
separado.
3.2.2- Distribuição de
Corpos em Áreas
No caso da Figura de áreas abaixo, figura plana,
aplica-se a expressão para o Centróide de áreas,
caso as densidades das placas sejam as
mesmas a fim de determinar-se o Centróide de
Área que neste caso coincide com Centro de
Massa do Sistema de Corpos Rígidos, nas
coordenadas x e y , e sendo a espessura e
constante teríamos para a coordenada
2ez /−= .
Do contrário, se as densidades das partes não
são as mesmas, mas feitas de materiais
diferentes, σ1 ≠ σ2 ≠ σ3 ≠ ... ≠ σ6 , faz-se como no
caso acima para cada parte calcula-se a massa
de cada placa (Área x Densidade Superficial) e
calcula-se os Centros de Massa parciais a fim de
determinar-se o Centro de Massa do Sistema de
Corpos Rígidos nas coordenadas x e y , e
sendo a espessura e constante teríamos para a
coordenada 2ez /−= .
Posições parciais dos
Centróides
Área Massas
Densidades Diferentes
)z~;y~;x~(C 1111 =
)z~;y~;x~(C 2222 =
)z~;y~;x~(C 3333 =
)z~;y~;x~(C 4444 =
)z~;y~;x~(C 5555 =
)z~;y~;x~(C 6666 =
1A
2A−
3A
4A
5A
6A
111 Am σ=
222 Am σ−=−
333 Am σ=
444 Am σ=
555 Am σ=
666 Am σ=
3.2.3- Distribuição de
Corpos em Volumes, Áreas
e Linhas misturados:
No caso da Figura abaixo, mistura-se volumes,
áreas e linhas, com materiais e densidades
distintas, assim é necessário aplicar-se os produtos
das geometrias pelas densidades respectivas e
calculos das massas e suas posições Centrais
parciais. Aplica-se então as expressões dos centros
de massa:
Neste caso em que há misturas de linhas, áreas e
volumes, somente resta, a partir das respectivas
densidades de linha, densidades de áreas e
densidades de volume, calcular as massas de cada
parte calculando em seguida a posição do Centro
de Massa do Conjunto.
Posições parciais dos
Centróides
Geometri
as
Variadas
Massas
Densidades diferentes
m
mx~
x ii
∑
∑=
m
mr
~
r iiCM ∑
∑=
r
r
m
my~
y ii
∑
∑=
m
mz~
z ii
∑
∑=
∑
∑=
i
ii
A
Ax
x
~
∑
∑=
i
ii
C A
Ar
~
r A
r
r
∑
∑=
i
ii
A
Ay
y
~
∑
∑=
i
ii
A
Az
z
~
C1 C2
C3
C4
C5
C6
x
y
Fig. 3.2.4 – Centro de Massa de um Sistema de Corpos Rígidos
em Área
x
y
z 1
C
3C
4C
6C
2C
5C
Fig. 3.2.4 – Centro de Massa de um
Sistema de Corpos Rígidos
em Volumes, Áreas e Linhas
i
ii
m
mx~
x
∑
∑=
i
ii
C m
mr
~
r M ∑
∑=
r
r
i
ii
m
my~
y
∑
∑=
i
ii
m
mz~
z
∑
∑=
Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 3 - Centro de Massa - 10ª Edição - 2008 Cap. 3 49
)z~;y~;x~(C 1111 =
)z~;y~;x~(C 2222 =
)z~;y~;x~(C 3333 =
)z~;y~;x~(C 4444 =
)z~;y~;x~(C 5555 =
)z~;y~;x~(C 6666 =
1L
2L
3V
4A
5A−
6L
111 Lm λ=
222 Lm λ=
333 Vm ρ=
444 Am σ=
555 Am σ−=−
666 Lm λ=
Localiza-se as coordenadas dos Centróides de
cada parte e associa-se as características de
volume ou de área ou de linha a cada parte.
Calcula-se a massa pelas densidades
respectivas e aplicamos a equação de Centro do
Massa por somatória para determinação do
Centro de Massa da figura toda.
3.3 - Teorema de Pappus
Pappus no século III (d.C.) descobre usando
centróides como gerar por revolução áreas e
volumes quaisquer.
3.3.1 - Superfície Gerada por
uma Linha de Revolução
Gera-se uma superfície de área A, quando se
gira uma linha de comprimento L de um ângulo θ
( 0<θ≤ 2π) em torno de um eixo fixo.
3.3.2 - Volume Gerado por uma
Superfície ( de área A) de
Revolução
Gera-se um volume V, quando se gira uma
superfície de área A, de um ângulo θ ( 0<θ≤ 2π)
em torno de um eixo fixo.
3.8 – Resumo do Capítulo 3
1.Distribuições de Massa
a) Distribuição Volumétrica de massa
b) Distribuição Superficial de massa
c) Distribuição Linear de massa
d) Distribuição Puntual de massa
2.Centro de Massa ; Centróide de Volume de Área de Linha;
Baricentro ; Massa ; Volume ; Área ; Linha ; Peso
)z~;y~;x~(C iiii ≡ ⇒ iiiii P;L;A;V;m
3. Sistema de Corpos Rígidos:
(a) Corpo Composto de Volumes
(b) Corpo Composto de Áreas: transforma‐se tudo em área:
(c) Corpo Composto de Volumes, Áreas, Linhas e massas:
C C
C3
C
C
C
x
y
x
y
z
1C3C
4C
5C
6C
2C
CM ≡ CG ⇒ Se .constg =
r
CM ≡ CV ⇒ Se .const=ρ
CM ≡ CA ⇒ Se .const=σ e = espessura = cte
CM ≡ CL ⇒ Se .const=λ , A = área da secção transveral da linha = cte
Sistema de Partículas ou
de Corpos Rígidos
Corpo Rígido
∑
∑
φ
φ
=
φ
i
ii
C
r
~
r
r
r∫
∫
φ
φ
=
φ d
dr
~
r C
r
r
φ pode
representar :
∑
∑
φ
φ
=
i
iix
~
x
∑
∑
φ
φ
=
i
iiy
~
y
φ
φ
=
∑ iiz
~
z
∫
∫
φ
φ
=
d
dx~
x
∫
∫
φ
φ
=
d
dy~
y
∫
∫
φ
φ
=
d
dz~
z
m ( massa )
P ( Peso )
F (Força)
V (Volume)
A ( Área )
L ( Linha )
i
ii
m
mx~
x
∑
∑=
i
ii
C m
mr
~
r M ∑
∑=
r
r
i
ii
m
my~
y
∑
∑=
i
ii
m
mz~
z
∑
∑=
“ O Volume V formado ao gira-se
uma superfície de revolução A
em torno de um eixo fixo
é diretamente proporcional
(a) ao ângulo θ ( 0<θ≤ 2π)
de giro da superfície,
(b) à distância r
entre o centróide da superfície
e o eixo de giro e
(c) à área A da superfície de giro.”
ArV θ=
“ A área A, formada ao girar-se
um linha de revolução L
em torno de um eixo fixo,
é diretamente proporcional
(a) ao ângulo θ ( 0<θ≤ 2π)
de giro da linha
(b) à distância r
entre o centróide da linha
e o eixo de giro e
(c) ao comprimento L da linha.”
LrA θ=
⎟
⎟
⎠
⎞
⎜
⎜
⎝
⎛
=σ
2m
kg
Ad
md
⎟⎟
⎠
⎞
⎜⎜
⎝
⎛
=ρ 3m
kg
Vd
md
⎟⎟
⎠
⎞
⎜⎜
⎝
⎛
=λ
m
kg
Ld
md
∑
∑=
i
ii
C V
Vr
~
r V
r
r
∑
∑=
i
ii
V
Vx~
x
∑
∑=
i
ii
V
Vy~
y
∑
∑=
i
ii
V
Vz~
z
∑
∑=
i
ii
C A
Ar
~
r A
r
r
Cap. 3 Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 3 - Centro de Massa - 1ª Edição - 2008
50
3.4 - Exercícios
Resolvidos
a) Distribuições de Massa
3.1*) Dada a barra AB da figura, de comprimento
total s, onde é feita uma distribuição de massa,
com densidade linear de massa variando com a
distância l ao início da barra, de acordo com a
expressão, λ = a l + b (kg / m) , onde l ∈ AB.
(a) Determine a massa total da barra em função
de a, b e L; (b) Determine a massa
considerando que L = 5m ; a = 4 e b = 6 .(c)
determine o Centro de Massa da barra.
Obs.: A densidade da barra não é constante, portanto,
ela aumenta a medida que aumenta x, ou seja, em x =
0 a densidade é de 6 kg/m em x = 5 m a densidade
vale 26 Kg/m.
Solução:
ld
md
=λ ⇒ lddm λ= ⇒ ∫ ∫ λ= ldmd
⇒ ∫ λ= ldm ⇒ dxdx == ll ;
∫ +=
L
0
dx)bxa(m
L.bL)2/a(mxb
2
xa 2L0
2
+=⇒+ ⇒
(b) m = (4/2) 52 + 6 x 5 = 80 kg
(c)
=+=λ== ∫∫∫
6
0
dx)6x4(xdxxdmxmx
∫ =+=+=
5
0
5
0
3
2 67,196x6
3
x4
dx)x5x4(mx
⇒=+= 67,196
2
5x6
3
5x4
mx
23
⇒=+= 67,196
2
5x6
3
5x4
mx
23
x = 2,4583kg
3.2*) Dado que a superfície da figura, em forma de
um disco circular de raio máximo a, recebe
distribuição de massa, cuja densidade superficial de
massa varia com o raio r ( 0 ≤ r ≤ a ) do circulo, a
partir de seu centro de acordo com a expressão: σ
= γ / ( r2 + 1 ) , onde γ = const. > 0.
(a) Determinar a massa total, a partir das variáveis
do problema genérico; (b) Achar a massa total
considerando os dados das constantes: γ = 5 (SI) ;
a = 2 m.
Solução:
Sd
md
=σ (
2m
kg
) ⇒ Sddm σ= ⇒
∫ ∫ σ= Sdmd ⇒ ∫ σ= Sdm ⇒
dS = (2 π r ) dr ; d ( r2 + 1 ) = 2 r d r
∫
+
+
γπ=
a
0
2
2
1r
)1r(dm
=+γπ a0
2 )1r(ln 1ln)1a(ln 2 −+γπ
m = π γ ln ( a2 + 1) ⇒ (b) m = 25,3 kg
3.3*) Em uma casca esférica de raios interno a e
externo b é distribuída uma massa que obedece a
seguinte distribuição de densidades volumétricas
34
1
rπ
=ρ onde r está: a < r < b. Qual é a
massa total m ? (b) Determine a massa
considerando que as constantes da figura sejam:
a= 2m e b= 7m.
Solução:
Vd
md
=ρ ( 3m
kg
) ⇒ Vddm ρ= ⇒ ∫ ∫ ρ= Vdmd ⇒
∫ ρ= Vdm ⇒
Vesfera = (4/3) π r3 ⇒ dV = 4 π r2 dr ⇒
x
y
z 1C
3C
4C
6C
2C
5C
Teorema de Pappus:
Área de Revolução: LrA θ=
Volume de Revolução: ArV θ=
S a
b
S r
a
2 π r
d r
dS = 2 π r dr
0 5
y
z
l =x d l = dx
0 BA
x (m)
)z~;y~;x~(C; 11111 =λ 111 Lm λ=
)z~;y~;x~(C; 22222 =λ 222 Lm λ=
)z~;y~;x~(C; 33333 =ρ 333 Vm ρ=
)z~;y~;x~(C; 44444 =σ 444 Am σ=
)z~;y~;x~(C; 55555 =σ 545 Am σ−=−
)z~;y~;x~(C; 66666 =λ 666 Lm λ=
∑
∑
=
i
ii
C m
mr
~
r M
r
r
Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 3 - Centro de Massa - 10ª Edição - 2008 Cap. 3 51
∫ =π
π
=
b
a
2
3
)drr4(
r4
1m
a
blnalnblnrln
r
dr b
a
b
a
=−==∫
⇒ m = ln (b/a) ⇒
(b) m = 1,25 kg
b) Cálculo direto do Centróide
3.4*) Determine o Centro de Massa do arco de
arco de circunferência de angulo 30° da figura
abaixo. Resp. : CM = ( 2R/π ; 2R/π )
Solução:
Definição de radiano:
r
L
R
s
raio
arco)rad( ===θ
dL = R dθ
)dR()cosR(
)12/R2(
1dLx
L
1x
6/
0
∫∫
π
=θ
θθ
π
==
6/
0
6/
0
]sen[R6dcosR6
ππ
θ
π
=θθ
π
= ∫
π
=−
π
π
=
R3)0sen
6
sen(R6x
)dR()senR(
)12/R2(
1dLy
L
1y
6/
0
∫∫
π
=θ
θθ
π
==
6/
0
6/
0
]cos[R6dsenR6
ππ
θ−
π
=θθ
π
= ∫
)32(R3)0cos
6
cos(R6x −
π
=+
π
−
π
=
C ≡ ( )32(R3;R3 −
ππ
)
3.5*) Determinar as coordenadas C ≡ ( y;x )
do Centróide de Área de um triângulo:
Solução: Área total: A = b.h / 2 ;
Centróide de Área )y;x( :
∫=
b
0
dAx~
A
1x = ∫
b
0
)dxy(x
b.h
2 = ∫ +−
b
0
dx)hx
b
h(x
b.h
2
= =
⎥
⎥
⎦
⎤
⎢
⎢
⎣
⎡
+−
b
0
23
2
xh
3
x
b
h
b.h
2 =⎥⎦
⎤
⎢⎣
⎡ +−
2
b
3
b2
3
b
6
b.3b.2
2x =⎟⎟
⎠
⎞
⎜⎜
⎝
⎛ +−
=
)dxy(
2
y
b.h
2dAy~
A
1y
0
h
h
0
h
∫∫ ⎟⎟
⎠
⎞
⎜⎜
⎝
⎛
==
=
⎥
⎥
⎦
⎤
⎢
⎢
⎣
⎡
−=⎟⎟
⎠
⎞
⎜⎜
⎝
⎛
−⎟⎟
⎠
⎞
⎜⎜
⎝
⎛
= ∫
0
h
3
2
0
h 3
y
h
1dy
h
by
2
y
b.h
2y
=
3
h
3
h
h
1 3
2 =⎥
⎥
⎦
⎤
⎢
⎢
⎣
⎡
−− ⇒
C ≡ ( b / 3 ; h / 3 )
3.6*) Determinar o centróide de um quarto de
círculo:
Solução: )ddrr(cosr
r
4
dAx
A
1
x
2/
0
r
0r
2 ∫∫∫
π
=θ=
θθ
π
==
2/
0
r
0
3
2
2/
0
r
0
2
2
]sen[
3
r
r
4
dcosdrr
r
4 ππ
θ
π
=θθ
π
= ∫∫
π
=−
π
π
=
3
r4
)0sen
2
sen(
3
r
r
4
x
3
3
Por simetria do quarto de circulo:
π
=
3
r4
y , então
θ
s
r
Definição de radiano: θ (rad) = rs
r
s
raio
arco
θ=⇒=
h
b
x
dA = y dx
dx
y
( ) hxb/hy +−= Equação da reta
x
y
∫=
b
0
dAx
A
1x
C
)
2
y
;x()y~;x~(C
~
CdA ≡≡=
C
~
y
y
x x
C
ds
θ
dA = dr ds = dr (r dθ)
r
dr
dθ
θ= cosrx
R
R
y
x
0
dL=R.dθ
dθ
Cap. 3 Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 3 - Centro de Massa - 1ª Edição - 2008
52
C ≡ (
ππ 3
r4;
3
r4 )
c) Centro de Massa de Corpos
Compostos
3.7*) Determine as coordenadas do CM
≡ ),,( zyx do Centro de Massa da chapa de
metal sombreada da figura, feita de 3 metais
diferentes. Considere que a densidade do Cobre
é ρCu = 8960 kg / m3 , a densidade da Prata é
ρAg = 10500 kg / m3 e a densidade do Chumbo é
ρPb = 11300 kg / m3.
Solução:
Por simetria: m25,0z −=
m1 = m Cu = ρCu x VCu = 8960 x ( 6 x 4,5 x 0,5 ) =
120.960 kg ; C1 = ( 3 ; 2,25 ) m
m2 = mAg = ρAg x VAg = 10.500 ( 6 x 4,5 x 0,5 / 2) =
70.875 kg ; C2 = ( 2 ; 6 ) m
m3 = mPb = ρPb x VPb = 11.300 x ( 6 x 4,5 x 0,5 / 2) =
76.275 kg ; C3 = ( 4 ; 7,5 ) m
=∑ im 268.110 kg
110.268
4x275.762x875.703x960.120
m
x.mx
i
ii ++==
∑
∑
= m02,3
110.268
730.809
=
=
++
==
∑
∑
110.268
5,7x275.766x875.7025,2x960.120
m
y.my
i
ii =
m73,4
110.268
5,472.269.1
=
CM ≡ ( 3,02 ; 4,73 ; - 0,25 ) m
3.8*) Determine o Centro de Massa CM ≡
( )z,y,x do corpo na figura abaixo, sabendo
que a densidade superficial de massa é
2m/kg20=σ e a densidade linear de massa é
m/kg4=λ .
d) Aplicação do Teorema de Pappus
3.9*) Determine a área externa do tambor de uma
superfície cilíndrica sem as tampas, usando o
Teorema de Pappus.
3.10*) Determine pelo teorema de Pappus o volume
geradoa partir do giro completo de um retângulo
em torno de uma das arestas de altura h e base r .
Solução: por simetria : 0x =
Fig. y~ (m) z~ (m) A (ou L) (m2 )
m = σ . A
ou λ .L)
(Kg)
Circulo 0 0 1,13 22,6
Arco 0,318 0,5 L= 1,57 m 6,28
Retângulo 0 1 1,8 36
∑
∑=
i
ii
m
mz~
z = m603,0
88,64
36x128,6x5,0
=
+
m0308,0
88,64
28,6x318,0
m
my~
y
i
ii ===
∑
∑
CM ≡ (0 ; 0,0308 ; 0,603 ) m
y
x
0,5 m
1,2 m
1,5 m
0,6 m
z
x
6 m
9 m
4,5 m
Cu
Ag Pb
y
0,5 m
2 3 4
2,25
6
7,5
(1)
(2)
(3)
L
r
C
A
Solução:
A = θ r L
= (2 π)(r)(h) = 2 π r h
h
r
Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 3 - Centro de Massa - 10ª Edição - 2008 Cap. 3 53
3.10 - Exercícios Propostos
a) Centro de Massa de Partículas,
Linhas, Áreas e Volumes
a1) Centro de Massa de Partículas
3.12) Dê as coordenadas do Centro de Massa
das partículas que se encontram no plano Ozx
da Figura. Resp.: rCM ≡( 8,92; 0; 14,8)m
3.13) Dê as coordenadas do Centro de Massa
das partículas que se encontram no plano Ozx
da Figura. Resp.: rCM ≡ ( 23,4; 0; -9,21) m
3.14) A molécula de amônia tem um Nitrogênio
e três Hidrogênios, NH3 . Os três hidrogênios
estão interligados e equidistantes formando a
base triangular equilátera de um pirâmide de
lado d = 9,4 x 10-11 m. A distância de cada
Hidrogênio ao Nitrogênio no topo da pirâmide é
D = 10,14 x 10 -11 m. Determine a coordenada de
altura z do Centro de Massa e a distância r de
um átomo de Hidrogênio até o Centro de Massa
da molécula, sabendo que a massa do
Nitrogênio é 13,9 vezes maior que a do Hidrogênio.
Resp.: ;m10x04,7z 11−= r = 8,89 x 10-11 m
a2) Centro de Massa de Linhas
3.15) Determine o Centro de Massa do quarto de
arco de circunferência da figura abaixo. Resp. : CM =
( 2R/π ; 2R/π )
3.16) Determine o Centro de Massa do arco de arco
de circunferência da figura.
Resp. : CM =
θ
θ
=
senrx
a3) Centro de Massa de Áreas
3.17) Determine pela definição, o Centróide de Área
da placa a seguir e determine a posição do ponto B
para pendurar a placa sem que a base deixe de
ficar na horizontal.
Resp.: C ≡(6;2) m; B≡(6;4) m
R
R
y
x
0
8 12
100 Kg
4
4
8
16
x (m)
z (m)
10 Kg
20 Kg
12
16
A
V
C
2/rr =
θ
r
h
Solução:
V = θ . r . A
= ( 2 π ) ( r / 2 )( h r)
= π r2 h
H
H
H
N
CM
z
x
y
θ
θ
R
CM x
y
x
x
9
y
6
O
B
16 24
100 Kg
8 32
x (m)
z (m)
10 Kg
20 Kg
20
30
10
8-8 -16
-10
-20
-30
50 Kg
200 Kg
Cap. 3 Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 3 - Centro de Massa - 1ª Edição - 2008
54
3.18) Determine a localização das coordenadas
do centróide );( yx , da área sombreada da
figura abaixo, por integração direta da definição.
Resp.:C≡ (1,60 ; 9,14) cm
3.19) Determine a localização das coordenadas
do centróide );( yx , da área sombreada da
figura abaixo, por integração direta da definição.
Resp.:C ≡ ( 0,8; 27,4) cm
3.20) Determine o Centro de Massa do arco de
círculo da figura abaixo, onde a=3 e b =6.
Resp.: (0; 2,29) m
3.21) Determine o Centro de Massa do arco de
círculo da figura. Resp. : CM =
θ
θ
=
3
2 senRx
a4) Centro de Massa de Volumes
3.22) Determine o Centro de Massa z da semi-
esfera da figura abaixo. Obs.: Verifique o volume
elementar em coordenadas esféricas no capítulo 1
de Vetores. Resp. : Rz )8/3(=
3.23) Determine o Centro de Massa z do cone da
figura. Obs.: Verifique o volume elementar em
coordenadas cilindricas no capítulo 1 de Vetores.
Resp. : 4/Hz =
b) Centro de Massa de Figuras
Compostas
b1) Figuras Compostas de Linhas
3.24) Determine a posição C = ( z;y;x ) do
Centróide ou Centro de Massa da Armação
metálica de 4 hastes da figura. O centróide de um
quarto de circunferência fica a uma distância de ( 2r
/ π ), de cada um de seus raios laterais. A
densidade linear das hastes é λ = 2 kg / m. Resp.:
C=(1,48;2,56;3,35) m
8 m
y
z
x
6 m
b
x
a -a -b O
y
y
z
O
z
θ
ϕ
x
R
CM
R
θ
θ
x
2RA θ=
y
x
z
CM
z
H
V=(1/3)π R2 h
R
X (cm)
y (cm)
3x6y =
2
48
X (cm)
y (cm)
3x4y =
2
32
Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 3 - Centro de Massa - 10ª Edição - 2008 Cap. 3 55
3.25) Determine a posição C = ( z;y;x ) do
Centróide da Armação metálica de 5 hastes da
figura. O centróide de um quarto de
circunferência fica a uma distância de 2r / π de
cada um de seus raios laterais. A densidade
linear das hastes é λ = 4 kg / m.
Resp.: C=(0,838; 1,46; 1,12) m
b2) Figuras Compostas de Áreas
3.26) Determine o Centro de Massa
);;( zyx da viga de material homogêneo, cuja
secção transversal é dada na figura, e cuja
profundidade ou espessura é igual a 6 m em
direção à z negativo.
Resp.: CM ≡ ( 1,06 ; 2,02 ; -3 ) m
3.27) Dada o Sistema de Referência com a
respectiva área hachurada e suas dimensões,
determinar as coordenadas do Centróide da
figura. Sabe-se que a posição do centróide da
semicircunferência fica à (4 r / 3 π ) do diâmetro
e na linha central. Resp.: C ≡ ( 4,43 ; 1,5 ) m
3.28) Dado o Sistema de Referência com a
respectiva área hachurada e suas dimensões,
determinar as coordenadas do Centróide da figura.
Resp.: C ≡ ( 4,86 ; 1,29 ) m
3.29) Dada o Sistema de Referência com a
respectiva área hachurada e suas dimensões,
determinar as coordenadas do Centróide da figura.
Resp.: C ≡ ( 5,60 ; 1,20 ) m
3.30) Dado o Sistema de Referência com a
respectiva área hachurada e suas dimensões,
determinar as coordenadas do Centróide da figura.
Resp.: C ≡ ( 4,61 ; 1,39 ) m
3.31) Dada a placa plana da figura e suas
dimensões na figura, constituída por uma parte
retangular, outra triangular e uma fenda (buraco na
placa) circular de raio r, determinar as coordenadas
do Centro de Massa da placa, CM. Resp.: (a)
m)46,2;688,0(CM ≡
3 m 4 m
3 m
y
x
C
2 m 3 m
3 m
y
x
3 m
3 m
6 m
9 m
x
6 m
y
2 m
4
y
z
x 3
(1)
(2)
(3)
(4)
(5)
3 m 3 m 1 m
3 m
y
x
0
x
y
3,0 m
0,5 m
0,8 m
1,0 m
2,0 m
Cap. 3 Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 3 - Centro de Massa - 1ª Edição - 2008
56
3.32) Dado o Sistema de Referência com a
respectiva área hachurada e suas dimensões,
determinar as coordenadas do Centróide da
figura. Resp.: C ≡ ( 4 ; 0,902 ) m
3.33) Determine as coordenadas do centro de
massa da placa hachurada da figura de
espessura e = 0,5 m, para z negativo.
Resp.: CM ≡ ( - 0,305 ; - 0,609 ; - 0,25 ) m
3.34) Determine as coordenadas do centro de
massa da placa hachurada da figura de
espessura e = 0,5 m, para z negativo.
Resp.: CM ≡ ( 2,72 ; 4,11 ; -0,25 ) m
3.35) Dada a placa da figura abaixo, de espessura
1 cm, em direção à z negativo, com duas vazantes,
um triângulo e um círculo, determine a posição do
Centro de Massa CM ≡ (x ; y ; z) da placa.
Resp.: CM ≡ ( 5,63 ; 4,41 ; - 0,005 ) m
3.36) Dada a placa da figura abaixo, de espessura
1 cm, em direção à z negativo, com duas vazantes,
um triângulo e um quarto de círculo, determine a
posição do Centro de Massa CM ≡ (x ; y ; z) da
placa.
Resp.:CM ≡ ( 8,45 ; 5,01 ; -0,005 ) m
x
y
0
3
-3 3
x
6
6
9
y
2 m
3
3
0
2 m
4 m
6 m
x
4 m
y
1,2 m
y (m)
x (m)
0
-1
6
3
6
2 5
2
6
3
9
r
Figura A i x i yi A i x i A i y i
Σ
x
r =0,5 m
-4 -2
6
y
9 m 03m
Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 3 - Centro de Massa - 10ª Edição - 2008 Cap. 3 57
3.37) Determine a localização das coordenadas
do centróide )z;y;x( , da medalha, cujo formato
de sua placa está na área sombreada da figura
abaixo. Sabe-se que a espessura da placa é
constante e mede 1 mm em direção ao eixo
negativo de z, e o arco superior da figura é feito
de ouro que tem densidade volumétrica de
massa ρou = 0,0193 g/mm3 e o retângulo e o
triângulo são feitos de prata e tem densidade
volumétrica ρAg = 0,0105 g/mm3 . Despreze a
massa da tinta das letras e do desenho impresso
na placa e considere que o centróide de um
semicírculo está a uma distância 4r/3π do seu
centro. Resp.: C ≡ ( 6 ; -3,42 ; -0,5 ) mm
b3) Figuras Compostas de Volumes
3.38) A Figura mostra um paralelepípido de 1 m de
profundidade, 8 x 8 m de face e um recorte de 3 m
no seu primeiro quadrante. Determine a posição do
Centro de Massa (xCM, yCM, zCM) do paralelepípido.
Resp.: rCM ≡ ( - 0,5 ; - 0,41 ; - 0,25) m
3.39) Duas placas de semimetais de dimensões
iguais, interligadas, e de materiais diferentes,
possuem as dimensões dadas na Figura. Determine
a posição do Centro de Massa da placa, sendo que
a densidade ou massa específica do Germânio é
5,32 g/cm3 e do Silício é 2,33 g/cm3. Resp.: CM ≡ ( 3
; 24,1; 7,5 ) cm
3.40) Com uma placa de metal, construiu-se uma
caixa em forma de cubo, sem tampa, de aresta de
60 cm de lado e espessura da placa desprezível.
Determine a posição do Centro de Massa da caixa.
Resp.:CM≡( 30 ; 24 ; 30 ) cm
z
3 m
3 m
8 m
8 m
3 m
1 m
y
x
Silício
x
z
y
Germânio Silício
y
x
15 cm
6 cm
60 cm
30 cm 30 cm
X (mm)
y (mm)
3
-10
-16
6
12
0
A Serenidade e a firmeza de propósitos éticos, a favor
de toda a humanidade, fazem da Ciência e da busca
cada vez mais cheia de discernimentos da
verdade relativa de ponta, o caminho
da compreensão e da linguagem
Uuniversal do Ser
Humano na
Terra.
y (m)
x (m)
0
-1
6
2
2
5 3
10
r
Figura A i x i yi A i x i A i y i
Σ
6
5
20
z
Cap. 3 Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 3 - Centro de Massa - 1ª Edição - 2008
58
3.41) Determine as massas dos blocos abaixo, a
fim de obter o Centro de Massa ( x ; y ; z ) da
placa de 4 materiais diferentes, Germânio (ρGe =
5,32 g/cm3), Silício (ρSi = 2,33 g/cm3), Cobre (ρCu
= 8,96 g/cm3) e Estanho (ρSn = 7,26 g/cm3),
dispostos como na figura.
Resp.: CM ≡ ( 4,75 ; 2,57 ; - 0,25 ) cm
3.42) Dada a peça de aço produzida por um
torno, determine a posição );;( zyx de seu
Centro de Massa ou Centróide. Considere que a
peça tenha o furo circular de raio 3 cm como
mostra a figura.
Resp.: CM ≡ ( -2,5; 7,62; 4,43 ) cm .
3.43) A placa homogênea e sombreada da
figura, tem espessura e = 8 mm, e massa m =
5 kg. Determine: (a) as coordenadas do centro
de massa. Resp.: CM≡ ( 34,4 ; 29,7 ; 0,4 ) cm
3.44) Dada a peça de aço produzida por um
torno, determine a posição );;( zyx de seu
Centro de Massa ou Centróide. Observação: O
centróide de área de um semicírculo está a uma
distância vertical de (4 r / 3 π) de seu centro.
Resp.: C ≡ ( - 2,5 ; 8 ; 3,6 ) cm
3.45) (a) Determine no caso dos livros empilhados e
iguais da figura, qual a posição do centro de massa
);( yx do conjunto e (b) diga se eles cairão ou não
estando nesta posição e porque. Considere na
aproximação os livros homogêneos e uniformes.
Resp.: (a) CM ≡ ( 25,5 ; 16,0 ) cm ; (b) não caem
pois o centro de massa em x é menor que a base e está
acima da base de 30 cm
3.46) Determine a posição do Centro de Massa CM
≡ ( )z,y,x do corpo da figura, sabendo-se que o
arco tem densidade linear de massa de cmg5 /=λ ,
e o retângulo e triângulo tem densidade superficial
de massa 2cmg12 /=σ . A espessura da peça é
constante e igual a 1 cm. Resp.: CM ≡ ( 30 ; 4,43 ;
0,5 ) cm
3.47) Dada a placa homogênea ABCDE e retorcida,
com uma parte, retangular, no plano xy e a outra
parte, triangular, no plano xz, sendo que ela está
Ge Si 5 cm
0,5 cm
3 cm 3 cm 3 cm
x
z
y
Cu
Sn
1 cm
2 cm
2 cm
12 cm 3 cm
9 cm 3 cm
4 cm
4 cm
y
x
z
O
5 cm
15 cm
4,5 cm y
x
z
O
4 cm
3 cm 5 cm
6 cm
50 cm
70 cm
20 cm
r = 12 cm
y
x
10 cm
50 cm
x
y
30 cm 30 cm
36 cm
28 cm
30 cm
30 cm
5 cm
8 cm
11 cm
x
y 8 cm
Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 3 - Centro de Massa - 10ª Edição - 2008 Cap. 3 59
em equilíbrio nesta posição, garantido pelo
bastão no lado AC da peça, coincidente com o
eixo x, e pelo cabo DH na ponta D, como
mostra a figura, determine: (a) o centróide
)z;y;x(C ≡ para a posição de equilíbrio da
figura; (b) Após cortar-se o cabo DH e a peça
oscilar e parar adquirindo uma nova posição de
equilíbrio, apoiada pelo bastão AC, em que
posição irá parar o centro de massa e qual o
ângulo θ que o lado AE da placa fará com o eixo
y negativo, para esta nova posição.
Resp.: (a) C ≡ ( -3,43 ; -2,86 ; -2,14 ); (b) O centro de massa irá
parar abaixo do eixo x: θ = 53,2°
3.48) Tendo a densidade dos materiais e seus
volumes tirados da figura abaixo, pode-se
determinar a massa de cada bloco da figura, e
também os centros de massa de cada bloco
parcial )z~;y~;x~( iii (tabela). As placas de 3
materiais diferentes, tem suas densidades dadas
em miligramas por milímetro cúbico como
seguem: Germânio: ρGe = 5,32 mg/mm3 ; Silício:
ρSi = 2,33 mg/mm3 ; e Cobre: ρCu = 8,96 mg/mm3
,dispostas suas dimensões como dadas na
figura. (a) Determinar o Centro de Massa
)z;y;x(C ≡ do Sistema. Resp.: CM ≡ ( 9,88 ; -1,45 ;
0 ) mm
3.49) Considere a mesa da figura, composta por 4
placas homogêneas ABCD, BCQR, CDO e ABN de
densidade superficial de massa σ = 32 kg/m2, e dois
pés de metal DE e AH que possuem densidade
linear de massa λ = 5 kg/m. Determine: (a) a
posição )z;y;x(C ≡ do Centro de Massa da
mesa; e (b) o ângulo limite entre a linha pontilhada
NH da mesa e o piso horizontal para que a mesa
quando inclinada sobre os pés N e O esteja no
limite de tombar e cair para o outro lado ao ser
abandonada. Resp.: (a) C ≡ ( 0,625 ; 1,5 ; 0,963 )
m ; (b) θlimite = 33,0°
3.50) É dado o Sistema da figura, um luminoso a
ser pendurado por um cabo, composto por um
paralelepípido e uma placa de espessura
desprezível. determine o centro de massa do
Sistema uma vez que o paralelepípedo tem
densidade volumétrica de massa igual à ρ = 1000
kg/m3 e a placa tem espessura desprezível e
densidade superficial de cargas σ = 40 kg/m2 Em
que posição (x,y,z) do topo do paralelepípido se
poderia soldar, para se pendurar, a extremidade de
um cabo no corpo rígido, de modo que a placa
permaneça com a base na horizontal, a lateral na
vertical e o sistema em equilíbrio. Resp.: P≡(0; 0,9; -
0,15)m
y
x
z
3 m
A
B C
D
H
1,8 m
E
N O
Q
R
1,0 m
1,2 m
Relações
Silício
Germânio
Cobre 1
Cobre 2
ix
~ (mm)
Vi (mm3 ) mi (mg)
Σmi=
iy
~ (mm) iz
~ (mm)
y
x
z
6 mm
8 mm
8 mm
7 mm
2 mm
3 mm
2 mm
2 mm
3 mm
Silício
Gemânio
Cobre 1
Cobre 2
18 mm
y
-15 m
- 6 m
x
z
-10 m
A
B
C D
E
H
2 m
0,5 m
0,5 m
0,3 m
0,4 m
x
y
z
A imaginação é mais
importante do que o
conhecimento.
Albert Einstein
Universidade
da
Criatividade
Cap. 3Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 3 - Centro de Massa - 1ª Edição - 2008
60
3.51) Dada a peça da figura feita de um mesmo
material, determine a posição do seu centro de massa
CM≡( z;y;x ). Resp.: CM ≡( 26,8 ; 55,9 ; -5,98 ) mm
3.52) Dada a barra de madeira AB na qual é
introduzido de forma justa um anel de um certo
material com as dimensões e distâncias dadas
na figura. Considerando que a densidade da
madeira é ρ1 = 2,36 g/cm3 determinar a
densidade ρ2 do outro material uma vez que o
centro de massa do sistema está à 13,5 cm do
ponto A. O raio da barra de madeira é de 2 cm e
o raio externo da peça do outro material é de 5
cm. Resp.: 32 cm/g08,2=ρ
3.53) Dada a peça da figura feita de materiais
diferentes, determine: (a) a posição do seu
centro de massa CM≡( z;y;x ).
Resp.: m)79,5;84,5;41,1(CM =
3.54) Na placa da figura sombreada determinar o
centro de massa, sabendo-se que o centróide de
área de um semicírculo está a uma distância 4R/3π
do seu centro. Resp.:(a)CM ≡(0,00;0,00) m
c) Teorema de Papus:
3.55) Calcule a Volume de um cone de raio da base
r e altura h, utilizando-se do teorema de Pappus e
um triângulo retângulo de base r e altura h. Resp.:
V= (1/3)π r2 h
y
x
6 m
3 m 3 m
6 m
z
y
x
r = 15
130 mm
40
20
8 26
48
16
18
18
Relações
1- ret.ABCD
2) ret.BCQR
3) triân.CDO
4) triân.ABN
5) pé DE
6) pé AH
x (m) y (m) z (m)
A(m2 )ou
L(m)
m (kg)
Σmi=
r
h
g
15 cm
B
A
6 cm
9 cm
x
z
y
x
15 m
1,5
m
2 m 2 m
1 m
12 m
4 m
Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 3 - Centro de Massa - 10ª Edição - 2008 Cap. 3 61
3.56) Calcule o Volume de um cone de raio da
base r e altura h, fazendo girar um triângulo
retângulo de base r e altura h, girando em torno
da aresta da altura. Resp.: V = (1/3) π R2 H
3.57) Calcule o Volume de uma esfera se
utilizando da área de um semicírculo girando em
torno do seu diâmetro. Resp.: V = (4/3) π r3
3.58) Determine o Volume de um toróide
(formato da câmara de ar de um pneu cheio), a
partir da rotação de um cículo de raio r, fazendo-
o girar uma volta tendo um raio interno (vazio) R;
Resp.: V = 2 π2 r2 (R + r)
3.59) A Área da Superfície de uma esfera, fazendo
girar a linha de uma semicircunferência de raio r
dado, de torno de seu diâmetro, sabendo-se que o
centróide da linha de uma semicircunferência fica a
uma distância de ( 2 r / π ) de seu centro. Resp.: A =
4 π r2
3.60) Determine o volume em cm3 e a massa de
ouro em gramas que serão necessárias para fazer
um anel da figura abaixo, uma vez que o material
do anel tem secção transversal de um semi-círculo
de raio 1,5 mm e o raio interno da aliança é de 1,25
cm. A densidade volumétrica do ouro é ρ = 19,3 g /
cm3 e o centróide de um semi-círculo fica a ( 4 r / 3
π ) do seu centro. Resp.: V = 0,292 cm3 ; m = 5,63
g
r
r
r
h
r
Vista total de cima
Secção transversal do anel
Corte lateral de lado
Diâmetro = 2,5 cm r = 0,15 cm
R = 1,25 cm
R r
Cap. 3 Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 3 - Centro de Massa - 1ª Edição - 2008
62
3.61) Calcule pelo teorema de Pappus, o
volume de uma coroa de ouro, para se colocar
em uma cabeça com 22 cm de diâmetro e cuja
secção transversal da coroa é dada na figura
abaixo. Considere que a base do retângulo mede
1,5 cm, o raio de cada círculo é 0,25 cm e a base
de cada triângulo equilátero de 0,5 cm cada .
R
r
Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 4 - Torque e Sistemas Equivalentes - 10ª Edição - 2008 Cap. 4
63
Neste capítulo iremos desenvolver cinco (5)
conceitos importantes: (1) Torque Polar ou
Torque de uma Força em relação a um Pólo; (2)
Torque Axial ou Torque de uma força em
relação a um Eixo; (3) Binário ou torque puro ou
duas forças iguais, paralelas, de sentidos
opostos e aplicadas em pontos diferentes no
corpo; (4) Sistema de Forças contínuas e
paralelas; (5) Sistemas Equivalentes de
forças e binários (Sistema de n Forças e n
Torques): que se pode transformar de forma
equivalente em: (1) um em um Sistema de uma
Força e um Torque resultantes e o Sistema de
uma força e um torque pode ser transformado
em: (2) um Sistema de uma única Força ou a
um Torsor.
4.1 – Torque Polar
O lado prático do Torque ( τr )
ou
Momento de Força (Mr ) ou
Conjugado ( Cr ):
O Torque ou Momento de uma força ou
Conjugado é um análogo de uma “Força”
rotacional ou angular, e atua no âmbito de
movimento rotacional; é uma medida da
intensidade da tendência de giro de um corpo
rígido em torno de um ponto ou um eixo, devido
a uma força ou conjunto de forças. Seu efeito é
produzir uma variação do estado de rotação ou
giro ao corpo, com maior ou menor intensidade.
A direção do Vetor Torque τ
r
é sempre na
direção perpendicular ao plano de giro dos
pontos e no sentido da aceleração angular do
corpo.
O Torque da Figura, exemplificado, é o torque de
um corpo rígido em relação ao eixo de giro.
Nota-se que ele tem a direção sempre do eixo de
giro do corpo, perpendicular ao plano de giro dos
pontos do corpo. O sentido do Torque pode ser
obtido pelo sentido da aceleração angular do
corpo. Se o corpo estiver girando com
velocidade constante seu torque é nulo. Se o
corpo estiver girando de forma acelerada,
aumentando sua velocidade angular então a
aceleração angular e o Torque estarão na
mesma direção da velocidade angular. Se o
corpo estiver girando de forma a estar
brecacando, ou diminuindo a sua velocidade
angular, em um movimento angular retardado,
então o torque e a aceleração angular estarão no
sentido inverso ao da velocidade angular.
O torque de um corpo rígido pode ser escrito
como:
α=τ
rr
IFO
onde é diretamente proporcional ao momento de
inércia I, do corpo rígido e é também diretamente
proporcional, assim como no mesmo sentido, da
aceleração angular do corpo. O momento de
inércia I, veremos no capítulo 6 representa a
inércia de rotação do corpo, ou seja, a
dificuldade de se colocar o corpo para girar de
forma acelerada, aumentando ou diminuindo a
sua velocidade angular. O momento de inércia
depende da soma geral do produto de cada
pedacinho elementar de massa do corpo e o
quadrado da sua distância ao eixo de giro.
Princípio da
Transmissibilidade
“Sempre que deslizarmos uma força ao longo de
sua linha de ação de um ponto A para outro
___________________________________________________________
Capítulo 4
Torque
e Sistemas Equivalentes
___________________________________________________________
zτ
r
zτ
r
z z
α
r
α
r
ω
r
ω
r
Movimento acelerado rotacional Movimento retardado rotacional
Cap. 4 Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 4 - Torque e Sistemas Equivalentes - 10ª Edição - 2008
64
ponto B qualquer do corpo, os efeitos mecânicos
(estáticos ou dinâmicos) do comportamento do
corpo permanecem inalterados.”
Este princípio da transmissibilidade é a razão
pela qual o vetor posição da força em relação ao
pólo é dado pela distância entre o pólo e
qualquer ponto da linha de ação da força.
Torque Polar
O Torque da força F
r
em relação ao ponto O
(pólo) é dado, matematicamente, pelo produto
vetorial entre o vetor posição r
r
da força em
relação ao pólo (que vai do pólo até um ponto da
linha de ação da força), e a Força F
r
:
FrFO
rrr
∧=τ
O torque é proporcional á distância do eixo de
giro (pólo) à linha deação da força (braço)(b), e
à força (F). Isto caracteriza o princípio da
alavanca, ou seja, quanto maior o braço da
alavanca maior o efeito do torque rotacional.
O torque é proporcional à distância do pólo até
um ponto da linha de ação da força (módulo do
vetor posição r) e à força projetada
perpendicularmente à este vetor posição, dando
máximo movimento giratório do corpo.
Por exemplo, ao se abrir uma porta, para
maximizar o torque a ela aplicado, produz-se
uma força perpendicular ao plano da porta, e
com uma máxima distância ao seu eixo de giro
(as dobradiças) para maior eficiência do torque a
ser aplicado.
onde:
F
Oτ
r
= Torque da força F
r
em relação ao
um pólo O
r
r
= vetor posição, que tem origem
no ponto de referência escolhido (pólo)
e extremidade em um ponto qualquer
da linha de ação da força, ou seja, vai
do pólo escolhido a um ponto qualquer
da linha de ação da força F
r
F
r
= Força que age no ponto P do
corpo rígido
θ = ângulo entre os vetores Fer
rr
,
quando ambos estão na mesma origem
(θ ≤ 180°)
Em módulo:
θ=τ senFrFO .
rrr
⇒ τFO = r F sen θ
O torque pode ser visto também se utilizando o
símbolo FOM
r
quando se utiliza o nome Momento
de Força ou FOC
r
quando se utiliza o nome
Conjugado de uma Força, ao invés de torque
F
Oτ
r
, no entanto, o significado é o mesmo.
Podemos analisar e visualizar o cálculo do
torque, de três maneiras distintas mas que
representam o mesmo conceito como
características diversas do mesmo produto
vetorial:
Maneiras ou Métodos de
Análise do Cálculo do
Torque Polar de uma força
1ª) Método Vetorial
(forma mais genérica)
kzzjyyixxOPr OPOPOP
rrrr
)()()( −+−+−=−=
kzjyixr OPOPOP
rrrr
++=
P ≡Ponto qualquer da linha de ação da força F
O ≡ pólo de giro escolhido para cálculo do torque
kzjyixr
rrrr
++=
)kji(F
AP
APFˆFF zyx
rrrr
λ+λ+λ=
−
−
=λ=
kFjFiFF zyx
rrrr
++=
zyx
F
FFF
zyx
kji
Fr
rrr
rrr
=∧=τ 0
)()( kFjFiFkzjyixFr zyx
F
o
rrrrrrrrr
++∧++=∧=τ
A
B
F
r
F
r
B
A
F
r
r
r
z
yO
θ
x
P
Linha de ação da força F
Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 4 - Torque e Sistemas Equivalentes - 10ª Edição - 2008 Cap. 4
65
kFyFxjFxFziFzFy xyzxyz
F
o
rrrr
)()()( −+−+−=τ
Regra cíclica:
A forma vetorial ou analítica, o 1° método de
cálculo do torque, como mostrado acima, é muito
usado em problemas mais complexos, como no
caso dos problemas tridimensionais. Sendo um
método mais técnico, menos intuitivo, diminui a
ocorrência de erros ou enganos. Por isso é
considerado o método mais genérico, valendo
em qualquer caso.
Além da forma vetorial acima, há outras duas
formas equivalentes de se calcular o torque, que
não se utilizam do cálculo matemático vetorial,
extremamente técnico. Nestes outros dois casos,
sua maior utilidade ocorre para problemas
bidimensionais, onde os eixos dos torques
aparecem mais evidentes.
2ª) Método
Posição X Força perpendicular
τ = r . F⊥
onde r = distância entre o pólo do corpo e um
ponto da linha de ação da força
⊥F = componente da força perpendicular ao
vetor r
r
= F sen θ
//F = componente da força paralela ao vetor r
r
= F cos θ
θ = ângulo entre o vetor força F
r
e o vetor
posição r
r
Vemos que:
⊥⊥ ∧+∧=+∧=∧=τ FrFrFFrFr
rrrrrrrrrr
//// )(
0º0//// ==∧ senFrFr
rrrr
⊥⊥ ==τ=τ FrsenFr º90
rrr
⇒ τ = r . F⊥
Como
F⊥ = F sen θ
então
τ = r . (F . sen θ)
como no caso do módulo do produto vetorial.
3ª) Método
Força X braço:
τ = F . b
b = braço da força F em relação ao pólo
b =distância da linha de ação da Força até o pólo
b = braço = r sen θ
Veja-se que
τ = F . b = F . (r sen θ)
Um conceito de importância e que o aluno as
vezes custa assimilar é o conceito de braço de
uma força, por isso vamos ressaltar seu
conceito. O braço de uma força é a distância
entre uma reta e um ponto. Quem é o ponto? È o
pólo escolhido. Quem é a reta? É a linha de ação
da força. A distância entre um ponto e uma reta
é a menor distância, ou seja, aquela que faz um
ângulo de 90° com a reta e passa pelo ponto.
Essa distância entre o pólo (ponto) e a linha de
direção ou de ação da força (reta) é o braço.
4.2 - Torque Axial,
Binário e Sistema de
Forças Contínuas
θ
r
r
F
r
F//
F ⊥
)( θ==τ ⊥ senFrFr
F
O
θ
O
P
F
r
θ
r
r
θ
b = r sen θ
P
O
linha de ação da força
braço
b = braço
A = polo
F = força
Linha de ação da força
y z
yF j
r
k
r
i
r
x xF
+ + +
i j k i j
+
zF
Cap. 4 Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 4 - Torque e Sistemas Equivalentes - 10ª Edição - 2008
66
4.2.1 - Torque Axial
projeção do Torque em um eixo
O torque polar é um torque que é posto como
combinação linear de três eixos triortogonais. O
torque polar projetado sobre o eixo x, o eixo y e
o eixo z.
Consideremos o torque do corpo rígido em
relação a origem do sistema de referência O,
então, o torque axial em relação ao eixos
coordenados ficam evidentes:
kji zyx
F
O
rrrr
τ+τ+τ=τ
Torque axial em x:
é o produto escalar entre o versor i
r
pelo torque
F
Oτ
r
F
Ox .i τ=τ
rr
Torque axial em y:
F
Oy .j τ=τ
rr
Torque axial em z:
F
Oz .k τ=τ
rr
kjiFr zyx
rrrrrr
τ+τ+τ=∧=τ
assim sendo, o torque projetado em x é o torque
axial em x, τx , o torque axial em y é τy e o
torque axial em z é τz . Desta forma, a soma dos
torques axiais dos eixos x, y e z nas suas
respectivas direções, resultam no torque polar
cujo polo é o cruzamento dos três eixos ou o
ponto de cruzamento dos três eixos, O. Os
torques axiais podem ser escritos da seguinte
forma:
assim sendo,
“O Torque axial em torno de um eixo definido é
dado pela projeção do torque polar sobre esse
eixo e pode ser calculado pelo produto entre o
versor do eixo e o torque polar em relação a um
pólo qualquer deste eixo.
ou
“O Torque em relação a um pólo ou ponto pode
se colocado como combinação linear dos
torques axiais dos três eixos linearmente
independentes, que passariam por esse polo.”
kji zyx
rrrr
τ+τ+τ=τ
Muitas vezes deseja-se saber qual é o torque de
uma Força em relação a um eixo escolhido λ
(BA), por exemplo. Para isso basta calcular o
torque em relação a um pólo (A) pertencente ao
eixo que se deseja obter a projeção do torque e
projetá-lo neste eixo, fazendo-se o produto
escalar entre o versor BAλ̂ ao eixo e o torque
F
Aτ
r
da força F em relação ao pólo A :
APr −=
r
222 )()()(
)()()(
BABABA
BABABA
BA
zzyyxx
kzzjyyixx
BA
BA
−+−+−
−+−+−
=
−
−
=λ
rrr
r
kji zyx
rrrr
λ+λ+λ=λ
Sendo o torque polar da força em relação a um
pólo qualquer pertencente ao eixo que se deseja
projetar (A ou B):
FrFAouB
rrr
∧=τ
Sendo que o torque polar de F projetado no eixo
BA é dado por:
F
ABABA
ˆ τ⋅λ=τ
r
Considerando o torque projetado no eixo pelo
cosseno que sai da definição de produto escalar:
θτ=θτ⋅λ=τ coscosˆ FABABA
r
Ou, projeta-se o vetor no eixo pelo produto
escalar feito vetorialmente:
)kji(.)kji(.ˆ zyxzyx
F
ABABA
rrrrrrr
τ+τ+τλ+λ+λ=τλ=τ
zzyyxxBABA τλ+τλ+τλ=τλ=τ
r
.ˆ
Considerando o torque com a força:
( )Frˆ BABA
rr
∧⋅λ=τ
Pode-se calcular o torque axial pelo
determinante:
⎟⎟
⎟
⎟
⎠
⎞
⎜⎜
⎜
⎜
⎝
⎛ λλλ
=∧λ==τ
zyx
zyx
BA
FFF
zyx)Fr(.ˆ
rr
eixo λ
B
A
F
r
r
r
BAλ
r
P
Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 4 - Torque e Sistemas Equivalentes - 10ª Edição - 2008 Cap. 4
67
No exemplo do desenho do pião, deseja-se
saber o torque do pião em relação ao eixo AB. O
torque axial à AB será a projeção de τ
r
no eixo
AB:
ατ=ατλ=τ⋅λ=ατ=τ coscoscos
rrrrrr
ABABAB
uma vezque o versor ABλ
r
tem módulo unitário
1AB =λ
r
. Pela figura:
τAB = τ cos α
Uma vez que
τ
τ⋅λ
=
τ
τ
=α r
rr
ABcos
Situações do Torque (nulo e
não nulo) de uma força Fr no
espaço em relação a um eixo
λ:
Torque não nulo:
O torque de uma força F
r
em relação a um eixo
λ, na direção dos pontos AB, e de versor λê não
é nulo quando AB e F pertencem à retas
reversas:
Torque nulo:
De outra forma o torque de uma força F
r
em
relação a um eixo e de direção AB de versor λê
é nulo, ABτ
r
= 0, se:
(a) a linha de ação da força F for paralela ao
eixo e de versor λ ; ou
(b) a linha de ação da força passar pelo eixo e
de versor λ.
Ou seja: 0=τ FAB
rr
se:
ou
4.2.2 - Binário
Binário é um torque puro, cuja resultante das
forças é nula.
“Um binário se caracteriza por duas forças:
(a) iguais ou seja, de mesma intensidade
(b) paralelas
(c) sentidos opostos e
(d) aplicadas em pontos distintos do corpo
Um binário indica um torque puro uma vez que a
soma das duas forças dá resultante nula. No
entanto, como estão aplicadas em linhas de
ação diferentes elas dão uma tendência de giro
ao corpo que corresponde ao Torque.
A intensidade do binário é igual ao produto de
uma das forças pela distância entre suas linhas
de ação.
Um binário fornece sempre o mesmo torque
sobre o corpo, independentemente do ponto de
aplicação escolhido (ou pólo).
d/2
d/2
F
r
F
r
− O
A
B
τ
r
Binário agindo em um corpo rígido
M binário = ± F . d
O Binário não tem ponto de aplicação
τ
r
B
0
y
z
x
ABλ̂
A
θ
F
r
r
r
F
r
// à λ̂
λ̂
a)
A B e
Eixo e ∈ plano
µ= eFF ˆ
r
λ=λ êˆ
d λλ =τ êdF
Fr
Força F e eixo λ estão em
direções reversas
A B
b)
λ̂
Linha de ação de F
r
passa pelo eixo q
F
r
A
B
e
P
Cap. 4 Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 4 - Torque e Sistemas Equivalentes - 10ª Edição - 2008
68
A soma dos Torques produzido pelas duas
forças que formam o Binário, fornece sempre o
mesmo valor, independente do pólo utilizado
para cálculo. Com o exemplo, vamos calcular o
torque em relação aos pontos A , B e O,
valendo o mesmo para qualquer outro ponto P.
Como se mostra abaixo:
pólo em A :
dFdFiFA −=−=τ 0
r
↻
pólo em B :
dFdFiFB −=+−=τ 0
r
↻
pólo em O :
dFdFdFiFO −=−−=τ 22
r
↻
4.2.3- Sistema de Forças
Contínuas e Paralelas
Em uma superfície pode haver forças
distribuídas continuamente provocadas por
ventos ou líquidos sobre uma parede. Quando
estas forças são contínuas e paralelas é sempre
possível reduzí-la a uma única força resultante
aplicada ao Centróide de Área, análoga ao
Baricentro (G), só que de forças paralelas
originadas por outra fonte de forças que não os
pesos necessariamente, mas podendo ser
também originarias de pesos de outros corpos.
Estas forças aparecem como escoamento
dinâmico de líquidos em uma superfície ou peso
do material espalhado na superfície, ou pressão
de um líguido em uma parede do recipiente.
Podemos definir para cada ponto desta
superfície uma densidade superficial de forças
)m/N(ppressão
Ad
Fd 2
F ===σ
ou a tão conhecida grandeza chamada pressão
σF = p (força por unidade de área) que pode ser
medida no Sistema Internacional em Pa (pascal)
= 1 N / m2 .
A distribuição de forças ao longo de uma
superfície pode ser designada em função das
coordenadas da superfície, para isso podemos
representá-lo como um diagrama, cuja
intensidade da força dá a altura da área
proporcional em cada ponto.
Muitos dos casos destas pressões de superfície
caem dentro de um caso particular em que há
um perfil de forças em uma linha, mas na
profundidade deste perfil linear as forças se
mantém constante ao longo de cada linha de
profundidade desse perfil. Sendo assim
podendo-se reduzir a distribuição de forças de
uma área, a uma linha com uma única dimensão,
a dimensão linear, já que a profundidade pode-
se pegar um coordenada no centro da dimensão
de profundidade. Querendo-se a pressão
daquela área basta dividir a densidade linear de
força no perfil pela profundidade e. Estes
diagramas poderão ser reduzidos a um Centro
de Forças Paralelas análogo ao Baricentro,
ponto este que atuará está Força Resultante,
cuja posição de atuação tem forma análoga de
cálculo ao realizado na localização do Centróide
de área da figura da intensidade de forças
versus a dimensão da linha de sua atuação. E
definimos assim a densidade linear de forças:
)m/N(p
dL
dF
FF ll =σ==λ
Densidade Superficial de
Forças ou pressão: σF = p
A pressão se caracteriza em uma superfície de
área A = l . L = profundidade vezes largura, de
onde sai uma Distribuição Superficial de Forças,
que podemos definir :
Fσ = Ad
Fd = pressão = p ( N / m2 )
que recebe o nome especial de pressão, medida
em N/m2 ou pascal = Pa no sistema
internacional.
Densidade Linear de Forças
Fλ
Se em cada linha da dimensão de frente a força
repete sua intensidade ao longo de toda a
profundidade “ l ”, podemos caracterizar uma
outra grandeza, que é a Distribuição Linear de
Forças e definir uma densidade linear de forças,
caracterizando um reducionismo da densidade
superficial. O valor médio de sua profundidade
se reduz à 2/y l= . A densidade linear de forças
se iguala ao produto da espessura pela pressão.
)m/N(p
dL
dF
FF ll =σ==λ
y Fσ
x
L
l
(a)
λ2
Fλ
λ1
x
L 0
2
L)(
F 21R
λ+λ
=
(b)
Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 4 - Torque e Sistemas Equivalentes - 10ª Edição - 2008 Cap. 4
69
No caso do exemplo dado da trapésio da figura
temos que a força resultante no baricentro da
figura resulta no valor e posição representados
na figura abaixo.
Casos particulares conhecidos:
Retângulo
Se a distribuição de forças tiver uma densidade
linear de forças ao longo de um eixo, que seja
constante, teremos então a força resultante total
do segmento L, como sendo a área sob a curva,
no caso a área do retângulo, FR = λ L tendo
como posição de força única’, o centróide do
retângulo, na posição 2/Lx = que é a posição
do centróide de área do retângulo.
Triângulo
Se a distribuição de forças tiver uma densidade
linear de forças variando ao longo do corpo
linearmente com o eixo x, formando a área de
um triângulo, a força resultante será à área do
triângulo, FR = λL/2 = área do triângulo, tendo como
‘centro dessa força’, que substitui o conjunto das
forças contínuas, o centro CF na posição do
centróide do triângulo que no caso do exemplo
abaixo é 32 /Lx = , tendo a força total que atua
nesta posição, uma equivalência a todas as
outras forças distribuídas continuamente.
Figura qualquer
Se a distribuição de forças, tiver uma figura
qualquer ao longo de uma linha, teremos como
força resultante, a área sob a curva e como
posição desta resultante o centróide de área da
figura em questão.:
∫∫ λ== dxdFF FR
r
cuja força total é a área sob a curva e com
‘centro de força’ CF na posição,
R
F
F
F
F
dxx
dx
dxx
dF
dFx
x ∫
∫
∫
∫
∫ λ=
λ
λ
==
que é a posição do centro de força resultante.
Forças Contínuas separadas
em Figuras Simples
De um conjunto de figuras podemos separá-las
em figuras mais simples, a exemplo da figura
abaixo, um trapézio, que podemos separar em
um triângulo e um retângulo, e reduzir o conjunto
a um sistema de duas forças e a partir das duas
forças usar o centro de força em somatório para
reduzir a uma única força como sejam: triângulo
mais retângulo da figura, que coincide com o
centróide de área da figura:
Fλ
λ
x
L 0
curvaasobÁreadFFR == ∫
r
x
λ F = f (x)
Fλ
λ
x
L 0
FR = λL / 2 = Área
Lx )3/2(=
λ F =
L
λ
x
Fλ
λ
x
L 0
FR = λ L
2/Lx =
λ = const
Fλ
x
L 0
λ1
λ2
(c)
x
FR 2
L)(dAdxdFF 21FR
λ+λ
==λ== ∫ ∫ ∫
A
dAx
dx
dxx
dF
dFx
x L
F
L
F
L
∫
∫
∫
∫
∫
=
λ
λ
==
O baricentro de forças coincide como o centróide de área xv
FR = Área = ( λ1 + λ2 ) . L / 2
l /2
x
(d)
x
y
Cap. 4 Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 4 - Torque e Sistemas Equivalentes - 10ª Edição - 2008
70
Podemos separar a figura em duas: o triângulo,
com sua força total atuante em L/3, e intensidade
igual à área do triângulo e o retângulo terá sua
força atuante em L/2 e força como a área do
retângulo. A intensidade das forças será a área
das figuras parciais. Para compor das duas
forças uma única temos que a força resultante é
a soma das forças parciais e a posição:
∑
∑=
i
ii
F
Fx~
x
∑
∑=
i
ii
F
Fy~
y
∑
∑=
i
ii
F
Fz~
z
onde
n21iR F...FFFF
rrrrr
+++==∑
De forma contínua temos, em coordenadas
cartesianas:
∫
∫
∫
∫
λ
λ
==
L F
L F
dx
dxx~
dF
dFx~
x
∫
∫
∫
∫
λ
λ
==
L F
L F
dy
dyy~
dF
dFy~
y
∫
∫
∫
∫
λ
λ
==
L F
L F
dz
dzz~
dF
dFz~
z
onde
∫∫ λ==
L
FR dqdFF
4.3 – Sistemas
Equivalentes
Torque Resultante
O Torque Resultante é a soma de todos os
torques que atuam em um corpo rígido e sob o
ponto de vista dos efeitos produzidos se iguala
ao produto do momento de inércia total ou
inércia de rotação I, (que será definido no
Capítulo 6, mais adiante), com a aceleração
angular, α
r
.
α=τ=τ ∑
rrr
Ii
4.3.1 - Redução de um
Sistema de Forças e Binários
a um Sistema de uma Força e
um Binário Resultantes
Um Sistema de n Forças e n Binários sempre
pode ser reduzido a um Sistema Força-Binário
Resultantes, em um ponto qualquer, que seria
equivalente ao primeiro sistema, ou seja, um
Sistema de uma Força Resultante e um Torque
Resultante. Isso pode ser visto na figura a
seguir. As expressões de equivalencia estariam
ligadas à: (a) força resultante que seria a soma
vetorial de todas as forças do sistema de n
forças, e (b) torque resultante em relação a um
pólo qualquer escolhido, que resultaria da soma
dos torques de todas as forças em relação
àquele pólo e a soma de todos os binários que
atuariam no corpo. Essas duas expressões
vetoriais garantem a transposição para o novo
sistema reduzido e equivalente.
4.3.2 - Redução de um
Sistema Força e Binário
Perpendiculares, a um
Sistema de uma única Força
Em uma segunda etapa se o Sistema Força-
Binário resultantes em relação a um polo A
qualquer, tiver a força resultante perpendicular
ao Binário resultante em relação a A, então é
possível reduzir este Sistema a uma única Força
em um ponto P, a ser calculada sua posição.
Para isso basta transportar essa força para uma
posição (P) em que o torque resultante neste
novo ponto, em relação ao pólo de onde ela
estava (A), seja igual ao torque resultante do
sistema anterior em relação a A.
A
R R
PemF
A τ=τ
rr
λ2
Fλ
λ1
x
L
F∆
F
2/Lx =Π
x
3/Lx =∆
(1) Sistema de Forças e Binários
(2) Sistema Força-Binário
Resultante em A
∑∑ τ+τ=τ i
F
AR
i
A
rrr
1P
RF
r
NF
r
1F
r
2P
nP
A
A
Rτ
r
...
∑= iR FF
rr
2F
r
nτ
r
θ
2τ
r
1τ
r
FR= F∆+ F =Área do trapézio= ( λ1+λ2)L/ 2
Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 4 - Torque e Sistemas Equivalentes - 10ª Edição - 2008 Cap. 4
71
4.3.3 - Redução de
umSistema Força-Binário
Resultantes e não Perpendiculares a
um Torsor (Força e Binário numa
mesma direção)
No caso do Sistema Força-Binário obtido não
formar um ângulo de 90° entre os vetores Força
Resultante FR e Binário Resultante τR, então,
não é possível transformá-lo em um Sistema de
uma única força, mas é possível transformá-lo ou
reduzí-lo a um torsor, ou seja, um Sistema de
uma força e um binário na mesma direção da
força. Para isso deve-se projetar o torque
resultante na direção perpendicular à força
resultante,
⊥
τR
r
, e na direção paralela a força
resultante,
//Rτ
r
, de tal forma que para estas
expressões, podemos escrever
matematicamente:
Consirando o versor na direção a força:
R
R
F
F
Fˆ
R r
r
=λ
A projeção do torque polar na direção da força é
o produto escalar entre o versor da força e o
torque polar:
AR// RFR .
ˆ τλ=τ
r
O resultado do produto escalar é um escalar, um
número com um sinal, e se der positivo é porque
a projeção ficou no mesmo sentido da força, se
negativo, ficou no sentido inverso ao da força.
E portanto o torque resultante, paralelo a força,
de forma vetoria será dado pelo torque escalar
produto pelo versor da força.
R//// FRR λ̂τ=τ
r
Para determinação do torque resultante
perpendicular à força, fazemos a subtração
vetorial :
//A RRR τ−τ=τ ⊥
rrr
Para a redução ou eliminação do torque
perpendicular à força, devemos igualá-lo com o
torque da força resultante em um outro ponto a
ser determinado (pólo P, no desenho) em
relação ao ponto em que a força estava (A) ao
ser reduzida ao Sistema força-binário inicial,
portanto, para equivalência entre os dois
sistemas, deve-se exigir que:
⊥τ=τ R
PemF
A
R rr
4.4 – Resumo do
Capítulo 4
Conceitos estudados:
(1) Torque Polar :Torque de uma Força em relação a um Pólo
(2) Torque Axial: Torque de uma força em relação a um Eixo
(3) Princípio da Transmissibilidade
(4) Binário
(5) Sistemas Equivalentes de Forças:
(a) Redução de Forças contínuas e paralelas a uma única Força
(b) Sistema de n Forças e n Binários⇒Sistema de uma Força-Binário
(c) Sistema de uma Força-Binário ⇒Uma única Força ou um Torsor.
(1) Torque Polar:
(2) Principio da Transmissibilidade:
(3) Binário: dFFO =τ (torque puro)
Duas forças : (a) Iguais (mesmo intensidade) ; (b) Paralelas ; (c)
Sentidos opostos ; (d) Aplicadas em pontos diferentes
Características: (a) Força resultante é nula ; (b) Não tem ponto
específico de aplicação no corpo, podendo ser qualquer ponto ; (c)
Direção do Binário: perpendicular ao plano das forças e no sentido da
regra da mão direita; (d) Pode ser calculado usando qualquer pólo e
somando–se os torques das duas forças ; (e) Módulo do Torque
resultante é dF=τ .
(2) Sistema Força-Binário
resultantes em A formando
entre si um ângulo de 90º (3) Sistema de uma única
Força em P
A
RF
r
P
A
R R
PemF
A τ=τ
rr
RF
r
A
ARτ
r
RF
r
A
A
RF
r
θ
⊥τR
r
//Rτ
r
(2) Sistema Força-Binário em O
sendo o ângulo entre eles
θ ≠ 90° (3) Torsor
⊥τ=τ R
PemF
A
R rr
//Rτ
r
Rτ
r
P
A
B F
r
F
r
B
A
“Sempre que deslizarmos
uma força ao longo de sua
linha de ação de um ponto A
para outro ponto qualquer do
corpo B, os efeitos mecânicos
(estáticos ou dinâmicos) do
comportamento do corpo
permanecem inalterados.”
F
r
r
r
z
y O
θ
x
P
Linha de ação da força F FrFO
rrr
∧=τ
θ=τ senFrFO
rrr
⊥=θ=τ Fr)senF(r
F
O
r
bF)senr(FFO =θ=τ
r
forçadaaçãodelinhada
ponumeextremidadepólonoorigemtem(póloaorelaçãoemforçadaposiçãovetorr =
r
Cap. 4 Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 4 - Torque e Sistemas Equivalentes - 10ª Edição - 2008
72
(4) Torque em relação a um eixo:
(5) Sistermas Equivalentes:
(a) Forças contínuas e paralelas
(b) Redução de um Sistema de n forças e n binários
a um Sistema de uma Força e um Binário:
(c) Redução de um Sistema de uma Força e um Binário
a um Sistema de uma única Força:
(d) Redução de um Sistema Força-Binário a um Torsor:
4.5 - Exercícios
Resolvidos
Torques
Sistemas Equivalentes de Forças
4.1*) Em um avião experimental estão sendo
testados os ângulos de seus jatos. Na figura
mostra-se os limites sugeridos para os jatos
laterais para uma curva em vôo. Supondo que a
força aplicada em cada jato é de F = 3.000 kN,para a configuração planejada na figura, visando
uma avaliação do seu desempenho, determine:
(a) o sistema força-binário equivalente no ponto
O ; (b) a posição em um ponto do eixo x para
equivalência do sistema de uma única força.
Solução: Esquema das equivalências: Sistema de
Forças ≡ (a) Sistema Força-Binário em O ≡ (b)
Sistema de uma única força em P no eixo x
(a) Redução a um Sistema Força-Binário em O:
Cálculo da Força Resultante em O e do Torque
Resultante em O:
∑= iR FF
rr
; ∑τ=τ i
F
OR
rr
Força Resultante:
jº18sen3000i)º18cos30003000(FR
rrr
−+= =
)kN(j927i5853FR
rrr
−=
Torque Resultante em relação ao pólo O:
)m.kN(k)15xº18sen30004xº18cos30004x3000(OR
rr
+−=τ
)m.kN(k14493OR
rr
=τ
(b) Redução do Sistema Força-Binário em O a um
Sistema de uma única força em P sobre o eixo X :
O
R R
PemF
O τ=τ
rr
⇒ OPyRR d.FO =τ
r
⇒ 14.493 = 927 . dOP ⇒
dOP = 15,64 m ( à esquerda do ponto O em x)
4.2*) Do sistema de 3 forças da figura, (a)
determine o sistema força-binário equivalente
≡
x O
FR
τR
Sistema Força-Binârio em O
(1) Sistema de n Forças e n Binários
(2) Sistema de uma Força e um Binário em O
∑∑ τ+τ=τ i
F
AR
i
A
rrr
1P
RF
rN
F
r
1F
r
2P
nP
A
A
ARτ
r
...
∑= iR FF
rr
2F
r
nτ
r
θ 1τ
r
2τ
r
(2) Sistema Força-Binário em
O com θ = 90°
A
RF
r
B
A
R R
BemF
A τ=τ
rr
RF
r
A
Rτ
r
(3) Sistema de uma
única Força em O’
RF
r
A A
RF
r
B
//Rτ
r
(2) Sistema Força-Binário
em O Sendo θ ≠ 90°
(3) Torsor
R//// FRR λ̂τ=τ
r
//Rτ
r
Rτ
r
⊥τR
r θ
//A RRR τ−τ=τ ⊥
rrr
Fλ
λ
x
L 0
curvaasobáreadxF FR =λ= ∫
r
x
λ F = f (x) ∑
∑=
i
ii
F
Fx~
x
∫
∫=
dF
dFx~
x
F
F
x O
≡
18°
Sistema de Forças no Foguete
18°
F
F
y
x
O4 m
4 m
15 m
≡
x O
FR
MR
Sistema Força-Binârio em O
x O
FR
P
Sistema de uma única força em P no eixo x
OP = X
≡
τ
r
B
0
y
z
x
ABλ̂
A
α
F
rr
r
zzyyxx
AAB ˆ.
λτ+λτ+λτ=
=λτ=τ=τ λ
rrr
d/2
d/2
F
r
F
r
− O
A
B
τ
r
Binário agindo em um corpo rígido
M binário = ± F . d
O Binário não tem ponto de aplicação
⊥τ=τ R
BemF
A
R rr
RRF FFˆ R
rr
=λ
Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 4 - Torque e Sistemas Equivalentes - 10ª Edição - 2008 Cap. 4
73
aplicado ao ponto B, base da haste fixada AB e
(b) a distância de B a um ponto E da haste AB
em que se poderia reduzir o sistema a uma única
força equivalente.
Solução:
(a) De (1) para (2) :
(a) )N(j30sen5i)30cos534(FF iR
rrrr
°+°+−== ∑
j5.2i67,2FR
rrr
+−=
∑τ=τ iB
F
BR
rr
⇒
)m.N(k)1x33,42x34x4(BR
rr
−+=τ ;
)m.N(k67,17BR
rr
=τ
(b) EemFBR
R
B τ=τ
rr
τRB=17,67= 2,67 x d BE ⇒ d BE = 6,62 m
4.6 - Exercícios
Propostos
4.1 - Torque Polar
4.3) Determinar o Torque FB
rr
τ da Força F
r
na
corda, em relação ao ponto B da base do galho
serrado da árvore. A Força é aplicada no ponto
C do galho, e puxada pelas mãos do operador
em A, , sendo que possui módulo 939,4 N.
Obtenha também o módulo deste Torque.
Resp.: )m.N(k1600j875i100FB
rrrr
++=τ ; )m.N(826.1FB =τ
r
4.4) Determinar o Torque FB
rr
τ da Força F
r
na
corda, em relação ao ponto B da base do braço
de cilindro serrado fixado no poste. A Força é
aplicada no ponto C do braço, puxada pelas
mãos do operador em A, , e possui módulo 866
N. Obtenha também o módulo deste Torque.
Resp.: )m.N(k1250j850i300FB
rrrr
++=τ ; )m.N(1541FB =τ
r
4.5) Uma grua de construção recebe em seu
cabo uma tração T = 29 kN ao puxar uma carga
da posição C. Calcule no instante da figura o
módulo do Torque produzido por esta tração em
relação à sua base em O.
Resp.: )m.kN(492Fo =τ
r
A
B
C
D
E FR
≡
A
B
C
D
FR
τR
≡
A
B
3 C
5 N
4 N
θ=30°
D
1 m
2 m
1 m
x
z
y
6 m
3 m
2 m
5 m
4 m
5 m
1,5 m
1 m
A
y
x
B
C
G
z
O
GC
6 m
3 m
2 m
6 m
5 m
5 m
1,5 m
1,5 m
A
y
x
B
z
Cap. 4 Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 4 - Torque e Sistemas Equivalentes - 10ª Edição - 2008
74
4.6) (a) Um registro de água, paralelo ao plano
xOy, para ser fechado, necessita ter uma força
de 120 N, que deve atuar paralela ao plano xOy
e perpendicular à linha do registro como mostra
a figura. Qual o torque da força F, em relação ao
pólo O, necessário à sua abertura ? Obs.
Forneça o vetor torque e seu módulo.
Resp.: )m.N(k9,23j25,4i25,4R
rrrr
+−−=τ ; τR =24,7 (N.m)
4.7) Para o corpo da figura sujeito a um sistema
de forças e torques, determine: (a) o torque que
a Força F1 faz em relação ao ponto D da figura ;
(b) o torque que a Força F2 faz com relação ao
mesmo ponto D da figura ; (c) a redução à um
sistema força-torque resultantes em relação ao
ponto D. Dê os resultados em função dos
versores cartesianos.
Resp.:(a) )m.N(k60j301FD
rrr
+−=τ ; (b) )m.N(j642FD
rr
−=τ ; (c)
)m.N(k8j6i12FR
rrrr
++−= ; )m.N(k180j184i60R
rrrr
+−=τ
4.2 - Torque Axial
4.8) Determine o Torque produzido pela força
)N(k5j8i6F
rrrr
+−+= que atua no ponto P da
porta, em relação ao eixo z da figura, ou seja,
em relação ao eixo que passa pelas dobradiças
da porta, que a faz abrir para cima. A força está
aplicada ao ponto P atuando na sua extremidade,
a fim de fechar a porta basculante do carro, cujos
amortecedores a impulsionam para cima.
Resp.: τz = –16,8 N .m
4.9) Dado a força aplicada ao corpo rígido da
figura determine o torque axial desta força em
relação ao eixo AB. Resp.: )m.N(j716AB
rr
=τ
4.10) Escreva os vetores força resultante RF
r
e
torque resultante Rτ
r
a serem aplicados no
ponto O, origem do sistema de referência,
equivalentes às forças aplicadas ao corpo rígido
mostradas na figura. Obs.: as forças são sempre
paralelas a um dos eixos.
Resp.: )N(k10j7i4FR
rrr
++−= ;
)m.N(k28j42i54R
rrrr
+−=τ
6 m
y
z
x
8 m
3 m
)N(k3j6i10F1
rrrr
++−=
)m.N(k120j90i601
rrrr
+−=τ
)N(k5i2F2
rrr
+−=
D
A
B
C
2 m
2 m
3 m
12
O
C
7 m
11 m
28 m
20 m
T
A
y
x
z
F
r
45º
O
z
y
x
20 cm
5 cm
A
P
x
y
)N(k5j8i6F
rrrr
+−+=
1,5 m
0,8 m
8
30
z
x
y
4 2
1
200 N
A
B
Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 4 - Torque e Sistemas Equivalentes - 10ª Edição - 2008 Cap. 4
75
4.11) Dado as forças NjF
rr
1501 −= e
NkF
rr
3502 = aplicadas ao corpo rígido da figura
e aplicadas no eixo y nos pontos y1 = 12 m e y2 =
5 m, respectivamente. Determine o torque axial
de cada uma destas forças em relação ao eixo
que contém os pontos OA no sentido do versor
λ̂ que pertencem ao plano xOy e faz um ângulo
de 45° em relação à horizontal.
Resp.: =τ 1FOA 01.
ˆOBF1 =τλ=τ ; m.N12372.ˆOBF2 =τλ=τ
4.12) Dado a força aplicada ao corpo rígido da
figura determine o torque axial de cada força da
figura em relação ao eixo AB, ABM
r
e seu
respectivo sentido: se λ̂ ou - λ̂ .
Resp.: )m.N(ˆ7001FAB λ=τ
r ; )m.N(ˆ10732FAB λ=τ
r ;
)m.N(ˆ15003FAB λ−τ
r ; )m.N(ˆ10004FAB λ−τ
r
Binários
4.13) Dado os 2 binários da figura determine o
torque de cada binário e o torque resultante no
corpo e seu sentido obtidos da figura (“barata de
pernas para cima”).
Resp. : )m.N(k4201
rr
−=τ ; )m.N(k2022
rr
=τ ; )m.N(k218R
rr
=τ
4.14) Determine o valor de cada um dos três
binários aplicados sobre o encanamento da
Figura: devido à F1 e F2 , à F3 e F4 e à F5 e
F6 , e forneça o torque resultante total no
encanamento e a força resultante obtida.
Resp.: )m.N(k24i241
rrr
−−=τ ; )m.N(j42i662
rr
−=τ ;
)m.N(k363
rr
=τ ; 0FR =
r
; )m.N(k12j42i42R
rrrr
+−=τSistema de Forças Contínuas e
Paralelas
4.15) (a) Reduza o Sistema de forças contínuas
paralelas, aplicadas à viga da figura, a uma força
equivalente F1 no trecho AC da viga e F2 no
trecho CB da viga da figura, e determine as
posições x’s dessas forças, ( x1 e x2 )
considerando a origem do eixo x na articulação A
(x=0) da viga. Reduza o sistema das duas forças
obtidas, a uma única força equivalente e
resultante sobre a viga, determinando-lhe sua
intensidade e sua distância xR do ponto A. Resp.:
F1 = 3200 N ; x1 = 6,33 m ; F2 = 7200 N ; x2 = 13,5 m
; FR = 10400 N ; xR = 11,3 m
800 N/m
1 m
8 m 9 m
B
A
y
xz
C
C
O
A
45° 12 m
y
λ̂
Nj150F1
rr
−=
x
Nk350F2
rr
=
z
5 m
F2 =12 N
F1 =7 N
F3 =4 N
x
z
y
F4 =2 N
3 m
4 m
O
M1 =30 N m
5 m
2 m
9 m
7 m
40°
35 N
F2 =35 N
F1 =60 N
60 N
x
z
y
40°
12
30
z
x
y
4
2
1
F2 =200 N
A B
5
λ̂
16
7 m F4 =250 N
F1 =100 N
F3 =300 N
z
y
x
2 m
9 m
3 m
3 m
)N(j8F 1
rr
=
k6F 3
rr
−=
i4F 5
rr
−=
k6F 4
rr
=
4 m
j8F 2
rr
−=4 m
O
i4F 6
rr
=
Cap. 4 Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 4 - Torque e Sistemas Equivalentes - 10ª Edição - 2008
76
4.16) (a) Determine as forças equivalentes F1 ,
F2 , F3 (da esquerda para a direita) das
distribuições de forças e seus pontos de
aplicação. Resp.: F1=1500(N) em x1 =3,5 m de A;
F2=900 (N) em x2=8 m de A; F3=10 (N) em y3=0,25 m
do topo da barra
4.17) (a) Determine as forças equivalentes F1,
F2 (da esquerda para a direita) das distribuições
de forças e seus pontos de aplicação na viga do
desenho, nas regiões AC e CB da viga,
sabendo-se que ela pesa 2000 N . Resp.: F1 =
4000(N); x1=6 m de A ; F2=3000(N) ; x2 =16m de A;
P=2000(N); x3=13 m de A
4.18) Na figura abaixo: (a) Reduza o Sistema de
forças contínuas paralelas, aplicadas à viga da
figura, a uma força equivalente F1 de A até B e
F2 de B até C e seus pontos de aplicação em
relação ao ponto A da viga. Reduza o sistema
das duas forças obtidas das forças contínuas, a
uma única força equivalente e determine sua
distância do ponto A . Resp.: F1=9000 (N) ; x1=5 m ;
F2=6750 N ; x2=15 m ;FR=15750 (N); xR=9,29 m
4.19) A barreira de água AB, está sujeita às
forças dadas na figura. (a) Determine a força
resultante e seu ponto de aplicação (C) das
forças contínuas aplicadas no lado esquerdo da
barreira, contado a partir da articulação no ponto
A, de todo o volume de água que faz pressão
sobre a barreira. Resp.:FR=16200 (kN)→;AC=6m;
4.20) Uma estante se apoia em um suporte
triangular da figura em equilíbrio, e está
vinculado ao ponto A da parede por uma
articulação fixa e ao ponto B por um rolete.
Sabendo-se que a massa do suporte triângular é
m = 1,5 kg e que ele está sujeito a uma carga
vertical para baixo de densidade linear de força
constante λF = 200 N/m na posição dada na
figura, determinar os vetores força, que podem
ser substituídos as forças contínuas sobre a
prateleira e a força resultante total das forças de
apoio e peso.
Resp.: FR = 114.7 N ; dAC = 32,5 cm
4.3 - Sistemas Equivalentes de Forças e
Torques:
Sistemas Bidimensionais
4.21) Dado o Sistema de Forças atuantes no
corpo rígido da Figura, determine: (a) a Força
Resultante: RF
r
; (b) o Torque Resultante em A:
Rτ
r
; (c) a redução do Sistema força-binário
resultante a um Sistema de uma Única Força em
um ponto da barra AB, determinando a posição
deste ponto U, através da sua distância ao ponto
A: AUd .
Resp.: )N(j220i323FR
rrr
−= ; )m.N(k780R
rr
−=τ ;
dAU=3,55 m
y
x z
G
200 N/m
A
B
9 cm
20 cm 30 cm 10 cm 3 cm
1800 kN/m
1m
18 m
A
y
B
H2O
z x
900 N/m
1m
10m 15 m
A
y
x
z
B
C
400 N/m
1m
10m 15 m
B
A
y
x
z
C
300 N/m
0,5 m
20 N/m
1m
5 m 6 m
B
A
y
x
z
3 cm
Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 4 - Torque e Sistemas Equivalentes - 10ª Edição - 2008 Cap. 4
77
4.22) Ao Sistema de Forças e Binários atuantes
na estrutura determine: (a) um Sistema Força
Resultante-Binário resultante, equivalentes no
ponto B; ( b) a posição da força resultante,
determinando-lhe sua posição de aplicação,
através de sua distância ao ponto B, sobre a
barra BC.
Resp.: )N(j166i420FR
rrr
+−= ; )m.N(k840R
rr
=τ ;d DB=2m
4.23) (a) Reduza o Sistema de forças e binários
a um sistema força-binário resultante em A ; (b)
Reduza o Sistema Força-binário em B a um
Sistema de uma única força na barra BC e
determine a distância d que esta força ficará de
B.Resp.:(a) )N(j420i760FR
rrr
−= ; )m.N(k7380BR
rr
==τ ;
(b) d = 9,71 m
4.24) No corpo rígido da figura, todas as forças
estão no plano xOy, para este caso, forneça os
vetores (a) Força resultante ; (b)Torque
resultante ; (c) Posição sobre o eixo z (na linha
OC) da força resultante que seja equivalente ao
sistema de forças dado.
Resp.: m375,0d;)mkN(i51,4;kNk5,4j12F RR =−=τ+=
rrrrr
4.25) No corpo rígido da figura, todas as forças
estão no plano zOy, para este caso, forneça os
vetores (a) Força resultante ; (b)Torque
resultante em relação ao pólo O ; (c) Posição
sobre o eixo z da força resultante, reduzindo a
uma única força que seja equivalente ao
sistema de forças dado.
Resp.: m8,3d;)m.kN(i20;)kN(k14j5F zRR O =−=τ+=
rrrrr
4.26) (a) Reduza o Sistema de forças e binários
a um sistema força-binário resultante em A ; (b)
Reduza o Sistema Força-binário em A a um
Sistema de uma única força na barra AB e
determine a distância d que esta força ficará de
A.
Resp.:(a) )N(j420i290FR
rrr
−= ; )m.N(k2640AR
rr
−=τ ; (b) d =
6,29 m
F2 = 600 N
C
F1 = 400 N
F3 = 700 N
5 m
9 m
6 m
3 m
B A
3
4
5
x
z
y
12 kN
25 kN 3 m
1,5 m
x
y
z
O
30°°
15 kN
A
B
C
kNk40F1
rr
=
5 m
3 m
x
y
z
O
60°
A
B
C
kN30F2 =
kNj20F2
rr
=
2 m
6 m
450 N
120 N
340 N.m A
B
C
4
3
60°
2,5 m 2 m
4 m
1,5 m x
z
y
5
F2 = 120 N
C
60°
F1 = 200 N
F3 = 150 N
3 m
6 m
4 m
2 m
B
A
x
z
y
Cap. 4 Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 4 - Torque e Sistemas Equivalentes - 10ª Edição - 2008
78
4.27) (a) Reduza o Sistema de 3 Forças e um
Torque da Figura a um Sistema Força
Resultante e Torque Resultante em A. (b)
Reduza agora o Sistema Força-Binário em A a
um Sistema de uma única Força na linha AB,
indicando qual a Força e em que posição (A’) ela
ficará, contando a partir do ponto A.
Resp.: )N(j2,20i26,2FR
rrr
−−= ; )m.N(k30AR
rr
−=τ ;
dAA’=1,49 m
4.28) Um martelo na tentativa de retirada de um
prego introduzido torto sobre uma peça de
madeira, faz o esforço de retirá-lo através de
uma força horizontal F aplicada sobre seu cabo
na posição indicada na figura. Determine a força
F mínima para sua retirada, considerando que a
madeira exerça sobre o prego uma força de
restrição (vínculo) de 700 N na direção do prego
e o ângulo do prego com a perpendicular à
madeira é θ = 30°. Resp.: F = 139 N
Sistemas Equivalentes de Forças e
Torques:
Sistemas Tridimensionais
4.29) No corpo rígido da figura, forneça os
vetores Torque resultante e Força resultante em
relação à origem O.
Resp: )kN(k30j47i12FR
rrrr
+−−= ; )m.kN(k2,52j67i5,40R
rrrr
+−−=τ
4.30) Determine a Força Resultante e o Torque
Resultante que a asa esquerda da aeronave
provoca na solda do centro de massa de sua
fuselagem em O, uma vez que a sua turbina
realiza neste instante um arranque de 7 kN e a
aerodinâmica de sua asa uma força de42 kN
para cima, no ponto A. A massa da asa é de 2,0
Mg (megagramas = 106 g). O centro de massa da
asa esta no ponto G.
Resp.: )kN(k4,22i7FR
rrr
+= ; )m.kN(k63j14i6160R
rrrr
−−=τ
4.31) (a) Reduza o Sistema de 4 forças e um
binário, a um sistema de 1 força e 1 binário
resultantes no ponto O da figura ; (b) Reduza o
sistema força-binário em O a um sistema de uma
única força sobre o eixo y entre os pontos O e A,
determinando a que distância y’ do ponto O,
ficará a força resultante.
Resp.: )N(k55i154FR
rrr
−= ; )m.N(k2238i800OR
rrr
−−=τ ;
y’=14,5m
F2 = 300 N
C
F1 = 200 N
F3 = 150 N
5 m
9 m
6 m
3 m
B A
x
y
3
45 z
5 m 4 m 8 m
2 m
7 kN
42 kN
O
G
x
y
z
A
P
40 kN..m
15 kN
50 kN
12 kN (direção de x)
18 kN
3 m
1,5 m
0,9 m
x
y
z
30 kN
O
15 m
8 m 10 m
F3= 10N
F2= 8 N
F1= 12N
A
35°
τ1= 300,4 N m
13 m
B
C
y
θ
z
700 N
C
A
F
8 4
AB =35 cm
x
B
15°
D
Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 4 - Torque e Sistemas Equivalentes - 10ª Edição - 2008 Cap. 4
79
4.32) Escreva os vetores força resultante RF
r
e
torque resultante Rτ
r a serem aplicados no ponto
O, origem do sistema de referência, equivalentes
às forças aplicadas ao corpo rígido mostradas na
figura. Obs.: as forças são sempre paralelas a
um dos eixos.
Resp.: )N(k10j7i7FR
rrrr
++−= ; )Nm(k15j4i29OR
rrrr
+−=τ
4.33) Determine o vetor Força Resultante e o
vetor Torque Resultante em relação a O do
Sistema de Forças aplicadas ao Sistema de
canos da figura.
Resp.: )N(k1j6i4FR
rrrr
++−= ; )m.N(k20j35i41OR
rrrr
++=τ
4.34) Determine o vetor Força Resultante e o
vetor Torque Resultante em relação a O, do
Sistema de Forças aplicadas ao Corpo da
figura.Resp.: )N(k12j15i6FR
rrrr
−−−= ;
)m.N(k16j32i48OR
rrrr
++−=τ
4.35) Dado as duas vigas interligadas da figura e
sujeitas às cargas designadas, reduza o sistema
de forças e torques, a um sistema força
resultante e torque resultante em A, origem do
sistema de coordenadas.
Resp.: )kN(k10j25i15FR
rrrr
+−= ;
)m.kN(k135j100i5,31AR
rrrr
−+=τ
4.36) No Sistema de 3 Forças (paralelas aos
eixos da figura) que agem no pendurador,
verifique as ações equivalentes que agem na
raiz de fixação, ponto B, origem do Sistema de
Referência, determinando: (a) o vetor Força
Resultante; (b) o vetor Torque Resultante em B;
(c) os módulos da Força e do Torque
Resultantes em B.
Resp.:(a) )N(k50j20i5FR
rrrr
−+= ;(b)
)m.N(k25,0j6,3i4,3BR
rrrr
−−−=τ ;(c) )N(1,54FR = ;
)N(96,4BR =τ
50 N
20 N
5 N
0,08 m
0,1 m
0,05 m
0,05 m
0,05 m
B
y
z
x
0,22 m
z
y
x
1,5 m
6 m
2 m
2,5 m
)N(j8F 1
rr
=
k6F 2
rr
−=
i4F 5
rr
−=
k7F 4
rr
=
4 m
j2F 3
rr
−=3 m
O
F2 =12 N
F1 =7 N
F3 =4 N
x
z
y
F4 =2 N
5 m
4 m
3 m
O
F5 =3 N
20 N
179 N
31,7 N
=τx 243,1 N.m
50 N
30°
12,5m
3,5m
27 m 8 m
O
y
x
z
A
z
x
y
12 m
2 m
0,3 m
8 m
kNk20F2
rr
−= kNk30F1
rr
=
kNi15F3
rr
=
kNj25F4
rr
−=
)m.kN(i101
rr
−=τ
4 m
A
6 m
0,3 m
z
x
y
5 m
8 m
6 m
2 m
1,5 m
)N(j20F1
rr
−=
)N(k8F2
rr
−=
)N(k4F3
rr
−=
)N(i6F4
rr
−=
)N(j5F5
rr
=
O
Cap. 4 Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 4 - Torque e Sistemas Equivalentes - 10ª Edição - 2008
80
4.37) O avião abaixo, está em equilíbrio de
translação e aplica neste instante, as seguintes
forças ao girar os aerofólios a fim de fazer girar o
avião: no ponto A≡(-0,8; -3; 0) m uma força
)kN(k6FA
rr
−= ; no ponto B≡(-9; 1,2; 0) m, uma
força )kN(k14FB
rr
= ; e no ponto C≡(-9; 0; 0,7) m
uma força )kN(j8FC
rr
−= ; fazendo com que o
avião gire e translade em torno do seu centro de
massa. Ainda assim, se aplica forças de empuxo
adicional às duas hélices dianteiras de valores
T1 = T2 =10 kN, simétricos em relação ao centro
de massa G, aplicadas na direção das asas, nas
posições, H1 ≡(0,5; 2; 0) m, e H2 ≡(0,5; -2; 0) m
como mostra a figura, a fim de aumentar a
velocidade linear do avião no espaço.
Determinar: (a) a Força Resultante sobre o
avião; (b) o Torque de cada uma das 5 forças em
relação ao centro de massa G do avião, centro
do Sistema de coordenadas (x,y,z); (c) o Torque
Resultante sobre o avião.
Resp.: (a) )kN(k8j8i20FR
rrrr
+−= ; (b)
)m.kN(j8,4i18AFG
rrr
−=τ ; )m.kN(j126i8,16BFG
rrr
+=τ
; )m.kN(k72i6,5CFG
rrr
+=τ ;
)m.kN(k201TG
rr
−=τ ; )m.kN(k202TG
rr
=τ ;
(c) )m.kN(k72j121i4,40R
rrrr
++=τ
4.38) Um avião, estando em equilíbrio de
translação, aplica neste instante, as seguintes
forças ao girar os aerofólios a fim de fazer girar o
avião: no ponto A≡(0; 19; 0) m uma força
)kN(k12FA
rr
= ; no ponto B≡(-30; 16; 2) m, uma
força )kN(k15FB
rr
= ; e no ponto C≡(-30; 0; 3) m
uma força )kN(j8FC
rr
−= ; fazendo com que o
avião gire e translade em torno do seu centro de
massa. Ainda assim, aplica forças de empuxo
adicional aos dois jatos dianteiros de valores TJ1
= TJ2 =7 kN, simétricos em relação ao centro de
massa G, aplicadas abaixo das asas, nas
posições, J1 ≡(0; 11; -2) m, e J2 ≡(0; -11; -2) m
como mostra a figura, a fim de aumentar a
velocidade linear do avião no espaço, mas
também aplicando-lhe um torque em relação a
G. Determinar: (a) a Força Resultante sobre o
avião; (b) o Torque de cada uma das 5 forças em
relação ao centro de massa G do avião. (c) o
Torque Resultante sobre o avião.
Resp.: (a) )kN(k27j8i14FR
rrrr
+−= ; (b)
)m.kN(i228AFG
rr
=τ ; )m.kN(j450i240BFG
rrr
+=τ ;
)m.kN(k240i24CFG
rrr
+=τ ; )m.kN(k77j141JFG
rrr
−−=τ ;
)m.kN(k77j142JFG
rrr
+−=τ ; (c)
)m.kN(k240j422i492RFG
rrrr
++=τ
4.39) Considerando o sistema de mancais e polias
com correias da figura, determinar: as forças de reação
sobre a extremidade do eixo AB exercido pelo mancal
A que é um mancal simples; as forças de reação sobre
o mancal B que é um mancal de encosto; e a força F
aplicada a um lado da correia da polia C como mostra
a figura; a fim de manter todo o sistema em estado de
equilíbrio de translação e rotação. Considere que a
correia de força 90 N na polia C, faz um ângulo de θ =
30º com a vertical (z) e que os mancais estão
alinhados e exercem apenas forças de reação (não de
torques) sobre o eixo AB.
Resp.: )N(k110F
rr
−= ; )N(k124i3,85A
rrr
+= ;
)N(k4,64i7,89B
rrr
+=
O
G
x
y
z
A
B
C )kN(j8F C
rr
−=
)kN(k15F B
rr
=
)kN(k12F A
rr
=
)kN(i7F 1J
rr
=
)kN(i7F 2J
rr
=
z
x
y
)kN(k14F B
rr
=
)kN(j8F C
rr
−=
)kN(k6F A
rr
−=
)kN(i10T1
rr
= )kN(i10T 2
rr
=
A
B
C
F
θ
90 N
50 N
80 N
0,3 m
0,2 m
1,2 m
0,8 m
1,5 m
y
z
x
A
B
C
D
Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 5 - Equilíbrio do Corpo Rígido - 10ª Edição - 2008 Cap. 5
81
5.1 – Definições
Observacionais e Causais
do Equilíbrio
Definição:
Equilíbrio de uma Partícula (ou
ponto material):
Definição através das causas do movimento:
“Uma partícula está em equilíbrio quando está livre
da ação de forças, ou seja, a soma das forças que
atuam sobre ela é nula.”
Definição através dos efeitos do movimento:
“Uma partícula está em equilíbrio quando seu vetor
velocidade é constante, ou seja, sua aceleração é
nula.”
Definição:
Equilíbrio de um Corpo Rígido:
Definição através das causas ou dinâmica do
movimento:
“Um corpo rígido está equilíbrio quando está em
equilíbrio de translação e rotação simultaneamente.”
“Um corpo rígido está em:
(a) Equilíbrio de Translação:quando está livre da
ação de forças, ou seja, a soma das forças que atuam
sobre ele é nula.
(b) Equilíbrio de Rotação: quando está livre da ação
de torques, ou seja, a soma de todos os torques
sobre o corpo é nulo, ou ainda, o torque resultante é
nulo. ”
Definição através dos efeitos físicos observáveis ou
efeitos cinemáticos do movimento:
“Um corpo rígido está em :
(a) Equilíbrio de Translação quando seu vetor
velocidade é constante, ou seja, a aceleração é
nula.
Equilíbrio de Translação: a = 0:
1) Repouso: v = cte = 0 ou
2) MRU: v = cte ≠ 0
0amFR ==
vr
(b) Equilíbrio de Rotação quando seu vetor
velocidade angular é constante, ou seja, sua
aceleração angular é nula.”
Equilíbrio de Translação: α = 0
1) Repouso Rotacional: ω = cte = 0 ou
2) Mov. Rotacional e Uniforme: ω = cte ≠ 0
0IR =α=τ
rr
Esquematicamente:
(1) a Força Resultante sobre ele é nula
(Equilíbrio de Translação) e
___________________________________________________________
Capítulo 5
Equilíbrio do Corpo Rígido
___________________________________________________________
0amFF iR === ∑
rrr
0IiFOR i =α=τ+τ=τ ∑∑
rrr
0=⇒=
MM CC actev
vr
0.const =α⇒=ω rr
0=
MCa
r
0FR =
r
.const=ω
r
ctev
MC =
r
0=α
r
Fig. Corpo Rígido em Equilíbrio
G
∑ =τ=τ 0iFOR
rr
0== ∑ iR FF
rr
0=a
r
.constv =
r
Cap. 5 Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 5 - Equilíbrio do Corpo Rígido - 10ª Edição - 2008
82
(2) o Torque Resultante sobre ele é nulo (Equilíbrio de
Rotação).”
Matematicamente:
a) Equilíbrio de Translação: 0amF CMR ==
rr
RF
r
= força resultante no corpo
m = massa ou inércia de translação
MCa
r = aceleração do Centro de Massa
b) Equilíbrio de Rotação: 0=α=τ rr IR
Rτ
r = torque resultante no corpo
I = Momento de Inércia
α
r = aceleração angular do corpo
(1) a aceleração de seu Centro de Massa é nula
(equilíbrio de translação). Se isso ocorre o vetor
velocidade do Centro de Massa do Corpo Rígido é
constante, o que resulta que o Centro de Massa do
corpo está ou em
(a) repouso ( MCv
r
= const.=0 ⇒ CM parado) ou em
(b) Movimento Retilíneo e Uniforme (
MCv
r
= const. ≠
0 ⇒ MRU do CM)
(2) sua aceleração angular é nula (equilíbrio de
rotação). Se isso ocorre o vetor velocidade angular
é constante, podendo o corpo neste caso:
(a) não girar ( ω
r
= const. = 0 ⇒ corpo não gira) ou
(b) estar em Movimento de Rotação Uniforme (ω
r
= const. ≠ 0 ⇒ MRU).
De forma esquemática:
onde:
MCa
r
= aceleração do Centro de Massa
MCv
r
= velocidade do Centro de Massa
ω
r
= velocidade angular (ômega)
α
r
= aceleração angular (alfa)
A Força Resultante retrata a causa do Movimento
de Translação. O efeito físico produzido e
observado é a aceleração do CM do corpo.
Quem dificulta ou facilita a relação da
variação do efeito produzido pela causa é a
inércia de translação e a grandeza que mede
essa inércia de translação de um corpo é a
massa m desse corpo.
O Torque Resultante retrata a causa do
Movimento de Rotação. O efeito físico
observado e produzido é a aceleração angular
do corpo. Quem dificulta ou facilita a relação
do aumento ou diminuição desse efeito
produzido, a aceleração angular, é a inércia
de rotação ou a grandeza momento de inércia
I do corpo em torno de um eixo especifico.
Def.: Inércia: medida da dificuldade de se
tirar:
(a) o centro de massa CM do corpo rígido do
seu estado de repouso ou Movimento
Retilíneo e Uniforme (Inércia de Translação) ;
a massa m é uma medida desta Inércia de
Translação; ou
(b) o corpo rígido de seu estado de
Movimento de Rotação Uniforme (Inércia de
Rotação) em torno de um eixo; o Momento
de Inércia I é uma medida da Inércia de
Rotação.
Def.: Momento de Inércia: I = momento de
inércia de um corpo = medida da inércia de
rotação de um corpo. Medida da dificuldade
de se produzir variação da velocidade
angular, ω
r
, de um corpo rígido em relação a
um eixo de giro definido.
Def.: Força Resultante: Chama-se força
resultante sobre um corpo à soma de todas as
forças externas ou de vínculo que atuam
sobre o corpo. A soma das forças internas de
um corpo se anulam mutuamente.
0;)( intint =+= ∑∑ ernasiernasiexternasiR ffFF
rrrr
∑= externasiR FF
rr
=∑ iF
r
∑= iR FF
rr
Forças Internas e Externas:
No Sistema de Partículas, as partículas
exercem forças entre si, o que denominamos
de Forças internas ijf ou seja, a força que a
partícula i faz na partículas j onde i, j = 1, 2,
3,..., n, mas que no entanto, pelo princípio da
ação e reação a força que a partícula i faz
sobre a partícula j é igual e de sinal contrário
MCa
r
RF
r
(efeito)
(causa)
m
RF
r
= m.
MCa
r
a) Equilíbrio de Translação:
MCa
r
= 0
MCv
r
= const. = 0 ⇒ CM em repouso ou
CMv
r
= const. ≠ 0 ⇒ CM em MRU
b) Equilíbrio de Rotação:
α
r
= 0
ω
r
= cte = 0 ⇒ não gira ou
ω
r
= cte ≠ 0 ⇒ MRU
I
α
r
Rτ
r
(causa)
(efeito)
α=τ
rr
IR
Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 5 - Equilíbrio do Corpo Rígido - 10ª Edição - 2008 Cap. 5
83
à força que a partícula j faz sobre a partícula i,
jiij ff
rr
−= . Como as duas partículas fazem parte
do mesmo corpo estudado, essas forças internas
que se anulam mutuamente para todo o Sistema de
Partículas, no entanto, recebem Forças de outros
corpos fora do Sistema que denominamos Forças
externas, na qual a soma dessas Forças externas,
não podem se equilibrar internamente dando como
força final o que denominamos de Força Resultante
:
∑∑ ∑ =+= extextintR FFfF
rrrr
∑ = 0fint
r
Def.: Momento Resultante ou Torque Resultante:
Chama-se Torque resultante sobre um corpo a
soma dos Torques de todas as forças externas que
atuam sobre o corpo. A soma dos torques das
forças internas também se anulam mutuamente,
restando apenas a soma dos Torques das Forças
externas.
0=∧=τ ∑∑ ernasintifO frernasint
rrr
Se o corpo tiver forças externas (1ª parcela do 2º
membro) e binários isolados (2ª parcela do 2º
membro):
∑∑ τ+τ=τ iFOR i
rrr
Se não houver binários isolados, a expressão acima
se reduz à:
∑ τ=τ iFOR
rr
5.2 - Equilíbrio do Corpo
Rígido em duas
dimensões
As condições matemáticas do equilíbrio é o
cumprimento das 2 equações vetoriais de equilíbrio
de translação e equilíbrio de rotação:
0== ∑ iR FF
rr
0=τ=τ ∑ iFOR
rr
as 2 equações vetoriais, equivalem para forças que
são aplicadas a um corpo que estão em um único
plano ou duas dimensões a serem satisfeitas por 3
equações escalares.
Considerando, portanto que todas as forças de um
corpo rígido, atuam em um mesmo plano, xOy, por
exemplo, as equações de equilíbrio se reduzem a
três equações escalares com três incógnitas
possíveis. Essas equações se apresentam de três
formas possíveis e equivalentes, considerando os
pontos A, B ou C três pontos quaisquer do corpo.
Adotando os eixos y (vertical), x (horizontal) e
z (saindo do papel), as forças ficarão nas
direções de x e y e os torques na direção z
{[saindo do plano da lousa ou da folha de
papel (+ k
r
): giro do corpo no sentido
antihorário; [entrando (- k
r
): giro do corpo no
sentido horário]} :
Regra da mão direita
As três expressões que resolvem bem o
problema e mais utilizadas devido a suafacilidade são:
0=∑ xF
0=∑ yF
0iFA =τ∑
Podendo também estas três equações
escalares serem substituídas pelos outros
dois conjuntos a seguir, mas não são muito
usadas devido à maior dificuldade de se
estabelecer uma expressão de torques do que
de forças nulas:
0=∑ xF ou
0iFA =τ∑
0iFB =τ∑
ou
0iFA =τ∑
0iFB =τ∑
0iFC =τ∑
Se um corpo está em equilíbrio, significa que
qualquer parte desse corpo escolhido,
considerando-lhe as forças de vínculo, ou
forças externas, cada parte desse corpo que
isolarmos, também tem que estar em
equilíbrio. Portanto, consideremos dois casos
importantes neste caso, em que a parte tem
duas forças agindo e três forças agindo, como
abaixo se especifica.
a) Elemento de duas forças em
equilíbrio
Quando sobre um dos elemento de um corpo
rígido em equilíbrio, ou mesmo um corpo
rígido em equilíbrio, atuam forças externas ou
vínculos em apenas dois pontos, ele é
chamado de elemento de duas forças. Neste
caso, como esse elemento está em equilíbrio,
então, isolando-o do corpo rígido, observa-se
que ele estará sob a ação de apenas duas
forças, e que estas duas forças só poderiam
possuir sempre a mesma linha de ação,
serem iguais e de sentidos opostos. Do
z
x
y
Cap. 5 Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 5 - Equilíbrio do Corpo Rígido - 10ª Edição - 2008
84
contrário o corpo não está em equilíbrio. Em
equilíbrio estas duas forças em A e B como no
desenho, podem se classificar em forças de
compressão (apontando para os pontos, ou
tentando aproximar os pontos) ou tração
(apontando contrária aos pontos ou na tentativa de
afastar os pontos).
b) Elemento de três forças em
equilíbrio
Quando sobre um corpo rígido, ou elemento de
corpo rígido, que está em equilíbrio, atuam 3 forças
externas ou vínculos, em três pontos do corpo,
necessariamente este corpo estará:
(a) ou sob a ação de três forças não
paralelas, cujas linhas de ação deverão
cruzar o mesmo ponto.
(b) ou com 3 forças paralelas, que deverão
ter força resultante e torque resultante
ambos nulos.
O equilíbrio é calculado sempre analisando a ação
de forças externas no corpo ou forças de vínculo,
ou simplesmente vínculos, portanto forças que
limitam o movimento do corpo.
c) Equilíbrio Estável e
Equilíbrio Instável
Um corpo encontra-se em estado de equilíbrio
estável, se ao ser tirado do seu estado de equilíbrio
ele oscila em torno da posição de equilíbrio e
retorna ao mesmo estado onde se encontrava.
Um corpo encontra-se em equilíbrio instável,
se ao ser retirado do seu estado de equilíbrio
ele não retorna mais ao ponto onde estava,
ganhando mais velocidade e indo buscar uma
posição de equilíbrio estável.
d) Principais Forças de
Vínculo em duas
dimensões ( Vínculos = Forças Externas )
Vínculos: são todas as forças que
atuam na parte do corpo em análise, ou parte
do corpo que se isola, verificando assim onde
estão os limites (vínculos) do seu movimento.
Deve-se isolar a parte do corpo para análise e
desenhar o diagrama de corpo livre, ou seja,
todas as forças que atuam sobre esta parte:
forças de campo (pesos) e forças de contato.
Essas forças reduzem os graus de liberdade
do corpo, dando a ele, vínculos, que
interessam para a finalidade técnica que lhes
é desejada na sua utilização prática.
Graus de liberdade: todas os
dimensões livres para o movimento
correspondem aos graus de liberdade, que
correspondem ao inverso dos vínculos
impostos ao corpo.
Forças de Campo:
x
y 0FF ix xR == ∑
0FF iyyR == ∑
∑ =τ=τ 0zR z z
Equilíbrio instável
Equilíbrio estável
A
BAF
r
BF
r
BF
r
BF
r
B
B
A
A
AF
r
AF
r
Fig. Corpos de duas forças e em Equilíbrio. Em (a) forças
de compressão; em (b) e (c) forças de tração
(a)
(b)
(c)
compressão
tração
0F i =∑
r
0FF 21 =+
rr
AF
r
A
C
B
BF
r
O
CF
r
C
B
A
Corpos em Equilíbrio
AF
r
CF
r
BF
r
0321 =++ FFF
rrr
0F i =∑
r
Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 5 - Equilíbrio do Corpo Rígido - 10ª Edição - 2008 Cap. 5
85
1) Força Peso
Toda força peso é uma força de vínculo, e sua
natureza é o campo gravitacional, sendo produzida
pelo planeta Terra. Quando não são considerados
desprezíveis em comparação com as forças
envolvidas no problema, a força peso do corpo ou
as forças peso das partes do corpo, são
consideradas imprescindíveis como forças de
vínculo ou externas que atuam sobre o corpo. No
Sistema Internacional (SI) a força Peso, P = m.g , é
medida em newtons, N = kg.m/s2 , a massa é
medida em quilogramas, kg, e a aceleração da
gravidade na superfície do planeta é g = 9,8 m/s2.
Neste ponto, cabe um importante debate em torno
das forças de ação e reação. A terceira lei de
Newton estabelece que a toda ação corresponde
uma reação igual e contrário no corpo que aplica a
ação. As forças de ação e reação não se equilibram
uma vez que estão aplicadas a corpos diferentes,
se aumentarmos o Universo de corpos livres que
consideramos, as forças de ação e reação se
tornam forças internas e não são consideradas no
diagrama de corpo livre, onde consideramos
sempre as forças de corpo externos ou vínculos,
como daremos nos exemplos abaixo.
No corpo em repouso sobre a mesa, a força
de ação da mesa sobre o corpo é a força
normal N e a reação do corpo sobre a mesa é
a força -N , da mesma forma que a força peso
é a ação da terra sobre o corpo P e a reação
é a força do corpo sobre a Terra. Duas forças
iguais e contrárias mas que atuam em corpo
distintos. A força peso P e força normal N
sobre o corpo não são forças de ação e
reação.
Se o corpo não for eletricamente neutro,
outros tipos de força de campo sobre o corpo,
seriam a força elétrica, a força magnética.
Além dessas, outras forças podem ser
necessárias serem levadas em conta,
dependendo do problema: força devido a
tensão superficial, forças derivadas de
reações químicas entre substâncias, pontes
de Hidrogênio, forças de Van der Waals, etc.
As forças de contato ou toque, não deixam de
ser forças de campo, uma vez que o contato
entre dois corpos neutros, oferecem
resistências um ao outro, devido ao fato de
que elétrons das últimas camadas de um
corpo repelem os elétrons das últimas
camadas do outro corpo.
Forças de Contato ou de Toque
2) Roletes, balancin e superfície
lisa : exigem força normal ao apoio
O corpo está livre para ir para qualquer lugar e so tem seu
limite de movimento para baixo, ou seja, o vínculo sobre o
corpo é normal ao apoio.
3) Articulação e Superfície
áspera: exigem uma força diagonal, ou
seja, uma componente normal e outra
tangencial
Roletes
N
r
N
r
N
r
Balancim
N
r
Superfície lisa
Força – N , não é força sobre o corpo em análise, portanto não é considerada.
Interessam apenas as forças externas ou vínculos sobre o corpo em questão.
As forças de reação sobre o outro corpo não são consideradas
N
r
−
Força normal ao apoio
Força em direção
desconhecida ou
genérica.
Duass
componentes de
Força.
yF
r
F
r
xF
r
Articulação Superfície com atrito
F
r
xF
r
yF
r
Terra
(a)
A
P = m g = FR = m a
-P = - M g’ = -FR = - M a
Corpo caindo sobre a Terra
B
gmP
rr
=
P= 2r
mMG ; g=
m
P
r
MG 2 = ; g’= M
P
r
mG 2 = <<< g ; r = AB
Terra
(b)
P
N
-N
-P
A
B
FR = N–P= N–mg=0
As forças de
reação da
força peso (na
Terra) e da
força normal
(na mesa)
não atuam no
corpo em
análise e
portanto não
interessa para
o diagrama de
corpo livre do
corpo A.
Corpo sobre uma mesa
Cap. 5 Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 5 - Equilíbrio do Corpo Rígido - 10ª Edição - 2008
86
4) Cabo e haste articulada:exigem uma
força na direção do cabo, ou na direção da barra bi-
articulada.
5) Cursor deslizante e Pino
deslizante: força perpendicular à linha do cursor
ou perpendicular à linha do sulco do pino
deslizante. O corpo ganha um limite de movimento
ou vínculo na direção do perpendicular à direção
em que pode se movimentar livremente que é a
direção do cursor.
6) Engastamento: limita o movimento em
seus três graus de liberdade na sua bidimensão.
5.3 – Equilíbrio do Corpo
Rígido em três dimensões
(espaço)
Condições matemáticas do equilíbrio: 2 equações
vetoriais
0== ∑ iR FF
rr
0=τ=τ ∑ iFOR
rr
as 2 equações vetoriais, equivalem a 6
equações escalares:
a) Vínculos em três dimensões
Além da força Peso, já apresentada como
força de vínculo anteriormente temos em três
dimensões:
1) Esfera rolante e Superfície
lisa: exigem força normal ao apoio
2) Cabo
3) Rolete de disco em uma
superfície áspera ou rolete em
um trilho: aparecem dois vínculos: uma
força normal a qual o solo impede o corpo de
ir para baixo e outra lateral ao movimento que
impede o corpo de sair do trilho.
F
r
Engastamento
τ
r
Força-Binário
na base do
engastamento
AF
r
Haste articulada em dois pontos
F
r
Cabo
B
A
Força na direção do cabo
Força na direção da barra articulada
F
r
F
r
Cursor deslizante Pino deslizante
Força Normal ao cursor Força Normal ao
pino deslizante
0== ∑ ix xR FF
0== ∑ iyyR FF
0== ∑ izzR FF
0=τ=τ ∑ ix xR
0=τ=τ ∑ iy yR
0=τ=τ ∑ iz zR
x
y
i
r
z
j
r
k
r
F
Esfera rolante Superfície lisa Força Normal ao Apoio
F
Força na direção de saída do cabo
Cabo
Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 5 - Equilíbrio do Corpo Rígido - 10ª Edição - 2008 Cap. 5
87
4) Superfície Áspera e Rótula ou
Articulação ou Junta Esférica:
aparecem très forças que impedem o movimento de
translação do corpo, só não impedindo o seu giro
livre.
5) Anel deslizante em 3 dimensões:
as forças de vínculo são o impedimento de
movimento lateral: Fx e Fy (não Fz); e os torque de
giro em torno de x e de y: τx e τy , mas permitindo
livremente o giro em torno do eixo z
6) Pino em suporte, dobradiça, e
mancal axial: só permite um grau de liberdade:
o livre giro em torno do eixo y: τy =0
7) Engastamento ou
Encrustamento ou Apoio Fixo:
limitação de todos os 6 graus de liberdade
para o corpo rígido, barra engastada.
b) Método da Solução de
Exercícios de Equilíbrio
1) Isola-se uma parte do corpo em que se
deseja estudar o seu equilíbrio. Uma vez que:
“Qualquer parte de um corpo em equilíbrio
também está em equilíbrio.”
2) Faz-se o diagrama de corpo livre dessa
parte do corpo. Colocam-se todas as forças
de vínculo (Forças Externas) sobre o corpo,
aquelas que possam limitar o seu movimento.
3) Aplica-se as duas equações de equilíbrio:
(a) Equilíbrio de Translação:
0== ∑ iR FF
rr
(b) Equilíbrio de Rotação:
0=τ=τ ∑ iFOR
rr
5.4 – Resumo do
Capítulo 5
1) Equilíbrio do corpo rígido:
Um corpo rígido está em equilíbrio quando em relação a um
sistema de referência inercial ele:
(a) Está livre da ação de forças, ou seja, a somatória
de todas as forças que atuam sobre o corpo é nula
e como conseqüência a aceleração do corpo é
nula e a velocidade é constante (Equilíbrio de
Translação).
(b) Está livre da ação de torques, ou seja, a somatória
de todos os torques que atuam sobre o corpo é
nula e como conseqüência a aceleração angular
F x
F y
τ x
τ y
Duas componentes de Forças
e duas de binários
F y
F z
F x
Superfície áspera
Articulação esférica ou rótula
Forças nas
três direções
F z
F x
Forças perpendiculares
ao movimento
Rolete em um trilho
Rolete em superfície áspera
Pino em suporte
Dobradiça
Mancal axial fixo em y (apenas o giro é livre)
Mancal axial não fixo ( Fy = 0 )
Fixação do mancal
F x
F y
F z
τ z
τ x
Três componentes
de Forças e duas de
binários
F x
F y
F z
τ z
τ x
τ y
Engastamento
Três componentes de Forças
e três de binários
Cap. 5 Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 5 - Equilíbrio do Corpo Rígido - 10ª Edição - 2008
88
do corpo é nula e a velocidade angular é constante
(Equilíbrio de Rotação).
2) Elemento de duas forças em equilíbrio:
3) Elemento de três forças em equilíbrio:
4)Equilíbrio do Corpo Rígido em Duas Dimensões (3 graus de
liberdade) e Três dimensões (6 graus de liberdade):
5.5 – Exercícios
Resolvidos
5.1*) O automóvel utilitário de 30 kN, tem seu centro
de gravidade G indicado na figura para uma
situação sem carga em C. A carga adicionada na
carroceria, tem seu centro de gravidade no ponto C
com e = 1,2 m atrás do eixo traseiro. (a) Determine
o peso da carga de modo que as forças normais
nas rodas dianteiras A e traseiras B sejam iguais;
(b) ao se retirar a carga C, determine as forças
normais nas duas rodas dianteiras NA e nas duas
rodas traseiras NB.
Resp.: (a) P = 7,14 kN ; (b) NA=20 kN; NB=10 kN
Solução:
(a)Cálculo do Peso da Carga para que NA = NB :
τR = ∑τ iFC = - NA x 7,2 + 30 x 5,2 – NA x 1,2 = 0
⇒ NA = NB = 18,57 kN
FR = ∑ =iF 2 xNA –30–P=0⇒ portanto, P = 7,14
kN
(b) Retirada a Carga, a normal nas rodas dianteiras
NA e traseiras NB será:
FR = ∑ =iF NA + NB – 30 =0 ⇒ NA+ NB = 30 kN
τR = ∑τ iFB =-NA x 6 + 30 x 4 =0⇒NA=20
kN⇒NB=10 kN
5.2*) Na tentativa de girar o cilindro, a
ferramenta da figura, se encaixa em uma
fenda em A e apenas encosta sua saliência B,
completamente lisa, sobre o cilindro. É
aplicada uma força de 15 N, ao cabo, em C,
sem que o cilindro comece a girar, mantendo-
se ainda em equilíbrio. Determine as reações
horizontal e vertical nos pontos A e B da
ferramenta que interagem com os vínculos do
cilindro. Resp.: )N(j15i60A
rrr
+−= )N(i60B
rr
=
Solução: Forças na peça:
⇒=τ∑ 0iFA - 15 x 0,08 + B x 0,02 = 0 ⇒ Bx = 60 N
→
∑ ⇒= 0xF Ax + Bx = 0 ⇒ Ax = - 60 N ←
⇒=∑ 0yF Ay – 15 = 0 ⇒ Ay = 15 N ↑
5.3*) O carro de corrida a seguir, possui
velocidade constante, portanto em equilíbrio,
com uma massa total de 716 kg. Os dois
aerofólios em C e D nesta velocidade
produzem cada um, empuxo devido ao ar,
como no detalhe da figura, com forças iguais
de 2 kN direcionada para baixo e 500 N de
resistência horizontal. Determinar as forças de
reação em ambas a rodas dianteiras A e em
ambas as rodas traseiras B.
Resp.: NB =6,56 (kN) ; NA =4,46 (kN)
Solução:
A
B
AF
r
B
B
A
A
(a) (b)
(c)
compressão tração
AF
r
AF
r BF
r
BF
r
BF
r
tração
AF
r
A
C
B BF
r
O
CF
r
C
B
A
Corpo em Equilíbrio : 3 Forças
concorrentes em O
BF
r
AF
r CF
r
16
BA
C
D
G
C Cx
Cy
V = 220 km / h
0,7 m 2 m 1 m
0,1m
0,8m
y
x
z
MecCR
F = 15 N
6 cm
2 cm
A
B
C
y
x
z
G
G1
A B
4 m
e
2 m
1,5 m
y
x
z
G
G1
A B
1,2 m
2 m
1,5 m
P = 30 kN
P’
NA
4 m
NB
F = 15 N
A
B
C Ax
Bx
Ay
Forças de Vínculo que atuam sobre a ferramenta
0,3m
0== ∑ ix xR FF
0== ∑ iyyR FF
0== ∑ izzR FF
0xR x =τ=τ ∑
∑ =τ=τ 0yR y
∑ =τ=τ 0zR z
0== ∑ ix xR FF
0== ∑ iyyR FF
∑ =τ=τ 0zR z
Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 5 - Equilíbrio do Corpo Rígido - 10ª Edição - 2008 Cap. 5
89
∑ = :0Fy NA +NB-7,02-2-2⇒NA+NB=11,02 kN
:0iFA =τ∑ (2x0,7-0,5x0,1– 7,02x2+NBx3-2x3,3–0,5x0,8)=0
NB =(1/3).(-2x0,7+0,5x0,1+7,02x2+2x3,3+0,5x0,8)=6,56kN
NA =11,02-6,56=4,46kN
5.6 - Exercícios Propostos
5.4) O corpo rígidoAB da figura tem massa 5,1 kg e
comprimento AB = 10 m. O corpo está vinculado à
articulação A e apoiado no rolete em B, sendo que
sobre a barra atua uma força de 5 N à 2 m de
distância da extremidade B fazendo um ângulo de
30° com a vertical. Determine os vetores: força A
r
que atua no ponto A e força B
r
que atua no ponto B
do corpo rígido AB, sabendo-se que ele está em
equilíbrio.
Resp: )N(j9,25i50,2A
rrr
+= ; )N(j5,28B
rr
=
5.5) O corpo triangular da figura em equilíbrio, está
vinculado ao ponto A da parede por uma articulação
fixa e ao ponto B por um rolete. Sabendo-se que a
massa do corpo é m = 2 kg e que ele está sujeito a
uma carga vertical para baixo F= 300 N na posição
dada na figura, determine os vetores força, nos
pontos de vínculo A e B.
Resp.:(a) )N(j320i470A
rrr
+−= ; (b) )N(i470B
rr
=
5.6) Considere que a viga AD da figura de massa m
= 25 kg e comprimento L = 6 m esteja em equilíbrio.
A viga esta vinculada ao pino D, ao apoio da esfera
em B, às Forças F, F1 e força (peso) P. Sabendo-
se que a máxima força que pode atuar na
viga, suportada pelo pino D é
)(500 NjD
rr
−= , determine: (a) a máxima
força F que pode ser aplicada ao ponto A para
que o vínculo em D esteja no limiar de se
romper e (b) o valor da reação da esfera em B
sobre a viga nestas condições.
Resp.:(a) )N(j1945F
rr
−= ; )N(j2810B
rr
=
5.7) A barra AB da figura está em equilíbrio,
garantido por um cabo AC, aplicado ao ponto
A da barra, uma vez que não há atrito nos
apoios em A e B. Determine todos os esforços
de reação na barra sobre suas extremidades
A e B sabendo que o massa da barra
homogênea é de 8 kg e seu comprimento 5
m. Resp.: T = 35,0 N; NA = 66,4 N; NB = 32,9 N
5.8) (1,5 ptos - Equilíbrio do Corpo Rígido) Determine o
Equilíbrio da barra AB da figura, determinando
para isso as forças na articulação em A e a
tração do cabo em B. Sabe-se que a massa
da barra é 20 kg.
Resp.: )N(j55i118A
rrr
+= ; )N(j141i118T
rrv
+−=
y
xz
G
F
A
B
30 cm
20 cm
30 cm
A
B
C
20°
50°
y
x
z
G DA B
F1 = 120 N
F
L = 6 m
1,5 m
2 m
C
y
x
z
A
B
F = 5 N
G
2 m
30°
P=50N
y
x
z
16
P = 716 x 9,8 = 7,02 kN
CM
2 KN
NA NB
0,7 2 1
0,3
0,8
0,1
2 KN
0,5 KN
0,5 KNy
x
z
MecCR
Cap. 5 Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 5 - Equilíbrio do Corpo Rígido - 10ª Edição - 2008
90
5.9) (2,0 ptos - Equilíbrio do Corpo Rígido) Determine o
Equilíbrio da barra AB da figura, determinando para
isso os vetores força na articulação em A
r
e na
tração T
r
do cabo em BC. Sabe-se que a massa da
barra é de 5 kg.
Resp.: )N(j6,41i84,9A
rrr
+= ; )N(j38,7i84,9T
rrr
+−=
5.10) Dada a viga a seguir, (a) desenhe todas as
forças que atuam sobre a viga AB; (b) estabeleça
as equações de equilíbrio; e determine: (c) o vetor
força de reação na articulação A (Ax e Ay) da barra
AB e o módulo da força de tensão T no cabo BC,
uma vez que a massa da barra é 100 kg e ela está
sujeita a uma força vertical F = 500 N aplicada no
ponto D a 1 m de distância do ponto de articulação
A.
Resp.:(a) )N(j865i1065A
rrr
+= ; (b) T=1230 N
5.11) A barra da figura está em equilíbrio,
puxado pelo cabo BC e apoiado na quina A.
Determine os esforços de reação na barra
sobre suas extremidades A e B sabendo que
o massa da barra é de 8 kg e seu
comprimento 5 m.
Resp.: Ax=9,09 (N); Ay=73,2 (N); T=10,5 (N)
5.12) Considere a viga em L, ADH, da figura
de massa m = 25 kg e comprimentos AD = 6
m e DH = 5m que está em equilíbrio. A viga
esta vinculada ao pino A, ao apoio da esfera
em B, às Forças F1 , F2 e força peso P em G
à 4,36m de A. Determine: (a) o valor dos
vetores força que atuam nos pontos A e B
sobre a barra.
Resp.: (a) )N(j1040i75A
rrr
−−= ; )N(j1615B
rr
=
5.13) O avião de massa de 2200 kg e com
centro de massa em G, mostrado na figura
está em equilíbrio estático. A motor quando
ligado faz girar a hélice produzindo um
empuxo no avião para frente. A roda da
frente em A está freada e não deixa o avião
deslizar pela força de atrito com o solo. A roda
B de trás não tem freio. Calcule as normais às
4 m
A B
C
G
30°
F = 500N
1 m
y
z x
D
A
B
C
16 m
60°
6 m
x
z
y
α
A
C
8 m
40°
20°
B
G DA B
F1 = 200 N
L = 6 m
1,5 m
2 m
C
F2 = 150 N
30°
E
H
4,36 m
2 m
P
3 m
y
x
z
30°
A
75°
C
B
Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 5 - Equilíbrio do Corpo Rígido - 10ª Edição - 2008 Cap. 5
91
rodas A e B e a força de atrito nas rodas em A no
solo, no caso: (a) do motor estar desligado ; (b) do
motor estar ligado e o valor do empuxo ser E = 4
kN. Obs.: Utilize o Princípio da Transmissibilidade.
Resp.: (a) NB=2,65 (kN); NA=18,9 (kN); FatA=0 ; (b)
Fat A=3,86 (kN); NB=1,44 (kN); NA=19,1 (kN)
5.14) Um aparelho de musculação utiliza uma
alavanca ABC com pesos interligados a ela através
da barra BD, um cabo DRE, e um conjunto de
pesos E cujo valor de massas é 25 kg. Determine a
força feita pelo operador do aparelho para manter o
conjunto de pesos sem força normal sobre o piso,
na posição da figura, assim como a reação no ponto
A (módulo e ângulo com a horizontal) da alavanca
ABC.
Resp.:F=160 (N);Ax=70,2 (N);Ay=83,8 (N);A=109 (N);θ=50°
5.15) Dado o Sistema de Forças atuantes no corpo
rígido da Figura, determine: (a) a Força Resultante:
RF
r
; (b) o Torque Resultante em A: Rτ
r ; (c) a
redução do Sistema força-binário resultante em A,
a um Sistema de uma Única Força em um ponto ao
longo da linha que liga os pontos BC, determinando
a posição deste ponto U, através da sua distância
ao ponto B: d = BUd .
Resp.: )N(j600i80FR
rrr
−= ; )m.N(k120AR
rr
=τ ; m21,1d =
5.16)Desenhe as forças de vínculo sobre o
carro da Figura (Diagrama de Corpo Livre)
que está sendo rebocado rampa acima com
uma força F = constante, através do cabo,
com uma velocidade constante, portanto em
equilíbrio dinâmico. Considerando que o carro
possui massa de 7 Mg (megagramas) (=7000
kg), seu centro de massa se encontra em G,
conforme mostram as cotações de suas
distâncias. Seus pneus estão soltos e livres
para rolar. Determine: (a) as resultantes das
forças que agem sobre o carro na direção
tangencial ao plano e normal ao plano
∑∑ nt FF , , assim como o torque resultante
em relação ao polo A, ∑τ iFA ; (b) o valor da
força F; (c) as reações normais de apoio NA e
NB .
Resp.: (a) ΣFt=0 ; ΣFn=0 ; ΣτRA=0 ; (b) F=33477 (N);
(c)NB=39362 (N); NA=6072 (N) .
5.17) (a) Considerando a passarela AB de
ajuste às mudanças de mares que as vezes
estão altas outras baixas, determine todas as
forças que agem na plataforma AB, ou seja, a
força de tração T no cabo BC, e as forças que
os roletes em A e em D fazem na barra AB,
na posição em que a passarela está na
A
B
C
D
E
R
F
r
50 cm
15 cm
20° 80 cm
y
x
z
G
5 m
0,7 m
1,6 m
15º
E
A B
y
x
z
A
t
G
1,2 m
0.6 m
0,4 m
30º
25º
2 m
2,5 m
F
v = cte
n B
F2 = 300 N
C
60°
F1 = 480 N 2 m
6 m
4
3
B
A
F3 = 500 N
5
θ
3 m
5,2 m
y
x
z
Cap. 5 Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 5 - Equilíbrio do Corpo Rígido - 10ª Edição - 2008
92
figura. A massa da passarela é de 400 kg, sendo G,
o centro de massa da barra AB.
Resp.: )N(i1960A
rr
= ; )N(j1959i713D
rrr
+= ; )N(i713T
rr
−=
5.18) A caçamba de elevar concreto, tem massa
500 kg, centro de massa em G, e eleva-se com
velocidade constante, pela guia vertical puxada pelo
cabo de tração T. (a) Estabeleçao diagrama de
corpo livre sobre a caçamba. (b) Determine a força
de tração T e as forças atuantes nos pontos A e B
que estão ligados a cada par de roletes.
Resp.: )N(j4900i1313T
rrr
+= ; )N(i836A
rr
−= ; )N(i477B
rr
−=
5.19) (a) Reduza o Sistema de forças contínuas
paralelas, aplicadas à viga da figura, a uma força
equivalente F1 no trecho AC da viga e F2 no trecho
CB da viga da figura, e determine as posições x’s
dessas forças, ( x1 e x2 ) considerando a origem do
eixo x na articulação A (x=0) da viga. Reduza o
sistema das duas forças obtidas, a uma única força
equivalente e resultante sobre a viga,
determinando-lhe sua intensidade e sua distância
xR do ponto A . (b) Determine as reações na
articulação A e no rolete em B, sabendo-se
que a massa da viga é de 200 kg.
Resp.: F1 = 3200 N ; x1 = 6,33 m ; F2 = 7200 N ;
x2 = 13,5 m ; FR = 10400 N ; xR = 11,3 m ; (b)
NjA
rr
4851= ; NjB
rr
7509=
5.20) (a) Determine as forças equivalentes
F1 , F2 , F3 (da esquerda para a direita) das
distribuições de forças e seus pontos de
aplicação e (b) Determine as reações em A
(Ax e Ay) e em B, para que o sistema fique
em equilíbrio. Resp.: F1=1500(N) em x1 =3,5 m
de A; F2=900 (N) em x2=8 m de A; F3=10 (N) em
y3=0,25 m do topo da barra; )N(j1362i10A
rrr
+= ;
)N(j1038B
rr
=
5.21) (a) Determine as forças equivalentes
F1, F2 (da esquerda para a direita) das
distribuições de forças e seus pontos de
aplicação na viga do desenho, nas regiões AC
e AB da viga, sabendo-se que ela pesa 2000
N e (b) Determine as reações em A (Ax e Ay)
e em B, para que o sistema fique em
equilíbrio.
Resp.: F1 = 4000(N); x1=6 m de A ; F2=3000(N) ; x2
=16m de A; P=2000(N); x3=13 m de A;
)N(j5231A
rr
= ; )N(j3769B
rr
=
5.22) Na figura abaixo: (a) Reduza o Sistema
de forças contínuas paralelas, aplicadas à
viga da figura, a uma força equivalente F1 de
A até B e F2 de B até C e seus pontos de
aplicação em relação ao ponto A da viga.
800 N/m
1 m
8 m 9 m
B
A
y
xz
C
C
400 N/m
1m
10m 15 m
B
A
y
x
z
C
300 N/m
0,5 m
20 N/m
1m
5 m 6 m
B
A
y
x
z
A
B
40 cm 40 cm
70 cm
15°
C
G
T
50 cm
y
x
z
A 20°
5m
5m
G
B
C
y
x
z
T
D
Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 5 - Equilíbrio do Corpo Rígido - 10ª Edição - 2008 Cap. 5
93
Reduza o sistema das duas forças obtidas das
forças contínuas, a uma única força equivalente e
determine sua distância do ponto A .Resp.: F1=9000
(N) ; x1=5 m ; F2=6750 N ; x2=15 m ;FR=15750 (N); xR=9,29
m
5.23) Uma viga se mantém na posição horizontal,
tem comprimento de 4 m e peso de 800 N, estando
encostada na parede e apoiada em um sobressalto
na parede que a mantém suspensa, juntamente
com o cabo que faz um ângulo de 37º com a
horizontal. Se uma pessoa de 600 N está parada a
1,2 m da parede , encontre a tensão no cabo e a
força exercida pela parede da viga.
Resp.: )N(j820i770A
rrr
+= ; )N(j583i770T
rrr
+−=
5.24) A barreira de água AB, está sujeita às forças
dadas na figura, sendo que possui uma massa de
90000 kg. (a) Determine a força resultante e seu
ponto de aplicação (C) das forças contínuas
aplicadas no lado esquerdo da barreira, contado a
partir da articulação no ponto A, de todo o volume
de água que faz pressão sobre a barreira; (b)
Aplicando as condições de equilíbrio sobre a
barreira, faça o diagrama de corpo livre na barreira
e determine as reações em seus vínculos: rolete em
B e articulação em A.
Resp.:FR=16200 (kN)→;AC=6m;
)N(j882i10800A
rrr
+−= ; )N(i5400B
rr
−=
5.25) Uma estante se apoia em um suporte
triangular da figura em equilíbrio, e está
vinculado ao ponto A da parede por uma
articulação fixa e ao ponto B por um rolete.
Sabendo-se que a massa do suporte
triângular é m = 1,5 kg e que ele está sujeito
a uma carga vertical para baixo de densidade
linear de força constante λF = 200 N/m na
posição dada na figura, determinar os vetores
força, nas reações de apoio de vínculo na
parede nos pontos A e B.
Resp.:(a) )N(j115i413A
rrr
+−= ;(b) )N(i413B
rr
=
5.26) Dadas as três cargas que atuam sobre a
viga da figura, determine as reações nos
vínculos em A um rolete e em B uma
articulação, indicando as forças que nestes
pontos atuam para o estado de equilíbrio da
viga ACB.
Resp.:(a) )N(j87,4A
rr
= ;(b) )N(j982,0i35,2B
rrr
+=
C
B
A
0,8 m 2,2 m
1 m
4 m
kN5,2F3 =
kN3F2 =
kN2F1 =
70°
y
x
z
y
x z
G
A
B
9 cm
3 cm 20 cm 30 cm 10 cm 2 cm
1800 kN/m
1m
18 m
A
y
B
H2O
z x900 N/m
1m
10m 15 m
A
y
x
z
B
C
37°
y
x
z
1,2 m
4 m
200 N/m
Cap. 5 Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 5 - Equilíbrio do Corpo Rígido - 10ª Edição - 2008
94
5.27) Dada a barra homogênea AB de massa m =
45 kg e comprimento m30AB = determine para o
caso da barra fazendo um ângulo de 40° com a
horizontal como mostra a figura: (a) o diagrama de
corpo livre das forças de vínculo atuantes sobre a
barra AB; (b) a força de reação no cursor
deslizante no ponto A da barra; (c) a força de
reação na base do rolete B; e (d) a força de tração
T aplicada à corda; para que a barra permaneça em
equilíbrio na posição indicada da figura.
Resp.: (b) )N(i263A
rr
= ; (c) )N(j395B
rr
= ; (d) )N(266T =
5.28) Considere o sistema de forças que age sobre a viga
AB da figura. Reduzir este sistema de forças indicado,
(sem se preocupar com os vínculos em A e C, articulação
e rolete), a um (a) sistema força resultante e torque
resultante em relação ao pólo C ; e posteriormente a (b)
um sistema de uma única força resultante sobre um ponto
da viga, indicando a posição em que este ponto estaria em
relação ao ponto C.
Resp.: )N(j1750FR
rr
−= ; ∑ =τ )m.N(k1890Cz
r
; m08,1d = : à
direita de C.
5.29) Considere o sistema de forças que age sobre
a viga AB da figura junto com os vínculos, a
articulação em A e o rolete em C. Faça o diagrama
de corpo livre e visando o equilíbrio da viga,
determine quais as forças que deverão atuar nos
vínculos em A e em C. Resp.: )N(j1159C
rr
= ;
)N(j591A
rr
=
5.30) A escada da figura, em equilíbrio, apoia-
se sobre uma parede e um piso, ambos sem
atrito. O comprimento da escada é de 12 m, e
o homem está pisando num dos degrais no
ponto C, tal que a distância é AC = 7 m,
produzindo uma força peso vertical em C . A
corda horizontal está amarrada a um ponto na
parede em E e na escada em D, tal que a
distância do ponto D em relação ao ponto
base da escada é AD = 2m. Conhecendo-se o
peso do homem P = 686 N e o peso da
escada P’ = 49 N, determine: (a) o diagrama
de corpo livre da escada, ou seja, desenhar
todas as forças que atuam sobre a escada;
(b) o valor da força normal no ponto de
encosto da escada sobre a parede NB e (c) no
ponto de encosto no piso NA ; e (d) o valor da
tração T na corda DE.
Resp.: (b e d) Ni607NB
rr
−= ; (c) Nj735NA
r
= ; (d)
Ni607T
rr
=
5.31) O guindaste dado, está parado, em
equilíbrio na posição em que se encontra na
figura. Considere sua lança AB, fixada por um
pino articulado em A, centro de massa em G
com massa m = 400 kg, e sustentada por um
cabo BC, e que suspende uma carga de
massa m’ = 900 kg em B através de um cabo
BD. Isolando a lança como corpo livre, (a)
desenhe um diagrama de corpo livre da lança,
com todas as forças que atuam sobre ela,
desde a articulação A até a sua extremidade
A
NB
G
40°
y
xz
C
E
D
B
NAT
P’
P
A
B 30°
10°
T
G
AB = 30 cm
y
z
500 N/m
A
x
600 N
900 N
200 N
B C
0,8 1,2 m 1,2 m 1,8 m 1,8 m
y
z
500 N/m
A
x
600 N
900 N
200 N
B C
0,8 1,2 m 1,2 m 1,8 m 1,8 m
Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 5 - Equilíbrio do Corpo Rígido - 10ª Edição - 2008 Cap. 5
95
B. Estabeleça as equações de equilíbrio sobre a
lança e determine: (b) as componentes das forças
horizontal e vertical que atuam na articulação em A;
e (c) o módulo da tração T no cabo BC.
Resp.:(b) )kN(j5,30i7,48A
rrr
+= ; (c) )kN(8,51T =
Exercícios Tridimensionais:
5.32) Determinar a força normal em cada um dos 4
pés redondos da mesa: A, B, C e D, como dados na
figura, a fim de que a mesa fique em equilíbrio.
Considere o valor da normal em B máxima e igual a
300 N.
Resp.: A=250 N; C=173 N; D=177 N
5.33) Determine para o caso do avião à jato da
figura, o estudo do equilíbrio da sua asa esquerda
em relação ao ponto B, centro de engastamento ao
corpo do avião, determinando qual a Força
Resultante ou seja, suas componentes Fx , Fy , Fz e
o Torque Resultante, através de suas componentes
em B, τx , τy e τz , resultantes na solda do centro
de massa de sua fuselagem em B, uma vez que a
sua turbina realiza neste instante um arranque de
16 kN e a aerodinâmica de sua asa uma força de 62
kN para cima, no ponto A. A massa da asa é de 4,0
Mg (megagramas = 106 g) e o centro de massa da
asa esta no ponto G.
Resp.: )kN(k8,22i16FR
rrr
−−= ;
)m.kN(k144j32i920R
rrrr
++−=τ
5 m 4 m 9 m
2 m
T=16 kN
A=62 kN
B
G
x
y
z
A
P
3 m
8 m 7 m
11 m
y
x
z
300N
400 N
A B
C
D
200 N
G
B
C
D
A
6 m
4 m
20°
30°
y
x z
Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 6 - Momento de Inércia - 10ª Edição - 2008 Cap. 6
97
6.1 – Momento de
Inércia de Figuras
Simples
6.1.1 – Definições de Inércia
a) Inércia de Translação
Inércia: medida da dificuldade para se tirar um
corpo do seu estado de repouso ou de seu
estado de movimento.
Aparecem aí independentemente a Inércia de
Translação e a Inércia de Rotação do corpo em
torno de um eixo.
Dada a aplicação de uma força resultante sobre
um corpo, causa da variação do seu movimento,
aparecerá sobre ele um efeito físico observável
que é a aceleração linear, com o efeito de
translação do corpo, ou taxa de variação de
velocidade no tempo. Neste caso aparece sobre
o corpo a variável massa que intermedeia a
relação entre causa (Força) e efeito (Aceleração),
que é a inércia de translação. A variável que
mede e interfere na inércia de translação é a
massa do corpo. Quanto maior a massa menor é
o efeito produzido (aceleração) para a mesma
causa (Força resultante) e vice-versa, quanto
menor a massa maior é o efeito físico da
aceleração para a mesma força.
amFR
rr
.=
m = Massa :
• medida da Inércia de Translação;
• medida da quantidade de matéria;
• medida da dificuldade de se tirar um
corpo do seu estado de repouso ou do
seu estado de Movimento Retilíneo e
Uniforme;
• medida da dificuldade de se produzir o
seguinte efeito físico sobre o corpo;
como sejam: aceleração (⏐v⏐
crescente) ou desaceleração ( ⏐v⏐
decrescente ).
• intermedeia a relação entre Força
Resultante sobre o corpo (causa) e
aceleração (efeito físico produzido e
observável);
• quanto maior a massa menor o efeito
físico observável da aceleração
produzida pela Força Resultante
• quanto menor a massa maior o efeito
físico observável da aceleração
produzida pela Força Resultante
b) Inércia de Rotação
Momento de Inércia: medida da dificuldade de
se tirar um corpo do seu estado de ausência de
rotação (giro) ou estado de rotação em que se
encontra.
A Inércia de Rotação é medida pelo Momento de
Inercia do corpo em torno de um eixo “e”
específico.
Dada a aplicação de um Torque Resultante ou
força rotacional resultante sobre um corpo,
aparecerá sobre ele, uma variação do seu
movimento angular, efeito físico observável que é
a variação de sua velocidade angular no tempo,
ou seja, ou aceleração angular, como efeito de
rotação do corpo, também definida como a taxa
de variação de seu momento angular seja orbital
ou spin. Neste caso aparece aí sobre o corpo
uma variável que intermedeia a relação entre
causa (Torque) e efeito (Aceleração angular),
que é o Momento de Inércia.
A variável que mede e interfere na inércia de
translação é a massa do corpo. Quanto maior a
massa menor é o efeito produzido (aceleração)
___________________________________________________________
Capítulo 6
Momento de Inércia
___________________________________________________________
a
r
RF
r
(causa)
Aceleração
m
amFR
rr
.=
CM
(efeito físico produzido)
Força Resultante
∫= dmmonde
Cap. 6 Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 6 - Momento de Inércia - 10ª Edição - 2008
98
para a mesma causa (Força resultante) e vice-
versa, quanto maior a massa menor é o efeito
para a aceleração.
amFR
rr
.=
No caso da rotação, a variável que relaciona
torque resultante Rτ
r
e aceleração angular α
r
é o
momento de inércia I :
α=τ
rr
.IR
I = Momento de Inércia :
• medida da Inércia de Rotação de um
corpo rígido em relação a um eixo
• medida do nível de dificuldade de se
girar um corpo em torno de um eixo
definido
• intermedeia a relação entre Torque
Resultante sobre o corpo (causa) e
aceleração angular (efeito físico
produzido e observável);
• quanto maior o Momento de Inércia
menor o efeito físico observável da
aceleração angular produzido pelo
Torque Resultante
• quanto menor o Momento de Inércia
maior o efeito físico observável da
aceleração angular produzido pelo
Torque Resultante
r = distância do eixo de giro e até o elemento de
massa dm
dm = elemento infinitesimal de massa
O Momento de Inércia:
• depende da distribuição das massas do
corpo em torno do eixo de giro;
• varia se a forma do corpo variar, ou
seja, varia se a forma do corpo mudar a
distribuição de massas em torno do eixo
de giro;
• o menor momento de inércia, entre
eixos paralelos é pelo eixo que passa
pelo Centro de Massa do corpo;
• o momento de inércia de um corpo
depende do quadrado da distância de
cada elemento de massa até o eixo de
giro ;
• quanto maior a distância em que os
elementos de massa se encontram do
eixo de giro maior é o momento de
inércia.
• O momento de inércia depende do eixo
de giro e da geometria do corpo.
6.1.2 – Momento de
Inércia de uma
Distribuição Discreta ou
Descontínua de Massa
Para um corpo com massas distribuídas de forma
discreta ou descontínua, espalhadas ao longo do
espaço, como um conjunto de estrelas, o
momento de inércia é definido como:
∑= i2ie mrI (kg.m2)
6.1.3 – Momento de
Inércia de uma
Distribuição Contínua de
Massa
Para um corpo contínuo, ou seja, massas
continuamente distribuídas ao longo do espaço,
como um corpo rígido qualquer, o momento de
inércia é definido como:
dm
∫= dmrI 2e
e
r
eI
r
dm
Rτ
r
α
r
(efeito físico observável)
(causa)
α=τ
rr
.IeR
Aceleração angular
Ie
dmrI:onde 2e ∫=
e
eI
Torque Resultante
I
m2
mN
m1
r 2
rN
r1
e
Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 6 - Momento de Inércia - 10ª Edição - 2008 Cap. 6
99
A definição matemática de momento de inércia é
para massas distribuídas continuamente ao longo
do corpo:
∫= dmrI 2e (kg.m2)
A unidade do momento de inércia de massa, é
dada no SI por (kg.m2).Pode-se dizer que o centro de massa está ligado
a um momento de massa de 1ª ordem no
espaço, ou seja, para um distribuição
descontínua de massa,
∑= ii mxMx
Para uma distribuição continua:
∫= dmxMx
e o momento de inércia à um momento de
massa de 2ª ordem no espaço, ou seja,
descontinuamente:
∑= iiy mxI .2
De forma contínua:
∫= dmxI y 2
Para esses reducionismos de volume, de área e
de linha o retorno ao momento de inércia de
massa, qualquer que seja o eixo de giro, se faz
pelas expressões:
dL
L
m)dL(
)L(
mdA
A
m)dAe(
)Ae(
mdV
V
mdVdm =====ρ= l
l
∫∫∫ ∫ ==== dLxL
mdAx
A
mdVx
V
mdmxI 2222me
L
e
A
e
V
e
m
e IL
mI
A
mI
V
mI === (kg.m2)
6.1.4 – Reducionismos do
Momento de Inércia de
Massa
Momento de Inércia de Volume, de
Área e de Linha
Aparecem definições derivadas de reducionismos
feitos a partir do momento de inércia de massa
que em certas condições, objetivam facilitar o
cálculo e recalcular posteriormente o momento
de inércia de massa.
a) Momento de Inércia de
Volume
Para o caso especial em que a densidade do
corpo em análise é constante, ou seja, o corpo
tem densidade uniforme ou é homogêneo pode-
se reduzir o cálculo do momento de inércia de
massa de um corpo a um momento de inércia de
volume:
Sendo a densidade (ρ) do corpo constante,
podemos ter
.const
V
m
Vd
dm
===ρ
assim podemos estabelecer as relações:
dV
V
mdVdm =ρ=
Assim podemos definir momento de inércia de
massa meI em relação ao de volume
V
eI :
V
e
m
e IV
mdVr
V
mdVrdmrI ==ρ== ∫∫∫ 222
Portanto,
V
e
m
e IV
mI .=
onde o momento de inércia de volume é
∫= dVrI 2Ve ( m5 )
A unidade do momento de inércia de volume, é
dada no SI por ( m5 ).
b) Momento de Inércia de
Área
Se a densidade (ρ) de um corpo for constante e a
espessura (e) também for constante, podemos
simplificar o momento de inércia de massa para
momento de inércia de área.
e.A
m
V
m
Vd
dm
===ρ
portanto,
dA
A
mdA
eA
emdAedVdm ==ρ=ρ=
assim,
e V
eI
r
ρ = cte
V
∫= dVrIVe 2
V
e
m
e IV
mI .=
Cap. 6 Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 6 - Momento de Inércia - 10ª Edição - 2008
100
A
e
22m
e IA
mdAr
A
mdmrI ∫∫ ===
então,
A
e
m
e I.A
mI =
e definir momento de inércia de área AeI :
∫= dArI 2Ae (m4 )
A unidade do momento de inércia de área, é
dada no SI por ( m4 ).
Consideremos para os eixos x, y e z, um corpo
rígido em forma de uma placa com densidade
constante e espessura constante:
ρ = const. ; e = cte
Podemos reduzir o momento de inércia de massa
ao momento e inércia de área e se caracteriza
pelo reducionismo de se somar o produto de
todos os elementos de área da placa pela
distância ao quadrado de cada elemento ao eixo
de giro escolhido. Como na figura abaixo,
Corpo de espessura constante e face de
área e formato qualquer
Momento de Inércia de área em relação ao
eixo x, Ix:
∫= dAyIx 2
Momento de Inércia de área em relação ao
eixo y, Iy:
∫= dAxIy 2
Momento de Inércia (para girar o corpo em
torno do eixo z) em relação ao eixo z, Iz, ou
para girar em torno do ponto O da placa, JO
dado o desenho no plano:
∫∫ =+=+== dArdAyxIIIJ yxzO 222 )(
O momento de inércia polar (Jo) de uma
placa, ou seja, a dificuldade para fazer girar
a placa em torno de um ponto de sua face
de área, coincide com a situação de fazê-la
girar em torno do eixo perpendicular à placa
no mesmo ponto (Iz) e será igual à soma do
momentos de inércia dos dois eixos
perpendiculares e na mesma linha da placa,
que se cruzam no ponto em questão.
c) Momento de Inércia de
Linha
Sendo a densidade (ρ) de um corpo, constante e
a secção transversal (S=área) constante, e muito
pequena em comparação ao compirmmento do
corpo, pode-se reduzir o momento de inercia de
massa a um momento de inercia de linha L,
sendo que a linha L pode ter um formato
qualquer no espaço, temos:
L.S
m
V
m
Vd
dm
===ρ
dL
L
m)dLS(
)LS(
mdVdm ==ρ=
Assim,
L
e
22m
e IL
mdLr
L
mdmrI ∫∫ ===
e definimos momento de inércia de linha LeI
∫= dLrI 2Le ( m3 )
Sendo,
L
e
m
e IL
mI =
A unidade do momento de inércia de linha, é
dada no SI por ( m3 ).
e
r
A
e
m
e IA
mI =
ρ = cte
A
V
e = const.
A
eI
∫= dArI 2Ae
dA ; dm m
z
x
y
O
Iy
Iz = Jo
Ix
x
yr
dA
e = const.
ρ = cte.
∫∫ =+=+== dArdAyxIIIJ yxzO 222 )(
∫= dAyIx 2
∫= dAxIy 2
Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 6 - Momento de Inércia - 10ª Edição - 2008 Cap. 6
101
6.1.5 - Raio de Giração (k)
Def.: Chama-se Raio de Giração de um corpo
em relação a um eixo à distância ke, entre o eixo
de giro e a redução do corpo rígido em que se
estuda a um filete de largura l desprezível e
eqüidistante do eixo de giro, mas de mesma
massa m se for meI , ou de mesmo volume V se
for VeI , ou de mesma área A, se for de
A
eI , ou
de mesma largura L eqüidistante do eixo de giro,
se for LeI do corpo rígido em questão. Portanto,
tal distância do raio de giração ke , mantém uma
relação de equivalência com o momento de
inércia eI do corpo rígido estudado em relação
direta com qualquer uma da variáveis físicas do
corpo rígido: ou massa, ou volume, ou área e ou
linha.
Ou se reduzirmos a um ponto:
a distância que o corpo deve ficar do eixo de giro é o
raio de giração:
L
I
A
I
V
I
m
Ik
L
e
A
e
V
e
m
e
e ====
mkI 2e
m
e =
VkI 2e
V
e =
AkI 2e
A
e =
LkI 2e
L
e =
O Momento de Inércia, portanto, será dado pelo
produto do quadrado do raio de giração e a
Massa ou o Volume ou a Área ou o Comprimento
do corpo dependendo de qual momento de
inércia se deseja.
Muitas vezes para um determinado corpo, nos
problemas, ao invés de se fornecer o momento
de inércia, se fornece o raio de giração e se
calcula a partir dele o momento de inércia.
φ=φ 2ee kI
onde φ representa: m ou V ou A ou L.
6.1.6 - Teorema dos Eixos
Paralelos(T.E.P.) ou Teorema
de Steiner
“Tendo-se o Momento de Inércia em relação a
um eixo (e) que passa pelo Centro de Massa
de um corpo rígido, ou seu Centróide, pode-
se obter o Momento de Inércia por qualquer
outro eixo (e1) paralelo a ele, bastando para
isso somar ao Momento de Inércia que passa
pelo Centro de Massa, o produto da Massa m
(ou Volume V ou Área A ou Linha L) pelo
quadrado da distância entre os dois eixos.”
Ie
r
e
m
V
A
L
Ie
.constS=
e
r
L
e
m
e IL
mI =
dL
∫= dLrI 2Le
e
CM
eI
1eI
e1
1eed
m
A
k e
ou
V
e
ou
L
ou
Reducionismo
equivalente
l
ek〈〈l
m
A
k e
ou V
e
ou L
Reducionismo
equivalente
Cap. 6 Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 6 - Momento de Inércia - 10ª Edição - 2008
102
2
eee
m
e 11
d.mII +=
Reducionismos convenientes a
simplificações de cálculo e posterior retorno
ao momento de inércia de massa:
Momento de Inércia de Volume:
2
eee
V
e 11
d.VII +=
Momento de Inércia de Área:
2
eee
A
e 11
d.AII +=
Momento de Inércia de Linha:
2
eee
L
e 11
d.LII +=
• O Momento de Inércia tem seu valor
mínimo quando seu eixo passa pelo
Centro de Massa (ou Centróide) do
corpo rígido, em comparação com todos
os outros eixos paralelos.
• Para a aplicação do teorema dos eixos
paralelos, deve-se ter sempre o
momento de inércia eI que passa pelo
centro de massa (ou centróide) do corpo
para comparação. Não pode ser um
eixo de qualquer posição para outro.
• A barra sobre o momento de inércia eI
indica que o eixo em questão e, passa
pelo Centro de Massa (ou Centróide) do
corpo rígido.
• A unidade de I no Sistema Internacional
(SI), para o Momento de Inércia de
Massa é (Kg . m2 ) de Volumeé (m5), de
Área (A) é (m4 ) e de Linha é (m3) .
6.1.7 - Momento de
Inércia de figuras Simples
a) Momento de Inércia de Linhas
Notáveis
1)
2)
3)
4)
5)
b) Momentos de Inércia de
Superfícies Notáveis
M é a massa do corpo;
R é o raio das figuras redondas.
π= /R2x
CM
L = π r / 2
π
=
R2y
y1
x1
4/RII 3xy π==
Quarto de círculo
L = 2π R
3L
z R2I π=
y
x
3L
y
L
x RII π==
θ
θ
R
θ
θ
=
senRx
CM x
y
L = 2 θ R
3
x RI θ=
R
π
=
r2y
C
L = π r
2/RI 3Ly π=y
x1
x
π−π= /R8RI 33Lx
Semi-circunferência
L/2
L
CM
e e1 12
L
I
3
e = 3
LI
3
1e =
Barra
e
Circunferência
3L
x RI 1
π=
Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 6 - Momento de Inércia - 10ª Edição - 2008 Cap. 6
103
1)
2)
3)
4)
5)
6)
c) Momento de Inércia de Massa
O momento de inércia de volume é semelhante ao
de massa, bastando para obtê-lo, substituir-se no
lugar da massa (m) o volume (V). Exemplo, o
momento de inércia de massa de uma barra
delgada é
12
LMII
2
m
y
m
x == e o de volume é
12
LVII
2
V
y
V
x == .
Momento de Inércia de Massa:
1)
2)
3)
4)
4
R
II
4
xy
π
==
C
y
x
R
2
RI
4
z
π
=
Círculo
R
2RA θ=
)
2
2sen(
4
RI
4
x
θ
−θ=
)
2
2sen(
4
RI
4
1y
θ
+θ=
θ em rad
y1
x θ
θ
C
θ
θ
3
2 senR
)
8
sen4
8
2sen
4
(RI
2
4
y θ
θ
−
θ
+
θ
=
y
C
8
RII
4
y1x
π
== y
x1
x 4
x R9
8
8
I ⎟⎟
⎠
⎞
⎜⎜
⎝
⎛
π
−
π
=
π
=
3
4 Ry
Semicírculo
R 2RM
5
2I=
Esfera
12
LMII
2
yx ==
y
y
x
x
3
LMII
2
1y1x ==
z
L
Barra delgada
R
2RM
3
2I=
Casca Esférica
C
H/2
B/2
x
y
x1
y1
12
HBI
3
x =
H
B 3
H.BI
3
1x =
3
B.HI
3
1y =
12
BHI
3
y =
H
B
x’
y’
x1
y1
Triângulo
3/Bx = .
3/Hy = .
C 36
HBI
3
'x =
36
BHI
3
'y =
12
BH
I
3
1y =
12
HBI
3
1x =
π
=
3
R4y
C
4
yx r9
4
16
II ⎟⎟
⎠
⎞
⎜⎜
⎝
⎛
π
−
π
==
x
y1 y
x
16
RII
4
1y1x
π
==
π
=
3
R4x
¼ de Círculo
R
Arco de Círculo
Retângulo
Cap. 6 Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 6 - Momento de Inércia - 10ª Edição - 2008
104
5)
6)
7)
8)
9)
10)
6.2 - Momento de
Inércia de Figuras
Compostas
Se um corpo é composto de retângulos,
triângulos, semicírculos, círculos, quartos de
círculos, etc., podemos compor tais figuras para
formar uma figura mais complexa. Podemos para
isso subdividir o corpo em partes em que
conhecemos os momentos de inércia de cada
parte. Calcula-se o momento de inércia de
centro de massa de cada parte e se transfere
pelo Teorema dos eixos paralelos ao eixo comum
requerido. A soma (ou subtração) dos momentos
de Inércia de cada parte constitui o momento de
Inércia da figura toda em torno do mesmo eixo.
I das
figuras
simples
Transferência
para o eixo comum x
Soma algébria dos
Momentos de Inércia
)1(
1x
I
)2(
2x
I
)3(
3x
I
2
x1x1
)1(
1x
)1(
x d.AII +=
2
x2x2
)2(
2x
)2(
x d.AII +=
2
x3x3
)3(
3x
)3(
x d.AII +=
)3(
x
)2(
x
)1(
xx IIII −+=
6.3 – Matriz de Inércia
6.3.1 - Produto de Inércia de
um corpo
c
b
y
x
)cb(M
12
1I 22x +=
2
12
1 cMIy =
2
12
1 bMIz =
z
Placa fina retangular
x
z
y
R
22
xz HM12
1RM
4
1II +==
H
2
y RM2
1I =
Cilindro
a
c
b
y
x
z
Paralelepípido
y
x
2
10
3 RMIy =
z
R
H
22
1z1x RM20
3HM
5
3II +==
Cone
2
RMI
2
y =
x
z
y
r
4
RMII
2
xz ==
Disco fino
x
z
y
H
2RMIy =R
2
RMII
2
zz ==
x
z
y
H
)(
2
1 2
1
2
2 RRMIy +=
R1
R2
Cilindro Oco
x
1x
Ix)2(
x2
I
2x
)3(
x3
I
3x
)1(
x1
I
y
C1 A1
C3
A2
A 3
C2
)ba(M
12
1
I 22z +=
Aro ou Casca cilíndrica fina
Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 6 - Momento de Inércia - 10ª Edição - 2008 Cap. 6
105
O Produto de Inércia é dado pela expressão;
Ixy = ∫ x . y .dA .
Será igual a zero, quando o corpo for simétrico
ao eixo de giro escolhido. Não sendo zero, o
produto de inércia, na rotação do corpo, induz o
aparecimento de diferentes tipos de movimentos
adicionais e de torques diferentes no eixo de giro,
geradas pelas diferentes distribuições de massa
em torno do eixo. Como exemplo, o movimento
de uma roda de carro cuja massa em torno do
eixo de giro não está simetricamente distribuída
em torno do eixo, não está balanceada, o que
resultará ao girar, movimentos estranhos e
esforços adicionais sobre o eixo, jogos laterais ,
oscilações, que dificultarão o movimento. Com o
tempo dará problemas nas borrachas do eixo do
carro, produzirá movimentos indesejáveis,
gastará a borracha dos pneus de forma não
uniforme, e fará motor gastar mais combustível.
É o preço das assimetrias de giro, ou os
Produtos de Inércia diferentes de zero.
6.3.2 - Obtendo a Matriz de Inércia
O Momento Angular L
r
do corpo rígido em
questão é dado por definição pela seguinte
expressão:
pdrL
rrr
∧= ∫
)( rvrmdvdmrL o
rrrrrrr
∧ω+∧=∧= ∫∫
)( rrmdvdmrL o
rrrrrr
∧ω∧+∧= ∫∫
A primeira parcela do 2º membro da expressão,
será nula quando: (a) o ponto O for um ponto fixo
do corpo rígido 0=ov
r
; ou (b) o ponto O
coincidir com o centro de massa G, pois
0== Grr
rr
.
Adotanto esse ponto O fixo ou o ponto O
coincidente com G, temos:
ω=∧ω∧= ∫
rtrrrr
IrrmdL )(
Se houver translação pura, 0=ω
r
, então .0=L
r
Se o corpo estiver estático: τ==
r
r
0
dt
Ld .
De
ω=∧ω∧= ∫
rtrrrr
IrrmdL )(
fazemos por partes que:
zyx
kji
r zyx ωωω=∧ω
rrr
rr
kxyjzxiyzr yxxzzy
rrrrr
)()()( ω−ω+ω−ω+ω−ω=∧ω
completamos com:
)()()(
)(
zxxzzy xyzxyz
zyx
kji
rr
ω−ωω−ωω−ω
=∧ω∧
rrr
rrr
kyxyzxz
jzyzxxy
izxyxzyrr
zyx
zyx
zyx
r
r
rrrr
])([
])([
])([)(
22
22
22
ω++ω−ω−
+ω−ω++ω−
+ω−ω−ω+=∧ω∧
Como
ω=∧ω∧= ∫
rtrrrr
IrrmdL )(
integramos em dm e colocamos em forma de
matriz para facilitar:
z
y
x
dmyxdmzydmzx
dmyzdmxzdmyz
dmxzdmxydmzy
L
ω
ω
ω
+−−
−+−
−−+
=
∫∫∫
∫∫∫
∫∫∫
)(
)(
)(
22
22
22
r
chamando as integrais de elementos da matriz
de inércia:
z
y
x
zzzyzx
yzyyyx
xzxyxx
III
III
III
L
ω
ω
ω
−−
−−
−−
=
r
Portanto, os elementos da matriz de inércia são:
Os momentos de inércia dos eixos coordenados:
∫ += dmzyIxx )( 22
∫ += dmxzIyy )( 22
∫ += dmyxIzz )( 22
E os produtos de inércia que expressam as
relações de falta de simetria do corpo em relação
a cada dois eixos:
∫== dmxyII yxxy
∫== dmyzII zyyz
∫== dmxzII zxxz
dm
v
r
r
r
y
z
x
G
O
Cap. 6 Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 6 - Momento de Inércia - 10ª Edição - 2008
106
Se houver simetria do corpo em relação a esses
eixos seu momento de inércia é nulo.
Assim,
ω=
rtv
IL
Casos particulares:
(1) Translação pura: neste caso
0,0 ==ω Lentão
rr
então,
0=τ+∧=
rrr
r
oG vvmdt
Ld
Se O estiver em G então, 0=∧ GG vv
rr
; assim
0=τG
r
(2) Na dinâmica do movimento plano, vamos
supor que o corpo gira em torno de um eixo z e
executa um movimento de rotação com
k
rr
ω=ω
Então,
zzzzyzx
yzyyyx
xzxyxx
0
0
III
III
III
L
ω−−
−−
−−
=
r
kIjIiIL zzzzyzzxz
rrrr
ω+ω−ω−=
Veja-se que neste caso o momento angular não
é paralelo à velocidade angular, se os momentos
de inércia, chamados de produtos de inércia Ixy e
Iyz não forem nulos. Para serem nulos os
produtos de inércia, o formato do corpo tem que
ter simetria aos dois eixos do produto de inércia.
Quando L não é paralelo a ω o sistema não tem
balanceamento dinâmico e portanto, terá
esforços dinâmicos nos seus mancais. Os
mancais sofrem vibrações perpendiculares aos
eixos.
Fazendo o caso de um corpo em formato de uma
placa, teremos que como uma espessura
desprezívelem y e z e em x e z é simétrico,
então:
0== ∫ dmxzIxz
0== ∫ dmyzIyz
0)( 22 ≠+= ∫ dmyxIzz
Assim,
ω=
rr
zzIL
α==τ
r
r
r
zzIdt
Ld
6.4 – Resumo do
Capítulo
1) Momento de Inérica: nível de dificuldade de se girar um corpo
em torno de um eixo, devido à inércia de rotação das massas.
2) Momento de Inércia de um Sistema de partículas em
torno de um eixo e:
∑= i2ie mrI
3) Momento de Inércia de um corpo rígido em torno de
um eixo e:
dmrI 2e ∫=
4) Torque Resultante em um Corpo Rígido:
α=
rr
.IM GRG
5) Momento de Inércia de Volume:
∫= dVrI 2Ve
V
e
m
e I.V
mI =
6) Momento de Inércia de Área:
∫= dArI 2Ae
A
e
m
e IA
mI =
7) Momento de Inércia de um corpo para girá-lo em torno de
um eixo cartesiano x,y,z :
∫= dmxI 2y
∫= dmyI 2x
∫∫ =+=+== dmrdm)yx(IIIJ 222yxzO
8) Momento de Inércia de Linha:
∫= dLrI 2Le
L
e
m
e IL
mI =
8) Raio de Giração k :
L
I
A
I
V
I
m
I
k
L
e
A
e
V
e
m
e
e ====
mkI 2e
m
e =
VkI 2e
V
e =
AkI 2e
A
e =
LkI 2e
L
e =
9) Teorema dos Eixos Paralelos
(T.E.P.) ou Teorema de Steiner:
“Tendo-se o Momento de Inércia em relação a um eixo (e’) que
passa pelo Centro de Massa de um corpo rígido, ou seu Centróide,
pode-se obter o Momento de Inércia por qualquer outro eixo
paralelo (e) a ele, bastando para isso somar ao Momento de Inércia
que passa pelo Centro de Massa, o produto da Massa m (ou
Volume V ou Área A ou Linha L) pelo quadrado da distância entre
os dois eixos.”
x
z
y
dm
ωZ
Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 6 - Momento de Inércia - 10ª Edição - 2008 Cap. 6
107
2
e'e'ee d.mII +=
2
e'e'ee d.VII +=
2
e'e'ee d.AII +=
2
e'e'ee d.LII +=
TEP ao Raio de giração:
2
e'e
2
'e
2
e dkk +=
6.5 - Exercícios
Resolvidos
6.1*) (a) Determine o momento de inércia de área
da Figura abaixo para que o corpo gire em torno
do eixo x, sendo r = 0,5 m , a = 6 m , d = 5 m ; (b)
considerando que o corpo possui uma massa de
3 kg, determine o momento de inércia de massa
em torno do mesmo eixo (x).
Solução: (a) Ix = Ix(1) - Ix(2) - Ix(3) onde (1) =
quadrado ; (2) = ¼ de circunferência ; (3) =
circunferência. ⎟
⎟
⎠
⎞
⎜
⎜
⎝
⎛
π+
π
−
π
−= 22
444
x dr4
r
16
r
3
aI
)55,0
4
5,0(
4
6
3
6I 22
444
x π+
π
−
π
−=
Ix = 432 - 254,2 – 19,6 = 157,9 ≈ 158 m4 ;
A = 6x6 - π 62 / 4 - π 0,52=36–28,27–0,7854 = 6,94 m2
(b) Ix(m) = 22,8 (Kg.m2)
6.2*) Determinar para o parabolóide da figura: (a)
o seu momento de inércia de volume para fazê-
lo girar em torno do eixo y; (b) o volume total do
parabolóide; (c) o raio de giração em torno do
eixo y; (d) o momento de inércia de massa em
torno do eixo y, sabendo-se que sua densidade
é ρ= 5000 kg/m3. Obs.: Se servir a informação, o
momento de inércia de um cilindro, pelo seu eixo
central vale Ime=(1/2)m r2.
Resp.:(a) 10Vy 10x09,2I = ;(b) 710x28,6V = ;(c)
mm7,57k y = ; (d)
2m
y m.kg105,0I =
100 mm
z
x
12 m x
O
400
y
r 2 = 25 y
z
Volume elementar dV equidistante de y
1º Método:
Solução: 1º método: introduzindo um volume
elementar dV equidistante do eixo y :
(a) dA = 2 π r dr ; dV = 2 π r dr ( 400 – y ) ;
∫ ∫ −π== dr)25/r400(z2rdVrI 222Vy
∫ ∫π−π= drr)25/2(drr800I 53Vy
100
0
64V
y )6/r)(25/2()4/r(800I π−π=
101010V
y 10x094,210x1888,410x283,6I =−=
(b) ∫ ∫ −π== dr)25/r400(r2dVV 2
∫ ∫π−π= drr)25/2(rdr800V 3
100
0
42 )4/r)(25/2()2/r(800V π−π=
667 10x283,610x283,610x2566,1V =−=
(c) mm7,57V/Ik Vyy ==
(d) Vy
m
y I)Vm(I =
25m
y m.kg105,010x094,2x5000I ==
−
100 mm
z
x
12 m x
O
400 mm
y
r 2 = 25 y
100 mm
z
x
12 m x
O
400 mm
y
r 2 = 25 y
z
dy Volume elementar dV , um cilindro elementar
2º Método:
y
d
x
a
a
r
Cap. 6 Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 6 - Momento de Inércia - 10ª Edição - 2008
108
6.3*) Determine o Momento de Inércia para girar
a chapa metálica da figura em torno do eixo x.
Solução: adotando: (1) = retângulo e (2) = círculo ;
T.E.P.: Ix = Ix’ + A dxx’ 2
42
3
)1(
x m288216723x2412
6x4
I =+=+=
422
4
)2(
x m1,51265,50785,0414
1I =+=π+π=
4)2(
x
)1(
xx m9,236III =−=
6.6 - Exercícios
Propostos
4.1 - Cálculo do Momento de
Inércia de Figuras Simples
a) Momento de Inércia de Linha
6.4) Determine o momento de inércia da barra
fina para fazê-la gira em torno do eixo z,
utilizando integração direta, usando a definição
de momento de inércia: ∫= dmrI 2 sabendo-se
que a barra possui Secção Transversal de área
S e comprimento L para faze-la girar em torno do
seu centro de massa O. Sabe-se que r é a
distância do elemento de massa dm ao eixo de
giro. Sabendo-se que m = 3 kg e o comprimento
da barra é L = 8 m, determine seu valor.
Resp.: 20,16 mKgIz =
6.5) Calcule pela definição o momento de Inércia
de linha da circunferência da figura, para fazê-la
girar em torno de um eixo passando pelo seu
centro de massa O, eixos x, y e z.
Resp. 3Ly
L
x RII π== ;
3L
z R2I π=
6.6) Calcule pela definição o momento de Inércia
de linha da semicircunferência da figura, para
fazê-la girar em torno dos eixos x, y e x1.
Resp. 2/RI 3Ly π= ; π−π= /R8RI
33L
x ;
3L
1x
RI π=
6.7) Calcule pela definição o momento de Inércia
de linha do quarto de circunferência da figura,
para fazê-lo girar em torno de um eixo passando
pelo seu centro de massa O, eixo x1 e x. Resp.:
4/RI 31x π= ;
3
x R)/24/(I π−π=
π= /R2x
CM
π
=
R2y
y1
x1
x
y
x
R
π
=
r2y
C
L = π r
y
x1
x
y
z
x
-L/2 +L/2 0
Solução: 2º método: introduzindo um volume elementar dV em
forma de cilindro
(a) dyrdV 2π= ; 2Vy rV)21(I = ; 2Vy rdV)21(dI =
∫ =π=π= 5104000
3222V
y mm10x094,2)3/y25()2(rdyr)21(I
(b)
∫ ∫ =π=π== 3640002 mm10x283,62/y25dy)y25(dVV
(c) mm7,57V/Ik Vyy ==
(d)
25V
y
V
y
m
y m.kg105,010x094,2x5000II)Vm(I ==ρ==
−
y
x
4 m
2 m
4 m
6 m
1 m
Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 6 - Momento de Inércia - 10ª Edição - 2008 Cap. 6
109
6.8) Calcule pela definição o momento de Inércia
de linha do arco de circunferência da figura, para
fazê-la girar em torno de um eixo x passando
pelo seu centro de massa CM. Resp.: 3x RI θ=
b) Momento de Inércia de Área
6.9) Calcule pela definição o momento de Inércia
de área do retângulo da figura, para fazê-lo girar
em torno de um eixo passando pelo seu
centróide C, eixo x e y e pelo eixo x1..
Resp.:
12
BHI
3
y = 12
HBI
3
x = ; 3
HBI
3
1x =
6.10) Calcule pela definição o momento de
Inércia de área do triângulo da figura, para fazê-
lo girar em torno dos eixos x, y, x1, y1, z1.
Resp.:
36
HBI
3
1x = ; 36
BHI
3
1y = ; 12
HB
I
3
1x =
;
12
BH
I
3
1y =
; )BH(
12
BH
I 221z +=
6.11) Calcule pela definição o momento de
Inércia de área do circulo da figura, para fazê-lo
girar em torno de um eixo passando pelo seu
centro de massa O, eixo x, y e z.
Resp.:
4
RII
4
yx
π
== ;
2
RI
4
z
π
=
6.12) Calcule pela definição o momento de
Inércia de área do semicírculo da figura, para
fazê-lo girar em torno de um eixos x, y, x1.
Resp.:
8
RII
4
y1x
π
== ; 4x R9
8
8
I ⎟⎟
⎠
⎞
⎜⎜
⎝
⎛
π
−
π
=
6.13) Calcule pela definição o momento de
Inércia de área do circulo da figura, para fazê-lo
girar em torno dos eixos x, y, x1, y1.
Resp.: 4yx r9
4
16
II ⎟⎟
⎠
⎞
⎜⎜
⎝
⎛
π
−
π
== ;
16
RII
4
1y1x
π
==
Calcule pela definição o momento de Inércia de
área do arco de círculo da figura, para fazê-lo
girar em torno dos eixos x, y, y1.
Resp.: )
2
2sen(
4
RI
4
x
θ
−θ= ; )
8
sen4
8
2sen
4
(RI
2
4
y θ
θ
−
θ
+
θ
=
CM
y
x
R
C
y
x1
xπ
=
3
4 Ry
C
H/2
B/2
x
y
x1
y1
H
B
H
B
x’
y’
x1
y1
Triângulo
3/Bx = .
3/Hy = .
C
π
=
3
R4y
C
x
y1 y
x
π
=
3
R4x
R
θ
θ
R
θ
θ
=
senRx
CM x
y
L = 2 θ R
Cap. 6 Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 6 - Momento de Inércia - 10ª Edição - 2008
110
)
2
2sen
(
4
R
I
4
1y
θ
+θ=
6.15) Calcule pela definição o momento de
Inércia de área do circulo da figura, para fazê-lo
girar em torno de um eixo passando pelo seu
centro de massa O, eixo x.
Resp.:
4
RI
4
x
π
=
6.16) Calcule pela definição o momento de
Inércia de massa do quarto de círculo de raio R,
da figura, para fazê-lo girar em torno de um eixo
que passe por uma de suas laterais, eixo x.
Resp.:
16
RI
4
x
π
=
c) Momento de Inércia de Volume
e de Massa:
6.17) Calcule pela definição o momento de
Inércia de Volume, do paralelepípedo da figura
de dimensões a, b e c, para fazê-lo girar em
torno de seu eixo central e simétrico, eixo y; e
determine também o seu momento de Inércia de
massa.
Resp.: )ab(12
b.aI 22y += ; )ab(M
12
1I 22y +=
6.18) Calcule pela definição o momento de
Inércia de massa, do cone da figura, para fazê-lo
girar em torno de seu eixo central e simétrico,
eixo y.
Resp.: 2Vy RV2
1I = ; 2my RM2
1I =
6.19) Calcule pela definição o momento de
Inércia de massa, do cone da figura de
comprimento total H e raio maior R,, para fazê-lo
girar em torno de seu eixo central e simétrico,
eixo y.
Resp.: 2Vy RV)10/3(I = ;
2)10/3( MRI my =
6.20) Calcule pela definição o momento de
Inércia de massa, do cone da figura anterior de
comprimento H e raio maior R, para fazê-lo girar
em torno do eixo de sua extremidade, eixo z.
Resp.: 22 )20/3()5/3( MRMHI my +=
6.21) Calcule pela definição o momento de
Inércia de massa, da esfera sólida de massa total
M e raio R, para fazê-la girar em torno de um
eixo que passe pelo seu centro.
Resp.: 2Vy RV)5/2(I = ;
2)5/2( MRI my =
R
2RA θ=
θ em rad
y1
x θ
θ
C
θ
θ
3
2 senR
y
z
x
y0
R
H
z
x
y0
a
b
c
CM
y
x
R
x
y
R
0
z
x
y
Exerc. 6.8 e 6.9
H
R
Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 6 - Momento de Inércia - 10ª Edição - 2008 Cap. 6
111
6.22) Calcule pela definição o momento de
Inércia de massa, da casca esfera de massa M e
raio R, para fazê-la girar em torno de um eixo
que passe pelo seu centro.
Resp.: 2Vy RV)5/2(I = ;
2)5/2( MRI my =
6.23) Determine o momento de inércia do cilindro
para fazê-lo gira em torno do eixo y que passa
pelo eixo e centróide do cilindro,, utilizando
integração direta, usando a definição de
momento de inércia: ∫= dmrI 2 que se reduz à
∫= dVrV
mI 2 . Sabe-se que r é a distância do
elemento de massa dm ao eixo de giro.
Sabendo-se que a massa total é m = 5 kg e o
que o comprimento do cilindro é H = 5 m e o raio
do cilindro é R = 3 m, determine seu valor.
Resp.: 25,22 mkgIy =
6.24) (2,5 ptos – Momento de Inércia) Determinar para o
parabolóide da figura: (a) o seu momento de
inércia de volume para fazê-lo girar em torno do
eixo y; (b) o volume total do parabolóide; (c) o
raio de giração em torno do eixo y; (d) o
momento de inércia de massa em torno do eixo
y, sabendo-se que sua densidade é ρ= 5000
kg/m3. Obs.: Se servir a informação, o momento
de inércia de um cilindro, pelo seu eixo central
vale Ime=(1/2)mr2.
Resp.:(a) 9Vy 10x24,5I = ;(b) 610x10,1V = ;(c) mm7,57ky =
; (d) 2my m.kg262,0I =
6.2 - Momento de Inércia de
Figuras compostas
6.25) Do exercício anterior calcular: (a) o
momento de inércia de área em relação ao eixo
y, yI ; (b) o momento de inércia de massa com
relação ao eixo y, myI , sendo a massa da viga de
20 kg ; (c) o momento de inércia de área em
relação ao eixo x, xI ; (c) o momento de inércia
de área em relação ao eixo z : yxz III += .
Resp.: 4Ay m7,12I = ;
2m
y m.kg9,36I = ;
4
x m3,43I = ;
4
z m6,56I =
6.26) Dada a figura do Exercício anterior,
determinar o Momento de Inércia de Área para
girar a área hachurada da figura em torno do eixo
y. Resp.: Iy = 242 m4
100 mm
z
x
12 m x
O
100 mm
y
r2 = 100 y
y
z
x
R
y
z
x
+L/2
R
H
-L/2 0
x
y
3,0 m
0,5 m
0,8 m
1,0 m
2,0 m
3 m 3 m 1 m
3 m
y
x
y
z
x
Cap. 6 Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 6 - Momento de Inércia - 10ª Edição - 2008
112
6.27) Determinar o Momento de Inércia de Área
para girar a parte hachurada da figura em torno
do eixo y. Resp.: Iy = 262 m4 .
6.28) Dada a figura, determinar o Momento de
Inércia de Área para girar a área hachurada da
figura em torno do eixo y. Resp.: Iy = 172 m4
6.29) Determinar o Momento de Inércia de Área
para girar a área hachurada da figura em torno
do eixo y. Resp.:
4
R5I
4
y
π
=
6.30) Determinar o Momento de Inércia de área
para girar a parte hachurada da figura em torno
do eixo z. Obs.: yxz III +=
Resp.:
2
)RR(I
4
1
4
2
z
−π
=
6.31) Dada a placa plana da figura e suas
dimensões na figura, constituída por uma parte
retangular, outra triangular e uma fenda (buraco na
placa) circular de raio r, determinar o momento de
inércia da placa para fazê-la girar em torno do
eixo y. Resp.: I y = 489 m4
6.32) Determine o (a) momento de Inércia de
área e (b) o momento de inércia de massa, da
placa de densidade constante e espessura
constante abaixo, para girá-la em torno do eixo
y, sabendo-se que a massa da placa é de 5 kg.
Resp.: IyA = 7769 m4 ; Iym = 220 (kg . m2 )
6.33) Determine o (a) momento de Inércia de
área e (b) o momento de inércia de massa, da
placa de densidade constante e espessura
constante abaixo, para girá-la em torno do eixo
x, sabendo-se que a massa da placa é de 5 kg.
Resp. IxA = 14747 m4 ; Ixm = 572 (kg . m2 )
4,5 m 4,5 m
4 m
5 m
9 m
x
y
2 m
6 m 6 m
4 m
5 m
9 m
x
y
2 m
R2
x
y
R1
x
r =0,5 m
-4 -2
6
y
9 m 0
3m
3 m 4 m
3 m
y
x
C
2 m 3 m
3 m
y
x
3 m
R
R
x
y
Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 6 - Momento de Inércia - 10ª Edição - 2008 Cap. 6
113
6.34) Determine: (a) o Momento de Inércia de
área, da placa dada na figura do ex. (1), para
fazê-la girar em torno do eixo y e (b) o seu
momento de inércia de massa sabendo-se que a
placa tem massa m = 7 kg.
Resp.: (a) IyA = 174 m4 ; (b) Iym = 41,2 kg.m2
6.35) Determine: (a) o Momento de Inércia de
área, da placa dada na figura do ex. (1), para
fazê-la girar em torno do eixo y e (b) o seu
momento de inércia de massa sabendo-se que a
placa tem massa m = 7 kg.
Resp.: (a) IyA = 360 m4 ; (b) Iym = 77,7 kg.m2
6.36) Determine o Momento de Inércia da chapa
da figura, para que ela gire em torno do eixo x.
Resp Ix = 148 m4
6.37) (a) Determine as coordenadas C ≡ ),( yx
do Centróide da chapa de metal sombreada da
figura. (b) Determine o Momento de Inércia para
girar esta figura em torno de um eixo horizontal x
da figura.
Resp. : mymx 78,4;9,2 == ; IxA = 1413 m4
6.38) (a) Determine as coordenadas C ≡ ),( yx
do Centróide da chapa de metal sombreada da
figura com os furos considerados. Obs.: A Figura
possui simetria em relação ao eixo y (espelho),
portanto 0x = . As dimensões de altura dos
quadrados, podem ser determinados projetando o raio
pontilhado do circulo menor (r=1m) na vertical.
(b) Determine o Momento de Inércia para girar a
figura dada em torno do eixo horizontal x da
figura (que passa pelo centro do círculo maior).
Resp.:my 263,0−= ; 48,54 mIx =
x
y
0
3
-3 3
x
6
6
9
y
2 m
3
3
0
2,4 m
9 m
6m
1,5 m
2,4 m
1,5 m
x 2m
y
x
3 m
7 m
6 m
9 m
3 m
0,5 m
y
3 m
1 m
1,30 m
45° 1,30 m
x
y
Cap. 6 Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 6 - Momento de Inércia - 10ª Edição - 2008
114
6.39) (a) Determine as coordenadas do centróide
)z;y;x(C ≡ da figura, que possui 10 cm de
profundidade em direção ao eixo z negativo. (b)
Determine o momento de inércia de área para
fazê-la girar em torno do eixo y da figura. (c)
Sendo a massa da peça 162 g, determine a
momento de inércia de massa, em (g.cm2 ), para
fazê-la girar em torno do mesmo eixo, y. O
momento de inércia em relação a um eixo que
passa pelo centróide de um retângulo é Iy’ =
hb3/12 e de um triângulo é Iy’ = hb3/36. O
Teorema dos eixos paralelos é dado por Iy = Iy ’ +
A dy y ‘ 2 . Resp. : C ≡( 0,444; 3,33; -5,00) cm ; =AyI
1229 cm4; =myI 2457 g.cm
2
6.40) (a) Determine as coordenadas do centróide
)z;y;x(C ≡ da figura, que possui 10 cm de
profundidade em direção ao eixo z negativo. (b)
Determine o momento de inércia de área para
fazê-la girar em torno do eixo y da figura. (c)
Sendo a massa da peça 162 g, determine a
momento de inércia de massa, em (g.cm2 ), para
fazê-la girar em torno do mesmo eixo, y. O
momento de inércia em relação a um eixo que
passa pelo centróide de um retângulo é Iy’ =
hb3/12 e de um triângulo é Iy’ = hb3/36. O
Teorema dos eixos paralelos é dado por Iy = Iy ’ +
A dy y ‘ 2 . Resp. : C ≡( 0,364 ; 3,45 ; -5,00 ) cm ;
)cm(1715I 4Ay = ;
2m
y cm.g2806I =
6.41) Dada a placa da figura abaixo, de
espessura 1 cm, em direção à z negativo, com
duas vazantes, um triângulo e um quarto de
círculo, determine: (a) o Momento de Inércia de
área, IAx, para se girar a placa em torno do eixo y
; e (b) sabendo-se que a massa da placa é 22 kg
determine o momento de Inércia de massa Im x ,
em relação ao eixo x.
Resp.: (a) IAx = 6356 m4; (b) Im x = 727 kg . m2
2) Na placa da figura sombreada determinar o
momento de inércia de área para girar esta placa
em torno do eixo y, Iy. Resp: 2x m.kg914I =
6.42) (a)Determine o Momento de Inércia de
Área no plano zOy, para girar a área em torno do
eixo horizontal y da figura; (b) determine o
momento de inércia de massa para girar a peça
em torno do mesmo eixo (y),, sendo a massa da
peça de 2 kg.
Resp.:(a) 4Ay cm2582I = ; (b)
2m
y cm.kg4,55I =
6.43) (a)Determine o Momento de Inércia de
Área no plano zOy, do bloco da figura, para fazê-
lo girar em torno do eixo horizontal y da figura;
(b) determine o momento de inércia de massa
y
x
6 m
3 m 3 m
6 m
x
y
6 cm
3 cm 3 cm
18 cm
3 cm
2 cm
x
y
6 cm
3 cm 3 cm
18 cm
3 cm
3 cm
6 cm
y (m)
x (m)
0
-1
6
2
2
53
10
r
6
5
20
12 cm 3 cm
9 cm
3 cm
4 cm
4 cm
y
x
z
O
Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 6 - Momento de Inércia - 10ª Edição - 2008 Cap. 6
115
para girar a peça em torno do mesmo eixo (y),
sendo que a massa da peça toda é de 2 kg.
Resp.: 24 .0,31;967 cmkgIcmI mx
A
x ==
6.44) A placa homogênea e sombreada da
figura, tem espessura e = 8 mm, e massa m = 5
kg. Determine: (a) O momento de inércia de área
para girar a figura em torno do eixo x; (b) O
momento de inércia de massa para girá-la em
torno do mesmo eixo; (c) as coordenadas do
centro de massa. Resp.: (1) IxA = 2,55 x 106 cm4
; (b) Ixm = = 4958 kg cm2 ; (c) CM≡ ( 34,4 ;
29,7 ; 0,04 ) cm
6.45) Determinar o momento de inércia de área,
para girar a placa em torno do eixo x, Ix em torno
do eixo y, Iy , e em torno do ponto O, ou seja, em
torno do eixo z : Iz = Jo, lembrando que Iz = Ix
+ Iy . (b) Determinado o Momento de inércia de
área e sabendo que a massa da peça é de 12
kg, considerando sua espessura desprezível,
determinar o momento de inércia de massa para
girá-la em torno do mesmo ponto (O).
Resp.: (a) Ix = 1,94 x 107 cm4 ; Iy = 3,64 x 107 cm4 ; Jo =
5,58 x 107 cm4 ; (b) 4mo
m
z 10x53,7JI == kg.cm
2.
6.46) A placa homogênea e sombreada da
figura, tem espessura e = 8 mm e massa m = 5
kg. Determine: (a) O momento de inércia de área
para girar a figura em torno do eixo x. (b) O
momento de inércia de massa para girar em
torno do mesmo eixo. (c) as coordenadas do
centro de massa;
Resp.: (a Ix = 2,80 x 106 cm4 ; (b) Ixm = 4637 kg cm2
; (c) CM≡ ( 36,4 ; 27,2 ; 0,4 ) cm
6.47) (a) Determinar o Momento de Inércia de
área para girar a placa em torno do ponto O da
figura, ou seja, em torno do eixo z : Iz = Jo.
Lembrando que Iz = Ix + Iy . (b) Sabendo que a
massa da peça é de 7 kg, determinar o momento
de inércia de massa para o corpo girar em torno
do mesmo ponto (O), sendo desprezível a
espessura da peça.
Resp.: Ix = 6,72 x 105 cm4 ; Iy = 3,15 x 106 cm4 ; Jo =
3,82 x 106 cm4 ; (b) Jo m = 9,69 x 103 kg.cm3 .
x
100 cm
90 cm
O
z
30 cm 20 cm y
30 cm
50 cm
70 cm
10 cm r = 12 cm
y
x
7 cm
50 cm
70 cm
20 cm
r = 12 cm
y
x
10 cm
50 cm
15 cm
4,5 cm y
x
z
O
4 cm
3 cm
6 cm
Cap. 6 Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 6 - Momento de Inércia - 10ª Edição - 2008
116
6.48) Determinar o Momento de Inércia de Massa
para girar o Volume em forma de prisma em
torno do eixo z. Obs.: Lembrar que o yxz III += de área
do triângulo de espessura constante.
Resp.: )(
6
22 bamIz +=
6.49) São dadas as dimensões do abajur na
figura e que: a massa da base cilíndrica é m1 =
10 kg; a massa do corpo cilíndrico longo do
abajur, a haste vertical é m2 = 4 kg; a massa da
casca esférica onde vai a lâmpada é m3 = 3 kg;
e ainda considerando que a haste que liga o topo
do cilindro à casca esférica tem massa
desprezível. Todos os centros de massa das
partes do corpo estão no plano xOy. (a)
Determine as coordenadas do Centro de Massa
);( yx do abajur da figura (b) Determine o
momento de inércia do abajur para fazê-lo girar
em torno do eixo y, considerando que o
momento de inércia para girar um cilindro em
torno de seu eixo é 2/2RMI = e o momento
de inércia de uma casca esférica para fazê-la
girar em torno de um eixo que passa pelo seu
centro é 2)3/2( RMI = , e que o teorema dos
eixos paralelos é 2'' . yyyy dMII += . Determine
ainda o momento angular ω= v
r
IL do abajur
para fazê-lo girar com velocidade angular
)/(5,0 sradj
rr
=ω .
Resp.: (a) CM ≡ ( 0,176 ; 0,276 ; 0 ) ;
(b) =yI 4,00 kg.m
2 ; )/(00,2 sradjL
rr
=
6.50) Tendo a densidade dos materiais e seus
volumes tirados da figura abaixo, pode-se
determinar a massa de cada bloco da figura, e
também os centros de massa de cada bloco
parcial )z~;y~;x~( iii (tabela). As placas de 3
materiais diferentes, tem suas densidades dadas
em miligramas por milímetro cúbico como
seguem: Germânio: ρGe = 5,32 mg/mm3 ; Silício:
ρSi = 2,33 mg/mm3 ; e Cobre: ρCu = 8,96 mg/mm3
, dispostas suas dimensões como dadas na
figura. (a) Determinar o Centro de Massa
)z;y;x(C ≡ do Sistema; e (b) considerando
que toda a massa do sistema foi reduzido ao
ponto do Centro de massa encontrado,
determine o momento de Inércia para girar este
sistema puntual em torno do eixo y. Resp.: CM ≡ (
9,88 ; -1,45 ; 0 ) mm ; (b) I = 694 136 mg.mm2
6.51) (a) Determine as coordenadas do centróide
)z;y;x(C ≡ da placa simétrica da figura, que
possui profundidade de 2 cm em direção ao eixo
z negativo. (b) Determine o momento de inércia
de área para fazê-la girar em torno do eixo y da
figura. (c) Sendo a massa da peça 16 kg,
determine a momento de inérciade massa, em
(kg.m2 ), para fazê-la girar em torno do mesmo
eixo y. Obs.: O momento de inércia em relação a
um eixo vertical y’ que passa pelo centróide de
um retângulo é Iy’ = hb3/12 e de um triângulo é Iy’
= hb3/36. O Teorema dos eixos paralelos é dado
y
x
z
6 mm
8 mm
8 mm
7 mm
2 mm
3 mm
2 mm
2 mm
3 mm
Silício
Gemânio
Cobre 1
Cobre 2
18 mm
z
y
x
a
b
c
bx
a
by +−=
x
y
30 cm 30 cm
36 cm
28 cm
O
z
x
x
y
R ’ = 0,4 m
r = 0,1 m
R= 0,3 m
1 m
0,1 m
0,6 m
0,2 m
Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 6 - Momento de Inércia - 10ª Edição - 2008 Cap. 6
117
por Iy = Iy ’ + A dy y ‘ 2 . Resp. : CM ≡( 4 ; 0 ; -0,01 ) m;
4A
y m1351I = ; )m.kg(379I 2Ay =
6.52) Dada a peça da figura feita de materiais
diferentes, determine o momento de inércia de
massa da peça toda, em relação ao eixo x,
sabendo-se que o momento de inércia de massa
de um paralelepípido, para um eixo passando
pelo seu centro de massa G, paralelo ao eixo x e
com área perpendicular ao eixo x, de lados: a e
b, é dado por )ba(
12
m
I 22x''G += sendo a massa
do paralelepído grande m1 = 200 kg e do
pequeno m2 = 60 kg ; e o momento de inércia de
um prisma, base triangular e espessura, através
de um eixo passando pelo seu centro de massa
G, considerando sua base do triângulo b e altura
h é )hb(
18
m
I 22x'G += , sendo a massa do
prisma m3 = 30 kg. Resp.: 2x m.kg30756I =
x
y 8 m
1,5 m 3 m
1,5 m
3 m
z
y
x
15 m
1,5 m
2 m 2 m
1 m
12 m
4 m
Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 7 - Cinemática do Corpo Rígido - 1ª Edição - 2009 Cap.7
119
7.1 – Cinemática
Rotacional Escalar
Consideremos um corpo rígido girando em torno
de um eixo fixo z com velocidade angular ω
r
e
aceleração angular α
r
. Observando o movimento
do ponto P, verificamos que executa um
Movimento Circular. Estudaremos o movimento
dos pontos da secção transversal do corpo
rígido. Qualquer ponto do corpo rígido executa
um movimento circular em torno do eixo z fixo da
figura.
Na figura seguinte isolamos o movimento de um
ponto qualquer do corpo rígido. Adotando-se na
trajetória circular do ponto P um início da
contagem dos ângulos e dos espaços θ=0 e
s=0, e após o ponto ter percorrido um certo
intervalo na trajetória, ligamos o cronômetro, t=0
e adotamos neste ponto os valores dos espaços:
linear so e angular θo , onde o índice “o” significa
o momento da ligação do cronônometro, t=0.
Passado um tempo do cronômetro ligado, tempo
t, o ponto P tem um arco de ângulo (θ - θo) a
partir de t=0 e andou um espaço linear s-so ,
possuindo uma velocidade v. O angulo de giro
que vale para um ponto após tem começado a
contar tempo, tem o mesmo valor para todos os
pontos do corpo rígido. A taxa infinitesimal de
variação do ângulo θ ou espaço angular no
tempo que fornece a velocidade angular ω=
dθ/dt, vale para todos os pontos do corpo rígido.
A taxa de variação da velocidade angular no
tempo que fornece a aceleração angular α=
dω/dt, vale também para todos os pontos do
corpo rígido. O espaço linear s, a velocidade
linear v e a aceleração linear a, que é composta
da aceleração tangencial e centrípeta tem
valores diferentes para cada ponto, sendo
principalmente dependente do raio do ponto, ou
distância ao centro.
dt
dva
dt
dsvtfss to ===− ;;)(
dt
d
dt
dtfo
ω
=α
θ
=ω=θ−θ ;;)(
a) Definição de radiano
___________________________________________________________
Capítulo 7
Cinemática
___________________________________________________________
ω
r
P1
α
r
z
y
x
P2
P , t
Po, t=0
θo
θ
ω
r
α
r
θ = 0 , s = 0
so
s
v
r
Cap.8 Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 7 - Cinemática do Corpo Rígido - 1ª Edição - 2009
120
r
s
raio
arcorad ==θ )(
“Radiano é o número de raios r da
circunferência ao longo da curvatura s do seu
arco.”
Assim, 1 radiano, ou seja, um raio da
circunferência, sobre o contorno da
circunferência, está em aproximadamente 57,3°:
°≅=
π
°
=== 3,572957795,571801
r
r
r
srad
Tales de Mileto (600 a.C.) ao medir o
comprimento C de qualquer cilindro com uma
linha e o seu diâmetro D, verificava que a
relação entre os dois, era um valor sempre
constante e o denominou de valor característico
da circunferência, o número π (pi):
...14159,3...
''
''
'
'
=π====
D
C
D
C
D
C
O número π é um número irracional, ou seja, tem
infinitos algarismos depois da vírgula, não é
dízima, e os números que vêem depois da
vírgula nunca se repetem, sempre aparecendo
novidades de seqüência de números. Por isso se
designa este número pela letra grega π, para
apresentá-lo como se fosse por inteiro. Isto
significa que cabem 3,14159... (π) diâmetros da
circunferência ao longo da curvatura de uma
circunferência, C = π.D = 2 π R ≅ 3,14 diâmetros
= 6,28 raios, ou 6,28 raios ao longo da curvatura
de uma circunferência completa. Portanto,
podemos definir o radiano ou medida de um
ângulo da circunferência, como proporção de
unidades de raios sobre o arco da própria
circunferência.
Esta forma de medida se caracteriza por ser uma
forma própria e característica inseparável da
circunferência. Assim radiano é a relação entre
o arco de circunferência s e seu raio r, ou
seja, é o número de raios que cabem no arco
de circunferência.. Assim definindo, ficamos
com o ângulo em radianos independente do raio:
Podemos dizer, portanto, que ao longo de uma
circunferência completa, cabem 2π raios da
circunferência ou aproximadamente 6,28 raios,
ou podemos dizer ainda, como dizia Tales de
Mileto, que ao longo da linha de uma
circunferência completa cabem π diâmetros ou
3,14 diâmetros da circunferência,. Uma
circunferência completa possui um ângulo de 2π
radianos ou aproximadamente 6,28 radianos.
Meia circunferência ou 180° tem π radianos ou
aproximadamente 3,14 radianos ou raios da
circunferência. Assim o ângulo em radiando
independe do raio da circunferência.
Assim sendo, o ângulo quando considerado
isoladamente, ou quando na mecânica, deve ser
medido em radianos, em que ele se faz sempre
crescente ao longo da contagem de tempo t, e
se quisermos imediatamente transformá-lo em
espaço linear, basta multiplicá-lo pelo raio r e
teremos o espaço s:
s = θ.r
θ = espaço angular
s = espaço linear
r = raio
v = velocidade ou velocidade linear
at = aceleração linear tangencial
As grandezas lineares dependem do raio e as
grandezas angulares não dependem do raio
valendo para todos os pontos do corpo rígido.
v = ω r
a t = α r
a n = acp = ω2 r = v2 / r
Para o caso de uma roda girando sobre o piso
sem escorregar, temos que o espaço na periferia
da roda que efetivamente ela gira é o espaço
que caminha ou translada a roda na direção do
giro ∆s = θ r. A velocidade linear do centro de
massa, ou velocidade de translação da roda será
vCM = ω r e a aceleração linear do centro de
massa é aCM = α r .
θ
s
r
∆s = θ . r
P’
P
θ
ω
r
Roda que gira sem escorregar
∆s = θ . r
CM CM
vCMaCM
vCM = ω . r
aCM = α . r
D
C
C’
C’’
D’
D’’
Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 7 - Cinemática do Corpo Rígido - 1ª Edição - 2009 Cap.7
121
b) Movimento
Circular e Uniforme (MCU):
O movimento mais simples a se considerar seria
o Movimento Uniforme que se caracteriza por ter
aceleração tangencial nula, velocidade linear
constante e posição s variando linearmente com
o tempo e que valem para um ponto do corpo
rígido me rotação em tornode um eixo fixo.
dividindo as expressões pelo raio r não
alteramos suas características e as deixaremos
independente do raio r da circunferência da roda:
Obtemos as características das grandezas
angulares do movimento:
Essas grandezas são importantes porque valem
para todos os pontos do disco. As grandezas
lineares valem para cada ponto específico, pois
dependem do raio.
A vantagem de se trabalhar com as expressões
angulares é que pelo fato delas independerem
do raio r elas valem para todos os pontos do
corpo, independente de suas distâncias ao eixo
de giro.
O MCU se caracteriza por ter todos os pontos
com aceleração angular nula, α = 0, assim
sendo como
dt
dω
=α = 0, temos que ω =
constante, ou seja todos os pontos do disco tem
a mesma velocidade angular, o que caracteriza
um movimento uniforme: velocidade angular
constante. O ângulo θ, tem como relação geral,
.const
dt
d
=
θ
=ω , o que relaciona que este
ângulo evolui, variando linearmente com o
tempo:
tdtddtd o
t
ω+θ=θ⇒ω=θ⇒ω=θ ∫∫
θ
θ 00
O MCU apesar de não variar o módulo da
velocidade linear, o vetor velocidade linear varia
apenas em direção. Portanto tem aceleração,
denominada de aceleração normal ou
aceleração centrípeta que é responsável apenas
pela variação da direção do vetor velocidade
vale:
r
r
vaa ncp
2
2
ω===
c) Movimento
Circular Uniformemente
Variado (MCUV)
O segundo tipo de movimento mais simples que
existe é o Movimento Uniformemente Variado
(MUV) se caracteriza por ter:
aceleração tangencial constante,
velocidade que varia linearmente com o tempo
posição s que varia quadraticamente com o
tempo e a Equação de Torricelli, combinação
linear das expressões de s e v de onde se
elimina a variável tempo:
dividindo pelo raio r :
Obtemos as características das grandezas
angulares do movimento:
Essas grandezas são importantes porque valem
para todos os pontos do disco. As grandezas
lineares valem para cada ponto específico, pois
dependem do raio.
Se caracteriza este movimento por ter todos os
pontos com aceleração angular constante, α =
cte, o que caracteriza um movimento circular
uniformemente variado, assim sendo de
cte
dt
d
=
ω
=α , temos que ω varia linearmente
no tempo, e o ângulo θ, que se origina de
dt
dθ
=ω , varia quadraticamente no tempo. A
.const=α
to α+ω=ω
2oo t2
1t α+ω+θ=θ
θ∆α+ω=ω 22o
2
angularaceleraçãoconst
r
a t =α== .
angularvelocidadet
r
a
r
v
r
v to =ω=+=
angularespaçot
r
at
r
v
r
s
r
s too =θ=+=
2
1
2t
2
2
o
2
2
r
s
r
a
2
r
v
r
v
ω=
∆
+=
.consta t =
tavv to +=
2
2
1 tatvss too ++=
sa2vv t
2
o
2 ∆+=
0=α
.const=ω
to ω+θ=θ
angularaceleração0
r
a t =α==
angularvelocidadeconst
r
v
=ω== .
angularespaçot
r
v
r
s
r
s o =θ=+=
0a t =
.constv =
tvss o +=
Cap.8 Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 7 - Cinemática do Corpo Rígido - 1ª Edição - 2009
122
Equação de Torricelli, combinação linear das
equações de θ e ω, se origina da retirada da
variável tempo.
O MCUV tem o vetor velocidade variando
linearmente em módulo e direção. Portanto tem
aceleração tangencial responsável pela variação
do módulo da velocidade e aceleração normal ou
centrípeta que é responsável pela variação da
direção do vetor velocidade:
rat α=
r
r
vaa ncp
2
2
ω===
sempre formando a t e acp um ângulo de 90°.
E a aceleração total é
22
nt aaa +=
d) Expressões Genéricas do
Movimento Circular
Expressões para um movimento
genérico:
Portanto as expressões gerais para qualquer
movimento circular (genérico) são:
Se )t(f=α
angularaceleração
dt
d
=
ω
=α ⇒ dtd α=ω ⇒
∫ +α=ω .constdt ou dtd to ∫∫ α=ω
ω
ω 0
Se )t(f=ω :
angularvelocidade
dt
d
=
θ
=ω ⇒ dtd ω=θ ⇒
∫ +ω=θ .constdt ou dtd to ∫∫ ω=θ
θ
θ 0
Se )(θ=α f :
θ
ω
ω=
θ
θ
ω
=
ω
=α
d
d
dt
d
d
d
dt
d ⇒ ωω=θα dd ⇒
∫ ∫ θα=ωω dd ⇒ ∫ +θα=
ω .constd
2
2
ou
θα=ωω ∫∫
ω
ω dd
t
o 0
ou θα=ω−ω ∫ d
to
0
22
22
Partindo da definição de espaço linear e angular,
ou seja, da definição de radiano:
s = θ r
Derivando a expressão da definição de radiano:
r
dt
d
dt
ds θ
= rv ω=⇒
onde definimos:
angularvelocidade
dt
d
=
θ
=ω (rad / s)
Derivando novamente, agora a expressão da
velocidade linear v = ω r :
r
dt
d
dt
dv ω
=
raa t α== (aceleração tangencial)
onde definimos:
angularaceleração
dt
d
=
ω
=α (rad / s2)
As grandezas lineares, podem ter as seguintes
relações entre si, considerando que a = f ( s )
Em um movimento circular sempre haverá uma
aceleração centrípeta que deduziremos da
cinemática vetorial circular, por que deriva da
variação não do módulo da velocidade como é o
caso da aceleração tangencial, mas sim da
variação da direção da velocidade e depende
diretamente do quadrado da velocidade linear e
inversamente do raio da trajetória. Também
podemos dizer que a aceleração centrípeta varia
sendo diretamente proporcional ao raio da
trajetória e ao quadrado da velocidade angular.
acp = rr
v 22 ω=
e) Princípio
Invariante entre Duas
Engrenagens
“Para duas engrenagens que se
tocam em um ponto P (ou dois discos ou mesmo
duas polias que não escorregam entre si), são
invariantes para um um instante de tempo bem
definido: o espaço percorrido, a velocidade linear
e a aceleração tangencial, de suas periferias.
Portanto valem as seguintes relações das
grandezas angulares das quais denominamos de
princípio invariante de duas engrenagens. ”
dvvdsa
dt
ds
ds
dva .. =⇒=
a t
a cp
a
Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 7 - Cinemática do Corpo Rígido - 1ª Edição - 2009 Cap.7
123
Se as duas engrenagens giram em torno de um
eixo fixo sem escorregar, então valem as
relações:
Princípio Invariante entre duas
engrenagens ou
Princípio Invariante entre 2 polias
que giram sem escorregar
Princípio Invariante entre 2 polias que giram sem
escorregar
Engrenagens interligadas trocam entre si o
sentido de suas velocidades e acelerações
angulares ω e α, no entanto, polias interligadas
não modificam o sentido de ω e α entre si.
Num movimento plano geral (rotação +
translação) então devem ser analisados os
centros instantâneos de rotação (CIR), que
iremos ver adiante, e que já não são mais os
centros das roldanas ou engrenagens fixas.
7.2 Cinemática
Rotacional Vetorial
No movimento circular de um corpo rígido com
eixo fixo:
A velocidade do ponto P vai se caracterizar pelo
produto vetorial entre a velocidade angular e a
posição do ponto P (v = ω r).
Sendo que a velocidade de angular tem direção
binormal:
kb
rr
ω=ω=ω ˆ
Sendo a aceleração angular a derivada vetorial
da velocidade angular temos que a aceleração
angular pode estar ou na direção do versor
binormal b̂ ou na direção inversa ao binormal.
b
dt
d ˆα±=ω=α
r
Se ω
r
diminuir a medida que passa o tempo, ou
seja, o movimento de rotação esta se retardando
com o tempo, ou seja, o corpo rígido está
diminuindo o seu movimento de rotação, então a
aceleração angular é
b
rr
α−=α
Se ω
r
aumentar a medida que passa o tempo,
ou seja, o movimento de rotação esta
aumentando a velocidade angular com o tempo,
ou seja, o corpo rígido está aumentando o seu
movimento de rotação, então a aceleração
angular é
ω
r
P
α
r
z
O
O’
r P
r
v
z k
sA
Pta
r
P
A
rB
Pv
r B
rA
ωA
ωB sB
αB
αA
θA rA = θB rB
ωA rA = ωB rB
αA rA = αB rB
rA
rC
rB
rD
θC rC = θD rD
ωC rC = ωD rD
αC rC = αD rD
θB = θC
ωB = ωC
αB = αC
θA rA = θBrB
ωA rA = ωB rB
αA rA = αB rB
sA = sB ⇒ θA rA = θB rB
PP BA vv = ⇒ ωA rA = ωB rB
PP BtAt
aa = ⇒ αA rA = αB rB
Cap.8 Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 7 - Cinemática do Corpo Rígido - 1ª Edição - 2009
124
b
rr
α+=α
Enquanto que a velocidade angular vetorial
estará sempre na direção binormal
b̂ω=ω
r
Assim podemos escrever que a velocidade linear
fica:
PP rv
rrr
∧ω=
Como
rkzrP
rrr
+=
rrkzk)rkz(v
rrrrrrrrrr
∧ω=∧ω+∧ω=+∧ω=
rv
rrr
∧ω=
De forma generalizada podemos escrever que
esta expressão pode expressar a velocidade
relativa de um ponto B (qualquer) do corpo rígido
em relação a um outro ponto do mesmo corpo
rígido A (também qualquer) que pode ser
chamada de velocidade relativa do ponto B em
relação a um referencial no ponto A:
A/BBAA/B rv
rrr
∧ω=
AarelaçãoemBpontodorelativavelocidadev A/B =
r
BeApontososcontémquerígidocorpodoangularvelocidadeBA =ω
r
ABApontoaorelaçãoemBpontodoposiçãovetorr A/B −==
r
A velocidade vetorial relativa de B em relação a
A do mesmo corpo, depende da velocidade
angular do corpo rígido que contém os pontos A
e B produto vetorial com o vetor posição do
ponto B em relação ao ponto A do mesmo corpo
rígido.
Para determinação da aceleração, derivemos a
velocidade em relação ao tempo:
dt
rdr
dt
d
dt
vda
r
rr
rr
r
∧ω+∧
ω
==
Para um movimento qualquer a aceleração total:
)r(ra
rrrrrr
∧ω∧ω+∧α=
Mas a aceleração total é a soma da tangencial
mais a centrípeta ou normal:
nt aaa
rrr
+=
Portanto, a aceleração tangencial é
rat
rrr
∧α=
E a aceleração centrípeta ou normal é:
)( ran
rrrr
∧ω∧ω=
A expressão obtida da aceleração vetorial vale
para qualquer movimento no espaço
tridimensional.
No entanto, se formos tratar de um movimento
cinemático plano, este ocorrerá apenas no plano
xOy e portanto, podemos reduzir a expressão da
aceleração normal a uma expressão mais
simples, como seja:
Considerando que o movimento dos pontos do
corpo ocorre unicamente paralelo ao plano xOy.
jyixr
rrr
+=
e
k
rr
ω=ω
)]([)( jyixkkran
rrrrrrrr
+∧ω∧ω=∧ω∧ω=
riyjxkan
rrrrr 2][ ω−=ω−ω∧ω=
Portanto, um movimento plano
rra
rrrr 2ω−∧α=
Também de forma genérica, podemos escrever
que esta expressão pode expressar a aceleração
relativa de um ponto B (qualquer) do corpo rígido
em relação a um outro ponto do mesmo corpo
rígido A (também qualquer) e pode ser chamada
de aceleração relativa do ponto B em relação a
um referencial no ponto A:
A/B
2
BAA/BBAA/B rra
rrrr
ω−∧α=
Considerando que ABr A/B −=
r
, podemos
escrever:
)AB()AB(a 2BABAA/B −ω−−∧α=
rr
AarelaçãoemBpontodorelativavelocidadev A/B =
r
BeApontososcontémquerígidocorpodoangularvelocidadeBA =ω
r
ABApontoaorelaçãoemBpontodoposiçãovetorr A/B −==
r
a) Movimento Relativo
Vamos estudar e caracterizar o movimento
relativo de um ponto de um corpo rígido em
relação ao outro do mesmo corpo rígido.
OAOBAB rrr ///
rrr
−=
Terra/ATerra/BA/B rrr
rrr
−=
Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 7 - Cinemática do Corpo Rígido - 1ª Edição - 2009 Cap.7
125
ABAB rrr
rrr
−=/
ou
A/BAB rrr
rrr
+=
onde:
=ABr /
r
vetor posição do ponto B em relação ao ponto A
=Br
r
vetor posição do ponto B em relação ao ponto O
=Ar
r
vetor posição do ponto A em relação ao ponto O
Derivando:
dt
rd
dt
rd
dt
rd ABAB
rrr
−=/
Assim:
ABAB vvv
rrr
−=/
De outra forma:
ABAB vvv /
rrr
+=
Derivando:
dt
vd
dt
vd
dt
vd ABAB
rrr
−=/
Assim:
ABA/B aaa
rrr
−=
De outra forma:
A/BAB aaa
rrr
+=
Considerando a expressão da velocidade relativa
entre dois pontos pertencentes ao mesmo corpo
rígido, e utilizando a expressão da velocidade
rotacional vetorial, obtemos que:
ABAB vvv /
rrr
+=
ABBAAB rv //
rrr
∧ω=
b) Forma Analítica
de Cálculo da Velocidade para um
Movimento Geral
Expressões Cinemáticas da
Velocidade e Aceleração
(para um movimento geral)
Das expressões do movimento relativo acima
podemos escrever as equações gerais para a
velocidade relativa entre dois pontos, no caso A
e B pertencentes ao mesmo corpo rígido, em
relação a um Sistema de Referência Inercial
(SRI) considerando que ABr A/B −=
r
Posição relativa:
A/BAB rrr
rrr
+=
Derivando:
A/BAB vvv
rrr
+=
Considerando que
)AB(v BAA/B −∧ω=
rr
Então a Velocidade de B é:
)AB(vv BAAB −∧ω+=
rrr
b) Forma Geométrica
de Cálculo da Velocidade Relativa
no Movimento geral
Princípio de
Instantaneidade de
Rotação
Tratado anteriormente do caso mais simples da
rotação em torno de um eixo fixo, vamos agora
tratar do caso em que há movimento geral, ou
seja, translação + rotação em conjunto.
Enunciado do Princípio de
Instantaneidade de Rotação (PIR):
“Para um movimento plano geral (rotação +
translação), em um instante bem definido do
movimento do corpo rígido, há sempre um
ponto, denominado de Centro Instantâneo de
Rotação (CIR), ponto I, cuja velocidade
instantânea é sempre nula, no qual, todos os
pontos do corpo rígido giram em torno dele,
com a mesma velocidade angular ω.”
Representação Geométrica do PIR:
rA
rB/A
rB
x'
x
y’
y
A
B
O
Cap.8 Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 7 - Cinemática do Corpo Rígido - 1ª Edição - 2009
126
Equação do CIR:
PI
v...
CI
v
BI
v
AI
v PCBA =====ω
Exemplo:
No movimento de um roda que gira sem
escorregamento, o CIR é o ponto de contato com
o piso, ponto A da figura, em que a soma das
velocidades deste ponto é nula, devido ao fato
que os movimentos de translação para a direita
da roda e de rotação para a esquerda são iguais
em módulo e de sentidos opostos, resultando em
vA = 0. Como instantaneamente a velocidade do
Centro Instantâneo de Rotação (CIR) é sempre
nula, para o instante de tempo considerado
então o ponto A é o CIR deste movimento (A =
I).
Vamos separar didaticamente o movimento geral
(rotação + translação ) da roda da figura acima,
em primeiro lugar: (a) rotação pura em torno de
O: como se tivéssemos uma rotação em torno
de um eixo fixo em O; e em segundo lugar: (b)
Translação pura: do movimento de translação
pura como se a roda não girasse e escorregasse
na superfície de contato. Assim considerando,
sabemos que como rotação pura, um ponto na
superfície da roda tem a mesma velocidade do
ponto O do centro de massa se não há
escorregamento no giro sobre a superfície,
portanto a velocidade de qualquer ponto da
superfície da roda realizando uma rotação pura
é: v rotação pura = vO = ωR .
Consideremos as velocidade de rotação na
superfície da roda, representadas pelas vetores
velocidades azuis na figura e iguais em qualquer
ponto da superfície em seu movimento de
rotação em torno do ponto “fixo” O. Somando-se
ao movimento de rotação está o movimento de
translação puro, que vetorialmente se caracteriza
pelo corpo deslizando no plano com velocidade
constante de translação v0 e sem girar, sendo
suas velocidades iguais em qualquer ponto da
roda, v translação = v0 = vCM = ωR = constante,
representado pelos vetores rosas em que
qualquer ponto da roda tem velocidade de
translação constante horizontal e igual a v0.
Somando-se os vetores velocidade, desenhados
nos pontos O, A, B, C, D, E, observa-se que
pela figura as velocidade calculadas abaixo.
Se não há escorregamento da roda e neste caso
o ponto central ou centro de massa da roda, só
tem movimento de translação que coincide ser
igualà velocidade de rotação de qualquer ponto
na superfície da roda, ou seja:
v0 = vCM = ω r
vA = vI = 0 centro de velocidade nula (CVN) ou
centro instantâneo de rotação (CIR)
vB = 2 v0 = 2 ω r
vC = 2 v0 = 2 ω r
vD = 2 v0 = 2 ω r
vE =v0 cos φ +v0 cos φ =2v0 cos φ =2 ω r cos φ
O centro instantâneo de rotação se caracteriza
pelo ponto da roda que possui instantaneamente
velocidade nula. No caso de estar em rotação
em torno de um eixo fixo o CIR seria sempre o
centro da roda O.
No entanto, se ela executa rotação e translação
sem escorregamento o CIVN centro instantâneo
de velocidade nula ou CIR centro instantâneo de
rotação, se localiza no ponto em que ela
encosta no piso sem escorregar.
Se houver escorregamento o CIR vai se localizar
em outro ponto entre o ponto de tangência com o
solo e o ponto A no topo da roda, em um dos
pontos do seu diâmetro principal AC,
dependendo do tipo de escorregamento que
haja. Neste caso, o
Voltando ao Princípio de
Instantaneidade de Rotação que
estabelece que
“Todos os pontos de um corpo rígido em
movimento geral giram em torno do CIR (I),
Centro Instantâneo de Rotação, com a mesma
ω
r
Bv
r
Av
r
Cv
r
A
B
C
CM
CMv
r
I
Princípio da Instantaneidade de Rotação
A ≡ I ; v I = 0
C
vB VE
vA
VD
vo
ω
φ
ω
Vtranslação
Vrotação
Vtranslação
E
D
O
B
φ
P vP
Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 7 - Cinemática do Corpo Rígido - 1ª Edição - 2009 Cap.7
127
velocidade angular ω, que será igual à razão
entre esta velocidade de um ponto P qualquer
do corpo rígido e a distância deste ponto P ao
CIR (IP) :
PI
v
DI
v
CI
v
BI
v
AI
v
OI
v PDCBAo =======ω ...
Portanto, utilizando o Princípio de
Instantaneidade de Rotação que vale para
qualquer corpo rígido em movimento geral, ao
aplicá-lo, obteremos os mesmos valores acima
calculados, mas que no entanto, ele é mais geral
valendo para qualquer ponto P do corpo:
v0 = vCM = ω (IO) = ω r
vA = vI = ω . ( II ) = 0 (CIR) ponto de velocidade nula
vB = ω . IB = ω ( 2 r) = 2 v0
vC = ω . IC = ω (2 r) = 2 v0
vD = ω . ID = ω ( 2 r) = 2 v0
vE = ω . IE = ω (2 r cos φ) = 2 v0 cos φ
vP = ω PI
b) Localização do CIR
(Centro Instantâneo de Rotação)
de um corpo rígido
1º) Caso de Velocidades não paralelas
2º) Caso de velocidades paralelas e
diferentes:
3º) Caso de velocidade paralelas e
opostas:
4º) Caso de velocidades paralelas e
iguais:
ato translatório puro: todos os pontos do corpo
possuem a mesma velocidade
vA = vB = ...= vP
Exemplos:
Se sabemos a velocidade de 2 pontos do corpo
rígido e seus valores e a posição desses pontos
podemos calcular a posição do CIR, Centro
Instantâneo de Rotação (I) e a velocidade de
qualquer outro ponto com a equação do CIR:
a) Velocidades não paralelas:
PI
v...
DI
v
CI
v
OI
v
BI
v
AI
v PDCoBA =======ω
b) Velocidade paralelas, no mesmo sentido e
diferentes:
ω
==
−
=
−
−
===α
1...
vv
r2
vv
IBIA
v
IB
v
IAtg
BABABA
α= tgvIA A ; α= tgvIB B
c) Velocidades antiparalelas
VC C
B
VA A
I
ω
α
α
ω
VB
IA-IB=AB=2r
VC
O
B
VA
A
I
ω
VB
D
C
I
A
B
vB
vA
vA
I
B
A
vB
vA
I
B
A
vB
vA
B
A
vB
I no infinito ⇒ ω = 0
Cap.8 Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 7 - Cinemática do Corpo Rígido - 1ª Edição - 2009
128
ω
==
+
=
+
+
===α
1...
vv
r2
vv
IBIA
v
IB
v
IAtg
BABABA
α= tgvIA A ; α= tgvIB B
c) 2 Velocidades paralelas e iguais, de dois
pontos quaisquer:
...
vv
r2
vv
IBIA
v
IB
v
IAtg
BABABA
=
−
=
−
−
===α
α= tgvIA A ; α= tgvIB B
7.3 – Aceleração no
Movimento Relativo
a) Uma Expressão genérica para a
aceleração relativa:
Da mesma maneira para o caso da aceleração
relativa entre dois pontos de um mesmo corpo
rígido temos:
ABAB aaa /
rrr
+=
Para obtenção da aceleração relativa, derivemos
a velocidade relativa:
A/BBAA/B rv
rrr
∧ω=
A/BBAA/BBAA/B rdt
dr
dt
dv
dt
d rrrrr
∧ω+∧ω=
A/BBAA/BBAA/B vra
rrrrr
∧ω+∧α=
))AB(()AB(a A/BBABAA/B −∧ω∧ω+−∧α=
rrrr
))AB()AB(a 2BABAA/B −ω−−∧α=
rr
Daí podemos escrever a equação geral para a
relação das acelerações de dois pontos
pertencentes ao mesmo corpo rígido:
)AB()AB(aa 2BABAAB −ω−−∧α+=
rrr
A aceleração relativa entre dois pontos do
mesmo corpo rígido não tem um análogo
geométrico para seu cálculo, como é o caso da
velocidade que obedece ao Princípio de
Instantaneidade de Rotação. Somente é possível
calcular a aceleração através de sua expressão
analítica, conhecendo-se do corpo uma
aceleração linear de um ponto qualquer (A) e
sua velocidade angular.
Esta expressão serve para determinação de 2
pontos que fazem parte do mesmo corpo rígido,
ou que pelo menos que faça parte de um corpo
interligado por articulações, pois para sua
dedução utilizou-se de um sistema de referência
apenas de translação, sempre com eixos
paralelos ao Sistema de Referência Inercial
(SRI) para determiná-la. O resultado é a
dependência de uma aceleração de Referência
de Translação e mais duas de Rotação: nos
movimentos tangencial e centrípeto.
cpBtBAB aaaa
rrrr
++=
b) Uma Expressão ainda mais
genérica para a aceleração
relativa:
Como segundo Método de obtenção do
Movimento Relativo em velocidade e aceleração
podemos usar para sua determinação um
Sistema de eixos rigidamente ligado a um ponto
do corpo rígido seguindo seu movimento de
Translação mais Rotação.
Neste caso, devido a generalidade da dedução
que faremos abaixo, obteríamos uma expressão
para velocidade e aceleração relativas que
descreveria a relação entre dois pontos que
podem representar tanto dois pontos materiais
em movimentos independentes um do outro,
como dois pontos do mesmo corpo rígido como
no caso anterior, mas de forma mais genérica
esta expressão poderia representar a relação de
dois pontos de diferentes corpos rígidos.
Vamos portanto a dedução a seguir:
Consideremos um Sistema de Referência não
inercial x’y’z’ ligada rigidamente ao corpo rígido,
produzindo com ele seu movimento de
translação mais rotação, portanto também
girando junto com ele. Referenciando este
movimento temos também um sistema de
referência inercial (SRI) xyz.
VC
C
B
VA A
ω=0
VB
VC
C
B
VA
A
I
ω
ω
α
α
IA+IB=AB=2r
VB
Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 7 - Cinemática do Corpo Rígido - 1ª Edição - 2009 Cap.7
129
Considerando que:
j'yi'xr A/BA/BA/B
rrr
+=
e
A/BAB rrr
rrr
+=
Derivando:
dt
rd
vv A/BAB
r
rr
+=
E substituindo:
)j'yi'x(
dt
d
dt
rd
A/BA/B
A/B rr
r
+=
⎟
⎟
⎠
⎞
⎜
⎜
⎝
⎛
++⎟
⎠
⎞
⎜
⎝
⎛ +=
dt
jd'y
dt
id'xj
dt
'dyi
dt
'dx
dt
rd
BB
A/BA/BA/B
rr
rr
r
Teremos que considerar aqui a chamada
fórmula de Poisson que calcula a diferencial do
versor do eixo, uma vez que este eixo não é fixo
em sua direção, mas gira com uma velocidade
angular igual à do corpo em movimento. A
fórmula de Poisson diz que a derivada de um
versor do eixo “e”, ê , girando com velocidade
angular Ω, tem como derivada em relação ao
tempo o valor :
ê
dt
êd
∧Ω=
r
Portanto, para os versores cartesianos teriamos
a Fórmula de Poisson referenciando os versores
i,j,k da seguinte forma:
i
dt
id rr
r
∧Ω=
j
dt
jd rr
r
∧Ω=
k
dt
kd rr
r
∧Ω=
A justificativa está no desenho que se segue em
que podemos escrever para a variação dos
versores no tempo a seguinte expressão:
ijj
dt
d
dt
id rrrr
r
∧Ω=Ω=
θ
=
ji)i(
dt
d
dt
jd rrrr
r
∧Ω=Ω−=−
θ
=
Podemos escrever então que:
[ ])j(y)i(x)v(
dt
rd
BB'z'y'xA/B
A/B ∧Ω+∧Ω+=
rrrr
r
A/B'z'y'xA/B
A/B r)v(
dt
rd rrr
r
∧Ω+=
Assim:
'z'y'xA/BA/BAB )v(rvvrrrrr
+∧Ω+=
O último termo que aparece na expressão é o
termo novo, que diferencia esta expressão da
expressão deduzida para o referencial com
apenas translação do referencial em movimento
ou referencial não inercial. Para o referencial em
rotação aparece além da expressão anterior,
este novo termo de velocidade que representa a
velocidade relativa do ponto B em relação ao
ponto A do corpo rígido, origem do referencial
x’y’z’.
xyzSRIaorelaçãoemBdevelocidadev B =
r
xyzSRIaorelaçãoemBdevelocidadev B =
r
xyzSRIaorelaçãoem)'z'y'xSRñIdoorigem(Adevelocidadev A =
r
'z'y'xcorpoaoligadolreferenciadoangularvelocidade=Ω
r
'z'y'xcorpoaoligadolreferenciadoangularaceleração=Ω&
r
'z'y'x:AemSRnoAarelaçãoemBdevelocidadev A/B =
r
Derivando novamente para obter a aceleração:
'z'y'xA/BA/BA/BAB )v(dt
dr
dt
dr
dt
dv
dt
dv
dt
d rrrrrrr
+⎟
⎠
⎞
⎜
⎝
⎛ ∧Ω+⎟
⎠
⎞
⎜
⎝
⎛ ∧Ω+=
Onde:
)r(vr
dt
d
A/BA/BA/B
rrrrrrr
∧Ω∧Ω+∧Ω=∧Ω
e
⎥⎦
⎤
⎢⎣
⎡ += jv(iv(
dt
d)v(
dt
d
yx )A/B)A/B'z'y'xA/B
rrr
j
dt
dv(i
dt
dvjv(
dt
div
dt
d)v(
dt
d
yxyx )A/B)A/B)A/B)A/B'z'y'xA/B
rrrrr
+++=
Portanto:
'z'y'xA/B'z'y'xA/B'z'y'xA/B )v()a()v(dt
d rvrr
∧Ω+=
Substituindo na aceleração total, estas duas
novas expressões, obtemos:
i
rdθ
dθ
jd
r id
r
Ω
Ω&
j
rx'B
x
y’ y
A
B
O
ωAB=Ω
αAB=Ω&
Ar
r
Br
r
A/Br
r
y'B x’
Cap.8 Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 7 - Cinemática do Corpo Rígido - 1ª Edição - 2009
130
A/BA/BA/BA/BAB a)v(2)r(raa
rrrrrrr&rrr +∧Ω+∧Ω∧Ω+⎟
⎠
⎞⎜
⎝
⎛ ∧Ω+=
Onde os dois termos finais são os termos a mais
que aparecem em comparação com a expressão
deduzida anteriormente considerando o caso do
referencial apenas em translação:
O penúltimo chamamos de aceleração de
Coriolis em homenagem ao seu descobridor, o
engenheiro francês G.C. Coriolis, o primeiro a
obtê-la.
Coriolisdeaceleração)v(2 A/B =∧Ω
rr
E o último termo
AàrelaçãoemBdeaceleraçãoa A/B =
r
Representa a aceleração relativa do ponto B em
relação ao ponto A, onde A é a origem do
sistema de referência não inercial x’y’z’ ligado ao
corpo.
7.5 - Resumo do
Capítulo 7
As grandezas lineares (espaço, velocidade e aceleração) variam
com a distância r ao eixo de um corpo rígido que gira, já as
grandezas angulares se mantém constante para todos os pontos
do corpo que gira, em um mesmo instante de tempo. Como
definição: θ rad = arco / raio = s / r ; 1 rad corresponde a um arco
de 1 raio sobre o arco de circunferência; 1 circunferência completa
cabem aproximadamente 6,28 raios da circunferência.
Movimento Circular e Uniforme (MCU):
Movimento Circular Uniformemente variável
(MCUV):
Expressões gerais para Qualquer Movimento
Circular são
Princípio Invariante entre 2 engrenagens:
Duas engrenagens que giram em torno de um eixo fixo e se tocam
sem escorregamento, conservam na mesma contagem de tempo: o
espaço, a velocidade e a aceleração tangencial.
Princípio de Instantaneidade de Rotação
(PIR): “Para um movimento plano geral (rotação + translação)
em um instante bem definido do movimento do corpo rígido, há
sempre um ponto, denominado de Centro Instantâneo de Rotação
(CIR), ponto I, na qual, todos os pontos do corpo rígido giram em
torno dele, com a mesma velocidade angular ω de tal forma que:
PI
v
...
CI
v
BI
v
AI
v PCBA =====ω
Localização do CIR (Centro Instantâneo de Rotação):
B
A
vB
I no infinito ω = 0
(d) Velocidades Paralelas e
Iguais
vA
I
B
A
vB
(c) Velocidades Paralelas e
Opostas
vA
vA
I
B
A
vB
(b) Velocidades Paralelas e
Diferentes
I
A
B
vA
(a) Velocidades não Paralelas
vB
θA rA = θB rB
ωA rA = ωB rB
αA rA = αB rB
ω
r
Bv
r
Av
r
Cv
r
I
A
B
C
.const=α
to α+ω=ω
2oo t2
1t α+ω+θ=θ
θ∆α+ω=ω 22o
2
⇒ω=α
dt
d
∫ ∫α=ω dtd
⇒θ=ω
dt
d
∫ ∫α=ω dtd
⇒ωω=θα dd ∫ ∫ θα=ωω dd
0=α
.const=ω
to ω+θ=θ
Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 7 - Cinemática do Corpo Rígido - 1ª Edição - 2009 Cap.7
131
Movimento relativo para referenciais em rotação
( ) 'z'y'xA/BA/BAB )v(rvv rr
rrr
+∧Ω+=
A/BA/BA/BA/BAB a)v(2)r(raa
rrrrrrr&rrr
+∧Ω+∧Ω∧Ω+⎟
⎠
⎞⎜
⎝
⎛ ∧Ω+=
7.6 - Exercícios
Resolvidos
7.1*) Sabendo-se que a velocidade do ponto A é
6 m/s : (a) determine geometricamente o ponto
instantâneo de rotação no instante dado da
figura abaixo; (b) ache o valor da velocidade
angular ωAB da barra AB ; (c) determine a
velocidade do ponto B.
Solução: : srad
senIB
v
IA
v BA
AB /30º45283,0
6
====ω
vB = ωAB IB = 30 x 0,283 cos 45° = vA = 6 m/s
7.2*) A manivela AB dá voltas a uma velocidade
angular constante ω = 6 rad/s. Para o instante
em que o ângulo θ da figura vale 30°, determine
a velocidade angular ωBC e a aceleração angular
αBC da barra BC, e a velocidade do cursor C,
cujo ponto C desliza sem atrito na horizontal.
Solução: Método Geométrico: CIR
Lei dos senos: ∆ AIC:
693,03090
250,1
º60
=
°
=
°
=
CI
sen
AI
sen
m
sen
IC = 0,722 m ; IA = 1,44 m ; IB = 1,09 m
vB = ωAB . rAB = 6 x 0,350 = 2,1 m/s ;
srad
IB
vB
BC /93,109,1
1,2
===ω
sradkBC /93,1
rr
=ω
vC = ωBC . IC = 1,93 x 0,722 ⇒ vC = 1,39 m/s
)](3030[cos2 jsenira ABABB
rrr
−°+°ω=
)s/m()]j(3,6i91,10[a 2B
rrr
−+=
CBCBCBBC rrkaa
rrrrr 2ω−∧α+=
BC = ºcosx,x,x,, 302513502251350 22 −+ = 0,963 m
(Lei dos cossenos)
β = arc tg
°−
°
30cos35,025,1
3035,0 sen
= 10,47°
jir
jseniBCr
BC
BC rrr
rrr
175,0947,0
)(963,0)(cos963,0
−−=
−β+−β=−=
)175,0947,0(
)175,0947,0()3,691,10(
2 ji
jikjia
CB
CBC rr
rrrrrrr
−−ω−
−−−∧α+−=
jii
jjia
CB
CBC rrr
rrrr
652,053,3)()175,0(
)947,0()3,691,10(
++−−α+
+−α+−=
jijia CBCBC
rrrr
]947,065,5[]175,044,14[0 α−−+α+=+
αCB = -5,65 / 0,947 = -5,97 k rad/s2 ;
a c = 13,4 i m/s2
7.3*) Em uma parte da transmissão do câmbio
automático de carros há uma engrenagem
externa E, três engrenagens plantetárias P e
uma engrenagem central S (Sol). Se a
engrenagem central S gira com velocidade
angular ωS = 8 rad/s no sentido horário e a
engrenagem externa E gira em torno do mesmo
centro O com velocidade ωE = 6 rad/s no sentido
antihorário, determine: (a) a velocidade angular
da engrenagem planetária ωP e seu sentido; (b)
283 mm
A
vB
vA
45°
B
θ
B
AC
350 mm
900 mm
θ
B
AC
350 mm
ω
I
vB
v
60º
900 mm
β
Movimento Relativo:
Um ponto qualquer B do corpo rígido, relaciona-
se com outro ponto qualquer A desse mesmo
corpo, pelas expressões:
)AB(vv BAAB −∧ω+=
rrr
)AB()AB(aa 2BABAAB −ω−−∧α+=
rrr
283 mm
A
vB
vA = 6 m/s 45°
B I
Cap.8 Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 7 - Cinemática do Corpo Rígido - 1ª Edição - 2009
132
a velocidade linear da engrenagem planetária da
base da figura e seu sentido.
Resp.: ωP = 20,0 rad/s antihorário ; vB = 0,100 m/s →
Solução velocidade relativa: vD = ωS x OD = 8 x 0,050 = 0,4 rad/s ;
vC = ωE x OC = 6 x 0,100 = 0,6 rad/s ;
)s/m(i40,0vD
rr
−= ; )s/m(i60,0vC
rr
= ;
)CD(vv DCCD −∧ω+=
rrr
)j050,0()k(i60,0i40,0 BC
rrrr
∧ω+=−
7.4*) Considerando que a barra AB, a
engrenagem interna sol, S, e a engrenagem
externa E giram em torno do mesmo eixo fixo A,
mas de forma independente uma da outra.
Considerando: que a barra AB tem velocidade
angular constante ωAB = 10 rad/s , no sentido
antihorário e está interligada ao centro B da
engrenagem planetária P; que a engrenagem solS tem velocidade angular constante ωS = 5
rad/s, no sentido horário, levando junto com ela
na mesma velocidade linear, o ponto C, abaixo
da barra AB, ponto em comum com a
engrenagem planetária P; e que a engrenagem
externa E, gira com velocidade angular
constante ωE levado pelo ponto em comum D
com a engrenagem planetária P. Determine:
(a) a velocidade do ponto B, centro da
engrenagem P; (b) a velocidade do ponto C,
ponto em comum das engrenagens S e P; (c) o
vetor velocidade angular da engrenagem P; (d) a
velocidade do ponto D, ponto em comum das
engrenagens P e E; (e) o vetor velocidade
angular da engrenagem externa E. Resp.:(a)
)s/m(i65vB
rr
= ; (b) )s/m(i25vC
rr
−= ; (c)
)s/rad(k0,60P
rr
=ω ; (d) )s/rad(i155vD
rr
= ; (e)
)s/rad(k4,19E
rr
=ω
7.5*) (2,5 ptos – Velocidade Relativa ou CIR ; Aceleração
Relativa) Um automóvel ao atravessar por uma
região da estrada sem escoamento de água,
atravessa um lençol de água na pista, perdendo
contato com ela, flutuando devido a velocidade.
Neste instante, seu centro de massa G tem uma
velocidade linear OG v)s/m(i3,33)h/km(i120v
rrrr
=−=−=
(onde O é o ponto central do eixo da roda), A velocidade do
ponto A, onde as rodas dianteiras tocam o piso,
têm velocidade )s/rad(i3,24vA
rr
−= , Sabendo-
se que o raio da roda, vale r = 0,45 m, determine
para a roda dianteira neste instante: (a) a
velocidade angular ω
r
; (b) a velocidade no topo
do pneu (ponto B), Bv
r
e o módulo da velocidade
no lado extremo direito do pneu (ponto C), Cv
r ;
(c) Sabendo-se que para este mesmo instante, a
motorista tira os pés do acelerador produzindo
vB
VC
B
C
VD
D
IP
ω P
Solução analítica (B) Vel. rel. :
(a) )s/m(i65)j5,6()k10(0)AB(vv BAAB
rrrrrr
=−∧+=−∧ω+=
(b) )s/m(i25)j5()k5(0)AC(vv CAAC
rrrrrr
−=−∧−+=−∧ω+=
(c)
)s/rad(k60
i65)j5,1()k(i25)CB(vv
P
PBCCB
rr
rrrrrrr
=ω⇒
=−∧ω+−=−∧ω+=
(d) )s/m(i155)j5,1()k60(i65)BD(vv DBBD
rrrrrrr
=−∧+=−∧ω+=
(e)
)s/rad(k4,19
i155)j8(k0)AD(vv
E
EEAD
rr
rrrrrr
=ω⇒
=−∧ω+=−∧ω+=
Solução geométrica (A)( CIR): (a) vB = ωAB AB = 10 x 6,5 = 65 m/s → ;
(b) vC = ω S AC = 5 x 5 = 25 m/s ← ;
(c) ω P = vB / IB = vC / IC = vD / ID = (vB+vC) / rP = (65+25) / 1,5 = 60 rad/s ↺;
(d) vD = ω P . ID = 60 x(1,5+1,08)= 155 m/s → ;
(e) ω E = vD / AD = 155 / 8 = 19,4 rad/s ↺.
A
D
E
ωAB
B P
5 m
y
x
8 m S
C
ω S
ω E
z
C
ωS
ωE
BP
y
x
O
50 mm
25 mm
B’
E
P’P’’ S
D
B’
C
BP
D
VC = 0,6
VD = 0,4
I
Solução CIR:
ID = 0,02 m ; IC = 0,08 m
ω = 0,4 / 0,02 = 20 rad/s antihorário
vB = ω . IB = 20 x ( 0,025 – ID ) = 0,100 m/s →
Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 7 - Cinemática do Corpo Rígido - 1ª Edição - 2009 Cap.7
133
uma desaceleração linear do centro de massa G,
OG a)s/m(i3a
rrr
== , assim como uma
desaceleração angular da roda
)s/rad(k0,2 2
rr
−=α , determine o vetor aceleração
total, no ponto C.
Resp.: (a) )s/rad(k20
rr
=ω ; )s/m(i3,42vB
rr
−= ;
)s/m(5,34vC =
r ; (b) )s/m(j9,0i177a 2C
rrr
−−=
7.7 - Exercícios
Propostos
Cinemática Rotacional Escalar (Rotação
em torno de um eixo fixo):
7.6) Os discos A e B de raios rA e rB , giram em
torno de eixos fixos O1 e O2 , como
engrenagens, sem escorregar. Sabendo que no
instante da figura, o disco A possui velocidade
angular s/radkA
rr
7=ω e aceleração angular
24 s/radkA
rr
=α , determine para este instante o
vetor velocidade e o vetor aceleração total
(tangencial e normal) do ponto P no disco B da
figura.
Resp: )s/m(j21v P
rr
−= ; )s/m(j12i2,88a 2P
rrr
−−=
7.7) A engrenagem motriz A possui num
determinado instante, velocidade angular ωA =
25 rad/s e aceleração αA = 4 rad/s2. Determine
as velocidades angulares e as respectivas
acelerações angulares das engrenagens B e C
neste instante, sabendo-se que não ocorre
escorregamento entre as engrenagens.
Respostas:
2
2
/0,20
/67,6
;/125
/7,41
sradk
sradk
sradk
sradk
C
B
C
B
rr
rr
rr
rr
=α
−=α
=ω
−=ω
7.8) Três engrenagens A, B e C estão dispostas
com seus eixos nas direções vertical, horizontal
e vertical, respectivamente. Sendo seus raios
dados por rA = 20 cm, rB = 40 cm e rC = 60 cm e
sabendo que a engrenagem C tem espaço
angular θC = 5 rad, velocidade angular, ωC = 12
rad/s e aceleração angular, αC = 9 rad/s2 ,
determine o espaço angular, a velocidade
Solução2: CIR (a) veloc. Rel.:
(a)
)s/rad(20
45,0
3,243,33
OA
vv
IC
v
IB
v
IA
v
IO
v AOCBAO
=
−
=
=
−
=====ω
m725,1665,145,0IC
;m115,2IB;m215,1vIA
22
A
=+=
==
ω
=
)s/m(3,42x20vB == ;
)s/m(5,34725,1x20vC ==
A
C
B
vA
vO = vG
I
A
CO
G
ω
α v a
B
x z
y
Solução: (a) Velocidade relativa:
(a) )OA(vv OA −∧ω+=
rrr
i45,0i3,33)j45,0(ki3,33i3,24
rrrrrr
ω+−=−∧ω+−=−
⇒ )s/rad(k20
rr
=ω
(b) j45,0)k20i3,33()OB(vv OB
rrrrrr
∧+−=−∧ω+= ⇒
)s/m(i3,42vB
rr
−=
i45,0)k20i3,33()OC(vv OC
rrrrrr
∧+−=−∧ω+=
)s/m(j9i3,33vC
rrr
−= )s/m(5,34vC =
r
(c)
i45,0x20i45,0)k2(i3
)OC()OC(aa
2
2
OC
rrrr
rrr
−∧−+=
−ω−−∧α+=
)s/m(j9,0i177a 2C
rrr
−−=
A
B
rA = 3 m
r B = 5 m
P
O1
O2
y
x
z
CB
A
25 mm 5 mm
15 mm
Aα
r A
ω
r
x
y
Cap.8 Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 7 - Cinemática do Corpo Rígido - 1ª Edição - 2009
134
angular e a aceleração angular das engrenagens
A e B . Resp.: θB = 7,5 rad ; θA = 15 rad ; ωB = 18
rad / s ; ωA = 36 rad / s ; α B = 13,5 rad / s2 ; α A = 27
rad / s2 .
7.9) Um motor em uma engrenagem C gira em
torno de um ponto fixo, com uma velocidade
angular inicial 0Cω = 6 rad/s e aceleração
angular constante αC = 1,5 rad/s2. (a) Qual deve
ser as velocidades angulares das três
engrenagens A, B e C ao final de θA = 5 voltas
completas da engrenagem A.
Resp.: ωA = 5,95 rad/s ; ωB = 8,92 rad/s ; ωC = 17,9
rad/s
7.10) O motor de popa tem a engrenagem do
eixo motor A com raio rA = 50 mm, sendo que o
raio do pinhão do eixo da hélice de popa B é rB =
20 mm. O motor de eixo A gira com aceleração
angular dada por αA = 7 θA 2 rad/s2. Determine
(a) A aceleração do eixo da hélice B em função
do seu ângulo de giro θB ; (b) a velocidade
angular de propulsão das pás de giro da hélice,
em função do ângulo θB da hélice, uma vez o
eixo A do motor esta inicialmente em repouso.
(c) Determine a velocidade linear do ponto P da
hélice em função do ângulo θB próprio, que está
na extremidade da pá de giro a 15 cm do centro
de giro do eixos das pás. Resp.: (a) αB = 2,8 2Bθ ;
(b) ωB = 1,366 2/3Bθ (b) vP = 0,205
2/3
Bθ m/s .
7.11) Os pontos das engrenagens C e D são
fixos e elas giram em torno deles, sendo que a
engrenagem D está ligada a um motor que
aciona todo o sistema. A polia B tem raio rB =
0,5 m, a engrenagem C, que gira de forma
solidária com a polia B, tem raio rC = 0,3 m e a
engrenagem D tem raio rD = 0,25 m. O Corpo A
sobe a partir do repouso da posição (1) à
posição (2), a distância de 6 m em 3 s, com
aceleração constante. Nesta posição (2) (da
figura) em que se encontra o ponto A, determine:
(a) os vetores velocidade, a aceleração
tangencial e a aceleração normal do ponto P da
polia B ; (b) a velocidade angular ωD e
aceleração angular αD da engrenagem D do
motor.; (c) o torque recebido pela engrenagem
D, sabendo-se que a engrenagem D tem massa
m = 2 Kg e raio de giração equivalente do
sistema k = 0, 6 m.
Resp.:(a) )s/m(i00,4v 2P
rr
−= ; )s/m(i33,1a 2tP
rr
−= ;
)s/m(j32a 2nP
rr
−= ; )s/rad(k6,9D
rr
−=ω ;
)s/rad(k20,3 2D
rr
−=α ; )m.N(k30,2
rr
−=τ
7.12) Os pontos das engrenagens C e D sãofixos e elas giram em torno deles, sendo que a
engrenagem D está ligada a um motor que
aciona todo o sistema. A polia B tem raio rB =
0,4 m, a engrenagem C tem raio rC = 0,8 m e a
30 cm
45 cm
15 cm
A
B
C
y
x
A B
C
D
6 m
P
(1)
(2)
0,5 m
0,25m
0,3m
y
x
x
A
B
y
P
B
A
C
r B
rA
rC
P
Q
x
y
Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 7 - Cinemática do Corpo Rígido - 1ª Edição - 2009 Cap.7
135
engrenagem D tem raio rD = 0,5 m. O Corpo A
sobe a partir do repouso da posição (1) à
posição (2), uma distância de 20 m em 4 s, com
aceleração constante sendo que nesta posição
(2) (da figura) em que se encontra o corpo A,
determine: (a) a velocidade, a aceleração
tangencial e a aceleração normal do ponto P da
polia B ; (b) a velocidade angular e aceleração
angular da engrenagem C que gira de forma
solidária com a polia B ; (c) a velocidade
angular ωD e aceleração angular αD da
engrenagem D do motor.; (d) o torque recebido
pela engrenagem D, sabendo-se que a
engrenagem D tem massa m = 2 Kg e raio de
giração equivalente do sistema k = 0, 6 m.
Resp.: (a) v = 10 m/s ← ; at P = 2,5 m/s2 ← ; anP = 250 m/s2
↓ ; (b) ωB = ωC = 25 rad/s ; αB = αC = at / rB = 2,5 / 0,4 = 6,25
rad/s2 ; (c) ωD = 40 rad / s ; αD = 10 rad / s ; (d) τ = 7,2
N.m .
7.13) (2,0 ptos - Rotação em torno de um eixo fixo) Dadas as
engrenagens da figura, sabe-se que a
engrenagem A, ligada a um motor, tem
velocidade angular inicial, ωA o = 3 rad/s, e possui
uma aceleração angular constante α = 2 rad/s2
com suas direções indicadas na figura. Sabe-se
que os raios das engrenagens são: rA = 3 m , rB
= 8 m , rC = 4 m , rD = 5 m , e a engrenagem C
gira com a engrenagem B, conectada à ela.
Determine ao final de 2 voltas completas da
engrenagem A: (a) a velocidade angular da
engrenagem A; (b) a velocidade angular da
engrenagem B; (c) a velocidade angular da
engrenagem C; (d) a velocidade angular da
engrenagem D.
Resp.: (a) sradkA /70,7
rr
−=ω ; (b) sradkB /89,2
rr
=ω ; (c)
sradkC /89,2
rr
=ω ; (d) sradkD /31,2
rr
−=ω
7.14) (2,0 ptos - Rotação em torno de um eixo fixo) Dadas as
engrenagens da figura, sabe-se que a
engrenagem A, ligada a um motor, tem
velocidade angular inicial de ωA o = 3 rad/s, e
possui uma aceleração angular constante α = 2
rad/s2 , nos sentidos indicados na figura. Sabe-
se que os raios das engrenagens são: rA = 3 m ,
rB = 6 m , rC = 4 m , rD = 6 m, e a polia C está
rigidamente conectada à polia B, girando com
ela. Determine ao final de duas voltas completas
da engrenagem A: (a) a velocidade angular da
engrenagem A; (b) a velocidade angular da
engrenagem B; (c) a velocidade angular da
engrenagem C; (d) a velocidade angular da
engrenagem D.
Resp.: (a) sradkA /70,7
rr
−=ω ; (b) sradkB /85,3
rr
=ω ; (c)
sradkC /85,3
rr
=ω ; (d) sradkD /57,2
rr
−=ω
7.15) A engrenagem A possui um motor que
mantém sua aceleração angular constante αA =
2 rad/s2 no sentido horário. As engrenagens A,
B, C e D, giram todas em torno de um eixo fixo,
sendo que as engrenagens A e B e as
engrenagens C e D giram interligadas entre si
pelas suas superfícies e a engrenagem C gira
em concordância com a engrenagem B pelo
mesmo eixo. Seus raios decrescem de tamanho
na seguinte respectiva seqüência: rA = 25,6 cm,
rB = 20 cm, rC = 7,0 cm, rD = 2,8 cm. Partindo
a engrenagem A de uma velocidade inicial nula,
A
B C
D
rA
rC
rB
rD
y
z x
ωA
αA
A
B
C
D
rA
rC
rB
rD
y
z x
ωA
αA
A
B
C
D
20 m
P
(1)
(2)
0,8 m
0,4 m
0,5 m
y
x
Cap.8 Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 7 - Cinemática do Corpo Rígido - 1ª Edição - 2009
136
ωAo=0, determine: (a) A velocidade angular da
engrenagem B, ωB , no intante t = 4 s. (b) o
número de voltas, θC, que a engrenagem C dá,
quando sua velocidade angular atinge o valor ωC
= 20 rad/s ; (c) o instante de tempo em que a
engrenagem D completa 100 voltas.
Resp.: (a) em t= 4s : )s/rad(k2,10B
rr
=ω ; (b) para
ωC = 20 rad/s : θC = 78,1 rad = 12,4 voltas ; (c) quando
θD = 100 voltas: t = 14,0 s
7.16) (2,5 ptos – Rotação em torno de um eixo fixo) As
engrenagens A, B e C estão dispostas com seus
eixos nas direções vertical, horizontal e vertical,
respectivamente interligadas, com seus raios
dados por rA = 10 mm, rB = 15 mm e rC = 20 mm.
Estando as engrenagens em repouso no
momento em que se liga o cronômetro, elas
iniciam seu movimento de tal forma que
decorrido um intervalo de tempo t temos que: o
espaço angular da engrenagem A é θA = 3 rad, a
velocidade angular da engrenagem B é
)s/rad(i9B
rr
=ω e a aceleração angular da
engrenagem C é )s/rad(j2 2C
rr
−=α . Determinar
para este instante de tempo t : (a) o espaço
angular das engrenagens B e C; (b) o vetor
velocidade angular das engrenagens A e C; (c)
o vetor aceleração angular das engrenagens A e
B; (d) o instante de tempo decorrido t,
considerando que o movimento é uniformente
variado.
Resp.: (a) rad5,1;rad2 CB =θ=θ ; (b)
)s/rad(j5,13A
rr
=ω ; )s/rad(j75,6C
rr
−=ω ; (c)
)s/rad(j4 2A
rr
=α ; )s/rad(i67,2 2B
rr
=α (d) t = 3,38 s
Princípio da Instantaneidade de Rotação
e Velocidade Relativa:
7.17) Da estrutura da figura, neste instante, a
velocidade do ponto A é i3v A
rr
= m/s.
Determinar neste instante: a velocidade angular
da barra AB, ωAB , e a velocidade linear do ponto
B, vB ; suas direções e sentidos: (a) através do
Princípio da Instantaneidade de Rotação ; (b)
através da equação da velocidade relativa.
Resp.:(a) sradkAB /50
rr
=ω ; smjvB /20,5
rr
−=
7.18) Determine a velocidade angular ω e a
velocidade do centro de massa G, vG , da
engrenagem de raio médio 0,8 m, sendo que a
esteira superior tem uma velocidade de 20 m/s
para a esquerda e a esteira inferior tem uma
velocidade de 5 m/s para a direita.
Resp.: ω
v
= 15,6 k
r
rad/s ; )/(48,7 scmivG
rr
−=
7.19) Duas esteiras fazem os pontos superior A
e inferior B do cilindro entre elas se
movimentarem junto com elas sem escorregar. A
esteira superior A movimenta o ponto A do
cilindro com velocidade )s/m(i5v A
rr
= e a
esteira B movimenta o ponto B com velocidade
)s/m(i8v B
rr
= . Determinar: (a) a velocidade
angular do cilindro e seu sentido ; (b) a distância
do centro instantâneo de rotação do cilindro a
partir do ponto A; (c) a velocidade linear do
cilindro e seu sentido.
Resp.:(a) =IA 1,67m; (b) )s/rad(3AB =ω
r
; (c)
)s/m(51,6vG =
r
A B
C
D
αA y
xz
B
A
C
r B
rA
rC
P
Q
xy
B
A
vA
30°
120 mm
y
x
0,8 m
vB = 5 m/s
v A = 20 m/s
B
A
G
Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 7 - Cinemática do Corpo Rígido - 1ª Edição - 2009 Cap.7
137
7.20) A barra AB gira neste instante com seus
pontos A e B conectados às extremidades dos
dois discos que giram em torno dos pontos fixos
O e O’, na posição indicada na figura anexa. O
disco A de raio 3 m gira com velocidade angular
ωA = 6 rad/s. Determine: (a) o valor do vetor
velocidade do ponto A da viga; (b) o vetor
velocidade angular da viga AB; (c) o valor do
vetor velocidade do ponto B da viga e (d) o valor
do vetor velocidade angular da polia B.
Resp.: (a) s/miv A
rr
18−= ; (b) s/radkAB
rr
6=ω ;
(c) s/mjvB
rr
24−= ; (d) s/radkB
rr
12−=ω
7.21) A barra AB giraneste instante com seus
pontos A e B conectados às extremidades dos
dois discos que giram em torno dos pontos fixos
O e O’, na posição indicada da figura anexa. O
disco A de raio 3m gira com velocidade angular
ωA = 4 rad/s. Determine: (a) o valor do vetor
velocidade do ponto A da viga; (b) o vetor
velocidade angular da viga AB; (c) o valor do
vetor velocidade do ponto B da viga e (d) o valor
do vetor velocidade angular da polia B.
Resp.: (a) s/miv A
rr
12= ; (b) s/radk4AB
rr
−=ω ;
(c) s/mj16vB
rr
−= ; (d) s/radk8B
rr
=ω
7.22) Nos instantes abaixo considerados, a
velocidade da caminhão é constante e de 18 m/s
e o tambor que se encontra sobre ele é puxado
com a mesma velocidade, no ponto A de contato
com a caminhão, sem escorregamento.
Sabendo-se que neste instante a velocidade do
centro de massa do tambor é para a direita de 6
m/s no sistema de referência de um observador
parado, determine: (a) a velocidade angular ω
do tambor, sendo que o seu raio é de 0,5 m; (b)
quanto tempo o tambor levará para cair,
sabendo-se que a distância que ele se encontra
do final do caminhão é de 5 m e o movimento é
uniforme já que a velocidade do caminhão é
constante? Considere que o tambor mantém-se
durante todo o tempo sem escorregar.
Resp.: (a) ω= 24 rad/s ; t = 0,417 s
7.23) Um cilindro de raio r = 2 m possui
movimento geral resultante do movimento de 2
esteiras A e B que tocam o ponto A e B do
cilindro respectivamente, sem escorregar.
Sabendo-se que o ponto A tem velocidade
s/mi,v A
rr
512= , e s/mi,v B
rr
52= , fazendo o
cilindro transladar e rotacionar , determine: (a) o
vetor velocidade angular, ωr , e (b) o vetor
velocidade linear do ponto G do cilindro (Centro
de Massa), Gv
r
em relação a um referencial em
terra. Resp.: ω = - 2,5 k
r
rad/s ; Gv
r
= 7,5 i
r
m/s
7.24) Um cilindro de raio r = 2 m possui
movimento geral resultante do movimento de 2
esteiras A e B que tocam o ponto A e B do
cilindro respectivamente, sem escorregar.
Sabendo-se que o ponto A tem velocidade
s/miv A
rr
12= , e s/miv B
rr
4−= , fazendo o
cilindro transladar e rotacionar , determine o
vetor velocidade angular, ωr , e a velocidade do
Centro de Massa, Gv
r
, do cilindro.
Resp.: )s/rad(k4
rr
−=ω ; )s/m(i4v G
rr
=
0,5 m
y
x z
A
B
G
r = 3m
A
B
O’ O
ωA = 4 rad/s
r = 2m
ωB
AB = 5 m
A
B
y
z x
r = 3 m
A
B
O’ O
ωA =6 rad/s
r = 2m
ωB
AB = 5 m
AB
y
z x
4 m
G
VG = 6 m/sA
VC = 18 m/s
5 m
r =0,5 m
ω
G
A
B
A
B
Av
r
Bv
r
y
xz
Cap.8 Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 7 - Cinemática do Corpo Rígido - 1ª Edição - 2009
138
7.25) Dado que a velocidade do camionete é de
20 m/s para a direita e que a velocidade do
tambor é de 5 m/s também para a direita no
sistema de referência de um observador parado:
(a) determine a velocidade angular ω do
tambor, sendo que o raio do tambor é r = 0,5 m;
(b) em quanto tempo o tambor cairá da
camionete ? Considere que o tambor gira sem
escorregar.
Resp.:
s
rad30=ω ↺ ; (b) s167,0t =
7.26) (2,0 ptos – Velocidade Relativa ou CIR) Dadas duas
esteiras com velocidades diferentes: a esteira
superior A tem velocidade smivA /9
rr
= e a
esteira inferior B tem velocidade smivB /15
rr
−= .
Sabendo-se que o cilindro no interior das
esteiras gira sem escorregar e possui um raio de
3 m, determine: (a) a velocidade angular do
cilindro ; e (b) a velocidade do seu centro de
massa G da figura.
Resp.: (a) sradk /4
rr
−=ω ; (b) smivG /3
rr
−=
7.27) O disco da figura gira em torno do ponto
fixo A com velocidade angular ωAB = 20 rad/s, no
sentido horário. A barra BC tem comprimento BC
= 26,0 cm, e faz um ângulo de 90° com o raio AB
do disco, no instante dado da figura. Determine:
(a) o vetor velocidade do ponto B do disco; (b) a
velocidade angular da barra AC ; (c) a
velocidade linear do ponto C, no centro do
pistão.
Resp.:(a) )s/m(j60,2i5,1Bv
rrr
+= ;(b) )s/rad(k67,6BC
rr
=ω ; (c)
)s/m(j47,3Cv
rr
=
7.28) Considerando que a barra BC possui
velocidade angular ωBC = 6 rad/s determine a
velocidade do cursor A e a velocidade angular da
barra de ligação AB no instante em que θ = 60° e
φ = 30º. (a) Resolva pelo método geométrico,
usando o centro instantâneo de Rotação e
depois (b) pelo método algébrico, através da
cinemática rotacional vetorial, usando
velocidades relativas.
Resp.: s/radk8AB
rr
=ω ⇒ s/mi30v A
rr
−=
7.29) A Engrenagem planetária EP esta
vinculada à barra AB pelo pino B. A engrenagem
Sol ES é impedida de girar e tem centro em O.
Sabendo-se que a barra AB gira com uma
velocidade angular de 6 rad/s em torno do ponto
fixo A, determine neste instante da posição do
desenho: (a) a velocidade angular Pω
r
da
Engrenagem Planetária EP ; (b) a velocidade
angular Eω
r
da Engrenagem externa EE. Obs.:
Raio das engrenagens: rS = 2 m ; rP = 1,5 m .
Resp.: s/radk142
rr
=ω ; s/radk63
rr
=ω
y
xz
ωAB
C
B
A
ωAB = 20 rad/s
r = 15 cm
30°
r =3m
Av
r
Bv
r
A
B
G
y
z x
6,5 m
5,0 m
A
B
C
ω B C
θ
φ
y
x
V
vG
G
A
vC
ω
2,5 m
G
A
B
A
B
Av
r
Bv
r
y
x
z
Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 7 - Cinemática do Corpo Rígido - 1ª Edição - 2009 Cap.7
139
7.30) O velocidade do ponto A da figura é de 12
m/s. Determine:
(a) a velocidade angular da barra AB, ABω
r
; (b)
a velocidade do ponto B, Bv
r
; (c) a velocidade
angular da barra BC, BCω
r
.
Resp.: s/radk75,0AB
rr
=ω ; s/mi4,10vB
rr
=
s/radk73,1BC
rr
−=ω
7.31) Considerando que o bloco deslizante, sem
atrito, B, possui velocidade smj3vB /
rr
−= e
aceleração 2B smj5a /
rr
= conforme indicado pela
figura: (a) determine a velocidade do cursor A e
a velocidade angular da barra de ligação AB no
instante dado pelo desenho da figura; (b)
determine a aceleração do cursor A e a
aceleração angular da barra de ligação AB no
instante dado pelo desenho da figura.
Resp.:a) s/radk693,0AB
rr
−=ω ; smivA /73,1
rr
=
b) 2s/radk878,0
rr
−=α ; 2A s/mi114,0a
rr
−=
7.32) O conjunto de 4 engrenagens da figura
possui uma engrenagem S (Sol) no centro, cujo
raio é rS = 75 cm, e duas engrenagens P
(Planetárias) de raios rP = 35 cm, que giram
associadas à engrenagem S e à engrenagem
externa E. Sendo engrenagens, não há
escorregamento entre elas. Associado ao centro
das duas engrenagens P (Planetárias) há dois
novos eixo ligados aos centros C e D de uma
barra CD em cujo centro aparece o eixo A,
girando assim de forma solidária como os
centros das engrenagens P. Considerando que o
eixo A gira com velocidade angular ωA = ωCD =
14 rad/s no sentido horário e a engrenagem S
gira com velocidade angular ωS = 6 rad/s também
no sentido horário. Determine a velocidade
angular da engrenagem planetária P, ωP e a
engrenagem externa E, ωE .
Resp.: sradkP /2,31
rr
−=ω ; sradkE /2,18
rr
−=ω
7.33) A engrenagem Planetária P está ligada à
barra AB de comprimento AB = 3 m, pelo ponto
B e à engrenagem externa E de raio rE = 3,8 m.
O ponto A é fixo tanto para a engrenagem
externa E quanto para a barra AB. A velocidade
angular da barra AB é ωAB = 6 rad/s no sentido
antihorário, sendo que a engrenagem externa E
VA = 12 m/s
30°
B
A
C
8 m
6 m
y
x
ωA = ωCD
A
S
P
P
E
H
D
ωE
ωS
C’
J
C
A
30°
B
5 m
vB
aB
y
x
ES (fixa)
EP
EE
A
B
ωAB = 6 rad /s
rS = 2 m
rP =1,5 m
D
C
y
x
Cap.8 Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 7 - Cinemática do Corpo Rígido - 1ª Edição - 2009
140
possui uma velocidade angular ωE = 14rad/s no
sentido horário. Determine o valor e o sentido da
velocidade angular ωP da engrenagem
planetária. Resp.: sradkP /0,89
rr
−=ω
7.34) Considerando que a barra AB, a
engrenagem interna sol, S, e a engrenagem
externa E giram em torno do mesmo eixo fixo A,
mas de forma independente uma da outra.
Considerando: que a barra AB tem velocidade
angular constante ωAB = 10 rad/s , no sentido
antihorário e está interligada ao centro B da
engrenagem planetária P; que a engrenagem sol
S tem velocidade angular constante ωS = 5
rad/s, no sentido horário, levando junto com ela
na mesma velocidade linear, o ponto C, abaixo
da barra AB, ponto em comum com a
engrenagem planetária P; e que a engrenagem
externa E, gira com velocidade angular
constante ωE levado pelo ponto em comum D
com a engrenagem planetária P. Determine:
(a) a velocidade do ponto B, centro da
engrenagem P; (b) a velocidade do ponto C,
ponto em comum das engrenagens S e P; (c) o
vetor velocidade angular da engrenagem P; (d) a
velocidade do ponto D, ponto em comum das
engrenagens P e E; (e) o vetor velocidade
angular da engrenagem externa E.
Resp.:(a) )s/m(i65vB
rr
= ; (b) )s/m(i25vC
rr
−= ;
(c) )s/rad(k0,60P
rr
=ω ; (d) )s/rad(i155vD
rr
= ; (e)
)s/rad(k4,19E
rr
=ω
7.35) Considerando o instante representado na
figura, a barra OB tem comprimento 3m e está
na posição horizontal, possuindo velocidade
angular )s/rad(k2OB
rr
=ω , e aceleração angular
)s/rad(k5,0 2OB
rr
=α (ambos no sentido
antihorário). Determinar: (a) a velocidade do
ponto B, a velocidade do ponto A (da barra AB)
que possui um rolete guia pela ranhura inclinada
de 15° e a velocidade angular da barra AB; (b) a
aceleração do ponto A e a aceleração angular da
barra AB.
Resp.: (a) )s/m(j6vB
rr
= ; )s/rad(k20,1AB
rr
=ω ;
vA = 9,24 m/s ; (b) ; aA = - 21,5 m/s2 ;
)s/rad(k5,30 2AB
rr
−=α
7.36) Considere a barra AB fixada pelos pontos
A e B às engrenagens S e P. A engrenagem
interna Sol, S, tem raio rS = 5 m e a engrenagem
externa E, tem raio rE = 8 m. As engrenagens S
e P e a barra AB, giram em torno do mesmo eixo
fixo A, mas de forma independente uma da
outra. Considere que o ponto C é comum às
engrenagens S e P e o ponto D é comum às
engrenagens P e E. Considerando que a
engrenagem Sol S tem velocidade angular
A
D
E
ωAB
B P
5 m
y
x
8 m S
C
ω S
ω E
z
A
C
E
ωAB
ωE
BP
3,8 m
3 m
y
x
A
O B
15°
3 m
8 m
y
xz
Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 7 - Cinemática do Corpo Rígido - 1ª Edição - 2009 Cap.7
141
constante ωS = 5 rad/s, no sentido horário e a
velocidade angular da engrenagem Externa E,
também é constante e igual a ωE = 8 (rad/s) no
sentido também horário, determine: (a) as
velocidades dos pontos C e D; (b) a velocidade
angular da engrenagem P; (b) a velocidade do
ponto B ou centro de massa da engrenagem
planetária ; (c) a velocidade angular da barra AB
Resp.: (a); )s/m(j0,25vC
rr
−= ; )s/m(j0,64vD
rr
−= ;
(b) )s/rad(k0,13P
rr
−=ω ; )s/m(i5,44vB
rr
−= ; (c)
)s/rad(k85,6AB
rr
−=ω
7.37) Considere a biela AB fixada por seu ponto
A ao pistão e seu ponto B à haste giratória BC
que gira em torno do eixo fixo C. O pistão A tem
velocidade para baixo Av
r
. Determinar para esse
instante em que a biela AB faz um ângulo de 70°
com a horizontal e um ângulo de 90° com a
haste BC: (a) a velocidade do ponto B, Bv
r
;(b) a
velocidade angular da barra AB, ABω
r
; (c) a
velocidade angular da barra BC, BCω
r
.
Resp.:(a) )s/m(j77,1i643,0vB
rrr
−−= ;(b)
)s/rad(k37,1AB
rr
−=ω ; (c) )s/rad(k8,18BC
rr
=ω
7.38) Uma engrenagem E com dois discos
rigidamente soldados entre si no mesmo eixo, de
raios: menor, r1 = 1 m e maior, r2 = 3 m; giram
em consonância com duas cremalheiras R e S,
que se movimentam com velocidades
SR vev
rr em conjunto com os pontos A e B da
engrenagem dupla (não há escorregamentos
em engrenagens). Conhecendo-se a velocidade
do ponto A da engrenagem (e
conseqüentemente da cremalheira R)
)s/m(i6vv RA
rrr
== e a velocidade do ponto C,
centro da engrenagem, )s/m(i2vC
rr
= ,
determinar: (a) a posição do CIR, centro
instantâneo de rotação, da engrenagem em
relação ao ponto C, centro da engrenagem, IC;
(b) a velocidade angular ωr da engrenagem E; (c)
a velocidade do ponto B da engrenagem E e
consequentemente da cremalheira S, SB vv
rr
= ;
(d) a velocidade do ponto D, Dv
r , da
engrenagem.
Resp.:(a)IC=1,5m ; (b) )s/m(k33,1
rr
−=ω ;
(c) )s/m(i667,0vv SB
rrr
== ; (d) )s/m(i2vD
rr
−=
Aceleração Relativa:
7.39) Sabendo-se que na posição e no instante
dados da figura, o corpo rígido está em
translação pura, portanto com velocidade
angular nula, 0=ω AB
r e a distância AB é 6 m.
Determine os vetores aceleração de B, Ba
r
e
aceleração angular do corpo, ABα
r
, uma vez que
a aceleração do ponto A é 212 s/mia A
rr
= , a
direção da aceleração de B é 2s/mjaa BB
rr
=
e que o ângulo θ da figura vale 53,13°.
Resp.: =Ba
r
9 j
r
m/s2 ; =α AB
r
2,5 k
r
rad/s2
7.41) Sabendo-se que na posição e no instante
dados da figura, o corpo rígido está em
translação pura, portanto com velocidade
angular nula, 0=ω AB
r e a distância AB é 6 m.
G
R
S
D
Av
r
y
x
z
A
C
B
Cv
rr1
r2
Rv
r
70°
50 c m
C
B
10 c m
A
)s/m(j2vA
rr
−=
20°
x
y
A
D
E
ωAB
B
P
5 m
y
x
8 m
S
C
ω S
ω E
z
B
A
θ
y
xz
Cap.8 Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 7 - Cinemática do Corpo Rígido - 1ª Edição - 2009
142
Determine os vetores aceleração de B, Ba
r
e
aceleração angular do corpo, ABα
r
, uma vez que
a aceleração do ponto A é 224 s/mia A
rr
= , a
direção da aceleração de B é 2s/mjaa BB
rr
=
e que o ângulo θ da figura vale 53,13°.
Resp.: =Ba
r
18 j
r
m/s2 ; =α AB
r
5 k
r
rad/s2
7.42) A bicicleta da figura passa em um trecho
de sua trajetória em que sua roda traseira de raio
r = 0,7 m momentaneamente passa a
escorregar. A velocidade de translação da
bicicleta e portanto do ponto B do centro da roda
traseira passa a ser s/mi4vB
rr
= sendo que o
ciclista continua a pedalar e a roda traseira da
bicicleta gira com velocidade angular
s/radk6
rr
−=ω . (a) Determine a velocidade do
ponto A Av
r
da roda traseira da bicicleta, que
toca do solo. (b) Sabendo-se que a aceleração
do ponto B da figura é 2B s/mi2a
rr
−= e a
aceleração angular da roda traseira é
2s/radk3
rr
=α determine a aceleração do ponto
A da roda Aa
r
.
Resp.:(a) )s/m(i200,0vA
rr
= ; )s/m(j2,25i100,0a 2A
rrr
+=
7.43) A barra AB encostada no anteparo e
apoiada no solo, tem no instante da figura, na
sua extremidade B, apoiada ao solo, velocidade
e aceleração indicadas na figura. Determine: (a)
a velocidade angular da barra AB e a velocidade
linear da extremidade A, neste instante da figura;
(b) a aceleração angular da barra AB e a
aceleração linear do ponto A.
Resp.: (a) sradkAB /577,0
rr
=ω ; smjvA /73,1
rr
−= ; (b)
smkAB /962,0
vr
=α ; 2A s/mj61,4a
rr
−=
A
B
6 m
60°
aB = 4 m/s2
vB = 3 m/s
y
z x
A
B
y
x
B
A
θ
y
xz
Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 8 - Impulso e Momento - 2009 Cap.8
143
Neste Capítulo os assuntos principais
são: (1) Principio Impulso-Momentum cujo caso
particular é o Princípio de Conservação de
Momentum; (2) Colisões, onde se utiliza o
Principio de Conservação de Momentum e o
conceito de coeficiente de restituição de dois
materiais; (3)Princípio Impulso-Momento
Angular que possui como especial caso o
Princípio de Conservação de Momento Angular .
8.1 – Princípio
Impulso-Momentum
8.1.1 - Definição de
Momentum ou
Momento Linear ou
Quantidade de Movimento
1) É o produto da massa do corpo pelo seu vetor
velocidade de seu centro de massa (CM ou G).
MCvmp
rr
= (kg.m/s)
Gvmp
rr
= (kg.m/s)
kvmjvmivmp GzGyGx
rrrr
++=
kpjpipp zyx
rrrr
++=
2) O momentum é uma medida da quantidade de
inercía e quantidade de movimento que um
corpo possui em relação a um Sistema de
Referencia Inercial. O momentum, no entanto,
depende do Sistema de Referencia Inercial (SRI)
escolhido, pois dependendo da velocidade
constante do SRI a partícula possui outra
velocidade em relação a este outro SRI. Um
cometa que vem se chocar contra a terra, tem
momentum zero em relação a um SRI ligado a
ele e momentum enorme em um SRI ligado à
terra. O mesmo ocorre com a energia de um
corpo, que depende do SRI escolhido.
3) A sua variação caracteriza o impulso
resultante que pode ser compartilhado com outro
corpo no caso de uma colisão.
4) O momentum carrega as informações da
quantidade de inércia do corpo, junto com a
energia do movimento na sua velocidade
apresentado no valor do produto de sua massa
pela sua velocidade. É caracterizado por dois
aspectos: (a) o primeiro é devido à massa, que é
uma medida da dificuldade de se tirar o corpo do
estado em que se encontra, ou seja, uma
medida da sua inércia; (b) o segundo seria o
valor de sua velocidade que também caracteriza,
uma vez que se for grande a velocidade em
relação a um sistema de referência em questão,
precisará de uma grande força agindo durante
um intervalo de tempo, para diminuir ou
aumentar ainda mais a sua velocidade.
5) O produto da massa pela velocidade dá
características dinâmicas ao corpo na qual ele
pode transferir este momentum a outro corpo,
total ou parcialmente, produzindo transferência
de energia durante a produção de troca ou
mistura de momentos lineares nos impulsos de
um corpo ao outro nos intercâmbios da dinâmica.
a) Momentum de um Sistema de
Partículas
O momentum total de um conjunto de partículas
é dado pela somatória do produto da massa de
cada partícula pela sua velocidade. No entanto,
este momentum total pode ser expresso pelo
produto massa total pela velocidade do Centro
___________________________________________________________
Capítulo 8
Dinâmica de Impulso e Momento
___________________________________________________________
CM
MCv
rm2
2v
r
1v
r
m n
nv
r
MCp
r
m1
Cap.8 Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 7 - Impulso e Momento - 2009
144
de Massa, ou seja o momentum como se todo
ele estivesse concentrado no Centro de Massa
do corpo:
MM CCiitotal pvmvmp
rrrr
=== ∑
uma vez que a posição do Centro de Massa é
i
ii
C m
mr
r M ∑
∑
=
r
r
derivando,
im
imiv)
im
imir(
dt
d
dt
MCrd
MCv ∑
∑
∑
∑ ===
rrr
r
Assim podemos definir a velocidade do centro de
massa do sistema de partículas como:
∑
∑
∑ =⇒= iiCM
i
ii
MC vmvmm
mvv
rr
r
r
b) Momentum de um Corpo Rígido
MM CCtotal pvmdmvp
rrrr
=== ∫
Assim podemos definir velocidade do centro de
massa de um Corpo Rígido:
m
dmv
v
MC
∫=
r
r
c) Momentum de um Sistema de
Corpos Rígidos
No caso de um Sistema de Corpos Rígidos,
podemos separá-los em partes de Centros de
Massa conhecidos e calcular pelo Somatório
como se em cada centro estivesse concentrado
toda a parte do corpo rígido e calcular:
MCiMCiCM vmvmp
rrr
== ∑
Podemos observar que o Centro de Massa do
conjunto de partes do corpo, condensa toda uma
representatividade do corpo, em uma dimensão
zero, um ponto, o Centro de Massa, não só da
distribuição de Massa, mas também da
distribuição de Velocidades, de momentos
lineares, de Acelerações e Forças.
No que se refere ao movimento de rotação do
corpo rígido, podemos complementar o
movimento do corpo, mas que é válido para
todos os pontos do corpo com a velocidade
angular, aceleração angular, momento angular
orbital e spin e o torque resultante,
complementando a descrição do corpo de forma
mais completa sob o aspecto mecânico.
8.1.2 – Definição de Impulso
Def.: Impulso ou
Impulso linear ou
Impulso de uma força:
É o efeito produzido, resultante da ação de uma
Força que atua sobre o corpo durante um certo
intervalo de tempo:
∫=
2
1
t
t
dtFI
rr
(N.s)
kIjIiII zyx
rrrr
++=
Impulso de uma força:
Um jogador de tênis ao bater com sua raquete
sobre uma bolinha de tênis, aplica sobre ela uma
força durante um intervalo de tempo bem
pequeno, comunicando-lhe uma variação no seu
momentum, ou seja, dando-lhe um impulso para
o lado desejado.
a) Impulso de uma força
constante
tFttF
tFdtFdtFI tt
t
t
t
t
∆=−=
==== ∫∫
.)(
.
12
2
1
2
1
2
1 rr
rrrr
= Área do “retângulo”
Def.: Valor médio de uma função
contínua f qualquer em um
intervalo ∆x:
t1 t2
F
t
I = ∫ F dt = Área sob a curva
até o eixo dos tempos
t1 t2
F
t
F
CM MCv
r
Cv
r
Av
r
Bv
r
MCp
r
A
B
C
dm
Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 8 - Impulso e Momento - 2009 Cap.8
145
A área abaixo da curva se iguala com a área de
um retângulo. A altura do retângulo é o valor da
função média neste intervalo.
b) Força Média em um Impulso
A Força a média aplicada a um corpo em um
Impulso. Será dada pela integral da força neste
intervalo de tempo, dividida pelo mesmo
intervalo de tempo ∆t.
∫
2
1
t
t
dtF = Área sob a curva =
= tF ∆. = Área do retângulo = Impulso
∫=∆=−
2
1
t
t
12 dtFt.F)tt(.F = Impulso
t
IdtF
t
1F
2
1
t
t ∆
=
∆
= ∫
A Força Média é a força em que a área A sob
curva Força vs. tempo é substituída por uma
Força constante neste intervalo de tempo, cuja
área do seu retângulo, seja igual à área sob a
curva, caracterizando a Força Média da função
contínua acima.
8.1.3 - Princípio Impulso-
Momentum (PIM)
Chamamos de
Princípio Impulso-Momentum ou
Teorema do Impulso ou
Impulso da Força Resultante:
a seguinte dedução ou demonstração a
seguir:
∫ ∑∫ ==
2
1
2
1
t
t
i
t
t
RR dtFdtFI
rrr
==== ∫∫∫ vdmdtdt
vdmdtamI
t
t
t
t
R
r
r
rr 2
1
2
1
1212 )(
2
1
ppvvmvdmI
v
v
R
rrrrrr
r
r
−=−== ∫
pIR
rr
∆=
ou como a definição de força dada por
Newton em 1660:
vm
dt
d
dt
pdFR
r
rr
==
onde
am
dt
vdm)vm(
dt
d
dt
pdFR
r
r
r
rr
====
que a força resultante é a variação do
momento linear no tempo.
Também podemos fazer:
∫ ∫∫ ∆=−=====
2
1
2
1
2
1
2
1
12
t
t
t
t
t
t
t
t
RR pppppddtdt
pddtFI
rrrrr
rrr
Desta forma:
“O impulso da força resultante é
igual à variação do momentum do
corpo.”
Que caracteriza o chamado Princípio Impulso-
Momento a seguir.
Partindo do Impulso da força resultante temos:
12R ppI
rrr
−=
2R1 pIp
rrr
=+
∫ =+
2
1
t
t
2R1 vmdtFvm
rrr
Considerando a velocidade inicial 1v
r
como v
r
representando a velocidade do corpo em um
tempo t, antes das interação e fazendo a
velocidade final 2v
r
como 'v
r
em um tempo t’,
depois da interação, e a velocidade inicial como
v
r
, antes da interação, temos :
x2
f
x
f
x2 x1
∫=∆ dxfxf
∫∆=
2
1
x
x
dxf
x
1f
t1 t2
F
t
F
Cap.8 Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 7 - Impulso e Momento - 2009
146
∫ =+
't
t
GRG 'vmdt.Fvm
rrr
Podemos enunciar:
“O momentum inicial de um corpo
somado ao impulso da força
resultante que atua sobre o corpo,
num certo intervalo de tempo, resulta
no momentum final do corpo.”Podemos escrever esta equação vetorial em três
equações escalares independentes, uma vez
que são LI e ortogonais:
( )∫ ∑ =+
't
t
xxx 'vmdt.Fvm
( )∫ ∑ =+
't
t
yyy 'vmdtFvm
( )∫ ∑ =+
't
t
zzz 'vmdt.Fvm
Princípio Impulso-Momentum para
um Sistema de Partículas:
∫ ∑∑∑ =+
't
t
iiiii 'vmdt.Fvm
rrr
Para um Sistema de Corpos Rígidos
interligados vale:
∫∑ =+
't
t
CMiRCM 'vmdt.Fvm
rrr
8.1.4 - Princípio de
Conservação de Momentum
(PCM)
Def.: Sistema Isolado: Um sistema é
denominado Isolado quando:
(a) a Força Resultante é nula ou
(b) o Impulso Resultante é nulo.
Princípio de Conservação de Momentum:
“Um Sistema Isolado, sempre conserva o seu
momentum.”
Do Princípio Impulso Momentum para um
Sistema isolado obtemos:
.const'pp ==
rr
.' constvmvm ==
rr
Para um Sistema de duas Partículas:
.const'p'ppp 2121 =+=+
rrrr
onde para um sistema de Partículas:
.constvm'vmvm CMiiii === ∑∑
rrr
Para um corpo rígido:
Para um Sistema de Partículas:
.' constpp ii == ∑∑
rr
onde para um sistema de Partículas:
.constvm'vmvm CMiiii === ∑∑
rrr
Para um corpo rígido:
.' constvmvm CMCM ==
rr
ou
∫∫ === .' constvmdmvdmv CM
rrr
A conservação de momentum ocorrerá para um
instante de tempo qualquer em que o sistema
permaneça isolado.
Para um Sistema de 2 partículas,
cte'p'ppp 2121 =+=+
rrrr
Debate sobre:
1) Como um astronauta se movimenta no
espaço interplanetário, na ausência de
pontos de apoio e com velocidade
constante. Arma de jatos de combustível
emitido em altas velocidades. Conservação
de momentum entre dois corpos isolados.
Manutenção da velocidade constante do
centro de massa do Sistema.
.const'vmvmvm iiaa ==+ ∑
rrr
2) Avião à hélice, apoio na atmosfera de ar.
3) Avião à jato.
4) Avião de turbina, mistura intermediária entre
ar e combustível.
5) Foguete. Como um foguete se movimenta
no espaço vazio e sai da ação do campo
gravitacional da Terra com a velocidade de
escape de 11,2 km/s. Os vários estágios de
combustível do foguete.
6) Nave espacial ou cápsula do foguete.
Reentrada na atmosfera.
8.1.5 - Princípio de
Conservação de Energia
Mecânica
“Se um corpo não tiver perdas de energia, em
um determinado intervalo de tempo, então
sua energia mecânica se conserva.”
E M = K1 + UP1 = K 2 + UP2 = const.
onde:
Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 8 - Impulso e Momento - 2009 Cap.8
147
E M = Energia Mecânica = K + UP
K = Energia Cinética
UP = Energia Potencial
EC translação = k = Energia cinética de translação = m v 2 / 2
EC rotação = k R = Energia cinética de rotação = I ω2 / 2
Def.: As Perdas ou dissipações de energia de
um corpo pode ocorrer nas interações com
outros corpos em que há transformações de
energia de um tipo em outro (exceto de
cinética para potencial e vice-versa):
(a) Atrito – dissipação de energia por fricção
entre corpos
(b) Resistência do ar (energia dissipada por
atrito do ar com o corpo)
(c) Colisões parcialmente elásticas -
(energia de deformação dos materiais)
(d) Irradiação de ondas eletromagnéticas
(e) Trocas de Energia Térmica (esfriamento do
corpo)
(f) Emissão de ruído (energia acústica ou sonora), etc.
8.2 – Corpos em
Colisão
Como definição a linha de colisão entre dois
corpos é aquela que liga os centros de massa
dos corpos. As velocidades na direção de colisão
sofrem variação, após a colisão de acordo com o
coeficiente de restituição dos corpos de antes
para após a colisão.
A figura abaixo mostra uma colisão genérica não
central em que se define a direção de colisão e a
direção perpendicular à colisão.
Na direção de colisão (y):
As velocidades variam, na direção de colisão
(y), no entanto,
(a) mantém-se invariante, a soma dos momentos
lineares (momentum), antes e após a colisão:
a) Princípio de Conservação de
Momentum antes e após a colisão:
yyyy BABA pppp ''
rrrr
+=+
yyyy BBAABBAA vmvmvmvm ''
rrrrr
+=+
(b) faz valer a relação existente entre os
materiais que colidem entre si que é a relação do
coeficiente de restituição:
Coeficiente de restituição:
UP gravitacional = m g h
UP = Energia Potencial UP elástica = k x 2 / 2
UP elétrica = q ∆V
Av '
r
y x
Projeção das velocidades
dos corpos, após a colisão.
v’Ay
v’By
vBx
vAx
Y ’
X ’
Av
r
Bv
r
A'v
r
B'v
r
y x
Direção de
colisão (y)
Direção perpendicular à
direção de colisão (x )
θ
θ
Av
r
Bv
r
y x
Projeção das velocidades dos corpos, antes da
colisão nas direções de colisão y e
perpendicular a ela x .
vBy
vAy
vAx
vBx
θ
θ
Bv '
r
Cap.8 Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 7 - Impulso e Momento - 2009
148
oaproximaçãderelativa
oafastamentderelativa
v
v
e =
yy
yy
BA
AB
vv
vv
e
−
−
=
''
Na direção perpendicular à colisão (x):
Na direção perpendicular à direção de
colisão, ou seja, a direção x da figura, também
haverá conservação de momentum e mais do
que isto, as velocidades nesta direção se
mantém invariantes antes e após a colisão.
xxxx BBAABBAA vmvmvmvm ''
rrrrr
+=+
Se as partículas se separam após a colisão, as
velocidades na direção normal â colisão se
mantém invariantes:
xxxx BBAA vvvv ';'
rrrr
==
ou seja mantém-se as mesmas, nesta direção,
antes e após a colisão.
b) Coeficiente de Restituição em
uma Colisão Central
Consideremos por simplicidade, uma
colisão central entre dois corpos. Vamos deduzir
neste caso o cálculo da expressão do coeficiente
de restituição, entre os dois corpos.
Coeficiente de Restituição:
∫
∫=
dtD
dtR
e
Se e = 1 ⇒ choque perfeitamente elástico ⇒
não houve perdas de energia e houve restituição
dos corpos.
Se e = 0 ⇒ choque perfeitamente inelástico ⇒
chocaram-se os corpos e permanecem juntos
após a colisão, houve deformação e um carrega
o outro junto de si após a colisão, fazendo a
velocidade relativa de afastamento igual a zero.
Se 0 < e < 1 ⇒ choque parcialmente elástico
⇒ houve restituição parcial de (e.100 ) % e
deformação parcial de [(e-1).100 ] % dos corpos
na direção do choque
Demonstração do valor do
coeficiente de restituição:
Considerando que no momento de deformação
máxima dos corpos a velocidade dos dois corpos
é v, e sendo vA e vB as velocidades dos dois
corpos antes da colisão na direção de colisão e
vA ‘ e vB ‘ as velocidades depois da colisão
também na direção da linha de colisão, então:
Deformação para o corpo A:
mA vA + ∫ D dt = mA v ⇒
∫ D dt = mA (v – v A)
restituição para A:
mA v + ∫ R dt = mA vA’ ⇒
∫ R dt = mA (vA’ – v)
assim:
A
A
vv
vve
−
−
=
'
da mesma forma para o corpo B:
deformação:
m B v B + ∫ D dt = m B v ⇒
∫ D dt = mB (v – vB)
restituição:
m B v + ∫ R dt = m B v B’ ⇒
∫ R dt = mB (vB’ – v)
assim:
e =
B
B
vv
vv
−
−'
=
A
A
vv
vv
−
−'
sendo
(v B’ – v) = e . (v -vB) ⇒
v (e +1) = v B’ + e v B
(vA’ – v) = e . (v - vA) ⇒
v (e +1) = vA’ + e vA
igualando as duas expressões:
AABB vevvev +=+ '' ⇒
BAAB vevevv −=− ''
BA
AB
vv
vv
e
−
−
=
''
-ID ID
ID = ∫ dtD = Impuso de defomação
-IR IR IR = ∫ dtR = Impuso de restituição
Av'
r
B'v
r
Av
r
Bv
r
Linha de colisão
e = 1 ⇒ colisão perfeitamente elástica
0 > e >1 ⇒ colisão parcialmente elástica
e = 0 ⇒ colisão perfeitamente inelástica
Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza