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Resultantes de um sistema de forcas
I
Obietivos do capítulo
• Discutir o conceito do momento de uma força e mostrar como calculá-lo em duas e três dimensões.
• Fornecer um método para determinação do momento de uma força em relação a um eixo específico.
• Definir o momento de um binário.
• Apresentar métodos para a determinação das resultantes de sistemas de forças não concorrentes.
• Mostrar como reduzir um carregamento distribuído simples em uma força resultante e seu ponto de aplicação.
ID Momento de uma força - formulacão escalar ,
Quando uma força é aplicada a um corpo, ela produzirá uma tendência de rotação
do corpo em tomo de um ponto que não está na linha de ação da força. Essa tendência
de rotação algumas vezes é chamada de Iorque, mas nonnalmente é denominada
momento de uma força, ou simplesmente momento. Por exemplo, considere uma
chave usada para desparafusar o parafuso na Figura 4.1 a. Se uma força é aplicada
no cabo da chave, ela tenderá a girar o parafuso em torno do ponto O (ou o eixo z).
A intensidade do momento é diretamente proporcional à intensidade de F e à distância
perpendicular ou braço do momento d. Quanto maior a for,ça ou quanto mais longo
o braço do momento, maior será o momento ou o efeito de rotação. Note que se a
força F for aplicada em um ângulo () :f: 90° (Figura 4.1 b ), en.tão será mais difícil girar
o parafuso, uma vez que o braço do momento d' = d sen () será menor que d. Se F
for aplicado ao longo da chave (Figura 4.1 c), seu braço do momento será zero, uma
vez que a linha de ação de F interceptará o ponto O (o eixo z). Como resultado, o
momento de F em relação a O também será zero e nenhuma rotação poderá ocorrer.
Vamos generalizar a discussão anterior c consi-
derar a força F e o ponto O, que estão situados no
plano sombreado, como mostra a Figura 4.2a. O
momento M0 em relação ao ponto O, ou ainda em
relação a um eixo que passa por O perpendicularmente
ao plano, é uma quantidade vetorial, uma vez que
ele tem intensidade e direção específicas.
z
(c)
z
(a)
=
(b)
Figura 4.1
I 86 I Estática
F
Eixo do momento
I
o
(a) Sentido de rotação
(b)
Figura 4.2
Intensidade
A intensidade de M0 é
(4.1)
onde d é o braço do momeJJto ou distância pe1pendicu/ar do eixo no ponto O até a
linha de ação da força. As unidades da intensidade do momento consistem da força
vezes a distância, ou seja, N · m ou lb · ft.
Direcão •
A direção de M 0 é defi nida pelo seu eixo do momento, que é perpendicular ao
plano que contém a força F e seu braço do momento d. A regra da mão direita é
usada para estabelecer o sentido da direção de M0 . De acordo com essa regra, a curva
natural dos dedos da mão direita, quando eles são dobrados em direção à palma,
representa a tendência da rotação causada pelo momento. Quando essa ação é
realizada, o polegar da mão direita dará o sentido direcional de M 0 (Figura 4.2a).
Note que o vetor do momento é representado tridimensionalmente por uma seta
curvada em tomo de uma seta. Em duas dimensões, esse vetor é representado apenas
pela seta curvada, como mostra a Figura 4.2b. Como, nesse caso, o momento tenderá
a produzir uma rotação no sentido anti-horário, o vetor do momento está direcionado
para fora da página.
Momento resultante
Para problemas bidimensionais, em que todas as forças estão no plano x-y
(Figura 4.3), o momento resultante (MR)o em relação ao ponto O (o eixo z) pode
ser determinado pela adição algébrica dos momentos causados no sistema por todas
as forças. Por convenção, geralmente consideraremos que os momentos positivos
têm sentido anti-horário, uma vez que eles são direcionados ao longo do eixo
positivo z (para fora da página). Momentos no sentido horário serão negativos.
Desse modo, o sentido direcional de cada momento pode ser representado por um
sinal de mais ou de menos. 'Usando essa convenção de sinais, o momento resultante
na Figura 4.3 é:
y F, -
do - M, -
Figura 4.3
Se o resultado numéric·o dessa soma for um escalar positivo, (M R)o será um
momento no sentido anti-horário (para fora da página); e se o resultado for negativo,
(MR)o será um momento no• sentido horário (para dentro da página).
Capítulo 4 Resultantes de um sistema de forças I 87
Exemplo 4.1
Detennine o momento da força em relação ao ponto O para cada caso ilustrado na
Figura 4.4.
100
1-------2m ------1
o
\
o F~r=§~~~~~Js m
I ----------------- ~~~-~--- 50 o = I 1-----2 l1l ------1·
(a) (b)
~ .
SOLUÇAO (ANALISE ESCALAR)
A linha de ação de cada força é prolongada por uma linha tracejada para estabelecer
o braço do momento d. As figuras mostram também as tendências de rotação do
membro causada pela força. Além disso, a órbita da força em torno de O é representada
por uma seta curvada. Assim,
Fig.4.4a Mo= (100 N)(2 m) = 200 · m \
Fig.4.4h Mo = (50 N)(O, 75 m) = 37,5 N · m \
Fig.4.4c ~~ = ( 40 kN)( 4 m + 2 cos 30° m)= 229 kN · m \
Fig.4.4d Mo = (60 kN )(l sen 45° m ) = 42,4 kN · m ..J
Fig.4.4e Mo = (7 kN)(4 m - Im)= 21 ,0 kN · m ..J
Exemplo 4.2
Oetennine o momento resultante das quatro forças que atuam na barra mo trada na
Figura 4.5 em relação ao ponto O.
~
SOLUCAO
•
Assumindo que momentos posirivos atuam na direção +k, ou seja, no sentido anti-
-horário, temos:
\.. + MR0 = L.Fd;
MR
0
=-50 N(2 m) + 60 N(O) + 20 N(3 sen 30° m)
- 40 N ( 4 m + 3 cos 30° m)
MRo = - 334 N · m = 334 N · m \
Para esse cálculo, note que as distâncias dos braços dos momentos para as forças de
20 N c 40 N foram estabelecidas pelo prolongamento das linhas de ação (tracejadas)
de cada uma delas.
A
2m
'("
~O~o~~==~~:::E~~3~ : 40k
I
1----4m ---+1----<:
2 cos30° m
(c)
~-----Jm-----~
:
(d)
j-2m-j
f- -----
4m
I
o
(e)
Figura 4.4
50 N
Jo•
40N
Figura 4.5
F
M I = Fd,
Como ilustrado pelos exemplos, o momento de umo forço
nem sempre provoco rotação. Por exemplo, o forço f
tende o girar o viga no sentido horário em torno de seu
suporte em A, com um momento M,- F(/_4 • A rotação
realmente ocorreria se o suporte em 8 fosse removido.
I 88 I Estática
A capacidade de remover o prego exigirá que o momento de
F11 em relação oo ponto O seja maior do que o momento do
forço F, em relação oo O que é necessário poro arrancar o
prego.
C = A><B
B
Figura 4.6
C= A>< B
B
A
- C = B x A
Figura 4.7
Produto vetoria
O momento de uma for,ça será formulado com o uso de vetores cartesianos na
próxima seção. Antes disso, porém, é necessário ampliar nosso conhecimento de álgebra
vetorial introduzindo o método do produto vetorial ou produto cruzado de multiplicação
de vetores.
O produto vetorial de dois vetores A e B produz o vetor C, que é escrito:
C = A X B
e lido como 'C é i!:,rual a A vetor B'.
Intensidade
(4.2)
A intensidade de C é definida como o produto das intensidades de A e B e o seno
do ângulo e entre suas origens (0° <e< 180°). Logo, C = AB sen ().
Direcão
'
O vetor C possui uma direção perpendicular ao plano que contém A e B, de modo
que C é determinado pela regra da mão direita; ou seja, dobrando os dedos da mão
direita a partir do vetor A até o vetor B, o polegar aponta na direção de C, como
mostra a Figura 4.6.
Conhecendo a direção e a intensidade de C, podemos escrever:
C = A X B = (AB sen 8) Uc (4.3)
onde o scalar AB sen e define a intensidade de C e o vetor unitário uc define sua
direção. Os termos da Equação 4.3 são mostrados na Figura 4.6.
Propriedades de operação
• A propriedade comutativa não é válida; ou seja, A X B :f; B X A. Em vez
disso,
A X 8 = - 8 X A
Esse resultado é mostrado na Figura 4.7 utilizando a regra da mão direita. O produto
vetorial B X A resulta em um vetor que tem a mesma intensidade, mas atua na direção
oposta a C; isto é, B x A = -C.
• Se o produto vetorial for multiplicado por um escalar a, ele obedece à
propriedade associativa;
a(A X 8) = (aA) X 8 = A X (aB) ={A X B)a
Essa propriedade é facilmente mostrada, umavez que a intensidade do vetor
resultante (laiAB sen 8) e sua direção são as mesmas em cada caso.
Capítulo 4 Resultantes de um sistema de forças I 89 I
• O produto vetorial também obedece à propriedade di tributiva da adição,
A X (B + O) = {A X B) + {A X O)
• A prova dessa identidade é deixada como um exercício (veja o Problema
4 .1 ). É importante notar que a ordem correta dos produtos vetoriais deve
ser mantida, uma vez que eles não são comutativos.
Formulacão do vetor cartesiano ,
A Equação 4.3 pode ser utilizada para obter o produto vetorial de qualquer par
de vetores unitários cartesianos. Por exemplo, para encontrar i X j , a intensidade do
vetor resultante é {i) (i) (sen 90°) ={I) {I) {I)= I, e sua direção é determinada
usando a regra da mão direita. Como mostra a Figura 4.8, o vetor resultante aponta
na direção +k. Portanto, i X j = (I )k. De maneira similar,
--
k = j X j
i
Figura 4.8
i X j = k i X k = - j i X i = O
j X k = i j X i = - k j X j = O
k X i = j k X j = - i k X k = O
E ses resultados não devem ser memorizados; deve-se compreender com clareza
como cada um deles é obtido com o uso da regra da mão d ireita e com a definição
do produto vetorial. Um esquema simples, apresentado na Figura 4.9, é útil para a
obtenção dos mesmos resultados quando for necessário. Se o círculo é construido
de acordo com a figura, então 'o produto vetorial' de dois vetores unitários no
sentido anti-horário do círculo produz o terceiro vetor unitário positivo; por
exemplo, k X i = j . Fazendo o produto vetorial no sentido horário, um vetor unitário
negativo é obtido; por exemplo, i X k = - j .
Considere agora o produto vetorial de dois vetores quaisquer A e B, expressos
na forma de vetores cartesianos. Temos:
A X B =(A) + A,j + A:k) X (8) + B_..j + B=k)
= A)J,. {i X i) + A fi_.. {i X j) + A fi: (i X k)
+ A,B, U X i) + A,B, U X j) + A,B= U X k) . . .
+ A:fJx (k X i) + A;B, (k X j ) + A:fJ: (k X k)
Efetuando as operações de produto vetorial e combinando os termos resultantes,
A X B = (A,.B:- A;B,) i - (Afi:- A:fJx) j + (Afi,- A,B,) k (4.4)
Essa equação também pode ser escrita na fonna mais compacta de um detem1inantc
como:
• • k I J
A X B = A,. A,. A-•
8 , B .• B: (4.5)
j k
Figura 4.9
I 90 I Estático
Eixo do momento
F
(a)
Eixo do momento
t-:1o ,.,
,_,..._,._-=r,..----"' O
F
(b)
Figura 4.1 O
Portanto, para obter o produto vetorial de quaisquer vetores cartesianos A e B, é
necessário expandir um determinante cuja primeira linha de elementos consiste dos
vetores unitários i, j e k; e a segunda e terceira linhas são as componentes x, y, z dos
dois vetores A e B, respecüvamente. *
Momento de uma forca - formulacão vetorial , ,
O momento de uma força F em relação a um ponto O ou, mais exatamente,
em relação ao eixo do momento que passa por O e é perpendicular ao plano de
O e F (Figura 4.1 Oa) pode ser expresso na forma de um produto vetorial,
nominalmente,
M 0 = r X F (4.6)
Nesse caso, r representa um vetor posição dirigido de O até algum ponto sobre
a linha de ação de F. Vamos mostrar agora que, de fato, o momento M 0 , quando
obtido por esse produto vetorial, possui intensidade e direção próprias.
Intensidade
A intensidade do produto vetorial é definida pela Equação 4.3 como M0 = rF sen e.
O ângulo e é medido entre as origens de r e F. Para definir esse ângulo, r deve ser
tratado como um vetor deslizante, de modo que e possa ser representado corretamente
(Figura 4.1 Ob). Uma vez que o braço de momento d =r sen e, então:
M0 = rF sen e= F(r sen e)= Fd
de acordo com a Equação 4.1.
Direcão
'
A direção e o sentido de M0 na Equação 4.6 são determjnados pela regra da mão
direita do produto vetorial. Assim, deslizando r ao longo da linha tTacejada e curvando
os dedos da mão direita de r para F ('r vetor F '), o polegar fica direcionado para
• Um detenniname com três linhas e três colunas pode ser expandido usando-se lrês menores.
Cada um deles deve ser multiplicado por um dos três elementos da primeira linha. Há quatro
elementos em cada detenninante menor, por exemplo,
Por definição, essa notação do determinante representa os termos (A 11A22 - A ,zA21 ) Trata-se
simplesmente do produto de dois elementos da diagonal principal (A 11A22) menos o produto dos
dois elementos da diagonal secundária (A 1zA21). Para um detenninante 3 X 3, como o da Equação
4.5, os três detcm1inantes menores podem ser construídos de acordo com o seguinte esquema:
Pard o elemento i :
X
Para o elemento j :
(Lembre-se do sinal negativo
- j( A., B: - A:fJ .. )
Para o elemento k:
Adicionando os resultados c observando que o elemento j deve incluir o sina/negativo. chega-se
à fonna expandida de A X B dada pela Equação 4.4.
Capítulo 4 Resultantes de um sistema de forças I 91
cima ou perpendicular ao plano que contém r e F, que está na mesma direção de
Ma. o momento da força em relação ao ponto O da Figura 4.1 Ob. ote que tanto a
'curva' dos dedos, como a curva em tomo do vetor de momento, indica o sentido da
rotação causado pela força. Como o produto vetorial não obedece à propriedade
comutativa, a ordem de r X F deve ser mantida para produzir o sentido da direção
correta para M0 .
Princípio da transmissibilidade
A operação do produto vetorial é frequentemente usada em três dimensões, já que
a distância perpendicular ou o braço do momento do ponto O à linha de ação da
força não é necessário. Em outras palavras, podemos usar qualquer vetor posição r
medido do ponto O a qualquer ponto sobre a linha de ação da força F (Figura 4.11 ).
Assim,
M 0 = r 1 X F = r2 X F = r3 X F
Como F pode ser aplicado em qualquer ponto ao longo de sua linha de ação e
ainda criar esse mesmo momento em relação ao ponto O, então, F pode ser considerado
um vetor deslízante. Essa propriedade é chamada de princípio da transmissibilidade
de uma força.
F
Li n hn de nçào
Figura 4.11
Formulacão do vetor cartesiano
•
Se estabelecermos os eixos coordenados x, y, z, então o vetor posição r c a força
F podem ser expressos como vetores cartesianos (Figura 4. 12a). Aplicando a Equação
4.5 temos:
onde:
• • k 1 J
M0 = r X F = r ': •. 1: < -
F. F, F. (4.7) -
reprc cntam as componentes x, y, z do vetor posição definido do ponto
O até qualquer ponto sobre a linha de ação da força
F.- F,, F: representam as componentes x, y, z do vetor força
Se o determinante for expandido, então, como a Equação 4.4, temos:
M0 = (r,F:- r~,) i - (rJ':- tfx)j + (r,F , - r,F i ) k (4.8)
O significado fisico dessas três componentes do momento se toma evidente ao
analisar a Figura 4.12h. Por exemplo, a componente i de M0 pode ser determinada
a partir dos momentos de F, F.11 c F: em relação ao eixo x. A componente Fx não
gera nenhum momento nem tendência para causar rotação em relação ao eixo x, uma
vez que essa força é paralela ao eixo x. A linha de ação de F,. passa pelo ponto 8 e,
Eixo do
momento
/
(a)
(b)
Figura 4.12
--Y
I 92 I Estática
--
I
Figura 4.13
--
12m
X
(a)
--
X
y
(b)
Figura 4.14
portanto, a intensidade do momento de FJ. em relação ao ponto A no eixo x é r~
Pela regra da mão direita, essa componente age na direção negativa de i. Da mesma
fonna, F, passa pelo ponto C e, assim, ele contribui com uma componente do momento
de t:,F .i em relação ao eixo. Portanto, (Mo)x = (l jF. - r ;Fy) como mostra a Equação
4.8. Como um exercício, detem1ine as componentes j e k de M 0 dessa maneira e
mostre que realmente a forma expandida do determinante (Equação 4.8) representa
o momento de F em relação ao ponto O. Quando M0 for determinado, observe que
ele sempre será perpendicular ao plano em cinza contendo os vetores r e F (Figura
4.12a).
Momento resultante d1e um sistema de forcas
'
Se um corpo é submetido à ação de um sistema de forças (Figura 4.13), o
momento resultante das forças em relação ao ponto O pode ser determinado pela
adição vetorial do momento de cada força.Essa resultante pode ser escrita
simbolicamente como:
(4.9)
Exemplo 4.3
Detennine o momento produzido pela força F na Figura 4.14a em relação ao ponto O.
Expresse o resultado como um vetor cartesiano.
SOLUCÃO
•
Como mostra a Figura 4.14a, tanto r 11 quanto r 8 podem ser usados para detem1inar
o momento em relação ao ponto O. Esses vetores posição são:
r"= {12k} m e r8 = {4i + 12j } m
A força F expressa como ul!l1 vetor cartesiano é:
Logo,
ou
F - Fu _ 2 kN[ {4i +l2j - 12k }m ]
-
118
- J(4 m)2 + (12 m)2 + (- 12 m)2
= {0,4588i + 1,376j - 1,376k } kN
i j k
M0 = r11 X F = 0 0 12
0,4588 1,376 -1,376
= [0(-1,376)- 12{1,376))i - [0(-1,376) - 12(0,4588))j
+ [0(-1,376)- 0(0,4588))k
= {- 16,5i + 5,5 1j} kN · m
i j k
M0 = r 8 X F = 4 12 O
0,4588 1,376 - 1,376
= [12(-1, 376) - 0(1,376))i - [4(-1,376) - 0(0,4588))j
+ [4(1 ,376)- 12(0,4588 ))k
= {- 16,5i + 5,51j} kN · m
NOTA: Como mostra a Figura 4.14b, M 0 age perpendicularmente ao plano que contém
F, r, e r8. Veja a dificuldade que surgiria para obter o braço do momento d se esse
problema tivesse sido resolvido usando M0 = Fd.
Capítulo 4 Resultantes de um sistema de forças I 93 I
Exemplo 4.4
Duas forças agem sobre a barra mostrada na Figura 4.15a. Detennine o momento
resultante que elas criam em relação ao nange em O. Expresse o resultado como um
vetor cartesiano.
- -- -
F, t2601+ 40j + 20k} k F, ~·R -P Oi - 40j 11
~~~;:.,..._.A. ___ _..
:r
B
F 2 M 180i I 40j - 30k) k
(a) (b)
Figura 4.1 S
-SOLUCAO
•
Os vetores posição estão direcionados do ponto O até cada força, como mostra a
Figura 4. 15b. Esses vetores são:
r,~ = {5j } m
r8 = {4i .,.. 5j - 2k} m
Logo, o momento resultante em relação a O é:
1\h , = 1:( r X F')
= r 4x F,+ rs x F\
i j k i j k
o 5 o + 4 5 - 2
-60 40 20 80 40 -30
= (5(20) - O( 40)] i - fO]j + (0(40)- (5 )(60))k
+ [5 ( - 30) - ( - 2 )( 40)]i - [ 4(-30) - (-2 )(80))j + [ 4( 40) - 5(80)] k
= {30i - 40j + 60k} kN · m
NOTA: Esse resultado é mostrado na Figura 4. I Se. Os ângulos de direção coordenados
foram determinados a partir do vetor unitário de MR . Repare que as duas forças o
tendem a fazer com que o bastão gire em torno do eixo do momento conforme mostra
a curva indicada no vetor momento.
m o princípio dos momentos
Um conceito bastante usado na mecânica é o princípio dos momentos, que,
algumas vezes, é referido como o teorema de Varignon, já que foi originalmente
desenvolvido pelo matemático francês Yarignon ( 1654-1722). Ele estabelece que o
momento de uma força em relação a um ponto é igual à soma dos momentos das
componentes da força em relação ao mesmo ponto. Esse teorema pode ser provado
facilmente usando o produto vetorial, uma vez que o produto vetorial obedece à
propriedade distributiva. Por exemplo, considere os momentos da força F e duas de
suas componentes em relação ao ponto O (Figura 4.16). Como F = F1 + F2, temos:
M 0 = r X F = r X (F1 + F2) = r X F1 + r X F2
--
(c)
o
Figura 4.16
I 94 I Estática
Figura 4.17
É fácil determinar momento do forço F
aplicado em relação ao ponto O se
usarmos o princípio dos momentos.
Ele é simplesmente M0 = F,d.
Para os problemas bidimensionais (Figura 4.17), podemos usar o princípio dos
momentos decompondo a força em suas componentes retangulares e, depois,
determinar o momento usando uma análise escalar. Logo,
M0 = F,y - ~.x
Esse método normalmente é mais fácil do que determinar o mesmo momento
usando M 0 = Fd.
Pontos importantes
• O momento de uma força cria a tendência de um corpo girar em tomo de um
eixo passando por um ponto específico O.
• Usando a regra da mão direita, o sentido da rotação é indicado pela curva dos
dedos, e o polegar é direcionado ao longo do eixo do momento, ou linha de
ação do momento.
• A intensidade do momento é determinada através de M0 = Fd, onde d é
chamado o braço do momento, que representa a distância perpendicular ou
mais curta do ponto O à linha de ação da força.
• Em três dimensões, o produto de vetorial é usado para determinar o momento,
ou seja, M0 = r X F. Lembre-se de que r está direcionado do ponto O a
qualquer ponto sobre a linha de ação de F.
• O princípio dos momentos estabelece que o momento de uma força em relação
a um ponto é igual à soma dos momentos das componentes da força em relação
ao mesmo ponto. Esse é um método bastante conveniente para usar em duas
dimensões.
Exemplo 4.5
Determine o momento da força na Figura 4.18a em relação ao ponto O.
-SOLUCAO I
•
O braço do momento d na Figura 4.l8a pode ser determinado por meio da trigono-
metria.
d = (3 m) sen 75° = 2,898 m
Logo,
M0 = Fd = (5 kN )(2,898 m) = 14,5 kN · m \
Como a força tende a girar ou orbitar no sentido horário em torno do ponto O, o
momento está direcionado para dentro da página.
d, = 3 cos 30° m_j
I Fx = (5 kN) COS 45°
F=5kN
F1 = (S kN) scn 45°
o
(a) (b)
Figura 4.18
Capítulo 4 Resultantes de um sistema de forças I 95 I
-SOLUCAO 11
•
As componentes x c y da força são indicadas na Figura 4.18b. Considerando os
momentos no sentido anti-horário como positivos e aplicando o princípio do momentos,
temos:
'- + M0 = - F;d, - F,d,
-
= -(5 cos 45° kN){3 sen 30° m)- (5 sen 45° kN)(3 cos 30° m)
= - 14,5kN · m = 14,5kN · m""\
SOLUCAO 111
•
Os eixos x e y podem ser definidos paralela e perpendiculam1ente ao eixo da barra,
como mostra a Figura 4.18c. Aqui, F ... não produz momento algum em relação ao
ponto O, já que sua linha de ação passa por esse ponto. Portanto,
Exemplo
\.+M0 =-F,d.
4.6
::= - (5 sen 75° kN)(3 m)
= - 14,5 kN ·rn = 14,5kN · m""\
A força F age na extremidade da cantoneira mostrada na Figura 4.19a. Determine o
momento da força em relação ao ponto O.
- .
SOLUCAO I (ANALISE ESCALAR)
•
A força é decomposta em suas componentes x e y, como mostra a Figura 4.19b; então,
'-+Mo = 400 sen 30° N(0,2 m) - 400cos30° N(0,4 m)
= - 98,6 N · m = 98,6 N · m ""\
ou
M0 ::= {- 98,6 k} · m
SOLUCÃO 11 (ANÁLISE VETORIAL)
•
Empregando uma abordagem do vetor cartesiano, os vetores de força e posição
mostrados na Figura 4.19c são:
r = {0,4i - 0,2j} m
F ::= {400 sen 30°i - 400 cos 30°j } N
::= {200,0i - 346,4j } N
Portanto, o momento é:
M0 = r x F J 0~4 - ~,2 ~
200,0 - 346,4 o
=Oi - Oj + [0,4(-346,4}- (-0,2){200,0})k
= {-98,6k} · m
NOTA: Observe que a análi e escalar (Solução I) fornece um método mais convenieme
para análise do que a Solução 11, já que a direção e o braço do momento para cada
força componente ão fáceis de estabelecer. Assim, esse método geralmente é
recomendado para resolver problemas apresentados em duas dimensões, enquanto
uma análise de vetor cartesiano é recomendada apenas para resolver problemas
tridimensionais.
F,= (5 k
X
F; = (5 kN) sen 75°
o
(c)
Figura 4.18
I
0.2 m
_L
F =400
(a)
I ' .
400 sen 30° N
f--0,4 m,--1
400 cos 30° N
(b)
)'
o
~--------~, ---x
0.2 m
(c)
Figura 4.19
_L
F
I 96 I Estático
Problemas fundamentais
4.1. Determine o momento da força em relação ao ponto O.
31.
Problema 4.1
4.2. Determine o momento da força em relação ao ponto O.
100 N
T
2m
I
1-----5m -----1
Problema 4.2
4.3. Determine o momento da força em relação ao ponto O.
F = 300 N
'I---0,4m ---
Problema 4.3
4.4. Determine o momento da força em relação ao ponto O.
1.2m~
o 0.9 m
0,3m
3 k
Problema 4.4
4.5. Determine o momento da força em relação ao ponto O.
Despreze a espessura do membro.
50
j-100 mm-J 60o
Problema 4.5
4.6•. Determine o momento da força em relação ao ponto O.
500 N
Problema 4.6
4.7. Detem1ine o momento resultante produzido pelas forças
em relação ao ponto O.
500
300 N
600
Problema 4.7
4.8 . Determine o momento resultante produzido pelas forças
em relação ao ponto O.
o
Problema 4.8
4.9. Determine o momento resultante produzido pelas forças
em relação ao ponto O.
F2 = 1000 N
l---2m---l
30°
F1 ~ 1500 N
Problema 4.94.10. Determine o momento da força F em relação ao ponto
O. Expresse o resultado como um vetor cartesiano.
o
y
Problema 4.1 O
Problemas
•4.1. Se A, B e D são vetores, prove a propriedade distributiva
para o produto vetorial, ou seja, A X (B + D) = (A X B) +
(A X D).
4.2. Prove a identidade do produto triplo escalar A · B X C
= A X 8 · C.
4.3. Dados os três vetores não nulos A, B e C, mostre que se A ·
(B X C) = O, os três vetores necessitam estar no mesmo plano.
*4.4. Dois homens exercem forças de F= 400 N e P = 250 N
sobre as cordas. Detennine o momento de cada força em relação
a A. Em que sentido o poste girarará, horário ou anti-horário?
•4.5. Se o homem em B exerce uma força P = 150 N sobre
sua corda, determine a intensidade da força F que o homem
em C precisa exercer para impedir que o poste gire; ou seja,
para que o momento resultante em relação a A devido às
duas forças seja zero.
I
1.8 m
...,...-~~ _1
F
3, m
A
Problemas 4.4/ S
4.6. Se e= 45°, determine o momento produzido pela força
de 4 kN em relação ao ponto A.
Capítulo 4 Resultantes de um sistema de forças I 97 I
4.11. Determine o momento da força F em relação ao ponto
O. Expresse o resultado como um vetor cartesiano.
Problema 4.11
4.12. Se F1 = {lOOi - l20j + 75k} N e F2 = {- 200i + 250j
+ 1 OOk} N, determine o momento resultante produzido por
essas forças em relação ao ponto O. Expresse o resultado
como um vetor cartesiano.
z
Problema 4.12
4.7. Se o momento produzido pela força de 4 kN em relação
ao ponto A é I O kN · m no sentido horário, determine o
ângulo e, onde 0° ~ (} ~ 90°.
1----3m ----1
Problemas 4.6/ 7
*4.8. O cabo do martelo está sujeito à força de F= 100 N.
Determine o momento dessa força em relação ao ponto A.
•4.9. Para arrancar o prego em B, a força F exercida sobre
o cabo do martelo precisa produzir um momento no sentido
horário de 60 N · m em relação ao ponto A. Determine a
intensidade necessária da força F.
Problemas 4.8/ 9
I 98 I Estática
4.10. O cubo da roda pode ser conectado ao eixo com
deslocamento negativo (esquerda) ou com deslocamento
positivo (direita). Se o pneu está sujeito âs cargas normal e
radial conforme mostrado, detennine o momento resultante
dessas cargas em relação ao ponto O no eixo para os dois
casos.
~ (/
f.f'
~ 0,05 111
r-
o ,05 m . I ,.----0 -v ~ o
c
~._
0,4 m ~ 0,4 m
<?' ~
\. ) "
~
800 N 800
4kN 4k
Caso 1 Caso 2
Problema 4.1 O
4.11. O membro está sujeito a uma força F = 6 kN. Se
8 = 45°, determine o momento produzido por F em relação
ao ponto A.
•4.12. Determine o ângulo () (0° S e < 180°) da torça F de
modo que ela produza um momento máximo e um momento
mínimo em relação ao ponto A. Além disso, quais são as
intensidades desses momentos máximo e mínimo?
•4.13. Determine o momento produzido pela força F em
relação ao ponto A em função do ângulo e. Construa o
gráfico de M,~ em função de O, onde 0° S OS 180°.
1,5 m
F • 6kN
6m
Problemas 4.11 / 12/ 13
4.14. Sérios danos ao pescoço podem ocorrer quando um
jogador de futebol americano é atingido na proteção de rosto
de seu capacete da maneira mostrada, causando um
mecanismo de guilhotina. Determ.ine o momento da força
do joelho P = 250 N em relação ao ponto A. Qual seria a
intensidade da força do pescoço F de modo que ela forneça
o momento neutralizante em relação a A?
P = 250 N
Problema 4.14
4.15. A força do tendão de Aquiles F, = 650 N é mobilizada
quando o homem tenta ficar na ponta dos pés. Quando isso
é feito, cada um de seus pés fica sujeito a uma força reativa
N1 = 400 N. Determine o momento resultante de F, e N1 em
relação â articulação do tornozelo A.
•4.16. A força do tendão de Aquiles F, é mobilizada quando
o homem tenta ficar na ponta dos pés. Quando isso é feito,
cada um de seus pés fica sujeito a uma força reativa
N, = 400 N. Se o momento resultante produzido pelas forças
F, e N, em relação â articulação do tornozelo A precisa ser
igual a zero, determine a intensidade de F,.
F,
200mm
65mm N1 = 400N
Problemas 4.1 S/ 16
•4.17. Os dois garotos empurram o portão com forças de
F8 = 250 N e~ = 150 N como mostrado. Determine o
momento de cada força em relação a C. Em que sentido
o portão girará, horário ou anti-horário? Despreze a espessura
do portão.
4.18. Dois garotos empurram o portão conforme mostrado. Se
o garoto em 8 exerce uma força F8 = 150 N, determine a
intensidade da força FA que o garoto em A precisa exercer para
impedir que o portão gire. Despreze a espessura do portão.
1----1 ,8 m ----l-0,9 m
A
Problemas 4.17/ 18
4.19. As pinças são usadas para prender as extremidades do
tubo de perfuração P. Detennine o Iorque (momento) MP que
a força aplicada F = 750 N exerce sobre o tubo em relação
ao ponto P como uma função de e. Represente graficamente
esse momento Mp em função de e para O :::; e:::; 90°.
*4.20. As pinças são usadas para prender as extremidades
do tubo de perfuração P. Se um torque (momento)
Mp = 1200 N · m é necessário em P para girar o tubo,
determine a força que precisa ser aplicada no cabo da pinça
F. Considere e = 30°.
F
150mm
~------1075mm------~
Problemas 4.19/ 20
•4.21. Determine a direção e (0° :::; e :::; 180°) da força F de
modo que ela produza o momento máximo em relação ao
ponto A. Calcule esse momento.
4.22. Determine o momento da força F em relação ao ponto
A como uma função de 0. Represente os resu ltados de M
(ordenada) em função de e (abscissa) para 0° < e < 180°.
4.23. Detennine o momento tnirúmo produzido pela força F
em relação ao ponto A. Especifique o ângulo e (0° <O< 180°).
F ; 400N
2m
A l
~-----3 m---------1
Problemas 4.21 / 22/ 23
Capítulo 4 Resultantes de um sistema de forças I 99 I
*4.24. A fim de erguer o poste de iluminação a partir da posição
mostrada, a força F é aplicada ao cabo. Se F = I 000 N,
detennine o momento produzido por F em relação ao ponto A.
•4.25. A fim de erguer o poste de iluminação a partir da
posição mostrada, a força F no cabo deve criar um momento
de 2250 N · m no sentido anti-horário em relação ao ponto A.
Detennine a intensidade de F que precisa ser aplicada ao cabo.
8
6m
Problemas 4.24/ 25
4.26. A região do pé está sujeita à contração dos dois
músculos plantarflexor. Determine o momento de cada força
em relação ao ponto de contato A no chão.
F2 = 150 N
mrn
25 rnm '-"-+- 1! r ,5 nml
Problema 4.26
4.27. A força de 70 N age no final do tubo B. Determine
(a) o momento dessa força em relação ao ponto A e (b) a
intensidade e a direção de uma força horizontal, aplicada em
C, que produz o mesmo momento. Considere e = 60°.
*4.28. A força de 70 N age na extremidade do tubo em 8.
Determine os ângulos e (0° < e< 180°) da força que produzirá
os momentos máximo e mínimo em relação ao ponto A.
Quais são as intensidades desses momentos?
A
0.9 m
70 N
i=
,..........,,,,..... -,........,, --------., ~'"\8
c !lf
I-o.3 n1 O, 7 m
Problemas 4.27/ 28
100 I Estática
•4.29. Determine o momento de cada força em relação ao
parafuso localizado em A. Considere F8 = 200 N, F c= 250 N.
4.30. Se F8 = 150 N e Fc = 225 N, determine o momento
resultante em relação ao parafuso localizado em A.
Problemas 4.29130
4.31. A barra no mecanismo de controle de potência de um
jato comercial está sujeita a uma força de 80 N. Determine
o momento dessa força em relação ao mancai em A.
80 N
Problema 4.3 I
*4.32. O cabo de reboque exerce uma força P = 4 kN na
extremidade da lança do guindaste de 20 m de comprimento.
Se f) = 30°, determine o posicionamento x do gancho em A
para que essa força crie um momento máximo em relação
ao ponto O. Qual é esse momento?
•4.33. O cabo de reboque exerce uma força P = 4 kN na
extremidade da lança do guindaste de 20m de comprimento.
Se X = 25 m, determine a posição e da lança para que essa
força crie um momento máximo em relação ao ponto O.
Qual é esse momento?
P=4kN
Problemas4.32133
4.34. A flm de manter o carrinho de mão na posição
indicada, a força F deve produzir um momento anti-horário
de 200 N · m em relação ao eixo A. Detem1ine a intensidade
necessária da força F.
4.35. O carrinho de mão e seu conteúdo possuem uma massa
de 50 kg e um centro de massa em G. Se o momento
resultante produzido pela força F e o peso em relação ao
pornto A deve ser igual a zero, detennine a intensidade
necessá1ia da força F.
*4.36. O carrinho de mão e seu conteúdo possuem centro
de massa em G. Se F = I 00 N e o momento resultante
produzido pela força F e o peso em relação ao eixo A é zero,
determine a massa do carrinho e de seu conteúdo.
Problemas 4.34135136
•4.31. Detennine o momento produzido por F1 em relação
ao ponto O. Expresse o resultado como um vetor cartesiano.
4.38. Detennine o momento produzido por F2 em relação
ao ponto O. Expresse o resultado como um vetor cartesiano.
4.39. Detennine o momento resultante produzido pelas duas
forças em relação ao ponto O. Expresse o resultado como
um vetor cartesiano.
X
F2 = {- !Oi - 30j + 50k} N
Problemas 4.37138139
*4.40. Detenninc o momento produzido por F8 em relação
ao ponto O. Expresse o resultado como um vetor cartesiano.
•4.41. Determine o momento produzido por Fc em relação
ao ponto O. Expresse o resultado como um vetor cartesiano.
4.42. Determine o momento resultante produzido pelas
forças F 8 e F c em relação ao ponto O. Expresse o resultado
como um vetor cartesiano.
-
= 780N
Problemas 4.40 I 4 I I 4 2
4.43. Determine o momento produzido por cada força em
relação ao ponto O localizado na broca da furadeira. Expresse
o resultado como um vetor cartesiano.
--
L---~~~-~ mm
FA = (- 40i - IOOj - 60k} ----r--)'
150mm
F8 = {- 50i - 120j + 60k} N
Problema 4.43
•4.44. Uma força F = {6i 2j + I k} kN produz um momento
M0 = {4i + Sj 14k} kN · m em relação a origem das
coordenadas, o ponto O. Se a força age em um ponto tendo
uma coordenada x de x = I m, detennine as coordenadas y e z.
•4.45. Oencanamentoestásujeitoà forçade80N. Determine
o momento dessa força em relação ao ponto A.
4.46. O encanamento está sujeito à força de 80 N. Determine
o momento des a força em relação ao ponto B.
)'
Problemas 4.45/ 46
4.47. A força F = { 6i + 8j + I Ok} N cria um momento em
relação ao ponto O de M 0 = {- 14i + 8j + 2k} N · m. Se a
força passa por um ponto tendo uma coordenada x de I m,
determine as coordenadas y e = do ponto. Além disso,
observando que M0 = Fd, determine a distância d do ponto
O à linha de ação de F.
Capítulo 4 Resultantes de um sistema de forças I 101
--
F
lm
I'
\
Problema 4.47
•4.48. A força F age perpendicularmente ao plano inclinado.
Determine o momento produzido por F em relação ao ponto
A. Expresse o resultado como um vetor cartesiano.
•4.49. A força F age perpendicularmente ao plano inclinado.
Determine o momento produzido por F em relação ao ponto
8. Expresse o resultado como um vetor cartesiano.
~A
3 m
F = 400N
X )'
Problemas 4.48/ 49
4.50. Uma força horizontal de 20 N é aplicada perpen-
dicularmente ao cabo da chave de soquete. Determine a
intensidade c os ângulos de direção coordenados do momento
criados por essa força em relação ao ponto O.
Problema 4.50
Momento de uma forca em relacão a um eixo --
especificado , ,
Algumas vezes, o momento produzido por uma força em relação a um eixo
especificado precisa ser determinado. Por exemplo, suponha que a porca em O no
pneu do carro na Figura 4.20a precisa ser solta. A força aplicada na chave criará uma
tendência para a chave e a porca girarem em tomo do eixo do momento que passa
por O; no entanto, a porca só pode girar em tomo do eixo y. Portanto. para determinar
o efeito de rotação, apenas a componente y do momento é necessária, e o momento
total produzido não é importante. Para determinar essa componente, podemos usar
uma análise escalar ou vetorial.
Eixo do momento
(a)
figura 4.20
102 I Estática
Se for suficientemente grande, o forço
do cobo f no lenço deste guindaste
pode fazer o guindaste tambor. Poro
investigar isso, o momento do forço
preciso ser calculado em relação ao
eixo passando pelo bose dos pernas
em A e 8.
(/
I
Uol
Eixo de projeção
Figura 4.21
Análise escalar
Para usar uma análise escalar no caso da porca da roda na Figura 4.20a, a distância
perpendicular do braço do momento a partir do eixo da tinha de ação das forças é
d)' = d cos e. Assim, o momento de F em relação ao eixo y é ~· = F~· = F(d cos B).
Segundo a regra da mão direita, M,,. está direcionado ao longo do eixo positivo y, como
mostra a figura. Em geral, para qualquer eixo a, o momento é:
(4. 1 O)
Análise vetorial
Para determinar o momento da força F na Figura 4.20b em relação ao eixo y
usando urna análise vetorial, precisamos primeiro determinar o momento da força em
relação a qualquer ponto O sobre o eixo y aplicando a Equação 4. 7, M 0 = r
F.
A componente M y ao longo do eixo y é a projeçcio de M 0 sobre o eixo y. Ela pode
ser determinada usando-se o produto escalar discutido no Capítulo 2, tal que
M,. = j · M 0 = j · (r X F), onde j é o vetor unitário para o eixo y.
(b)
Figura 4.20
y
Podemos general izar esse método fazendo U 0 ser o vetor unitário que especifica
a direção do eixo a mostrado na Figura 4.21. Assim, o momento de F em relação ao
eixo é M" = U0 • (r X F). Essa combinação é chamada de produto triplo escalar. Se
os vetores forem escritos na forma cartesiana, temos:
i j k
M, = [ u.) + u.) + u0< k] · ~~ '>· ~~
~F, F;
= U0x(t"yf; - 1;, F,)- U0,.{ 1~f; - 1;,~) + U0: (t~F,- r;.~)
Esse resultado também pode ser escrito na forma de um determinante, tomando-o
mais fácil de memorizar.*
onde:
llu ' u(l ' u.
1' J' :
M = u ·(r x F)= (I O
u.x u.J' u.:
'·~ 'J· t;
~ F. F;
( 4.11)
representam as componentes x, y, z do vetor unitário definindo na
direção do eixo a
representam as componentes x, y, z do vetor posição definido a
partir de qualquer ponto O sobre o eixo a até qualquer ponto A
sobre a linha de ação da força
representam as componentes x, y, z do vetor de força.
• Arranje um tempo para expandir este detem1inante e mostrar que ele produzirá o resultado anterior.
Capítulo 4 Resultantes de um sistema de forças 103 I
Quando Mu é calculado a partir da Equação 4.11, ele produzirá um escalar positivo
ou negativo. O sinal desse escalar indica o sentido da direção de M. ao longo do
eixo a. Se ele for positivo, então M. terá o mesmo sentido de u. , enquanto, se for
negativo, Mu agirá opostamcnte a u •.
Uma vez queM. é dctem1inado, podemos expressar M. como um vetor cartesiano,
a saber,
( 4 .12)
Os exemplos que se seguem ilustram aplicações numéricas dos conceitos anterior.
Pontos importantes
• O momento de uma força em relação a um eixo especificado pode ser
determinado desde que a distância perpendicular d. a partir da linha de ação
da força até o eixo possa ser detenninada. M. = Fd11•
• Se usarmos análise vetorial, Ma = U11 • (r X F), onde u. define a direção do
eixo e r é definido a partir de qualquer ponto sobre o eixo até qualquer ponto
sobre a linha de ação da força.
• Se M. é calculado como um escalar negativo, então o sentido da direção de
M . é oposto a u,..
• O momento M., expresso como um vetor cartesiano é determinado a partir de
~~. = M.u11•
Exemplo 4.7
Determine o momento resultante das três forças na Figura 4 .22 em relação ao eixo x,
. . ao eiXO y C ao CIXO Z.
-SOLUCAO
•
Uma força que é paralela a um eixo coordenado ou possui uma linha de ação que
passa pelo eixo não produz qualquer momento ou tendência para girar em torno desse
eixo. Portanto, definindo o sentido positivo do momento de uma força conforme a
regra da mão direita, como mostrado na figura, temos:
M, = (600 N) (0,2 m) + (500 N) (0,2 m) + O = 220 N · m
M,. = O- (500 N) (0,3 m) - (400 N) (0,2 m) = 230 · m
M: = O+ O- (400 N) (0,2 m) = - 80 N · m
Os sinais negativosindicam que My e M: agem nas direções - y e - z, respectivamente.
Exemplo 4.8
Determine o momento M_.8 produzido pela força F na Figura 4.23a, que tende a girar
o tubo em relação ao eixo AB.
-SOLUÇAO
Uma análise vetorial usando MJ8 = u8 · (r X F) será considerada para a solução
em vez de tentarmos encontrar o braço do momento ou a distância perpendicular
da linha de ação de F ao eixo AB. Cada um dos termos na equação será agora
identificado.
X
Figura 4.22
0,2 m
T
0,3 m
A
J.!f-'-'--~~-:.1'
(a)
Figura 4.23
I 104 I Estática
F
X
'+-A...;., ___ y
(b)
Figura 4.23
z
(a)
(b)
Figura 4.24
O vetor unitário u8 define a direção do eixo AB do tubo (Figura 4.23b), onde:
- ro - {0,4i + 0,2j} m - O 8944' O 4472'
U8 - - , - , I + , J
18 J (0, 4 mr + (0,2 mf
O vetor r é direcionado de qualquer ponto sobre o eixo AB a qualquer ponto sobre
a linha de ação da força. Por exemplo, os vetores posição rc e r0 são adequados
(Figura 4.23b). (Embora não mostrado, r 8c ou r80 também podem ser usados.) Para
simplificar, escolhemos r0 , onde:
r0 = {0,6i} m
A força é:
F = {-300k} N
Substituindo esses vetores na fonna do detenninante e expandindo, temos:
0,8944 0,4472 o
MA8 = u8 ·(r0 X F) = 0,6 O O
o o -300
= 0,8944[0(-300)- 0(0)] - 0,4472[0,6(-300) - 0(0)]
+ 0[0,6(0) - O( O)]
= 80 50 N · m ,
Esse resultado positivo indica que o sentido de M;~8 está na mesma djrcção de u8 .
Expressando M;~8 como vetor cartesiano, temos:
M..,8 = M,11"u8 = (80,50 N · m)(0,8944i + 0,4472j )
= {72,0i + 36,0j}N · m
O resultando é mostrado na Figura 4.23b.
NOTA: Se o eixo AB fosse definido usando um vetor unitário direcionado de
8 para A, então, na fommlação anterior, - uB precisaria ser usado. Isso resultaria em
MAJJ = - 80,50 N · m. Consequentemente, M118 = M;~o(-u8) e o mesmo resultado seria
obtido.
Exemplo 4.9
Dete1mine a intensidade do momento da força F em relação ao segmento OA do
encanamento na Figura 4.24a.
-SOLUCAO •
O momento de F em relação a OA é determinado por MoA = u0A · (r X F), onde r é
o vetor posição estendendo-se de qualquer ponto sobre o eixo OA a qualquer ponto
sobre a linha de ação de F. Como indicado na Figura 4.24b, qualquer um entre r 00,
r oc. r ..,0 ou r AC pode ser usado; entretanto, r 00 será considerado porque ele simplificará
o cálculo.
O vetor unitário u0 A, que especifica a direção do eixo OA, é:
rOA {0,3i + 0,4j} m O 6. O 8. u - - - •+ J
oA - roA - ../(0,3 m? + (0, 4 m? - ' '
. - . e o vetor postçao r 00 e:
r00 = {0,5i + 0,5k} m
A força F expressa como vetor cartesiano é:
F = F( ~~: )
= (300 N)[ {0,4i - 0,4j + 0,2k} m ]
./(0,4 m)2 + ( -0,4 mf + (0,2 mf
= {200i - 200j + IOOk} N
Capítulo 4 Resultantes de um sistema de forças I 105 I
Logo,
Mo,~ = UoA · ( roo X F)
0,6 0, 8 o
= 0,5 o 0,5
200 - 200 100
= 0,6[0(100)- (0,5)(- 200)] - 0, 8[0,5(100)- 0,5(200)] +o
= 100 N · m
Problemas fundamentais
4.13. Determine a intensidade do momento da força
F = {300i - 200j + 150k} N em relação ao eixo x. Expresse
o resultado como vetor cartesiano.
4.14. Determine a intensidade do momento da força
F = {300i - 200j + 150k} Nem relação ao eixo OA. Expresse
o resultado como vetor cartesiano.
0,3 m
~
X
0,4 m
z
o
F 8
Problemas 4.13/ 14
4.15. Detem1ine a intensidade do momento da força de 200
em relação ao eixo x.
z
0,3 m F= 200 N
0,25 rn
X
y
Problema 4.1 S
4.16. Detennine a intensidade do momento da força em
relação ao eixo y.
F = {30i - 20j + 50k} N
A 1 4
2 m
Problema 4.16
4.17. Determine o momento da força F = { 50i - 40j + 20k} N
em relação ao eixo AB. Expresse o resultado como vetor
cartesiano.
z
y
Problema 4.17
4.18. Determine o momento da força F em relação aos eixos
x, y e z. Use uma análise escalar.
-•
3m
y
Problema 4.18
F= 500
106 I Estática
4.51. Determine o momento produzido pela força F em
relação à diagonal AF do bloco retangular. Expresse o
resultado como um vetor cartesiano.
*4.52. Determine o momento produzido pela força F em
relação à diagonal OD do bloco retangular. Expresse o
resultado como um vetor cartesiano.
F = {-6i + 3j + !Ok} N
Problemas 4.51 I 52
•4.53. A Ferramenta é usada para fechar válvulas de gás que
são dificeis de acessar. Se a Força F é aplicada no cabo,
determine a componente do momento criada em relação ao
eixo z da válvula.
Problema 4.53
4.54. Determine a intensidade dos momentos da força F em
re lação aos eixos x, y e z. Resolva o problema (a) usando
uma abordagem de vetor cartesiano e (b) usando uma
abordagem escalar.
4.55. Determine o momento da Força F em relação ao eixo
que se estende entre A e C. Expresse o resultado como um
vetor cartesiano.
z
F = {4i + 12j - 3k} k.N
Problemas 4.54/ 55
*4.56. Determine o momento produzido pela força F em
relação ao segmento AB do encanamento. Expresse o
resultado como um vetor cartesiano.
F = {- 20i + IOj + l5k)
4m
,.
Problema 4.56
•4.57. Determine a intensidade do momento que a Força F
exerce sobre o eixo y da manivela. Resolva o problema
usando uma abordagem de vetor cartesiano e usando uma
abordagem escalar.
Problema 4.57
4.58. Se F = 450 N, determine a intensidade do momento
produzido por essa força sobre o eixo x.
4.59. O atrito na luva A pode fornecer um momento de
resistência máximo de 125 N · m em relação ao eixo x.
Detennine a maior intensidade da força F que pode ser
aplicada no braço de modo que ele não gire.
z
~ x 300 mm
Problemas 4.58/ 59
•4.60. Determine a intensidade do momento produzido pela
força F= 200 Nem relação ao eixo da dobradiça (o eixo x)
da porta.
z
f
~ F = 200N
2 m
X
Problema 4.60
•4.61. Se a tração no cabo é F = 700 N, determine a
intensidade do momento produzido pela força em relação ao
eixo da dobradiça, CD, do painel.
4.62. Determine a intensidade da força F no cabo AB a ftm
de produzir um momento de 750 N · m em relação ao eixo
da dobradiça, CD, necessária para manter o painel na posição
mostrada.
z
y
Problemas 4.61 / 62
4.63. A estrutura na fonna de um A está sendo suspensa
para uma posição ereta pela força vertical F = 400 N.
Detennine o momento dessa força em relação ao eixo y'
passando pelos pontos A e B quando a estrutura está na
posição mostrada.
•4.64. A estrutura na forma de um A está sendo suspensa
para uma posição ereta pela força vertical F = 400 N.
Determine o momento dessa força em relação ao eixo x
quando a estrutura está na posição mostrada.
•4.65. A estnrtura na forma de um A está sendo suspensa
para uma posição ereta pela força vertical F = 400 N.
Determine o momento dessa força em relação ao eixo y
quando a estrutura está na posição mostrada.
z
F
c
'> y
X y'
Problemas 4.63/ 64/ 65
Capítulo 4 Resultantes de um sistema de forças 101 I
4.66. A chave de boca articulável está sujeita a uma força
de P = 80 N, aplicada perpendiculannente ao cabo, como
mostra a figura. Determine o momento ou torque que isso
impõe ao longo do eixo vertical do parafuso em A.
4.67. Se um torque ou momento de I O N · m é necessário
para afrouxar o parafuso em A, determine a força P que
precisa ser aplicada perpendicularmente ao cabo da chave
de boca articulável.
Problemas 4.66/ 67
•4.68. A tubulação é fixa na parede pelas duas abraçadeiras.
Se o vaso de planta possui um peso de 250 , determine a
intensidade do momento produzido pelo peso em relação ao
eixo OA.
•4.69. A tubulação é fixa na parede pelas duas abraçadeiras.
Se a força de atrito das abraçadeiras pode resistir a um
momento máximo de 225 N · m, determine o maior peso do
vaso de planta que pode ser suportado pela tubulação sem
pennitir que ela gire em relação ao eixo OA.
X
• .
Problemas 4.68/ 69
y
4.70. Uma força vertical F = 60 N é aplicada no cabo da
chave inglesa. Determine o momento que essa força exerce
ao longo do eixo AB (eixo x) do encanamento. Tanto a chave
quanto o encanamento ABC estão situados no plano x-y.
Sugestão:Use uma análise escalar.
108 I Estática
z
4.71. Determine a intensidade da força vertical F agindo
sobre o cabo da chave inglesa de modo que essa força
produza uma componente do momento ao longo do eixo AB
(eixo x) do encanamento de (MA).• = {- Si} N · m. Tanto a
chave quanto o encanamento ABC estão situados no plano
x- y. Sugestão: Use uma análise escalar.
F
- f
Figura 4.25
F
o
Figura 4.26
Figura 4.27
Problemas 4.70/ 71
Momento de um binário
Um binário é definido CQmo duas forças paralelas que têm a mesma intensidade,
mas direções opostas, e são separadas por uma distância perpendicular d (Figura 4.25).
Como a força resultante é zero, o único efeito de um binário é produzir uma rotação
ou tendência de rotação em uma direção específica. Por exemplo, imagine que você
está dirigindo um carro com as duas mãos no volante e está fazendo uma curva. Uma
mão vai empurrar o volante para cima enquanto a outra mão o empurra para baixo, o
que faz o volante girar.
O momento produzido por um binário é chamado de momento de um binário.
Podemos determinar seu valor encontrando a soma dos momentos das duas forças
que compõem o binário em relação a qualquer ponto arbitrário. Por exemplo, na
Figura 4.26, os vetores posição r A e r8 estão direcionados do ponto O para os pontos
A e 8 situados na linha de ação de - F e F. Portanto, o momento do binário em
relação a O é
Entretanto,
M = r8 X F + r A X - F = (r8 - rA) X F
r8 =!I' A+ r ou r = r8 - r A, tal que
M = r X F ( 4.13)
Isso indica que o momento de um binário é um vetor livre, ou seja, ele pode agir
em qualquer ponto, já que M depende apenas do vetor posição r direcionado entre
as forças e não dos vetores posição r A e r8 direcionados do ponto arbitrário O até as
forças. Esse conceito é djferente do momento de uma força, que requer um ponto
(ou eixo) definido em relação ao qual os momentos são determinados.
Formulacão escalar
'
O momento de um binário M (Figura 4.27) é definido como tendo uma
intensidade de:
(4.14)
onde F é a intensidade de uma das forças e d é a distância perpendicular ou braço
do momento entre as forças. A direçcio e sentido do momento de um binário são
determinados pela regra da mão direita, onde o polegar indica essa direção quando
os dedos estão curvados no sentido da rotação causada pelas forças do binário. Em
todos os casos, M agirá perpendiculannente ao plano que contém essas forças.
Capítulo 4 Resultantes de um sistema de forças
Formulacão vetorial
'
O momento de um binário também pode ser expresso pelo produto vetorial usando
a Equação 4.13, ou seja,
( 4.15)
A aplicação dessa equação é facilmente lembrada quando se pensa em tomar os
momentos das duas força em relação a um ponto situado na linha de ação de uma
das forças . Por exemplo, c momentos são tomados em relação ao ponto A na Figura
4.26, o momento de - F é =ero em relação a esse ponto, e o momento de F é definido
através da Equação 4.15. Assim, na formulação, r é multiplicado vetorialmente pela
força F para a qual está direcionado.
Binários equivalentes
Se dois binários produzem um momento com a mesma intensidade e direção, então
esses dois binários são equivalentes. Por exemplo, os dois binários mostrados na Figura
4.28 são equivalentes porque cada momento de binário possui uma intensidade de
M = 30 N (0,4 m) = 40 N (0,3 m) = 12 N · m, e cada um é direcionado para o plano
da página. Observe que, no segundo caso, forças maiores são necessárias para criar o
mesmo efeito de rotação, pois as mãos estão posicionadas mais próximas uma da
outra. Além disso, se a roda estivesse conectada ao eixo em um ponto que não o seu
centro, a roda ainda giraria quando cada binário fosse aplicado, já que o binário de
12 N · m é um vetor livre.
Figura 4.28
Momento de binário resultante
Como os momentos de binário são vetores, sua resultante pode ser determinada
pela adição vetorial. Por exemplo, considere os momentos de binário M 1 e M2 agindo
sobre o tubo na Figura 4.29a. Como cada momento de binário é um vetor livre,
podemos unir suas origens em qualquer ponto arbitrário e encontrar o momento de
binário resultante, MR = M1 + M2, como mostra a Figura 4.29b.
Se mais de dois momentos de binário agem sobre o corpo, podemos generalizar
esse conceito e escrever a resultante vetorial como:
MR = L(r X F) ( 4.16)
Esses conceitos são ilustrados numericamente nos exemplos que se seguem. Em
geral, problemas projetados em duas dimensões devem ser resolvidos u ando uma
análise escalar, já que os braços do momento e as componentes das forças são fáceis
de determinar.
(a)
(b)
Figura 4.29
109 I
110 I Estática
Os volontes nos automóveis têm se
tornodo menores do que nos veículos
mo is ontigos porque o direção
moderno não exige que o motorista
oplique um gronde momento de
binário no oro do volonte.
Pontos importantes
• Um momento de binário é produzido por duas forças não colincares que são
iguais em intensidade, mas com direções opostas. Seu efeito é produz ir rotação
pura, ou tendência de rotação em uma direção específica.
• Um momento de binário é um vetor livre c, consequentemente, causa o mesmo
efeito rotacional em um corpo, independentemente de onde o momento de
binário é aplicado ao corpo.
• O momento das duas forças de binário pode ser determinado em relação a
qualquer ponto. Por conveniência, esse ponto normalmente é escolhido na
linha de ação de uma dias forças a fim de eliminar o momento dessa força em
relação ao ponto.
• Em três dimensões, o momento de binário geralmente é determinado usando
a fonnulação vetorial, M = r X F, onde r é direcionado a partir de qualquer
ponto sobre a linha de ação de uma das forças até qualquer ponto sobre a
linha de ação da outra força F.
• Um momento de binário resultante é simplesmente a soma vetorial de todos
os momentos de binário do sistema.
Exemplo 4.10
Determine o momento de binário resultante dos três binários agindo sobre a chapa
na Figura 4.30.
F1 = 200 N
- d1 = 0,4 m
•
F1 = 200 N
Figura 4.30
-SOLUCAO
•
Como mostra a figura, as distâncias perpendiculares entre cada binário das três forças
são d1 = 0,4 m, d2 = 0,3 m e d3 = 0,5 rn. Considerando momentos de binário anti-
-horários como positivos, temos:
\. + MR = L.M; MR =- F; da+ FA- F;d;
= (-200 N )(0,4 m) + (450 N )(0,3 m)- (300 N )(0,5 m)
= - 95 N · m = 95 N · m \
O sinal negativo indica que MR tem um sentido rotacional horário.
Capítulo 4 Resultantes de um sistema de forças I 111 I
Exemplo 4.11
Determine a intensidade c a direção do momento de binário agindo sobre a engrenagem
na Figura 4.3 1 a.
F 600
(a)
-
600 sen Jo•
(b)
Figura 4.31
A 600cos 30
SOLUCAO
•
A solução mais fáci l requer a decomposição de cada força em suas componentes,
como mostra a Figura 4.3 1 b. O momento de binário pode ser determinado somando-se
os momentos dessas componentes de força em relação a qualquer ponto. por exemplo,
o centro O da engrenagem ou o ponto A. Se considerarmos momento anti-horários
como po itivos, temos:
ou
+ M = 'LMc;. M = (600 cos 30° )(0,2 m)- (600 sen 30° }(0,2 m)
= 43,9 · m ./
+ M = 'LM,.; M = (600 cos 30° )(0,2 m)- (600 sen 30° )(0,2 m)
=43,9 · m ./
Esse resultado positivo indica que M tem um sentido rotacional anti-horário, estando,
portanto, direcionado para fora , perpendicularmente à página.
NOTA: O mesmo resultado também pode ser obtido usando M = Fd, onde d é a
distância perpendicular entre as linhas de ação das forças d!o binário (Figura 4.31 c).
Entretanto, o cálculo para d é mais complexo. Observe que· o momento de binário é
um vetor livre c pode agir em qualquer ponto na engrenagem e produzir o mesmo
efeito de rotação em relação ao ponto O.
Exemplo 4.12
Determine o momento de binário agindo sobre o tubo mostrado na Figura 4.32a. O
segmento AB está direcionado 30° abaixo do plano x- y .
- .
SOLUCAO I (ANALISE VETORIAL)
•
O momento das duas forças do binário podeser determinado em relação a qualquer
ponto. Se o ponto O é considerado (Figura 4.32b), então temos:
l\1 = r~x(-250k)+ r8 X(250k}
= (0,8j ) X ( -250k) + (0,6cos30°i + 0,8j - 0,6 sen 30°k ) X (250k}
=- 200i - 129,9j + 200i
= {-130j }N · m
(c)
z
250N
--
250 I
X
(b)
Figura 4.32
I 112 I Estática
•
z E mais fácil tomar momentos das forças do binário em relação a um ponto situado
X
250 N
(c)
z
X
250 N
sobre a linha de ação de uma das forças, por exemplo, o ponto A (Figura 4.32c).
Nesse caso, o momento da força em A é zero, tal que:
M = rA8 X(250k)
= (0, 6cos 30°i - O, 6 sen 30°k) X (250k)
={- 130j} · m
SOLUCÃO 11 (ANÁLISE ESCALAR)
•
Embora este problema seja mostrado em três dimensões, a geometria é simples o
bastante para usar a equação escalar M = Fd. A distância perpendicular entre as linhas
de ação das forças do binário é d = 0,6 cos 30° = 0,5196 m (Figura 4.32d). Portanto,
calcular os momentos das forças em relação ao ponto A ou ponto B resulta:
250N M = Fd = 250 N (0,5196 m) = 129,9 N · m
A Aplicando a regra da mão direita, M age na direção - j. Logo,
~ ......_y M = {-130j } N · m
(d)
Figura 4.32
;&
3
M1 = 60 N · m
(b)
(c)
Figura 4.33
Exemplo 4.13
Substitua os dois binários agindo sobre a coluna de tubo na Figura 4.33a por um
momento de binário resultante.
X
(a)
SOLUCÃO (ANÁLISE VETORIAL)
•
O momento de binário M 1, desenvolvido pelas forças A e B, pode facilmente ser
determinado a partir de uma formulação escalar.
M1 = Fd = 150 N(0,4 m) = 60 N · m
Pela regra da mão direita, M 1 age na direção +i (Figura 4.33b). Portanto,
M1 = {60i} N · m
A análise vetorial será usada para determinar M 2, gerado pelas forças em C e D. Se os
momentos forem calculados em relação ao ponto D (Figura 4.33a), M2 = roc X F0
então:
M 2 = roc X Fc = (0,3i)x[ l25(f)j - 125(})k]
= (0,3i)X[I00j - 75k] = 30(i Xj ) - 22, 5(i X k)
= {22,5j + 30k} N · m
Como M1 c M 2 são vetores livres, eles podem ser movidos para algum ponto arbitrário
e somados vetorialmente (Figura 4.33c). O momento de binário resultante toma-se:
MR = M , + M2 = {60i + 22,5j + 30k} N . m
Problemas fundamentais
4.19. Detennine o momento de binário resultante que age
sobre a viga.
400 N 400 N
~
A
,
200N
r~
- l 0,2 ~11 -' 200 N
3m 2m
Ir
300 300 N
Problema 4.19
4.20. Determine o momento de binário resultante que age
sobre a chapa triangular.
200N 150
0,4 m
200 150 N
1------ 0,4 111 ----- 1
300N 300N
Problema 4.20
4.21. Determine a intensidade de F de modo que o momento
de binário resultante que age sobre a viga seja I ,5 kN · m
no sentido horário.
F
0,9 m
0,3 m
2 kN
- F
Problema 4.21
Capítulo 4 Resultantes de um sistema de forças 113 I
4.22. Detennine o momento de binário que age sobre a viga.
lO kN
A 8
lm
Problema 4.22
4.23. Detennine o momento de binário resultante que age
sobre o encanamento.
(M)1 ~ 450 N · m
z
0.35 m
X
y
Problema 4.23
4.24. Determine o momento de binário que age sobre o
encanamento e expresse o resultado como um vetor car-
tesiano.
X
F11 ~ 450 N
c
Problema 4.24
114 I Estática
*4.72. Os efeitos do atrito do ar sobre as pás do ventilador
criam um momento de binário M0 = 6 N · m sobre as mesmas.
Determine a intensidade das forças de binário na base do
ventilador de modo que o momento de binário resultante no
ventilador seja zero.
- F 1- 1-1 F
0,15 1n 0, 15 1n
Problema 4.72
•4.73. Determine a intensidade necessária dos momentos de
binário M 2 e M 3 de modo que o momento de binário
resultante seja zero.
M1= 300 N · m
Problema 4.73
4.74. O rodízio está sujeito aos dois binários. Determine as
forças F que os rolamentos exercem sobre o eixo de modo
que o momento de binário resultante sobre o rodízio seja zero.
1J uu N
mm
mm
SOON
Problema 4.74
4.75. Se F = 2000 N, determine o momento de binário
resultante.
*4.16. Detennine a intensidade necessá1ia da força F se o
momento de binário resultante na estrutura for 200 N · m,
horário.
Problemas 4.75/ 76
-4.77. O piso causa um momento de binário de MA = 40 N · m
e M 8 = 30 N · m sobre as escovas da enceradeira. Determine
a i.ntensidade das forças do binário que precisam ser
desenvolvidas pelo operador sobre os punhos de modo que
o momento de binário resultante sobre a enceradeira seja
zero. Qual é a intensidade dessas forças se a escova em B
para repentinamente de modo que M8 = O?
m
- F
Problema 4.77
4.78. Se B = 30°, determine a intensidade da força F tal que
o momento de binário resultante seja 100 N · m, horário.
4.79. Se F= 200 N, determine o ângulo B necessário para
que o momento de binário resultante seja zero.
300N
Problemas 4.78/ 79
•4.80. Dois binários agem sobre a viga. Determine a
intensidade de F de modo que o momento de binário
resultante seja 450 N · m anti-horário. Onde atua na viga o
momento de binário resultante?
2000 N - F
F
1--- 0,2 m ---1
Problema 4.80
•4.81. A corda passando por dois pinos A e 8 do quadro está
sujeita a uma tração de I 00 N. Detennine a tração P necessária
que age sobre a corda que passa pelos pinos C e D de modo
que o binário resultante produzido pelos dois binários seja
15 N · m agindo no sentido horário. Considere e = 15°.
4.82. A corda passando por dois pinos A e 8 do quadro está
sujeita a uma tração de I 00 N. Determine a tração P mínima
e a orientação O da corda passando pelos pinos C e D de
modo que o momento de binário resultante produzido pelas
duas cordas seja 20 N · m, horário.
c 300 mm
o
- P
300 111111
A D
Problemas 4.81 / 82
4.83. Um dispositivo chamado rolamite é usado de várias
maneiras para substituir o movimento de deslizamento pelo
de rolamento. Se a esteira, que passa entre os rodízios, está
sujeita a uma tração de 15 N, determine as forças reativas N
de cima e de baixo das chapas nos roletes de modo que o
binário resultante agindo sobre os roletes seja igual a zero.
N
25mm
30°
T= 15 N
f ç
N
Problema 4.83
Capítulo 4 Resultantes de um sistema de forças Its I
*4.84. Dois binários agem na mesma viga como ilustrado.
Determine a intensidade de F de modo que o momento de
binário resultante seja 300 N · m anti-horário. Onde atua na
viga o binário resultante?
- F
:---0,4 m----1
I .. 2ooo
0. 1 m
Problema 4.84
•4.85. Determine o momento de binário resultante que age
sobre a viga. Resolva o problema de duas maneiras: (a) some
os momentos em relação ao ponto O; e (b) some os momentos
em relação ao ponto A.
1----1,5 1,8 m---1
2 kN
2
Problema 4.85
4.86. Dois binários agem sobre o suporte da viga. Se F = 6
kN, determine o momento de binário resultante.
4.87. Determine a intensidade necessária da força F se o
momento de binário resultante sobre a viga deve ser zero.
1--3m -~1--3m --1
Problemas 4.86/ 87
•4.88. Dois binários agem sobre a estrutura. Se o momento
de binário resultante deve ser zero, detennine a distância d
entre as forças do binário de 200 N.
•4.89. Dois binários agem sobre a estrutura. Se d = 1,2 m,
detennine o momento de binário resultante. Calcule a
resultado decompondo cada força em componentes x e y e
(a) encontrando o momento de cada binário (Equação 4. J 3)
e (b) somando os momentos de todas as componentes de
força em relação ao ponto A.
116 I Estática
4.90. Dois binários agem sobre a estrutura. Se d = I ,2 m,
determine o momento de binário resultante. Calcule a
resultado decompondo cada força em componentes x e y e
(a) encontrando o momento de cada binário (Equação 4.13)
e (b) somando os momentos de todas as componentes de
força em relação ao ponto 8.
200
A
m
Problemas 4.88/ 89/ 90
4.91. Se M1 = 500 N · m, M2 = 600 N · m e M3 = 450 N · m,
determine a intensidade e os ângulos de direção coordenados
do momento de binário resu ltante.
•4.92. Determine a intensidade necessária dos momentos de
binário M ., M 2 e M 3 de modo que o momento de binário
resultanteseja MR = {- 300i + 450j - 600k} · m.
z
Problemas 4.91 / 92
•4.93. Se F = 80 N, determine a intensidade e os ângulos
de direção coordenados do momento de binário. A tubulação
se encontra no plano x- y.
4.94. Se a intensidade do momento de binário que age sobre
a tubulação é 50 N · m, detennine a intensidade das forças
de binário apljcadas em cada chave. A tubulação está no
plano x-y.
z
X
y
Problemas 4.93/ 94
4.915. Através dos cálculos de carga, é determinado que a
asa está sujeita aos momentos de binário Mx = 25,5 kN · m
e ~· = 37,5 kN · m. Determine os momentos de binário
resultantes criados em relação aos eixos x' e y'. Todos os
eixos se situam no mesmo plano horizontal.
y
M~ j
........... ,
Problema 4.95
•4.96. Expresse o momento do binário agindo sobre a
estrutura na fonna de um vetor cartesiano. As forças são
aplicadas perpendicularmente à estrutura. Qual é a intensidade
do momento de binário? Considere F = 50 N.
•4.97. Para virar a estrutura, um momento de binário é
aplicado conforme ilustra a figura. Se a componente desse
momento de binário ao longo do eixo x é M .. = {- 20i} N ·
m, determine a intensidade F das forças do binário.
z
y
- F
Problemas 4.96/ 97
4.9'8. Detennine o momento de binário resultante dos dois
binários que agem sobre o encanamento. A distância de A a
8 é d = 400 mm. Expresse o resultado como um vetor
cartesiano.
4.99. Determine a distância dentre A e 8 tal que o momento
de binário resultante tenha uma intensidade de MR = 20 N · m.
z
(35k} N
y
Problemas 4.98/ 99
*4.100. Se M1 = 270 N · m, M2 = 135 N · rn e M3 = 180 · m,
determine a intensidade e os ângulos de direção coordenados
do momento de binário resultante.
Capítulo 4 Resultantes de um sistema de forças 111 I
-4.101. Determine as intensidades dos momentos de binário M 1,
M 2 c M 1 de modo que o momento de binário resultante seja zero.
--
4.103. Determine a intensidade das forças de binário F, e
F2 de modo que o momento de binário resultante que age
sobre o bloco seja zero.
Problemas 4.100/ 101
4.102. Se F1 = 500 N c F2 = I 000 N, determine a intensidade
e os ângulos de direção coordenados do momento de binário
resu ltantc.
Problemas 4.102/ 103
IDJ Simplifica~ão de um sistema de for~as e binários -
Algumas vezes é conveniente reduzir um sistema de forças e momentos de binário
agindo sobre um corpo para uma fonna mais simples substituindo-o por um sistema
equivalente, que consiste de uma força resultante única agindo em um ponto específico
e um momento de binário resultante. Um sistema é equivalente se os efeitos extemos
que ele produz sobre um corpo são iguais aos causados pelo sistema de forças e
momentos de binário original. Nesse contexto, os efeitos externos de um sistema se
referem ao movimento de rotaçtio e translação do corpo se este estiver livre para
se mover, ou se refere às forças reativas nos apoios se o corpo é mantido fixo.
Por exemplo, considere alguém segurando o bastão na Figura 3.34a, que está sujeito
à força F no ponto A. Se aplicannos um par de forças F e F iguais e opostas no ponto
8, o qual e Lá sobre a linha de ação de F (Figura 4.34b), observamos que F em 8 c F
em A se cancelam, deixando apenas F em 8 (Figura 4.34c). A força f agora foi movida
de A para 8 sem modificar seus efeitos externos sobre o bastão; ou seja, a reação na
empunhadura permanece a mesma. Isso demonstra o princípio da transmissibilidade,
que afinna que uma força agindo sobre um corpo (bastão) é UJm vetor deslizallle, já que
pode ser aplicado em qualquer ponto ao longo de sua linha dle ação.
Também podemos usar o procedimento anterior para mover uma força para um
ponto que não esteja na linha de ação da força. Se F for aplicado perpendicularmente
ao bastão, como na Figura 4.35a, então podemos conectar um par de forças f e - F
iguais c opostas no ponto 8 (Figura 4.35b). A força f agora é aplicada em 8, c as
outras duas forças, F em A e - f em 8 , fonnam um binário que produz o momento
de binário M = Fd (Figura 4.35c). Portanto, a força F pode ser movida de A para 8 ,
desde que um momento de binário M esteja incluído para manter um sistema
equivalente. Esse momento de binário é determinado considerando-se o momento de
F em relação a 8. Como M é, na verdade, um vetor livre, ele pode agir em qualquer
ponto no bastão. Em ambos os ca o , os sistemas são equivalentes, o que faz com
que uma força F para baixo c um momento de binário no sentido horário M = Fd
sejam sentidos na empunhadura.
(a) (b)
figura 4.35
(a)
(b)
(c)
Figura 4.34
(c)
118 I Estática
(a)
li
(b)
li
(c)
Figura 4.36
Sistema de forcas e momentos de binário ,
Usando o método anteri.or, um sistema de várias forças e momentos de binário
agindo sobre um corpo pode ser reduzido a uma única força resultante equivalente
agindo no ponto O e um momento de binário resultante. Por exemplo, na Figura 4.36a,
O não está na linha de ação de F1 e, portanto, essa força pode ser movida para o
ponto O, desde que um momento de binário M1 = r 1 X F seja incluído no corpo. Da
mesma forma, o momento de binário M2 = r 2 X F2 deve ser acrescentado ao corpo
quando movemos F2 para o ponto O. Finalmente, como o momento de binário M é
um vetor livre, ele pode simplesmente ser movido para o ponto O. Fazendo isso,
obtemos o sistema equivalente mostrado na Figura 4.36b, que produz os mesmos
efeitos externos (reações de apoio) sobre o corpo que os efeitos do sistema de forças
e binários mostrado na Figura 4.36a. Se somannos as forças e os momentos de
binário, obteremos a força resultante FR = F1 + F2 e o momento de binário resultante
(MR)o = M + M 1 + M 2 (Figura 4.36c).
Observe que FR é independente do local do ponto O; entretanto, (M0 0 depende
desse local porque os momentos M1 e M2 são determinados usando os vetores posição
r1 e r2 • Além disso, note que (MR)o é um vetor livre e pode agir em qualquer ponto
no corpo, embora o ponto O geralmente seja escolhido como seu ponto de aplicação.
Podemos generalizar o método anterior de reduzir um sistema de forças e binários
a uma força resultante F 11 equivalente agindo no ponto O c um momento de binário
resultante (MR)o usando as duas equações a seguir.
FR =1:F
(MR)o = L M0 + 1:M ( 4.17)
A primeira equação estabelece que a força resultante do sistema seja equivalente
à soma de todas as forças; e a segunda equação estabelece que o momento de binário
resultante do sistema seja equivalente à soma de todos os momentos de binário 1:M
mais os momentos de todas as forças 1:M0 em relação ao ponto O. Se o sistema de
forças se situa no plano x-y e quaisquer momentos de binário são perpendiculares a
esse plano, então as equações anteriores se reduzem às três equações escalares a seguir.
(FR);, = 1:F,
(FII)y = LF)
(M11) 0 = LM0 + LM
( 4.18)
Aqui , a força resultante é determinada pela soma vetorial de suas duas componentes
(FR}, e (FR)r
Os pesos desses semáforos podem ser substituídos pela sua forço resultante equivalente
w. = 11'1 + W2 e um momento de· binário (MJ 0 = W,cl, + ll'lcl2 no apoio O. Nos dois casos,
o apoio preciso oferecer o mesmo resistência à rotação e translação o fim de manter o membro
no posição horizontal.
Capítulo 4 Resultantes de um sistema de forças
I Pro<edimento para análise
Os seguintes pontos devem ser mantidos em mente ao simpüficar um sistema de
forças e momento de binário para um sistema de força e binário resultante equivalente.
• Estabeleça os eixos coordenados com a origem localizada no ponto O c o eixo
tendo uma orientação selecionada.
Somatório dos forças
• Se o sistema de forças for coplanar, decomponha cada força em suas
componentes x c y. Se uma componente estiver direcionada ao longo do eixo
positivo x ou y, ela representa um escalar positivo; enquanto se estiver
direcionada ao longo do eixo negativo x ou y, ela é um escalar negativo.
• Em três dimensões, represente cada força como um vetor cartesiano antesde
somar as forças.
Somatório dos momentos
• Ao determinar os momentos de um sistema de forças coplanares em relação
ao ponto O, normalmente é vantajoso usar o princípio dos momentos, ou seja,
determinar os momentos das componentes de cada força, em vez do momento
da própria força.
• Em trê dimensões, use o produto vetorial para determinar o momento de cada
força em relação ao ponto O. Aqui, os vetores posição se estendem de O até
qualquer ponto obre a linha de ação de cada força.
Exemplo 4.14
Substitua o sistema de forças e binários mostrado na Figura 4.37a por um sistema
de força e momento de binário resultante equivalente agindo no ponto O.
-SOLUCAO
•
Somatório das for<as
•
As forças 3 kN c 5 kN são decompostas em suas componentes x c y, como mostra
a Figura 4.37&. Temos:
..:!:.. ( F;r), = LF.;( FR), = (3 kN)cos 30° + (; )<5 kN) = 5,598 kN-
+t(F;r), = 2:r;;(FR)., = (3 kN)scn 30°-(f )<5 kN)- 4 kN = - 6,50 kN = 6,50 kN 1
Usando o teorema de Pitágoras (Figura 4.37c), a intensidade de F R é
FR= j(FRx'f+(F~t~'f = /(5,598 kN 2)+(6,50k 2 ) = 8,58k
Sua direção O é
e •((FR), ) '(6,50kN ) 4930 = tg (F;r). = tg 5,598 kN = '
Somatório dos momentos
Os momentos de 3 kN e 5 kN em relação ao ponto O serão determinados usando
suas componentes x e y. Referindo-se à Figura 4.3 7 b, temos \. + ( MR)o = 1:Nfc,;
4 kN
(a)
.1'
4k
(b)
Figura 4.37
119 I
I 120 I Estático
(MRlo- 2.46 k · m
o
o
(c)
Figura 4.37
\. +( MR)o = LM~
( MR)o = (3 kN)sen 30°{0,2 m)- (3 kN )cos30°{0, I m ) +(t )<5 kN )(O, I m)
- (f )<5 kN )(0,5 m ) - (4 kN){0,2 m)
= -2,46 kN · m = 2,46 k · m """\
O momento no sentido horãrio é mostrado na Figura 4.37c.
NOTA: Perceba que a força e o momento de binário resultantes na Figura 4.37c
produzirão os mesmos efeitos externos ou reações no suporte que aqueles produzidos
pelo sistema de forças (Figura 4.37a).
Exemplo 4.15
Substitua o sistema de forças e binários que age sobre o membro na Figura 4.38a por
um sistema de força e mome nto de binário resultante equivalente agindo no ponto O.
500 N Y
750N
37,5 N · m
l 200
o lm o
• lm
1.25 m+1.25 m I
(a)
200
(b)
Figura 4.38
-SOLUCAO •
Somatório das forcas •
Como as forças do binário de 200 N são ibruais c opostas, elas produzem uma força
resultante nula e, portanto, não é necessário considerá-las na somatória das forças .
A força de 500 N é decomposta em suas componentes x e y; logo,
.::. (FR).. =L~;(~) .. = ( ~ )(500 N ) = 300 N -
+I(~)J. = LF",,; (FR)J, = (500 N )( t) - 750 N = - 350 N = 350 N I
Da Figura 4.15b, a intensidade de F R é
FR= /<~l+<~'f.
= /{300 Nr + (350 NJ = 461 N
E o ângulo O é
8 = tg-1 ( < ~>. ) = tg- 1 ( 350 N) = 49 4o
{~)s 300 N '
Somatório dos momentos
Como o momento de binário é um vetor livre, e le pode agir em qualquer ponto no
membro. Referindo-se a Figura 4.38a, temos:
\. +(MR)o = LMQ + LMó
( MR)o = (500 N)( 1 )(2,5 m)- (500 N)( t )(I m)
-(750N)( I,25m)+200 · m
= -37, 5 N · m = 37,5 N · m """\
Este momento no sentido horário é mostrado na Figura 4.38b.
Capítulo 4 Resultantes de um sistema de forças I 121 I
Exemplo 4.16
O membro estrutural está sujeito a um momento de binário M c às forças F1 c F2 na
Figura 4.39a. Substitua esse sistema por um sistema de força c momento de binário
resultante equivalente agindo em sua base, o ponto O.
- .
SOLUÇAO (ANALISE VETORIAL)
Os aspectos tridimensionais do problema podem ser simplificados usando uma análise
vetorial cartesiana. Expressando as forças e o momento de binário como vetores
cartesianos, temos:
~ = {- 800k} N
F2 = (300 N) uc8
= {300 N)( r~s )
1cn
= 300 N[ {- O, 15i +O, lj}m ] = {- 249 6i + 166 4'} N
j ( - 0, 15 T + ( I m )2 ' ' J
M = - 5oo( f )j + 5oo( ~ )k = {-400j + 300k} N -m
Somatório das forças
FR = l:F; FR = ~ + F2 = - 800k - 249,6i + 166,4j
= {- 250i + 166j - 800k}N
Somatório dos momentos
MRcJ = l:M + LM0
MRo = M + r, X ~ + r8 X F2
•
I
M RcJ = (-400j + 300k) +(I k ) X(-800k) + -0, 15
- 249,6
= (-400j + 300k) +(O)+ {- 166,4i - 249,6j )
= {- 166i - 650j + 300k} N · m
Os resultados são mostrados na Figura 4.39b.
Problemas fundamentais
•
J
0, I
166,4
k
I
o
M = 500 · m
(a)
z
(b)
Figura 4.39
y
4.25. Substitua o carregamento do sistema por uma força e
momento de binário re ultante equivalente agindo no ponto A.
500
4.26. Substitua o carregamento do sistema por uma força
e momento de binário resultante equivalente agindo no
ponto A.
40
30
200 · m
I m
50 N
750N
Problema 4.25 Problema 4.26
122 I Estático
4.27. Substitua o carregamento do sistema por uma força
c momento de binário resultante equivalente agindo no
ponto A.
900 300N
300 ·m
I 0.75 m I 0,75 m I 0,75 m 0,75 m
Problema 4.27
4.28. Substitua o carregamento do sistema por uma força
c momento de binário resu ltante equivalente agindo no
ponto A.
500
250
N
Problema 4.28
Problemas
•4.104. Substitua o i tema de forças que age sobre a treliça
por uma força e momento de binário resultante no ponto C.
1000 750 N 500 N
0,6 m 0,6 '11 ,6 m ,6 m
T
1,8 m
~ = :;;::::::1 ~ 8
lc
Problema 4.104
-4.105. Substitua o sistema de forças que age sobre a viga
por uma força e momento de binário equivalente no ponto A.
4.106. Substitua o sistema de forças que age sobre a viga por
urna força c momento de binário equivalente no ponto 8.
3k
2,Sk
A • 8
~2m-+- 4 m-+2m~
Problemas 4.105/ 106
4.107. Substitua as duas forças por uma força e momento de
binário resultante equivalente no ponto O. Considere F= 100 N.
4.29. Substitua o carregamento do sistema por uma força e
momento de binário resultante equivalente agindo no ponto O.
--
Problema 4.29
4.30. Substitua o carregamento do sistema por uma força e
momento de binário resultante equivalente agindo no ponto O.
-•
Pj 100N
M • 75 N · m
'
Problema 4.30
•4.108. Substitua a duas forças por uma força e momento de
binário resultante equivalente no ponto O. Considere F= 75 N.
100
Problemas 4.107/ 108
•4.109. Substitua o si tema de forças que age sobre o poste
por uma força e momento de binário resultante no ponto A.
1m
1m
Problema 4.1 09
4.110. Substitua o sistema de forças e momentos de binário que
agem sobre a viga por uma força e momento de binário resultante
no ponto A.
30 kN 26 kN
1--2 m--1-:---1-:--+--2 m - -1
lm lm
Problema 4.11 O
4.111. Substitua o sistema de forças por uma força e
momento de binário resultante no ponto O.
-1.25 m--1 ,25 m-
Problema 4.111
lm
N
•4.112. Substitua as duas forças que agem na politriz por
uma força e momento de binário resultante no ponto O.
Expresse o resultado na forma de um vetor cartesiano.
z
F1 • {1 0i - 15j - 40k } N
= (- 15i - 20j - 30k} N
Problema 4.112
•4.113. Substitua as duas forças que agem no poste por uma
força e momento de binário resultante no ponto O. Expresse
o resultado na forma do vetor cartesiano.
z
8m
Problema 4.113
Capítulo 4 Resultantes de um sistema de forças t23 I
4.114. As três forças atuam no encanamento. Se F1 = 50 N e
F2 = 80 N, substitua esse sistema de forças por urna força
e momento de binário resultante equivalente agindo em O.
Expresse o resultado na forma do vetor cartesiano.
z
180 N
y
Problema 4.114
4.115. As forças F1 e F2 são aplicadas nas manoplas da
furadeira elétrica. Substitua esse sistema de forças por uma
força e momento de binário resultante equivalente agindo
em O. Expresse o resultado na forma do vetor cartesiano.
Fz= {2j - 4k} N
z
I
F 1 = { 6i - 3 j - I Ok }
Problema 4.11 S
•4.116. Substitua o sistema de forças que age sobre o
encanamento por uma força e momento de binário resultante
no ponto O. Expresse o resultado na forma do vetor
cartesiano.
-
I F2 = {-101 + 25j + 20k}
F, = l-20i - IOj + 25k } N T
lo ~.r
, / 0.2 m~
Problema 4.116
•4.117. A plataforma deve ser içada usando as três Jingas
mostradas. Substitua o sistema de forças que age sobreas
!iogas por uma força e momento de binário equivalente no
ponto O. A força F, é vertical.
Problema 4.117
124 I Estática
Simplificações adicionais de um sistema de forças e
binarios
Na seção anterior, desenvolvemos uma fonna de reduzir um sistema forças e
momentos de binário sobre um corpo rígido para uma força resultante equivalente
F R agindo em um ponto O específico e um momento de binário resultante (MR)0 . O
sistema de forças pode ser reduzido ainda mais para uma única força resultante
equivalente, desde que as li111has de ação de F R e (MR)o sejam petpendiculares. Devido
a essa condição, apenas sistemas de forças concorrentes, coplanares e paralelas podem
ser adicionalmente simplificados.
Sistema de forcas concorrentes ,
Como um sistema de força concorrente é aquele em que as linhas de ação de
todas as forças se interceptam em um ponto comum O (Figura 4.40a), então o sistema
de força não produz momento algum em relação a esse ponto. Como consequência,
o sistema equivalente pode ser representado por uma única força resultante FR = .EF
agindo em O (Figura 4.40b).
(a) (b)
Figura 4.40
Sistema de forças coplanares
No caso de um sistema de forças coplanares, as linhas de ação de todas as forças
situam-se no mesmo plano (Figura 4.4la) e, portanto, a força resultante FR = .EF
desse sistema também se situa nesse plano. Além disso, o momento de cada uma das
forças em relação a qualquer ponto O está direcionado perpendicularmente a esse
plano. Portanto, o momento resultante (MR)o e a força resultante F R serão mutuamente
pe1pendiculares (Figura 4.41b). O momento resultante pode ser substituído moven-
do-se a força resultante F R em uma distância perpendicular ou do braço do momento
d para fora do ponto O tal que F R produza o mesmo momento (MR)o em relação ao
ponto O (Figura 4.41 c). Essa distância d pode ser detenninada através da equação
escalar (MR)o = F~ = 'LM0 ou d = (MR)d FR.
(a) (b)
Figura 4.41
(c)
Capítulo 4 Resultantes de um sistema de forças
Sistema de forças paralelas
O sistema de forças paralelas, mostrado na Figura 4.42a, consiste de forças que
são todas paralelas ao eixo z. Logo, a força resultante F R = LF no ponto O também
precisa ser paralela a cs c eixo (Figura 4.42b). O momento produzido por cada força
se encontra no plano da chapa e, portanto, o momento de binário re ultante, (M R)0,
também estará ncs c plano, ao longo do eixo do momento a, já que FR e (M R)o são
mutuamente perpendiculares. Consequentemente, o sistema de forças pode cr adicio-
nalmente implificado para uma única força resultante equivalente FR que age no
ponto P localizado sobre o eixo perpendicular b (Figura 4.42c). A distância d ao
longo desse eixo a parti r do ponto O requer (MR)o = F~ = EM 0 ou d = L.M d F R·
- -~ •
f' + F2 I FR .. ! F
o tF' (1-
(a)
b
(b)
Figura 4.42
As quatro forças dos cabos são todos concorrentes no ponto O do pilar
do ponte. Consequentemente, elos não produzem qualquer momento
resultante nes5e ponto, openos uma forço resultante r •. Ob5erve que os
projetistas posicionaram os cabos de modo que F • esteja direcionado oo
longo do pilar do ponte d iretamente poro o apoio, de modo o evitar
qualquer Aexão no pilar.
Procedimento para análise
(I
A técnica u ada para reduzir um sistema de forças coplanares ou paralelas para
uma única força resultante segue um procedimento semelhante ao descrito na eção
anterior.
• Estabeleça os eixos x, y. z e posicione a força resultante F H a uma distância
arbitrária da origem das coordenadas.
Somatório dos forças
• A força resu ltante é igual à soma de todas as forças do sistema.
• -
FR = ! F
b
(c)
tzs I
126 I Estática
• Para um sistema de forças coplanares, decomponha cada força em suas
componentes x e y. Componentes positivas são direcionadas ao longo dos
eixos x e y positivos, e componentes negativas são direcionadas ao longo dos
eixos x e y negativos.
Somatório dos momentos
• O momento da força resultante em relação ao ponto O é igual à soma de todos
os momentos de binário no sistema mais os momentos de todas as forças no
sistema em relação a O.
• Essa condição de momento é usada para encontrar a posição da força resultante
em relação ao ponto O.
1---d.---..
Aqui, os pesos dos semáforos são substituídos pelo suo forço resultante w. ~ IY1 -r W, que age o
uma distância d = W,d, + W,d/W• em relação o O. Os dois sistemas são equivalentes.
Reducão a um torsor ,
Nonnalmente, um sistema de forças e momentos de binário tridimensional terá
uma força resultante F R equivalente no ponto O e um momento de binário resultante
(MR}o que não são perpendiculares, como mostra a Figura 4.43a. Embora um sistema
de forças como esse não possa ser adicionalmente reduzido para uma única força
resultante equivalente, o momento de binário resultante (M R)o pode ser decomposto
em componentes paralelas e perpendiculares à linha de ação de F R (Figura 4.43a). A
componente perpendicular M .L pode ser substituída se movennos F R para o ponto P,
a uma distância d do ponto O ao longo do eixo b (Figura 4.43b). Como vemos, esse
eixo é perpendicular ao eixo a e à I in h a de ação de F R· A posição de P pode ser
determinada através de d = M }FR. Finalmente, como M
11
é um vetor livre, ele pode
ser movido para o ponto P (Figura 4.43c). Essa combinação de uma força resultante
FR e um momento de binário colinear M1 tenderá a transladar e girar o corpo em
relação ao seu eixo e é chamada de um torsor ou parafuso. Um torsor é o sistema
mais simples que pode representar qualquer sistema de forças e momentos de binário
em geral agindo em um corpo.
z
b
(a)
z
M,
(b)
Figura 4.43
z
a
b
(c)
Capítulo 4 Resultantes de um sistema de forças I 127 I
Exemplo 4.17
Substitua o sistema de forças e momentos de binário que agem sobre a viga na Figura
4.44a por uma força resultante equivalente, e encontre onde sua linha de ação
intercepta a viga, medido a partir do ponto O.
4k
15 k · m
.---x
rn--+ - 1.5 m ,5 m -+-
(a) (b)
Figura 4.44
..
SOLUCAO •
Samatória das forças
Somando as componentes da força, temos:
z (FR), = f.F,; (FR), = 8 kN(~ ) = 4,80 kN-
+l(~),=f.F,; (FR),=-4kN +8kN(t)=2,40k I
Da Figura 4.44b, a intensidade de FR é:
~ = (4,80 kNt + (2,40 kNr = 5,37 kN
O ângulo O é:
o= t I ( 2,40 kN ) = 26 60
g 4,80 kN '
Somatório dos momentos
Devemos igualar o momento de FR em relação ao ponto O na Figura 4.44b à soma
dos momentos do sistema de forças e momentos de binário em relação ao ponto O
na Figura 4.44a. Como a linha de ação de (FR).. age no ponto O, apenas (F R), produz
um momento em relação a esse ponto. Portanto,
\. +( MR)o = 'tNfc1; 2,40 kN(d} = -( 4kN)(I ,5 m)- 15 kN · m
-[s kN( f )]<o.s m) + [s kN( 1 )]<4,5 m)
d=2,25m
Exemplo 4.18
O guincho mostrado na Figura 4.45a está sujeito a três forças coplanares. Substitua
esse carregamento por uma força resultante equivalente e especifique onde a linha
de ação intercepta a coluna A 8 e a lança BC.
1.2 m
Yo,6 m
8
I m 0,6 m
• • c
I. 75 N 4 -=:t:f:l 0.60 kN
lm
(a)
Figura 4.45
128 I Estático
-
Y SOLUCAO
'
, , ,
f
I '
(b)
Figura 4.45
(a)
--
(b)
Figura 4.46
•
Somatório das forsas
Decompondo a força de 2,50 kN nas componentes x e y e somando as componentes
das forças, temos:
±. ~. = l.F;
+1~. = l.F,;
~x =-2.50kN(~) - 1 ,75kN =-3,25kN = 3,25kN-
FR, = -2,50 k ( 1)- 0,60 k = - 2,60 kN = 2,60 kN I
Como mostra a adição de vetores na Figura 4.451>,
~=/(3,25kNf+(2,6ok r = 4, 16kN
8 = tg-• ( 2,60 kN) = 38 7o87
3,25 kN '
Somatório dos momentos
Os momentos serão somados em relação ao ponto A. Assumindo que a linha de ação
de F R intercepta A 8 a uma distância y de A (Figura 4.451> ), temos:
\. + MRA = l.M,~ ; 3,25 kN(y) + 2,60 kN(O)
= I, 75 kN(I m)- 0,60 kN(0,6 m) + 2,50 kN( ~ )(2,2 m) - 2,50 kN{ y )( 1,6 m)
y = 0,458 m
Pelo princípio da transmissibilidade, F R pode ser posicionada a uma distância xonde
intercepta BC (Figura 4.45b). Nesse caso, temos:
\... + MR.~ = l.M,~; 3,25 k {2,2 m) + 2,60 k (x)
= I, 75 kN(l m)- 0,60 kN(0,6 m) + 2,50 kN{ f )(2,2 m) - 2,50 k ( ~ )(1,6 m)
x = 2, 177 m
Exemplo 4.19
A placa na Figura 4.46a está sujeita a quatro forças paralelas. Determine a intensidade
c a direção de uma força resultante equivalente ao sistema de forças dado c situe seu
J' ponto de aplicação na placa.
SOLUCÃO (ANÁLISE ESCALAR)
•
Somatório das forcas •
Da Figura 4.46a, a força resultante é:
+I~= l.F; -~ =-600
= 1400
Somatório dos momentos
+ I 00 N - 400 N - 500 N
= 1400 N I
Queremos que o momento da fo rça resultante em relação ao eixo x (Figura 4.46b)
seja igual à soma dos momentos de todas as forças do sistema em relação ao eixo x
(Figura 4.46a). Os braços dos momentos são determinados pelas coordenadas de y,
jã que essas coordenadas representam as distâncias perpendiculares do eixo x às
linhas de ação das forças. Usando a regra da mão direita, temos:
( M) = l.M· Rx X'
-(1400 )y = 600 N(O) + 100 N(5 m) - 400 N{IO m) + 500 N(O)
-1400 N =- 3500 y = 2,50 m
Capítulo 4 Resultantes de um sistema de forças I 129 I
De maneira semelhante, uma equação de momento pode ser escrita em relação ao
eixo y usando braços do momento definidos pelas coordenadas x de cada força .
( MR), = 'LM,;
(1400 )x = 600 N(8 m) + 100 (6 m)- 400 N(O) + 500 N(O)
l400x = 4200
x = 3m
NOTA: Uma força F R = 1.400 situada no ponto ?(3,00 m, 2,50 m) sobre a placa
(Figura 4.46b) é, portanto, equivalente ao sistema de forças paralelas que agem sobre
a placa na Figura 4.46a.
Exemplo 4.20
Substitua o sistema de forças na Figura 4.47a por uma força resultante equivalente
e especifique seu ponto de aplicação no pedestal.
-SOLUCAO
•
Somatório das forcas •
Aqui, demonstraremos uma análise vetorial. Somando as forças,
FR = 1:F; FR = F4 + F8 + Fc
Posicão
•
= {-300k}kN + {-SOOk}kN + {IOOk}kN
= {-700k}kN
Os momentos serão somados em relação ao ponto O. A força resultante F R é assumida
a atuar através do ponto P (x, y, O) (Figura 4.47b). Logo,
( MR)o = 'iMo;
rPX FR=( r .. x F .. )+( r8 X F8 )+ (rcX Fc}
(xi + yj )X(-700k) = [(4i}X(-300k}]
+((-4i + 2j )X(-500k)) + ((- 4j )X(100k})
- 700x( i X k)- 700y(j X k) =- 1200(i X k} + 2000( i X k)
- IOOO(j X k)- 400( i X k)
700xj - 700yi = 1200j - 2000j - 1 OOOi - 400i
Igualando as componentes i e j ,
- 700y = - 1400
y=2m
700x =-800
x= - 1,14m
O sinal negativo indica que a coordenada x do ponto Pé negativa.
(I)
(2)
NOTA: Também, é po ível obter diretamente as equações I c 2 somando- c os
momento · em relação aos eixos x c y. Usando a regra da mão direita, temos:
(MR)• = 'LM,; - 700y = - 100kN(4 m) - 500kN(2 m)
700x = 300kN(4 m) - SOOkN(4 m)
F, = 300 kN ;
Fc = 100
Fs = 500 kN
(a)
--
(b)
Figura 4.47
130 I Estática
Problemas fundamentais
4.31. Substitua o carregamento do sistema por uma força
resultante equivalente e especifique onde a linha de ação
da resultante intercepta a viga medida a partir de O.
y
2.5 kN 2,5 kN
1,25 kN
o --x
Problema 4.31
4.32. Substitua o carregamento do sistema por uma força
resultante equivalente e especifique onde a linha de ação
da resultante intercepta o membro medida a partir de A.
l kN
I ' m - - 11- - I m - ·1- - I m - : .... 0,25 kN
A
3 0,5 k
Problema 4.32
4.33. Substitua o carregamento do sistema por uma força
resultante equivalente e especifique onde a linha de ação
da resultante intercepta o membro medida a partir de A.
y 3 15 kN
fi' I" 4
20 kN
2m
A
-2m 2m- 2m I
jj\
8
Problema 4.33
4.3,4. Substitua o carregamento do sistema por uma força
resultante equivalente e especifique onde a linha de ação
da resultante intercepta o membro AB medida a partir de A.
0,5 m
1--1-- 1,5 m - 1
0,5 m
0,5 111
8kN
6 kN
5kN
3m
Problema 4.34
4.35. Substitua o carregamento mostrado por uma única
força resultante equivalente e especifique as coordenadas x
e y de sua linha de ação.
400 N
100
Problema 4.3S
4.36. Substitua o carregamento mostrado por uma única
força resultante equivalente e especifique as coordenadas x
e y de sua linha de ação.
z
200 N
Áty/-
3 m 200 N
IOON / L
7 /
3n{ ~.r':::::;;m~-;7
L ::?'1 m;;.;
X
Problema 4.36
4.118. Os pesos dos vários componentes do caminhão são
mostrados. Substitua esse sistema de forças por uma força
resultante equivalente e especifique sua posição medida a
partir do ponto B.
4.119. Os pesos dos vários componentes do caminhão são
mostrados. Substitua esse sistema de forças por uma força
resultante equivalente e especifique sua posição medida a
parti r do ponto A.
17,5 kN 27,5 A I 8.75 kN
1----t---4,2 m--+1.8 m+-l
0,9 111 0.6m
Problemas 4.118/ 119
•4.120. O sistema de forças paralelas atua sobre o topo da
treliça Warren. Determine a força resultante equivalente do
sistema e especifique sua posição medida a partir do ponto A.
2k
500 N 500 N
- +--1 m- I m-t
Problema 4.120
•4.121. O sistema de quatro forças atua sobre a treliça de
telhado. Determine a força resultante equivalente e especifi-
que sua posição medida a partir do ponto A.
I kN
1,375 kN J_m~too
1,5 kN I m"\_ •
0.75 kN I m~ •
30°
Problema 4.121
4.122. Substitua o sistema de forças e binários agindo sobre
a estrutura por uma força resultante equivalente e especifique
onde a linha de ação da resultante intercepta o membro AB
medida a partir de A.
Capítulo 4 Resultantes de um sistema de forças 131
4.123. Substitua o sistema de forças c os binários que agem
sobre a estrutura por uma força resultante equivalente e
especifique onde a linha de ação da resultante intercepta o
membro BC medida a partir de B.
m
I m
250 N
Problemas 4.122/ 123
•4.124. Substitua o sistema de forças e os momentos de
binário que agem sobre a viga por uma força resultante
equivalente e especifique sua posição ao longo de AB medida
a partir do ponto A.
kN 26 kN
1--2 m--1-:--·f--:--1--2 m-t
lm lm
Problema 4.124
•4.125. Substitua o sistema de forças que age sobre a
estrutura por uma força resultante equivalente e especifique
onde a linha de ação da resu ltante intercepta o membro AB
medida a partir do ponto A.
4.126. Substitua o sistema de forças qua age sobre a estrutura
por uma força resultante equivalente e especifique onde a
linha de ação da resultante intercepta o membro BC medida
a partir do ponto B.
175 N
111
Problemas 4.125/ 126
132 I Estática
4.127. Substitua o sistema de forças que age sobre o poste por
uma força resultante equivalente e especifique onde a sua linha
de ação intercepta o poste AB medida a partir do ponto A.
•4.128. Substitua o sistema de forças que age sobre o poste
por uma força resultante equivalente e especifique onde a
sua linha de ação intercepta o poste AB medida a partir do
ponto B.
lm
lm
Problemas 4.127/ 128
•4.129. A laje da construção está sujeita a quatro cargas
paralelas das colunas. Determine a força resultante
equivalente e especifique sua posição (x, y) sobre a laje.
Considere F1 = 30 kN, F2 = 40 kN.
4.130. A laje da construção está sujeita às cargas de
quatro colunas paralelas. Determine a força resultante
equivalente e especifique sua posição (x, y) sobre a laje.
Considere F 1 = 20 kN, F2 =50 kN.
;:
20kN 50 kN
X
Problemas 4.129 I 130
4.131. O duto suporta as quatro forças paralelas. Determine
as intensidades das forças F c e F 0 que agem em C e D de
modo que a força resultante equivalente do sistema de forças
atue no ponto médio O do duto.
z
600 N
F c
y
Problema 4.131
•4.132. Três forças paralelas do parafuso atuam sobre a
chapa circular. Detennine a força resultante e especifique
sua posição (x, y) sobre a chapa. 0 = 1000 N, F8 = 500
e Fc = 2000 N.
•4.133. Três forças paralelas dos parafusos atuam sobre a
chapa circular. Se a força em A possui uma intensidade de
~ = 1000 N, detennine as intensidades de F8 e F c de modo
quea força resultante FR do sistema tenha uma linha de
ação que coincida com o eixo y. Sugestão: Isso requer
'EA1x = O e 'EM= = O.
z
Problemas 4.132/ 133
4.134. Se ~ = 40 kN e F8 = 35 kN, determine a intensidade
da força resultante e especifique a posição de seu ponto de
aplicação (x, y) sobre a placa.
4.135. Se a força resultante deve agir no centro da placa,
determine a intensidade das cargas das colunas F" e F8 e a
intensidade da força resultante.
z
30 kN
90 kN
X
' 0,75 111
Problemas 4.134/ 135
•4.136. Substitua o sistema de forças paralelas que age sobre
a chapa por uma força resultante equivalente e especifique
sua posição no plano x- z.
0,5 m
y
Problema 4.136
Capítulo 4 Resultantes de um sistema de forças 133 I
•4.137. Se F, = 7 kN c F8 = 5 kN, substitua o sistema de
forças que age sobre as mísulas por uma força resultante e
especifique sua posição sobre o plano x-y.
4.138. Determine as intensidades de FA e F8 de modo que
a força resultante passe pelo ponto O da coluna.
•4.140. Substitua as três forças atuando na chapa por um
torsor. Especifique a intensidade da força e o momento de
binário para o torsor c o ponto P(y, z) onde sua linha de ação
intercepta a chapa.
--
8 F8 - {-60j} k
100 mm
3m --
)' Fc • j - 40i} kN
FA- { 80k } kN
Problemas 4.137/ 138 Problema 4.140
4.139. Substitua o sistema de forças c momentos de binário
que agem sobre o bloco retangular por um torsor. Especifique
a intensidade da força c o momento de binário do torsor e a
posição onde sua linha de ação intercepta o plano x-y.
•4.141. Substitua as três forças que agem na chapa por um
torsor. Especifique a intensidade da força c o momento de
binário para o torsor c o ponto P(x, y), onde sua linha de
ação intercepta a chapa.
- -- - F8 = {800k }
F~- (SOOi}
Re ucão ,
1500 N
Problema 4.139
~
.r 4m
um carregamento distribuído simples
Algumas vezes, um corpo pode estar sujeito a um carregamento que está distribuído
sobre sua superficie. Por exemplo, a pressão do vento sobre a superficie de um cartaz
de propaganda (owdoor), a pressão da água dentro de um tanque ou o peso da areia
sobre o piso de uma caixa de armazenamento são cargas distribuídas. A pres ão
exercida em cada ponto da superficie indica a intensidade da carga. Ela é medida
usando pa cais Pa (ou N/m2) em unidades do SI.
Carregamento uniforme ao longo de um único eixo
O tipo mais comum de carga distribuída encontrado na prática de engenharia é
geralmente uni fonne ao longo de um único eixo.* Por exemplo, considere a viga (ou
placa) na Figura 4.48a, que possui uma largura constante e está sujeita a um carre-
gamento de pressão que varia apenas ao longo do eixo x. Esse carregamento pode
• O caso mais gemi de um carregamento superficial não uni rorme atuando sobre um corpo é
considerado na Seção 9.5.
Fc= pOOj} N
Problema 4.141
p
(a)
Figura 4.48
y
X
134 I Estática
IV
/w = w(x) I
dF = dA
r--,
r--i'
' - X
o dr- 1-
X I I L
(b)
11'
FR
c A
o .r~
-x
L
(d
Figura 4.48
ser descrito pela função p = p(x) Nlm2• Ele contém somente uma variável x e, por
isso, também podemos representá-lo como um carregamento disrribuído coplanm:
Para isso, multiplicamos a função de carregamento pela largura b da viga, tal que
w(x) = p(x)b Nlm (Figura 4.48b ). Usando os métodos da Seção 4.8, podemos substituir
esse sistema de forças paralelas coplanares por uma única força resultante equivalente
FR que age em uma posição específica sobre a viga (Figura 4.48c).
Intensidade da forca resultante ,
Da Equação 4.17 (FR = L.F), a intensidade de F R é equivalente à soma de todas
as forças do sistema. Nesse caso, precisamos usar integração porque existe um número
infmito de forças paralelas dF agindo sobre a viga (Figura 4.48b). Como dF está
agindo sobre um elemento do comprimento dx, e w(x) é uma força por unidade de
comprimento, então, dF = w(x) dx = dA. Em outras palavras, a intensidade de dF é
determinada pela área diferencial em cinza dA abaixo da curva de carregamento.
Para o comprimento inteiro L,
FR = [ w(x)dY = h dA = A ( 4.19)
Portanto, a intensidade da força resultante é igual à área total A sob o diagrama
de carregamento (Figura 4.48c).
Posicão da forca resultante , ,
Aplicando a Equação 4. 17 (MR = 'LM0 ), a posição x da linha de ação de F R pode o
ser detenninada igualando-se os momentos da força resultante e aos da distribuição
das forças paralelas em relação ao ponto O (o eixo y). Como dF produz um momento
de x dF = xw(x) dx em relação a O (Figura 4.48b), então, para o comprimento inteiro
(figura 4.48c),
-xFR = - [xw(x)dx
Resolvendo para x, usando a Equação 4.19, temos:
[ xw(x)dx j xdA
X= L =~· ,....--! w(x)dx ~dA (4.20)
Essa coordenada x, localiza o centro geométrico ou centroide da área sob o
carregamento distribuído. Em outras palavras, a força resultante tem uma linha de
ação que passa pelo centroide C (centro geométrico) da área sob o diagrama de car-
regamento (Figura 4.48c). O Capítulo 9 oferece um tratamento detalhado das técnicas
de integração para determinar a posição do centroide de áreas. Contudo, em muitos
casos, o diagrama do carregamento distribuído está na forma de um retângulo,
triângulo ou alguma outra forma geométrica simples. A posição do centroide para
essas fonnas comuns não precisa ser detem1inada pela equação anterior, mas pode
ser obtida diretamente da ta bulação fornecida nos apêndices.
Uma vez quex é determimado, F R• por simetria, passa pelo ponto (x, O) na superficie
da viga (Figura 4.48a). Portanto, nesse caso, a força resultante possui uma intensidade
igual ao volume sob a curva de carregamento p = p(x) e uma linha de ação que
passa pelo centroide (centro geoméh·ico) desse volume.
Capítulo 4 Resultantes de um sistema de forças t3s I
Pontos importantes
• Carregamentos distribuídos coplanares são definidas usando-se uma função
do carregamento " ' = w(x) que indica a intensidade do carregamento ao longo
da extensão de um membro. Essa intensidade é medida em N/m.
• Os efeitos externo cau ados por um carregamento distribuído coplanar atuando
sobre um corpo podem ser representados por uma única força resultante.
• Essa força resultante é equivalente à área sob o diagrama do carregamento e tem
uma linha de ação que passa pelo cellfroide ou centro geométrico dessa área.
Exemplo 4.21
Determine a intensidade e a posição da força resultante equivalente que agem sobre
A viga sustentando eslo pilho de
madeiro esló sujeito o uma cargo
uniforme de "'o- A forço resultante é,
portanto, igual à área sob o
diagramo de cargo F• - w.,b. Elo
aluo através do cenlroide ou centro
geométrico dessa óreo, b/2 o partir
do suporte.
o eixo na Figura 4.49a. w
-SOLUCAO
•
Como w = w(x) é fornecido, este problema será revolvido por integração.
O elemento diferencial possui uma área dA = w dx = 60xl d1:. Aplicando a Equação 4.19,
+I~= 'i.F;
~ = f dA = [ 2'" 60x2 dx = 6,./ L} lm = 6o(K - .!!:.)
f · O \3 O 3 3
= 160
A posição x de FR medida a partir do ponto O (Figura 4.49b} é detenninada por:
f •2m rJ ~ ) !m ( 24 04 ) 1 x dA fu x( 60x2 ) dr 6\ f 0 60 4 - 4
x = ~dA - 160 N - 160 N 160 N
= 1,5 m
NOTA: Esses resultados podem ser verificados usando-se a tabela dos apêndices, que
mostra que, para uma área sob uma curva parabólica de comprimento a, altura b c
forma mostrada na Figura 4.49a, temos:
A=~= 2 m(2~0N/m) = 160N c x= ~a= ~(2m)=1,5m
Exemplo 4.22
Um carregamento distribuído de p = (800x) Pa atua sobre a superficie superior da
viga mostrada na Figura 4.50a. Determine a intensidade e a posição da forçare ultante
equivalente.
I ' . ---
(a)
Figura 4.50
7200 Pa
w = (60x2)
dA = wdx
(a)
~.f - 1,5 lll--l
(b)
Figura 4.49
136 I Estática
111 - 160x Nfm 1440 N/ m -
\...
+ ~ l -x
I
X
n
(b)
FR = 6,48 kN
1---. .rr = 6 m 3 m-1
c -
I
l
v
(<)
Figura 4.50
(a)
(b)
Figura 4.51
SOLUCÃO
•
Como a intensidade do carregamentoé uniforme ao longo da larbrura da viga (o eixo y),
o carregamento pode ser visto em duas dimensões, como mostra a Figura 4.50b. Aqui:
W = (800x N/m2) (0,2 m) = (J 60x) Nlm
Em x = 9 m, observe que w = 1440 N/m. Embora possamos novamente aplicar as
Equações 4.19 e 4.20 como no exemplo anterior, é mais simples usar a tabela que
se encontra nos apêndices.
A intensidade da força resultante é equivalente à área do triângulo.
FR = +(9 m)(1440 N/m) = 6480 N = 6,48 kN
A linha de ação de F R passa pelo centroide C desse triângulo. Logo,
x = 9 m - t<9 m) = 6 m
Os resultados são mostrados na Figura 4.50c.
NOTA: Também podemos ver a resultante FR como atuante através do centroide do
volume do diagrama do carregamento p = p(x) na Figura 4.50a. Consequentemente,
F R intercepta o plano x-y no ponto (6 m, 0). Além disso, a intensidade de F R é igual
ao volume sob o diagrama do carregamento; ou seja,
~ = V= ~ (7200 N/m2)(9 m)(0,2 m) = 6,48 kN
Exemplo 4.23
O material granular exerce um carregamento distribuído sobre a viga como mostra
a Figura 4.5 la. Determine a intensidade e a posição da resultante equivalente dessa
carga.
-SOLUCAO
•
A área do diagrama do carregamento é um trapézio e, portanto, a solução pode ser
obtida diretamente pelas fórmulas de área e centroide para um trapézio listados nos
apêndices. Como essas fónnulas não são lembradas faci lmente, em vez delas vamos
resolver esse problema usando áreas 'compostas'. Aqui , dividiremos o carregamento
trapezoidal em um carregamento retangular e triangular, como mostra a Figura
4.5 1 b. A intensidade da força representada por cada um desses carregamentos é
igual à sua área associada,
r;= ~ (9 rn )(50 kN/m) = 225 kN
F; = (9 m)(50 kN/m) = 450 kN
As linhas de ação dessas forças paralelas age através do cemroide de suas áreas
associadas e, portanto, interceptam a viga em:
.1r1 = t<9 m) = 3 m
X2 =t(9 m)= 4,5 m
As duas forças paralelas F 1 e F2 podem ser reduzidas a uma única resultante F R· A
intensidade de F R é:
+ 1 ~ = l.F; FR = 225 + 450 = 675 kN
Capítulo 4 Resultantes de um sistema de forças I 137 I
Podemos determinar a posição de F R com referência ao ponto A (figuras 4.51 b e
4.5 1 c). Precisamos de:
r+ MR, = L.MA; i"(675) = 3(225) + 4,5(450)
x =4m 8
NOTA: A área trapezoidal na Figura 4.51 a também pode ser dividida em duas áreas
triangulares, como mostra a Figura 4.51 d. Neste caso, (<)
F;= ~ (9 m)( IOO kN/m) = 450 kN
~ = ~ (9 m)(50 kN/m) = 225 kN
e
XJ = t<9 m) = 3m
x 4 = 9 m - t< 9 m) = 6 m (d)
NOTA: Usando esses resultados, mostre novamente que Fn = 675 kN ex = 4 m. Figura 4.51
Problemas fundamentais
4.37. Determine a força resultante e especifique onde ela
atua na viga, medindo a partir do pooro A.
9 kN/m
6 kN/m 3 kN/m
~ ~ ~
(õ\
A 8
1 ......
I ,5 m 3m -1 ,5 m-
Problema 4.37
4.38. Determine a força resultante e especifique onde ela
atua na viga, medindo a partir do ponto A.
3 kN/in
...............
,....... ......
..-tl
A 11 8
Problema 4.38
4.39. Detennine a força resultante e especifique onde ela
atua na viga, medindo a partir do ponto A.
6 kN/m
// r--r-,_
é"'/
r--
~
/ t ' ---
~ 8
A
3m 6m
Problema 4.39
4.40. Detennine a força resultante e especifique onde ela
atua na viga, medindo a partir do ponto A.
4 kN!Tn 2,5 k
A 8
t-I· --2m--~ I m~l m~
Problema 4.40
4.41. Determine a força resultante e especifique onde ela
atua na viga, medindo a partir do ponto A.
6kN/m
3 kN/m
8
()
4,5 m ----1-- 1,5 m --l
Problema 4.41
4.42. Dctcnnine a força resultante e especifique onde ela
atua na viga, medindo a partir do ponto A.
• •
•
IV
• A
••
•
• .
~
,-/
rw= 2,5x3 rr/
_,_....-r
_Li
160 N/m
X
4m
Problema 4.42
138 I Estática
4.142. Substitua o carregamento distribuído por uma força
resultante equivalente e especifique sua posição na viga,
medindo a partir de A.
15 kN/ m
~~--~-~-JIOkN/m
~3m
Problema 4.142
4.143. Substitua o carregamento distribuído por uma força
resultante equivalente e especifique sua posição na viga,
medindo a partir de A.
8 kN/ m
1-rl-r--r-.,_.!4 kN/ m
Problema 4.143
•4.144. Substitua o carregamento distribuído por uma força
resultante equivalente e especifique sua posição na viga,
medindo a partir de A.
800 /m
r---2m----r------3m------~
Problema 4.144
•4.145. Substitua o carregamento distribuído por uma força
resultante equivalente e especifique sua posição na viga,
medindo a partir de A.
A
8
Problema 4.145
4.146. A distribuição do carregamento do solo na parte
inferior de uma plataforma de construção é mostrada.
Substitua esse carregamento por uma força resultante equiva-
lente e especifique sua posição, medida a partir do ponto O.
o
I kN/ m 2kN/m
Problema 4.146
4.147. Determine as intensidades w1 e w2 do carregamento
distribuído agindo na parte inferior da plataforma, de modo
que esse carregamento tenha uma força resultante equivalente
que seja igual mas oposta à resultante do carregamento
distribuído atuando no topo da plataforma.
6kN/m
A 8
Problema 4.147
*4.148. Os tijolos sobre a viga e os apoios na sua base criam
o carregamento djstribuído mostrado na segunda figura.
Determine a intensidade w e dimensão d do apoio direito
necessário para que a força e o momento de binário
resultantes em relação ao ponto A do sistema sejam nulos.
l-l:o._5 rn_·l __ 3
200 N/m
m
~,...,...
,...,... ....
75 N/rn
A
1
w
0,5 m l
3m
f-dj
Problema 4.148
•4.149. A pressão do vento atuando sobre um painel triangular
é unifom1e. Substitua esse carregamento por uma força e
momento de binário resultante equivalentes no ponto O.
z
1,2 m
lm
I,..!•!J------1..-y o
X
Problema 4.149
4.150. A viga está sujeita ao canegamento distribuído.
Detennine o comprimento b do cau egamento uniforme e
sua posição a sobre a viga de modo que a força e o momento
de binário resultantes que agem na viga sejam nulos.
b l i kNA-11
f-a -
r:
~· _,_ Y \,
v v
/
1.5 kN/m ...... ---
Problema 4.1 SO
4.151. Atualmente, 85% de todas as lesões de pescoço são
causadas por colisões traseiras de automóveis. Para minimizar
esse problema, tem sido desenvolvido um apoio de banco
automobilístico que fomcce uma pressão de contato adicional
com a cabeça. Durante testes dinâmicos, a distribuição da
carga sobre a cabeça foi representada em gráfico e se mostrou
parabólica. Determine a força resultante equivalente e sua
posição, medida a partir do ponto A.
Problema 4.1 S 1
Capítulo 4 Resultantes de um sistema de forças 139 I
*4.152. O vento soprou a areia sobre uma plataforma de
modo que a intensidade da carga pode ser aproximada pela
função w = {0,5~) N/m. Simplifique esse canegamento
distribuído para uma força resultanteequivalentee especifique
sua intensidade e posição medida a partir de A.
IV
500 N/m
1--li-----10 m ----1-1
Problema 4.1 S2
•4.153. O concreto molhado exerce uma djstribuição de
pressão ao longo das paredes da fonna. Determine a força
resultante dessa distribuição e especifique a altura h onde o
suporte deve ser colocado de modo a situar-se na linha de
ação da força resultante. A parede possui uma largura de 5 m.
4m
,
I
•
Problema 4.1 S3
4.154. Substitua o canegamento distribuído por uma força
resultante equjvalente e especifique sua posição na viga,
medindo a partir do ponto A.
IV
I
8 kN/m
A ---x
11-· ------4 tn ------1·'
Problema 4.1 S4
140 I Estático
4.155. Substitua o carregamento por uma força resultante e
momento de binário equivalentes no ponto A.
•4.156. Substitua o carregamento por uma força resultante
e momento de binário equivalentes que agem no ponto B.
I k 1m
8
1---1.2 m----1
,8 m
2 k /m
Problemas 4.1SS/ 1S6
•4.157. A força de sustentação ao longo da asa de um avião
consiste em uma distribuição uniforme ao longo de AB, e
uma distribuição semiparabólica ao longo de BC com
origem em B. Substitua esse carregamento por umaúnica
força resultante c cspcci fique sua pos ição, medindo a partir
do ponto A.
li
... (48 - 0,75x1) kNim
48 k] m
Problema 4.1 S7
4.158. O carregamento distribuído atua sobre a viga
conforme ilustrado. Determine a intensidade da força
resultante equivalente c especifique onde ela age, medindo
a partir do ponto A.
4.159. O carregamento distribuído atua sobre a viga
conforme ilustrado. Determine a intensidade máxima w ..... ,.
Qual é a intensidade da força resultante equivalente?
Especifique onde ela atua, medindo a partir do ponto B.
"
" (-2x2 + 4x + I 6) kN/m
~"'"--r--.
i' "'
A 1\.
.à 8
-x
1---- 4m ------1
Problemas 4.1 S8/ 1 S9
•4.160. O can·egamcnto distribuído atua sobre a viga
con forme ilustrado. Determine a intensidade da força
resultante equivalente e especifique sua posição, medindo a
partir do ponto A.
,. = ( t· t l lx + 4) kN!t 11
,... ~"-r-...._
"'r--2 4 k 1m kNim
A 8
la
-x
lOm
.-.,-
I
Problema 4.160
•4.161. Se a distribuição da reação do solo sobre o tubo por
metro de comprimento pode cr aproximada como mostrado,
detenninc a intensidade da força resultante devido a esse
carregamento.
0,5 kN/m
Problema 4.161
- ,
REVISAO DO CAPITULO
Momento de uma força - definição escalar
Uma força produz um efeito de rotação ou
momento em relação a um ponto O que não se
situe sobre a sua linha de ação. Na forma escalar,
a intensidade do momento é o produto da força
pelo braço de momento ou distância perpendicular
do ponto O ã linha de ação da força.
A direção do momento é definida usando a regra
da mão direita. M 0 sempre age ao longo de um
eixo perpendicular ao plano contendo F e d, e
passa pelo ponto O.
Em vez de encontrar d, normalmente é mais fáci l
decompor a força em suas componentes x e y ,
determinar o momento de cada componente em
relação ao ponto e, depois, somar os resultados.
Esse é o chamado princípio dos momentos.
Momento de uma força - definição vetorial
Como a geometria tridimensional normalmente
é mais dificil de visualizar, o produto vetorial
deve ser usado para determinar o momento.
Aqui, M 0 = r X F, onde r é um vetor posição
que se estende do ponto O a qualquer ponto A,
8 ou C sobre a linha de ação de F.
Se o vetor posição r e a fo rça F são expressos
como vetores cartesianos, então, o produto vetorial
resulta da expansão de um determinante.
Momento em relação a um eixo
Se o momento de uma força F precisa ser deter-
minado em relação a um eixo arbitrário a, então
a projeção do momento sobre o eixo precisa ser
obtida. Desde que a distância d,, que é perpendi-
cular tanto ã linha de ação da força quanto ao eixo,
possa ser determinada, então o momento da força
em relação ao eixo pode ser detenninado através
de uma equação escalar.
Observe que, quando a linha de ação de F
intercepta o eixo, o momento de F em relação ao
eixo é zero. Além disso, quando a linha de ação
de F é paralela ao eixo, o momento de F em
relação ao eixo é zero.
Em três dimensões, o produto triplo escalar deve
ser usado. Aqui, U 0 é o vetor unitário que especifica
a direção do eixo, e r é um vetor posição
direcionado de qualquer ponto sobre o eixo a
qualquer ponto sobre a linha de ação da força. Se
M, é calculado como um escalar negativo, então
o sentido da direção de M" é oposto a U0 •
Capítulo 4 Resultantes de um sistema de forças 141
M0 = Fd
Mo = Fd = Fxy - ~.x
M 0 = r,. X F = r8 X F = r c X F
. • k I J
M 0 = r x F = ~. ')· r.
~ F.. F. -
Eixo do momcmo
iL
)
y
X
y
/f~ __ ....___ X
o
--
c
r c: 8
F"
A
Mo
r,~
'19-....c
~0~--------~--y
X
a _..
a
J
M,
::::~
Eixo da projeção,
a '
F
F
142 I Estática
Momento de binário
Um binário consiste de duas forças iguais e
opostas que atuam a uma distância perpendicular
d. Os binários tendem a produzir uma rotação sem
translação.
A intensidade do momento de binário é M = Fd
e sua direção é estabelecida usando a regra da mão
direita.
Se o produto vetorial é usado para determinar o
momento de um binário, então r se estende de
algum ponto sobre a linha de ação de uma das
forças a algum ponto sobre a linha de ação da
outra força F que é usada no produto vetorial.
Simplificação de um sistema de forças e
binários
Qualquer sistema de forças e binários pode ser
reduzido a uma única força resultante e momento
de binário resultante agindo em um ponto. A força
resultante é a soma de todas as forças do sistema,
FR = ~F, e o momento de binário resultante é
igual à soma de todos os momentos das forças
em relação ao ponto e aos momentos de binário.
MR =~M0 + ~M . ' o
E possível simplificar ainda mais para uma única
força resultante, desde que o sistema de forças
seja concorrente, coplanar ou paralelo. Para
encontrar a posição da força resultante a partir de
um ponto, é necessário igualar o momento da
força resultante em relação ao ponto ao momento
das forças e binários no sistema em relação ao
mesmo ponto.
Se a força e o momento de binário resultantes em
um ponto não forem perpendiculares, então esse
sistema pode ser reduzido a um torsor, que consiste
na força e momento de binário resultante co linear.
Carregamento distribuído coplanar
Um carregamento distribuído simples pode ser
representada por sua força resultante, que é equi-
valente à área sob a curva do can·egamento. Essa
resultante possui uma linha de ação que passa pelo
centroide ou centro geométrico da área ou volume
sob o diagrama do carregamento.
b
o
M = Fd
1\1 = r X F
---a
--MRo
a b
--
w = w (x) /
/ ,.,..
/
__ ..,.....->-
X
( ) ( )
t-I·---L -----1
- F
--
b -- MRo
d=r'R b
A
oÇ=====~
1-x-_j
1--- L -----1
4.162. A viga está sujeita ao carregamento parabólica.
Determine um sistema de força c binário equivalente no
ponto A.
8 kN,.j m
/
,-""
,-""
w = (8 x 2) kN/m '\ ~,....r"'
_,...----
o H~~ v· X A
lm I ~
Problema 4.167
4.163. Dois binários atuam sobre a estrutura. Se o momento
de binário resultante deve ser zero, determine a distância d
entre as forças do binário de 500 N.
500 N
l-0,9 m-~d-~--+--0,9 m
A
500 N
750 N
Problema 4.163
750 N
8
1
I ,2 m
•4.164. Determine os ângulos de direção coordenados a, {J, y
da força F que é aplicada na extremidade do encanamento,
de modo que o momento de F em relação a O seja zero.
•4.165. Determine o momento da força F em relação ao
ponto O. A força possui ângulos de direção coordenados de
a = 60°, fJ = 120°, y = 45°. Expresse o resultado como um
vetor cartesiano.
F - 100 N
z
250mm
r--- 200 mm -----,.,4-- 150 nml --7
X
Problemas 4.164/ 16S
Capítulo 4 Resultantes de um sistema de forças 143 I
4.166. A lança do elevador é estendida até a posição
mostrada. Se o operário pesa 800 N (~ 80 kg), determine o
momento dessa força em relação à conexão em A.
Problema 4.166
4.167. Determine o momento da força F c em relação a
dobradiça da porta em A. Expresse o resultado como um
vetor cartesiano.
•4.168. Determine a intensidade do momento da força F c
em relação ao eixo das dobradiças aa da po11a.
X
/
~ y
Problemas 4.167/ 168
•4.169. Expresse o momento do binário atuando no
encanamento na forma de um vetor cartesiano. Resolva o
problema (a) usando a Equação 4.13 e (b) somando o mo-
mento de cada força em relação ao ponto O. Considere F =
{25k} N.
4.170. Se o momento de binário atuando no encanamento
possui uma intensidade de 400 N · m, determine a intensidade
F da força vertical aplicada em cada chave.
Problemas 4.169/ 170
144 I Estático
4.171. Substitua a força em A por uma força c momento de
binário resultante equivalente no ponto P. Expresse o
resultado na forma de um vetor cartesiano.
p
T 4m
lOm
8m
L 6 m--r:~::::-8 -m:_-:._-:_-..,.7-/~A ~
Problema 4.171
•4.112. A força horizontal de 30 N atua no cabo da chave.
Determine o momento de sa força em relação ao ponto O.
Especifique os ângulos de d ireção coordenados a, p, y do
eixo do momento.•4.113. A força horizontal de 30 N atua no cabo da chave.
Qual é a intensidade do momento dessa força em relação ao
eixo z?
Problemas 4.1 72/ 173
4 Resultantes de um Sistema de Forças
4.1 Momento de uma Força — Formulação Escalar
4 Resultantes de um Sistema de Forças
4.2 Produto Vetorial
4 Resultantes de um Sistema de Forças
4.3 Momento de uma Força — Formulação Vetorial
4 Resultantes de um Sistema de Forças
4.4 O Princípio dos Momentos
4 Resultantes de um Sistema de Forças
4.5 Momento de uma Força em Relação A um Eixo Especificado
4 Resultantes de um Sistema de Forças
4.6 Momento de um Binário
4 Resultantes de um Sistema de Forças
4.7 Simplificação de um Sistema de Forças e Binários
4 Resultantes de um Sistema de Forças
4.8 Simplificações Adicionais de um Sistema de Forças e Binários
4 Resultantes de um Sistema de Forças
4.9 Redução de um Carregamento Distribuído Simples