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PROFESSORA Fátima Andrade
e-mail: simouniclibras@gmail.com
Objetivo da disciplina: Mostrar a repercussão das implicações da surdez, relacionando-as aos conceitos de língua, cultura, identidade e diferenças do Surdo. Mostraremos ainda alguns aspectos gramaticais da LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais).
UM BREVE HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO DE SURDOS 
LÍNGUA DE SINAIS X LÍNGUA ORAL
LEGISLAÇÃO, SURDEZ E INCLUSÃO
CAUSAS E IMPLICAÇÕES DA SURDEZ
A LINGUÍSTICA E A LIBRAS
AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM POR CRIANÇAS SURDAS
COMUNIDADE, CULTURA E IDENTIDADE SURDA
GRAMÁTICA DA LIBRAS
AQUISIÇÃO DA LIBRAS
LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS – BÁSICA
LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS – MARCAS DE FLEXAO DE GÊNERO
LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS – BÁSICA
LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS – OS CLASSIFICADORES EM LIBRAS
LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS – EXPRESSOES FACIAIS EM LIBRAS
Bibliografia Básica:
FELIPE, Tanya A. LIBRAS em contexto: curso básico, livro do estudante cursista. 2001.
QUADROS, R. M. de & KARNOPP, L. B. Língua de sinais brasileira: Estudos linguísticos. Porto Alegre. Artes Médicas. 2004.
BRITO Lucinda Ferreira, Por uma Gramática de Sinais, Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro. 1995.
Bibliografia Complementar:
SILVA, F. C. A.; SANTOS, M. P. ; BRAZ, R. M. M. . Uma experiência da equidade e inclusão de surdos numa escola regular? Revista Digital Simonsen, 2016.
SILVA, F. C. A.; BRAZ, R. M. M. ; SANTOS, M. P. . A MUSÍCA COMO FERRAMENTA PEDAGÓGICA PARA O ENSINO DE LIBRAS. In: RUTH MARIA MARIANI BRAZ et.al. (Org.). Cadernos de Investigação em Diversidade e Inclusão. 1ed.Rio de Janeiro: Perse, 2017, v. 1, p. 96-106.
SILVA, F. C. A.; SANTOS, M. P. ; BRAZ, R. M. M. . DVD 'Canções populares interpretadas em Língua Brasileira de Sinais. 2016. 
ALFABETO MANUAL DE SURDOS
CONCEITO
O QUE É LIBRAS? Língua Brasileira de Sinais
A Federação Nacional de Educação e Integração de Surdos – FENEIS define a Língua Brasileira de Sinais – Libras como a língua materna(Língua materna se refere aos surdos que nascem em famílias de surdos, onde a língua comum é a Libras. Já para surdos que nascem em famílias ouvintes onde não há comunicação em Libras entendemos como Língua natural) dos surdos brasileiros e, como tal, poderá ser aprendida por qualquer pessoa interessada pela comunicação com esta comunidade. Como língua, está composta de todos os componentes pertinentes às línguas orais, como gramática, semântica, pragmática, sintaxe e outros elementos preenchendo, assim, os requisitos científicos para ser considerado instrumento lingüístico de poder e força. Possui todos elementos classificatórios identificáveis numa língua e demanda prática para seu aprendizado, como qualquer outra língua. (...) É uma língua viva e autônoma, reconhecida pela lingüística.
Segundo Sánchez (1990:17) a comunicação humana “é essencialmente diferente e superior a toda outra forma de comunicação conhecida. Todos os seres humanos nascem com os mecanismos da linguagem específicos da espécie, e todos os desenvolvem normalmente, independentes de qualquer fator racial, social ou cultural”. Uma demonstração desta afirmação se evidencia nas línguas oral-auditiva (usadas pelos ouvintes) e nas línguas viso-espacial (usadas pelos surdos). As duas modalidades de línguas são sistemas abstratos com regras gramaticais. Entretanto, da mesma forma que as línguas orais-auditivas não são iguais, variando de lugar para lugar, de comunidade para comunidade a língua de sinais também varia. Dito de outra forma: existe a língua de sinais americana, inglesa, francesa e varias outras línguas de sinais em vários países, bem como a brasileira.
Introdução à Gramática de LIBRAS: O Sinal e seus Parâmetros 
O sinal é formado a partir da combinação do movimento das mãos com um determinado formato em um determinado lugar, podendo este lugar ser uma parte do corpo ou um espaço em frente ao corpo. Estas articulações das mãos, que podem ser comparadas aos fonemas e às vezes aos morfemas, são chamadas de parâmetros, portanto, nas línguas de sinais podem ser encontrados os seguintes parâmetros: 
configuração das mãos: são formas das mãos, que podem ser da datilologia (alfabeto manual) ou outras formas feitas pela mão predominante (mão direita para os destros), ou pelas duas mãos do emissor ou sinalizador. Os sinais APRENDER, LARANJA e ADORAR têm a mesma configuração de mão; 
ponto de articulação: é o lugar onde incide a mão predominante configurada, podendo esta tocar alguma parte do corpo ou estar em um espaço neutro vertical (do meio do corpo até à cabeça) e horizontal (à frente do emissor). Os sinais TRABALHAR, BRINCAR, CONSERTAR são feitos no espaço neutro e os sinais ESQUECER, APRENDER e PENSAR são feitos na testa. 
Ex.: LARANJA APRENDER
movimento: os sinais podem ter um movimento ou não. Os sinais citados acima têm movimento, com exceção de PENSAR que, como os sinais AJOELHAR, EM-PÉ, não tem movimento; 
Ex.: GALINHA HOMEM
   orientação: os sinais podem ter uma direção e a inversão desta pode significar idéia de oposição, contrário ou concordância número-pessoal, como os sinais QUERER E QUERER-NÃO; IR e VIR; 
Expressão facial e/ou corporal: muitos sinais, além dos quatro parâmetros mencionados acima, em sua configuração têm como traço diferenciador também a expressão facial e/ou corporal, como os sinais ALEGRE e TRISTE.
Direcionalidade do movimento:
a) Unidirecional : movimento em uma direção no espaço, durante a realização de um sinal. Ex.: PROIBID@, SENTAR, MANDAR...
b) Bidirecional : movimento realizado por uma ou ambas as mãos, em duas direções diferentes. Ex.: PRONT@, JULGAMENTO, GRANDE, COMPRID@, DISCUTIR, EMPREGAD@, PRIM@, TRABALHAR, BRINCAR.
c) Multidirecional: movimentos que exploram várias direções no espaço, durante a
realização de um sinal. Ex. : INCOMODAR, PESQUISAR.
Tipos de movimentos
movimento retilíneo:
ENCONTRAR ESTUDAR PORQUE
movimento helicoidal:
QUANDO fut. MACARRÃO AZEITE
movimento circular:
BRINCAR IDIOTA SOZINH@ 
movimento semicircular :
SURD@ SAP@ CORAGEM
movimento sinuoso:
BRASIL RIO NAVIO
movimento angular:
RAIO ELÉTRICO DIFÍCIL
Parâmetros secundários
a) Disposição das mãos : a realização dos sinais na LIBRAS pode ser feito com a mão dominante ou por ambas as mãos. Ex.: BURR@, CALMA, DIFERENTE, SENTAR, SEMPRE, OBRIGAD@
b) Orientação das mãos : direção da palma da mão durante a execução do sinal da LIBRAS, para cima, para baixo, para o lado, para a frente, etc. . Também pode ocorrer a mudança de orientação durante a execução de um sinal. Ex. : MONTANHA, BAIX@, FRITAR.
c) Região de contato : a mão entra em contato com o corpo, através do :
toque : MEDO, ÔNIBUS, CONHECER.
duplo toque : FAMÍLIA, SURD@, SAÚDE.
risco : OPERAR, JOSÉ (nome bíblico), PESSOA.
deslizamento : CURSO, EDUCAD@, LIMP@, GALINHA.
    Na combinação destes quatro parâmetros, ou cinco, tem-se o sinal. Falar com as mãos é, portanto, combinar estes elementos que formam as palavras e estas formam as frases em um contexto. Para conversar, em qualquer língua, não basta conhecer as palavras, é preciso aprender as regras de combinação destas palavras em frases.
LINGUÍSTICA DA LIBRAS
Na maioria do mundo, há, pelo menos, uma língua de sinais usada amplamente na comunidade surda de cada país, diferente daquela da língua falada utilizada na mesma área geográfica. Isto se dá porque essas línguas são independentes das línguas orais, pois foram produzidas dentro das comunidades surdas. A Língua de Sinais Americana (ASL) é diferente da Língua de Sinais Britânica (BSL), que difere, por suavez, da Língua de Sinais Francesa (LSF).
Ex. : O sinal NOME em ASL e em Libras
Além disso, dentro de um mesmo país há as variações regionais. A LIBRAS apresenta dialetos regionais, salientando assim, uma vez mais, o seu caráter de língua natural.
VARIAÇÃO REGIONAL: representa as variações de sinais de uma região para outra, no mesmo país.
Ex.: O sinal VERDE no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Curitiba
Ex.: O sinal MAS no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Curitiba
VARIAÇÃO SOCIAL: refere-se à variações na configuração das mãos e/ou no
movimento, não modificando o sentido do sinal.
Ex.: AJUDAR
CONVERSAR
AVIÃO
MUDANÇAS HISTÓRICAS: com o passar do tempo, um sinal pode sofrer
alterações decorrentes dos costumes da geração que o utiliza.
Ex.: AZUL
1º 2º 3º
BRANCO
1º 2º 3º
ICONICIDADE E ARBITRARIEDADE
	A modalidade gestual-visual-espacial pela qual a LIBRAS é produzida e percebida pelos surdos leva, muitas vezes, as pessoas a pensarem que todos os sinais são o ´desenho´ no ar do referente que representam. É claro que, por decorrência de sua natureza linguística, a realização de um sinal pode ser motivada pelas características do dado da realidade a que se refere, mas isso não é uma regra. A grande maioria dos sinais da LIBRAS são arbitrários, não mantendo relação de semelhança alguma com seu referente.
	Vejamos alguns exemplos entre os sinais icônicos e arbitrários.
SINAIS ICÔNICOS
	Uma foto é icônica porque reproduz a imagem do referente, isto é, a pessoa ou coisa fotografada. Assim também são alguns sinais da LIBRAS, gestos que fazem alusão à imagem do seu significado.
Ex.: TELEFONE BORBOLETA
	Isso não significa que os sinais icônicos são iguais em todas as línguas. Cada sociedade capta facetas diferentes do mesmo referente, representadas através de seus próprios sinais, convencionalmente, (FERREIRA BRITO, 1993) conforme os exemplos abaixo :
ÁRVORE
Em LIBRAS - representa o tronco usando o antebraço e a mão aberta, as folhas em movimento. Em LSC (Língua de Sinais Chinesa) - representa apenas o tronco da árvore com as duas mãos ( os dedos indicador e polegar ficam abertos e curvos).
CASA
LIBRAS LSC
SINAIS ARBITRÁRIOS
	São aqueles que não mantêm nenhuma semelhança com o dado da realidade que representam. Uma das propriedades básicas de uma língua é a arbitrariedade existente entre significante e referente. Durante muito tempo afirmou-se que as línguas de sinais não eram línguas por serem icônicas, não representando, portanto, conceitos abstratos. Isto não é verdade, pois em língua de sinais tais conceitos também podem ser representados, em toda sua complexidade. 
Ex.: CONVERSAR DEPRESSA
PESSOA PERDOAR
    Na combinação destes quatro parâmetros, ou cinco, tem-se o sinal. Falar com as mãos é, portanto, combinar estes elementos que formam as palavras e estas formam as frases em um contexto. Para conversar, em qualquer língua, não basta conhecer as palavras, é preciso aprender as regras de combinação destas palavras em frases.
COMPONENTES VISUAIS
Além desses parâmetros, a LIBRAS conta com uma série de componentes não manuais, como a expressão facial ou o movimento do corpo, que muitas vezes podem definir ou diferenciar significados entre sinais. A expressão facial e corporal podem traduzir alegria, tristeza, raiva, amor, encantamento, etc., dando mais sentido à LIBRAS e, em alguns casos, determinando o significado de um sinal.
Ex.: O dedo indicador em [G] sobre a boca, com a expressão facial calma e serena, significa silêncio ; o mesmo sinal usado com um movimento mais rápido e com a expressão de zanga, significa uma severa ordem: Cale a boca!.
A mão aberta, com o movimento lento e com expressão serena, significa calma, o mesmo sinal com movimento brusco e com expressão séria, significa pára. Em outros casos, utilizamos a expressão facial e corporal para negar, afirmar, duvidar, questionar, etc.
Ex. : PORTUGUÊS LIBRAS
- Você encontrou seu amigo?
VOCÊ ENCONTRAR AMIG@ (expressão de interrogação)
- Você encontrou seu amigo.
VOCÊ ENCONTRAR AMIG@ (expressão de afirmação)
- Você encontrou seu amigo!
VOCÊ ENCONTRAR AMIG@ (expressão de alegria)
- Você encontrou seu amigo!?
VOCÊ ENCONTRAR AMIG@ (expressão de dúvida / desconfiança)
- Você não encontrou seu amigo.
VOCÊ NÃO-ENCONTRAR AMIG@ (expressão de negação)
- Você não encontrou seu amigo?
VOCÊ NÃO-ENCONTRAR AMIG@ (expressão de interrogação/ negação)
Sinais faciais: em algumas ocasiões, o sinal convencional é modificado, sendo
realizado na face, disfarçadamente.
Exemplo: ROUBO.
ESTRUTURA SINTÁTICA
A LIBRAS não pode ser estudada tendo como base a Língua Portuguesa, porque ela tem gramática diferenciada, independente da língua oral. A ordem dos sinais na construção de um enunciado obedece regras próprias que refletem a forma de o surdo processar suas ideias, com base em sua percepção visual-espacial da realidade. Vejamos alguns exemplos que demonstram exatamente essa independência sintática do português :
Exemplo 1: LIBRAS: EU IR CASA (verbo direcional)
Português : " Eu irei para casa. "
para - não se usa em LIBRAS, porque está incorporado ao verbo
Exemplo 2: LIBRAS: FLOR EU-DAR MULHER^BENÇÃO (verbo direcional)
Português: "Eu dei a flor para a mamãe."
Exemplo 3: LIBRAS: PORQUE ISTO (expressão facial de interrogação)
Português: "Para que serve isto?"
Exemplo 4: LIBRAS: IDADE VOCÊ (expressão facial de interrogação)
Português: " Quantos anos você tem? "
Há alguns casos de omissão de verbos na LIBRAS:
Exemplo 5:" LIBRAS: CINEMA O-P-I-A-N-O MUITO-BO@
Português: " O filme O Piano é maravilhoso !
Exemplo 6: LIBRAS: PORQUE PESSOA FELIZ-PULAR
Português: "... porque as pessoas estão felizes demais!"
Exemplo 7: LIBRAS: PASSADO COMEÇAR FÉRIAS EU VONTADE
DEPRESSA VIAJAR
Português: " Quando chegaram as férias, eu fiquei ansiosa para viajar.”
Observação : na estruturação da LIBRAS observa-se que a mesma possui
regras próprias; não são usados artigos, preposições, conjunções, porque esses conectivos estão incorporados ao sinal.
SISTEMA PRONOMINAL
Pronomes Pessoais
Na Língua Brasileira de Sinais também há uma forma de representar pessoas no discurso, ou seja, um sistema pronominal, para tanto se usa as seguintes configurações de mão.
Singular – Todas as representações têm a mesma configuração, mudando somente orientação.
EU
Plural – A configuração muda conforme o número de participantes, mudando tambéma orientação conforme a pessoa do discurso.
NÓS VÓS / VOCÊS ou EL@S
Pronomes Possessivos
Os pronomes possessivos em Libras estão relacionados às pessoas do discurso e aos objetos de posse, também não possuem marca de gênero. Mais uma vez a direção do olhar e da mão são importantíssimos.
Pronomes interrogativos
Os pronomes interrogativos QUE, QUEM e ONDE caracterizam-se, essencialmente, pela expressão facial interrogativa feita simultaneamente ao pronome.
QUE / QUEM: usados no início da frase.
QUEM: com o sentido de quem é e quem é são mais usados no final da frase.
QUANDO: a pergunta com quando está relacionada a um advérbio de tempo (hoje, amanhã, ontem) ou a um dia de semana específico.
Exemplos:
EL@ VIAJAR RIO QUANDO-PASSADO (interrogação)
EL@ VIAJAR RIO QUANDO-FUTURO (interrogação)
EU CONVIDAR VOCÊ VIR MINH@ ESCOLA. VOCÊ PODER D-I-A (interrogação)
Pronomes indefinidos:
NINGUÉM (igual ao sinal acabar): usado somente para pessoa;
NINGUÉM / NADA (1) (mãos abertas esfregando-se uma na outra) : é usado para pessoas e coisas;
Tipos de verbos 
Verbos direcionaisVerbos não direcionais
a) Verbos direcionais - verbos que possuem marca de concordância. A direção do movimento, marca no ponto inicial o sujeito e no final o objeto.
Ex.: "Eu pergunto para você." "Você pergunta para mim."
"Eu aviso você." "Você me avisa."
Verbos direcionais que incorporam o objeto
Ex. :TROCAR
TROCAR-BEIJO
TROCAR-COPO
TROCAR-CADEIRA
b) Verbos não direcionais : verbos que não possuem marca de concordância.
Quando se faz uma frase é como se eles ficassem no infinitivo. Os verbos não
direcionais aparecem em duas subclasses :
Ancorados no corpo: são verbos realizados com contato muito próximo do corpo. Podem ser verbos de estado cognitivo, emotivo ou experienciais, como: pensar, entender, gostar, duvidar, odiar, saber; e verbos de ação, como: conversar, pagar, falar.
Verbos que incorporam o objeto : quando o verbo incorpora o objeto, alguns parâmetros modificam-se para especificar as informações.
Ex.: COMER
COMER-MAÇÃ
COMER-PIPOCA
TOMAR /BEBER
TOMAR-CAFÉ
TOMAR-ÁGUA
BEBER-PINGA / BEBER-CACHAÇA
CORTAR-TESOURA
CORTAR-CABELO
CORTAR-UNHA
CORTAR-FACA
CORTAR-CORPO - “ operar”
TIPOS DE FRASES
As expressões faciais gramaticais sentenciais estão ligadas às sentenças:
Interrogativa: sobrancelhas franzidas e um ligeiro movimento da cabeça,
inclinando-se para cima.
Exclamativa: sobrancelhas levantadas e um ligeiro movimento da cabeça
inclinando-se para cima e para baixo.
Afirmativa: a expressão facial é neutra.
Forma negativa: a negação pode ser feita através de três processos:
incorporando-se um sinal de negação diferente do afirmativo:
TER / NÃO-TER GOSTAR / NÃO-GOSTAR
realizando-se um movimento negativo com a cabeça, simultaneamente à ação que está sendo negada.
c) acrescida do sinal NÃO (com o dedo indicador) à frase afirmativa.
NÃO COMER
Observação: em algumas ocasiões podem ser utilizados dois tipos de negação ao mesmo tempo.
NÃO-PODER
Imperativa: Saia! Cala a boca! Vá embora!
NOÇÕES TEMPORAIS
Quando se deseja especificar as noções temporais, acrescentamos sinais que informam o tempo presente, passado ou futuro, dentro da sintaxe da LIBRAS.
Ex.: Presente (agora / hoje)
LIBRAS HOJE EU-IR CASA MULHER^BENÇÃO ME@
Português "Hoje vou à casa da minha mãe"
LIBRAS AGORA EU EMBORA
Português “Eu vou embora agora.”
Passado (Ontem / Há muito tempo / Passou / Já)
LIBRAS DEL@ HOMEM^IRMÃ@ VENDER CARRO JÁ
Português "O irmão dela vendeu o carro."
LIBRAS ONTEM EU-IR CASA ME@ MULHER^BENÇÃO
Português "Ontem, eu fui à casa da minha mãe."
Futuro (amanhã / futuro / depois / próximo)
LIBRAS EU ESTUDAR AMANHÃ
Português "Amanhã irei estudar "
LIBRAS DEPOIS EU ESTUDAR
Português "Depois irei estudar"
LIBRAS FUTURO EU ESTUDAR FACULDADE MATEMÁTICA
Português "Um dia farei faculdade de matemática"
CLASSIFICADORES
A Libras possui um recurso muito utilizado que facilita muito a comunicação. É o classificador e que pode ser agregado ao marcador. Classificador substitui um sinal para facilitar a comunicação.
Ex.: Duas pessoas que se aproximam ou se afastam.
É importante falar também sobre o MARCADOR, que muitas vezes pode ser confundido com o classificador. Precisa observar bem como o cenário está sendo construído:
Ex.: Pessoa subindo na árvore.
Na gramática encontramos CLASSIFICADORES em 3 categorias:
Pessoa
Animal
Objeto
Ex.: sinal de sol e classificador de sol,
É a forma de se expressar em LIBRAS.
Os detalhes precisam ser respeitados isso para que se utilize CLASSIFICADORES E MARCADORES DE FORMA CORRETA.
Ver os vídeos (URL): 
www.youtube.com/watch?v=kEp6fU4zVFI
www.youtube.com/watch?v=jAt7j54whUM
Relação entre a Língua de Sinais e Língua Portuguesa
	
	De acordo com as leituras realizadas na disciplina de LIBRAS, é possível evidenciar algumas diferenças e semelhanças entre a língua oral e a língua de sinais. Entre algumas diferenças, está na forma de se comunicarem. Na língua de sinais que é uma língua de modalidade gestual-visual que utiliza, como meio de comunicação, movimentos gestuais e expressões faciais que são percebidos pela visão, já na língua oral que é uma modalidade oral-auditiva, que utiliza sons articulados que são percebidos pelos ouvidos.
	Outra diferença é o que é denominado de palavras nas línguas orais-auditivas é denominado sinais nas línguas de sinais. 
	As línguas de sinais e orais, apresentam semelhanças como na sua estrutura gramatical. Ambas são estruturadas a partir de unidades mínimas que formam unidades mais complexas, ou seja, todas possuem os seguintes níveis lingüísticos: o fonológico, o morfológico, o sintático, e o semântico. Diferem-se na forma como as combinações das unidades são construídas, a língua oral é linear já a língua de sinais é simultânea, segundo Ferreira Brito; Wilcox & Wilcox ( 1995; 1997, apud   Gesser   2009, p.19) : “A explicação para   essa diferença   se dá devido ao canal de comunicação em cada língua se estrutura ( visual- gestual x vocal-auditivo), pois essa características ficam mais salientes em uma língua do que em outra.” Já a escrita de qualquer língua (oral ou sinais) é um sistema de representação, como cita Gesser: “... uma convenção da realidade extremamente sofisticada, que se constitui num conjunto de símbolos de segunda ordem, seja as línguas verbais ou de sinais.”
	“Depois de muita pesquisa, compreendemos que é preciso mostrar aos alunos que aquilo que é expresso na língua de sinais também pode ser representado na Língua Portuguesa escrita. O professor precisa escrever o que as crianças estão comunicando por meio de sinais. Outra prática fundamental é a leitura feita pelo professor dos textos em língua de sinais. É essa leitura que possibilita a atribuição de sentido àquilo que está escrito no papel em português. Portanto, é necessário que a Língua Portuguesa seja o tempo todo apresentada e interpretada em Libras. Um trabalho de tradução mesmo.”
	Outra semelhança entre as línguas orais e sinais é que os dois possuem diferenças quanto ao seu uso em relação à região, ao grupo social, à faixa etária e ao gênero. Estas línguas também expressam ideias, complexas e abstratas. Os seus usuários podem discutir filosofia, literatura ou política.
HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO DE SURDOS
Desde a antiguidade, os Surdos sempre foram discriminados e considerados incapazes. De acordo com Capovilla & Raphael (2008), naquela época era muito forte a concepção de que a linguagem falada era a única forma de linguagem possível.
Os autores destacam que, já no século IV a.C., Aristóteles supunha que todos os processos envolvidos na aprendizagem ocorressem por meio da audição e que, por isso, os Surdos tinham menos chances de aprenderem se comparados aos cegos.
Ao longo da História, continuaram a sofrer preconceitos de toda espécie, sendo, comumente, excluídos do convívio social e proibidos de exercerem direitos como: o recebimento de heranças e o casamento.
A história da Educação de Surdos é marcada por diversas tentativas e métodos de comunicação. Algumas pessoas se dedicaram a ensinarem aos Surdos e, principalmente, a se comunicarem com eles por meio dos sinais.
Dentre os principais nomes, destaca-se o abade L’Epée, francês que criou a primeira escola para Surdos na cidade de Paris, no ano de 1760, sendo referência na formação de professores Surdos e servindo como incentivo à fundação de muitas outras escolas em diversos países.
Outra personalidade vinculada à Educação de Surdos é Hernest Huet, professor Surdo, também francês, que veio ao Brasil, para fundar a primeira Escola para Surdos, a convite de D. Pedro II.
Para Perlin e Strobel (2006) o fato mais marcante na história da Educação de Surdos foi o Congresso de Milão ocorrido no ano de 1880, no qual, através de uma votação com maioria quase absoluta de professores ouvintes, ficou decidido que a Língua de Sinais seria abolida da Educação de Surdos, prevalecendo o uso da Língua Oral.
Segundo as autoras, essa decisão teve um impacto arrasadorna Educação dos Surdos, que foram proibidos de utilizarem sua Língua e tiveram que abandonar sua cultura por um período de aproximadamente cem anos.
Nesta breve abordagem sobre a História da Educação de Surdos, é importante destacar os métodos utilizados pelos professores envolvidos no processo de ensino e comunicação de Surdos, sendo eles:
Como abordado pelas autoras Perlin e Strobel (2006), com a proibição da Língua de Sinais no ano de 1880, o método de comunicação passou a ser apenas a oralização ou método oralista, baseado na concepção de que o Surdo deveria se expressar através do treino da fala e utilizar-se da leitura labial – (Leitura dos lábios de quem está falando).
O segundo método utilizado na Educação de Surdos, na verdade, é resultado da junção da Língua Oral com a Língua de Sinais, sendo chamado de método da comunicação total. Lembrando que a Língua de Sinais tem características gestuais-visuais, diferenciando-se da Língua Oral.
Esse método, na verdade, pouco contribuiu, podendo até mesmo ter levado ao uso inadequado da Língua de Sinais, pois deu origem ao que denominamos, atualmente, de português sinalizado; utilizado por quem não conhece verdadeiramente a Língua de Sinais em sua estrutura e características próprias.
O terceiro método denomina-se bilinguismo, sendo baseado no aprendizado da Língua de Sinais como primeira Língua do Surdo. Segundo essa proposta, a criança surda deve iniciar precocemente o contato com adultos Surdos, que a ensinem a Língua de Sinais, sua Língua natural e, somente a partir desse momento, terá condições de iniciar o aprendizado da Língua Oral como segunda Língua.
Duboc (2004) afirma que, ao abordar a escolarização dessas pessoas, deve-se, em primeiro lugar, considerar que, por muitos anos, elas estiveram fora do convívio social ou, em alguns casos, com convivência limitada a ações de assistencialismo ou de filantropia; essas, na maioria das vezes, acompanhadas por uma visão clínica, que considera a surdez apenas do ponto de vista da deficiência.
Essa afirma que apenas nos últimos cinquenta anos essa visão vem perdendo força devido a um maior desenvolvimento da ciência e ao crescimento de pensamentos mais democráticos, além de propostas de políticas, que deram abertura para outros olhares sobre o assunto.
Fonte: PORTAL EDUCAÇÃO - Cursos Online : Mais de 1000 cursos online com certificado 
http://www.portaleducacao.com.br/cotidiano/artigos/65157/historia-da-educacao-de-surdos#ixzz41bI3284I
A Primeira Escola para Surdos no Brasil...
No Brasil o primeiro espaço destinado à educação de surdos foi cedido pelo Imperador Dom Pedro II o qual convidou o professor surdo francês Hernest Huet (conhecido também como Ernest) para ensinar a alguns surdos nobres. Futuramente, em 26 de setembro de 1957, foi fundado o Instituto dos Surdos-Mudos do Rio de Janeiro, atualmente denominado Instituto Nacional de Educação de Surdos – INES.
O instituto atendia surdos de várias partes do Brasil, funcionava como um internato, onde somente eram aceitos surdos do sexo masculino. Lá aprendiam de tudo um pouco, inclusive eram preparados para o trabalho.
Para o público feminino somente em 1931 foi criado o externato com oficinas de costura e bordado. Foi do Instituto que surgiram os primeiros líderes surdos que ao terminarem seus estudos retornaram aos seus Estados de origem e divulgaram a Língua Brasileira de Sinais, reuniram outros surdos e fundaram associações, escolas e grupos de luta pelos direitos dos surdos.
Prédio onde funciona o INES, desde 1915. www.ines.org.br
AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM POR CRIANÇAS SURDAS
Por Ronice Müller de Quadros - rmquadros@netmarket.com.br 
Doutoranda no curso de Pós-Graduação em Letras da PUCRS. 
Pesquisa financiada pela CAPES.
Todas as pesquisas desenvolvidas nos últimos anos sobre a aquisição das línguas de sinais evidenciam que essa pode ser comparada à aquisição das línguas orais em muitos sentidos. Normalmente, as pesquisas envolvem a análise de produções de crianças surdas, filhas de pais surdos. Somente esse grupo de crianças surdas apresenta o input lingüístico adequado e garantido para possíveis análises do processo de aquisição. Entretanto, ressalta-se que essas crianças representam apenas de 5% a 10% das crianças surdas (esse dado não é oficial mas é parcialmente confirmado pela dificuldade quando da seleção dos sujeitos informantes desta pesquisa que foram em número bastante reduzido e não representam todos os estágios da aquisição. Nos Estados Unidos, Lillo-Martin (1986) apresenta esse mesmo percentual.). No Brasil, os estudos envolvem crianças surdas filhas de pais surdos que usam a Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS. 
Várias pesquisas sugerem que a criança surda de nascença, com acesso a uma língua espaço-visual proporcionada por pais surdos, desenvolverá uma linguagem sem qualquer deficiência. Além disso, os dados sugerem que os fundamentos da linguagem não estão baseados na forma do sinal, mas sim, na função linguística que a serve (petitto, 1987; Petitto & Bellugi, 1988; Petitto & Marantette, 1991; Bellugi & Klima, 1979, 1990; Karnopp, 1994; Quadros, 1995). 
Bellugi et alli (1990) apresentam algumas pesquisas que contribuem para educação de surdos e para compreensão do desenvolvimento da linguagem. 
Um deles foi feito com crianças surdas filhas de pais ouvintes, cujo o único meio de comunicação disponível era o Inglês Sinalizado (sistema artificial que usa sinais da ASL na ordem do Inglês, sistema equivalente ao Português Sinalizado no Brasil). Esse estudo investigou o uso do espaço pela criança. Foi verificado que as crianças, individualmente, transformavam os conhecimentos que tinham do Inglês Sinalizado quando elas sinalizavam entre si mesmas, tornando essa sinalização mais especializada. Essa descoberta indica que a modalidade da língua apresenta efeitos na forma da língua. Outro estudo realizado com surdos adultos que adquiriram a língua de sinais em diferentes fases da vida, uns filhos de pais ouvintes, outros filhos de pais surdos apresentou resultados que sugerem que, realmente existe um período adequado para o aprendizado da língua. Ou seja, a aquisição da linguagem é muito mais eficiente quando realizada o mais precocemente possível.
Considerando o estudo de Quadros (1995) com crianças surdas filhas de pais surdos sinalizadores da LIBRAS, pode-se sugerir que os dados analisados na ASL em relação a sintaxe espacial apresentam uma analogia com os dados analisados na LIBRAS. Diante disso, sugere-se que o processo de aquisição desses aspectos observados envolva aspectos universais.
Diante das evidências, torna-se imprescindível que as instituições relacionadas direta ou indiretamente com surdos busquem a garantia do acesso a língua de sinais às crianças surdas. Dessa forma, estará sendo garantido o desenvolvimento da linguagem dessa criança.
Causas e implicações da surdez
Audição
Conforme o último censo realizado pelo ibge, a surdez é a segunda maior deficiência citada pelos entrevistados. quando comparada a outras deficiências recebe pouca ou nenhuma atenção da sociedade, autoridades e até profissionais da saúde. O número de pessoas afetadas pela deficiência auditiva está proporcionalmente relacionada ao grau de desenvolvimento do país. os enormes contrastes se verificam sejam por condições socioeconômicas, diferenças culturais, fatores ambientais, hábitos de higiene e o principal: a falta de informação e ação preventiva. No brasil estima-se que devam existir em torno de 15 milhões de pessoas com algum tipo de perda auditiva, tendo 350 mil destas ausência total de audição. Ao se pensar em surdez e nas limitações que lhe são associadas, é natural que se procure saber quais as suas causas e, consequentemente, quais os meios de se evitá-la. Algumas condições vêm sendo descritas como as principais envolvidas na deficiência auditiva na infância.
 
Causas
Essas causas podem ser pré-natais, isto é, aquelas adquiridas durante a gestação, que são: desordens genéticas, consangüinidade, doençasinfecto-contagiosas (como a toxoplasmose, a sífilis, a rubéola, a citomegalovirose e o herpes), uso de remédios ototóxicos, de drogas ilícitas ou de álcool pela mãe, desnutrição ou carência alimentar materna, hipertensão ou diabetes durante a gestação, condições relacionadas ao fator RH e a exposição à radiação.
As crianças também podem adquirir o distúrbio da audição através de problemas que ocorrem durante o parto, como anóxia, parto fórceps, pré ou pós-maturidade e até mesmo a infecção hospitalar. Restam ainda as causas que acontecem após o parto e essas incluem, dentre outras, as infecções (como meningite, sarampo, caxumba e sífilis adquirida), o uso de remédios ototóxicos em excesso e sem orientação médica, a exposição excessiva a ruídos e a sons muito altos e o traumatismo craniano.
Classificação - Tipos e Causas de perda auditiva 
Perda auditiva neurossensorial
Esta é a perda auditiva mais comum. É um indicador de problemas no ouvido interno ou, ainda, no sistema auditivo periférico, podendo também ser conhecida como patologia coclear e retrococlear. Elas podem ser causadas por: 
Exposição a ruídos intensos 
Disposição genética
Infecções virais que afetam a orelha interna
Medicamentos ototóxicos 
Traumas
Idade
Os efeitos são quase sempre os mesmos: dificuldade em separar fala do ruído, sons de alta freqüência (ex: como pássaros cantando) e a solicitação de repetições sobre o que foi dito quase sempre é necessária.
A perda auditiva neurossensorial é permanente e não pode ser corrigida por medicamentos, porém aparelhos auditivos na maioria das vezes ajudam bastante. 
Perda auditiva condutiva
A perda auditiva resultante de um problema localizado no ouvido externo ou no ouvido médio é chamada de perda auditiva condutiva. É causada por algum bloqueio que impede a passagem correta do som até o ouvido interno. 
Rolha de cera
Secreção na orelha média
Infecções na orelha média
Calcificações na orelha média
Disfunção na tuba auditiva
As perdas auditivas condutivas não são necessariamente permanentes, sendo reversíveis por meio de medicamentos e cirurgias 
Perdas auditivas mistas
Ocorre quando há problemas tanto no ouvido externo/médio quanto no ouvido interno. Esta condição é chamada de perda auditiva mista. Perdas auditivas mistas podem ser tratadas por cirurgia assim como por aparelhos auditivos. 
CUIDADOS COM A AUDIÇÃO
CERA OU CERUMEN NA ORELHA: A pele do canal externo da nossa orelha produz constantemente cera, que tem função de proteção do canal. Por vezes uma grande produção forma uma "rolha" que tampa o conduto auditivo externo. A cera é facilmente retirada pelo médico otorrinolaringologista.
PERFURAÇÕES TIMPÂNICAS: A membrana do tímpano é um dos responsáveis pela captação e transmissão do som para a orelha interna. Infecções ou traumas podem perfurá-la e prejudicar a audição. Pequenas cirurgias recuperam o tímpano.
OTITE SECRETORA: Resfriados, gripes, alergias nasais, infecções da garganta, sinusites e otites, podem fazer com que a secreção permaneça dentro da orelha. Esta secreção prejudica a audição. Nestes casos uma pequena cirurgia resolve o problema.
CORPOS ESTRANHOS: Muitas vezes as crianças colocam objetos dentro da orelha e não falam nada, estes objetos estranhos podem causar infecções. Qualquer suspeita que você tenha, leve-a ao médico especialista para que possa fazer a remoção.
PERDA AUDITIVA X SURDEZ: Perda auditiva é a diminuição da audição que produz uma redução na percepção de sons e dificulta a compreensão das palavras. A dificuldade aumenta com o grau da perda auditiva, que pode ser leve, moderada, severa e profunda.
Surdez é a ausência total da audição, ou seja, a pessoa surda não ouve absolutamente nada.
O deficiente auditivo é classificado como surdo, quando sua audição não é funcional na vida comum e hipoacústico aquele cuja audição, ainda que deficiente, é funcional com ou sem prótese auditiva. A deficiência auditiva pode ser de origem congênita, causada por viroses materna doenças tóxicas desenvolvidas durante a gravidez ou adquirida, causada por ingestão de remédios que lesam o nervo auditivo, exposição a sons impactantes, viroses, predisposição genética, meningite, etc...
As hipoacústicas classificam-se em função do grau da perda auditiva, sua ordem e localização. Quando a lesão se localiza no ouvido externo ou no médio é denominada como deficiência de transmissão ou deficiência mista dependendo da intensidade da lesão. Quando se origina no ouvido e no nervo auditivo é dita deficiência interna ou sensorioneural (estágio mais agudo da deficiência).
Mas o conceito de perda auditiva nem sempre é suficiente claro para a pessoa que se depara pela primeira vez com o problema da surdez.O grau de perda auditiva é calculado em função da intensidade necessária para amplificar um som de modo a que seja percebido pela pessoa surda. Esta amplificação mede-se habitualmente em decibéis, como já descrito anteriormente.tiva é a diminuição da audição q pode variar do grau leve ao profundo.
SOLUÇÕES DE TRATAMENTO: Uma das possíveis soluções existentes para minimizar as dificuldades auditivas advindas da presença de uma deficiência auditiva, quando não há opção de tratamento medicamentoso ou cirúrgico para solução do problema, é a prótese auditiva, também chamada de aparelho de amplificação sonora individual (AASI).
O uso da prótese auditiva tem como finalidade primária a amplificação sonora, da forma mais adequada possível, incluindo não só sinais de fala mas sons ambientais, sinais de perigo e de alerta, bem como sons que melhorem a qualidade de vida do indivíduo.
Uma vez indicado o uso de uma prótese auditiva, o processo para sua seleção e adaptação será iniciado, de forma a buscar informações que serão imprescindíveis para se chegar ao melhor modelo e tipo para cada usuário.
IMPLANTE COCLEAR: O implante coclear é um dispositivo eletrônico de alta tecnologia, também conhecido como ouvido biônico, que estimula eletricamente as fibras nervosas remanescentes, permitindo a transmissão do sinal elétrico para o nervo auditivo, afim de ser decodificado pelo córtex cerebral. 
O funcionamento do implante coclear difere do Aparelho de Amplificação Sonora Individual (AASI). O AASI amplifica o som e o implante coclear fornece impulsos elétricos para estimulação das fibras neurais remanescentes em diferentes regiões da cóclea, possibilitando ao usuário, a capacidade de perceber o som. 
Atualmente existem no mundo, mais de 60.000 usuários de implante coclear.
Cultura dos surdos
Os surdos além de serem indivíduos que possuem surdez por norma são utilizadores de uma comunicação espaço-visual, como principal meio de conhecer o mundo em substituição à audição e à fala, tendo ainda uma cultura característica.
No Brasil eles desenvolveram a LIBRAS, e em Portugal, a LGP. Já outros, por viverem isolados ou em locais onde não exista uma comunidade surda, apenas se comunicam por gestos. Existem surdos que por imposição familiar ou opção pessoal preferem utilizar a língua falada.
Surdo-mudo: Provavelmente a mais antiga e incorreta denominação atribuída ao surdo. O fato de uma pessoa ser surda não significa que ela seja muda. A mudez é uma outra deficiência.
Compreendendo o mundo surdo: Muitas crianças surdas que se tornam adultos surdos dizem que o que mais desejavam era poder comunicar-se com os pais.
Por anos, muitos têm avaliado mal o conhecimento pessoal dos surdos. Alguns acham que os surdos não sabem praticamente nada, porque não ouvem nada. Há pais que super protegem seus filhos surdos ou temem integrá-los no mundo dos ouvintes. Outros encaram a língua de sinais como primitiva, ou inferior, à língua falada. Não é de admirar que, com tal ignorância, alguns surdos se sintam oprimidos e incompreendidos.
Todos sentem a necessidade de ser entendidos. Aparentes inabilidades podem empanar as verdadeiras habilidades e criatividades do surdo. Em contraste, muitos surdos consideram-se “capacitados”. Comunicam-se fluentemente entresi, desenvolvem auto-estima e têm bom desempenho acadêmico, social e espiritual. Infelizmente, os maus-tratos que muitos surdos sofrem levam alguns deles a suspeitar dos ouvintes. Contudo, quando os ouvintes interessam-se sinceramente em entender a cultura surda e a língua de sinais natural, e encaram os surdos como pessoas “capacitadas”, todos se beneficiam.
Algumas dicas importantes
Não é correto dizer que alguém é surdo-mudo. Muitas pessoas surdas não falam porque não aprenderam a falar. Muitas fazem a leitura labial, e podem fazer muitos sons com a garganta, ao rir, e mesmo ao gestualizar. Além disso, sua comunicação envolve todo o seu espaço, através da expressão facial-corporal, ou seja o uso da face, mãos, e braços, visto que, a forma de expressão visual-espacial é sobretudo importante em sua língua natural.
Falar de maneira clara, pronunciando bem as palavras, sem exageros, usando a velocidade normal, a não ser que ela peça para falar mais devagar.
Usar um tom normal de voz, a não ser que peçam para falar mais alto. Gritar nunca adianta.
Falar diretamente com a pessoa, não de lado ou atrás dela.
Fazer com que a boca esteja bem visível. Gesticular ou segurar algo em frente à boca torna impossível a leitura labial. Usar bigode também atrapalha.
Quando falar com uma pessoa surda, tentar ficar num lugar iluminado. Evitar ficar contra a luz (de uma janela, por exemplo), pois isso dificulta a visão do rosto.
Se souber alguma língua de sinais, tentar usá-la. Se a pessoa surda tiver dificuldade em entender, avisará. De modo geral, as tentativas são apreciadas e estimuladas.
Ser expressivo ao falar. Como as pessoas surdas não podem ouvir mudanças sutis de tom de voz, que indicam sentimentos de alegria, tristeza, sarcasmo ou seriedade, as expressões faciais, os gestos ou sinais e o movimento do corpo são excelentes indicações do que se quer dizer.
A conversar, manter sempre contato visual, se desviar o olhar, a pessoa surda pode achar que a conversa terminou.
Nem sempre a pessoa surda tem uma boa dicção. Se houver dificuldade em compreender o que ela diz, pedir para que repita. Geralmente, os surdos não se incomodam de repetir quantas vezes for preciso para que sejam entendidas.
Se for necessário, comunicar-se através de bilhetes. O importante é se comunicar. O método não é tão importante.
Quando o surdo estiver acompanhado de um intérprete, dirigir-se a ele, não ao intérprete.
Alguns preferem a comunicação escrita, alguns usam linguagem em código e outros preferem códigos próprios. Estes métodos podem ser lentos, requerem paciência e concentração.
Em suma, os surdos são pessoas que têm os mesmos direitos, os mesmos sentimentos, os mesmos receios, os mesmos sonhos, assim como todos. Se ocorrer alguma situação embaraçosa, uma boa dose de delicadeza, sinceridade e bom humor nunca falham.
LEGISLAÇÃO e surdez
Declaração de Salamanca
Vídeo: http://www.youtube.com/watch?feature=player_detailpage&v=vHH_STbZZ-k
PDF: http://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=1&cad=rja&ved=0CC0QFjAA&url=http%3A%2F%2Fportal.mec.gov.br%2Fseesp%2Farquivos%2Fpdf%2Fsalamanca.pdf&ei=w5R-Uv2nHeLKsQSN0YC4Aw&usg=AFQjCNF2ywbegIOLNxkfQhQpXvCRiSKP-w&bvm=bv.56146854,d.cWc
MUSICALIDADE EM LIBRAS
A utilização da música como recurso pedagógico 
	Embora esse trablh esteja direcionada para o ensino superior, é salutar lembrar que o ensino básico brasileiro agrega, a partir da alteração promovida pela Lei nº 11.769/2008, conteúdo obrigatório de música, porém não exclusivo, do componente curricular de ensino da arte (BRASIL, 2008). Por sua vez, os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) permitem uma oportunidade para que os alunos possam se expor, interagir e trocar experiências de avaliação e compreensão de diversas circunstâncias culturais e históricas. Em sentido mais restrito, “fatos musicais são aqueles que se transmitem por meios de ondas sonoras, o que permite serem eles gravados, reproduzidos, estudados com o objetivo de observação e de experimentação” (CALDEIRA FILHO, 1971, p.51). Para Penna (1990, p. 22), a educação musical tem por objetivo musicalizar, e, “musicalizar: torna sensível a música, de modo que, internamente, a pessoa reaja, se mova com ela”. 
A Libras e a música 
Com a utilização desse recurso, a música, espera-se, além do aprendizado, a interação do aluno compartilhando informações e que ele seja capaz de comparar as gramáticas da Libras e da Língua Portuguesa, trabalhando as traduções, constatando desta forma que a Libras não se trata de Português sinalizado.
 A relação da Libras com a música será praticada a fim de estimular áreas cognitivas e afetivas para que o aluno ouvinte tenha sucesso tanto em sua vida acadêmica quanto na vida social, pois como é citado por Sacks (2007), a atividade musical pode ajudar na organização e sincronia no trabalho ou no divertimento.
Com relação ao ambiente de sala de aula, local destinado à realização do processo ensino-aprendizagem, merece atenção especial para alcançar constante interação entre os alunos e professores. 
Segundo Sacks (2007), a música pode acalmar, animar, consolar e emocionar. Baseado nisso, o aluno poderá sentir a música e transmitir sentimentos através da comunicação com Libras, pois a expressão facial e corporal tem um papel fundamental na língua, em algumas situações diria decisivo. Qualquer sinal pode ter significado diferente em razão da expressão facial ou da utilização dos classificadores em uma frase. A expressão facial é a forma mais básica e mais comum de expressão das emoções.
Segundo Pestana, o rosto humano é capaz de gerar cerca de 20.000 expressões diferentes. Juntamente com o olhar a expressão facial é o meio mais rico e importante, para expressar o estado de ânimo e as emoções, a expressão facial utiliza-se essencialmente para regular a interação, e para reforçar a nossa mensagem enviada junto do receptor. (PESTANA, 2005). 
 Pretende-se com o uso da música, estimular, acentuar a prática do exercício da expressão facial para se transmitir emoções. 
E, para finalizar, de acordo com Nikolaus Steinbeis e Stefan Hoelsch, 2008, a música pode promover uma união não verbal ( http://www2.uol.com.br/vivermente/reportagens/encantos_da_musica.html.) Daí a semelhança entre a música e a língua de sinais. 
Por isso este trabalho utiliza as canções como recurso pedagógico em cursos superiores de ensino procurando avaliar se favorece ou facilita a aquisição da Língua de Sinais.
PROJETO MUSICALIDADE EM LIBRAS COORDENADO PELA PROFESSORA FATIMA ANDRADE, DESDE 2013.
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