Prévia do material em texto
ALESSANDRA NOVOLETTE FALCO RA 8071424 LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS Centro Universitário Claretiano Licenciatura em Educação Física Língua Brasileira de Sinais Professora:Aparecida Helena Ferreira Hachimine SÃO JOSÉ DO RIO PRETO 2019 CENTRO UNIVERSITÁRIO CLARETIANO Curso: Licenciatura em Educação Física Disciplina: Língua Brasileira de Sinais Tutor: Aparecida Helena Ferreira Hachimine R.A.: 8071424 Conteúdos – Cursos de Licenciatura A surdez na família e o desenvolvimento da linguagem. A língua de sinais na educação do surdo. Acessibilidade: estratégias, recursos didáticos e tecnológicos usados na educação de surdos. Identidade e igualdade de direitos dos surdos. Problematização – Cursos de Licenciatura Quais os aspectos relacionados à audição normal e os problemas do aparelho auditivo? Quais as implicações que uma perda auditiva pode acarretar no processo educacional? Quais fatores podem contribuir para a superação da desigualdade sofrida pelos alunos surdos na sala de aula comum? Quais os tipos de atendimentos propostos pelo Atendimento Educacional Especializado (AEE) para os alunos surdos e suas principais características? De que maneira as novas tecnologias podem potencializar o processo educativo do surdo? O computador é uma ferramenta importante a ser utilizada na escola, como recurso didático para os alunos surdos? Quais os objetivos principais da inclusão social e da igualdade de direitos? Quais são os conceitos atribuídos à identidade e cultura surda? Atividade no Portfólio Objetivos Demonstrar o que é a deficiência auditiva/surdez e refletir sobre ela. Compreender e identificar as abordagens educacionais e suas repercussões na escolarização dos surdos. Compreender e demonstrar a importância da língua de sinais para a educação de surdos. Descrição da atividade Com base nas leituras anteriores, responda às questões a seguir: 1)Sabemos que a audição é o meio pelo qual o indivíduo entra em contato com o mundo sonoro e com as estruturas da língua oral, possibilitando, dentre outras coisas, o desenvolvimento da linguagem (PEDROSO, 2013, p. 55). Sendo assim, a audição desempenha as funções de: a) Localização e identificação: capacidade de reconhecermos de onde vem um som e qual é a fonte sonora que o está produzindo. b) Alerta: capacidade de nos atentarmos para todos os estímulos sonoros que nos rodeiam, como, por exemplo, a buzina de um carro vindo em nossa direção. c) Socialização: capacidade de nos relacionarmos, pois é principalmente pela audição que entramos em contato com as outras pessoas. d) Intelectual: grande parte das informações nos é transmitida por meio do código oral. e) Comunicação: a fala é o meio de comunicação mais utilizado pelo homem, e é por meio da audição que a linguagem e a fala se desenvolvem. Levando em consideração cada uma das funções da audição citadas anteriormente, apresente um exemplo de ações cotidianas na vida de um surdo e compare com a vida de um ouvinte. Resposta: A vida de uma pessoa com deficiência não é fácil, um deficiente auditivo não foge a regra. Não ouvir pode trazer grandes dificuldades para a pessoa surda, atravessar uma rua de uma grande cidade vai depender de uma observação muito mais precisa, já que alguns motoristas não respeitam a sinalização. A ausência da oralidade dificulta processos simples como agendamentos, compras no comercio, dependendo de gestos e interpretação sugestiva do vendedor. Um exemplo claro é a ausência de terminais de comunicação por sinais em órgãos públicos para agendamentos, a ausência de interpretes dificultando a acessibilidade do surdo e para nos ouvintes a dificuldade de ajudá-los já que não somos alfabetizados como bilíngües em libras. Outro exemplo são os sinais sonoros como o das Barragens das mineradoras onde já é difícil para uma pessoa com audição imagina um surdo que dependerá de outros para sua sobrevivência. 2) Leia atentamente a citação a seguir: “A maior parte dos surdos profundos, por exemplo, não exibem uma fala socialmente inteligível. Além disso, em geral, manifestam atraso significativo no desenvolvimento global e dificuldades ligadas a aprendizagem da leitura e da escrita, apresentando-se muitas vezes, apenas parcialmente alfabetizados após anos de escolarização” (MANTELATTO, PEDROSO & DIAS, 2000, n.p.). Reflita sobre a relação que existe entre a situação educacional das crianças surdas reveladas por Mantelato, Pedroso e Dias (2000), a história da educação dos surdos e as abordagens educacionais. A seguir responda se é correto afirmar que a história da educação dos surdos foi marcada pelo autoritarismo dos ouvintes. Justifique sua resposta relacionando-a com as abordagens educacionais estudadas nesta unidade. Resposta: A situação educacional dos surdos no Brasil vem sendo pautada num currículo de ouvintes, não conseguindo traduzir para realidade dos surdos, trazendo assim grandes perdas na formação escolar e pessoal desse surdo. A escolarização dos surdos não segue de forma transversal, segue um autoritarismo dos ouvintes e a permanência e a insistência em letramento dos ouvintes na Língua dos pais e não nas de Libras desde sua alfabetização. O oralismo foi à primeira imposição colocada para educação dos surdos, deliberada sem a participação de professores e surdos, pautado em uma visão de transformar os surdos em uma fala normal e fluente. Após o estudo de Stokoe, a partir de 1960, observando que o oralismo não era a melhor e única opção, desenvolveu-se a Comunicação total e o Bilinguismo. A comunicação total foi uma forma de inserir outros métodos para o ensino do surdo, avançando para o Bilinguismo. O bilinguismo entende que a língua que o professor deve priorizar com seus alunos surdos deva ser a de sinais e depois a língua majoritária (língua do país que resida) podendo ser sim escrita e oral. A inclusão no Brasil passa por muitos momentos onde vemos mais uma inclusão incompleta (integração melhorada) que a inclusão com todas as propostas que ela oferece, onde a escola não tem o suporte necessário para a inclusão completa deste aluno e como o interprete da língua de sinais na sala de aula que é um requisito importantíssimo para que o aluno surdo seja de fato inserido na sala de aula e não ocorram tantas perdas em seu aprendizado, usando e respeitando de fato o bilinguismo e a língua de sinais como deve ser feito. Aqui também podemos lembrar que na falta do interprete pode ser utilizado o software como recurso na sala de aula para tradução na tela (TV) da disciplina. Acredito que o bilinguismo deveria ser aprendido por todos, desde a alfabetização, isso seria de fato incluirmos todos num entendimento comum e a surdes deixar de ser vista com tanta diversidade. 3) Leia atentamente a citação a seguir: “A maior parte dos surdos profundos, por exemplo, não exibem uma fala socialmente inteligível. Além disso, em geral, manifestam atraso significativo no desenvolvimento global e dificuldades ligadas a aprendizagem da leitura e da escrita, apresentando-se muitas vezes, apenas parcialmente alfabetizados após anos de escolarização” (MANTELATTO, PEDROSO & DIAS, 2000, n.p.). Reflita sobre a conseqüência de um adulto surdo, que não teve uma escolarização adequada àsua condição lingüística, em sua vida profissional para estabelecer as relações por falta de uma língua compartilhada. Como a formação educacional pode interferir na sua Inclusão social e profissional? Como são minorias, os surdos sempre enfrentam situações discriminatórias na vida social e profissional, apresente exemplos de práticas que poderiam minimizar tais situações discriminatórias no trabalho e na vida. Não esqueçam de que em 95% dos casos de surdez os pais são ouvintes. Resposta: Grande parte dos surdos é de famílias de ouvintes e muitos ainda em situação de desigualdade social, o que dificulta ainda mais o acesso a um aprendizado de qualidade ou a freqüentar escolas especializadas. Os surdos profundos sofrem por não conseguirem nenhum tipo de verbalização, muitas vezes até confundidos com outros tipos de deficiência por sua forma de comunicação. Onde trabalho(Unidade Básica de Saúde) posso vivenciar a presença constante de um surdo profundo, sem escolarização, muito pobre, totalmente dependente dos familiares para recebimento de sua pensão e outras atividades que necessitem ir para cidade, já que estamos em um Distrito. Ele vai todas as manhãs, emite uma sonorização que não entendemos, mas o que ele quer é apenas um café, assim que servido permanece por ali mais um tempo e segue a caminhar pelas ruas do bairro, correndo risco de atropelamento pelos caminhos de cana ou laranja que escoam a safra do local, como ele tem 68 anos a comunidade o acolhe e os motoristas daquela região que o conhecem trafegarem por aquele local tendo alguns cuidados. Este senhor não apresenta nenhum tipo de escolaridade, nem profissão. Aprendeu a realizar pequenos copos e jarras com latas, utilizando cabo de lata rebitado, que algumas pessoas compram para dar um dinheiro, para ajudá-lo. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS E-REFERÊNCIAS NASCIMENTO, R. Acessibilidade. Parte 4. Santa Cruz do Sul – RS. UNISC TC. Jun/Jul 2008. Hand Talk Tradutor para Libras <https://play.google.com/store /apps/details?id=br.com.handt alk&hl=pt_BR> Acesso em YOUTUBE. Em tese a Surdez. http://www.youtube.com/watch?v=8OPYvPmP-4g>Acesso em 15 set. 2019. BIBLIOGRAFIA PEDROSO, C. C. A.; ROCHA, J. C. M. Língua Brasileira de Sinais. Batatais: Claretiano, 2013.