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EXERCÍCIOS FILOSOFIA DO DIREITO

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Questões resolvidas

Considerando a importância da obra de Hans Kelsen (1881-1873) para a evolução do pensamento jurídico, são feitas as seguintes afirmativas: I - O modelo de Kelsen traz a concepção da ciência jurídica como ciência dogmática, circunscrita, deste modo, à norma jurídica, ao direito posto pelo Estado. II - Na obra "Teoria Pura do Direito", Kelsen sustentou que o Direito não traz um corte axiológico, isto é, se relaciona diretamente com a perspectiva moral de Justiça. III - Kelsen não via o Direito como ciência com objeto próprio, apesar de ter um método específico, o princípio da pureza, que não opera um corte epistemológico. É correto o que se afirma em:
I, apenas.

Os autores em Filosofia do Direito consideram haver dois grandes grupos ou escolas de pensamento: os jusnaturalistas e os positivistas. Sobre as diferenças teóricas e metodológicas que existem em cada grupo ou escola, são feitas as seguintes afirmativas: I - Os positivistas representam a escola de pensamento que defende a tese da existência de um direito natural superior ao direito positivado e que lhe confere validade. II - Os jusnaturalistas podem ser vistos também como jusracionalistas, porque acreditavam na existência de valores universais e imutáveis inerentes ao gênero humano. III - Os positivistas vislumbram o direito como sinônimo de lei, de norma estatal, enquanto que para os jusnaturalistas o direito é sinônimo de justiça; É correto o que se afirma em:
II e III, apenas.

A respeito do positivismo jurídico, é correto afirmar:
É uma corrente de pensamento que defende a ideia segundo a qual só existe um direito - o positivo.

Atualmente o senso comum acredita que Direito é apenas a lei. Para os antigos a lei era a materialização de um hábito, uma prática social que envolvia hábitos, costumes, crenças religiosas e também o édito dos governantes. No séc. XIX, o positivismo apresentou uma tese sobre a relação entre Direito e Moral. Assinale a opção que apresenta a ideia positivista.
Para a corrente do positivismo jurídico direito e moral são esferas autônomas, desconectadas.

Immanuel Kant na obra Metafísica dos Costumes analisou as diferenças entre Direito e Moral. A respeito do modo como Kant enfocou esse importante tema, são feitas as afirmativas abaixo: I - Kant considera que, na esfera da moral, o cumprimento do dever ocorre por simples dever. A consciência de uma pessoa a levaria a agir, porque reconheceria aquela máxima como correta: agi por moralidade. II - Quando o cumprimento do dever por uma pessoa é motivado pelo temor de alguma sanção prevista na norma jurídica, isso significaria dizer que não se teria a pureza da moral, no sentido de ser influenciado por elementos externos à minha vontade ¿ mera legalidade. III - No âmbito da moral, na concepção de Kant, como ser heterônomo, posso experimentar o cumprimento do dever por puro dever. Na esfera do Direito, como ser autônomo, respeito à lei, mesmo quando meus interesses mais íntimos me conduzem para pensamento diverso. É correto o que se afirma em:
I e II, apenas.

Estudamos que numa possível diferenciação entre Direito e Moral o dever no âmbito da moral pode ser visto como puro, mas na esfera do direito como impuro, no sentido de ser influenciado por elementos externos à vontade. Esta tese foi formulada por:
Immanuel Kant.

A evolução do que se entende como Justiça é tema dos mais importantes para a Filosofia do Direito. Com relação a acepções que a Filosofia oferece para Justiça, são feitas as seguintes afirmativas: I - A acepção de que a Justiça se origina da aplicação de uma norma moral, de um direito natural ou de uma norma jurídica não confere à Justiça sentido ligado à pessoa e ao seu comportamento. II - A Justiça, ao estar em conformidade à lei, perde sua dimensão ética, porque a ética é a ciência que estuda a moral, as nossas formas de viver e de agir, bem como o respeito a valores compartilhados. III - Quando o objeto do juízo é a própria norma, pode-se aceitar uma acepção do termo Justiça que não se refere mais à pessoa e seu comportamento e sim ao sentido de eficiência para a viabilização das relações humanas. É correto o que se afirma em:
III, apenas.

Questão 1: Reconhecemos que precisamos de regras para a vida em sociedade. Neste ponto, a justiça é uma condição importante ao pacto. Para alcançarmos a paz e evitarmos uma situação de violência generalizada, precisamos cumprir o acordo. Essa tese sobre a justiça foi elaborada por:
Thomas Hobbes.

No pensamento do filósofo Immanuel Kant, o sentido de Justiça está presente. Uma característica da acepção de Justiça para Kant, a propósito, está em que ele:
Destacou relações entre a Justiça e a existência de liberdades compatibilizadas em uma dada sociedade.

Considerando o conceito de liberdade negativa, são feitas as afirmativas, a seguir: I - Pressupõe a possibilidade de sermos legisladores de nós mesmos. II - Configura-se na possibilidade de fazer ou não fazer, desde que não proibido em lei, porque vivemos em sociedade. III - Define-se como aquela em que o sujeito poderá agir ou não sem sofrer qualquer influência ou constrangimento. IV - É a faculdade do indivíduo de não obedecer a quaisquer leis externas, até que o mesmo indivíduo entenda lhes dar consentimento. É correto o que se afirma em:
II e III, apenas.

Pelo senso comum, liberdade seria sinônimo de livre-arbítrio. Contudo, a partir dos pontos de vista de importantes autores da Filosofia, observa-se que há duas formas de liberdade: a liberdade positiva e a liberdade negativa. Com relação a essas duas formas de liberdade são feitas as afirmativas, a seguir: I - Por liberdade negativa, entende-se aquela que se direciona à esfera individual, à vida privada. II - Sob o ponto de vista jurídico, a liberdade negativa engloba as liberdades do cidadão como agente promotor das deliberações coletiva. III - Por liberdade positiva, entende-se aquela que se volta para o campo particular, numa perspectiva histórica ligada à ascensão burguesa. IV - A liberdade positiva provém da vontade coletiva, o que, em termos políticos, significa que se dirige à esfera política numa dinâmica de autodeterminação do grupo social. É o correto o que se afirma em:
I e IV, apenas.

A liberdade positiva tem como características que a definem? I - A perspectiva política que a aproxima do que Rousseau chamava de vontade geral. II - A direção da esfera individual, da sujeição moral o que a liga à vida privada. III - A base fundamentada historicamente na autodeterminação do grupo social. IV - A relação direta com a conquista das liberdades civis ao longo da história. É correto o que se afirma em:
I e III, apenas.

A distinção entre a liberdade dos antigos e a liberdade dos modernos, ou seja, as duas formas de liberdade, a liberdade positiva como um tipo de liberdade dos antigos e a liberdade negativa como a característica fundamental da liberdade dos modernos, foi construída por:
Benjamin Constant.

A distinção entre a liberdade dos antigos e a liberdade dos modernos foi apresentada por Benjamin Constant, em 1819. A respeito dos conceitos de liberdade para Benjamin Constant, são feitas as seguintes afirmativas: I - A liberdade dos antigos seria positiva, uma vez que existia na Antiguidade a soberania do indivíduo na esfera privada e a sua escravidão na esfera pública. II - Os modernos conquistaram uma liberdade de característica positiva, em que o indivíduo tem independência na esfera privada, mas convive com restrições no campo público. III - A liberdade na Antiguidade seria positiva, em razão da soberania do cidadão na esfera pública, apesar das restrições vividas pelo indivíduo em sua esfera privada. IV - A liberdade dos modernos seria negativa, sendo associada ao caráter burguês da sociedade, sociedade essa em que o cidadão viveria numa democracia representativa. É correto o que se afirma em:
III e IV, apenas.

Com relação aos conceitos de liberdade positiva e liberdade negativa, são feitas as afirmativas: I - A liberdade positiva pode ser chamada de liberdade burguesa, sendo o burguês a representação do indivíduo na vida privada. II - A liberdade negativa pode ser designada como liberdade do cidadão, ou seja, o agente reivindicante promotor das deliberações coletivas. III - A liberdade negativa e a liberdade positiva habitam em cada um de nós como indivíduos como indivíduos particulares e como cidadãos com compromissos coletivos. É correto o que se afirma em:
III, apenas.

Ao longo da história ocidental, podemos perceber a evolução do sentido de igualdade. A esse respeito são feitas as afirmativas abaixo: I - A tradição romana experimentou uma igualdade entre cidadãos perante a lei com vinculação ao sentido de participação política. II - Na Idade Média, o cristianismo reafirmou a igualdade de todos enquanto membros de uma comunidade humana sem sentido político. III - Com o advento dos Estados-nações, a igualdade passa a estar vinculada a contratos, o que se identifica com o individualismo e o racionalismo modernos. É correto o que se afirma em:
II e III, apenas.

Sobre o princípio constitucional da dignidade da pessoa humana, julgue os itens a seguir. Após, assinale a opção correta. I - É constitucional a lei que estabeleceu políticas públicas para inserir os portadores de necessidades especiais na sociedade, pois atende ao princípio da dignidade da pessoa humana, definindo meios para que eles sejam alcançados. II - A cláusula da reserva do possível (que não pode ser invocada, pelo Poder Público, com o propósito de fraudar, de frustrar e de inviabilizar a implementação de políticas públicas definidas na própria Constituição) encontra insuperável limitação na garantia constitucional do mínimo existencial, que representa, no contexto de nosso ordenamento positivo, emanação direta do postulado da essencial dignidade da pessoa humana. III - Só é lícito o uso de algemas em casos de resistência e de fundado receio.

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Questões resolvidas

Considerando a importância da obra de Hans Kelsen (1881-1873) para a evolução do pensamento jurídico, são feitas as seguintes afirmativas: I - O modelo de Kelsen traz a concepção da ciência jurídica como ciência dogmática, circunscrita, deste modo, à norma jurídica, ao direito posto pelo Estado. II - Na obra "Teoria Pura do Direito", Kelsen sustentou que o Direito não traz um corte axiológico, isto é, se relaciona diretamente com a perspectiva moral de Justiça. III - Kelsen não via o Direito como ciência com objeto próprio, apesar de ter um método específico, o princípio da pureza, que não opera um corte epistemológico. É correto o que se afirma em:
I, apenas.

Os autores em Filosofia do Direito consideram haver dois grandes grupos ou escolas de pensamento: os jusnaturalistas e os positivistas. Sobre as diferenças teóricas e metodológicas que existem em cada grupo ou escola, são feitas as seguintes afirmativas: I - Os positivistas representam a escola de pensamento que defende a tese da existência de um direito natural superior ao direito positivado e que lhe confere validade. II - Os jusnaturalistas podem ser vistos também como jusracionalistas, porque acreditavam na existência de valores universais e imutáveis inerentes ao gênero humano. III - Os positivistas vislumbram o direito como sinônimo de lei, de norma estatal, enquanto que para os jusnaturalistas o direito é sinônimo de justiça; É correto o que se afirma em:
II e III, apenas.

A respeito do positivismo jurídico, é correto afirmar:
É uma corrente de pensamento que defende a ideia segundo a qual só existe um direito - o positivo.

Atualmente o senso comum acredita que Direito é apenas a lei. Para os antigos a lei era a materialização de um hábito, uma prática social que envolvia hábitos, costumes, crenças religiosas e também o édito dos governantes. No séc. XIX, o positivismo apresentou uma tese sobre a relação entre Direito e Moral. Assinale a opção que apresenta a ideia positivista.
Para a corrente do positivismo jurídico direito e moral são esferas autônomas, desconectadas.

Immanuel Kant na obra Metafísica dos Costumes analisou as diferenças entre Direito e Moral. A respeito do modo como Kant enfocou esse importante tema, são feitas as afirmativas abaixo: I - Kant considera que, na esfera da moral, o cumprimento do dever ocorre por simples dever. A consciência de uma pessoa a levaria a agir, porque reconheceria aquela máxima como correta: agi por moralidade. II - Quando o cumprimento do dever por uma pessoa é motivado pelo temor de alguma sanção prevista na norma jurídica, isso significaria dizer que não se teria a pureza da moral, no sentido de ser influenciado por elementos externos à minha vontade ¿ mera legalidade. III - No âmbito da moral, na concepção de Kant, como ser heterônomo, posso experimentar o cumprimento do dever por puro dever. Na esfera do Direito, como ser autônomo, respeito à lei, mesmo quando meus interesses mais íntimos me conduzem para pensamento diverso. É correto o que se afirma em:
I e II, apenas.

Estudamos que numa possível diferenciação entre Direito e Moral o dever no âmbito da moral pode ser visto como puro, mas na esfera do direito como impuro, no sentido de ser influenciado por elementos externos à vontade. Esta tese foi formulada por:
Immanuel Kant.

A evolução do que se entende como Justiça é tema dos mais importantes para a Filosofia do Direito. Com relação a acepções que a Filosofia oferece para Justiça, são feitas as seguintes afirmativas: I - A acepção de que a Justiça se origina da aplicação de uma norma moral, de um direito natural ou de uma norma jurídica não confere à Justiça sentido ligado à pessoa e ao seu comportamento. II - A Justiça, ao estar em conformidade à lei, perde sua dimensão ética, porque a ética é a ciência que estuda a moral, as nossas formas de viver e de agir, bem como o respeito a valores compartilhados. III - Quando o objeto do juízo é a própria norma, pode-se aceitar uma acepção do termo Justiça que não se refere mais à pessoa e seu comportamento e sim ao sentido de eficiência para a viabilização das relações humanas. É correto o que se afirma em:
III, apenas.

Questão 1: Reconhecemos que precisamos de regras para a vida em sociedade. Neste ponto, a justiça é uma condição importante ao pacto. Para alcançarmos a paz e evitarmos uma situação de violência generalizada, precisamos cumprir o acordo. Essa tese sobre a justiça foi elaborada por:
Thomas Hobbes.

No pensamento do filósofo Immanuel Kant, o sentido de Justiça está presente. Uma característica da acepção de Justiça para Kant, a propósito, está em que ele:
Destacou relações entre a Justiça e a existência de liberdades compatibilizadas em uma dada sociedade.

Considerando o conceito de liberdade negativa, são feitas as afirmativas, a seguir: I - Pressupõe a possibilidade de sermos legisladores de nós mesmos. II - Configura-se na possibilidade de fazer ou não fazer, desde que não proibido em lei, porque vivemos em sociedade. III - Define-se como aquela em que o sujeito poderá agir ou não sem sofrer qualquer influência ou constrangimento. IV - É a faculdade do indivíduo de não obedecer a quaisquer leis externas, até que o mesmo indivíduo entenda lhes dar consentimento. É correto o que se afirma em:
II e III, apenas.

Pelo senso comum, liberdade seria sinônimo de livre-arbítrio. Contudo, a partir dos pontos de vista de importantes autores da Filosofia, observa-se que há duas formas de liberdade: a liberdade positiva e a liberdade negativa. Com relação a essas duas formas de liberdade são feitas as afirmativas, a seguir: I - Por liberdade negativa, entende-se aquela que se direciona à esfera individual, à vida privada. II - Sob o ponto de vista jurídico, a liberdade negativa engloba as liberdades do cidadão como agente promotor das deliberações coletiva. III - Por liberdade positiva, entende-se aquela que se volta para o campo particular, numa perspectiva histórica ligada à ascensão burguesa. IV - A liberdade positiva provém da vontade coletiva, o que, em termos políticos, significa que se dirige à esfera política numa dinâmica de autodeterminação do grupo social. É o correto o que se afirma em:
I e IV, apenas.

A liberdade positiva tem como características que a definem? I - A perspectiva política que a aproxima do que Rousseau chamava de vontade geral. II - A direção da esfera individual, da sujeição moral o que a liga à vida privada. III - A base fundamentada historicamente na autodeterminação do grupo social. IV - A relação direta com a conquista das liberdades civis ao longo da história. É correto o que se afirma em:
I e III, apenas.

A distinção entre a liberdade dos antigos e a liberdade dos modernos, ou seja, as duas formas de liberdade, a liberdade positiva como um tipo de liberdade dos antigos e a liberdade negativa como a característica fundamental da liberdade dos modernos, foi construída por:
Benjamin Constant.

A distinção entre a liberdade dos antigos e a liberdade dos modernos foi apresentada por Benjamin Constant, em 1819. A respeito dos conceitos de liberdade para Benjamin Constant, são feitas as seguintes afirmativas: I - A liberdade dos antigos seria positiva, uma vez que existia na Antiguidade a soberania do indivíduo na esfera privada e a sua escravidão na esfera pública. II - Os modernos conquistaram uma liberdade de característica positiva, em que o indivíduo tem independência na esfera privada, mas convive com restrições no campo público. III - A liberdade na Antiguidade seria positiva, em razão da soberania do cidadão na esfera pública, apesar das restrições vividas pelo indivíduo em sua esfera privada. IV - A liberdade dos modernos seria negativa, sendo associada ao caráter burguês da sociedade, sociedade essa em que o cidadão viveria numa democracia representativa. É correto o que se afirma em:
III e IV, apenas.

Com relação aos conceitos de liberdade positiva e liberdade negativa, são feitas as afirmativas: I - A liberdade positiva pode ser chamada de liberdade burguesa, sendo o burguês a representação do indivíduo na vida privada. II - A liberdade negativa pode ser designada como liberdade do cidadão, ou seja, o agente reivindicante promotor das deliberações coletivas. III - A liberdade negativa e a liberdade positiva habitam em cada um de nós como indivíduos como indivíduos particulares e como cidadãos com compromissos coletivos. É correto o que se afirma em:
III, apenas.

Ao longo da história ocidental, podemos perceber a evolução do sentido de igualdade. A esse respeito são feitas as afirmativas abaixo: I - A tradição romana experimentou uma igualdade entre cidadãos perante a lei com vinculação ao sentido de participação política. II - Na Idade Média, o cristianismo reafirmou a igualdade de todos enquanto membros de uma comunidade humana sem sentido político. III - Com o advento dos Estados-nações, a igualdade passa a estar vinculada a contratos, o que se identifica com o individualismo e o racionalismo modernos. É correto o que se afirma em:
II e III, apenas.

Sobre o princípio constitucional da dignidade da pessoa humana, julgue os itens a seguir. Após, assinale a opção correta. I - É constitucional a lei que estabeleceu políticas públicas para inserir os portadores de necessidades especiais na sociedade, pois atende ao princípio da dignidade da pessoa humana, definindo meios para que eles sejam alcançados. II - A cláusula da reserva do possível (que não pode ser invocada, pelo Poder Público, com o propósito de fraudar, de frustrar e de inviabilizar a implementação de políticas públicas definidas na própria Constituição) encontra insuperável limitação na garantia constitucional do mínimo existencial, que representa, no contexto de nosso ordenamento positivo, emanação direta do postulado da essencial dignidade da pessoa humana. III - Só é lícito o uso de algemas em casos de resistência e de fundado receio.

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EXERCÍCIOS FILOSOFIA DO DIREITO
1. Uma das escolas que compõem a Filosofia do Direito é reconhecida como Histórica, tendo sido o seu fundador o primeiro a usar a expressão “Filosofia do Direito”, em 1797, na obra Tratado do Direito Natural ou Filosofia do Direito Positivo. O fundador da Escola Histórica, a propósito, foi:
- Gustav Von Hugo.
2. A Filosofia do Direito se divide em Ontognoseologia, Epistemologia e Deontologia. Neste contexto, é correto afirmar que:
I - A Ontognoseologia tem como objeto de estudo a análise do que é o Direito e como ele se apresenta para a subjetividade na experiência jurídica do mundo da sociabilidade.
II - A Epistemologia investiga o Direito como uma ciência, delimitando seu campo científico de pesquisa, sem excluir suas conexões com outras ciências humanas.
III - A Deontologia indaga qual a natureza da dogmática jurídica, objetivando ao entendimento de como se produzem a sistematização e a integração dos institutos jurídicos.
Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s):
- I e II, apenas.
3. Considerando-se a Deontologia como uma das divisões no campo de estudos da Filosofia do Direito, são feitas as seguintes afirmativas:
I - A Deontologia indaga os fundamentos e ou pressupostos éticos do Direito e do Estado.
II - A reflexão feita pelo viés deontológico promove reflexões valorativas do Direito.
III - A relação entre a ordem jurídica e legitimidade e entre a obediência e a obrigatoriedade das normas e das leis está no objeto da Deontologia.
Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s):
- I, II e III.
4. O Filósofo da Antiguidade Greco-Romana, em cuja obra, intitulada A República, há uma importante e bela reflexão filosófica sobre o que seria uma sociedade justa, sobre o sentido de justiça retributiva no transcendente e sobre a perspectiva ética da experiência jurídica e do sentido de bem comum é:
- Platão.
5. Segundo Del Vecchio (1979), a filosofia voltada para a realidade jurídica pode ser muito útil para os homens, uma vez que nos permite:
I - Concentrar nossos estudos no passado unicamente;
II - Desenvolver um olhar crítico-reflexivo sobre as teorias e institutos presentes na esfera jurídica;
III - Garantir uma visão empobrecida, imediatista e meramente utilitária da experiência jurídica;
IV - Permite aprofundar estudos de temas como Justiça, Liberdade, Igualdade, entre outros.
Estão corretos os enunciados:
- II e IV.
6. Para Del Vecchio, filósofo italiano voltado ao universo do direito, há um tipo de saber fundamental que investiga o fenômeno jurídico a partir de dois elementos importantes, a saber: primeiro, olhar crítico-reflexivo sobre as teorias e institutos presentes na esfera jurídica; segundo, conhecimento de nossa história para compreender o presente na sua relação com o passado. Nesse sentido, é correto dizer que tal saber que Del Vecchio está assinado é:
- Filosofia do Direito.
7. "A _________________ reflete o amor pela verdade que se quer conhecida sempre com maior perfeição, tendo-se em mira os últimos pressupostos. Começa com um estado de inquietação e perplexidade, para culminar numa atitude crítica diante do real e da vida". No trecho acima, Reale (2002, p. 5-6) refere-se a que tipo de conhecimento? 
- Filosofia.
8. Segundo Miguel Reale, a Filosofia do Direito divide-se em parte geral e parte especial. Nesse sentido, assinale a opção que apresenta as áreas que integram a parte especial da Filosofia do Direito.
- Epistemologia, Deontologia e Culturologia.
9. Considerando as relações entre o Direito e a Filosofia, com base no material didático da disciplina, são feitas as seguintes afirmativas:
I - A diferença entre a Filosofia e a Ciência do Direito reside no modo pelo qual cada uma delas considera o Direito: está no seu aspecto particular; aquela no seu aspecto universal. 
II - A perspectiva da Filosofia do Direito está na norma jurídica, desprezando-se quaisquer considerações históricas, ideológicas que podem esgotar a compreensão crítica da realidade jurídica.
III - A Ciência do Direito visa à compreensão dos fatos gerados nas estruturas das sociedades, enquanto que a Filosofia do Direito busca o estudo da dogmática, da aplicação literal e automática da norma.
Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s):
- I, apenas.
10. Na busca por uma diferenciação entre Filosofia do Direito e Ciência do Direito, podemos afirmar:
I - A Filosofia do Direito considera o Direito em seus aspectos particulares, ao passo que a Ciência do Direito em seus aspectos universais.
II - A Filosofia do Direito considera o Direito em seus aspectos universais, ao passo que a Ciência do Direito em seus aspectos particulares.
III - A Filosofia do Direito tem seu marco inicial na norma jurídica em direção à sua aplicação no mundo da sociabilidade, enquanto que a Ciência do Direito visa a compreender para além da norma jurídica.
IV - A Filosofia do Direito visa a compreender para além da norma jurídica, sendo que a Ciência do Direito tem seu marco inicial na norma jurídica em direção à sua aplicação no mundo da sociabilidade.
É correto o que se afirma em:
- II e IV, apenas.
11. A Ontognoseologia é a parte geral da Filosofia Jurídica que:
I - Estuda a experiência jurídica na relação entre sujeito e objeto.
II - Procura responder qual a estrutura da realidade jurídica e sua situação no mundo da cultura.
III - Investiga a sistematização e integração dos institutos jurídicos, ou seja, a dogmática.
IV - Busca o entendimento da legitimidade da obediência às leis, dos fundamentos éticos do Direito e do Estado.
É correto o que se afirma em:
- I e II, apenas.
12. Aquele que conhece as correntes filosóficas, bem como as categorias lógicas do Direito, com o objetivo de avaliar o rigor lógico dos conceitos jurídicos e a adequação do Direito às necessidades sociais contemporâneas é denominado de:
- Filósofo do Direito.
13. Considerando as relações entre o Direito e a Filosofia, com base no material didático da disciplina, são feitas as seguintes afirmativas:
I - A Filosofia é a crítica do Direito assim como o Direito é a crítica da Filosofia.
II - A Filosofia permite desenvolver um olhar crítico-reflexivo sobre as teorias e institutos presentes na esfera jurídica.
III - A desvinculação entre os fundamentos do Direito e os princípios da Filosofia é algo que deve ser feito por conta desta última não constituir ramo do conhecimento científico.
Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s):
- II, apenas.
14. À pergunta “Que é filosofia do direito?”. Deve-se responder, portanto:
- Uma investigação sobre o Direito na sua universalidade, segundo o ideal de justiça;
15. Considerando as relações entre o Direito e a Filosofia, com base no material didático da disciplina, são feitas as seguintes afirmativas:
I - A Filosofia do Direito é construída a partir da pesquisa conceitual do Direito e suas implicações lógicas, sem, contudo, proceder a uma reflexão valorativa e crítica das instituições jurídicas.
II - A Filosofia Jurídica visa à percepção da realidade jurídica, por intermédio de sua relação com os princípios fundamentais, sobre o estudo da natureza do Direito e sua essencialidade.
III - A Filosofia do Direito é uma disciplina voltada para a compreensão de valores universais e, deste modo, para o conhecimento crítico de uma realidade, a realidade jurídica.
Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s):
- II e III, apenas.
16. Há uma escola de pensamento jurídico-filosófico, cuja concepção do Direito é de um conjunto de normas de conduta social, imposto coercitivamente pelo Estado, para a realização da segurança, segundo os princípios de justiça. Essa escola é a do:
- Positivismo.
17. Considerando-se diferentes acepções para a palavra Direito, são feitas as seguintes afirmativas:
I - O Direito que deve ser tirado da regra, o que é a mesma coisa que tirar a regra do Direito que existe.
II - O Direito, em seu sentido objetivo, tem a acepção de conjunto de normas jurídicas.
III - O Direito não se reduz à regra jurídica, ao contrário, as regras jurídicas descrevem parcialmente o Direito,o qual lhes é preexistente.
IV - O Direito não é fato social, à medida que surge da força do conhecimento científico em consonância com a vontade estatal.
É correto o que se afirma em:
- II e III, somente.
18. Segundo muitos filósofos do direito, a elaboração de uma conceituação sobre o significado de Direito é uma tarefa fulcral, pois o rigor conceitual marca este ramo da filosofia. Nesse sentido, Herkenhoff destacar que existem dois critérios básicos que nos auxiliam nesta tarefa, a saber: o critério nominal e o critério real ou lógico. Portanto, conforme Herkenhoff, existem dois tipos que definem o Direito nominalmente, estes são:
- Etimológico e semântico.
19. Acerca do que se entende como Direito Objetivo, são feitas as afirmativas abaixo:
I - É o conjunto de regras vigentes num determinado momento para reger as relações humanas e que são facultativamente colocadas pelo Estado para a consideração de seus cidadãos.
II - É designado comumente como o Direito, enquanto norma (jus est agendi), o que significa que vai além do significado atribuído pela corrente positivista.
III - Traz a aceitação de outros direitos em adição àqueles impostos pelo Estado, opondo-se diretamente ao entendimento de que há uma única matriz cultural na sociedade.
Sobre as afirmativas I, II e III, podemos dizer que:
- As afirmativas I, II e III estão incorretas.
20. Com referência ao conceito de ordem jurídica, são feitas as seguintes afirmativas:
I - A ordem jurídica é uma qualidade do Direito Positivo, trazendo coerência lógica das normas vigentes.
II - A noção de ordem significa harmonia entre as partes que forma o todo, o que significa a unicidade dos elementos pertencentes a um conjunto, a uma totalidade.
III - A ordem jurídica envolve o direito objetivo que está nas normas jurídicas e também as normas sociais e morais.
É correto o que se afirma em:
- I e III, apenas.
21. O direito natural é concebido como um conjunto de princípios que não dependem de acordos ou de uma legislação para existir ou ter importância. Nesse sentido, assinale a opção que apresenta uma característica do direito natural.
- Um direito que pode ser obtido por raciocínio dedutivo.
22. São características da Filosofia de Direito:
I - É um saber crítico a respeito das construções jurídicas e práticas do Direito;
II - Busca os fundamentos do Direito;
III - Consiste em uma reflexão atenta às modificações no mundo jurídico e seus institutos;
IV - Oferece suporte reflexivo ao legislador;
V - Desvela as ideologias que fundam certas práticas jurídicas.
- I, II, III, IV e V.
23. No material didático do Curso, na Aula 02, pode se ler o seguinte parágrafo:
"Para Filosofia do Direito, a busca de uma conceituação sobre o que é Direito é uma tarefa importante e filosófica. O rigor conceitual é uma das características da Filosofia. Trata-se de um tema típico da Filosofia do Direito e não há conceito mais complexo de se analisar que este. E, neste ponto, podemos destacar que existem dois critérios básicos que nos auxiliam nesta tarefa, a saber: o critério nominal e o critério real ou lógico (HERKENHOFF, 2010)."
Neste contexto, são feitas as afirmativas, abaixo:
I - O critério lógico deriva da necessidade de se investigar a carga valorativa das palavras ao longo do tempo.
II - O critério real tem o sentido de coerência, sendo mais importante que o critério nominal para a compreensão do que o Direito é efetivamente.
III - O critério nominal tem dois tipos de definições: o etimológico, com a origem da palavra; e o semântico, ou seja, sentido alterado da palavra com o passar do tempo.
É correto o que se afirma em:
- III, apenas.
24. Sobre a Filosofia do Direito é correto afirmar:
I - Seu objeto de pesquisa é experiência jurídica.
II - Consiste na pesquisa conceitual do Direito e implicações lógicas, por seus princípios e razões mais elevados, e na reflexão crítico-valorativa das instituições jurídicas.
III - Investiga o sentido de justo, por isso investiga as relações sociais mediadas pelo Direito, o justo é a legitimação filosófica e ética do direito.
IV - É um saber crítico a respeito das construções jurídicas erigidas pela Ciência do Direito e pela própria práxis do Direito.
- I, II, III e IV.
25. Uma palavra, ao longo do tempo, pode adquirir mais de um sentido. Um exemplo é a palavra grega "demos" que designava "povo", isto é, um grupo de famílias identificadas na cidade de Atenas. Hoje, "povo" tem outros significados. A palavra Direito seria outro exemplo, sendo etimologicamente decorrente do termo latino "directus". Sobre a origem da palavra Direito, é correto afirmar que:
- Surgiu apenas na Idade Média, aproximadamente no século IV depois de Cristo.
26. Enquanto conjunto de normas jurídicas, ao lado das normas sociais e das normas morais, o Direito se manifesta em nossas vidas. Este direito como norma agendi poderá ser designado também como:
- Direito objetivo.
27. Conforme as lições do filósofo do direito, João Baptista Herkenhoff, para conceituarmos o Direito precisamos considerar dois sentidos diferentes, a saber:
- O etimológico e o semântico.
28. Considerando a importância da obra de Hans Kelsen (1881-1873) para a evolução do pensamento jurídico, são feitas as seguintes afirmativas:
I - O modelo de Kelsen traz a concepção da ciência jurídica como ciência dogmática, circunscrita, deste modo, à norma jurídica, ao direito posto pelo Estado.
II - Na obra "Teoria Pura do Direito", Kelsen sustentou que o Direito não traz um corte axiológico, isto é, se relaciona diretamente com a perspectiva moral de Justiça.
III - Kelsen não via o Direito como ciência com objeto próprio, apesar de ter um método específico, o princípio da pureza, que não opera um corte epistemológico.
É correto o que se afirma em:
- I, apenas.
29. Os autores em Filosofia do Direito consideram haver dois grandes grupos ou escolas de pensamento: os jusnaturalistas e os positivistas. Sobre as diferenças teóricas e metodológicas que existem em cada grupo ou escola, são feitas as seguintes afirmativas:
I - Os positivistas representam a escola de pensamento que defende a tese da existência de um direito natural superior ao direito positivado e que lhe confere validade.
II - Os jusnaturalistas podem ser vistos também como jusracionalistas, porque acreditavam na existência de valores universais e imutáveis inerentes ao gênero humano.
III - Os positivistas vislumbram o direito como sinônimo de lei, de norma estatal, enquanto que para os jusnaturalistas o direito é sinônimo de justiça;
É correto o que se afirma em:
- II e III, apenas.
30. O filósofo do direito, Ronald Dworkin, na obra levando os direitos a sério (2002) nos oportuniza sintetizar as ideias centrais do pensamento juspositivistas e uma delas é:
- A redução do direito à lei.
31. A corrente de pensamento que concebe a natureza humana como fundamentalmente racional e assevera que através da reta razão somos todos capazes de deduzir prescrições morais válidas universalmente é:
- Jusnaturalismo.
32. Com relação ao tema das escolas de pensamento jurídico, são feitas as seguintes afirmativas:
I - Considera-se como escola de pensamento jurídico um grupo de autores que compartem uma visão específica das funções do direito, sem a concepção de regras de interpretação das normas jurídicas.
II - No campo das ideias encontramos teorias com afinidades entre si e outras que se opõem, isso não é congruente com o mundo jurídico que é o mundo da divergência.
III - Os pressupostos teóricos que, na prática forense, embasam as defesas de ideias, de direcionamentos para se obter um decisão favorável desvelam a nossa visão de mundo.
É correto o que se afirma em:
- III, apenas.
33. A Teoria Pura do Direito de Kelsen observa a “pureza metódica que consiste na adstrição da teoria a fatores estritamente jurídicos, sem a ingerência de ideologias e das ciências da natureza” (NADER, 2011, p. 238). Este método foi denominado de:
- Princípio metodológico fundamental.
34. A respeito do positivismo jurídico, é correto afirmar:- É uma corrente de pensamento que defende a ideia segundo a qual só existe um direito - o positivo.
35. O modelo de explicação do universo jurídico do jurista Hans Kelsen ainda é predominante no estudo do Direito quando se observa o positivismo jurídico. Este modelo concebe a ciência jurídica como uma ciência dogmática, pois delimita a norma jurídica enquanto objeto do Direito, ou seja, o direito posto pelo Estado. Sua teoria foi apresentada por volta de 1936 por meio do seu livro:
- Teoria pura do direito.
36. Atualmente o senso comum acredita que Direito é apenas a lei. Para os antigos a lei era a materialização de um hábito, uma prática social que envolvia hábitos, costumes, crenças religiosas e também o édito dos governantes. No séc. XIX, o positivismo apresentou uma tese sobre a relação entre Direito e Moral. Assinale a opção que apresenta a ideia positivista.
- Para a corrente do positivismo jurídico direito e moral são esferas autônomas, desconectadas.
37. Immanuel Kant na obra Metafísica dos Costumes analisou as diferenças entre Direito e Moral. A respeito do modo como Kant enfocou esse importante tema, são feitas as afirmativas abaixo:
I - Kant considera que, na esfera da moral, o cumprimento do dever ocorre por simples dever. A consciência de uma pessoa a levaria a agir, porque reconheceria aquela máxima como correta: agi por moralidade.
II - Quando o cumprimento do dever por uma pessoa é motivado pelo temor de alguma sanção prevista na norma jurídica, isso significaria dizer que não se teria a pureza da moral, no sentido de ser influenciado por elementos externos à minha vontade ¿ mera legalidade.
III - No âmbito da moral, na concepção de Kant, como ser heterônomo, posso experimentar o cumprimento do dever por puro dever. Na esfera do Direito, como ser autônomo, respeito à lei, mesmo quando meus interesses mais íntimos me conduzem para pensamento diverso.
É correto o que se afirma em:
- I e II, apenas.
38. Leia:
Direito e moral são independentes e não tem nem sequer uma área de interseção.
Agora, responda: o raciocínio acima poderia ser associado a que filósofo?
- Hans Kelsen.
39. Estudamos que a conceituação do Direito e sempre controvertida. Todavia, podemos partir de uma ideia comumente aceita que o Direito assinale a afirmativa que expressa a ideia mais comum de Direito que temos atualmente.
- Um conjunto de normas positivadas criadas pelo Estado e que integram um ordenamento jurídico.
40. Estudamos que numa possível diferenciação entre Direito e Moral o dever no âmbito da moral pode ser visto como puro, mas na esfera do direito como impuro, no sentido de ser influenciado por elementos externos à vontade. Esta tese foi formulada por:
- Immanuel Kant.
41. A palavra "direito" é polissêmica, tendo seus significados evoluído ao longo da história. Acerca da evolução da palavra ou termo "direito" são feitas as seguintes afirmativas:
I - Pelo senso comum, "direito" tem o sentido daquilo que é o correto. Sob o ponto de vista filosófico, é um conceito semanticamente vazio, já que não há um conceito estabelecido como certo.
II - A palavra "direito" apresenta duas formas distintas em grego: jus e directum. A primeira liga-se à relação entre as pessoas. A segunda conduz à ideia de retidão moral e jurídica.
III - Até o século XIX, o termo "direito" estava vinculado a um conjunto de aspirações subjetivas de justiça, o que estava ligado diretamente ao advento do direito positivado pelo Estado.
É correto o que se afirma em:
- I, apenas.
42. Na evolução do sentido de Justiça, destaca-se a contribuição de Ulpiano, ainda no Império Romano, que considerava a busca por aquilo que é justo como a “vontade constante e perpétua de dar a cada um o seu” (suun cuique tribure), o que, em outros termos, configura designar justiça como conformidade à lei. Essa perspectiva permaneceu entre alguns pensadores mais recentes, conforme o exemplo do contratualista Thomas Hobbes em sua principal obra, a propósito, intitulada:
- O Leviatã.
43. “Justiça seja feita!”. Essa é uma ideia corriqueira no mundo da vida. Todavia, estudamos que existem duas acepções importantes que a Filosofia do Direito destaca para o termo justiça, a saber:
- Justiça como conformidade à lei e justiça como instrumento para outros fins.
44. A evolução do que se entende como Justiça é tema dos mais importantes para a Filosofia do Direito. Com relação a acepções que a Filosofia oferece para Justiça, são feitas as seguintes afirmativas:
I - A acepção de que a Justiça se origina da aplicação de uma norma moral, de um direito natural ou de uma norma jurídica não confere à Justiça sentido ligado à pessoa e ao seu comportamento.
II - A Justiça, ao estar em conformidade à lei, perde sua dimensão ética, porque a ética é a ciência que estuda a moral, as nossas formas de viver e de agir, bem como o respeito a valores compartilhados.
III - Quando o objeto do juízo é a própria norma, pode-se aceitar uma acepção do termo Justiça que não se refere mais à pessoa e seu comportamento e sim ao sentido de eficiência para a viabilização das relações humanas.
É correto o que se afirma em:
- III, apenas.
45. Questão 1: Reconhecemos que precisamos de regras para a vida em sociedade. Neste ponto, a justiça é uma condição importante ao pacto. Para alcançarmos a paz e evitarmos uma situação de violência generalizada, precisamos cumprir o acordo. Essa tese sobre a justiça foi elaborada por:
- Thomas Hobbes.
46. No pensamento do filósofo Immanuel Kant, o sentido de Justiça está presente. Uma característica da acepção de Justiça para Kant, a propósito, está em que ele:
- Destacou relações entre a Justiça e a existência de liberdades compatibilizadas em uma dada sociedade.
47. Considerando o conceito de liberdade negativa, são feitas as afirmativas, a seguir:
I - Pressupõe a possibilidade de sermos legisladores de nós mesmos.
II - Configura-se na possibilidade de fazer ou não fazer, desde que não proibido em lei, porque vivemos em sociedade.
III - Define-se como aquela em que o sujeito poderá agir ou não sem sofrer qualquer influência ou constrangimento.
IV - É a faculdade do indivíduo de não obedecer a quaisquer leis externas, até que o mesmo indivíduo entenda lhes dar consentimento.
É correto o que se afirma em:
- II e III, apenas.
48. Pelo senso comum, liberdade seria sinônimo de livre-arbítrio. Contudo, a partir dos pontos de vista de importantes autores da Filosofia, observa-se que há duas formas de liberdade: a liberdade positiva e a liberdade negativa. Com relação a essas duas formas de liberdade são feitas as afirmativas, a seguir:
I - Por liberdade negativa, entende-se aquela que se direciona à esfera individual, à vida privada.
II - Sob o ponto de vista jurídico, a liberdade negativa engloba as liberdades do cidadão como agente promotor das deliberações coletiva.
III - Por liberdade positiva, entende-se aquela que se volta para o campo particular, numa perspectiva histórica ligada à ascensão burguesa.
IV - A liberdade positiva provém da vontade coletiva, o que, em termos políticos, significa que se dirige à esfera política numa dinâmica de autodeterminação do grupo social.
É o correto o que se afirma em:
- I e IV, apenas.
49. A liberdade positiva tem como características que a definem?
I - A perspectiva política que a aproxima do que Rousseau chamava de vontade geral.
II - A direção da esfera individual, da sujeição moral o que a liga à vida privada.
III - A base fundamentada historicamente na autodeterminação do grupo social.
IV - A relação direta com a conquista das liberdades civis ao longo da história.
É correto o que se afirma em:
- I e III, apenas.
50. A distinção entre a liberdade dos antigos e a liberdade dos modernos, ou seja, as duas formas de liberdade, a liberdade positiva como um tipo de liberdade dos antigos e a liberdade negativa como a característica fundamental da liberdade dos modernos, foi construída por:
- Benjamin Constant.
51. Nesta segunda forma de liberdade, liberdade positiva, encontramosem Rousseau uma consideração importante, a saber:
- A ideia de que somos legisladores de nossas próprias normas.
52. A distinção entre a liberdade dos antigos e a liberdade dos modernos foi apresentada por Benjamin Constant, em 1819. A respeito dos conceitos de liberdade para Benjamin Constant, são feitas as seguintes afirmativas:
I - A liberdade dos antigos seria positiva, uma vez que existia na Antiguidade a soberania do indivíduo na esfera privada e a sua escravidão na esfera pública.
II - Os modernos conquistaram uma liberdade de característica positiva, em que o indivíduo tem independência na esfera privada, mas convive com restrições no campo público.
III - A liberdade na Antiguidade seria positiva, em razão da soberania do cidadão na esfera pública, apesar das restrições vividas pelo indivíduo em sua esfera privada.
IV - A liberdade dos modernos seria negativa, sendo associada ao caráter burguês da sociedade, sociedade essa em que o cidadão viveria numa democracia representativa.
É correto o que se afirma em:
- III e IV, apenas.
53. Com relação aos conceitos de liberdade positiva e liberdade negativa, são feitas as afirmativas:
I - A liberdade positiva pode ser chamada de liberdade burguesa, sendo o burguês a representação do indivíduo na vida privada.
II - A liberdade negativa pode ser designada como liberdade do cidadão, ou seja, o agente reivindicante promotor das deliberações coletivas.
III - A liberdade negativa e a liberdade positiva habitam em cada um de nós como indivíduos como indivíduos particulares e como cidadãos com compromissos coletivos.
É correto o que se afirma em:
- III, apenas.
54. O filósofo do direito italiano, Norberto Bobbio, na obra Igualdade e Liberdade observa que a liberdade negativa é aquela que denota:
- Ausência de impedimento.
55. Ao longo da história ocidental, podemos perceber a evolução do sentido de igualdade. A esse respeito são feitas as afirmativas abaixo:
I - A tradição romana experimentou uma igualdade entre cidadãos perante a lei com vinculação ao sentido de participação política.
II - Na Idade Média, o cristianismo reafirmou a igualdade de todos enquanto membros de uma comunidade humana sem sentido político.
III - Com o advento dos Estados-nações, a igualdade passa a estar vinculada a contratos, o que se identifica com o individualismo e o racionalismo modernos.
É correto o que se afirma em:
- II e III, apenas.
56. Sobre o princípio constitucional da dignidade da pessoa humana, julgue os itens a seguir. Após, assinale a opção correta. 
I - É constitucional a lei que estabeleceu políticas públicas para inserir os portadores de necessidades especiais na sociedade, pois atende ao princípio da dignidade da pessoa humana, definindo meios para que eles sejam alcançados. 
II - A cláusula da reserva do possível (que não pode ser invocada, pelo Poder Público, com o propósito de fraudar, de frustrar e de inviabilizar a implementação de políticas públicas definidas na própria Constituição) encontra insuperável limitação na garantia constitucional do mínimo existencial, que representa, no contexto de nosso ordenamento positivo, emanação direta do postulado da essencial dignidade da pessoa humana. 
III - Só é lícito o uso de algemas em casos de resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisão ou do ato processual a que se refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado. 
IV - O direito ao nome insere-se no conceito de dignidade da pessoa humana, princípio alçado a fundamento da República Federativa do Brasil. Estão corretos apenas:
- Todos os itens estão corretos.
57. A ideia de igualdade aparece no cenário político grego da democracia de Clístenes (508 a.C.) como:
- Isonomia e isegoria.
58. Acerca das relações entre justiça e equidade, são feitas as seguintes afirmativas:
I - Para Aristóteles, a equidade estava acima da mera aplicação da lei e direcionava-se ao bom julgamento em um caso concreto - adaptação do geral ao específico.
II - Entre as funções associadas ao conceito jurídico de equidade está a de que ela pode ser elemento de integração da norma na hipótese de lacuna na lei.
III - A visão positivista trouxe novo significado para o sentido de equidade com a ênfase à aplicação de princípios e diretrizes, livrando o juiz da condição de mero aplicador de um direito.
É correto o que se afirma em:
- I e II, apenas.
59. O filósofo italiano Norberto Bobbio separa “igualdade perante a lei de igualdade de direito; de igualdade nos direitos e igualdade jurídica”.
Acerca dessa separação, fazemos as seguintes afirmativas:
I - A igualdade jurídica decorre do direito de todos terem acesso à jurisdição comum, sendo uma forma específica e historicamente determinada de igualdade de direito ou os direitos.
II - A igualdade nos ou dos direitos significa algo mais do que simples igualdade perante a lei, enquanto exclusão de qualquer discriminação não justificada.
III - A igualdade de direito é usada em contraposição à igualdade de fato, correspondendo quase sempre à contraposição entre igualdade formal e igualdade material.
IV - Por igualdade perante a lei, entende-se habitualmente a igualdade naquele atributo particular faz de todo membro de um grupo social, inclusive a criança, um sujeito dotado de capacidade jurídica.
É correto o que se afirma em:
- II e III, apenas.
60. Existem concepções que partem da tese da igualdade de todos em tudo. Assim, podemos perceber que a ideia do sufrágio universal, por exemplo. Podemos designá-la como:
- Igualitarismo.
61. A igualdade é um conceito polissêmico, sendo também percebida como um valor, para todos que habitam o gênero humano. A evolução do que se entende por igualdade teve seu início ainda na Antiguidade. Na Grécia, a propósito, a ideia de igualdade aparece como isonomia (igual repartição de poder e riqueza) e como isegoria (igualdade do discurso) no cenário da democracia, em 508 a.C., associada a:
- Clístenes.
62. A respeito do conceito de equidade, podemos afirmar que:
I - Thomas Hobbes foi o filósofo que introduziu o conceito de equidade, a partir da observação de que a índole do ser humano é ruim, tornando o mundo uma guerra de todos contra todos.
II - A equidade vem do pensamento aristotélico, no qual o equitativo é por natureza uma correção da lei, onde esta é omissa devido à sua generalidade.
III - A perspectiva positivista enfraqueceu a perspectiva da equidade, porque se fundamenta numa ideia de que o juiz é um mero aplicador de um direito, estabelecido, antes, pelo legislador.
É correto o que se afirma em:
- II e III, apenas.
63. Norberto Bobbio sugere separar “igualdade perante a lei de igualdade de direito; de igualdade nos direitos e igualdade jurídica”. Acerca do que esse filósofo escreveu a respeito desses conceitos, fazemos as seguintes afirmativas:
I - A igualdade dos e nos direitos é usada em contraposição à igualdade de fato, correspondendo quase sempre à contraposição entre igualdade formal e igualdade material.
II - A igualdade de direito significa algo mais do que simples igualdade perante a lei, enquanto exclusão de qualquer discriminação não justificada.
III - A igualdade perante a lei decorre do direito de todos terem acesso à jurisdição comum, sendo uma forma específica e historicamente determinada de igualdade de direito ou direitos.
IV - Por igualdade jurídica, entende-se habitualmente a igualdade naquele atributo particular faz de todo membro de um grupo social, inclusive a criança, um sujeito dotado de capacidade jurídica.
É correto o que se afirma em:
- III e IV, apenas.
64. Para os comunitaristas, o sujeito está inserido de tal modo em sua vida social que não será possível tomar distância do lugar que ocupa em sociedade. Para os liberais:
- Os indivíduos não são definidos pelas suas relações culturais.
65. A correntede pensamento que desenvolveu uma visão política racional em defesa das liberdades individuais e da limitação do poder do Estado foi:
- Liberalismo.
66. Os teóricos liberais na questão do "justo" em relação às concepções de "bem" sustentam argumentos a exemplo dos que são apresentados abaixo COM EXCEÇÃO DE:
- Desconfiança pela moral abstrata.
67. No debate entre a questão do "justo" e as concepções de "bem", os teóricos liberais, diferentemente dos comunitaristas, aceitaram a ideia de que há uma distinção entre a esfera da moral pessoal e a esfera do político, ou seja, de que as sociedades contemporâneas estariam em constante desacordo sobre concepções de bem e, na impossibilidade de convergência, restaria razoável pensar em termos de princípios de justiça. Essa ideia ou concepção está presente no pensamento de um importante filósofo liberal do século XX, em cuja obra consta a publicação do livro Liberalismo político. O autor e filósofo liberal em questão é:
- John Rawls.
68. “Uma sociedade é justa se ela age de acordo com as compreensões partilhadas por seus membros” (KYMLICKA, 2013, p. 195). Esta citação expressa a tese da teoria:
- Comunitarista.
69. Nas discussões filosóficas que envolvem a questão do "justo" e as concepções de "bem", temos dois corpos teóricos: um de natureza liberal; outro na perspectiva do comunitarismo. Acerca das teorias liberal e comunitariana, são feitas as seguintes afirmativas:
I - Na visão liberal, de acordo coma a herança da filosofia política moderna do contratualismo, há a preconização do indivíduo, que desde o estado de natureza já era portador de direitos, e não do grupo social.
II - Os teóricos comunitarianos, diferentemente dos liberais, sustentam que as sociedades contemporâneas estão em constante desacordo sobre as concepções de bem, e na impossibilidade de convergência, resta razoável pensar em termos de princípios de justiça.
III - O pensamento liberal argumenta que há a prioridade do justo sobre o bem, o que quer dizer que as visões subjetivas pessoais ou de grupos particulares podem ser impostas a toda a sociedade.
IV - Os comunitarianos acreditam que tudo o que é social pode estar sob o domínio político, sob o domínio do Estado, desconsiderando a advertência liberal em relação à atividade invasiva e os meios coercitivos que caracterizam o Estado.
É correto o que se afirma em:
- I e IV, apenas.
70. Com referência a modelos teóricos e ao emprego dos métodos indutivo e dedutivo nos estudos ligados à Hermenêutica, são feitas as afirmativas, a seguir:
I - Os enfoques dogmático e zetético não se excluem mutuamente, podem ser complementares, mas a utilização de um ou outro poderá ensejar consequências distintas na interpretação da lei.
II - O modelo zetético se aproxima de fatores metajurídicos, utilizando-se frequentemente do método racional-dedutivo.
III - A corrente do jusnaturalismo nos ofertou o método dedutivo por influência do modelo do racionalismo matemático que vigorou no séc. XVII e XVIII.
IV - O olhar do método indutivo parte sempre de regras gerais para aspectos particulares.
É correto o que se afirma em:
- I e III, somente.
71. No estudo da Hermenêutica, podemos identificar e classificar algumas espécies de interpretação, levando-se em consideração os agentes, a natureza e os efeitos. Quanto à natureza, poderíamos identificar como uma dessas espécies a interpretação do tipo:
- Gramatical.
72. Nos estudos de hermenêutica jurídica, encontramos as escolas de interpretação. Assinale a opção que apresenta aquela em que se admite, além da norma jurídica, há a existência de outras formas do Direito e ressalta a autoridade do intérprete da norma, o uso da analogia e a livre adoção de outras fontes para os casos concretos.
- Livre-pesquisa.
73. Nos estudos de hermenêutica jurídica encontramos as escolas de interpretação. Assinale a opção que apresenta aquela em que não há lacunas na lei, tudo estaria disciplinado no código:
- Dogmática.
74. O pensador que analisou que o intérprete se aproxima dos textos sempre no horizonte de suas pré-suposições, carregadas de expectativas que se configuram em pré-juízos, em pré-compreensões, foi:
- Gadamer.
75. Leia a afirmativa abaixo:
No campo do Direito, vigora o primado da relatividade. O que isso quer dizer?
I - Que diferentes épocas produzem teorias e indivíduos iguais, uma vez que as manifestações humanas não estão inseridas em processos históricos.
II - Que o intérprete do texto da lei define os critérios para a definição do que é justo, correto e legítimo.
III - Que no mundo jurídico a relatividade se impõe a partir de verdades absolutas contidas nas leis.
IV - Que diferentes pontos de vista se configuram na esfera jurídica, mesmo com a letra da lei como ponto de partida.
É correto o que se afirma em:
- II e IV, somente.
76. Frequentemente, a hermenêutica jurídica é vista como uma ciência de importância significativa para o Direito na contemporaneidade. Como uma ciência, a hermenêutica deve orientar-se com vistas a atingir seus objetivos. Neste contexto, são exemplos de objetivos da hermenêutica jurídica, COM EXCEÇÃO DE:
- Invocar a tese latina in claris cessat interpretativo, ou seja: a interpretação cessa, quando a lei é clara.
77. Estudamos que o cotidiano forense é o mundo da relatividade porque as manifestações humanas estão inseridas num processo histórico e, é nesse horizonte, que devem ser explicadas. Essa concepção é atribuída ao:
- Pensamento de Dilthey.
78. As espécies de interpretação hermenêuticas se referem aos agentes, à natureza e aos efeitos. Sobre esse tema, são feitas as seguintes afirmativas:
I - Com relação à espécie de interpretação pública, observa-se que ela é feita no âmbito de agentes dos Poderes do Estado, excluindo-se qualquer aplicação no contexto do direito consuetudinário.
II - No contexto de agentes privados, a interpretação se fundamenta na doutrina, no direito científico, sendo exemplos os pareceres, as preleções.
III - Quanto à natureza, a interpretação hermenêutica se fundamenta em aspectos gramaticais, lógicos, históricos e teleológicos.
IV - No que se refere a efeitos, a interpretação hermenêutica verifica a extensão das normas jurídicas, sem buscar identificar possíveis situações de contradições insanáveis que levem à sua revogação tácita (interpretação ab-rogante).
É correto o que se afirma em:
- II e III, apenas.
79. Na evolução do processo hermenêutico, há fases distintas: a fase grega, a romana, a medieval, a moderna (humanismo e iluminismo) e a contemporânea. Destaca-se a importância do sentido de uma hermenêutica filosófica no pensamento filosófico do séc. XIX e XX. Sobre os expoentes da hermenêutica filosófica no pensamento filosófico dos séculos XIX e XX, são as afirmativas, a seguir:
I - Friedrich Schleiermacher (1768-1834) - promoveu uma reflexão que destaca a distinção essencial entre os estudos humanísticos e as ciências naturais;
II - Wilhelm Dilthey (1833-1911) - formulou sua tese do “círculo hermenêutico” (compreendemos algo quando o comparamos com algo que já conhecemos).
III - Hans-Georg Gadamer (1900-2002) - Analisou que o intérprete se aproxima dos textos sempre no horizonte de suas “pré-suposições”, carregadas de expectativas que se configuram em “pré-juízos”, em “pré-compreensões”.
É correto o que se afirma em:
- III, apenas.
80. Considerando a obra de Luís Recaséns Sanchez, são feitas as afirmativas abaixo:
I - A lógica do razoável não traz a única regra para que o julgador alcance uma decisão justa, pois toda ponderação parcial.
II - O clássico silogismo no Direito é próprio à lógica em que a norma jurídica é vista como premissa maior em relação ao caso fático.
III - A tese de Siches sustenta que a produção do Direito não termina com a promulgação da lei, mas com a individualização no mundo real, em que se desvela o real papel do julgador.
É correto o que se afirma em:
- II e III, apenas.
81. Considerando os estudos da lógica do razoável, assinale a opção que apresenta uma característica desta forma deinterpretação:
- Busca a congruência entre fins e a realidade concreta.
82. Em sua obra acerca da lógica do razoável, o jurista Luís Siches sugeriu um esquema com situações que podem se apresentar a um magistrado em seu cotidiano. Entre tais situações, teríamos:
I - Existe, aparentemente, uma norma vigente, aplicável a um caso em julgamento, de modo a produzir uma solução satisfatória. Nesta situação, o magistrado não realiza quaisquer juízos axiológicos, uma vez que a norma em seu sentido abstrato e geral naturalmente alcança a significação concreta do caso em análise.
II - No caso de dúvida sobre a aplicação de normas de mesma hierarquia, mas de conteúdo diferente, o magistrado deve escolher aquela que conduza a uma solução que, de acordo com sua valoração, melhor alcance o sentido de justiça.
III - O magistrado não deve se colocar nunca em contingência de lacuna, mesmo quando percebe que a aplicação da norma a um caso concreto pode gerar efeitos diversos ao que a mesma norma propõe ou que teria pretendido o legislador no processo de sua elaboração.
Acerca das situações, são feitas as seguintes afirmativas:
- A situação II está de acordo com o que se considera como razoável.
83. Considerando os estudos da Lógica do razoável, assinale a opção que não apresenta uma característica desta forma de interpretação:
- Se baseia apenas na norma jurídica positivada e no ordenamento jurídico.
84. Considerando a relevância para a feitura de Justiça do debate sobre a lógica do razoável, são feitas as seguintes afirmativas:
I - A lógica do razoável trabalha o sentido de justo, sem fazer uma crítica elaborada da lógica tradicional aplicada ao Direito.
II - Na perspectiva daquilo que é razoável a norma jurídica é vista num contexto em que o caso fático não é premissa menor e a conclusão uma mera subsunção deste àquela.
III - A aplicação da lógica da razoabilidade está relacionada a situações com especificidades com a possibilidade de que o juiz ou intérprete recorra nos costumes e na analogia diante da falta de norma adequada.
- II e III, apenas.
85. Nos estudos de hermenêutica jurídica investigamos a tese da lógica do razoável. Assinale a opção que apresenta a postura do intérprete diante de eventuais lacunas segundo esta teoria da interpretação:
- O intérprete deve buscar apoio nos princípios do direito natural.

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