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Malária
Plasmodium falciparum, P. vivax, P. malarie e P. ovale
Anne Caroline Santos Ramos
Biomédica
Citologista Clínica
Mestranda PPG em Biologia Parasitária
Protozoários
• Seres unicelulares e eucariontes;
• Pertencentes ao Reino Protozoa;
• Se locomovem por cílios, 
pseudópodes ou flagelos;
• Filo Sacromastigophora: 
• Seres com núcleo simples e que 
emitem flagelos (Mastigophora), 
pseudópodes (Sarcodina) ou 
ambos;
• Filo Apicomplexa: 
• Possuem complexo apical;
• Filo Ciliophora: 
• Possuem macro e micronúcleo e 
cílios.
Histórico
• Existente desde a Antiguidade;
• Sugere-se que sua origem seja proveniente do 
continente Africano;
• Com a migração humana, disseminou-se para a 
Europa e Ásia, também conhecida como “Febre 
Romana”;
• A utilização de pó de Cinchona pelos índios 
americanos possibilitou o posterior isolamento e 
aplicação princípio ativo Quinino como 
tratamento;
• No século XVII, na Itália, a malária foi nomeada 
(mal arie), pois era atribuída aos odores emitidos 
pelos esgotos existentes;
• Em 1880 foi descoberta a presença do parasito 
em sangue de infectados por Charles Alphonse 
Laveran;
• Atualmente é estudada a produção de vacinas e 
novos medicamentos contra a malária.
Taxonomia
Reino Protista
Subreino Protozoa
Filo Apicomplexa
Classe Sporozoea
Ordem Eucoccidiida
Família 
Plasmodiidae
Gênero Plasmodium
Filo Apicomplexa
• Formado por parasitos 
intracelulares com complexo apical;
• Complexo apical: Conjunto de 
organelas de internalização. 
• Composta por: 
• Roptrias: Invasão e formação de 
vacúolo parasitóforo;
• Micronemas: Adesão e invasão;
• Anel polar: Possibilita a internalização 
do citoplasma;
• Apicoplasto: genoma circular e 
vestígio de cloroplasto herdado das 
algas verdes:
• Conoide: Auxilia na internalização.
Formas de reprodução
• Assexuada:
• Esquizogonia: Formação 
de merozoítos por 
fragmentação do 
esquizonte;
• Esporogonia: Formação 
de esporozoítos por 
fragmentação do oocisto;
• Sexuada:
• Fecundação do 
macrogameta pelo 
microgameta 
exflagelado.
Hospedeiros
• O homem é considerado o 
hospedeiro 
vertebrado/intermediário e 
reservatório para o Plasmodium
sp.;
• O vetor e hospedeiro 
invertebrado/definitivo é o 
mosquito da espécie Anopheles
sp., principalmente o A. darlingi
no Brasil.
• Entretanto, por se tratar de um 
parasito estenoxeno, afeta 
também primatas.
Vetor/Hospedeiro definitivo
• Pertencente ao Filo Arthropoda, Ordem Diptera, Família 
Culicidae e Subfamília Anophelinae;
• Das 430 espécies do gênero Anopheles, 40 são vetores 
do Plasmodium sp.;
• Espécie de interesse no Brasil: Anopheles darlingi, A. 
albitarsis, A. aquasalis, A. cruzii e A. bellator;
• Encontrado em toda América do Sul e Central;
• Habitat: Coleções hídricas de maior volume (lagoa, 
represas, valas);
• Hábito alimentar crepuscular, antropofílico e endofágico
(alimenta-se de sangue de humano dentro de suas 
habitações) - fêmeas;
• A capacidade de voo é de até 2.500 metros, sendo maior 
para as fêmeas.
Vetor
• Características morfológicas:
• Ovos encontrados isolados no 
ambiente;
• As larvas não possuem sifão, 
ficando paralelas à superfície;
• As pupas possuem sifão em funil;
• Os adultos machos possuem 
antenas plumosas e palpos em 
clava;
• Os adultos fêmea possuem 
antenas pilosas e palpos longos;
• Ambos os sexos possuem as asas 
manchadas e pouso perpendicular 
ao apoio
Espécies de Plasmodium
• Plasmodium falciparum:
• Espécie mais comum de plasmódio;
• Causa a febre terçã maligna;
• Reprodução mais rápida;
• Gametócito em formato de foice;
• Pode possuir mais de um trofozoíto eritrocitário.
• Plasmodium vivax:
• Segunda espécie mais comum de plasmódio no Brasil;
• Causa a febre terçã benigna;
• Reprodução mais lenta que o P. falciparum;
• Gametócito oval;
• Possui apenas um trofozoíto eritrocitário, mas deforma a hemácia;
• Produz hipnozoíto (recaída).
• Plasmodium ovale e Plasmodium malarie:
• O P. ovale é incomum no Brasil e causa a febre terçã benigna;
• O P. malarie ocorre na África e causa a febre quartã benigna.
Formas sanguíneas. a: Trofozoíto jovem; b: Trofozoíto maduro; c: Formas 
irregulares; d: esquizonte maduro, e: gametócitos.
Morfologia
• Esporozoítos:
• Forma infectante (inoculado no humano);
• Presente nas glândulas salivares do 
mosquito;
• Aspecto alongado;
• 11 mm C / 1 mm L;
• Núcleo central e extremidades afiladas;
• Apresenta um aparelho de penetração.
Morfologia
• Esquizonte pré- eritrocítico:
• Forma presente nos hepatócitos após a reprodução 
assexuada (esquizogonia tissular);
• 30 - 70 mm D;
• Possui mais de 10.000 merozoítos.
Morfologia
• Trofozoíto jovem:
• Forma presente nas hemácias;
• Aspecto de anel;
• Aro é formado pelo citoplasma e o núcleo do parasito 
(cromatina).
Morfologia
• Trofozoíto maduro ou amebóide:
• Forma presente em hemácias;
• Citoplasma irregular e vacuolizado;
• O núcleo ainda está indivisível.
Morfologia
• Esquizonte eritrocítico:
• Forma presente em hemácias;
• Citoplasma irregular e 
vacuolizado;
• O núcleo já apresenta- se 
dividido em alguns fragmentos.
Morfologia
• Merozoíto:
• Forma ovalada (fig. em), 
com núcleo e pequena 
porção de citoplasma;
• Formados nos hepatócitos 
ou nas hemácia;
• Penetram em outras 
hemácias.
Morfologia
• Rosácea ou merócito:
• Forma presente em hemácias;
• Cada fragmento do núcleo, 
acompanhado de pequena 
porção do citoplasma, formando 
tantos merozoítos quantas forem 
as divisões nucleares;
• O conjunto chama- se Rosácea 
ou Merócito.
Morfologia
• Macrogametócito:
• Célula sexuada 
feminina;
• Forma presente em 
hemácias;
• Arredondada ou 
alongada.
Macrogametócito
de P. vivax
Macrogametócito
de P. falciparum
Morfologia
• Microgametócito:
• Célula sexuada masculina;
• Forma presente em hemácias;
• Arredondada ou alongada.
Microgametócitos de P. 
vivax e de P. falciparum
Morfologia
• Ovo ou zigoto:
• Forma esférica;
• Presente no estomago do 
mosquito;
• Formado pela fecundação do 
macrogameta pelo 
microgameta.
• Oocineto:
• Forma alongada, móvel;
• Presente no estomago do 
mosquito.
A. Estômago de um anofelino com
oocistos. B. Oocistos de P.
falciparum com 4 dias de idade.
Ciclo Biológico
Patogenia
• A malária é caracterizada por 
fases febris e afebris;
• Na fase febril há:
• Mal-estar;
• Cansaço;
• Mialgia;
• Cefaleia;
• Náuseas;
• Vômito;
• Sudorese intensa;
• Hepatoesplenomegalia.
• Pico de liberação de merozoítos
na corrente sanguínea;
• A febre é intermitente (picos de 
48-72h).
• Fase afebril:
• Melhora da sintomatologia;
• Baixa liberação de merozoítos
nas células.
Patogenia
• Malária grave:
• >30% das hemácias infectadas;
• Febre superior a 41ºC;
• Convulsão;
• Icterícia;
• Anemia intensa;
• Alterações renais;
• Hemorragia;
• Hipoglicemias;
• Hemoglobinúria;
• Presença de obstruções em 
vasos sanguíneos;
• Delírio;
• Coma.
P. falciparum P. malarie P. vivax P. ovale
Incubação 8 a 25 dias 15 a 30 dias 8 a 27 dias 9 a 17 dias
Tipo de febre
Febre terçã 
maligna
Febre quartã 
benigna
Febre terçã benigna Febre terçã benigna
Pico afebril 24 a 36 horas Até 72 horas 4 a 48 horas 24 a 48 horas
Ciclo eritrocitário 48 horas 72 horas 48 horas 48 horas
Número de merozoítos por 
hepatócito
40 mil 2 mil 10 mil 15 mil
Idade da hemácia
Hemácias de 
qualquer 
idade
Hemácias velhas Reticulócitos Reticulócitos
Hipnozoítos Não Não Sim Sim
Trofozoítos jovens
2 a 3 núcleos 
e mais de 1 
trofozoíto 
jovem
> 1 núcleo e 
trofozoíto jovem
1 núcleo e 1 
trofozoíto jovem
1 núcleo e 1 
trofozoíto jovem
Gametócitos Falciforme Esférico Esférico Esférico
Granulações
De Mauer 
(avermelhada 
e delicada)
De Ziemann 
(menor que a de 
Schuffer)
De Schuffer (rosa a 
vermelho)
De Schuffer (rosa a 
vermelho)
Reinfecção Recidiva Recidiva Recaída Recaída
Receptores Glicoforinas NI Fator Duffy (Fyb) NI
Recidiva: 
reagudização quando 
inicia a melhora do 
quadro clínico
Recaída:Reaparecimento da 
doença (presença de 
hipnozoítos)
Resistência a malária
• Existem indivíduos que são 
naturalmente resistentes a infecção;
• Isso é devido a presença de 
alterações na forma e membrana das 
hemácias e presença de 
hemoglobinas alteradas;
• Para P. falciparum, a presença de HbS
e hemácias falciformes em pacientes 
com anemia falciforme e a ausência 
de glicoforinas é protetora;
• Para P. vivax, a ausência do fator 
Duffy em indivíduos Duffy negativo é 
protetora;
• A residência em locais endêmicos é 
um dos fatores para a resistência à 
infecção.
Diagnóstico
• A clínica é fundamental para o 
direcionamento do diagnóstico;
• O padrão-ouro para diagnóstico 
da malária é a visualização dos 
protozoários no sangue;
• Gota espessa: 
• Concentra os protozoários, 
melhorando a visualização e 
determinação da carga parasitária;
• Teste quantitativo e qualitativo.
• Esfregaço delgado:
• Menor sensibilidade devido à 
distribuição do sangue em toda a 
lâmina;
• Teste semiquantitativo e 
qualitativo.
Diagnóstico
• Testes rápidos baseados 
na detecção de antígenos 
podem ser utilizados;
• Testes moleculares só 
são realizados em 
pesquisas, devido ao seu 
alto custo.
• Realizar diagnóstico 
diferencial para outros 
hematozoários, infecções 
bacterianas e virais.
Tratamento
• O tratamento visa reduzir a 
sintomatologia e o risco de morte, 
assim como a disseminação da 
doença;
• Disponibilizado gratuitamente (SUS);
• Para malária vivax e ovale:
• Cloroquina (3 dias) e primaquina (7 a 
14 dias) – formas latentes;
• Para malária malarie:
• Cloroquina (3 dias);
• Para malária falciparum/mista:
• Arteminisinia, arteméter e 
lumefantrina, artesunato e 
mefloquina em comibinações com 
primaquina.
• Controle de cura realizado por 
esfregaço sanguíneo a cada 7 dias 
pós-tratamento.
Cloroquina: destrói 
merozoítos e esquizontes 
sanguíneos;
Primaquina: destrói 
hipnozoítos e esquizontes 
hepáticos e evita a formação 
de gametócitos.
Demais: destroem 
merozoítos e possuem 
maior tempo de ação
Profilaxia
• Evitar o contato entre vetor e 
hospedeiro vertebrado;
• Medidas de proteção 
individual:
• Uso de repelentes;
• Uso de mosquiteiros com 
piretroides, telas, ar-
condicionado;
• Evitar exposição a área externa 
nas horas crepusculares;
• Quimioprofilaxias em áreas 
endêmicas na África 
(doxiciclina).
Profilaxia
• Medidas coletivas: 
• Combate ao vetor (inseticidas 
– piretroides, e controle 
biológico - Wolbachia);
• Combate às larvas (uso de 
larvicidas ou controle 
biológico);
• Saneamento básico (evitar 
criadouros);
• Vacinação (em estudo).
Epidemiologia
• Amazônia: 99,5% dos casos 
no Brasil;
• Populações dispersas;
• Migrações;
• Moradia inadequada;
• Locais com P.falciparum
resistentes a Cloroquina e 
Anófeles DDT- resistentes;
Epidemiologia

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