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Disciplina: Didática e Metodologia do Ensino de Informática Avaliação: Avaliação Final (Discursiva) - Individual FLEX peso.:4,00) Nota da Prova: 9,00 1. Leia o texto a seguir: Quem quer ser professor? Baixos salários, desvalorização e falta de plano de carreira afastam as novas gerações da profissão docente. Mas há quem não desista. "Você é louca!". "É tão inteligente, sempre gostou de estudar, por que desperdiçar tudo com essa carreira?" Ligia Reis, de 23 anos, ouviu essas e outras exclamações quando decidiu prestar vestibular para Letras, alimentada pela ideia de se tornar professora na Educação Básica. Nas conversas com colegas mais velhos de estágio, no curso de História, Isaías de Carvalho, de 29 anos, também era recebido com comentários jocosos. "Vai ser professor? Que coragem!" Estudante de um colégio de classe média alta em São Paulo, Ana Sordi, de 18 anos, foi a única estudante de seu ano a prestar vestibular para Pedagogia. E também ouviu: "Você vai ser pobre, não vai ter dinheiro". Apesar das críticas, conselhos e reclamações, Ligia, Isaías e Ana não desistiram. No quinto ano de Letras na USP, Ligia hoje trabalha como professora substituta em uma escola pública de São Paulo. Formado em História pela Unesp e no quarto ano de Pedagogia, Isaías é professor na rede estadual na cidade de São Paulo. No segundo ano de Pedagogia na USP, Ana acompanha duas vezes por semana os alunos do segundo ano na Escola Viva. Quando os três falam da profissão, é com entusiasmo. Pelo que indicam as estatísticas, Ligia, Isaías e Ana fazem parte de uma minoria. Historicamente pressionados por salários baixos, condições adversas de trabalho e sem um plano de carreira efetivo, cursos de Pedagogia e Licenciatura são cada vez menos procurados por jovens recém-saídos do Ensino Médio. Em sete anos, nos cursos de formação em Educação Básica, o número de matriculados caiu 58%, ao passar de 101.276 para 42.441. Atrair novas gerações para a carreira de professor está se firmando como um dos maiores desafios a ser enfrentado pela Educação no Brasil. Não por acaso, a valorização do educador é uma das principais metas do novo Plano Nacional de Educação. [...] FONTE: OLIVEIRA, Tory. Carta Capital, 24 abr.2011. Disponível em: https://www.cartacapital.com.br/educacao/quem-quer-ser-professor. Acesso em: 26 jun. 2018. Agora, leia os comentários que alguns leitores deixaram no site da revista a respeito dessa mesma reportagem: 20/07/2011 - enviada por Aparecida - Excelente matéria. Faço letras e acho imprescindível a valorização desta profissão que para mim é a mais linda de todas as outras e que requer muito empenho e estudo. 21/07/2011 - enviada por Ray Santos Andrade- Ser professor é ser espartano, pois cada dia de sua jornada profissional é uma luta árdua com imensos desafios. Aliás, é ele quem forma todas as profissões. Todavia, são mal remunerados e desrespeitados a todo momento. Se queremos formar alunos com as competências necessárias, é preciso que se invista mais na educação, pois, ao contrário, a péssima qualidade educacional permanecerá por toda vida. 03/03/2012 - enviada por Marcos - Quanto mais leio informações como essas desse texto olho para os professores com admiração pela coragem de seguir em frente. Mal ou bem, são eles que contribuem para o conhecimento do povo. FONTE: CARTA CAPITAL, 24 abr. 2011. Disponível em: http://www.cartacapital.com.br/carta-na-escola/quem-quer-ser-professor/. Acesso em: 26 jun.2018. Baseado na reportagem e nos comentários, disserte sobre a valorização profissional e a formação inicial do professor de informática. Resposta Esperada: * Não podemos aceitar a forma com que está acontecendo a valorização profissional, pois tudo pode ser mudado, começando pelo reconhecimento dos professores licenciados em informática trabalhando nos laboratórios da escola. * É necessária a criação de políticas Públicas que incentivem a informática na educação. * A valorização do professor começa por medidas de investimentos financeiros em pesquisa, ensino, formação acadêmica, formação continuada, investimentos em laboratórios, materiais didáticos, estrutura física das escolas e mais profissionais atuando na gestão, além do diretor (coordenador pedagógico, assistente de educação, assistente pedagógico, administrador financeiro, psicológico e outras parcerias). Estamos carente de profissionais nas escolas públicas atuando na sua área de formação. * O professor serve de exemplo para muitos alunos na escola, ele tem o papel de transmitir informação e formar cidadãos críticos e atuantes na sociedade. Atualmente precisamos ir além, suprir necessidades que cabem às famílias como: educação, respeito, responsabilidade, regras, ou seja, ensinar valores que estão esquecidos na sociedade. 2. A didática durante certo tempo tinha o ensino como seu objeto de estudos, mas os teóricos, ao longo do tempo, perceberam, através da práxis, que não se poderia estudar só o processo de ensino sem levar em consideração a aprendizagem. Referente à formação do pensamento didático, disserte sobre a influência de Rousseau, Herbart e Comenius. Resposta Esperada: Rousseau não colocou a didática em prática, nem organizou métodos que ressaltavam a criança, como o sujeito que aprende, ou seja, pregou que para a criança deveria ser dada a possibilidade de um desenvolvimento livre e espontâneo. A educação deveria ser a própria vida da criança, transformando o método de ensinar em um procedimento natural. Herbart defendeu a educação pela instrução, criando os passos formais da aprendizagem. O pensador dava importância ao método, que pode ser interpretado como uma retomada ao desejo de um método único elaborado por Comenius em sua Didática Magna. Para Comenius, o método deveria seguir alguns passos importantes como: ensinar tudo o que se deve saber; mostrar a aplicação prática de tudo o que é ensinado explicar de maneira direta e clara; ensinar a verdadeira natureza das coisas, partindo de suas causas; explicar partindo do simples para o complexo; ensinar as coisas em seu devido tempo; manter-se em um assunto até sua compreensão e dar importância às diferenças.