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CNC – Comando Numérico Computadorizado CNC - Comando Numérico Computadorizado Prof: José Francisco 2 1 - Histórico �Busca de melhoria ao produto, aliado ao desenvolvimento dos computadores. �Principal fator: 2ª Guerra Mundial – produção em massa (a guerra consumia tudo, até mão- de-obra). CNC - Comando Numérico Computadorizado Prof: José Francisco 3 �Primeira ação para criação do CNC surgiu em 1949 no laboratório de servomecanismo do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e a empresa Parsons Corporation of Traverse City em Michigan. OBS.: servomecanismo – é um dispositivo automático para controlar grandes quantidades de força mediante uma quantidade de força muito pequena. 1 - Histórico CNC - Comando Numérico Computadorizado Prof: José Francisco 4 �Demonstração prática ocorreu em março de 1952. �Relatório final do novo sistema foi publicado em maio de 1953. EX.: Força Aérea Norte-Americana 1 - Histórico CNC - Comando Numérico Computadorizado Prof: José Francisco 5 �Em 1958, por intermédio da EIA (Eletronic Industries Association) foram realizados estudos para padronizar os tipos de linguagem. Foi a partir daí que surgiu o meio mais usado de entrada de dados para o CNC até hoje: via computador. �Em 1967 surgiram no Brasil as primeiras máquinas, importadas dos Estados Unidos, controladas numericamente. 1 - Histórico CNC - Comando Numérico Computadorizado Prof: José Francisco 6 �Já no início da década de 70 surgiram no mundo as primeiras máquinas CNC (comando numérico computadorizado). Hoje a confiabilidade nos componentes eletrônicos tem aumentado, crescendo a confiança em todo sistema. 1 - Histórico CNC - Comando Numérico Computadorizado Prof: José Francisco 7 CNC - Comando Numérico Computadorizado Prof: José Francisco 8 CNC - Comando Numérico Computadorizado Prof: José Francisco 9 �Fabricação de peças com geometrias complexas, com menores tolerâncias dimensionais e melhor acabamento; �Repetibilidade maior sobre as características do produto, sendo idênticas umas às outras; 2 - Vantagens CNC - Comando Numérico Computadorizado Prof: José Francisco 10 �Redução de tarefas repetitivas para os operadores – esses agora responsáveis pela preparação, programação e controle das máquinas; �Flexibilidade da produção, pequenos lotes e grande variedade de produtos, tudo isso com ajustes rápidos nas máquinas. 2 - Vantagens CNC - Comando Numérico Computadorizado Prof: José Francisco 11 3 - Desvantagens �Mão-de-obra especializada para programação; �Manutenção; �Uso de ferramental específico. CNC - Comando Numérico Computadorizado Prof: José Francisco 12 4 - Norma ISO 6983 A Norma ISO 6983 descreve o formato das instruções do programa para máquinas de Controle Numérico. Trata-se de um formato geral de programação e não um formato para um tipo de máquina específica. A flexibilidade desta norma não garante intercambiabilidade de programas entre máquinas. Os objetivos desta norma são: CNC - Comando Numérico Computadorizado Prof: José Francisco 13 4 - Norma ISO 6983 �Unificar os formatos-padrão anteriores numa Norma Internacional para sistemas de controle de posicionamento, movimento linear e contorno; �Introduzir um formato-padrão para novas funções, não descritas nas normas anteriores; CNC - Comando Numérico Computadorizado Prof: José Francisco 14 4 - Norma ISO 6983 �Reduzir a diferença de programação entre diferentes máquinas ou unidades de controle, uniformizando técnicas de programação; �Incluir os códigos das funções preparatórias e miscelâneas. CNC - Comando Numérico Computadorizado Prof: José Francisco 15 5 - Sistemas de Coordenadas Regra da mão direita CNC - Comando Numérico Computadorizado Prof: José Francisco 16 5 - Sistemas de Coordenadas • Para torno CNC utiliza-se os eixos “X” para diâmetro e “Z” para comprimento. CNC - Comando Numérico Computadorizado Prof: José Francisco 17 • Para fresadora CNC utiliza-se os eixos “X” para comprimento, “Y” para largura e “Z” para altura. 5 - Sistemas de Coordenadas CNC - Comando Numérico Computadorizado Prof: José Francisco 18 6 - Sistema de Coordenada Absoluta Nesse sistema de coordenada é a partir do ponto zero que se define por onde a ferramenta fará o percurso, sendo as coordenadas da própria ferramenta sempre relacionadas ao ponto, ou seja, o ponto zero é fixo. CNC - Comando Numérico Computadorizado Prof: José Francisco 19 1010P1 1060P4 4060P3 4010P2 1010P1 YX 6 - Sistema de Coordenada Absoluta CNC - Comando Numérico Computadorizado Prof: José Francisco 20 7 - Sistema de Coordenada Incremental Nesse sistema de coordenadas, a origem estará sempre no ponto que está a ferramenta. As medidas são feitas por meio da origem com o ponto mais próximo, sendo que esse ponto será sempre a origem futura, ou seja, o ponto zero é flutuante. CNC - Comando Numérico Computadorizado Prof: José Francisco 21 0-50P1 -300P4 050P3 300P2 1010P1 YX 7 - Sistema de Coordenada Incremental CNC - Comando Numérico Computadorizado Prof: José Francisco 22 8 - Função É o código (palavra apropriada) compreensível pelo comando, que predispõe a máquina ou o próprio comando a funcionar de determinado modo. A função se divide em: • Função Modal • Função Não-modal CNC - Comando Numérico Computadorizado Prof: José Francisco 23 8 - Função 1.FUNÇÃO MODAL: é aquela que, depois de memorizada, somente será cancelada com a memorização de outra função que a cancela. 2.FUNÇÃO NÃO-MODAL: é aquela que tem validade somente no bloco programado. CNC - Comando Numérico Computadorizado Prof: José Francisco 24 9 - Tipos de Funções Quanto ao tipo, as funções são divididas em quatro grupos: • Função Seqüencial – N (não-modal) • Função Preparatória – G (modal e não- modal) • Função de Posicionamento – X, Y e Z (não- modal) • Função Complementar – M, T, S e F (modal e não-modal) CNC - Comando Numérico Computadorizado Prof: José Francisco 25 10 - Função Seqüencial Tem a finalidade de numerar, em ordem crescente, os blocos de um programa para facilitar o acompanhamento do mesmo. O valor numérico de N não tem influência para o comando. Ex.: N01, N02, ... CNC - Comando Numérico Computadorizado Prof: José Francisco 26 11 - Função Preparatória É a função que definem ao comando e a máquina “o que fazer”, preparando-a para uma determinada operação (deslocamento linear, circular, etc.) Ex.: G00, G01, G33, G90 CNC - Comando Numérico Computadorizado Prof: José Francisco 27 11 - Função Preparatória G00 – AVANÇO RÁPIDO DA FERRAMENTA G01 – AVANÇO LINEAR DE TRABALHO G02 – INTERPOLAÇÃO CIRCULAR NO SENTIDO HORÁRIO G03 – INTERPOLAÇÃO CIRCULAR NO SENTIDO ANTI-HORÁRIO G04 – TEMPO DE PERMANÊNCIA G33 – CORTE DE ROSCA PASSO CONSTANTE CNC - Comando Numérico Computadorizado Prof: José Francisco 28 11 - Função Preparatória G40 – CANCELA CORREÇÃO DO RAIO DE CORTE DA FERRAMENTA G41 – SELECIONA CORREÇÃO DE RAIO DE CORTE À ESQUERDA DA PEÇA G42 – SELECIONA CORREÇÃO DE RAIO DE CORTE À DIREITA DA PEÇA G54 – TRANFERÊNCIA DO ZERO MÁQUINA PARA A ZERO PLACA CNC - Comando Numérico Computadorizado Prof: José Francisco 29 11 - Função Preparatória G58 – TRANFERÊNCIA DO ZERO PLACA PARA A ZERO PEÇA G70 – SELECIONA MEDIDAS EM POLEGADAS G71 – SELECIONA MEDIDASEM MILÍMETROS G90 – SELECIONA MEDIDAS EM COORDENADAS ABSOLUTAS CNC - Comando Numérico Computadorizado Prof: José Francisco 30 11 - Função Preparatória G91 – SELECIONA MEDIDAS EM COORDENADAS INCREMENTAIS G92 – LIMITE DE ROTAÇÃO DA PLACA G96 – ATIVA VELOCIDADE DE CORTE CONSTANTE G97 – CANCELA G96, PERMANECE A ÚLTIMA ROTAÇÃO CALCULADA CNC - Comando Numérico Computadorizado Prof: José Francisco 31 12 - Função de Posicionamento Definem ao comando “onde fazer”, ou seja, as coordenadas do ponto que se deseja alcançar e são programadas com a indicação do sinal algébrico, de acordo com sua posição em relação ao sistema de referência. Ex.: X25 Z30 ; X18.5 Z-38 CNC - Comando Numérico Computadorizado Prof: José Francisco 32 13 - Função Complementar Definem ao comando “com o que fazer” determinada operação, complementando as informações dos blocos na programação. Ex.: M30, T04, S2000, F0.15 CNC - Comando Numérico Computadorizado Prof: José Francisco 33 14 - Função Miscelânea M00 – PARADA DE PROGRAMA M01 – PARADA OPCIONAL DO PROGRAMA M02 – FIM DE PROGRAMA M03 – SENTIDO HORÁRIO DE ROTAÇÃO DO EIXO-ÁRVORE M04 – SENTIDO ANTI-HORÁRIO DE ROTAÇÃO DO EIXO-ÁRVORE CNC - Comando Numérico Computadorizado Prof: José Francisco 34 M05 – DESLIGA O EIXO ÁRVORE M08 – LIGA O ÓLEO REFRIGERANTE M09 – DESLIGA O ÓLEO REFRIGERANTE M17 – FIM DE SUBPROGRAMA M30 – FIM DE PROGRAMA PRINCIPAL 14 - Função Miscelânea CNC - Comando Numérico Computadorizado Prof: José Francisco 35 15 - Elementos da Linguagem de Programação Todo comando acoplado a máquina CNC necessita de um meio de comunicação entre o programador e a máquina. Essa comunicação, feita por meio de códigos ou símbolos padronizados, recebe o nome de linguagem de programação. CNC - Comando Numérico Computadorizado Prof: José Francisco 36 15 - Elementos da Linguagem de Programação • Caractere: é um número, letra ou símbolo utilizado para exprimir uma informação. Ex.: I, G, %, LF,... • Endereço: é representado por uma letra que identifica um tipo de instrução. Ex.: G, X, Y, Z, F,... CNC - Comando Numérico Computadorizado Prof: José Francisco 37 15 - Elementos da Linguagem de Programação • Palavra: uma palavra é constituída de um endereço seguido de um valor numérico. Ex.: G01, X50, F.15, T02,... • Bloco ou Sentença: é um conjunto de palavras que identificam uma operação. Ex.: N10 G01 X120 F200 LF CNC - Comando Numérico Computadorizado Prof: José Francisco 38 15 - Elementos da Linguagem de Programação Uma operação é expressa por meio de blocos necessários para definir completamente uma fase. Assim podemos dizer que um programa é formado por blocos numerados seqüencialmente. Com isso um programa de comando numérico pode ser definido como uma “seqüência lógica de informações para a usinagem de uma peça. CNC - Comando Numérico Computadorizado Prof: José Francisco 39 15 - Elementos da Linguagem de Programação • Programa – consiste de sentenças ou blocos • Sentença – consiste de palavras ou funções • Palavra – consiste de um endereço e um número CNC - Comando Numérico Computadorizado Prof: José Francisco 40 16 - Pontos Zero São pontos de referência da máquina, atuantes dentro do campo de trabalho. Os principais são: • Ponto zero referência (R) • Ponto zero máquina (M) • Ponto zero trajetória (N) • Ponto zero ferramenta (T) • Ponto zero peça (W) CNC - Comando Numérico Computadorizado Prof: José Francisco 41 17 - Ponto Zero Referência (R) O ponto de referenciamento é uma coordenada definida na área de trabalho através de chaves limites e cames, que servem para à aferição e controle do sistema de medição dos eixos de movimento da máquina. Tal coordenada é determinada pelo fabricante da máquina. CNC - Comando Numérico Computadorizado Prof: José Francisco 42 18 - Ponto Zero Máquina (M) O ponto zero da máquina é o ponto zero para o sistema de coordenadas da máquina (X0, Z0), e também o ponto inicial para todos os demais sistemas de coordenadas e pontos de referência existentes. Geralmente é determinado após o referenciamento da máquina. CNC - Comando Numérico Computadorizado Prof: José Francisco 43 19 - Ponto Zero Trajetória (N) O ponto de trajetória “N” é um ponto de espaço. Porém, uma vez referenciada a máquina suas coordenadas de posicionamento dentro da área de trabalho são reconhecidas pelo comando, e servirá como referência na obtenção dos balanços das ferramentas (bX, bZ), quando montadas na máquina durante a preparação da mesma. CNC - Comando Numérico Computadorizado Prof: José Francisco 44 20 - Ponto Zero Ferramenta (T) É o ponto de atuação da ferramenta no perfil programado. Porém para que isso ocorra é necessário definir os valores de balanço em X e Z das ferramentas operantes. CNC - Comando Numérico Computadorizado Prof: José Francisco 45 21 - Ponto Zero Peça (W) O ponto zero peça “W”, é o ponto que define a origem (X0, Z0) do sistema de coordenadas da peça. Este ponto é definido pelo programador através de um código de função preparatória (G54 ou G55), e determinado na máquina pelo operador na preparação da mesma (preset), levando em consideração apenas a medida de comprimento no eixo “Z”. CNC - Comando Numérico Computadorizado Prof: José Francisco 46 22 - Ponto Zero Placa (P) É o ponto de referência obtido através do deslocamento do zero máquina de acordo com a espessura da placa. CNC - Comando Numérico Computadorizado Prof: José Francisco 47 23 - Localização CNC - Comando Numérico Computadorizado Prof: José Francisco 48