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Marcela Scussel Pavan 
XVI 
FARMACOLOGIA 
INTRODUÇÃO e CONCEITOS GERAIS 
 
Farmacologia é a Ciência que estuda o fármaco, ou seja, como determinadas 
substâncias químicas irão desencadear uma ou mais funções biológicas, quais seriam esses 
efeitos biológicos terapêuticos e/ou para diagnóstico e os demais efeitos (adversos e 
colaterais). 
Seu objetivo é prevenir, curar ou controlar vários estados patológicos. Para alcançar 
este objetivo, doses adequadas do fármaco devem alcançar o tecido alvo de modo a serem 
atingidos níveis terapêuticos, não tóxicos da droga. 
Droga: É toda substância capaz de alterar uma função fisiológica. É o composto 
biologicamente ativo. 
“TUDO É VENENO, pois não existe absolutamente nada sem propriedades venenosas. 
Apenas a dose é que torna um composto venenoso.” 
 
CONCEITOS BÁSICOS: 
- Fármaco: ​substância química capaz de provocar efeito terapêutico no organismo. 
- Medicamento: ​produto elaborado contendo um ou mais fármacos. Oa outros componentes 
do medicamento denominam-se excipientes, os quais podem ter várias funções (melhorar o 
sabor e odor, atuar na conservação…). O excipiente deve ser inerte do ponto de vista 
terapêutico, não devendo interagir com o fármaco. Os medicamentos oficiais classificam-se 
em: referência, similar e genérico. 
- Dose: ​quantidade de fármaco capaz de provocar alterações no organismo. A dose pode ser 
eficaz (DE), letal (DL), ataque ou de manutenção. A DE é a dose capaz de produzir o efeito 
terapêutico desejado. A DL é a dose capaz de causar mortalidade de 50% de uma 
população.. 
- Índice Terapêutico (IT):​ relação entre a dose letal (ou tóxica) e a dose efetiva do fármaco. 
É portanto a MEDIDA DE SEGURANÇA de um fármaco. 
- Nível plasmático efetivo:​ quantidade mínima de droga capaz de provocar resposta 
farmacológica. 
- Concentração máxima tolerada:​ quantidade máxima de droga tolerada pelo organismo. 
Se essa concentração for ultrapassada, provoca efeito tóxico. 
 
MEDICAMENTO DE REFERÊNCIA:​ ​“de marca”. Medicamento normalmente inovador, registrado 
na ANVISA, cuja eficácia, segurança e qualidade foram comprovadas cientificamente junto ao 
órgão. A eficácia e a segurança do medicamento de referência são comprovadas por estudos 
clínicos. 
 
 
MEDICAMENTO SIMILAR: ​Contém o mesmo ou os mesmos princípios ativos, apresenta mesma 
concentração, forma farmacêutica, via de administração, posologia e indicação terapêutica. A 
diferença entre os remédios similares e os de referência está relacionada a alguns aspectos como: 
prazo de validade do medicamento, embalagem, rotulagem, no tamanho e forma do produto. De 
acordo com a regulamentação da ANVISA, os medicamentos similares não podem ser substituídos 
pelos de referência quando prescritos pelo médico. 
 
MEDICAMENTO GENÉRICO: ​contém o mesmo princípio ativo, na mesma concentração, forma 
farmacêutica, via de administração, posologia e com a mesma indicação terapêutica do 
medicamento de referência. Como esse tipo de medicamento não tem marca, o consumidor tem 
acesso apenas ao princípio ativo do medicamento. 
Os genéricos geralmente são produzidos após a expiração ou renúncia da proteção da patente ou 
de outros direitos de exclusividade e a aprovação da comercialização é feita pela ANVISA. Esses 
medicamentos também são aprovados nos testes de qualidade da ANVISA, em comparação ao 
medicamento de referência. Os medicamentos genéricos podem substituir os medicamentos de 
referência, quando prescritos pelo médico, e em geral apresentam-se com custo mais acessível. 
 
● Há o reconhecimento de três categorias gerais de medicamentos: 
HOMEOPÁTICOS: ​“combate pelo semelhante”. ​São remédios, sob uma forma diluída e 
em pequeníssimas doses, com uma substância que, em doses elevadas, é capaz de 
produzir num indivíduo sadio sinais e sintomas semelhantes aos da doença que se pretende 
combater, estimulando o próprio organismo a se recuperar da doença. 
FITOTERÁPICOS: ​são medicamentos obtidos a partir de partes de plantas (raízes, cascas, 
folhas, sementes), ou plantas inteiras. 
ALOPÁTICOS: ​são os medicamentos mais receitados pelos profissionais da saúde. Com 
os alopáticos, uma substância química age diretamente sobre o organismo, provocando um 
efeito sobre a doença ou o sintoma que se quer combater. Esse tipo de remédio pode ser 
industrializado ou manipulado de acordo com a necessidade de cada paciente. 
 
 
FASES DO ESTUDO DOS MEDICAMENTOS: 
1. FASE PRÉ-CLÍNICA 
Feita por testes em laboratórios, em situações artificiais e em animais de 
experimentação e sua conclusão pode durar anos. O objetivo desta fase é verificar se o 
medicamento em questão tem potencial de tratamento para humanos. 
Uma vez comprovado a segurança e o potencial do produto nos testes em animais 
iniciam-se as pesquisas em seres-humanos. 
 
2. FASE CLÍNICA 
A fase clínica é composta por quatro fases sucessivas e necessárias para a aprovação 
pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), no Brasil, para posterior liberação e 
disponibilização para uso geral. 
 
 
I. FASE I 
Nessa fase o produto é avaliado em um pequeno grupo de pessoas grupos 
(20 – 100 pessoas) voluntárias e geralmente sadios. Tem o objetivo de estabelecer 
segurança, tolerabilidade, farmacocinética e farmacodinâmica e, quando possível, 
determinar um perfil farmacodinâmico do produto. Nesta fase serão avaliadas 
diferentes vias de administração e diferentes doses, realizando-se testes iniciais de 
segurança e de interação com outras drogas ou álcool. 
Aproximadamente 70% dos produtos mostram-se seguros e são testados na 
próxima fase. 
 
II. FASE II 
O número de pacientes que participará nessa fase será maior (de 100 a 
200). Nesta fase os voluntários já têm a doença a ser tratada. Os estudos desta fase 
são realizados para obtenção de informações mais detalhadas sobre a segurança e 
avaliação da eficácia do medicamento. Geralmente diferentes dosagens 
(buscando-se a dose mais efetiva) assim como diferentes indicações do novo 
medicamento também são avaliadas nesta fase. 
A taxa de resposta para um estudo desta fase precisa ser igual ou maior que 
a obtida em um tratamento padrão para que se passe para um estudo de fase III. 
 
III. FASE III 
Nesta fase, o novo medicamento é comparado com o tratamento padrão 
existente. O número mínimo de participantes é de aproximadamente 800 pacientes. 
Estes estudos normalmente são internacionais e multicêntricos (realizados em 
vários centros). Normalmente, são divididos em dois grupos: o grupo controle 
(recebe o tratamento padrão) e o grupo investigacional (recebe a nova medicação). 
Se não existir um tratamento padrão para a comparação, será utilizada além 
do novo medicamento, uma pílula sem efeito algum, com cheiro, cor e tamanho 
idênticos ao medicamento ativo, denominada placebo. 
Nesta fase há o estabelecimento do perfil terapêutico como indicações, dose 
e via de administração, contraindicações, efeitos colaterais, medidas de precaução e 
demonstração de vantagem terapêutica (comparação com outros medicamentos). 
Estes estudam determinam o resultado do risco/benefício a curto e longo prazo e as 
reações adversas mais frequentes. 
Após essa fase, o produto geralmente entra em comercialização. 
 
IV. FASE IV 
Estes estudos são realizados para se confirmar que os resultados obtidos na 
fase anterior (fase III) são aplicáveis em uma grande parte da população com a 
doença. Esta fase se dá após a aprovação do medicamento, quando ele já é 
comercializado. São estudos de vigilância pós-comercialização, para estabelecer o 
valor terapêutico, o surgimento de novas reações adversas a longo prazo ou 
confirmação das reações já conhecidas e estratégias de tratamento. 
Esta fase é conhecida como Farmacovigilância. 
 
 
 
 
 
 
DIVISÕES DA FARMACOLOGIA 
- FARMACOCINÉTICA: ​estudao movimento dos fármacos no organismo. 
- FARMACODINÂMICA: ​estuda a ação do fármaco e o mecanismo dessa ação no 
organismo. 
- FARMACOTÉCNICA: ​estuda a preparação dos fármacos. 
- FARMACOGNOSIA: ​estuda a origem dos fármacos (natural, sintética, semi sintética). 
- TOXICOLOGIA: ​estuda os efeitos colaterais dos fármacos. 
 
 
BENEFÍCIOS x RISCOS 
Todos os medicamentos têm tanto o potencial de causar danos como o de trazer benefícios. 
Quando os médicos consideram a prescrição de um medicamento, eles devem avaliar os possíveis 
riscos em função dos benefícios esperados. O uso de um medicamento não se justifica a não ser 
que os benefícios esperados superem os possíveis riscos. Os médicos também devem considerar o 
resultado provável da interrupção do medicamento. 
Risco aceitável:​ Probabilidade de que um efeito ou dano seja tolerado por um organismo. Ou seja, 
que o benefício real trazido pelo uso do fármaco seja maior do que o risco. 
 
 
 
 
FARMACOLOGIA ATUAL 
- Biotecnologia:​ uso da Tecnologia do DNA recombinante para a produção de proteínas 
terapêuticas, hormônios, antibióticos, anticorpos monoclonais, etc 
- Farmacogenética:​ O estudo das influências genéticas sobre as respostas a fármacos. 
Abrange variações na resposta a fármacos, onde a base genética é mais complexa. 
Ex: 30% dos pacientes não respondem a tratamentos para baixar o colesterol 
 
 
FARMACOEPIDEMIOLOGIA: ​Descreve o estudo dos efeitos dos fármacos em nível populacional. 
Analisa a variabilidade entre indivíduos e entre populações 
 
FARMACOECONOMIA: ​É um ramo da economia da saúde que visa quantificar, em termos 
econômicos, o custo e o benefício das substâncias utilizadas terapeuticamente. 
Levanta questões sobre quais os tipos de procedimento terapêuticos são mais convenientes em 
termos monetários.