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Contextualização Histórica Da Economia Introdução O pensamento econômico passou por diversas fases, que se diferenciam, com muitas diferenças e oposições. No entanto, a evolução deste pensamento pode ser dividida em dois grandes períodos: Fase Pré-Científica e Fase Científica Econômica. A fase pré-científica: é composta por três subperíodos. A Antiguidade Grega, que se caracteriza por um forte desenvolvimento nos estudos político-filosóficos; A Idade Média ou Pensamento Escolástico, repleta de doutrinas teológico- filosóficas e tentativas de moralização das atividades econômicas; o mercantilismo, onde houve uma expansão dos mercados consumidores e, consequentemente, do comércio. Fase Pré-Científica Antiguidade Grega Nesse período, não se podia cogitar que a atividade econômica fosse sofisticada; Longe disso, predominava a economia de subsistência e o autoconsumo. As sociedades, por sua vez, ainda eram desestruturadas, sem características, inclusive, de sociabilidade. A partir da civilização greco-romana, no ano 1000 a.C., nota-se uma preocupação mais concreta com os fatos econômicos, surgindo estudos embrionários sobre riqueza, valor econômico e moeda. As magníficas obras do Império refletiam, apenas, o consumo ostensivo dos grupos mais ricos ou do Estado sempre mais poderoso. A situação levou a decadência do Império, o povo com uma elevada crise de escassez, quando aumentaram, e muito, as necessidades urbanas em alimentos. Idade Média A Igreja tornou-se o agente de perpetuação da cultura, de disseminação do saber e de desenvolvimento da administração pública. Diferente do pensamento capitalista, o pensamento cristão condenava a acumulação de capital (riqueza) e a exploração do homem pelo homem. Nascia, assim, o regime feudal, caracterizado por propriedades nas quais os senhores e os trabalhadores viviam indiretamente do produto da terra ou do solo. O rei, embora dirigisse o Estado, não possuía influência ou poder de decisão nos feudos, onde a autoridade máxima era a do senhor da terra. Mercantilismo O mercantilismo ou capitalismo comercial vigorou no século XV até meados do século XVIII, e tinha como principal característica uma forte intervenção estatal na economia. Serviu como uma fase de transição entre o pensamento feudal para o pensamento capitalista. O mercantilismo recebeu seu nome da palavra latina mercator (mercador), porquanto considerava o comércio como a base fundamental para o aumento das riquezas. A prática mercantilista predominou até o início do século XVII. Vários foram os tipos de mercantilismo adotados mas todos, basicamente, tinham como princípios o acúmulo de metais preciosos, balança comercial favorável e protecionismo. Fase Cientifico Econômico A fase científica pode ser dividida em Fisiocracia, Escola Clássica e Pensamento Marxista. Esta primeira pregava a existência de uma “ordem natural”; Os doutrinadores clássicos acreditavam que o Estado deveria intervir para equilibrar o mercado (oferta e demanda); Já o marxismo criticava a “ordem natural” e a “harmonia de interesses”. Apesar de fazer parte da fase científica, convém ressaltar que a Escola Neoclássica e o Keynesianismo, diferenciam-se dos outros períodos por elaborar princípios teóricos fundamentais e revolucionar o pensamento econômico, merecendo, portanto, destaque. É na Escola Neoclássica que o pensamento liberal se consolida e surge a teoria subjetiva do valor. Na Teoria Keynesiana, procura-se explicar as flutuações de mercado e o desemprego Fisiocracia Doutrina de ordem natural: O Universo é regido por leis naturais, absolutas e imutáveis e universais , desejadas pela Providência divina para a felicidade dos homens. Na fisiocracia a base econômica é a produção agrícola, ou seja, um liberalismo agrário, onde a sociedade estava dividida em três classes: A classe produtiva, formada pelos agricultores. A classe estéril, que engloba todos os que trabalham fora da agricultura (indústria, comércio e profissões liberais); A classe dos proprietários de terra, que estava ao soberano e aos recebedores de dízimos (clero). Escola Clássica Principal pensador: Adam smith Destacava o liberalismo economico(sem intervençao do governo no comercio). Desemprego voluntario Interferencia governamental, era o centro das discussao. Acreditava tambem que desigualdade entre as classes sociais era uma forma de existir vontade, por aqueles que estao em classes inferiores de trabalho chegar ao enriquecimento. A teoria de Smith afirmava também que a concorrência era salutar, pois a busca constante do lucro máximo poderia trazer benefícios claros para as sociedades, sem que o governo precisasse interferir nesse processo (mão invisível do liberalismo econômico). Na escola clássica se destacava a concorrência como impulsionadora de mercado, onde cada indivíduo buscava maximizar o seu bem-estar, fazendo com que a economia rumasse para uma situação eficiente, sem a necessidade de intervenções governamentais. Escola Neo-Clássica A teoria de Smith afirmava também que a concorrência era salutar, pois a busca constante do lucro máximo poderia trazer benefícios claros para as sociedades, sem que o governo precisasse interferir nesse processo (mão invisível do liberalismo econômico). Na escola clássica se destacava a concorrência como impulsionadora de mercado, onde cada indivíduo buscava maximizar o seu bem-estar, fazendo com que a economia rumasse para uma situação eficiente, sem a necessidade de intervenções governamentais. A teoria de Smith afirmava também que a concorrência era salutar, pois a busca constante do lucro máximo poderia trazer benefícios claros para as sociedades, sem que o governo precisasse interferir nesse processo (mão invisível do liberalismo econômico). Na escola clássica se destacava a concorrência como impulsionadora de mercado, onde cada indivíduo buscava maximizar o seu bem-estar, fazendo com que a economia rumasse para uma situação eficiente, sem a necessidade de intervenções governamentais. Teoria Marxista A principal reação política e ideológica ao classicismo foi feita pelos socialistas, mais precisamente por Karl Marx e Frederic Engels. Estes criticavam a "ordem natural" e a "harmonia de interesses", pois existia concentração de riqueza e exploração do trabalho Marx assegurava que erraram ao afirmar que a estabilidade e o crescimento econômico seria efeito da ordem natural e explica que "as forças que criaram essa ordem procuram estabilizá-la, ocultando o crescimento de novas forças que ameaçam destrui-la, até que se afirmem e realizem as suas aspirações" Marx modificou a análise do valor-trabalho (teoria objetiva do valor). Desenvolveu a teoria da mais-valia (exploração do trabalho), que é a origem do lucro capitalista, de acordo com o pensamento marxista, analisou as crises econômicas, a distribuição da renda e a acumulação de capital. Teoria Keynesiana Quando a doutrina clássica não se mostrava suficiente diante de novos fatos econômicos, surgiu o economista inglês John Maynard Keynes que, com as suas obras, promoveu uma revolução na doutrina econômica, opondo-se ao pensamento marxista, Keynes acreditava que o capitalismo poderia ser mantido, desde que fossem feitas reformas significativas, pois este mostrou-se incompatível com a manutenção do pleno emprego e da estabilidade econômica, recebendo muitas críticas dos socialistas no que se refere ao aumento da inflação, ao estabelecimento da uma lei única de consumo e ignorando as diferenças das classes Keynes defendia a intervenção moderada do Estado, afirmava que não havia razão para o socialismo do Estado, pois não seria a posse dos meios de produção que resolveria os problemas sociais Os Keynesianos admitiram que seria difícil conciliar o pleno emprego e o controle da inflação, considerando, sobretudo, as negociações dos sindicatos com os empresários por aumentos salariais. Por esta razão, foram tomadas medidas que evitassem o crescimento de salários e preços mas, a partir da década de60, os índices de inflação foram acelerados de forma alarmante. A partir do final da década de 70, os economistas tem adotado argumentos monetários em detrimento daqueles propostos pela doutrina Keynesiana, mas as recessões em escala mundial, das décadas de 80 e 90, reflete os postulados da política econômica de John Maynard Keynes.