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LARA BIANCA CARDOSO PEREIRA | MED UEMA XVI | @LIFESTYLEMEDICINA 
 
Trichuris Trichiura e 
outros Trichuridas 
Esses nematódeos têm como característica especial a 
ausência de órgãos sensoriais denominados fasmídes, 
além da ausência de canais laterais do sistema 
excretor e a presença de uma capsula bucal muito 
reduzida ou ausente. 
Trichuris Trichiura 
É o agente etiológico da tricuríase, mais prevalente em 
regiões de clima quente e úmido e condições 
sanitárias precárias. 
MORFOLOGIA 
Os vermes adultos possuem formato de chicote, sendo 
os machos menores que as fêmeas. Eles possuem 
dimorfismo sexual: os machos apresentam 
extremidade posterior curvada, com testículos e 
espículo e as fêmeas possuem vulva, útero e ovário. 
Os ovos apresentam forma elíptico característico 
(formato de barril) com poros salientes e transparentes 
nas extremidades. 
 
CICLO DE VIDA 
1- Machos e fêmeas habitam o intestino grosso de 
humanos, principalmente o ceco e o cólon 
ascendente. Nas infecções mais intensas, podem 
ocupar o cólon distal, reto e porção distal do íleo. 
Toda a região esofagiana do parasito penetra na 
camada epitelial do intestino, onde se alimenta de 
enterócitos lisados no sangue. Já a porção 
posterior do parasito permanece exposta no lúmen 
intestinal, facilitando a reprodução e eliminação 
dos ovos. 
2 e 3- o embrião contido dentro do ovo eliminado se 
desenvolve para se tornar infectante 
4- Os ovos infectantes podem contaminar alimentos, 
podendo, assim, ser ingeridos pelo homem 
5- Os ovos eclodem por um dos seus poros no intestino 
delgado do hospedeiro, estimulado pelo suco gástrico 
e pancreático. No desenvolvimento das larvas nos 
humanos, alguns autores relatam que as larvas 
penetram na região duodenal (criptas de Lieberkuhn) 
e, posteriormente, as larvas ganham a luz intestinal e 
migram para região cecal, onde completam seu 
desenvolvimento, passando pelos 4 estágios de larvais 
típicos. O crescimento e desenvolvimento dos vermes 
levam ao rompimento das células epiteliais e à 
exposição da porção posterior do corpo do verme. 
 
SINTOMATOLOGIA 
• Dor de cabeça 
• Dor epigástrica e na região inferior do abdome 
• Diarreia 
• Náusea 
• Vômitos 
• Sangue nas fezes 
• Anemia 
• Desnutrição grave 
• Prolapso retal com hemorroidas 
• Apendicite 
• Síndrome disentérica crônica 
LARA BIANCA CARDOSO PEREIRA | MED UEMA XVI | @LIFESTYLEMEDICINA 
 
 
ALTERAÇÕES IMUNOPATOLÓGICAS 
• Aumento da produção de muco intestinal 
• Descamação epitelial 
• Eosinófilos 
• TNF 
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL 
• Métodos quantitativos: Stoll e Kato – Katz 
• Métodos qualitativos: Willis, Hoffmann, Ritchie, etc. 
• Colonoscopia 
• Anoscopia 
TRATAMENTO 
• Anti-helminticos tem difícil acesso ao intestino 
grosso 
• Benzoilmidazóis (albendazol e mebendazol) 
• Emprego de um purgativo salino (sulfato de sódio 
ou limonada purgativa citromagnesiana) na 
véspera do tratamento, com o objetivo de deixar 
vazio o intestino grosso e eliminar o muco que 
reveste sua mucosa. 
• Leite de figueira, - ficina (a papaína tem ação 
semelhante com emprego limitado). 
• êxito variável os sais de piperazina, o iodeto de 
ditiazanina e o tiabendazol 
PROFILAXIA 
• Saneamento básico 
• Educação sanitária 
• Construção de fossas sépticas 
• Lavar as mãos antes de tocar os alimentos 
• Tratamento das pessoas parasitadas 
• Proteção dos alimentos contra moscas e baratas. 
 
Trichinella Spiralis 
MORFOLOGIA 
Os machos apresentam prolongações laterais 
denominadas pseudobolsas copulatórias e são 
menores que as femeas, as quais apresentam abertura 
vaginal e são vivíparas. Esses parasitos têm pouca 
especificidade, podendo infectar diversos mamíferos, 
causando triquenelose. 
 
CICLO DE VIDA 
A infecção ocorre por meio da ingestão de carne 
contendo L1 encistada na musculatura. Após a 
passagem no estomago, as larvas são liberadas do 
cisto e penetram no epitélio da mucosa duodenal, 
estabelecendo-se dentro dos enterócitos, onde sofrem 
mudas até a fase adulta. As femeas liberam larvas na 
circulação sistêmica (veia porta) e essas podem 
causar inflamação transitória em diversos tecidos. As 
larvas fixam-se nos músculos (miosite), formando cistos 
infectantes. 
SINTOMATOLOGIA 
• Náusea/vomito 
• Diarreia e edema intestinal 
• Encefalite, miocardite, nefrite... 
• Dor muscular 
• Dificuldade respiratória e danos cardíacos 
DIAGNÓSTICO: biópsia muscular e testes imunológicos 
TRATAMENTO: Tiabendazol (não tem droga 
específica) + corticoide e analgésicos

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