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Prévia do material em texto

EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
integração das
operações logísticas
Master Production
Scheduling (MPS)
o impacto da Internet em 
ferramentas gerenciais
LOGÍSTICA
TECNOLOGIA
e
Professor Me. Julio Ernesto Colla
LOGÍSTICA
unidade I
unidade II
unidade III
TECNOLOGIAS
DE AUXÍLIO
À TOMADA DE DECISÃO
TECNOLOGIA PARA O
SUPRIMENTO
DA EMPRESA
Viver e trabalhar em uma sociedade global é um 
grande desafio para todos os cidadãos. A busca por 
tecnologia, informação, conhecimento de qualida-
de, novas habilidades para liderança e solução de 
problemas com eficiência tornou-se uma questão 
de sobrevivência no mundo do trabalho.
Cada um de nós tem uma grande responsa-
bilidade: as escolhas que fizermos por nós e pelos 
nossos fará grande diferença no futuro.
Com essa visão, o Centro Universitário 
Cesumar – assume o compromisso de democra-
tizar o conhecimento por meio de alta tecnologia 
e contribuir para o futuro dos brasileiros.
No cumprimento de sua missão – “promo-
ver a educação de qualidade nas diferentes áreas 
do conhecimento, formando profissionais cida-
dãos que contribuam para o desenvolvimento 
de uma sociedade justa e solidária” –, o Centro 
Universitário Cesumar busca a integração do 
ensino-pesquisa-extensão com as demandas 
Reitor 
Wilson de Matos Silva
palavra do reitor
Direção UniceSUMar
reitor Wilson de Matos Silva, Vice-reitor Wilson de Matos Silva Filho, Pró-reitor de administração Wilson 
de Matos Silva Filho, Pró-reitor de eaD Willian Victor Kendrick de Matos Silva, Presidente da Mantenedora 
Cláudio Ferdinandi.
neaD - núcleo De eDUcação a DiStância
Direção de operações Chrystiano Mincoff, coordenação de Sistemas Fabrício Ricardo Lazilha, coordenação 
de Polos Reginaldo Carneiro, coordenação de Pós-Graduação, extensão e Produção de Materiais Renato 
Dutra, coordenação de Graduação Kátia Coelho, coordenação administrativa/Serviços compartilhados 
Evandro Bolsoni, Gerência de inteligência de Mercado/Digital Bruno Jorge, Gerência de Marketing Harrisson 
Brait, Supervisão do núcleo de Produção de Materiais Nalva Aparecida da Rosa Moura, Design educacional 
Nádila Toledo, Diagramação Aline Morais, revisão textual Hellyery Agda Gonçalves da Silva, Fotos Shutterstock.
neaD - núcleo de educação a Distância
Av. Guedner, 1610, Bloco 4 - Jardim Aclimação - Cep 87050-900 
Maringá - Paraná | unicesumar.edu.br | 0800 600 6360
institucionais e sociais; a realização de uma 
prática acadêmica que contribua para o desen-
volvimento da consciência social e política e, por 
fim, a democratização do conhecimento aca-
dêmico com a articulação e a integração com 
a sociedade.
Diante disso, o Centro Universitário Cesumar 
almeja ser reconhecida como uma instituição univer-
sitária de referência regional e nacional pela qualidade 
e compromisso do corpo docente; aquisição de com-
petências institucionais para o desenvolvimento de 
linhas de pesquisa; consolidação da extensão univer-
sitária; qualidade da oferta dos ensinos presencial e 
a distância; bem-estar e satisfação da comunidade 
interna; qualidade da gestão acadêmica e adminis-
trativa; compromisso social de inclusão; processos 
de cooperação e parceria com o mundo do trabalho, 
como também pelo compromisso e relacionamento 
permanente com os egressos, incentivando a edu-
cação continuada.
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação a Distância:
C397 
 Logística e Tecnologia / Professor Me. Julio Ernesto Colla. 
 Publicação revista e atualizada, Maringá - PR, 2014.
 33 p.
“Pós-graduação Núcleo Comum - EaD”.
 1. Logística. 2. Tecnologia. . 3. EaD. I. Título.
CDD - 22 ed. ???
CIP - NBR 12899 - AACR/2
Prezado(a) Acadêmico(a), bem-vindo(a) à Comunidade do 
Conhecimento. 
Essa é a característica principal pela qual a UNICESUMAR tem sido 
conhecida pelos nossos alunos, professores e pela nossa sociedade. 
Porém, é importante destacar aqui que não estamos falando mais 
daquele conhecimento estático, repetitivo, local e elitizado, mas de um 
conhecimento dinâmico, renovável em minutos, atemporal, global, de-
mocratizado, transformado pelas tecnologias digitais e virtuais.
De fato, as tecnologias de informação e comunicação têm nos 
aproximado cada vez mais de pessoas, lugares, informações, da edu-
cação por meio da conectividade via internet, do acesso wireless em 
diferentes lugares e da mobilidade dos celulares. 
As redes sociais, os sites, blogs e os tablets aceleraram a informa-
ção e a produção do conhecimento, que não reconhece mais fuso 
horário e atravessa oceanos em segundos.
A apropriação dessa nova forma de conhecer transformou-se hoje 
em um dos principais fatores de agregação de valor, de superação das 
desigualdades, propagação de trabalho qualificado e de bem-estar. 
Logo, como agente social, convido você a saber cada vez mais, a co-
nhecer, entender, selecionar e usar a tecnologia que temos e que está 
disponível. 
Da mesma forma que a imprensa de Gutenberg modificou toda 
uma cultura e forma de conhecer, as tecnologias atuais e suas novas fer-
ramentas, equipamentos e aplicações estão mudando a nossa cultura 
e transformando a todos nós.
Priorizar o conhecimento hoje, por meio da Educação a Distância 
(EAD), significa possibilitar o contato com ambientes cativantes, ricos 
em informações e interatividade. É um processo desafiador, que ao 
mesmo tempo abrirá as portas para melhores oportunidades. Como 
já disse Sócrates, “a vida sem desafios não vale a pena ser vivida”. É isso 
que a EAD da UNICesumar se propõe a fazer. 
Pró-Reitor de EaD
Willian Victor Kendrick 
de Matos Silva
boas-vindas
sobre pós-graduação
a importância da pós-graduação
O Brasil está passando por grandes transformações, em especial 
nas últimas décadas, motivadas pela estabilização e crescimento 
da economia, tendo como consequência o aumento da sua impor-
tância e popularidade no cenário global. Esta importância tem se 
refletido em crescentes investimentos internacionais e nacionais 
nas empresas e na infraestrutura do país, fato que só não é maior 
devido a uma grande carência de mão de obra especializada.
Nesse sentindo, as exigências do mercado de trabalho são cada 
vez maiores. A graduação, que no passado era um diferenciador 
da mão de obra, não é mais suficiente para garantir sua emprega-
bilidade. É preciso o constante aperfeiçoamento e a continuidade 
dos estudos para quem quer crescer profissionalmente. 
A pós-graduação Lato Sensu a distância da UNICESUMAR 
conta hoje com 21 cursos de especialização e MBA nas áreas de 
Gestão, Educação e Meio Ambiente. Estes cursos foram planejados 
pensando em você, aliando conteúdo teórico e aplicação prática, 
trazendo informações atualizadas e alinhadas com as necessida-
des deste novo Brasil. 
 Escolhendo um curso de pós-graduação lato sensu na 
UNICESUMAR, você terá a oportunidade de conhecer um conjun-
to de disciplinas e conteúdos mais específicos da área escolhida, 
fortalecendo seu arcabouço teórico, oportunizando sua aplicação 
no dia a dia e, desta forma, ajudando sua transformação pessoal 
e profissional.
Professor Dr. Renato Dutra
Coordenador de Pós-Graduação , Extensão e Produção de Materiais 
NEAD - UNICESUMAR
apresentação do material 
Caro(a) aluno(a),
Meu nome é Julio Ernesto Colla e me apresento como 
o autor do material que você passará a estudar neste 
momento. Lembro que este material está adequado às 
novas tendências de ensino a distancia mundialmente co-
nhecidas. Sinto-me bastante confortável no assunto que 
vamos tratar porque fiz diversos materiais para muitas uni-
versidades e faculdades do país.
Neste nosso encontro, vamos estudar a disciplina 
de Logística e Tecnologia, na qual você irá conhecer os 
nuances da gestão logística eficiente e certamente irá se 
apaixonar pelo tema, pois é muito útil para as empresas e 
certamenteirá melhorar a qualidade de vida de todos os 
envolvidos com a organização.
Agora que já me apresentei, vou apresentar o material 
que vamos estudar nesta disciplina. O material está dividi-
do em três unidades que sequencialmente levarão você, 
aluno (a), a conhecer a Logística e a Tecnologia. Dessa 
forma, você terá êxito no MBA em GESTÃO COMERCIAL.
Nessa nossa apresentação, é preciso dizer que muitos 
estudiosos estão, de diversas formas, estudando a logísti-
ca e certamente existem muitos caminhos que levam ao 
entendimento desse fenômeno dos nossos dias. Assim, 
outros caminhos de estudos podem ser encontrados e 
variados pontos de vista são necessários. 
Nesse caso em especial, a diversidade de olhares faz 
com que os estudos tornem-se melhores. Disso decorre 
Professor Mestre 
Júlio ernesto colla
que o melhor entendimento do que acontece na logística 
das empresas reverte-se imediatamente na vida de todas as 
pessoas, bem como colabora para o fortalecimento do país.
Agora vamos falar um pouco sobre cada unidade que 
você vai encontrar neste material de estudos. Conforme 
dito anteriormente, as unidades são independentes, porém 
complementares. Dessa forma, cada unidade possui uma 
introdução e uma consideração final, bem como um 
pequeno conjunto de questões denominadas Atividades 
de Autoestudo que serve para que você sedimente os 
conceitos apresentados em cada unidade.
Na Unidade I, chamada de LOGÍSTICA, você verá os 
seguintes tópicos: Definição de Logística, Integração das 
operações logísticas, Projetos de cadeias de suprimento 
e Nível de serviço logístico.
Na Unidade II, chamada de TECNOLOGIAS DE AUXÍLIO À 
TOMADA DE DECISÃO, você aprenderá sobre: Supply Chain 
Management (SCM), Efficient Consumer Response (ECR), 
Enterprise Resource Planning (ERP), Material Requeriment 
Planning (MRP) e Master Production Scheduling (MPS).
Ao final dos estudos da Unidade III, denominada 
TECNOLOGIA PARA O SUPRIMENTO DA EMPRESA, você 
compreenderá os conceitos de Eletronic Data Interchange 
e E-business, e sua implicação na Logística. Reconhecerá o 
EDI e o E-business como ferramentas de busca de eficiên-
cia e eficácia no processo logístico e observará o impacto 
da Internet em ferramentas gerenciais. 
Bom estudo!
su
m
ár
io 01
12 Definição de Logística
15 Integração das Operações Logísticas
23 Projetos de Cadeias de Suprimento
25 Coordenação da Cadeia de Suprimentos
27 Nível de Serviço Logístico
LOGÍSTICA 
02 03
36 Supply Chain Management (SCM)
40 Eficient Consumer Response (ECR)
42 Enterprise Resource Planning (ERP)
44 Material Requeriment Planning (MRP)
46 Funções e Atividades que Devem Ser Analisadas Pelo Sistema MRP
48 Master Productions Sheduling (MPS)
59 Eletronic Data Interchange - EDI
65 A Internet e a Logística: E-Business
69 Redes de Valor Agregado
TECNOLOGIAS DE AUXÍLIO 
À TOMADA DE DECISÃO
TECNOLOGIA PARA O 
SUPRIMENTO DA EMPRESA
1 LOGÍSTICA
Professor Me. Júlio Ernesto Colla
Plano de estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estu-
dará nesta unidade:
•	 Definição de Logística 
•	 Integração das operações logísticas
•	 Projetos de cadeias de suprimento 
•	 Nível de serviço logístico
objetivos de aprendizagem
•	 Compreender os conceitos de Logística, Integração 
das Operações Logísticas, Projetos de Cadeias de 
Suprimento e Nível de Serviço Logístico.
•	 Reconhecer os conceitos de Logística, Integração 
das Operações Logísticas, Projetos de Cadeias de 
Suprimento e Nível de Serviço Logístico como 
ferramentas de busca de eficiência e eficácia no 
processo logístico.
A logística vem sendo demasiadamente discutida nos últimos 
tempos. Apesar de ser um assunto relativamente novo, pois é 
uma fronteira plausível para a redução de custos nas empre-
sas, a logística é uma preocupação humana, desde os tempos 
em que se viviam grandes guerras até agora, pois é imprescin-
dível para vencer batalhas.
A evolução logística aconteceu de maneira bastante sutil. Ao 
longo dos anos, ela foi incorporando várias atividades e hoje 
é responsável por praticamente todo o processo que se inicia 
com o pedido do cliente e termina atendendo esse pedido.
Um dos fatores responsáveis pelo desenvolvimento da logística 
é a globalização, que permitiu o aprimoramento das relações 
comerciais e tornou o cliente como foco mais importante. 
Em um passado muito próximo, no ano de 2012, tivemos aqui 
no Brasil a realização de uma conferência para tratar do clima no 
mundo, a chamada Conferência Rio +20 e um dos pontos prin-
cipais para a melhoria das condições ambientais é a evolução 
da logística. Por que este fato foi tratado em uma conferência 
de meio ambiente? Porque é imprescindível para os governos 
limitarem e reduzirem a emissão de poluentes. 
Então, quando se tem uma base mundial de transportes localiza-
da em transportes com propulsão a motor e consequentemente 
a base de um combustível fóssil, a melhoria dos transportes 
reduz a emissão de poluentes na atmosfera. 
Vamos entender um pouco mais sobre logística, seus conceitos, 
suas nuances. É uma trajetória bastante interessante e essen-
cial para as organizações modernas.
Logística e Tecnologia
12
definição de 
logística
Pós-Graduação | Unicesumar
13
a logística vem de origem militar e busca colocar os recursos certos no local certo e na hora certa, com o 
objetivo de vencer batalhas. Nas empresas, 
a logística é responsável pelo planejamento, 
operação e controle de todo o fluxo de mer-
cadorias e informações, desde o fornecedor 
até o consumidor final, ou seja, a logística 
gerencia desde a chegada dos materiais 
ainda inacabados até o momento em que 
o produto é colocado à disposição do con-
sumidor final. 
Todavia, a definição de logística não era 
tão abrangente assim. Acreditava-se que a 
logística era associada apenas ao transpor-
te de mercadorias ou a distribuição física. 
Atualmente, a logística incorpora, além do 
transporte e da distribuição, outras atividades, 
como a seleção de fornecedores, o estoque, 
a armazenagem, as embalagens e as infor-
mações relacionadas (MARTINS; ALT, 2002; 
CHRISTOPHER, 2002; CHING, 1999; BALLOU, 
2007).
Para manter o fluxo contínuo de maté-
ria-prima, a fabricação do bem e a saída do 
produto acabado até o ponto de venda, a 
logística atua de modo que nenhum ponto 
do processo seja interrompido, minimizando 
cada vez mais os estoques e maximizando a 
lucratividade por meio de baixo custo. Nesse 
sentido, surge uma visão mais moderna do 
conceito de logística: a logística integrada 
que busca alinhar os processos de maneira 
que as mercadorias e os produtos vão das 
fábricas direto para o consumidor, e as infor-
mações e os recursos vão dos consumidores 
direto para as indústrias (CHING, 1999).
Percebemos que a logística permite que 
as empresas saibam exatamente o que pro-
duzir, como produzir, quanto produzir, como 
cuidar do estoque, como distribuir diminuin-
do custos e seus impactos no preço final. 
Dessa forma, a logística pode ser um diferen-
cial para a empresa, ajudando-a a satisfazer 
as necessidades e expectativas dos clientes 
e pode significar a diferença entre o sucesso 
e o fracasso nos negócios, vista tanto como 
um simples meio para colocar os produtos 
no mercado ou como um setor da empresa 
que, administrado corretamente, traz vanta-
gens competitivas (CHING, 1999; HESKETT, 
1986). 
Logística e Tecnologia
14
Em busca do selo de boas 
práticas de distribuição, uma 
renomada distribuidora de 
medicamentos certificada 
pela ANVISA, adotou medi-
das que tornaram o atendi-
mento da empresa o mais 
completo possível. Para isso, 
as ações adotadas foram: ca-pacitação da equipe; colabo-
ração de consultores exter-
nos e desenvolvimento da 
loja virtual. Como agilidade 
já era uma característica forte 
da distribuidora, não foi pou-
pado esforços para garantir 
a entrega do produto final 
dentro prazo combinado.
Com o objetivo de estreitar 
as distâncias, a empresa pas-
sou a trabalhar com dois ti-
pos de entrega: própria e ter-
ceirizada. Além disso, adotou 
funcionamento em horários 
especiais e finais de semana, 
com motoboy para entrega 
expressa, conferência ele-
trônica dos itens, além do 
sistema de acompanhamen-
to online do pedido. Outra 
prioridade foi a integração 
e interação na comunicação 
com a implementação de um 
relacionamento da empre-
sa com os seus clientes por 
meio das redes sociais, SMS 
e e-mail. 
Com todas as melhorias, a 
distribuidora alcançou o selo 
de boas práticas de distribui-
ção que cumprem todas as 
normas exigidas pela Agên-
cia Nacional de Vigilância Sa-
nitária e garante a qualidade 
dos seus produtos e gestão 
de processo. 
Fonte: http://goo.gl/QKPkdY. 
Acesso em: 17 jun. 2014.
A IMPORTÂNCIA DA LOGÍS-
TICA PARA AS EMPRESAS 
BRASILEIRAS
No cenário atual, as empre-
sas brasileiras vivem um mo-
mento extremamente de-
safiador caracterizado pela 
busca por maior competitivi-
dade, maior desenvolvimen-
to tecnológico, maior oferta 
de produtos e serviços ade-
quados às expectativas dos 
clientes e maior desenvolvi-
mento e motivação de seu 
capital intelectual (recursos 
humanos).Na pretensão de 
superar todos esses desafios, 
algumas empresas buscam 
adotar ações que visam a 
redução de custos de uma 
forma isolada (por meio da 
eliminação de posições em 
seu quadro de colaborado-
res, eliminação do cafezinho, 
controle de ligações telefôni-
cas e outras tão conhecidas). 
Contudo, é importante des-
tacar que essas ações, às ve-
zes se fazem necessárias, no 
entanto, quando tomadas de 
forma isolada, não garantem 
o resultado desejado.
Por outro lado, é possível 
encontrar empresas que 
enxergam a Logística como 
uma estratégia competitiva 
bastante eficaz. Essas empre-
sas planejam e coordenam 
suas ações gerenciais de uma 
forma integrada, avaliando 
todo o processo desde o for-
necimento da matéria-prima 
até a certeza de que o clien-
te teve suas necessidades e 
expectativas atendidas pelo 
produto ou serviço entregue.
Fonte: Adaptado de: <http://
goo.gl/BrRkuz/>. Acesso em: 
11 jun. 2014.
Pós-Graduação | Unicesumar
15
a logística vem sendo posicionada dentro das empresas como uma das competências que contribuem 
para o processo de criação de valor para o 
cliente. Essa competência é alcançada pela 
coordenação de cinco áreas funcionais da 
logística: (1) projeto de rede, (2) informação, 
(3) transporte, (4) estoque e (5) armazena-
gem, manuseio de materiais e embalagem. 
integração 
das operações 
logísticas
Logística e Tecnologia
16
o projeto de rede é a estrutura das instalações da empresa e é usado para fornecer produtos e materiais 
aos clientes. As questões mais importan-
tes do projeto de rede são a determinação 
da quantidade necessária de cada tipo de 
instalação e sua localização geográfica. A 
empresa Laura Ashley, que fabrica roupas 
femininas e infantis, é um exemplo de como 
o projeto de rede pode ser incompatível 
com a obtenção de lucro nas organiza-
ções. Embora essa empresa tenha mantido 
sempre excelência no design e desenvol-
vimento do produto, ela tinha um sistema 
logístico ineficiente, além de caro e com-
plexo, pois contava com cinco armazéns, 
oito transportadoras principais e dez sis-
temas de informações gerenciais que não 
estavam integrados. Essa ineficiência logís-
tica fez com que a empresa perdesse o total 
controle gerencial. A reorganização das ope-
rações logísticas foi o fator decisivo para que 
a empresa recuperasse esse controle. Laura 
Ashley optou por transferir todas as opera-
ções logísticas para apenas uma empresa 
que tinha a responsabilidade de gerenciar 
todos os aspectos do fluxo de mercadorias 
e as informações, dentro da cadeia de supri-
mentos (BOWERSOX; CLOSS, 2009; CHOPRA; 
MEINDL, 2004).
Bowersox e Closs (2009) dizem que o ob-
jetivo do projeto de rede é: 
projeto de rede 
determinar a quantidade e a localização de todos os tipos de 
instalações necessárias para a execução do processo logísti-
co. Também é necessário vincular os pedidos de clientes aos 
locais onde deve ser feita a expedição. A rede de instalações 
forma uma estrutura a partir da qual as operações logísticas são 
executadas. Assim, a rede incorpora capacidades relacionadas 
com a informação e o transporte. Todas as tarefas específi-
cas associadas ao processamento de pedidos de clientes, à 
manutenção de estoque e ao manuseio de materiais são exe-
cutadas dentro da estrutura do projeto de rede (BOWERSOX; 
CLOSS, 2009, p. 39).
Pós-Graduação | Unicesumar
17
a informação é crucial para o desempenho da cadeia de supri-mentos, porque permite que os gerentes tomem decisões que levam em consideração todas as etapas que afetam a 
cadeia. As informações devem ser úteis, estar acessíveis no tempo 
certo e serem precisas para que possam colaborar com a tomada 
de decisão na cadeia de suprimentos (BOWERSOX; CLOSS, 2009; 
CHOPRA; MEINDL, 2004).
Para tomar decisões sobre projeto de rede, estoque, transpor-
te ou armazenagem, os gerentes precisam ser capazes de analisar 
as informações dos fornecedores, de fabricação, de distribuição e 
varejo e sobre demanda. Para obter acesso às informações e analisá
-las de maneira a tomar a melhor decisão, utilizam-se ferramentas 
da tecnologia da informação. À medida que a importância da in-
formação aumenta, valoriza-se mais a tecnologia da informação na 
tomada de decisão (CHOPRA; MEINDL, 2004).
informação
Logística e Tecnologia
18
o transporte envolve vários meios de movimentar os produtos fora das dependências da empresa. 
Ou seja, ele é responsável por mobilizar o 
produto nos estágios da cadeia de supri-
mentos. São cinco os meios de transporte: 
ferroviário, rodoviário, hidroviário, dutos e ae-
roviário (BOWERSOX; CLOSS, 2009; CHOPRA; 
MEINDL, 2004). 
Podemos acrescentar ainda um meio 
bastante novo na cadeia de suprimentos: o 
meio de transporte eletrônico via internet, 
para produtos como música (BOWERSOX; 
CLOSS, 2009; CHOPRA; MEINDL, 2004).
transporte
Qual é a importância da integração dos 
vários modais de transporte?
Fonte: O autor.
Desde o fim de 2005, quan-
do o então presidente ameri-
cano George Bush anunciou 
metas crescentes de uso de 
biocombustíveis, muitas ex-
pectativas foram criadas e bi-
lhões de dólares investidos. 
Somente no Brasil, foram 
US$ 30 bilhões na constru-
ção de mais de 100 usinas 
- valor que não considera 
os aportes na área agrícola 
(implantação de canaviais).
Desde então, as exportações 
globais continuaram pífias, 
equivalentes a 6% da pro-
dução global. Em 2014, de-
vem voltar a cair. A previsão 
da consultoria FO Licht é de 
que os embarques mundiais 
do biocombustível serão de 
6,778 bilhões de litros neste 
ano. Além de uma queda de 
10% ante 2013, o volume é 
praticamente o mesmo do 
registrado há oito anos. 
Leia mais em: <http://goo.
gl/WgmtAZ>. Acesso em: 17 
jun. 2014. 
A decisão sobre qual meio de transporte uti-
lizar deve levar em conta a rota e o grupo de 
locais pelo qual o produto será transportado. 
Além disso, é preciso decidir se o transpor-
te será realizado internamente ou será uma 
atividade terceirizada (BOWERSOX; CLOSS, 
2009; CHOPRA; MEINDL, 2004).
Pós-Graduação | Unicesumar
19
É a matéria-prima, os produtos em processamento e os produtos acabados. Ele existe porque há uma 
inadequação entre ossuprimentos e a 
demanda. A inadequação nos estoques pode 
ser intencional para as empresas siderúrgicas e 
varejistas, por exemplo, pois ambas preferem 
armazenar seus produtos antecipando uma 
futura demanda, permitindo que esteja 
disponível para o momento que o cliente 
quiser. O estoque está espalhado por toda a 
cadeia de suprimentos, passando de matéria-
prima para processamento até produtos 
acabados mantidos por fornecedores, 
fabricantes, distribuidores e varejistas. O 
estoque é o principal fator de custo na cadeia, 
todavia, ele é fundamental na capacidade 
da cadeia de suprimentos em apoiar a estra-
tégia competitiva da empresa. Além disso, 
quando a meta da empresa é ser um fabrican-
te com custos baixos, ela pode usar o estoque 
para tornar-se mais eficiente, reduzindo-o e 
utilizando uma armazenagem centralizada 
(BOWERSOX; CLOSS, 2009; CHOPRA; MEINDL, 
2004). Nesse sentido, o gerente da cadeia de 
suprimentos deve analisar e identificar qual 
a decisão a ser tomada quanto ao estoque, 
pois ele pode ser:
•	 Cíclico: compreende a quantidade 
média de estoque utilizada para 
satisfazer a demanda.
•	 Estoque de segurança: compreende 
o estoque mantido como precaução 
no caso de a demanda exceder as 
expectativas.
•	 Estoque sazonal: compreende os 
estoques armazenados em períodos 
de baixa demanda para atender os 
períodos de alta demanda. 
Em última análise, o gerente da cadeia de su-
primentos pode utilizar o estoque como um 
dos fatores-chave para atingir o nível de efici-
ência estabelecido pela empresa (BOWERSOX; 
CLOSS, 2009; CHOPRA; MEINDL, 2004).
estoque 
Logística e Tecnologia
20
Durante o processo logístico, as mercadorias necessitam de arma-zenamento. O transporte exige o 
manuseio de materiais, e para carregá-los 
e descarregá-los eficientemente, os produ-
tos devem ser embalados de maneira que o 
transporte dos produtos aconteça de forma 
segura (BOWERSOX; CLOSS, 2009; CHOPRA; 
MEINDL, 2004). 
Para armazenar os produtos, a organi-
zação pode contratar os serviços de uma 
empresa especializada ou operar por meio 
de suas próprias instalações. 
O manuseio de materiais é uma atividade 
importante, pois abrange o recebimento, a 
movimentação, a separação e o agrupamento 
armazenagem, manuseio de 
materiais e embalagem 
Pós-Graduação | Unicesumar
21
dos produtos de modo a atender às necessi-
dades dos clientes (BOWERSOX; CLOSS, 2009; 
CHOPRA; MEINDL, 2004).
Entretanto, essa área funcional da logísti-
ca deve basear-se em algumas técnicas para 
que o armazenamento aconteça de maneira 
que os produtos possam ser manuseados 
de forma rápida e eficaz. Vamos estudar 
agora a localização e o endereçamento de 
estoques para entendermos como a arma-
zenagem deve ser um processo organizado 
e integrado com as demais áreas logísticas 
(BOWERSOX; CLOSS, 2009; CHOPRA; MEINDL, 
2004).
localização e endereçamento dos estoques
a localização do estoque permite que os itens individuais armazenados no de-pósito sejam encontrados facilmente 
e ajuda a reduzir o esforço total necessário 
para receber, armazenar e retirar os produ-
tos da remessa. Assim, a gestão de estoque, 
que tem como função verificar se os estoques 
estão sendo bem utilizados e bem localizados 
no depósito, tem maior facilidade de atingir os 
objetivos de minimizar custos e maximizar o 
atendimento ao cliente (BOWERSOX; CLOSS, 
2009; CHOPRA; MEINDL, 2004). 
Entretanto, uma boa localização dos pro-
dutos depende do sistema de armazenagem 
que foi adotado pela empresa. A utilização 
de um sistema depende do tipo de produto 
estocado e do tipo de instalações necessá-
rias. Vamos estudar abaixo quatro sistemas 
básicos de localização de estoques: sistema 
de agrupar itens funcionalmente rela-
cionados; agrupar itens de giro rápido; 
agrupar itens fisicamente semelhan-
tes e colocar o estoque de trabalho e o 
estoque de reserva em locais separados 
(BOWERSOX; CLOSS, 2009; CHOPRA; MEINDL, 
2004).
Agrupar itens funcionalmente rela-
cionados: Este sistema consiste em agrupar 
os itens de utilização semelhante, ou seja, 
funcionalmente relacionados. Por exemplo, 
colocar todos os itens de ferragens na mesma 
área do depósito.
Agrupar itens de giro rápido: Este 
sistema consiste em colocar os itens de giro 
rápido próximos às áreas de recebimento e 
embarque para que o trabalho de movê-los 
para dentro e fora do estoque seja reduzi-
do. Neste caso, os itens de giro mais lentos 
Logística e Tecnologia
22
podem ser colocados em áreas mais remotas 
do depósito.
Agrupar itens fisicamente semelhan-
tes: Este sistema consiste em armazenar 
juntos os itens semelhantes, já que muitas 
vezes estes itens exigem suas próprias ins-
talações de armazenamento. Por exemplo, 
comidas congeladas exigem espaço de ar-
mazenamento em congeladores, enquanto 
pneus ou tambores exigem instalações e 
equipamentos diferentes.
Colocar o estoque de trabalho e o 
estoque de reserva em locais separados: 
Este sistema consiste em estocar os materiais 
de que são feitas retiradas perto da área de 
entrega e de remessas, enquanto o estoque 
de reserva, utilizado para repor o estoque de 
trabalho, pode ser colocado em um ponto 
mais remoto. 
Caro(a) aluno(a), estudamos até o 
momento os sistemas de localização dos 
estoques. Agora vamos estudar mais quatro 
sistemas básicos, que desta vez vão auxiliar 
os executivos a atribuírem locais específicos 
para itens individuais: localização fixa; locali-
zação flutuante; armazenamento de ponto 
de uso e armazenamento central. 
Localização fixa: A área de armaze-
namento é uma localização permanente 
e nenhum outro item é estocado ali. Esse 
sistema possibilita armazenar e retirar itens 
com um mínimo de registros. É como se guar-
dássemos um pacote de bolacha sempre 
no mesmo lugar do armário da cozinha. 
Tudo é simples e as coisas são prontamen-
te encontradas.
Localização flutuante: Nesse sistema, 
os produtos são estocados onde houver 
lugar para eles. São necessárias informações 
precisas e atualizadas sobre a localização do 
item. É como se guardássemos o mesmo 
pacote de bolacha, do exemplo anterior, cada 
hora em um lugar do armário.
Armazenamento de ponto de uso: A 
área de armazenamento, nesse sistema, é 
próxima ao local onde o item será utilizado, 
permitindo que o material esteja disponível 
o tempo todo. O pacote de bolacha, neste 
caso, deveria ser armazenado sobre a mesa 
do café, e não no armário da cozinha. 
Armazenamento central: O armazena-
mento acontece em lugar central que abriga 
todo o estoque da empresa, facilitando o 
controle. Nesse caso, o pacote de bolacha 
seria acondicionado na despensa da casa, 
onde os outros itens encontram-se guar-
dados (BOWERSOX; CLOSS, 2009; CHOPRA; 
MEINDL, 2004). 
Pós-Graduação | Unicesumar
23
fatores-chave da cadeia de suprimentos 
os principais fatores-chave de uma cadeia de suprimentos são: estoque, transporte, instalações e informação. Eles podem melhorar o desempe-nho de uma cadeia em termos de responsabilidade e eficiência, e podem 
determinar se o alinhamento estratégico é ou não alcançado em toda a cadeia 
(BOWERSOX; CLOSS, 2009; CHOPRA; MEINDL, 2004).
projetos de cadeias de 
suprimento
Logística e Tecnologia
24
com o passar dos anos, a cadeia de suprimentos passou por muitas mu-danças e enfrentou alguns obstáculos. 
Esses obstáculos criaram mais dificuldades 
para as empresas atingirem seu equilíbrio, 
mas também proporcionaram contínuas 
oportunidades de melhorias. Vamos estudar 
agora alguns obstáculos que influenciam a 
tomada de decisãona cadeia de suprimen-
tos, baseados em Bowersox e Closs (2009), 
Chopra e Meindl (2004):
Aumento na variedade de produtos: 
Existe disponível no mercado uma infinida-
de de produtos capazes de atender clientes 
cada vez mais exigentes, porém os fabrican-
tes investem mais em produtos customizados 
que atendem clientes específicos. O aumento 
na variedade de produtos complica a cadeia, 
pois as previsões sobre demanda e o atendi-
mento a essa demanda ficam mais difíceis, 
aumentando a incerteza e os custos.
Redução dos ciclos de vida do 
produto: Além do aumento na variedade de 
produtos, o ciclo de vida deles vem diminuin-
do. Dessa maneira, a cadeia de suprimentos 
deve estar em constante adaptação com a 
produção e entrega de novos produtos, além 
de enfrentar a incerteza de demanda.
Clientes cada vez mais exigentes: Os 
clientes atuais estão exigindo atendimento 
rápido, melhor qualidade, melhor desem-
penho do produto pelo mesmo preço. Essa 
exigência dos clientes significa que a cadeia 
de suprimentos deve oferecer mais para 
manter seu negócio.
Globalização: O aumento do comércio 
internacional pode trazer problemas à cadeia 
de suprimentos, uma vez que as instalações 
que integram a cadeia estão separadas, tor-
nando a coordenação mais difícil. Além disso, 
a globalização provoca o aumento da concor-
rência, pois as empresas nacionais passaram 
a competir com empresas internacionais. 
Dificuldade para executar novas es-
tratégias: A criação de uma boa estratégia 
pode criar dificuldades na cadeia de supri-
mentos, pois são necessários funcionários 
com grande talento em todos os níveis da 
organização para que a estratégia da cadeia 
seja bem sucedida. 
Esses obstáculos apresentados dificul-
tam a criação de equilíbrio na cadeia de 
suprimentos, todavia representam também 
uma oportunidade extraordinária para as 
empresas utilizarem o gerenciamento da 
cadeia de suprimento para a obtenção de 
vantagem competitiva (CHOPRA; MEINDL, 
2004).
obstáculos da cadeia de suprimentos
Pós-Graduação | Unicesumar
25
o objetivo da coordenação da cadeia de suprimentos é aumentar os lucros, desde que todos os estágios 
da cadeia realizem ações levando em consi-
deração o impacto sobre os outros estágios. 
Caso contrário, a falta de coordenação pode 
gerar conflitos porque as informações e os 
objetivos dos elos da cadeia podem ser dis-
torcidos ou diferentes (BOWERSOX; CLOSS, 
2009; CHOPRA; MEINDL, 2004). 
A falta de coordenação da cadeia de su-
primentos pode ocorrer quando existe um 
grande número de responsáveis nos diversos 
estágios da cadeia e o aumento na varieda-
de de produtos (BOWERSOX; CLOSS, 2009; 
CHOPRA; MEINDL, 2004).
Vamos analisar um exemplo, baseado em 
Chopra e Meindl (2004): 
A Ford Motor Company possui milha-
res de fornecedores, como a Goodyer e a 
Motorola. Cada um desses fornecedores 
também possui diversos fornecedores. As 
informações vão sendo distorcidas à medida 
que circulam pela cadeia de suprimentos 
porque são incompletas e não são compar-
tilhadas entre os diversos estágios. A Ford 
fabrica vários modelos e isso faz com que 
ela tenha dificuldade para coordenar o in-
tercâmbio de informações com milhares de 
fornecedores e revendedores.
Também pode existir falta de coordena-
ção na cadeia de suprimentos quando se 
observa o efeito chicote (também conheci-
do como efeito Forrester), em que a variação 
nos pedidos é amplificada em cada elo da 
cadeia de suprimentos, como do varejis-
ta para o atacadista ou do fabricante para 
os fornecedores. O que ocasiona distorção 
das informações e análises muito distintas 
sobre a demanda, ou seja, uma pequena 
oscilação de consumo em uma ponta da 
cadeia causa grandes variações nos atores 
mais distantes. 
O efeito chicote, além de ocasionar 
aumento nos custos de fabricação, estoque 
e transporte, prejudica a disponibilidade do 
CoorDenAÇÃo 
da cadeia de suprimentos
Logística e Tecnologia
26
produto e influencia negativamente o de-
sempenho de cada estágio da cadeia.
Além disso, vamos apresentar a seguir 
outros obstáculos que interferem na coor-
denação na cadeia de suprimentos:
Obstáculos de incentivo: Quando os 
incentivos oferecidos aos estágios ou aos 
participantes da cadeia levam à redução de lucro.
Obstáculos de processamento de 
informação: Quando as informações de 
demanda são distorcidas à medida que cir-
culam entre os diferentes estágios da cadeia.
Obstáculos operacionais: Quando há 
uma variação de pedidos ocasionada por 
ações realizadas no período entre a emissão 
e o atendimento dos pedidos. 
Obstáculos de preço: Quando as po-
líticas de preço de um produto levam ao 
aumento na variação dos pedidos.
Obstáculos comportamentais : 
Quando os problemas de atitudes nas or-
ganizações contribuem para o efeito chicote.
Como vimos, alcançar a coordenação na 
cadeia de suprimentos não é tarefa fácil. Os 
gerentes podem ajudar alinhando objetivos 
e incentivos entre os diferentes estágios e 
funções, além de compartilhar informações 
sobre vendas, previsão e construir parce-
rias estratégicas baseadas em confiança. 
(CHOPRA; MEINDL, 2004).
Pós-Graduação | Unicesumar
27
algumas empresas caracterizam nível de serviço logístico como a disponibilidade de estoque, outras 
consideram que é o tempo necessário para 
entregar um pedido ao cliente. Entretanto, 
nível de serviço logístico “se refere à cadeia 
de atividades que atendem as vendas, ge-
ralmente iniciando na recepção do pedido 
e terminando na entrega do produto para 
o cliente” (BLANDING, 1974 apud BALLOU, 
2009). 
Então podemos considerar que o nível 
de serviço logístico, em uma ordem de po-
pularidade, é:
•	 Tempo decorrido entre o recebimento 
e o despacho de um pedido.
•	 Lote mínimo de compra.
•	 Porcentagem de itens em falta no 
depósito do fornecedor a qualquer 
instante.
•	 Proporção dos pedidos de clientes 
preenchidos com exatidão.
•	 Porcentagem de clientes atendidos.
•	 Porcentagem de ordens dos 
clientes que podem ser preenchidas 
completamente assim que recebidas 
no depósito.
•	 Proporção de bens que chegam ao 
cliente em condições adequadas para 
venda.
•	 Tempo despendido entre a colocação 
de um pedido pelo cliente e a entrega 
dos bens solicitados.
•	 Facilidade e flexibilidade com que o 
cliente pode gerar um pedido.
Resumidamente, o nível de serviço oferece 
características de preço, qualidade e serviço 
para satisfazer as necessidades dos com-
pradores e foi dividido em três elementos: 
pré-transação, transação e pós-transação.
Os elementos de pré-transação propor-
cionam por escrito uma política para o nível 
de serviço, deixando claro para os clientes 
o que eles podem esperar do serviço ofe-
recido. Exemplo: Normas e procedimentos 
para tratar devoluções ou faltas e, ainda, 
nível de serviço 
LoGÍstiCo
Logística e Tecnologia
28
estabelecimento de planos de contingência 
para greves ou desastres naturais (BALLOU, 
2009). 
Os elementos de transação são aqueles 
envolvidos diretamente nos resultados 
obtidos com a entrega do produto ao cliente. 
Exemplo: Seleção de modos de transporte e 
adequação de níveis de estoque.
Os elementos de pós-transação repre-
sentam os serviços necessários para proteger 
consumidores de produtos defeituosos, para 
providenciar o retorno da embalagem e tratar 
de reclamações, devoluções ou solicitações 
(BALLOU, 2009).
Atualmente, o nível de serviço logístico 
tem sido alvo de atenção pelas empresas 
devido ao maior interesse pelo consumidor, 
já que quando não há nívelde serviço entre 
comprador e fornecedor pouca ou nenhuma 
venda é gerada. Porém, à medida que o nível 
de serviço vai aumentando e aproximan-
do-se do oferecido pela concorrência, as 
vendas mostram considerável crescimento, 
ou seja, as empresas, em sua maioria, ofere-
cem o mesmo preço e qualidade, assim o 
nível de serviço é considerado um diferencial 
na decisão do consumidor (BALLOU, 2009). 
O nível de serviço é uma das razões do 
esforço logístico. Ele tem muitas dimensões e 
controlá-lo é vital, pois o custo logístico cresce 
rapidamente à medida que o maior nível de 
serviço é estabelecido (BALLOU, 2009).
Pós-Graduação | Unicesumar
29
Nesta unidade, estudamos sobre a conceitu-
ação de logística, a integração das operações 
logísticas, os projetos da cadeia de suprimen-
tos e os níveis de serviço logístico. Vimos que 
apesar da logística ter origem militar e buscar 
colocar os recursos certos no local certo e na 
hora certa, com o objetivo de vencer batalhas. 
Nas empresas, a logística é responsável pelo 
planejamento, operação e controle de todo o 
fluxo de mercadorias e informações, desde o 
fornecedor até o consumidor final, ou seja, a 
logística gerencia desde a chegada dos ma-
teriais ainda inacabados até o momento em 
que o produto é colocado à disposição do 
consumidor final. 
Podemos perceber que a logística é 
vital para a empresa, inclusive na redução 
de custos, em especial quando adotadas 
práticas que contribuem para um melhor de-
sempenho da cadeia logística, por exemplo, 
a escolha certa do meio de transporte a ser 
utilizado. 
Um elemento essencial visto nesta 
unidade é que logística vem sendo posicio-
nada dentro das empresas como uma das 
competências que contribuem para o pro-
cesso de criação de valor para o cliente. Essa 
competência é alcançada pela coordena-
ção de cinco áreas funcionais da logística: (1) 
projeto de rede; (2) informação; (3) transpor-
te; (4) estoque e (5) armazenagem, manuseio 
de materiais e embalagem. 
Vimos também nesta unidade que os 
principais fatores-chave de uma cadeia de 
suprimentos são: estoque, transporte, insta-
lações e informação. Eles podem melhorar o 
desempenho de uma cadeia em termos de 
responsabilidade e eficiência, e podem de-
terminar se o alinhamento estratégico é ou 
não alcançado em toda a cadeia.
Na Unidade II vamos aprender um 
pouco mais sobre Supply Chain ou Cadeia 
de Suprimentos e Tecnologias que auxiliam 
a tomada de decisão no processo logístico. 
considerações finais
Logística e Tecnologia
30
atividade de autoestudo
1. Discorra sobre a importância da logística dentro das empresas.
2. Analise como a integração dos processos logísticos pode contribuir na criação de 
valor para o cliente.
3. Descreva como a logística tem afetado as decisões gerenciais dentro das 
organizações.
Pós-Graduação | Unicesumar
31
O que é Logística?
<https://www.youtube.com/watch?v=efX429kLcPA&feature=related>.
Logística FedEx – Impressionante
<https://www.youtube.com/watch?v=6hl5HNdgok0&feature=related>.
Para os que se interessarem em maiores conhecimento sobre o tema, sugiro as seguintes leituras:
<www.imam.com.br>.
<www.coppead.br>.
<http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/simplificando-o-mrp/30966/>.
Web
Título: Logística Empresarial
Autor: Ronald H. Ballou
Editora: Atlas
Sinopse: Este é um livro sobre a administração do fluxo de bens e serviços em organizações orien-
tadas ou não para o lucro. O assunto é vital e absorve parte substancial do orçamento operacional 
de uma organização, incluindo atividades de transporte, gestão de estoques, processamento de 
pedidos, compras, armazenagem, manuseio de materiais, embalagem e programação da produção.
A ênfase situa-se nos princípios e conceitos que servem como guias para a tomada de decisões. 
O assunto é levado ao leitor de modo gradual. Cada seção oferece perspectivas, discernimento, 
compreensão e desenvolvimento de habilidades, enfocando Distribuição Física, Administração 
de Materiais, Nível de Serviço, Administração de Tráfego, Manuseio e Acondicionamento do 
Produto e Controles de Estoques, entre outros temas.
Gestão de Negócios
32
Apesar de intrigar os estudiosos, a logística 
vem de origem militar e busca colocar os recur-
sos certos no local certo e na hora certa, com o 
objetivo de vencer batalhas. Todavia, a definição 
de logística não era tão abrangente assim. Acred-
itava-se que a logística era associada apenas ao 
transporte de mercadorias ou a distribuição físi-
ca. Atualmente, a logística incorpora, além do 
transporte e da distribuição outras atividades, 
como a seleção de fornecedores, o estoque, a 
armazenagem, as embalagens e as informações 
relacionadas.
Na intenção de manter o fluxo contínuo de 
matéria-prima, a fabricação do bem e a saída do 
produto acabado até o ponto de venda, a logística 
atua de modo que nenhum ponto do processo 
seja interrompido, minimizando cada vez mais 
os estoques e maximizando a lucratividade por 
meio do baixo custo. A logística, portanto, per-
mite que as empresas saibam exatamente o que 
produzir, como produzir, quanto produzir, como 
cuidar do estoque, como distribuir, diminuindo 
custos e seus impactos no preço final. 
Podemos concluir que a logística é, e pode ser um 
diferencial para a empresa, ajudando-a a satisfaz-
er as necessidades e expectativas dos clientes e 
pode significar a diferença entre o sucesso e o 
fracasso nos negócios, vista tanto como um sim-
ples meio para colocar os produtos no mercado 
ou como um setor da empresa que, administrado 
corretamente, traz vantagens competitivas.
Mas isto não é simples assim, temos empresas 
que enxergam a Logística como uma estraté-
gia competitiva bastante eficaz. Essas empresas 
planejam e coordenam suas ações gerenciais de 
uma forma integrada, avaliando todo o processo, 
desde o fornecimento da matéria-prima até a 
certeza de que o cliente teve suas necessidades 
e expectativas atendidas pelo produto ou serviço 
entregue.
Basicamente, a logística vem sendo posicionada 
dentro das empresas como uma das competên-
cias que contribuem para o processo de criação 
de valor para o cliente. Uma das decisões a tomar 
é sobre qual meio de transporte utilizar, deve-se 
levar em conta a rota e o grupo de locais pelo 
qual o produto será transportado. Além disso, 
é preciso decidir se o transporte será realizado 
internamente ou será uma atividade terceirizada.
Os principais fatores-chave para a logística são: es-
toque, transporte, instalações e informação. Eles 
podem melhorar o desempenho de uma cadeia 
em termos de responsabilidade e eficiência, e 
podem determinar se o alinhamento estratégico 
é ou não alcançado em toda a cadeia. Neste sen-
tido, cada fator deve apresentar, individualmente, 
um equilíbrio entre eficiência e responsividade, 
porém a eficiência e responsividade de toda a 
cadeia de suprimentos serão determinadas pelo 
equilíbrio de todos os fatores. Por exemplo, a 
manutenção de altos níveis de estoque aumenta 
a responsividade da cadeia de suprimentos não 
permitindo que o equilíbrio entre responsivi-
dade e eficiência aconteça, enquanto que a ma-
nutenção de baixos níveis de estoque aumenta 
a eficiência, desequilibrando a responsividade 
proporcionada à cadeia.
Fonte: O autor.
Pós-Graduação | Unicesumar
33
relato de 
caso
Qual a relação entre Logística em Desastres Natu-
rais? Os pesquisadores Marcia Regina Santiago 
Scarpin, Fernando Picasso e Renata de Oliveira 
Silva estudaram os Fatores Críticos que auxiliam 
no processo de logística em casos de desastres 
naturais. Por meio de uma pesquisa qualitativa, 
exploratória, com emprego da análise de con-
teúdo temática realizaram 11 entrevistasna ci-
dade de Blumenau, com os principais agentes 
que atuam no processo logístico em caso de 
catástrofes. Eles puderam verificar que os fatores 
críticos que auxiliam no atendimento as vítimas 
em uma catástrofe estão relacionados a uma or-
ganização prévia de todos os processos. No caso 
estudado, a experiência da cidade em enfrentar 
enchentes, desde praticamente sua fundação, 
criou um know-how que favorece a um rápido e 
pronto atendimento as vítimas. Questões como 
um cadastro prévio dos fornecedores auxiliam 
no pronto atendimento das famílias atingidas, 
pois cria-se um relacionamento de longo prazo, 
no qual o poder público identifica rapidamente 
quais os fornecedores estarão aptos a atender a 
demanda gerada.
Em relação às doações tanto a teoria como a práti-
ca mostraram que elas podem ser uma solução 
ou um problema. Solução, pois é o principal 
meio de obter recursos em caso de catástrofes, 
porém, geram um problema porque o doador 
é que decide o que quer doar, isso ocasiona no 
recebimento de mercadorias sem condições de 
uso ou consumo.
Essas doações são encaminhadas a um Centro 
de Distribuição, que recebe, separa e organiza 
os kits que serão encaminhados aos atingidos. 
Seu papel, portanto, é essencial para armazenar 
e proteger as mercadorias, bem como amenizar 
a variabilidade de tempo e a volatilidade da de-
manda. Neste processo, o exercito é um agente 
importante no controle e distribuição das do-
ações. 
A categoria de beneficiários corresponde basica-
mente a duas atividades. A primeira é do auxilio 
imediato, de forma que as organizações de alívio 
ofereçam serviços e produtos para garantir a so-
brevivência das vítimas. No segundo momento, 
a preocupação é em fornecer moradia, alimen-
tação, transporte e cuidado com a saúde.
Para conhecer o relato completo, acesse: <http://
goo.gl/BngP3c>. Acesso em: 11 jun. 2014.
2 TECNOLOGIAS DE AUXÍLIO À TOMADA DE DECISÃO
Professor Me. Júlio Ernesto Colla
Plano de estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará 
nesta unidade:
•	 Supply Chain Management (SCM)
•	 Efficient Consumer Response (ECR)
•	 Enterprise Resource Planning (ERP)
•	 Material Requeriment Planning (MRP)
•	 Master Production Scheduling (MPS)
objetivos de aprendizagem
•	 Compreender os conceitos e observam os impac-
tos do Supply Chain Management (SCM), Efficient 
Consumer Response (ECR), Enterprise Resource 
Planning (ERP), Material Requeriment Planning (MRP) 
e Master Production Scheduling (MPS).
As mudanças ocorridas no setor de distribuição nos últimos anos 
no Brasil, sobretudo a internacionalização e a concentração no setor 
supermercadista, fizeram com que as empresas passassem a buscar 
diferenciais competitivos que permitissem manter ou ampliar seus 
mercados.
Em geral, o mercado consumidor brasileiro tem passado por grandes 
transformações nas últimas décadas, pautadas em diversos fatores. 
Destacam-se a faixa etária da população e a estrutura das famílias, 
o aumento da participação da mulher no mercado de trabalho e 
também o consumo frenético por produtos que possuem apelo 
saudável, higiene e beleza, bem como questões relacionadas às 
transformações do estilo de vida das pessoas (novos padrões de 
consumo).
Esse cenário faz com que varejistas de artigos de mercearia se 
tornem mais conscientes e cada vez mais preocupados com a perda 
de competitividade do setor. Nos últimos 20 anos, o ganho de pro-
dutividade no varejo de alimentos tem se reduzido e ficado atrás 
do ganho de outros canais que hoje se tornam mais atrativos. Esses 
outros canais têm incorporado mais rapidamente, em suas práticas 
de negociação, o uso de novas tecnologias como o Intercâmbio 
Eletrônico de Dados (EDI – Eletronic Data Interchange). Assim, o 
crescimento da indústria de artigos de mercearia, apenas como 
exemplo, vem sendo comprometido a tal ponto que muitos par-
ticipantes deste segmento estão sentindo que o relacionamento 
com seus pares na cadeia de abastecimento é mais de adversários 
do que de parceiros, pois ambos os lados têm procurado aumen-
tar os seus lucros um as expensas do outro. 
Assim, a história do comércio ficou marcada por comportamentos 
completamente opostos e o ponto determinante de uma nego-
ciação era basicamente o preço (atacado e varejo).
Logística e Tecnologia
36
supply chain 
management (SCM)
Pós-Graduação | Unicesumar
37
o termo cadeia de suprimentos tra-ta-se de uma tradução do termo inglês Supply Chain, e desde seu 
surgimento tem se confundido com a logís-
tica, porém a cadeia de suprimentos abrange 
um escopo maior de processos e funções 
que a logística. Esta confusão se dá porque 
certamente a logística é a parte mais visível 
da cadeia de suprimentos, embora não seja 
a única. 
A cadeia de suprimentos pode ser defi-
nida como: a “integração dos processos que 
formam um determinado negócio, desde 
os fornecedores originais até o usuário final, 
proporcionando produtos, serviços e infor-
mações que agregam valor para o cliente” 
(FRANCISCHINI; GURGEL, 2002, p. 262).
A relação em uma cadeia de suprimentos 
está muito além da relação entre fabricantes e 
os fornecedores. Ela engloba todas as funções 
envolvidas no pedido ao cliente direta ou in-
diretamente. Isto porque a empresa necessita, 
para possibilitar o sucesso, expandir-se por 
todas as partes envolvidas fora da empresa 
(CHOPRA; MEINDL, 2004; PIRES, 2004, CHING, 
1999).
A cadeia de suprimentos, ou supply chain, 
começa com a chegada de matéria-prima 
destinada à produção de um determinado 
produto, que é armazenado em depósitos, 
normalmente denominados centros de dis-
tribuição, e termina no despacho do produto 
final ao cliente. Contudo, a cadeia de supri-
mentos transcende as funções de fabricação 
e entrega do produto final ao cliente, pois 
engloba também funções como marketing, 
operações, finanças, serviços de atendimen-
to ao cliente etc. (CHOPRA; MEINDL, 2004). 
Vamos entender por meio da figura abaixo 
como é formada uma cadeia de suprimentos:
FORNCECEDOR FABRICANTE VAREJISTA CLIENTE
FORNCECEDOR FABRICANTE VAREJISTA CLIENTE
FORNCECEDOR FABRICANTE VAREJISTA CLIENTE
Figura 1 – Estágios da Cadeia de Suprimentos 
Fonte: Chopra e Meindl (2004)
Logística e Tecnologia
38
a razão da existência da cadeia de suprimentos é a necessidade de satisfazer os clientes, pois os 
clientes são seus componentes essenciais. 
Todavia, uma cadeia de suprimentos 
não necessariamente passa por todos 
os estágios. Em alguns casos o fabri-
cante pode atender diretamente aos 
clientes, dependendo apenas das 
necessidades dos clientes e do papel 
de cada estágio para satisfazer suas 
necessidades.
A cadeia de suprimentos pode apresentar 
alguns conflitos que a tornam insatisfatória 
em determinados momentos, pois esta vê os 
mercados apenas como pontos de destino, 
deixando as exigências do mercado-alvo 
num segundo plano.
Segundo uma projeção feita 
pelo especialista Luiz Lemos 
Leite, em 2012, o custo logís-
tico do Brasil é um dos maio-
res do mundo, pelo simples 
fato do peso da ineficiência 
logística. De acordo com ele, 
nos próximos anos, existe a 
possibilidade do início de um 
longo ciclo de crescimento 
em patamares de 4% ao 
ano. As projeções se justifi-
cam por alguns elementos, 
como o aumento do número 
de empresas que anuncia-
ram investimentos no Brasil, 
pelo aumento da produção 
interna de petróleo nos pró-
ximos anos, elevação do va-
lor real do salário mínimo e o 
aumento da participação das 
classes C, D e E no consumo.
No que se refere ao custo 
Brasil, o especialista afirma 
que a falta investimento em 
infraestrutura afeta a com-
petitividade do País. Entre 
os principais problemas é 
possível destacar: a matriz 
rodoviária, principaleixo de 
movimentação de cargas, 
conta com estradas, na sua 
maioria, em condições ruins 
e o escoamento para o exte-
rior, seja através dos portos 
ou dos aeroportos, ainda 
não alcançou a eficiência ne-
cessária para que os produ-
tos nacionais consigam ter 
condições de competir com 
produtos concorrentes em 
mercados externos.
Fonte: Adaptado de: <http://
goo.gl/Hhj4Jz>. Acesso em: 
17 jun. 2014.
Pós-Graduação | Unicesumar
39
outras razões podem criar na cadeia conflitos que impeçam de atingir um alto grau de integração (FERREL; 
HARTLINE, 2005; KOTLER, 2000). 
Nesse sentido, a cadeia de suprimentos 
necessita de constante capacidade de adap-
tação. Quanto mais flexível ela for, menos 
sobressaltos, reinvestimentos ou desloca-
mentos de pessoal ela sofrerá atingindo uma 
eficiência de resposta. (MARTINS; ALT, 2002).
A cadeia de suprimentos, quando bem 
gerenciada, traz benefícios para as empresas, 
desde a compra até a distribuição de bens 
e serviços. O gerenciamento da cadeia de 
suprimentos nada mais é do que adminis-
trar o sistema de logística integrada, ou seja, 
o uso de tecnologias avançadas, entre elas: 
gerenciamento de informações e pesquisa 
operacional, para planejar e controlar uma 
complexa rede visando produzir e distribuir 
produtos e serviços para satisfazer o cliente. 
Dessa forma, o gerente da cadeia tem 
como principal objetivo satisfazer rapida-
mente o cliente, criando um diferencial 
competitivo e, minimizando os custos fi-
nanceiros, diminuir desperdícios e evitar ao 
máximo as atividades que não acrescentem 
valor ao produto (MARTINS; ALT, 2002).
A empresa ALFA, considera-
da a maior rede varejista do 
planeta, possui uma nova 
meta em seu planejamento 
para alcançar a excelência 
de seus serviços logísticos: 
ser o responsável pelo trans-
porte dos produtos de quase 
todos os fornecedores para 
as mais de 4.000 lojas nos 
Estados Unidos. Para isso, a 
rede pretende assumir este 
transporte quando for capaz 
de realizar o mesmo serviço 
com custos menores, já que 
tem escala suficiente para 
fazer o transporte de qual-
quer produto melhor que a 
maioria dos fabricantes o faz 
atualmente: desde comida 
para cachorro até cadeiras 
de jardim. 
Com isso, a rede permitirá 
liberar os fornecedores para 
fazer o que fazem de melhor: 
fabricar produtos. E com pre-
ços menores, as vendas ten-
dem a aumentar.
O sistema pretendido terá 
todos os ingredientes ne-
cessários para ser mais um 
sucesso justamente por seu 
tamanho. A rede varejista 
tem volume suficiente para 
forçar os fornecedores a en-
trar neste novo sistema, caso 
seja vantajoso para a grande 
rede. Como o fornecedor es-
tará livre do transporte, co-
brará preços menores, que 
em teoria serão repassados 
aos consumidores, conse-
guindo assim uma pequena 
vantagem no mercado, mui-
to competitivo nessa indús-
tria. Para dar uma noção do 
volume, em 2009 a rede eco-
nomizou US$ 200 milhões 
por meio de embalagem, 
agendamento e roteamen-
to mais eficiente dos cami-
nhões nos EUA. Além do to-
tal financeiro, os caminhões 
rodaram 160 milhões de km 
a menos, despejando menos 
poluentes na atmosfera.
Fonte: Adaptado de: <http://
goo.gl/JIUr52>. Acesso em: 
17 jun. 2014. 
Logística e Tecnologia
40
o ECR – Efficient Consumer Response, que pode ser traduzido como Resposta Eficiente do Consumidor, 
é uma iniciativa em que fabricantes de pro-
dutos diversos trabalham em conjunto para 
reduzir custos dessa cadeia de logística in-
tegrada e trazer maior valor ao consumidor 
(CHING, 2009). 
O ECR é uma ação empresarial que tem 
por objetivo otimizar o tempo e o custo do 
sistema de reposição por meio da automação 
do ciclo de reposição da loja. Para sua opera-
cionalização, são fundamentais os processos 
de reposição contínua e gerenciamento por 
categorias (CHING, 2009). 
eficient consumer 
response (ECR)
Reflita sobre todas as tecnologias que 
estão disponíveis no seu dia a dia e 
como elas podem ser utilizadas para 
melhorar a logística das empresas.
Fonte: O autor.
Essa iniciativa está transformando as rela-
ções de negócios entre os integrantes dessa 
cadeia logística e apoia-se em ferramentas 
e estratégias que permitem responder às 
necessidades crescentes e variadas dos con-
sumidores (CHING, 2009). 
Pós-Graduação | Unicesumar
41
o ECR é, portanto, uma ação do canal de distribuição, na qual for-necedores, atacadistas e varejistas 
trabalham em conjunto, visando proporcio-
nar maior valor ao consumidor e baseia-se 
em um conjunto de estratégias que forçam 
as funções tradicionais de logística, vendas 
e marketing a um novo alinhamento, o que 
possibilita otimizar a eficiência da empresa 
e agregar valor ao consumidor. Essa ação 
estimula os participantes da cadeia de supri-
mentos a estudar e a implementar métodos 
que possibilitem o trabalho conjunto entre 
os participantes, para que juntos consigam 
atingir a missão da cadeia como um todo 
(CHING, 2009). 
De acordo com pesquisa rea-
lizada pelo Instituto Brasilei-
ro de Logística, a nota média 
de avaliação dos executivos 
do setor de logística para a 
infraestrutura brasileira caiu 
para 4,8 em 2013, de uma 
média de 5 em 2011.
Em 2009, a nota era 5,2. Se-
gundo os executivos ouvi-
dos na pesquisa, os maiores 
impactos negativos sobre a 
atual infraestrutura de logís-
tica são: aumentos de cus-
tos (99%), aumento do prazo 
de entrega (99%), perda de 
renda (95%), inviabilização 
de investimentos privados 
(92%) e aumento de esto-
ques (90%). Os dados acima 
foram apresentados no dia 
7/05/2014, durante o XII Se-
minário Guarani - Cenários 
e Perspectivas para os Mer-
cados de Açúcar, Etanol e 
Energia - Safra 2014/15, em 
São Paulo. 
Fonte: Adaptado de: <http://
goo.gl/kjLl9f>. Acesso em: 17 
jun. 2014.
ECR - Resposta Eficiente ao Consumidor: O 
elo que faltava nas relações Cliente-Forne-
cedor
Recentemente, o varejo de massa (super-
mercados, lojas de conveniência, farmácias 
etc.) e o atacado (distribuidores, centros de 
distribuição etc.) ganharam um novo instru-
mento de relacionamento com as indústrias. 
É a ECR − Efficient Consumer Responsea −, 
ou Resposta Eficiente ao Consumidor. Trata-
se de uma filosofia que visualiza a cadeia 
de suprimentos como um fluxo integrado e 
único de todas as funções do negócio.
No passado e até hoje, muitos varejistas en-
caravam seus fornecedores com certa sus-
peita, quase que como adversários. Pouca 
lealdade era apresentada por parte do va-
rejista e, consequentemente, o fornecedor 
jamais estava seguro quanto ao seu futuro 
relacionamento com a organização. Frequen-
temente, o departamento de compras era 
cobrado no seu papel de arrancar o melhor 
negócio possível de um fabricante. O nome 
dado a este jogo era ganha-perde.
O elemento mais importante da ECR será 
levar ao mercado, no momento certo, os 
produtos que o cliente realmente deseja, 
mais rapidamente, em uma qualidade mais 
elevada e com um custo menor.
Fonte: Daniel Georges Jehlen Gasnier. Artigo 
na íntegra, disponível em: <http://goo.gl/
lJulBQ>. Acesso em: 1 jun. 2014.
Logística e Tecnologia
42
em linhas gerais, ERP funciona como uma plataforma que permite a orga-nização de vários departamentos de 
uma empresa, com a função de organizar e 
controlar tudo. Sem uma organização e um 
controle devido, uma empresa não funcio-
na, então a empresa passa a ser controlada 
por um software, ou seja, um multimodular, 
que auxilia o fabricante nas importantes fases 
de seu negócio. Serve para integrar todos os 
departamentos e funções de uma compa-
nhia em um simples sistema de computador 
que pode servir a todas as necessidades par-
ticulares de cada uma das diferentes seções(CHING, 2009).
O ERP está tipicamente relacionado a 
uma base de dados, no software, que faz o 
controle a organização e o controle de uma 
empresa, facilitando o fluxo de atividades da 
empresa nas áreas de fabricação, logística, fi-
nanças e recursos humanos (CHING, 2009).
O ERP automatiza as tarefas envolven-
do a performance de um processo, tal qual 
a finalização de um pedido, o qual envolve 
pegar o pedido de um cliente, enviá-lo e co-
brá-lo. Com o ERP, quando um representante 
recebe o pedido de um cliente, ele ou ela, 
tem todas as informações necessárias para 
completá-lo. Todas as pessoas na empresa 
vêm o mesmo visor e têm acesso a um único 
banco de dados que guarda o novo pedido 
do cliente (CHING, 2009).
enterprise resource 
planning (ERP)
Pós-Graduação | Unicesumar
43
Quando um departamento termina a sua parte em um pedido, este é enviado automaticamente para o próximo departamento via ERP. Para saber em que 
ponto está um pedido em um determinado momento, é só 
checar no ERP. Com sorte, o processo se move como um raio 
dentro da organização, e os clientes recebem seus pedidos 
mais rapidamente que antes (CHING, 2009).
Com o avanço da Tecnologia da Informa-
ção as empresas passaram a utilizar sistemas 
computacionais para suportar suas ativida-
des. Geralmente, em cada empresa, vários 
sistemas foram desenvolvidos para atender 
aos requisitos específicos das diversas uni-
dades de negócio, plantas, departamentos 
e escritórios. Os principais problemas dessa 
fragmentação da informação são a dificulda-
de de obtenção de informações consolida-
das e a inconsistência de dados redundantes 
armazenados em mais de um sistema. Os 
sistemas ERP (Enterprise Resource Planning) 
solucionam esses problemas ao agregar, em 
um só sistema integrado, funcionalidades 
que suportam as atividades dos diversos 
processos de negócio das empresas. 
Nos sistemas ERP, foram agregadas as fun-
ções de programação mestre da produção, 
cálculo grosseiro de necessidades de capa-
cidade, cálculo detalhado de necessidade 
de capacidade, controle do chão de fábrica, 
controle de compras e, mais recentemente, 
Sales & Operations Planning. Dessa forma, os 
sistemas MRP deixaram de atender apenas 
as necessidades de informação referentes 
ao cálculo da necessidade de materiais, para 
atender às necessidades de informação para 
a tomada de decisão gerencial sobre outros 
recursos de manufatura. O MRP passou, en-
tão, a ser chamado de MRP II (Manufactu-
ring Resource Planning) - Planejamento de 
Recursos de Manufatura).
Artigo na íntegra, disponível em: <http://
goo.gl/uRJUKB>. Acesso em: 11 jun. 2014.
Logística e Tecnologia
44
Proveniente do inglês Material Requirement Planning, o MRP (Planejamento das Necessidades de 
Materiais) é uma ferramenta que surgiu na 
década de 60 que transforma a previsão da 
demanda de um determinado produto em 
uma programação das necessidades dos 
itens para comporem este mesmo produto 
(CHING, 2009).
O MRP é um sistema de inventário que 
consiste em tentar minimizar o investimento 
em inventário. Em suma, o conceito de MRP 
é obter o material certo, no ponto certo, 
no momento certo. Tudo isto por meio 
de um planejamento das prioridades e a 
Programação Mestra de Produção.
O MRP identifica a quantidade de itens 
necessários para a produção dos produ-
tos ora solicitados, colaborando assim para 
reduzir a quantidade de estoque disponível, 
uma vez que automaticamente ele identifi-
ca a necessidade existente para compor os 
produtos, bem como a disponibilidade de 
matéria-prima disponível.
O sistema de MRP identifica questões 
como: quais são as partes necessárias para 
atender a demanda dos produtos finais, 
quais as quantidades necessárias e em que 
momento estas partes serão necessárias. 
Assim, alia-se o tipo de produto, suas partes 
e o momento que serão utilizadas.
A criação e manutenção da infraestrutura 
material requeriment 
planning (MRP)
Pós-Graduação | Unicesumar
45
de informação industrial passam pelo ca-
dastro de materiais, estrutura de informação 
industrial, estrutura do produto (lista de ma-
teriais), saldo de estoques, ordens em aberto, 
rotinas de processo, capacidade do centro de 
trabalho, entre outras (CHING, 2009).
Este sistema tem funções de plane-
jamento empresarial, previsão de vendas, 
planejamento dos recursos produtivos, pla-
nejamento da produção, planejamento 
das necessidades de produção, controle e 
acompanhamento da fabricação, compras 
e contabilização dos custos, e criação e ma-
nutenção da infraestrutura de informação 
industrial (CHING, 2009).
A grande vantagem da implantação de um 
sistema de planejamento das necessidades 
de materiais é a de permitir ver, “rapidamen-
te”, o impacto de qualquer replanejamento. 
Assim, podem-se tomar medidas corretivas 
sobre o estoque planejado em excesso, para 
cancelar ou reprogramar pedidos e manter 
os estoques em níveis razoáveis. O objetivo 
do MRP é superar este desafio. 
Logística e Tecnologia
46
a previsão de vendas busca prever e antecipar a neces-sidade do cliente. Planejar e replanejar com vistas à previsibilidade constituem-se em uma das funções do 
MRP. Por meio desta função do sistema MRP, pode-se programar 
compras e produção (CHING, 2009). 
funções e atividades que 
devem ser analisadas 
pelo sistema MRP
O que é MRP?
 O MRP original data dos anos 60, quando as 
letras queriam dizer “Materials Requirements 
Planning” − Planejamento das necessidades 
de materiais −, agora chamado de MRP um 
ou MRP I. O MRP I permite que as empresas 
calculem quanto material de determinado 
tipo é necessário e em que momento. Para fa-
zer isso, utiliza os pedidos em carteira, assim 
como previsões de pedidos que a empresa 
acha que irá receber. O MRP verifica todos os 
ingredientes ou componentes necessários 
para completar esses pedidos, garantindo 
que sejam providenciados a tempo.
Fonte: Disponível em: <http://goo.gl/C7r-
x5y>. Acesso em: 11 jun. 14. 
Pós-Graduação | Unicesumar
47
o plano mestre se faz necessário para planejar o quanto será produzido esta semana, na semana seguin-
te, na outra etc. No entanto, não é porque 
planejamos vender 100 unidades que iremos 
produzir 100. Nem sempre o planejado 
corresponde à necessidade das vendas. Se 
há sazonalidade, por exemplo, pode ser pro-
duzido mais por certo período, para atender 
às necessidades do pico de vendas. A alta ad-
ministração também deve perceber que o 
fluxo de caixa está implícito no plano mestre, 
e chamá-lo de plano global (ARNOLD, 1999).
 A liberação de ordens é uma atividade 
que envolve compra, produção e a defini-
ção, alteração ou revisão, ou seja, quando e 
quanto. São decisões tomadas a todo o ins-
tante, independentemente do número de 
itens envolvidos, se 1.000, 2.000 ou 50.000 
itens. A liberação das ordens está ligada 
ao plano mestre, sendo ele o responsável 
pelas decisões tomadas para o produto final 
(ARNOLD, 1999).
 O follow-up ou planejamento de priorida-
de é constituído de dois tipos de seguimento, 
ambos consideram as ordens já liberadas 
para compra ou produção. Eles são o se-
guimento de compras, com as ordens de 
compra, e o de controle de produção com 
as ordens de produção.
 O planejamento da capacidade, que é 
a função do MRP, consiste em constatar se 
existem altos e baixos ou ainda sobrecarga 
de capacidade, podendo se tomar as ações 
necessárias (ARNOLD, 1999). 
Na manutenção dos registros, além do 
controle do estoque, é importante a atualida-
de da lista de material. Por meio da contagem 
cíclica ou inventário rotativo, podemos con-
seguir a proximidade à realidade doestoque.
Logística e Tecnologia
48
É o plano mestre de produção desdobra-do do plano agregado de produção. É realizado após o planejamento da 
produção. Trata-se de uma ferramenta de pla-
nejamento extremamente importante que 
forma a base para a comunicação entre a área 
de vendas e de produção (ARNOLD, 1999).
É um elo importante no sistema de 
planejamento da produção (ARNOLD, 1999), 
porque forma o elo entre o planejamento 
da produção e o que a produção realmente 
realizará; forma a base para o cálculo da ca-
pacidade e dos recursos necessários; orienta 
o MRP, pois é uma forma de programação 
de itens, juntamente com a lista de mate-
riais, e por fim mantém válidas as prioridades, 
pois o MPS é um plano de prioridades para 
a produção.
master productions 
Os Ciclos de Planejamento de Manufatura
Os principais fatores críticos de sucesso de 
uma empresa de manufatura são a sua ca-
pacidade de prover seus produtos na quali-
dade, quantidade, custo e prazos requeridos 
por seus clientes. 
A importância relativa desses fatores varia 
conforme a empresa e seu mercado. Uma 
empresa pode oferecer o melhor nível de 
serviço enquanto outra pretenda competir 
com o menor custo.
O balanceamento entre esses fatores crí-
ticos de sucesso e a definição do nível de 
desempenho a ser alcançado pela empresa 
em cada um, fazem parte do processo de 
planejamento estratégico.
O que é comum em todos os casos é que o 
desempenho conseguido é muito afetado 
pela capacidade da empresa de planejar a 
aquisição e obter os recursos necessários 
para transformar vendas em atendimentos 
efetivos. 
Esse é o escopo básico da logística, compe-
tência fundamental nas empresas de manu-
fatura e onde são grandes as oportunidades 
de melhoria.
Artigo na íntegra, disponível em: <http://
goo.gl/AEl33g. Acesso em: 11 jun. 2014.
sheduling (MPS)
Pós-Graduação | Unicesumar
49
Enquanto o plano de produção lida com fa-
mílias de produtos, o MPS trabalha com itens 
finais. Divide o plano de produção em soli-
citações de itens individuais finais, em cada 
família, por data e quantidade. O plano de 
produção limita o MPS. Portanto, o total de 
itens no MPS não deve ser diferente do total 
que consta do plano de produção (ARNOLD, 
1999).
Por exemplo:
Se o plano de produção mostra uma 
produção de 1.000 triciclos em determina-
da semana, o total de modelos individuais 
planejados pelo MPS deve ser de 1.000 uni-
dades. Dentro desse limite, o objetivo do 
MPS é equilibrar a demanda (prioridades) 
determinada pelo mercado com a disponi-
bilidade de materiais, de mão de obra e de 
equipamento (capacidade) de produção.
O MPS forma um elo vital entre o de-
partamento de vendas e o de produção, 
pois possibilita promessas válidas para en-
comendas. É um plano para o que deve 
ser produzido e quando produzi-lo. Como 
tal, informa ao departamento de vendas 
e ao de produção quando as mercado-
rias estarão disponíveis para entrega. É, de 
maneira geral, um contrato entre o depar-
tamento de marketing e o de produção. 
Sendo assim, é um plano consensual entre 
os departamentos envolvidos (ARNOLD, 
1999).
ERP: O que é MRPII - Planejamento dos 
Recursos de Produção?
Os sistemas MRP II começaram com MRP, 
Planejamento de Necessidades de Materiais. 
MRP se baseia na entrada de previsões de 
vendas pelos departamentos de Vendas e 
Marketing.
O sistema MRP II (“Manufacturing Resources 
Planning” - Planejamento dos Recursos da 
Manufatura) é a evolução natural da lógica 
do sistema MRP, com a extensão do conceito 
de cálculo das necessidades ao planejamen-
to dos demais recursos de manufatura e não 
mais apenas dos recursos materiais.
Disponível em: <http://goo.gl/fPs03m>. 
Acesso em: 11 jun. 2014.
o MPS forma uma base para que os departamentos de vendas e de pro-dução determinem o que deve ser 
produzido sem ser rígido. Trata-se, portanto, 
de um instrumento de comunicação e uma 
base para fazer alterações que sejam consis-
tentes com as demandas do mercado e com 
a capacidade de produção da empresa. 
Para o desenvolvimento do MPS, são ne-
cessárias informações vindas do plano de 
produção; de previsões para itens finais in-
dividuais; encomendas reais recebidas de 
clientes e para reposição de estoque; níveis 
de estoque para itens finais individuais e 
Logística e Tecnologia
50
restrições de capacidade.
Corrêa et al. (2000, p. 193) afirma que “o 
MPS coordena a demanda do mercado com 
os recursos internos da empresa de forma a 
programar taxas adequadas de produção de 
produtos finais”. O MPS formaliza um plano 
de médio prazo de itens de produtos finais 
e programas detalhados de produtos acaba-
dos, ou seja, em planos mestres. Os produtos 
finais são montados de partes componen-
tes e subcomponentes. Estas devem estar 
disponíveis nas quantidades e no tempo 
certo para dar suporte ao MPS. “O sistema 
de Material Requerements Planning (MRP) 
programa esses componentes conforme as 
necessidades do MPS, ou seja, o MPS orienta 
o MRP” (ARNOLD, 1999, p. 66).
Para Corrêa (2000, p. 197), 
programa mestre é a definição de quantidades planejadas que 
orienta os sistemas de gestão detalhada de materiais e capacida-
de, baseada nas expectativas de demanda (atual e futura) e dos 
recursos próprios que a empresa dispõe e que terá no futuro.
É o processo responsável por garantir os planos de produção desagregados que estão interados com o planejamento 
estratégico e com os outros planos funcio-
nais (CORRÊA, 2000), e possibilita promessas 
para encomendas, por meio da disponibiliza-
ção da área de vendas e a produção, quando 
os produtos estarão disponíveis (ARNOLD, 
1999). 
O MPS formaliza o que será produzido em 
função das previsões de demanda, pedidos 
dos clientes, níveis de estoque, carga de ins-
talações e disponibilidade de capacidade e 
direciona as etapas de programação e execu-
ção das atividades operacionais da empresa, 
como: produção, compras e distribuição.
Corrêa (2000) chama a atenção no que se 
refere às diferenças em gerenciar o proces-
so do MPS, conforme o tipo de ambiente de 
produção. O autor enfatiza a possibilidade ou 
não da utilização dos estoques como pulmão 
de proteção entre as etapas do processo pro-
dutivo como forma de contornar a variação 
da demanda. Por dedução, conclui-se que 
para cada tipo de ambiente de produção, 
deve-se determinar o MPS onde existir o 
menor número de produtos, onde os pro-
dutos estejam o mais próximo possível da 
comercialização, que possibilite manter um 
estoque estratégico. Mas com possibilidade 
de diversificação na montagem ou acaba-
mento final do produto.
López (2000) salienta que a precisão do 
MPS varia conforme o ambiente produtivo, 
a variedade dos produtos produzidos, hori-
zonte coberto e os mercados em que atua a 
empresa. O autor afirma que à medida que 
o horizonte vai sendo estendido, a precisão 
diminui, dando origem ao domínio dos dados 
provenientes das estimativas de vendas.
Pós-Graduação | Unicesumar
51
Vimos que as mudanças ocorridas no setor 
de distribuição nos últimos anos no Brasil, 
sobretudo a internacionalização e a concen-
tração no setor supermercadista, fizeram com 
que as empresas passassem a buscar diferen-
ciais competitivos que permitissem manter 
ou ampliar seus mercados.
Nesta unidade, estudamos sobre a con-
ceituação de Supply Chain Management 
(SCM), Efficient Consumer Response (ECR), 
Enterprise Resource Planning (ERP), Material 
Requeriment Planning (MRP) e Master 
Production Scheduling (MPS). Aprendemos 
sobre como a tecnologia pode auxiliar a 
tomada de decisão e conhecemos algumas 
tecnologias disponíveis.Vimos também que o mercado consu-
midor brasileiro tem passado por grandes 
transformações nas últimas décadas, pauta-
das em diversos fatores. Destacam-se a faixa 
etária da população e a estrutura das famí-
lias, o aumento da participação da mulher no 
mercado de trabalho e também o consumo 
frenético por produtos que possuem apelo 
saudável, higiene e beleza, bem como ques-
tões relacionadas às transformações do 
estilo de vida das pessoas (novos padrões 
de consumo).
Outro ponto importante foi que a cadeia 
de suprimentos pode apresentar alguns 
considerações finais
conflitos que a tornam insatisfatória em 
determinados momentos, pois esta vê os 
mercados apenas como pontos de destino, 
deixando as exigências do mercado-alvo em 
um segundo plano.
Importante também foi o tópico sobre 
ECR – Efficient Consumer Response, que pode 
ser traduzido como Resposta Eficiente do 
Consumidor, é uma iniciativa em que fabri-
cantes de produtos diversos trabalham em 
conjunto para reduzir custos dessa cadeia 
de logística integrada e trazer maior valor 
ao consumidor. Estudamos que o ECR é 
uma ação empresarial que tem por objeti-
vo otimizar o tempo e o custo do sistema de 
reposição por meio da automação do ciclo 
de reposição da loja. Para sua operaciona-
lização, são fundamentais os processos de 
reposição contínua e gerenciamento por 
categorias.
Ao fim dessa unidade, observamos que 
é muito importante para o gestor atual não 
deixar passar as oportunidades tecnológicas 
que podem auxiliá-lo na redução dos custos 
operacionais e no ganho de vantagem com-
petitiva para sua empresa.
Na Unidade III, vamos aprender um pouco 
mais sobre Supply Chain ou Cadeia de 
Suprimentos e a Tecnologia para o supri-
mento da empresa.
Logística e Tecnologia
52
1. Descreva a evolução da logística e Supply Chain 
Management.
2. Analise como a tecnologia pode ser útil na 
tomada de decisão gerencial.
atividades de autoestudo
Logística empresa NATURA Cosméticos:
<https://www.youtube.com/watch?v=2H9PML_HHHQ&feature=related>.
Gestão Eficaz – Logística: Tendências, Oportunidades e Desafios:
<https://www.youtube.com/watch?v=sSivEveLQCs&feature=related>.
<http://www.ietec.com.br/site/techoje/categoria/detalhe_artigo/304>.
<www.guiadelogistica.com.br>.
<http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/
conceitos-basicos-do-mrp-material-requirement-planning/26507/>.
 
< h t t p : / / w w w. a d m i n i s t ra d o re s . co m . b r / i n fo r m e - s e / a r t i g o s /
simplificando-o-mrp/30966/>.
<www.administradores.com.br>.
<www.artigos.com>.
<www.imam.com.br>.
Web
Gestão de Negócios
54
Os professores Beatris Huber, Kleber Fossati 
Figueiredo e Otavio Figueiredo estudaram o 
Relacionamento Colaborativo na Terceirização 
Logística Brasileira. O objetivo da pesquisa com 
82 operadores logísticos brasileiros (57% da pop-
ulação) foi identificar como eles percebem os 
elementos do relacionamento colaborativo que 
impactam os antecedentes do sucesso de uma 
parceria. Os resultados sugerem que medidas de 
desempenho definidas em conjunto, expectativa 
de continuidade, dentre outros elementos, têm 
diferentes impactos sobre confiança, comprom-
isso e dependência entre os operadores e seus 
clientes.
O desenvolvimento do setor de operadores 
logísticos fez crescer o interesse acadêmico 
em estudar as relações entre os prestadores de 
serviços e seus clientes. Diversas pesquisas com-
provaram que o sucesso no longo prazo dessas 
relações depende de três fatores associados à 
intensidade do relacionamento: confiança, com-
promisso e dependência. O presente estudo 
procurou pesquisar, sob a ótica de operadores 
logísticos que operam no Brasil, quais os fatores 
que mais contribuem para o estabelecimento de 
confiança, compromisso e dependência entre 
organizações envolvidas em um relacionamento 
colaborativo.
Os resultados mostram que a confiança do op-
erador logístico no cliente aumenta quando há 
medidas de desempenho em conjunto, expec-
tativa de continuidade da relação, especificação 
de funções e regras do relacionamento e, prin-
cipalmente, quando o operador conhece as in-
stalações, capacidade, limitações e estratégias 
do cliente. Por outro lado, o compartilhamento 
de riscos e benefícios e investimentos dedicados 
apresentaram impacto negativo na confiança que 
o operador deposita no seu cliente. Talvez porque 
esses fatores possam ser percebidos como riscos 
para o operador logístico, que será mais prudente 
no momento de confiar em relacionamentos ao 
invés de investimentos ou que haja compartilha-
mento de riscos e benefícios.
O compromisso do operador no relacionamen-
to também impacta na intensidade da relação. 
O compromisso aumenta quando há medidas 
de desempenho em conjunto, alinhamento de 
objetivos estratégicos e conhecimento do op-
erador sobre o cliente. Esses elementos podem 
funcionar como motivadores para o operador 
alcançar melhores desempenhos e resultados. 
Além disso, se o operador conhece bem o cli-
ente, ele tem mais interesse em se esforçar no 
relacionamento.
Por último, o nível de dependência entre os par-
ceiros também é um indicativo de intensidade do 
relacionamento. A dependência é impactada pelo 
compartilhamento de riscos e benefícios, pela ex-
istência de uma equipe conjunta e pela definição 
de medidas de desempenho em conjunto.
Para conhecer o relato completo, acesse: <http://
goo.gl/8Sgdr3>. Acesso em: 17 jun. 2014.
Pós-Graduação | Unicesumar
55
relato de 
caso
A Empresa YYY foi criada em 1934, a partir da 
união de duas famílias de origem italiana, que 
juntas inauguraram um pequeno armazém de se-
cos e molhados em Vila das Perdizes, às margens 
do Rio do Peixe, meio oeste de Santa Catarina. 
Com o passar dos anos, o pequeno comércio foi 
crescendo e se diversificando. No ano de 1939, 
empresa deu início as suas atividades industriais 
com um abatedouro e uma fábrica de produtos 
suínos.
A partir dos constantes investimentos em dis-
tribuição, tecnologia e produção, a empresa se 
transformou em um dos maiores complexos 
agroindustriais do mundo. Suas principais ativ-
idades passaram a ser focadas na criação, pro-
dução e abate de aves e suínos, industrialização 
e venda de produtos de origem animal e de soja 
e seus derivados.
Em 2000, a empresa alcançou a liderança no mer-
cado de produtos industrializados, encerrando 
este ano com 22,5% do market share. Atualmente, 
a empresa conta com mais de 19 mil funcionários 
e é constituída por 13 unidades industriais de 
carnes, 2 de soja, 7 fábricas de ração e 14 incu-
batórios, distribuídas, na sua maioria, nos estados 
de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Conta com 
aproximadamente 60.000 clientes no mercado 
interno por meio de 30 centros de distribuição, 
sendo 9 distribuidores terceirizados estrategica-
mente espalhados pelo país. Atribui-se a estes 
centros de distribuição, a responsabilidade das 
entregas nos canais de venda dos produtos.
O sistema logístico é um dos seus principais 
apoios para avançar no mercado. Isso, porque 
permite a entrega de qualquer produto, de norte 
ao sul do país em apenas 24 horas. A frota de 
veículos é totalmente terceirizada, porém, tra-
balha em regime de exclusividade.
Outro fator que contribui para esse sucesso é a 
integração da empresa com seus produtores que 
trabalham em regime de exclusividade, porém 
recebem apoio total e garantia de compra da 
produção de seus parceiros da empresa, além 
de assistência técnica necessária para assegurar 
ganhos de produtividade. Essa proximidade com 
os fornecedores possibilita uma maior padroni-
zação e controle da matéria-prima.
Fonte: Os nomes são fictícios, mas o caso é real. 
Adaptado pelo autor de: <http://goo.gl/QUANSp>. Acesso em: 11 jun. 2014.
3 TECNOLOGIA PARA O SUPRIMENTO DA EMPRESA
Professor Me. Júlio Ernesto Colla
Plano de estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará 
nesta unidade:
•	 EDI e outras tecnologias de informação
•	 A internet e a logística: E-business
•	 Redes de Valor Agregadoobjetivos de aprendizagem
•	 Compreender os conceitos de Eletronic Data 
Interchange e E-business e sua implicação na Logística.
•	 Reconhecer o EDI e o E-business como ferramentas 
de busca de eficiência e eficácia no processo logístico.
•	 Observar o impacto da Internet em ferramentas 
gerenciais.
A utilização das ferramentas de tecnologia da informação aplica-
das ao gerenciamento da cadeia de suprimento é e será um fator 
primordial para a operacionalização dos processos e seus gerencia-
mentos. Tais ferramentas permitem um melhor acompanhamento 
da demanda de produtos, o que faz com que as empresas atuem 
de acordo com as exigências e necessidades dos consumidores, 
que se refletirá em melhorias significativas na programação das 
compras por parte dos produtores e de grandes atacadistas e no 
abastecimento do mercado varejista e, por fim, na satisfação dos 
consumidores finais.
As ferramentas de tecnologia da informação, e consequentemen-
te do sistema de informação, são cruciais para o desempenho de 
uma rede de abastecimento, pois são as bases em que os gesto-
res constroem suas decisões. Assim, a tecnologia da informação 
consiste em ferramentas utilizadas para obter e ter acesso às infor-
mações e para analisá-las, de maneira a poder tomar as melhores 
decisões para a cadeia de suprimentos. A troca de informações 
pode ser uma grande fonte de vantagem competitiva para as em-
presas que utilizam.
Os investimentos nessa área tornam-se justificáveis quando uma 
empresa se depara com os desafios da logística. Assim, a Tecnologia 
da Informação ganha um considerável papel, senão fundamental, 
no setor logístico, e se coloca à disposição das empresas modernas 
ferramentas especializadas. Tal papel é a base de uma nova estru-
tura competitiva. 
A Tecnologia de Informação (TI) assume posição estratégica, proces-
sando as informações necessárias de fornecedores e consumidores. 
Na base do moderno conceito de Logística Integrada, está o enten-
dimento de que a Logística deve ser vista como uma ferramenta 
gerencial capaz de agregar valor por meio de serviços prestados. 
Logística e Tecnologia
58
a troca de dados e/ou informações entre as empresas que compõem todo o processo de suprimen-
to pode ser feita por meios convencionais 
(pedidos em papel) ou por meio eletrô-
nico (EDI – Eletronic Data Interchange). A 
lógica competitiva atual tem por necessida-
de a diminuição do método convencional 
e o aumento do sistema eletrônico. A ten-
dência é que os bancos de dados tornem-se 
facilmente intercambiáveis por meio eletrô-
nico, o que facilita os processos de fluxo de 
eletronic data 
interchange - edi
Pós-Graduação | Unicesumar
59
informações, em especial os pedidos entre 
os componentes de um processo de forneci-
mento. Ainda hoje, é bastante insignificante 
o número que empresas que utilizam a fer-
ramenta e as que utilizam estão em estágios 
iniciais de implementação (ARNOLD, 1999; 
GONÇALVES, 2004).
A utilização do EDI foi iniciada em 1995 
nos processos financeiros, principalmente 
para a transferência de valores. A viabilidade 
para outras atividades empresariais ocorreu a 
partir do momento em que diversas entida-
des que compõem a cadeia de suprimentos 
começaram a se integrar com o objetivo prin-
cipal de maximizar os resultados da utilização 
da troca eletrônica de informações (ARNOLD, 
1999; GONÇALVES, 2004).
O EDI possibilita que clientes e fornece-
dores troquem eletronicamente informações, 
tais como pedidos de compras, faturas e dados 
sobre o plano de produção. Isso elimina a pa-
pelada que consome tempo e proporciona 
uma comunicação fácil entre o planejador/
comprador e fornecedor (ARNOLD, 1999), 
ou seja, o EDI permite que as informações 
passem a fluir ao longo da cadeia de su-
primentos, de forma segura, sem qualquer 
interferência, propiciando, dessa forma, a 
obtenção de dados importantes sobre as 
transações realizadas (GONÇALVES, 2004). 
O EDI é capaz de aproximar empresas pos-
sibilitando uma comunicação computador 
a computador.
O EDI não é apenas eficiente porque 
elimina papelada e porque os pedidos são 
feitos instantaneamente, mas porque reduz 
o tempo necessário para levar os produtos 
aos clientes, pois as transações ocorrem com 
mais rapidez e precisão do que quando feitas 
tradicionalmente (CHOPRA; MEINDL, 2004). 
Essa rapidez faz com que diminua o lead time, 
que é o espaço de tempo entre o momento 
em que o pedido é feito e o momento em 
que é recebido. A diminuição do lead time 
é a principal razão do uso da tecnologia 
para a melhoria da logística (ARNOLD, 1999; 
GONÇALVES, 2004).
O EDI é uma das formas de processo de 
suprimento que mais cresce atualmente por 
meio da utilização de um computador do 
cliente acoplado a um modem que se co-
munica com o computador do fornecedor 
por meio de um software específico, que 
transmite os dados criptografados com se-
gurança. As ordens ou pedidos de compra, 
como também outros documentos padroni-
zados, são enviados sem a utilização de papel 
(ARNOLD, 1999; GONÇALVES, 2004).
Logística e Tecnologia
60
essa forma de comunicação e de tran-sação pode ligar a empresa a seus clientes, fornecedores, bancos, trans-
portadores ou seguradora. O EDI traz várias 
vantagens, como (MARTINS; ALT, 2007):
•	 Rapidez, segurança e precisão do fluxo 
de informações.
•	 Redução significativa de custos.
•	 Facilidade da colocação de pedidos, 
principalmente nos casos de contratos 
de fornecimento com entregas 
mediante liberação do cliente, como 
acontece nas transações entre 
montadoras e autopeças no Brasil e 
resto do mundo.
•	 Sedimenta o conceito de parcerias 
entre cliente e fornecedor.
Além do EDI tradicional, muito usado pelas 
grandes empresas, está tomando força o 
EDI via Internet como uma opção de menor 
custo, possibilitando acesso a mais empre-
sas. Seus principais entraves são a questão 
da segurança dos dados e a resistência das 
empresas que investiram grandes somas no 
modelo tradicional. As tecnologias voltadas à 
Internet serão mais bem tratadas na próxima 
seção desta Unidade. 
O EDI proporcionou que o relacionamen-
to entre clientes e fornecedores evoluísse 
de tal forma, que o processo de compra foi 
totalmente automatizado. Varejistas e forne-
cedores conhecem muito mais hábitos de 
compra do consumidor final. Essas informa-
ções são muito utilizadas pelos fabricantes e 
pelos varejistas (ARNOLD, 1999; GONÇALVES, 
2004).
TRW adota EDI Sincronizado para melho-
rar a logística 
Uma renomada fabricante de sistemas de 
segurança automotiva recorreu a um siste-
ma de EDI Sincronizado, desenvolvido pela 
JT-Sistema, com o objetivo de melhorar sua 
cadeia de suprimentos em três grandes plan-
tas de produção, localizadas em Engenheiro 
Cordeiro, Lavras e Limeira.
O resultado desta parceria foi que a fabri-
cante de sistemas de segurança automoti-
va conseguiu agregar valor competitivo ao 
processo de entrega, padronizando e otimi-
zando seus negócios junto à cadeia de Su-
pply Chain. Com isso, foram implementados 
diversos sistemas na cadeia de negócios da 
fabricante de sistemas de segurança auto-
motiva, tais como a Programação de Entre-
gas, Programação D/S/M – Kanban, Aviso de 
Embarque – ASN, Protocolo de Recebimento 
e Correio Eletrônico, integrando as áreas de 
Recebimento Fiscal, Logística Operacional, 
Planejamento,Suprimentos e Operador Lo-
gístico.
Fonte: Adaptado de <http://goo.gl/o3azsz>. 
Acesso em: 10 jun. 2014.
Pós-Graduação | Unicesumar
61
Com o intuito de solidificar os conceitos, 
algumas definições de EDI, de forma re-
sumida, são importantes (ARNOLD, 1999; 
GONÇALVES, 2004):
•	 Em português significa Troca Eletrônica 
de Dados. É a troca de documentos 
via sistemas de teleinformática entre 
duas ou mais organizações de forma 
padronizada. Tem como um dos 
principais objetivos, substituir o fluxo 
de papéis entre elas, agilizar e reduzir 
os custos dos processos mercantis.
•	 O uso primário do EDI é transferir 
transações de negócio repetitivas, 
tais como: encomendas, faturas, 
aprovações de crédito e notificações 
de envio. Isto significa que o EDI, 
hoje, contrariamente ao que muitos 
acreditam, não implica comunicação 
em tempo real.
•	 O EDI usa um formato de dados 
estruturado de recolha automática 
que permite que os dados 
sejam transformados sem serem 
reintroduzidos.
•	 As transações comerciais entre 
clientes e fornecedores envolvem o 
envio e recebimento de documentos, 
tais como: Pedidos de Compra, 
Programações de Entrega, Avisos de 
Embarque (Nota Fiscal), Solicitações de 
Cotação, Cotação e Boleto Bancário.
•	 É um sistema de envio e recebimento 
de documentos eletrônicos 
padronizados entre parceiros de 
negócios.
•	 O EDI é composto somente de dados 
de negócio (sem mensagens em 
formato livre ou verbais) com formato 
padronizado, padrão este aprovado 
por organizações nacionais ou 
internacionais.
•	 Uma mensagem EDI contém uma 
sequência de elementos de dados, 
onde cada elemento representa uma 
informação específica, como preço 
de um produto, modelo, ou ainda sua 
descrição.
Logística e Tecnologia
62
outros benefícios subsequentes são encontrados no EDI quando esta ferramenta é comparada a qualquer outra forma de co-municações eletrônicas com os integrantes de um sistema de 
abastecimento, que são (ARNOLD, 1999; GONÇALVES, 2004):
•	 maior acurácia nas encomendas;
•	 melhor controle do inventário;
•	 menor variação do fluxo de caixa; 
•	 informação em tempo quase real sobre encomendas e inventário 
para tomada de decisão mais apoiada;
•	 redução de custos de introdução manual dos dados e menos erros.
Pode-se concluir que as vantagens são tão grandes que não subsiste 
qualquer dúvida se a comunicação eletrônica é ou não um objetivo orga-
nizacional a atingir. A dúvida no momento empresarial está em qual tipo 
de solução é mais vantajosa e garante mais lucratividade para o negócio 
e a qual preço (ARNOLD, 1999; GONÇALVES, 2004).
Para agilizar o envio e re-
cebimento de informações 
entre o terminal de contêine-
res e os armadores, a Santos 
Brasil passa a utilizar no Te-
con do Porto Vila do Conde 
(PA) o EDI (Electronic Data 
Interchange), sistema que 
permite a troca de dados de 
documentos em tempo real.
O EDI traz alguns benefícios 
como a redução de margens 
de erro, o aumento de confia-
bilidade dos processos e cor-
te de gastos. Todos os arma-
dores que atuam no terminal 
já contam com esse serviço, 
entre eles: K Line, CMA CGM, 
MSC e Maersk.
Agora, ao invés de produzi-
rem relatórios diários com os 
dados de contêineres mo-
vimentados e embarcados 
dentro do terminal, o softwa-
re atualiza os números, que 
ficam disponíveis eletronica-
mente.
Fonte: Victor José – Redação 
Portal Transporta Brasil. Dis-
ponível em: <http://goo.gl/
r1FDPz>. Acesso em: 11 jun. 
2014.
Pós-Graduação | Unicesumar
63
o EDI (Electronic Data Interchange) serve para enviar e receber dados de outros sistemas, fazendo com que empresas com sis-temas diferentes se conversem sem precisar fazer os inputs de 
dados manualmente. O EDI é um fator de retroalimentação independen-
te (ARNOLD, 1999; GONÇALVES, 2004).
Em dez anos, o transporte aéreo domésti-
co no Brasil cresce 3,5 vezes mais que o PIB
O crescimento médio anual do transporte 
aéreo doméstico no Brasil representou mais 
de 3,5 vezes o crescimento do PIB (Produto 
Interno Bruto) do País e mais de 14 vezes o 
crescimento da população. De 2004 a 2014, a 
cada cem brasileiros, 55 voaram pelo menos 
uma vez. Em 2012, a quantidade de passa-
geiros pagos transportados foi de 100 mi-
lhões. A demanda doméstica do transporte 
aéreo de passageiros mais do que triplicou 
nos últimos dez anos, em termos de pas-
sageiros-quilômetros pagos transportados, 
com alta de 234% entre os anos de 2003 e 
2012 e com crescimento médio de 14,35% 
ao ano no período. Esse mesmo índice mais 
do que dobrou quando considerados os voos 
internacionais com origem ou destino no 
Brasil.
Fonte: Victor José, repórter do Portal Trans-
porta Brasil. Disponível em: <http://goo.gl/
ZklHUL>. Acesso em: 11 jun. 2014
Logística e Tecnologia
64
De acordo com estudos de mercado realizados em portos europeus, os três últimos fatores citados, segu-
rança, custos e agilidade na passagem da 
carga pelo porto, são os que mais preo-
cupam os seus usuários. Nos três casos, as 
tecnologias da informação, principalmente 
o E-Commerce e o EDI, são as ferramentas 
mais eficazes para serem utilizadas (ARNOLD, 
1999; GONÇALVES, 2004).
a internet e a logística: 
E-BUSINESS
Reflita sobre o impacto da internet nas 
operações logísticas!
Fonte: O autor.
Pós-Graduação | Unicesumar
65
O desenvolvimento de tecnologias de comér-
cio eletrônico envolvendo o uso da Internet 
para realizar negócios criou inúmeras oportu-
nidades para os gestores efetivamente darem 
forma e gerirem suas cadeias de suprimentos 
de forma mais competitiva (ARNOLD, 1999; 
GONÇALVES, 2004).
A Organização Mundial do Comércio - 
OMC define o “E-commerce” como sendo “a 
produção, promoção, venda e distribuição 
de produtos por meio de redes de teleco-
municação”. Pode-se concluir que comércio 
eletrônico é algo muito além do que a 
simples venda de um determinado produto 
entre uma empresa e um cliente por meio 
da rede da internet. Então, o E-commerce é 
o conjunto de relações comerciais e inter-
câmbios de informações empresa-empresa, 
cliente-empresa ou máquina-pessoa, reali-
zadas por meios eletrônicos. Uma transação 
comercial completamente eletrônica implica 
que todas as etapas e procedimentos entre 
as partes sejam realizadas por meios ele-
trônicos e que, definitivamente, não sejam 
trocadas somente informações eletrôni-
cas, mas também direitos e obrigações 
também de forma eletrônica (ARNOLD, 1999; 
GONÇALVES, 2004).
Logística ou segurança: 
qual dos dois merece mais 
atenção em um site de E-
commerce?
O grande componente para 
um projeto de logística com 
sucesso para e-commerce 
é um adequado gerencia-
mento do projeto em todas 
as suas etapas, desde a inicia-
ção, passando pelo planeja-
mento, execução e controle, 
até seu efetivo encerramen-
to a entrega do produto ao 
consumidor. A logística não 
pode ser apontada como um 
problema e sim como uma 
solução, pois o conceito bá-
sico de logística é de otimizar 
e racionalizar um processo 
produtivo com qualidade e 
com menores custos e tem-
pos. Todo o processo auto-
matizado deve-se concentrar 
nos principais objetivos do 
consumidor aliado a um per-
feito gerenciamento logísti-
co. E quanto à SEGURANÇA, 
faz parte de todo o processo, 
tem início com o relaciona-
mento com o fornecedor 
até a implementação de 
ferramentas para a comer-
cialização do produto com 
o consumidor. É essencial, 
portanto, os dois merecem 
atenção e de um com certe-
za dependerá o sucesso do 
outro.
Fonte: Renato Cardoso 
Aguiar
Para saber mais, leia o texto 
na íntegra em: <http://goo.
gl/2F61P1>. Acesso em: 11 
jun. 2014.
o intercâmbioeletrônico de informação vem atender tanto a agilidade da passagem da carga pelo porto como a redução dos custos administrativos decorrentes. A rapidez do despa-
cho da carga depende principalmente da otimização e agilização do 
fluxo administrativo-documental, em outras palavras, as informações 
Logística e Tecnologia
66
e a documentação relativa à carga, deve, se 
possível, antecipar-se à carga e, na pior das 
hipóteses, andar sempre junto com a mesma 
(CHOPRA; MEINDL, 2004). 
A sigla EDI, como visto na seção ante-
rior, corresponde ao termo inglês “Eletronic 
Data Interchange”, ou em português, Troca 
Eletrônica de Dados, e na prática, é “a trans-
missão eletrônica de documentos comerciais 
padronizados entre computadores de modo 
que a informação possa ser processada sem 
a necessidade da intervenção manual e do 
documento original impresso”, ou também, 
“a troca de mensagens estruturadas entre 
computadores, sem a intervenção humana 
na leitura ou gravação dessas mensagens” 
(CHOPRA; MEINDL, 2004, p. 396). É um sistema 
que tem se revelado o meio mais adequado 
para solucionar e agilizar o tratamento da in-
formação associada ao tráfego de cargas e 
serviços (CHOPRA; MEINDL, 2004). 
Ambos os conceitos, o “E-commerce” e 
“EDI”, surgem no mundo moderno e globa-
lizado em que vivemos como algo natural e 
necessário, consequência da corrida pela efi-
ciência, agilidade, segurança e controle das 
atividades e operações comerciais, e visam, 
principalmente, a redução dos custos finais 
das matérias-primas, da produção, dos pro-
dutos finais e dos serviços. 
Maior rede varejista do 
mundo reduz custos por 
meio da estratégia logística
A maior rede varejista do 
mundo, localizada nos Es-
tados Unidos, denominada 
aqui como Beta, foi uma das 
poucas empresas que enten-
deram tão bem a importân-
cia da logística. O resultado 
é que, há anos, a rede conta 
com as suas milhares de lo-
jas ligadas online, sendo que 
a cada vez que um produto 
da marca passa pelo caixa, 
fica-se sabendo e, automati-
camente, programa a reposi-
ção do estoque.
Para alcançar esse resultado 
positivo, a empresa procura 
cuidar da movimentação de 
materiais em toda a cadeira 
produtiva, tornando mais 
eficiente e mais sincronizada 
com o mercado, com meno-
res custos e mais preparada 
para competir em todas as 
frentes.
Entre os desafios que a rede 
enfrenta diariamente é mon-
tar equipes capacitadas para 
gerenciamento de processos 
na cadeira de suprimentos. 
As equipes servem para 
quebrar as barreiras organi-
zacionais e envolver todos 
os participantes das ativi-
dades relacionadas com a 
colocação e distribuição 
dos produtos no mercado. 
O sucesso da rede se deve 
a iniciativa de estender sua 
atuação para além de suas 
fronteiras organizacionais, 
envolvendo participantes 
externos que são parceiros 
na cadeia de suprimentos, 
ou seja, os membros destas 
equipes avançadas coorde-
nam, comunicam e coope-
ram de forma intensiva.
Fonte: Adaptado de <http://
goo.gl/0JLzJS/>. Acesso em 
11 jun.14.
Pós-Graduação | Unicesumar
67
o que está ocorrendo atualmente, e ocasionado pela acirrada concor-rência entre empresas que viram 
na automação dos seus processos comer-
ciais, sejam estes produtivos ou relacionados 
à cadeia logística dos transportes, uma das 
formas de vencer a concorrência no setor 
(CHOPRA; MEINDL, 2004). 
Assim, com o objetivo de apoiar esse 
Intercâmbio Eletrônico de Documentos 
entre usuários e empresas, e permitir que 
diversos computadores possam se en-
tender, começaram a surgir as chamadas 
Redes de Valor Agregado ou as simples-
mente “VAN” (Value Added Network), que 
não são outra coisa senão computado-
res que assumem a função de gerenciar a 
troca de mensagens, realizando a função 
de caixa de correspondência e os contro-
les necessários para garantir a integridade 
das mensagens. Tais centros de compen-
sação podem ser privados ou públicos. No 
primeiro caso, são desenvolvidos e implan-
tados pelos membros de uma comunidade, 
no presente caso, a comunidade portuária 
e marítima, visando a prestação dos ser-
viços a seus membros. No segundo caso, 
pertencentes a redes públicas de valor agre-
gado, oferecendo estes serviços de forma 
aberta (CHOPRA; MEINDL, 2004). 
Em ambos os casos os objetivos princi-
pais dessas VANs são dois:
•	 Permitir o intercâmbio de informações 
entre os diversos interlocutores, uma 
vez que as mesmas, por possuírem 
distintas conexões, proporcionam, com 
a segurança necessária, os métodos 
de encaminhamento das mensagens 
entre as distintas redes existentes. 
Desta forma, o usuário final não 
necessita dos equipamentos exigidos 
para proceder e manter as diferentes 
conexões, o “tal um” que sempre se 
necessita para conectar dois sistemas.
•	 Realizar as funções de recebimento, 
armazenamento e encaminhamento 
das diversas mensagens, 
independentemente da data 
ou horário de sua produção, o 
que dispensa que os usuários e 
destinatários dessas mensagens 
estejam conectados e operativos 
no momento de sua transmissão ou 
recebimento.
Logística e Tecnologia
68
o conceito de Internet como uma “rede de redes”, fez com que as vantagens anteriormente citadas 
para as Redes de Valor Agregado (VANs) 
tenham sido em muito ampliadas, pelo fato 
de ter passado a permitir sua interconexão 
a um maior número (quase ilimitado) de 
usuários e capacidades de armazenagem 
e redirecionamento das mensagens, a um 
custo e preço muito inferior aos dos outros 
métodos tradicionais (CHOPRA; MEINDL, 
2004). 
A Internet não vem substituir o EDI, mas 
sim proporcionar um meio alternativo para 
o envio de mensagens. Ou seja, este tipo de 
mensagens não fluirá pela rede da Internet 
como mensagens de texto semelhantes as 
das cartas ou notas entre os interlocutores. 
Estes novos tipos de mensagens e infor-
mações não são processados diretamente, 
redes de valor 
agregado
Pós-Graduação | Unicesumar
69
seguem encapsuladas em estrutura EDI, que 
é o padrão que permite o envio e a recepção 
de informações processáveis. Atualmente, o 
envio das mensagens EDI são todas realizadas 
por intermédio da rede Internet (CHOPRA; 
MEINDL, 2004). 
Ainda que seja incontestavelmente mais 
seguro o envio de mensagens por e-mail do 
que por fax, é certo que existem aspectos 
neste tipo de transmissão que ainda preci-
sam ser resolvidos se o objetivo é qualificar 
de “segura” a mensagem por e-mail. Dentre os 
muitos aspectos, podem-se citar os seguintes:
•	 O uso da Internet para o envio das 
mensagens está gerando em curto 
prazo a criação de redes Extranet, 
nas quais os fluxos de informação se 
processam de uma forma bem mais 
restrita e segura.
•	 Os processos comerciais continuarão a 
se beneficiar dos avanços tecnológicos 
surgidos, e a Internet, o EDI, e outros 
métodos e sistemas serão conceitos 
importantes sempre que estes 
permitam melhorar os níveis de 
produtividade e competitividade das 
empresas.
Não se desprezar as oportunidades de ne-
gócios que surgem nas organizações dentro 
de seu setor de atividade, mesmo que as 
soluções tecnológicas e de procedimen-
to propostos tenham que se adaptar, tanto 
com relação à tecnologia aplicada, como em 
relação aos procedimentos já existentes em 
outras organizações semelhantes (CHOPRA; 
MEINDL, 2004). 
No caso da logística dos transportes, e 
mais especificamente nas atividades portu-
árias, o importante avanço introduzido pelo 
EDI na agilização da transmissão das infor-
mações e documentação, a possibilidade 
do acompanhamento da carga e a sua res-pectiva passagem pelo porto, seu uso no 
processo de notificação de manifestos de 
carga e descarga, tudo isto praticamente em 
tempo real, indicam que é necessário conti-
nuar com a sua aplicação também a outros 
procedimentos (CHOPRA; MEINDL, 2004). 
Os benefícios serão muitos e abran-
gentes, da simplificação e melhoria na 
transferência dos dados à segurança e à 
redução de custos dos mesmos, facilitando 
também a relação dos distintos operadores 
comerciais tendo em vista a padronização 
dos procedimentos em nível de todos os 
portos comerciais e autoridades envolvi-
das com a atividade e o controle da mesma 
(CHOPRA; MEINDL, 2004). 
Estas mudanças tecnológicas constan-
tes fizeram que a maioria dos países que 
adotaram essas novas tecnologias em seus 
sistemas de comércio, transporte, e nos 
portos especificamente, deixassem o seu 
desenvolvimento e exploração a cargo da 
iniciativa privada, uma vez que a mesma tem 
uma maior flexibilidade e poder de adapta-
ção e de investimento para incorporar novas 
tecnologias surgidas e com o seu próprio uso 
e exploração, ressarcir-se dos investimentos 
feitos e ainda lucrar com os novos processos.
As empresas especializadas que ofere-
cem tais serviços têm sido fundamentais na 
Logística e Tecnologia
70
simplificação da tarefa de proporcionar e dar 
a oportunidade para que qualquer usuário 
possa realizar o envio de suas mensagens 
padronizadas e estruturadas em linguagem 
EDI, por meio da versatilidade da Internet.
Assim, o E-business impacta não só a 
empresa que se está trabalhando ou es-
tudando, mas toda a cadeia em que essa 
organização está inserida. Os impactos do 
e-business na receita podem assim ser re-
sumidos (CHOPRA; MEINDL, 2004):
•	 oferecer vendas diretas aos clientes: 
permite que fabricantes e outros 
membros da cadeia de suprimento, 
que não tenham contato com os 
clientes pelos canais tradicionais, 
aumentem sua receita, desviando-
se de intermediários e vendendo 
diretamente aos clientes;
•	 possibilitar acesso 24 horas de 
qualquer localidade: o e-business pode 
atrair clientes impossibilitados de fazer 
comprar durante o horário comercial 
porque está sempre aberto para 
receber pedidos. O cliente pode fazer 
seu pedido até mesmo quando a loja 
está fechada;
•	 agregar informações de diversa fontes: 
permite que a empresa aumente suas 
vendas oferecendo informações a 
respeito de uma grande quantidade de 
produtos; 
•	 proporcionar personalização e 
customização de informações: a 
internet oferece ao e-business a 
capacidade de utilizar informações 
pessoais para conduzir cada 
experiência de compra do cliente de 
maneira inteligente e aumentar as 
vendas. Alguns e-businesses utilizam 
informações sobre aniversários e 
outros dados fornecidos pelos clientes 
para enviar lembretes e indicações 
de compras. As empresas que se 
concentram na customização em 
massa podem utilizar a Internet para 
ajudar os clientes a selecionarem 
produtos adaptados as suas 
necessidades;
•	 oferecer mais agilidade ao mercado: 
uma empresa com e-business pode 
aumentar suas receitas lançando novos 
produtos com muito mais rapidez 
que uma empresa que utiliza canais 
tradicionais;
•	 implementar flexibilidade de preços: o 
e-business pode facilmente alterar seus 
preços ao longo do tempo, mudando 
uma informação no banco de dados 
conectado ao site. Essa capacidade 
Pós-Graduação | Unicesumar
71
permite que um e-business maximize 
suas receitas estabelecendo preços 
de acordo com estoques e demandas 
correntes;
•	 permitir diferenciação de preços e 
serviços: o e-business pode fazer 
diferenciação de preços e alterá-los 
de acordo com o poder de compra 
de clientes individuais para que possa 
aumentar suas receitas. A capacidade 
de fazer com que segmentos diferentes 
de clientes paguem preços avaliados 
de acordo com os serviços oferecidos 
permite que a empresa aumente suas 
receitas comparando-se com uma 
situação em que a empresa estabelece 
um preço fixo a todos os clientes; 
•	 e, facilitar a transferência eficaz de 
recursos: que é o fato de poder agilizar 
uma atividade que de forma tradicional 
seria muito mais demorada e mais cara.
A tecnologia de informação trouxe mudan-
ças drásticas também para as organizações, 
fazendo surgir uma nova era. Antes, as em-
presas priorizavam áreas como finanças e 
produção. Atualmente, o foco é o relacio-
namento com todos os elos ou estágios da 
cadeia.
COMPRAS COMO VANTAGEM COMPETITI-
VA NAS ORGANIZAÇÕES 
A atividade de compras/suprimentos é vis-
ta pela organização bem sucedida de hoje, 
como uma atividade estratégica considerá-
vel, porém a grande maioria das empresas 
não visualiza desta maneira. 
Uma visão simplista da atividade de compras 
é o mero ato de comprar, ou seja, consiste 
em encontrar um fornecedor que esteja dis-
posto a trocar os bens ou serviços exigidos 
por determinada soma em dinheiro. Esta 
percepção de compras tornou-se conhecida 
como a visão “transacional” e está baseada na 
ideia de que o ato de comprar diz respeito a 
simples trocas, com comprador e vendedor, 
interagindo entre si a curta distância. 
Esta visão transacional não está obsoleta, é 
ainda uma forma apropriada de examinar o 
processo de aquisição de itens de baixo custo 
que podem ser adquiridos de muitos forne-
cedores concorrentes, porém já não pode ser 
considerada como base para a maioria das 
compras organizacionais. 
Para saber mais sobre o assunto, acesse: 
<http://goo.gl/FPNJOE>. Acesso em 11 jun. 
2014.
Logística e Tecnologia
72
essa mudança de foco das empresas exigiu dos profissionais outras com-petências que permitem fazer análises 
intuitivas do futuro, tentando entender as 
mudanças e imaginando o futuro especial-
mente em relação à cadeia, para ter condições 
de lidar com ela de uma forma mais efetiva 
(BERTAGLIA, 2003).
A tecnologia se transforma intensi-
vamente e as mudanças são ainda mais 
significativas e ocorrem em períodos cada 
vez menores. Isto faz com que a necessi-
dade de buscar conhecimentos e adquirir 
competência seja cada vez maior. O efeito 
da globalização, por exemplo, obriga os pro-
fissionais a falarem com fluência mais de um 
idioma. 
Além disso, fazer o uso sistemático do 
conhecimento de modo que este possa ser 
aplicado na solução dos problemas ajuda 
na obtenção de resultados estrategicamen-
te buscados pela cadeia. Conhecimento que 
consiste em não repetir os erros e tomar 
decisões com base no conhecimento do 
mercado, dos processos e da unidade de 
negócio (BERTAGLIA, 2003).
Pós-Graduação | Unicesumar
73
O presente livro evidencia a necessidade 
de gerenciar o processo de abastecimento 
de uma empresa com visão holística, e não 
apenas dentro dos limites de cada empresa, 
porque ao longo da cadeia de abastecimento, 
é fundamental gerenciar adequadamente os 
processos dos negócios que ocorrem entre 
as empresas integrantes da cadeia. Nesse 
sentido, a Tecnologia auxilia a empresa a al-
cançar seus objetivos propostos.
Dois pontos são importantes na hora 
de pensar a Tecnologia como um elemen-
to importante da Logística: primeiro, para 
dificultar a cadeia de suprimentos de seus 
concorrentes, não é necessário atacá-los di-
retamente. Minimize seus riscos e maximize 
os dos concorrentes, e o resultado será até 
melhor do que um ataque direto (que poderá 
causar uma reação mais enérgica contra 
sua empresa), e segundo, mesmo que sua 
empresa seja pequena e não tenha volume 
para grandes acordos com fornecedores e 
transportadoras, desenvolvauma estratégia 
regional e busque fornecedores alternativos 
com melhores condições. Sempre há uma 
forma de evoluir sua cadeia de suprimen-
to, independente das características de sua 
empresa.
Outro ponto fundamental que fica evi-
dente no texto é a empresa como um todo, 
que para receber com antecedência sobre a 
data de entrega de cada produto, facilita as 
entregas que deverão ser pré-agendadas e 
monitoradas mediante um meio de comu-
nicação eficaz, preferencialmente eletrônico, 
podendo ser via troca eletrônica de dados ou 
outro tipo de tecnologia como a web.
Em nenhum momento deve-se esquecer 
de que as tecnologias da informação logís-
tica, nesse contexto, desempenham papel 
primordial, pois permitem codificar, com se-
gurança, cada vez maior volume de dados, e 
a consequente redução dos custos de trata-
mento de dados, e eliminar as barreiras das 
distâncias geográficas.
Os Prestadores de Serviços Logísticos, por 
meio de Tecnologia Compartilhada, lideram 
a adoção de tecnologias em cadeia e su-
primentos, contribuindo para a adoção de 
práticas colaborativas, ou seja, a visão sobre 
o papel do Integrador da cadeia de supri-
mentos como uma das práticas e iniciativas 
de maior impacto nos negócios na atuali-
dade. A parceria subentende também certa 
interpenetração das organizações, necessá-
ria ao bom funcionamento das redes e uma 
interdependência dos processos físicos e 
informacionais, tornada possível pelas tec-
nologias de informação e de comunicação, 
atualmente disponíveis. Não descuidando 
de estar apoiado em um sistema de dados 
robusto, com processamento ágil e seguro, 
capaz de trabalhar com todas as possibilida-
des de integração necessárias.
considerações finais
Logística e Tecnologia
74
atividade de autoestudo
1. Descreva sobre a logística, sustentando a estratégia de negócios da empresa.
2. Faça uma redação sobre a logística aumentando a cadeia de valores da organização.
Profissão – Logística:
<https://www.youtube.com/watch?v=JDHhivI_C7A&feature=related>.
Para os que se interessarem em maiores conhecimentos sobre o tema, sugiro as seguintes leituras:
Acompanhe o blog: <http://blog.log1consulting.com/>.
Acompanhe o site: <http://logisticatotal.com.br/>.
Acompanhe o site: <www.aslog.org.br>.
Acompanhe o site: <http://www.logisticadescomplicada.com/>.
Web
Pós-Graduação | Unicesumar
75
Capítulo 1 e 3 do livro Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos, de 2011, de Sunil Chopra Peter 
Meindl, editora Prentice Hall.
Sinopse: A leitura destes capítulos sugeridos é importante porque demonstra uma sólida forma de 
se fazer a compreensão dos mecanismos analíticos necessários para a solução das questões empresa-
riais relacionados à cadeia de suprimentos. Estes capítulos são imprescindíveis, pois tratam do papel 
estratégico da cadeia de suprimentos. Os capítulos também trazem diversas ferramentas técnicas 
que podem ser usadas em análises de problemas e busca de soluções nas empresas.
Capítulo 5 – Cadeia de Suprimentos da Saúde e Tecnologia de Informação – de Bradley Jay Dodge, no 
livro Gestão de Estoques na Cadeia de Logística Integrada (3ª ed) de Hong Yuh Ching, da editora 
Atlas.
Sinopse: O capítulo sugerido para leitura é importante porque insere o aluno no planejamento e na 
gestão das ações relacionadas à identificação de fornecedores estratégicos como também de todas 
as atividades logísticas importantes. Esta questão é importante porque trata da coordenação e con-
sequente coordenação entre os parceiros dos canais de distribuição.
É importante porque apresenta um ferramental de gestão que busca a integração entre os principais 
processos de negócios que estão presentes na cadeia logística. É fundamental porque é orientado 
aos principais processos de negócios envolvendo tecnologias disponíveis.
Capítulo 12 – Navegando no Comércio Eletrônico – do livro Logística e Gerenciamento da Cadeia 
de Suprimento de Paulo Roberto Bertaglia, da Editora Saraiva.
Sinopse: A questão mais importante na leitura deste capítulo de livro é verificar que a tecnologia 
e logística podem conviver tranquilamente nas empresas. Por meio de diversas formas de tratar do 
assunto o livro traz exemplos de diversas empresas brasileiras. O livro trata também das questões re-
lacionadas à obtenção de ferramentas que podem sanear os problemas empresariais com o uso da 
tecnologia disponível na própria empresa.
Capítulo 4, 6 e 17 – Metodologia de Planejamento e Projeto – do livro Logística Empresarial: o pro-
cesso de integração da cadeia de suprimento, de 2009, de Donald J. Bowersox e David J. Closs, Editora 
Atlas.
Sinopse: Os capítulos do livro sugerido tratam da lógica da gestão do fluxo de bens e serviços em 
empresas com e sem fins lucrativos. Este assunto é atualmente substancial para o desenvolvimento 
de uma empresa porque tratam das atividades relacionadas à movimentação, embalagem e opera-
cionalização de entregas. Também trata, de bastante interessante, das questões relacionadas ao uso 
da tecnologia na logística.
Gestão de Negócios
76
A Verticalização e Terceirização das Atividades 
Logísticas foi estudada por Sandra Mobus e Antô-
nio Carlos Gastaud Maçada. Com o objetivo da 
pesquisa de analisar a adoção da verticalização 
ou da terceirização das atividades logísticas em 
empresas distribuidoras de produtos químicos, 
a pesquisa buscou trazer contribuições para a 
área de Logística, pois explorou e analisou um 
tema sempre considerado atual e estratégico 
que é o da verticalização ou terceirização das 
atividades logísticas, em um mesmo contexto. Já 
para a prática gerencial, a principal contribuição 
pretendida foi a de fornecer subsídios para ajudar 
os executivos de logística na tomada de decisão 
terceirizar x verticalizar. 
Com relação à verticalização concluíram que:
A logística é considerada como core business da 
organização: empresa considera que a logística 
é a forma que ela tem de se diferenciar de seus 
concorrentes e agregar valor ao produto e por 
isso deve ser o foco do seu negócio. 
O alto volume comercializado pela empresa: para 
se chegar à conclusão se o volume comercial-
izado pela empresa justifica a verticalização, a 
empresa tem de efetuar cálculos comparativos 
em relação à terceirização, para poder identificar 
qual o volume que compensa ter uma estrutura 
própria.
A necessidade de estar próximo do cliente: um 
dos principais motivadores da adoção da vertical-
ização logística, principalmente na atividade de 
distribuição, é a proximidade com o cliente final.
A necessidade de controle sobre toda a operação: 
empresa considera que o controle sobre a oper-
ação como um todo é a garantia que ela vai ter 
de ter acesso a todas as ocorrências que possam 
acontecer durante o processo.
A necessidade de altos níveis de serviços logísti-
cos: empresa acredita que seus indicadores de 
desempenho logístico são mais satisfatórios 
quando a logística é feita internamente, consid-
erando que exista uma menor ocorrência de não 
conformidades.
A empresa possui recursos: dispor de recursos 
financeiros é pressuposto básico para que a em-
presa possa iniciar uma operação de logística 
própria, visto que é necessário um alto investi-
mento inicial.
O produto comercializado é classificado como 
perigoso: existe uma propensão maior a se operar 
Pós-Graduação | Unicesumar
77
de forma verticalizada quando o produto comer-
cializado é classificado como perigoso, visto que 
os mesmos podem ser corrosivos, inflamáveis, 
tóxicos, ou apresentar algum outro tipo de risco 
relacionado ao seu ambiente. 
No que está relacionado à terceirização, as con-
clusões foram que: 
A competência central é comprar e vender seus 
produtos: empresa considera que deve concen-
trar seus esforços em adquirirmercadorias com 
o menor custo possível e procurar vender nos 
clientes com maior rentabilidade.
O baixo volume comercializado pela empresa: da 
mesma forma que o alto volume comercializado 
pela empresa justifica a verticalização das ativ-
idades logísticas, o baixo volume justifica a ter-
ceirização, visto que baixos volumes podem não 
“pagar” os custos fixos de uma operação própria.
A alta necessidade de capital de giro para investir 
no negócio quando a empresa não dispõe de 
recursos financeiros para financiar uma operação 
própria ou quando precisa alto investimento na 
compra de seus produtos a terceirização torna-se 
uma alternativa viável para a operação logística.
Não há necessidade de altos níveis de serviço 
logísticos. A empresa considera que os serviços 
logísticos prestados não são tão valorizados por 
seus clientes e por isso a empresa não precisa 
se preocupar em buscar a excelência em suas 
atividades logísticas, ou consideram que podem 
monitorar, cobrar ou até colocar em contrato suas 
exigências em relação ao atingimento do nível 
de serviço desejado.
A necessidade de rápida expansão de mercados: 
a terceirização das atividades logísticas facilita e 
agiliza a entrada em novos mercados, visto que 
para iniciar a operação em qualquer ponto basta 
procurar os prestadores de serviços logísticos 
adequados e iniciar a operação.
O produto comercializado é classificado como 
não perigoso ou com periculosidade moderada: 
quando o produto que a empresa distribui não 
é classificado como químico perigoso, ou seja, 
não requer muitos cuidados especiais de arma-
zenagem, manuseio e transporte, aumentam o 
número de prestadores de serviços logísticos 
aptos a absorverem a operação logística.
Disponível na íntegra em: <http://goo.gl/M40c-
co>. Acesso em 11 jun. 2014.
Gestão de Negócios
78
relato de 
caso
Nove minutos para percorrer quatro quilômetros, 
este é o tempo que o empresário João Nuno Mattar, 
residente em uma grande cidade de Santa Catarina, 
demora para percorrer o trecho entre a sua casa e 
o seu local de trabalho. Apesar da agilidade para 
chegar de um ponto ao outro, o congestionamento 
de grandes cidades fazem parte das preocupações 
diárias de João. 
Isso, porque ele é proprietário da TecOpen, em-
presa que presta o serviço de monitoramento de 
veículos que atendem transportadoras e empre-
sas com grandes frotas de caminhões. De acordo 
com o empresário, o objetivo do serviço oferecido 
é vigiar e informar os clientes sobre as condições 
do trânsito. Com isso, é possível evitar que os 
veículos caiam em grandes engarrafamentos, 
que poderá resultar em atrasos nas entregas por 
horas. 
A empresa, que foi fundada em 2001, apresentava 
como clientes naquela época, transportadoras 
que pretendiam rastrear caminhões. Com o tem-
po, a tecnologia de rastreamento se popularizou 
e muitos concorrentes passaram a oferecer o mes-
mo tipo de serviço. Por isso, a TecOpen precisou 
inovar e buscar novas fontes de receita. 
Fonte: Os nomes são fictícios, mas o caso é real. 
Adaptado de: <http://goo.gl/KfeuUu>. Acesso 
em 11 jun. 2014.
Pós-Graduação | Unicesumar
79
O presente livro trata de Logística e Tecnologia 
e para o melhor aproveitamento do aluno, 
foi dividido em três unidades e essas unida-
des divididas em seções.
Na primeira unidade, chamada de 
Logística, foi explicada a definição de logís-
tica, a Integração das operações logísticas, os 
projetos de cadeias de suprimento e o nível 
de serviço logístico.
Na Unidade II, apresentamos as Tecnologias 
de Auxílio à Tomada de Decisão, Supply Chain 
Management (SCM), Efficient Consumer 
Response (ECR), Enterprise Resource Planning 
(ERP), Material Requeriment Planning (MRP) 
e Master Production Scheduling (MPS).
Na Unidade III, estudamos a tecnologia 
para o suprimento da empresa e apresentamos 
os conceitos de Eletronic Data Interchange 
e E-business e sua implicação na logística, e 
reconhecemos o EDI e o E-business como fer-
ramentas de busca de eficiência e eficácia no 
processo logístico e observamos o impacto 
da internet em ferramentas gerenciais. 
Mediante as unidades estudadas, possi-
bilitamos a você, aluno (a), formar uma base 
conceitual sólida que pode auxiliá-lo (a) na 
tomada de decisão em uma empresa e devem 
auxiliar o (a) estudante a gerenciar de modo 
mais eficaz não só a movimentação de ma-
teriais interna, mas também a distribuição 
desses materiais, além de ter um conheci-
mento prévio dos custos envolvidos na 
armazenagem e movimentação de materiais. 
Ainda sobre a unidade III, o livro eviden-
cia a necessidade de gerenciar o processo de 
abastecimento de uma empresa com visão 
holística, e não apenas dentro dos limites de 
cada empresa, porque ao longo da cadeia de 
abastecimento, é fundamental gerenciar ade-
quadamente os processos dos negócios que 
ocorrem entre as empresas integrantes da 
cadeia. Nesse sentido, a tecnologia auxilia a 
empresa a alcançar seus objetivos propostos.
Dois pontos são importantes na hora de 
pensar a Tecnologia como um elemento im-
portante da logística: primeiro, para dificultar 
a cadeia de suprimentos de seus concorren-
tes, não é necessário atacá-los diretamente. 
Minimize seus riscos e maximize os dos con-
correntes e o resultado será até melhor do que 
um ataque direto (que poderá causar uma 
reação mais enérgica contra sua empresa), 
e segundo, mesmo que sua empresa seja 
pequena e não tenha volume para grandes 
acordos com fornecedores e transportado-
ras, desenvolva uma estratégia regional e 
busque fornecedores alternativos com me-
lhores condições. Sempre há uma forma de 
evoluir sua cadeia de suprimento, indepen-
dente das características de sua empresa.
Ao final do estudo, esperamos que você, 
aluno (a), consiga melhorar a empresa em 
que trabalha e consequentemente ter uma 
ascensão profissional. 
Aproveite o material e, em caso de 
dúvidas, entre em contato conosco.
conclusão
Logística e Tecnologia
80
ARNOLD, J. R. Tony. Administração de materiais: uma introdução. São Paulo: Atlas, 1999.
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referências

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