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4 1 INTRODUÇÃO A motivação tem sido considerada como fator importante. Fatores que impulsionam as pessoas a fazerem algo estão relacionados a um conjunto de necessidades como exercer um cargo, ter reconhecimento e progresso profissional, entre outros. De acordo com Maslow (1968), apud Batista, et al., (2004), a motivação é algo envolve sentimentos de realização e reconhecimento profissional, que se despontam por meio do exercício das tarefas e atividades que oferecem desafio e significado para o trabalho, é também um processo que conduz a escolhas entre o comportamento, é uma sorte de força interna que surge, gere e ampara todas as nossas ações mais importantes. Este trabalho visa mostrar que a motivação é algo que transforma, recria e reinventa o meio à nossa volta nos dando possibilidades de ser transformados por esse meio. 5 2 O TRABALHO De acordo com Lima (2001), apud Batista et al., (2004), o trabalho em sua história, passaram por diversas mudanças em sua forma, tanto no modo de efetuá-lo, quanto na maneira de pensar sobre ele perante a sociedade. O trabalho nem sempre foi remunerado, por vários anos era realizado como uma forma de castigo e, quando remunerado o valor era insignificante, para suprir as necessidades de sobrevivência do indivíduo. Kalinowski (2000); Noronha (1985), apud Batista, et al., (2004), afirmam que ao longo dos séculos ocorreram mudanças e evoluções onde a sociedade para sobreviver buscavam várias formas de adaptações para isso. “Vários estudiosos construíram teorias para explicar o fator fundamental que faz as pessoas adotarem atitudes, pensar, agir e buscar seus objetivos ou metas resultando em diversas teorias de motivação”. (VIEIRA, 2002, apud BATISTA, et al., 2004). “Esta, no contexto estudado, se refere ao estado em que o trabalhador se sente com disposição ou vontade para trabalhar produtivamente”. (ANTUNES, 1996, apud BATISTA, et al., 2004). “Para que isso ocorra, a motivação no trabalho precisa ser avaliada, levando- se em consideração a autonomia no mesmo, o pagamento, as condições oferecidas, a carga horária e outros fatores”. (SANTOS, RODRIGUES, 1995, apud BATISTA, et al., 2004). Segundo Melo (2008), apud Lima (2013), a conceituação do trabalho não só possibilita o homem a transformar, recriar e reinventar o meio em que vive, mas também faz com que o homem sofra transformações deste meio e através destas modificações, o homem busca suprir suas necessidades de sua existência, alcançando grandes realizações pessoais. Garcia, et al., (2012), apud Lima, et al., (2013), ressaltam que o trabalho se apresenta como parte que proporciona ao homem a se relacionar e interagir com o meio externo. Entretanto como esta atividade envolve uma metodologia de seres humanos, a questão da motivação no processo do trabalho torna-se algo de suma importância. De acordo com Lopes (2003), dentro de cada empresa é fácil perceber diferentes tipos e hábitos de trabalho. Há pessoas que colocam em dia suas 6 obrigações e ficam até mais tarde quando autorizado, para completarem suas tarefas, outros por sua vez são menos pontuais e tendem a realizar as tarefas atrasadas e sem grande dedicação. Ainda de acordo com Lopes (2003), a satisfação de cada pessoa está fortemente relacionada com as aptidões e habilidades, contudo, o bom desempenho exige muito mais do que somente aptidões e habilidades, exige a motivação para trabalhar e esse bom desempenho depende de quanto esse empregado está motivado. Para Dejours, et al., (2012), apud Lima, et al., (2013), podemos compreender a motivação como algo que promove ao homem a buscar seu melhor desempenho no seu trabalho, caracteriza-se por uma sucessão de realizações comportamentais que se diferencia das convencionais. Melo, et al., (2011), apud Lima, et al., (2013), descrevem que no entendimento, considerando a importância do trabalho na vida do homem e sua verdadeira relação com o fator emocional, pode-se observar que o equilíbrio entre essa relação é benéfico para seu estado emocional, fisiológico e psicológico, refletindo em sua saúde, melhorando sua atividade e sua produtividade no trabalho e com isso coopera também para melhor a sociedade organizacional. Lopes (2003), ressalta que é através do trabalho que o cidadão pode conseguir o domínio sobre si mesmo e sobre seu meio. O trabalho ocupa grande parte do tempo válido na maioria das pessoas, durante uma parcela de suas vidas e as gratificações econômicas alcançadas determinam o padrão de vida e também status social do indivíduo. 7 2.1 O conceito de motivação A motivação no trabalho leva os recursos humanos, a buscarem satisfações pessoais, a realizarem os objetivos da organização, Bergamini (1997), apud Dias, Barcellos et al., (2005), definem motivação como uma força propulsora que leva o indivíduo a satisfazer suas necessidades e desejos, a motivação propicia o desenvolvimento do trabalho, pois através dela pode-se realizar diversas tarefas que anteriormente se julgava incapaz, sendo assim, a motivação representa uma maneira para o trabalho ser realizado de forma estimulante. 8 2.2 Teorias motivacionais 2.2.1 Teoria da hierarquia de necessidades de Maslow De acordo com Koontz (1987), apud Dias, Barcellos, et al., (2005), o psicólogo americano, Maslow apresenta sua Teoria da Hierarquia das Necessidades, com a publicação do seu livro Motivação e Personalidade, no ano de 1954 e afirma que o ser humano satisfaz suas necessidades através de uma sequência lógica, em sua teoria destaca cinco necessidades básicas ordenadas em uma ordem hierarquia: A). As necessidades físicas ou impulsos básicos de sobrevivência, que representam o primeiro nível da hierarquia e se caracterizam pelas necessidades fisiológicas: alimentação, água, abrigo, vestuário, sono e satisfação sexual. B). As necessidades de se sentir seguro e livre de ameaças. Satisfeitas as necessidades fisiológicas, busca-se a necessidade de proteção. O indivíduo, no trabalho, procura a permanência e a segurança no emprego. C). Necessidades de afiliação ou aceitação. Refere-se à aceitação no grupo, à participação, interação com demais pessoas. D). Necessidades de estima. O indivíduo deseja ser estimado tanto por si mesmo quanto por outras pessoas. A frustração dessa necessidade leva a sentimentos de fraqueza e dependência. E). Necessidade de auto realização. Considerada como o último nível de sua hierarquia, esta necessidade diferencia-se das demais por ser insaciável. É a busca constante do homem em maximizar seu potencial e realizar alguma coisa. (KOONTZ, 1987 apud DIAS, BARCELLOS et al., 2005) 2.2.2 Teoria de dois fatores (Herzberg) Robbins (1999), apud Dias, Barcellos et al., (2005), afirmam que Herzberg classificou os estímulos para o trabalho em duas categorias: os fatores higiênicos e motivacionais onde os fatores higiênicos estariam voltados para suprir as necessidades básicas de natureza material e fisiológica, tais como salário, segurança no trabalho, benefícios e clima organizacional e, no momento em que o indivíduo superasse suas necessidades básicas, ele procuraria atender seus estímulos 9 motivacionais, que são a realização profissional, reconhecimento, participação, responsabilidade e progresso pessoal. Herzbergconsiderou em sua teoria que os fatores higiênicos afetariam a insatisfação do indivíduo, enquanto os motivacionais afetariam a satisfação; ou seja, em caso de insatisfação como salário e clima organizacional não adequados; porém, haveria um aumento da satisfação quando, por exemplo, um funcionário obtivesse uma promoção no trabalho. (ROBBINS 1999, apud DIAS, BARCELLOS et al., 2005) 10 2.3 TEORIAS MOTIVACIONAIS EM RELAÇÃO A ENFERMAGEM Dentre os conceitos científicos, podemos destacar a enfermagem como uma ciência humana, onde Lima (2001), apud Bezerra, Andrade et al. (2009), ressaltam que se incluem dentro desta ciência, o campo de conhecimento, fundamentações e práticas do cuidar dos seres humanos que abrangem do estado de saúde até os estados de doença, mediadas por transações pessoais, profissionais e científicas, onde o enfermeiro, além de executar e garantir uma assistência de enfermagem otimizada os seus clientes, ele também é um líder, um gestor de sua equipe de enfermagem, e sendo gestor também acumula a função de administrador do setor no qual está inserido, executando e orientando sua equipe de maneira cordial e ampla Diante do contexto organizacional atual, Lunandelli (1998), apud Bezerra, Andrade et al. (2009), considera que a motivação é um dos principais fatores relacionados com a produtividade e a qualidade no mercado de trabalho, especialmente quando as instituições passaram a perceber que o diferencial competitivo decorre entre os colaboradores, e para isso, os gestores adotam programas motivacionais que têm por objetivo moldar o comportamento do trabalhador e garantir as condutas esperadas pela organização. O enfermeiro é um profissional de saúde que realiza cuidados de higiene, de alimentação e outros, e orienta apoio psicológico ao doente e a família, administra medicação e monitoriza todos os sinais e sintomas inerentes à situação do doente, tendo ainda que ter em conta as suas carências sociais. (MARTINS, 2003 apud DIAS, BARCELLOS, et al., 2005). De acordo com Dias, Barcellos et al., (2005), o trabalho de enfermagem pode ser desgastante, pelos aspectos operacionais de trabalho, e às exigências relativas à imensa responsabilidade para com seus pacientes, tanto no aspecto físico, quanto no aspecto moral, social e psicológico, no entanto, o profissional de enfermagem, embora tenha autonomia para tomada de decisões, fica prejudicado quando o assunto é poder administrativo na organização como um todo, status e prestígio. Em um contexto geral, a motivação tem sido considerada como um fator importante, segundo Vieira (2002), apud Batista, Vieira (2005), existe uma preocupação com as razões pelas quais as pessoas agem ou pelas quais decidem o que fazer. De acordo com Maslow (1968), apud Batista, Vieira (2005), os fatores que impulsionam as pessoas a fazerem ou realizar algo de maneira competente e eficaz 11 são fatores que estão relacionados a uma hierarquia de necessidades como exercer um cargo, ter reconhecimento e progresso profissional. 12 2.4 SÍNDROME DE BURNOUT De acordo com Trindade, Lautert (2010); Ruviaro, Bardagi, (2010); Vilela, Vidal, (2010), apud Oliveira, Lima, Vilela (2017): A síndrome de Burnout é conceituada como o estresse laboral que se caracteriza pelo esgotamento emocional e físico do trabalhador, ocorrendo quando há uma frustração com o ambiente de trabalho ou com o próprio profissional e quando situações de conflito não possuem mais estratégias para serem enfrentadas. Define-se Burnout como incendiar-se, deixar-se queimar (Burn = queimar e out= exterior), ou seja, o termo se refere à queima das energias físicas e emocionais do trabalhador que faz com que este perca o entusiasmo e o interesse pelo trabalho, prejudicando, assim, o seu desempenho nas atividades que exerce. Algumas denominações como estresse profissional, estresse assistencial, estresse ocupacional, neurose profissional ou de excelência, síndrome do esgotamento profissional e síndrome de queimar-se pelo trabalho também são utilizadas para definir Burnout, porém essa ampla gama de termos existentes pode dificultar as pesquisas em sua área (TRINDADE, LAUTERT, 2010; RUVIARO, BARDAGI, 2010; VILELA, VIDAL, 2010, apud OLIVEIRA, LIMA, VILELA, 2017). Segundo Ruviaro, Bardagi (2010); Vilela, Vidal (2010), apud Oliveira, Lima, Vilela (2017), em 1981 foi criado por Maslach e Jackson o conceito de Burnout que é o termo mais aceito atualmente e que define essa síndrome como um conceito multidimensional que envolve a exaustão emocional, a despersonalização e a falta de realização profissional. Ainda de acordo com Ruviaro, Bardagi (2010), apud Oliveira, Lima, Vilela (2017), o esgotamento dos sentimentos de emoção para lidar com as situações do dia a dia é a definição para a exaustão emocional e esses sintomas podem afetar o indivíduo de forma psíquica, física ou das duas maneiras. A partir daí há uma perda da capacidade de produção e vigor no trabalho. A despersonalização envolve bloqueio e sentimentos negativos do trabalhador consigo mesmo e com os outros. Como forma de proteção, o indivíduo passa a isolar-se dos outros e começa a manter uma atitude fria e conduta egoísta, tratando os demais de maneira ríspida e desumanizada. Já a falta de realização profissional se dá quando o indivíduo não consegue ver o seu esforço e trabalho como um aspecto positivo, sendo recriminado por não alcançar seus objetivos, o que causa desconforto e baixa estima no profissional (RUVIARO, BARDAGI, 2010; VILELA, VIDAL, 2010, apud OLIVEIRA, LIMA, VILELA, 2017). 13 2.5 A ENFERMAGEM E A SÍNDROME DE BURNOUT De acordo com Ribeiro (2012), apud Oliveira, Lima, Vilela (2017), A enfermagem é uma profissão que tem como característica a prestação de assistência e cuidado intenso aos pacientes, estando esses em contato direto e diário com os clientes e seus respectivos familiares. Para Silva, Carloto, (2008), apud Oliveira, Lima, Vilela, (2017), a enfermagem possui no dia-a-dia em seu âmbito de trabalho as funções que visam amparar a sobrevivência e a proteção dos indivíduos a fim de garantir o bem-estar físico e emocional dos usuários dos serviços de saúde. Ribeiro, (2012); Silva et al. (2008), apud Oliveira, Lima, Vilela (2017), enfatizam que a falta de autonomia, a sobrecarga de trabalho e a má definição do papel desses profissionais contribuem para que esta seja uma das profissões com os maiores índices da síndrome de Burnout e grande parte dos profissionais se propõe a duplas jornadas de trabalho devido a baixas remunerações, tornando-se um risco iminente para um sofrimento mental importante nesses indivíduos. Os profissionais de enfermagem almejam seu reconhecimento perante a sociedade na busca de sua valorização e aumento de sua remuneração, porém nessas buscas tem encontrado dificuldades que fazem com que o exercício de suas funções seja comprometido devido à desmotivação. O indivíduo acometido pelo Burnout pode ser visto pelos clientes e pelos próprios colegas de trabalho como maus profissionais, frios e indiferentes diante do sofrimento e da morte, o que pode refletir de forma negativa na assistência prestada aos usuários nos serviços de saúde, tendo em vista que atualmente a humanização da assistência é de suma importância e relevância. (SILVA, et al., 2008; LORENZ, et al., 2010; apudOLIVEIRA, LIMA, VILELA, 2017). 14 2.6 MOTIVAÇÃO E DESEMPENHO PROFISSIONAL Segundo Regis, Porto (2011), o cuidar deve ser compreendido como a realização de práticas na Enfermagem, considerando-se inevitável a satisfação de um conjunto de necessidades que quando atendidas proporcionam maior comprometimento dos integrantes da equipe de enfermagem em suas atividades com cuidados de qualidade e melhor desempenho no trabalho. Então, a excelência na assistência de enfermagem está diretamente relacionada aos estados fisiológicos, de segurança e psicológicos dos integrantes desta equipe que cuida, pois eles fazem parte de um processo dinâmico indissociável dentro do trabalho. Para Lopes (2003), o desempenho de cada indivíduo está relacionado com suas aptidões e habilidades, porém, o bom desempenho requer também motivação. O bom desempenho depende de quanto motivado está o empregado. Em relação aos sentimentos voltados à profissão, os integrantes da equipe relataram que era desvalorizada por eles mesmos e pela instituição. Destacaram ainda que inexiste incentivo institucional para aprimorar o crescimento e desenvolvimento da equipe de enfermagem. Quanto ao seu desempenho, a falta de treinamentos e o déficit de funcionários não permitiam uma melhor e maior dedicação aos clientes. (REGIS; PORTO, 2011) De acordo com Regis; Porto (2011) os descontentamentos da equipe de enfermagem podem interferir na consecução de outras necessidades (reconhecimento, autonomia e crescimento profissional) comprometendo sua absoluta satisfação e desenvolvimento adequado no trabalho. O desânimo, desinteresse e estresse dos profissionais no e com o trabalho podem gerar consequências prejudiciais em sua saúde e seu trabalho. Diante disto, para garantir uma boa assistência de enfermagem é necessário que os integrantes da equipe de enfermagem estejam mais satisfeitos, para que seu desempenho ao cuidar dos clientes possa estar plenamente desenvolvido. (REGIS; PORTO, 2011). 15 2.7 A INFLUÊNCIA DA LIDERANÇA NA MOTIVAÇÃO DA EQUIPE Segundo Silva, Peixoto (2011), a liderança e motivação constituem-se de ações para conduzir pessoas em busca de benefícios para o próprio indivíduo e para o grupo no qual esse membro está inserido. As pessoas desmotivadas e sem qualidade de vida no trabalho podem se tornar um problema para a organização. De acordo com Schmidt, Dantas (2006), apud Campos, et al., (2009), o indivíduo só se motiva quando se sente estimulado para isso, sendo a necessidade que energiza o comportamento, a disposição ou vontade para trabalhar produtivamente, a motivação é o impulso para a satisfação, e, em geral, visa o crescimento e o desenvolvimento pessoais e, como consequência, o organizacional, sendo vista como o grau de vontade e dedicação de uma pessoa na tentativa de desempenhar bem uma tarefa. Kury, (2002), apud Silva, Peixoto (2011), ressaltam que a função do líder é a liderança, a direção, o comando, e a motivação, entre várias definições, é o ato ou efeito de motivar o interesse espontâneo ou estimulado por determinado assunto. “O líder capaz de reduzir as incertezas do trabalho é tido como um motivador porque aumenta a expectativa dos subordinados de que seus esforços levarão às recompensas procuradas”. (CHIAVENATO, 1999, apud SILVA; PEIXOTO, 2011). Ser líder é dar o exemplo para que outros saibam como se faz e se esforcem para repetir a tarefa no mesmo nível ou ainda melhor. Essa é a única liderança que se sustenta com o tempo. Nada do que você diz influencia mais as pessoas do que aquilo que você faz. Liderar é inspirar e influenciar pessoas a fazerem a coisa certa, de preferência entusiasticamente e visando ao objetivo comum. Afinal, uma equipe precisa de líderes no dia a dia que todos olhem como referência. São aqueles que ajudam o treinador, ou gestor, a conduzir seu time (ou projeto) pela estrada do planejamento até alcançar a meta almejada. (BERNARDINHO, 2006, apud SILVA; PEIXOTO, 2011). Para Bernardinho (2006), apud Silva, Peixoto (2011), a motivação baseia-se em dois pilares: o primeiro deles é a necessidade, ou seja, se você precisa, vai “correr atrás” e se dedicar e o segundo é a paixão, se você gosta, ama o que faz, vai querer melhorar sempre. O líder deve promover a motivação de cada indivíduo de sua equipe, sendo essa uma de suas principais funções, pois assim ele poderá compreender melhor as necessidades de cada membro. Para isso é importante que o líder tenha um bom conhecimento da sua equipe, seus 16 desejos e necessidades com a finalidade de estabelecer metas e desafios. (HERSEY 1976, apud DINIZ, et al. 2016), corrobora com a afirmação ao escrever que: “Se um indivíduo deseja influir no comportamento de outra pessoa, é necessário primeiro, compreender quais são, nesse momento, os motivos ou as necessidades mais importantes dessa pessoa”. Sendo assim, o papel do líder dentro das organizações é desenvolver meios que possam motivar sua equipe. No entanto, para motivar é necessário estar motivado. O profissional que exerce a função de liderança deve ser capaz de identificar aquilo que lhe motiva primeiramente, só assim descobrirá meios para contribuir com a motivação de seus liderados. Como o líder é uma referência para seus liderados, ele deve mostrar motivação e persistência diante dos obstáculos, é ele que sustenta a motivação da equipe. Um líder desmotivado acarreta consequências trágicas para a instituição. (DINIZ, et al., 2016). A partir da descrição das necessidades humanas surge a seguinte questão: Uma pessoa pode motivar a outra? Para Oliveira (2006), apud Munch (2007), a resposta é de que não se consegue motivar ninguém, mas que se consegue facilmente inclinar as pessoas a desmotivação. Ainda segundo Oliveira (2006), apud Munch (2007), as pessoas são complexas demais para serem entendidas, as motivações podem ser influenciadas por crenças pessoais, forças ambientais, ou até mesmo por simples impulso, com isso, é de grande valia, que os líderes conheçam as necessidades dos seus liderados, procurando atendê-las, para que eles tragam à tona a sua motivação interior, beneficiando a si mesmo, a empresa e as pessoas ao seu redor. 17 3 CONCLUSÃO Como definir se um trabalhador está motivado? De fato, isso é uma tarefa bastante complexa levando-se em consideração que as necessidades e anseios variam de pessoa para pessoa. Uma pessoa pode motivar a outra? Para Oliveira (2006), apud Munch (2007), a resposta é de que não se consegue motivar ninguém, mas que se consegue facilmente inclinar as pessoas a desmotivação. A verdade é que o homem vive em uma constante busca de suas realizações, da sua independência, da sua liberdade e principalmente de uma boa qualidade de vida. Em suma, o homem motiva-se para o trabalho buscando algo que o motive, como realização profissional ou ainda pelo ser reconhecido pelo seu trabalho. Tais fatores motivadores, dentre outros, compõem o sistema de necessidades que o homem busca atender para o desenvolvimento pessoal e amadurecimento psicológico. 18 REFERÊNCIAS BATISTA, A.A.V; VIEIRA, M.J., CARDOSO, N.C.S; CARVALHO, G.R.P. FATORES DE MOTIVAÇÃO E INSATISFAÇÃO NO TRABALHO DO ENFERMEIRO. Ver. Esc. Enferm. USP. 2005. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v39n1/a11v39n1>. Acesso em: 04 de abril de 2019. BATISTA, A.A.V; VIEIRA, M.J;CARDOSO, N.C.S; CARVALHO, G.R.P. FATORES DE MOTIVAÇÃO E INSASTIAÇÃO NO TRABALHO DO ENFERMEIRO. Rev Esc Enferm USP. 2005. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v39n1/a11v39n1>. Acesso em: 01 de abril de 2019. BEZERRA, F. 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