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Aula Avaliação do Estado Nutricional em Idosos

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Nutrição do Idoso 
Profª Josiane F. de Mello 
 Antropométrica; 
 Dietética; 
 Bioquímica. 
 
 
 Complexa 
 
 
 
 
 Inexiste um único indicador que reflita o estado nutricional 
(antropométricos, dietéticos, bioquímicos e físicos) 
◦ Peso corporal, massa de gordura, massa livre de gordura, inquéritos, água, albumina, 
transferrina e ferro, etc. 
 Inúmeras técnicas: desde simples medidas de peso e estatura até as 
sofisticadas, como a ressonância magnética. 
 O estado nutricional reflete o grau em que as necessidades fisiológicas de 
nutrientes estão sendo alcançadas, a fim de que mantenham a composição 
corporal e a função adequada do organismo 
 
alterações 
fisiológicas do 
envelhecimento presença de 
doenças 
utilização de 
múltiplos 
medicamentos 
situação 
socioeconômica 
e familiar. 
 Pela facilidade de aplicação e por possuírem uma ótima correlação 
com a composição corpórea, as medidas antropométricas 
recomendadas na avaliação do estado nutricional de idosos são: 
◦ Peso; 
◦ Estatura; 
◦ Circunferência da cintura; 
◦ Circunferência da panturrilha; 
◦ Circunferência do braço; 
◦ Pregas cutâneas tricipital e subescapular; 
◦ Circunferência muscular do braço. 
 
As medidas de peso e de 
circunferência da cintura e do braço 
predizem tanto a massa muscular 
como o tecido adiposo 
As pregas cutâneas do tríceps e a 
subescapular determinam a massa 
de gordura corporal. 
 A circunferência da panturrilha e a 
muscular do braço são indicativos 
da quantidade de massa muscular 
 Essas medidas em conjunto são utilizadas para 
cálculo de índices e indicadores que são 
importantes para a avaliação final do estado 
nutricional. 
Índices 
combinações de 
medidas 
Indicadores 
Interpretação dos 
índices 
 
 Medida simples de ser realizada; 
 Deve ser efetuada em todas as consultas; 
◦ Na terceira idade, o peso tende a com o passar dos 
anos: 
 Redução de líquido corporal; 
 Redução da massa corporal; 
 Redução da massa magra livre de gordura, como a redução 
do conteúdo mineral ósseo, grande causador da osteopenia 
e osteoporose. 
Isolada: Não tão precisa, mas permite 
verificar a velocidade de uma possível 
perda de peso no decorrer do tratamento; 
 
◦ Somatória de todos os componentes corporais; 
◦ Reflete o equilíbrio proteico e energético do indivíduo; 
◦ Equipamento para aferição: balança calibrada de plataforma ou 
eletrônica; 
◦ Técnica: 
 
 
 
 
 
 
 
 
Indivíduo 
posicionado em pé, 
no centro da 
balança, descalço e 
com roupas leves 
Peso usual ou habitual: utilizado como referência na 
avaliação das mudanças recentes e em casos de 
impossibilidade de medir o peso atual. 
 
Peso ideal ou desejável: Para estabelecer o peso ideal, 
utiliza-se o IMC ideal como base: 
 • Homens = IMC ideal 22. Fórmula: 22 X altura(m)2 
 • Mulheres = IMC ideal 21. Fórmula: 21 X altura (m)2 
 • Idosos(as) = IMC ideal 24,5. Fórmula: 24,5 X altura (m)2 
 
Adequação do peso: Indica quanto adequado ou 
inadequado está o peso atual em relação ao peso ideal em 
porcentagem de adequação. 
 
Peso ajustado: Utilizado para a determinação da 
necessidade energética e de nutrientes. Deve ser utilizado 
quando a adequação do peso encontra-se inferior a 95% ou 
superior a 155%. 
Adequação de peso (%) Estado nutricional 
<70 Desnutrição grave 
70,1-80 Desnutrição moderada 
80,1-90 Desnutrição leva 
90,1-110 Eutrofia 
110,1-120 Sobrepeso 
>120 Obesidade 
Fonte: Blackburn e Thorton (1979). 
 
 
Adequação de peso (%) = peso atual x 100 
 peso ideal 
Peso ajustado = (peso ideal – peso atual) x 0,25 + peso atual 
 A velocidade de perda de peso significativa está associada com a 
diminuição de massa muscular, um importante marcador de desnutrição. 
 É um dos critérios mais importante na avaliação do risco de desnutrição em 
idosos. 
 Indicador importante para avaliar a gravidade de um problema de saúde. 
 Perda de peso em relação ao tempo: 
Perda de peso (%) = (peso habitual– peso usual) x 100 
ou VPP(%) Peso habitual 
Tempo Perda significativa 
de peso 
Perda grave de 
peso 
1 
semana 
1% a 2% > 2% 
1 mês 5% > 5% 
3 meses 5,7% > 7% 
6 meses 10% > 10% 
 Na impossibilidade de se obter o peso do indivíduo, 
pode-se utilizar equações de estimativa de peso: 
 Chumlea et al. (1985): 
 HOMEM = [(0.98 x CP) + (1,16 x AJ) + (1,73 x CB) + (0,37 x DCSE) - 81,69] 
 MULHER = [(1,27 x CP) + (0,87 x AJ) + (0,98 x CB) + (0,4 x DCSE) – 62,35] 
Sendo: CP=circunferência da panturrilha; 
 AJ=Altura do joelho 
 CB=Circunferência do braço 
 DCSE=Dobra cutânea sub escapular 
 
 Rabito (2006): 
 0,5759 (CB) + 0,5263 (CA) + 1,2452 (CP) – 4,8689 (G) – 32,9241 
 
 Sendo: G= Gênero (Gênero masculino = 1 Gênero feminino= 2); 
 CB=Circunferência do braço 
 CA= Circunferência abdominal 
 CP=circunferência da panturrilha 
 Medida de difícil realização em idosos (alterações associadas à 
idade - cifoses, escolioses e a diminuição dos discos 
intervertebrais); 
 Equipamento para aferição: antropômetro/estadiômetro; 
 Técnica: 
 
sem sapatos, de 
costas para o 
marcador, com os 
pés unidos e em 
posição ereta. 
Em idosos, entretanto, a estatura 
tende a diminuir com o avanço da 
idade: 
• achatamento dos discos 
intervertebrais e dos arcos 
plantares dos pés; 
• enfraquecimento da musculatura 
das pernas; 
Estimativa: de 0,5 a 2cm por década, 
após os 60 anos. 
 Na impossibilidade de se obter a estatura do indivíduo, 
pode-se utilizar equações de estimativa de estatura: 
 Chumlea et al. (1985): 
 HOMEM= [64,19 - (0.04 x IDADE) + (2,02 x AJ em cm)] 
 MULHER= [84,88 - (0,24 x IDADE) + (1,83 x AJ em cm)] 
Sendo: AJ=Altura do joelho 
 
 
 Rabito (2006): 
 63,525 – 3, 237(G) – 0, 06904 (idade) + 1, 293 (SE) 
Sendo: G= Gênero (Gênero masculino = 1 Gênero feminino= 2) 
 SE= Semi envergadura/meia envergadura 
 
 Reflete a quantidade de massa por metro quadrado de um indivíduo. 
 Devido a mudanças na composição corporal ocasionadas pelo 
envelhecimento, a classificação do IMC de idosos é diferente da utilizada 
para adultos pela OMS. 
 Atualmente, encontram-se na literatura algumas classificações para IMC de 
idosos, como a classificação da Opas (2002; 2003), a de Perissinotto e col. 
(2002) e a proposta por Lipschitz (1994), atualmente utilizada pelo SISVAN 
(Sistema de vigilância alimentar e Nutricional, Ministério da Saúde). 
Classificação do estado nutricional segundo IMC por Lipschitz 1994 
 IMC (kg/m2) Classificação 
< 22 Baixo peso 
22 - 27 Adequado ou 
eutrófico 
> 27 Excesso de peso 
Fonte: Lipschitz (2004). 
 
 Esse aumento nos escores de corte é explicado 
pela alteração corpórea típica do envelhecimento, 
quando ocorrem aumentos progressivos da 
massa de gordura corporal. 
 A mudança no ponto de corte mínimo para 
eutrofia também permite uma intervenção 
dietética preventiva, evitando que o indivíduo 
atinja formas graves de desnutrição. 
 Junção de massa adiposa, massa muscular e tamanho ósseo. 
 Equipamento para aferição: fita antropométrica inelástica. 
 Técnica: 
Exercer leve pressão 
sobre a pele. 
Não deixar o dedo entre 
a fita e a pele. 
Sempre que possível, 
medir sobre a pele nua. 
 Oferece um índice aproximado das reservas, tanto calóricas quanto proteicas. 
 Equipamento para aferição: fita métrica inelástica; 
 Técnica: 
◦ Flexionar o braço a ser avaliado (esquerdo) formando um ângulo de 90º; 
◦ Localizar o ponto médio entre o acrômio e o olecrano; 
◦ Solicitar ao indivíduo que fique com o braço estendido ao longo do corpo com 
a palma da mão voltada para a coxa; 
◦ Contornar o braço com fita flexível no ponto marcado de forma ajustada 
evitando compressão da pele oufolga; 
◦ Tem-se o cuidado de não comprimir partes moles; 
◦ O resultado é comparado aos valores de referência; 
 
Olécrano 
Acrômio 
 Podemos classificar a CB de acordo com a adequação da mesma, 
a partir da seguinte fórmula: 
(%) Adequação da CB = CB obtida (cm) x 100 
 CB percentil 50 
 Avalia reserva de massa muscular no idoso; 
 
 
 CMB= CB - π [ PCT/ 10] 
 
Sendo: CB = Circunferência do Braço 
 PCT = Prega cutanea tricipital 
 Fornece uma medida sensível da massa muscular em idosos; 
 Indica alterações na massa magra que ocorrem com a idade e com o 
decréscimo na atividade física; 
 Muito prática e pode ser recomendada para avaliação nutricional de 
pacientes acamados. 
 Equipamento para aferição: fita métrica inelástica; 
 Técnica: 
◦ O indivíduo deve estar sentado com a perna pendendo relaxadamente 
ou em pé com o peso distribuído equitativamente entre ambos os pés; 
◦ O lado a ser aferido deve ser preferencialmente o esquerdo; 
◦ Levantar a perna da calça para descobrir a panturilha; 
◦ Colocar a fita métrica em volta da parte mais larga da panturilha 
 e anotar a medida. 
◦ Fazer medições adicionais acima e abaixo desse ponto, para assegurar-
se de que a primeira medida era maior. 
(WHO, 1995). 
 Equipamento para aferição: fita métrica inelástica; 
 Técnica: 
◦ A medida deverá ser feita na ausência de roupas na região de interesse. 
◦ O indivíduo deve estar ereto, com o abdome relaxado (ao final da 
expiração); 
◦ Os braços estendidos ao longo do corpo e as pernas fechadas. 
◦ A medida deverá ser feita no plano horizontal. 
◦ Posicionar-se de frente para a pessoa e localizar o ponto médio entre a 
última costela e a crista ilíaca. 
◦ A fita deverá ser passada por trás do indivíduo ao redor deste ponto. 
◦ Verificar se a fita está bem posicionada, ou seja, se ela está no mesmo 
nível em toda a extensão de interesse, sem fazer compressão na pele. 
◦ Pedir a pessoa que inspire e, em seguida, que expire totalmente. 
◦ A medida deve ser feita neste momento, antes que a pessoa inspire 
novamente; 
Apesar de ainda não existirem parâmetros específicos para a população 
idosa, essa é uma medida prática e útil no monitoramento do estado 
nutricional, principalmente daqueles idosos com maiores 
depósitos de gordura corporal na região abdominal. 
Última costela 
Cintura 
Crista ilíaca 
 
Aferição do 
contorno 
 Equipamanto para aferição: fita métrica inelástica; 
 Técnica: 
◦ A medida é realizada no plano horizontal, na altura da cicatriz umbilical, 
com o avaliado em pé, em posição ortostática. 
 
 
 Equipamento para aferição: fita métrica inelástica; 
 Técnica: 
 É medido no ponto de maior protuberância posterior dos glúteos. 
 A relação ou índice cintura/quadril está associada com o alto risco de 
mortalidade geral, devido: doença cardiovascular, diabetes e hipertensão, 
índices aumentados de lipídios e insulina. 
 ICQ = Circunferência cintura 
 Circunferencia quadril 
 Equipamento para aferição: fita métrica inelástica; 
 Técnica: 
 O indivíduo deve estar em posição supina ou sentado o mais 
próximo possível da extremidade da cadeira; 
 Com o joelho esquerdo flexionado em ângulo de 90°. 
 
Medir o comprimento entre o 
calcanhar, paralelamente à tíbia até 
a borda superior da patela (rótula 
do joelho). 
 
 Equipamento para aferição: fita métrica inelástica; 
 Técnica: 
 Os braços devem ficar estendidos, e afere-se a distância entre os dedos 
médios. 
 
 Utilizadas para estimar a quantidade de gordura corporal 
subcutânea a partir de equações; 
 Também podem ser indicadores individuais, levando em 
consideração parâmetros já estipulados de dobras de acordo com o 
percentual para idade e gênero; 
◦ Vantagens: Não invasivo, relativo baixo custo operacional, correlação com a 
reserva de gordura local e total. 
◦ Desvantagens: Grande variabilidade existente inter e intra-avaliador e não são 
consistentes em situações de obesidade mórbida e edema. 
 Equipamento: adipômetro, plicômetro ou compasso de dobras 
cutâneas. 
 Realizada do lado esquerdo do corpo; 
 É considerada uma importante medida do estado nutricional; 
 Em associação com as medidas de outras pregas cutâneas, fornece uma 
estimativa do tecido adiposo subcutâneo; 
 Técnica: 
◦ Paciente em pé, de costas para o avaliador; 
◦ Braços e ombros relaxados; 
◦ Marcar ponto abaixo ao ângulo inferior da escápula; 
◦ Segurar a prega formada pela pele e pelo tecido adiposo com os dedos 
polegar e indicador da mão esquerda a 2 cm do ponto marcado, de 
forma que se possa observar um ângulo de 45º com a coluna vertebral; 
◦ Manter a prega entre os dedos até o término da aferição. 
◦ A leitura deverá ser realizada no milímetro mais 
 próximo em cerca de 2 a 3 segundos; 
◦ Utilizar a média de 3 medidas; 
 Essa medida permite uma visualização das reservas calóricas do indivíduo; 
 Em associação com as medidas de outras pregas cutâneas, fornece uma 
estimativa do tecido adiposo subcutâneo; 
 Técnica: 
◦ O local de obtenção dessa medida é o mesmo da circunferência do 
braço; 
◦ O braço deve permanecer relaxado ao longo do corpo; 
◦ Destacar a dobra 1 cm acima do ponto marcado (mesmo da CB); 
◦ Pinçar a dobra com o adipômetro; 
◦ Manter a prega entre os dedos até o término da aferição. 
◦ A leitura deverá ser realizada no milímetro mais próximo em cerca de 2 a 
3 segundos; 
◦ Utilizar a média de 3 medidas; 
 
 
 
Adequação da PCT (%) = PCT obtida (cm) x 100 
 PCT percentil 50 
 A medida da força de preensão palmar pode avaliar indiretamente a 
redução da força muscular esquelética; 
 É um indicador de funcionalidade, e sua medida está sendo descrita como 
um teste funcional sensível de depleção proteica e, consequentemente, um 
indicador de desnutrição. 
 Equipamento para aferição: dinamômetro; 
 Técnica: 
 O indivíduo deve permanecer com o ombro aduzido em posição neutra e 
cotovelo fletido a 90°; 
 Devem ser realizadas três medidas em cada braço e considerado o maior 
valor entre elas. 
 Existem diversos instrumentos de Triagem Nutricional; 
 A Mini avaliação Nutricional® (MAN) e a sua versão reduzida é o método de 
avaliação desenvolvido e validados para a população idosa recomendados pela 
Associação Internacional de Geriatria e Gerontologia (IAGG) e pela Academia 
Internacional de Nutrição e Envelhecimento (IANA); 
 É um instrumento dividido em duas partes: 
◦ Primeira parte – Triagem, composta por 6 questões: diminuição do apetite nos últimos 6 meses; 
perda de peso nos últimos 6 meses; mobilidade; presença de estresse psicológico ou doença 
aguda nos últimos 3 meses; problemas neuropsicológicos; e índice de massa corpórea. As 
questões que compõem essa avaliação reduzida apresentam boa correlação com a versão 
completa, alta sensibilidade, especificidade e acurácia diagnóstica para classificar os indivíduos 
Cada questão recebe uma pontuação conforme a resposta. Somatória máxima = 14 pontos. Se o 
indivíduo somar 12 pontos ou mais, é considerado fora de risco e não precisa da avaliação 
completa. Se somar 11 pontos ou menos, é interrogada uma possível desnutrição e deve-se 
continuar a avaliação; 
◦ Segunda parte – Avaliação, composta por 12 questões subdivididas em 4 domínios: 
antropométrico (circunferências de braço e panturrilha); avaliação global (estilo de vida, medicação, 
presença de ulcerações na pele); questionário dietético (número de refeições, ingestão de 
alimentos e líquidos e autonomia na alimentação); e avaliação subjetiva (autopercepção do estado 
nutricional e da saúde). Cada questão recebe uma pontuação conforme a resposta. 
 A partir da soma dos pontos das duas partes: Escore total: Classifica os idosos em três grupos: 
◦ Adequado estado nutricional® – Escore > 24 pontos 
◦ Risco de desnutrição® – Escore entre 17 e 23,5 pontos 
◦ Desnutridos® – Escore menor do que 17 pontos. 
 
 A sensibilidade da MAN é de 96%, especificidade de 98% e o valor 
prognóstico de desnutrição de 97%. 
 
Triagem + avaliação = escore total 
 A partir da terceira década de vida, iniciam-se alterações na composição corporal, 
com perda de massa magra e aumento no tecido adiposo; 
 Essas modificações podem explicar o aumento de peso nos adultos jovens e as 
perdas involuntárias a partir de 60 anos. 
 Quando perda de peso graves: (mais de 5% do peso em 30 dias), implicam perda 
de massa magra, o que aumenta de forma acentuada a fragilidade do idoso e pode 
interferir negativamente em eventuais processos de reabilitação. 
 Embora a desnutrição seja subnotificada em registros de óbitos, ou que seja mais 
comumente apontada como causa secundária de doenças pulmonares, neurológicas 
e imunológicas, sua relação com a morbidade e a mortalidade na velhice não pode 
ser negligenciada. 
 A prevalência de desnutrição na população idosa brasileira, em seguimento 
ambulatorial, é de cerca de 20%. Entre os idosos hospitalizados, essa porcentagem 
salta para 60%. 
 Tais dados refletem a importância de se tentar evitar ou mesmo retardar perdas de 
peso indesejáveis, a partir da monitoramento do estado nutricional e da utilização de 
técnicas dietéticas, que permitam melhorar o valor 
 calórico e, consequentemente, a adequação da 
 quantidade e da combinação de nutrientes 
 essenciais para o organismo. 
 Dentre as diversas causas de desnutrição, podemos citar: 
 Anorexia causada por depressão; 
 Medicações que alteram o apetite; 
 Deficiência vitamínica, e de minerais, como o zinco (má absorção intestinal); 
 Dificuldade de deglutição (frequente em doenças neurológicas); 
 Problemas metabólicos, como o hipertireoidismo; 
 Fatores sociais (isolamento e a pobreza); 
 Condição dentária; 
 A forma de preparo das refeições e o grau de acesso aos alimentos; 
 
 A meta da intervenção nutricional na desnutrição é atingir balanço calórico positivo, 
ou seja, ingestão superior ao gasto calórico. Para alcançar esse objetivo, devem ser 
considerados todos os fatores que interferem na alimentação dos idosos. 
 Dessa maneira, a intervenção nutricional deverá oferecer maior aporte energético e 
proteico pelo aumento da densidade calórica, sem contudo aumentar o volume dos 
alimentos quando possível e melhorar o fracionamento da dieta. 
 Resultado de um balanço energético positivo e de longa duração (vida adulta); 
 Há vários fatores que podem afetar o equilíbrio energético: 
◦ Hábitos alimentares; 
◦ História familiar; 
◦ Fatores emocionais, os quais afetam a quantidade e a qualidade da ingestão 
alimentar 
 Fundamental a importância em conhecer os fatores que influenciam os indivíduos 
idosos na sua seleção de alimentos. (renda, composição familiar, hábitos e valores 
culturais, religião, etnia e sexo). 
 Assim, os cuidados com a alimentação do idoso incluem primordialmente manter o 
estado nutricional do indivíduo, preservando quantidades adequadas de massa 
magra e controles de tecido gorduroso. 
 No processo de envelhecimento, a taxa metabólica basal diminui e a quantidade de 
massa magra corpórea é reduzida, combinadas com a diminuição na atividade física, 
tais mudanças podem resultar em diminuição das necessidades energéticas e em 
aumento do tecido adiposo, o que corrobora com a obesidade nessa faixa etária; 
 A obesidade é uma forma comum de distúrbio da nutrição nos primeiros anos da 
velhice, diminui com a idade e é menos frequente em pessoas com mais de 75 anos; 
 É um importante fator de risco associado às DCNT. 
 Avaliação de dados sobre a alimentação, mediante inquéritos sobre 
o consumo alimentar; 
 Objetivo: avaliar a ingestão de alimentos e nutrientes específicos; 
 Vários métodos de inquérito alimentar,: 
◦ Recordatório Alimentar de 24 h; 
◦ Questionários sobre a frequência de ingestão de alimentos; 
◦ História dietética; 
 Escolha do inquérito alimentar depende do tipo de estudo que será 
realizado: 
◦ Estudos epidemiológicos do tipo transversal, é desejável que se utilize o método 
de inquérito recordatório de 24 h ou de múltiplos registros; 
◦ Estudos tipo caso-controle, o questionário de frequência de alimentos e a história 
dietética são recomendáveis; 
◦ Estudos longitudinais ou de seguimento, todos os tipos de inquéritos alimentares 
podem ser aplicados; 
◦ Estudos de intervenção ou ensaios clínicos, os registros alimentares e os 
questionários de frequência de alimentos são os mais indicados. 
IMPORTANTE: 
 Todos os métodos, quando aplicados na população idosa, 
esbarram em limitações como as perdas de memória e o 
analfabetismo. 
Tendo sempre o cuidado de contornar esses limites, os inquéritos 
alimentares devem ser utilizados na determinação do hábito ou 
padrão alimentar, assim como na identificação de deficiências 
de ingestão de nutrientes 
 Inclui alguns parâmetros que podem ser indicadores do estado nutricional. 
 A realização de exames bioquímicos para idosos é fundamental para o 
estabelecimento adequado das condutas, e o planejamento alimentar, bem como 
para a avaliação da eficácia da intervenção proposta; 
 Fornece resultados mais objetivos e confiáveis das deficiências nutricionais que 
devem ser confrontados com a antropometria; 
 Solicitação de exames laboratoriais pelo nutricionita para acompanhamento 
nutricional (CFN Resol. 417/08 e 306/03) 
 Exames: 
 O hemograma completo é útil para identificação de possíveis anemias nutricionais e de 
depressão da imunidade, que se relaciona com a desnutrição. 
 Proteínas plasmáticas (albumina sérica, transferrina, pré-albumina e proteína transportadora 
de retinol) também aparecem diminuídas em condições de desnutrição energético-protéica, por 
redução na biossíntese hepática. 
 Glicose, colesterol total e frações e triglicerídeos são fundamentais para verificação do risco de 
doenças crônicas. 
 Quando se tem a possibilidade de obter estas avaliações, a interpretação dos 
resultados exige conhecimento específico, pois a influência dos múltiplos 
medicamentos utilizados pelos idosos e ainda doenças inflamatórias de base 
promovem alterações nos resultados. 
 
 Ácido úrico: Produto final do catabolismo de purinas (oriundas dos alimentos ou 
síntese endógena). A hiperuricemia pode se dar por produção excessiva do organismo 
ou deficiência da exceção renal. Concentrações elevadas geralmente estão 
associadas à hipertensão, diabetes, dislipidemias, etc. 
 Cálcio Iônico: Cálcio fisiologicamente ativo no organismo. Parâmetro para verificação 
de distúrbios ósseos. Ocorrem alterações por conta de questões hormonais e o 
mesmo pode ter sua absorção intestinal reduzida, bem como excessiva excreção 
renal, ocasionando risco de osteoporose. Atenção pois pode estar relacionada a 
condições de saúde ( = hiperparatireoidismo primário, neoplasias e hipervitaminose 
D e = hipoparatireoidismo, hiperparatireoidismo secundário e deficiência de Vit. D). 
 Vitamina D: Integridade intestinal, hepática e renal é fundamental para manter os 
níveis adequados. Se baixa, há risco de osteomalácia, osteoporose e susceptibilidade 
à fraturas. 
 Fósforo: No processo de realimentação de idosos desnutridos, por conta do estímulo 
anabólico intenso há uma migração de fósforo circulante para o meio intracelular, 
reduzindo seus níveis séricos em exames. 
 Folato: Sua deficiência gera anemia megaloblástica. Taxas reduzidas também podem 
levar à risco de doenças ósseas, cardio e cerebrovasculares, por conta do aumento 
de homocisteína. 
 Vitamina B12: Baixos níveis estão relacionados à baixa ingestãode alimentos-fonte, 
gastrite ou uso de antiácidos e pode gerar anemia megaloblástica. Sua deficiência a 
longo prazo apresenta manifestações clínicas voltadas ao déficits cognitivos. 
 Zinco: Essencial ao funcionamento adequado do sistema imunológico. Qualidade da 
dieta, integridade intestinal, mastigação, fatores antinutricionais e medicação estão 
relacionados à sua etiologia. 
 Ferritina: Forma de armazenamento de Fe no organismo. É também elemento 
importante na avaliação de risco cardiovascular e de síndrome metabólica. Em 
anemias ferroprivas, seus valores séricos encontram-se baixos. Como é 
representante de fase aguda pode estar aumentada em inflamações e infecções 
(mascarando anemias); 
 Hemograma: Útil na verificação de anemias, infecções, alergias, inflamações, 
leucemias, e distúrbios de coagulação. 
 Tempo de protrombina: Avaliação de coagulopatias. Deve ser monitorado em 
idosos que utilizam anticoagulantes. 
 Albumina e pré albumina: Idosos com desnutrição, doenças hepáticas e renais 
crônicas, má absorção ou doenças catabólicas podem apresentar hipoalbuminemia. 
Como a meia vida da albumina é longa, o melhor indicador do estado nutricional é a 
pré-albumina (meia vida 2 a 3 dias). 
 
 
 Glicemia: Avaliação periódica é fundamental (prevalência de diabetes neste grupo). 
 Insulina: Principal interesse – resistência à insulina. Pode haver também redução da 
síntese deste hormônio na terceira idade. Como consequência há hiperglicemia e 
surgimento de diabetes. 
 Hemoglobina Glicada: Indicador de hiperglicemia nos últimos 2-4 meses. Idosos 
com diagnóstico de diabetes, devem realizar sua dosagem a cada 6 meses 
(controlados) e a cada 3 meses (descompensado / insucesso do tratamento). 
 Lipidograma: Valores baixos de HDL, altos de LDL e colesterol total são fatores de 
predisposição à aterosclerose e consequentemente doenças cardiovasculares. Além 
disso colesterol sérico abaixo de 100mm/dl estão sendo considerados como 
marcadores de desnutrição em pacientes com doença renal. 
 Uréia: Derivada do metabolismo intermediário de proteínas. Sua dosagem avalia 
função renal, porém sofre interferência de vários fatores: doenças hepáticas, dietas 
hiperprotéicas, etc. 
 Creatinina: Também utilizada na verificação da função renal e suas concentrações 
também sofrem pouca interferência com relação à dieta. Suas concentrações se 
relacionam com a quantidade de massa muscular no indivíduo. 
 
 Todo paciente submetido a jejum prolongado, aporte insuficiente de nutrientes e metabolismo 
aumentado apresenta risco elevado de desnutrição proteico-calórica; 
 A variação hormonal desencadeada por infecção ou estresse cirúrgico promove grande influência 
sobre o metabolismo proteico e lipídico. 
 Os fatores inflamatórios (interleucinas, fator de necrose tumoral e metabólitos do ácido 
araquidônico) atuam em conjunto com hormônios de alto poder catabólico (catecolaminas, 
cortisol e glucagon) com a finalidade de proteger o organismo, provocando alterações no 
metabolismo como hiperglicemia, hiperinsulinemia, aumento da proteólise e da lipólise e 
acentuando a mobilização de estoques de nutrientes. 
 Nesses pacientes, o hipercatabolismo prevalece. 
 O paciente grave, principalmente quando internado em regime de unidade fechada (CTI), 
apresenta particularidades clínicas que limitam o uso de alguns parâmetros usados na avaliação 
nutricional. A avaliação do risco de desnutrição ou de sua existência deve ser realizada no 
momento da admissão ou, na sua impossibilidade, nas primeiras 24 h. 
 A associação de métodos permite maior eficácia diagnóstica nas condutas nutricionais. A 
espessura das dobras cutâneas e da circunferência do braço, utilizadas, respectivamente, para 
estimar a gordura corporal e a proteína muscular, deve ser usada no paciente grave como forma 
de monitoramento da evolução, sem considerar os valores de referência. 
 Por vezes, o ponto anatômico correto para a realização das medidas pode estar inacessível 
devido a acessos venosos, monitoramento não invasivo e edema. 
 A medida da massa corporal em pacientes em UTI com doenças hepáticas, tumores sólidos e 
insuficiência renal pode ser confundida com modificações no balanço hídrico devido à hiper- 
 hidratação, edema, ascite e líquido de diálise no abdome, além do uso de 
 diuréticos e infusão de fluidos. 
 Avaliar os seguintes idosos acamados segundo as estimativas de Chumlea 
e Rabito. 
◦ Qual a altura e peso estimados pelas 2 metodologias? 
◦ Qual o IMC e respectiva classificação? 
◦ Qual o peso ideal e peso ajustado? 
Idosa: C.V.N.A. 
Data de Nascimento: 20/11/1927 
Altura do Joelho: 44 cm 
Circunferência da Panturrilha: 21,5 cm 
Circunferência do braço: 24 cm 
Meia envergadura: 70 cm 
Dobra subescapular: 15 mm 
Circunferência abdominal: 76 cm 
 
Idoso: P.R.G. 
Data de Nascimento: 20/10/1942 
Altura do Joelho: 57 cm 
Circunferência da Panturrilha: 34,5 cm 
Circunferência do braço: 32 cm 
Meia envergadura: 100 cm 
Dobra subescapular: 11 mm 
Circunferência abdominal: 100 cm 
 
 FREITAS, E.V., PY, L., NERI, A.L., CANGALO, F.A.X., GORZONI, M.L., 
ROCHA, S.M. Tratado de Geriatria e Gerontologia. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2002. 
 RABITO, EI, Vannuchi GB, Suen VMM, Castilho Neto LL, Marchini JS. 
Weight and height prediction of immobilized patients. Rev Nutr. 
2006;19(6):655-61 
 CHUMLEA, WC, Roche AF, Steinbaungh ML. Estimating stature from knee 
height for persons 60 to 90 years of age. J Am Geriatr Soc. 1985;33(2):116-
20. 
 COSTA, RF. Composição Corporal: teoria e prática da avaliação. São 
Paulo, Manole, 2001.

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