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2LINGUAGENS, CÓDIGOSe suas tecnologias
Estudo da Escrita - Redação
Cora de Andrade Ramos, Emil
y Cristina dos Ouros e Murilo
 de Almeida Gonçalves
L
ENTRE FRASES
C
Redação para
vestibular medicina
3ª edição • São Paulo
2018
© Hexag Sistema de Ensino, 2018
Direitos desta edição: Hexag Sistema de Ensino. São Paulo, 2018
Todos os direitos reservados.
Autores
Cora de Andrade Ramos
Emily Cristina dos Ouros
Murilo de Almeida Gonçalves
Diretor geral
Herlan Fellini
Coordenador geral
Raphael de Souza Motta
Responsabilidade editorial
Hexag Sistema de Ensino
Diretor editorial
Pedro Tadeu Batista
Revisor
Murilo de Almeida Gonçalves
Pesquisa iconográfica
Raphael Campos Silva
Programação visual
Hexag Sistema de Ensino
Editoração eletrônica
Claudio Guilherme da Silva
Eder Carlos Bastos de Lima
Fernando Cruz Botelho de Souza
Raphael de Souza Motta
Raphael Campos Silva
Projeto gráfico e capa
Raphael Campos Silva
Foto da capa
pixabay (http://pixabay.com)
Impressão e acabamento
Meta Solutions
ISBN: 978-85-9542-038-0
Todas as citações de textos contidas neste livro didático estão de acordo com a legislação, tendo por fim único e exclusivo o 
ensino. Caso exista algum texto, a respeito do qual seja necessária a inclusão de informação adicional, ficamos à disposição 
para o contato pertinente. Do mesmo modo, fizemos todos os esforços para identificar e localizar os titulares dos direitos sobre 
as imagens publicadas e estamos à disposição para suprir eventual omissão de crédito em futuras edições.
O material de publicidade e propaganda reproduzido nesta obra está sendo usado apenas para fins didáticos, não represen-
tando qualquer tipo de recomendação de produtos ou empresas por parte do(s) autor(es) e da editora.
2018
Todos os direitos reservados por Hexag Sistema de Ensino.
Rua Luís Góis, 853 – Jd. Mirandópolis – São Paulo – SP
CEP: 04043-300
Telefone: (11) 3259-5005
www.hexag.com.br
contato@hexag.com.br
CARO ALUNO
O Hexag Medicina é referência em preparação pré-vestibular de candidatos à carreira de Medicina. Desde 2010, são centenas de aprovações nos princi-
pais vestibulares de Medicina no Estado de São Paulo, Rio de Janeiro e em todo Brasil. O material didático foi, mais uma vez, aperfeiçoado e seu conteúdo 
enriquecido, inclusive com questões recentes dos relevantes vestibulares de 2018. 
Esteticamente, houve uma melhora em seu layout, na definição das imagens, criação de novas seções e também na utilização de cores.
No total, são 105 livros e 6 cadernos de aula.
O conteúdo dos livros foi organizado por aulas. Cada assunto contém uma rica teoria, que contempla de forma objetiva e clara o que o aluno 
realmente necessita assimilar para o seu êxito nos principais vestibulares do Brasil e Enem, dispensando qualquer tipo de material alternativo complementar.
As aulas estão divididas da seguinte forma:
INFOGRÁFICO
Esta seção, de forma simples, resumida e dinâmica, foi desenvolvida para indicação dos assuntos mais abordados nos principais vestibulares, 
voltados para o curso de medicina em todo território nacional.
TEORIA
Todo o desenvolvimento dos conteúdos teóricos, de cada coleção, tem como principal objetivo apoiar o estudante na resolução de questões 
propostas. Os textos dos livros são de fácil compreensão, completos e organizados. Além disso, contam com imagens ilustrativas que complementam 
as explicações dadas em sala de aula. Quadros, mapas e organogramas, em cores nítidas, também são usados, e compõem um conjunto abrangente de 
informações para o estudante, que vai dedicar-se à rotina intensa de estudos.
TEORIA NA PRÁTICA (EXEMPLOS)
Desenvolvida pensando nas disciplinas que fazem parte das Ciências da Natureza e suas Tecnologias e Matemática e suas Tecnologias. Nesses 
compilados nos deparamos com modelos de exercícios resolvidos e comentados, aquilo que parece abstrato e de difícil compreensão torna-se mais aces-
sível e de bom entendimento aos olhos do estudante.
Através dessas resoluções é possível rever a qualquer momento as explicações dadas em sala de aula.
INTERATIVIDADE
Trata-se do complemento às aulas abordadas. É desenvolvida uma seção que oferece uma cuidadosa seleção de conteúdos para complementar 
o repertório do estudante. É dividido em boxes para facilitar a compreensão, com indicação de vídeos, sites, filmes, músicas e livros para o aprendizado do 
aluno. Tudo isso é encontrado em subcategorias que facilitam o aprofundamento nos temas estudados. Há obras de arte, poemas, imagens, artigos e até 
sugestões de aplicativos que facilitam os estudos, sendo conteúdos essenciais para ampliar as habilidades de análise e reflexão crítica. Tudo é selecionado 
com finos critérios para apurar ainda mais o conhecimento do nosso estudante.
INTERDISCIPLINARIDADE
Atento às constantes mudanças dos grandes vestibulares, é elaborada, a cada aula, a seção interdisciplinaridade. As questões dos vestibulares 
de hoje não exigem mais dos candidatos apenas o puro conhecimento dos conteúdos de cada área, de cada matéria.
Atualmente há muitas perguntas interdisciplinares que abrangem conteúdos de diferentes áreas em uma mesma questão, como biologia e 
química, história e geografia, biologia e matemática, entre outros. Neste espaço, o estudante inicia o contato com essa realidade por meio de explicações 
que relacionam a aula do dia com aulas de outras disciplinas e conteúdos de outros livros, sempre utilizando temas da atualidade. Assim, o estudante 
consegue entender que cada disciplina não existe de forma isolada, mas sim, fazendo parte de uma grande engrenagem no mundo em que ele vive.
APLICAÇÃO NO COTIDIANO
Um dos grandes problemas do conhecimento acadêmico é o seu distanciamento da realidade cotidiana no desenvolver do dia a dia, dificultando 
o contato daqueles que tentam apreender determinados conceitos e aprofundamento dos assuntos, para além da superficial memorização ou “decorebas” 
de fórmulas ou regras. Para evitar bloqueios de aprendizagem com os conteúdos, foi desenvolvida a seção "Aplicação no Cotidiano". Como o próprio 
nome já aponta, há uma preocupação em levar aos nossos estudantes a clareza das relações entre aquilo que eles aprendem e aquilo que eles têm 
contato em seu dia a dia.
CONSTRUÇÃO DE HABILIDADES
Elaborada pensando no Enem, e sabendo que a prova tem o objetivo de avaliar o desempenho ao fim da escolaridade básica, o estudante deve 
conhecer as diversas habilidades e competências abordadas nas provas. Os livros da “Coleção vestibulares de Medicina” contêm, a cada aula, algumas 
dessas habilidades. No compilado “Construção de Habilidades”, há o modelo de exercício que não é apenas resolvido, mas sim feito uma análise expo-
sitiva, descrevendo passo a passo e analisado à luz das habilidades estudadas no dia. Esse recurso constrói para o estudante um roteiro para ajudá-lo a 
apurá-las na sua prática, identificá-las na prova e resolver cada questão com tranquilidade.
ESTRUTURA CONCEITUAL
Cada pessoa tem sua própria forma de aprendizado. Geramos aos estudantes o máximo de recursos para orientá-los em suas trajetórias. Um 
deles é a estrutura conceitual, para aqueles que aprendem visualmente a entender os conteúdos e processos por meio de esquemas cognitivos, mapas 
mentais e fluxogramas. Além disso, esse compilado é um resumo de todo o conteúdo da aula. Por meio dele, pode-se fazer uma rápida consulta aos 
principais conteúdos ensinados no dia, o que facilita sua organização de estudos e até a resolução dos exercícios.
A edição 2018 foi elaborada com muito empenho e dedicação, oferecendo ao aluno um material moderno e completo, um grande aliado para 
o seu sucesso nos vestibulares mais concorridos de Medicina.
Herlan Fellini
 
 
ENTRE FRASES
Estudo da escrita - REDAÇÃO
Aula 6: Especificidades FUVEST eVUNESP 7
Aula 7: Estratégias argumentativas II: argumento de autoridade / referência / 
 alusão histórica / comparação / definição 27
Aula 8: Parágrafo de conclusão 43
Aula 9: Coesão textual 55
Redações extras 71
Exercícios 83
Prontuário 93
ENTRE FRASES
 
 
ENTRE FRASES
Estudo da escrita - REDAÇÃO
Aula 6: Especificidades FUVEST e VUNESP 7
Aula 7: Estratégias argumentativas II: argumento de autoridade / referência / 
 alusão histórica / comparação / definição 27
Aula 8: Parágrafo de conclusão 43
Aula 9: Coesão textual 55
Redações extras 71
Exercícios 83
Prontuário 93
ENTRE FRASES
Proposta 2
Projeto de texto modelo Enem
Especificidades FUVEST e VUNESP
Aula 6
Proposta 2
Projeto de texto modelo Enem
Especificidades FUVEST e VUNESP
Aula 6
8
9
EspEcificidadEs fUVEsT
De acordo com último manual do candidato da FUVEST, a prova de redação exigia “uma dissertação de caráter 
argumentativo, na qual se espera que o candidato, visando sustentar um ponto de vista sobre o tema, demonstre 
capacidade de mobilizar conhecimentos e opiniões; argumentar de forma coerente e pertinente; de articular 
eficientemente as partes do texto e expressar-se de modo claro, correto e adequado.”
Como essas exigências são comuns a qualquer vestibular cuja proposta seja a composição de um texto 
dissertativo-argumentativo, nenhuma dessas características é novidade. De modo geral, a ideia de refletir sobre 
dados e conceitos, tecer um ponto de vista e defendê-lo a partir de argumentos convincentes segue a mesma base 
dos elementos vistos nas aulas anteriores.
A grande diferença entre outras provas e a FUVEST está no modo como parte dessas competências são cobradas. 
No esquema abaixo, você encontrará algumas das especificidades e suas formas de avaliação na proposta da FUVEST. 
O conceito de autoria
A FUVEST, assim como o ENEM, valoriza a elaboração de textos em que a noção de autoria possa ser reconhecida. 
Isto é, o aluno deve fugir de estruturas pré-fabricadas e deve mostrar que possui competência para elaborar um 
texto argumentativo a partir de suas próprias reflexões e dos textos abordados na coletânea. Nesse sentido, é im-
portante descartar fórmulas prontas para construir as partes do texto, como: “Desde a antiguidade, o homem...”, 
“Atualmente, todos sabem que...,”, “Podemos concluir que...” Tais artimanhas são contraproducentes, porque 
podem ser utilizadas em quaisquer contextos, e também porque são repetidas todos os anos no vestibular, fatores 
que influenciam negativamente na correção.
Além disso, o conceito de autoria também se estende à noção de “repertório”. A FUVEST determina que 
o candidato não se prenda apenas aos textos da coletânea, mas que consiga articular o texto com um repertório 
pessoal de exemplos e de reflexões. Nesse ponto, não é exigida uma total erudição dos conceitos abordados – 
nenhum vestibular obriga o candidato a citar exclusivamente Aristóteles, Platão, Rousseau ou Foucault – mas sim 
a capacidade de relacionar o tema abordado com elementos mais abstratos, sejam eles um filme hollywoodiano 
ou mesmo uma letra de rap. A única recomendação é que eles sejam pertinentes ao assunto e que a reflexão seja 
bem construída. 
Filosofia e vida em sociedade
Em alguns dos últimos vestibulares, a redação da FUVEST pediu que os alunos relacionassem conceitos filosóficos 
com abordagens do cotidiano e da vida social como um todo. Diante disso, muitos alunos se equivocaram ao tratar 
o tema da prova como “absolutamente filosófico”, como se ele não estabelecesse muita correspondência com o 
plano material, e, portanto, fosse ainda mais complexo de ser abordado. No entanto, é importante ressaltar que a 
introdução da filosofia nas propostas de redação não representa uma limitação, ou uma abordagem ampla desco-
nectada de exemplos concretos. Ao contrário disso, o desafio proposto pela FUVEST é de que o candidato encontre 
exemplos e conceitos reais que permitam compreender determinado princípio filosófico. 
Posicionamento
Assim como o ENEM, a FUVEST exige que o candidato elabore um posicionamento a respeito do tema abordado 
e discuta tais reflexões a partir de argumentos. Para tanto, convém ressaltar que esses argumentos não devem ser 
meramente expositivos: eles só fazem sentido se estiverem alinhados ao ponto de vista adotado. Como a presença 
de informações aleatórias e desconectadas da elaboração de um raciocínio lógico implica na penalização da nota, é 
interessante caprichar no projeto de texto e segui-lo rigidamente, evitando a inclusão de informações desnecessárias.
10
Pergunta-tema
Nas últimas provas, a FUVEST apresentou o tema da redação por meio das seguintes perguntas-tema: “As utopias: 
indispensáveis, inúteis ou nocivas (2016)”, “O homem já saiu de sua menoridade?” (2017), “Deve haver limites 
para a arte?” (2018). Como trata-se de um questionamento, é fundamental que o texto do aluno procure elaborar 
reflexões respondendo à indagação, ainda que para isso seja necessário tecer hipóteses e fazer ressalvas – isto é, 
expor a legitimidade de posicionamentos contrários. Só não vale “ficar em cima do muro”, nem levar a discussão 
para longe, abandonando a pergunta inicial.
Valorização da reflexão
De modo geral, o vestibular da FUVEST valoriza muito a capacidade de reflexão do aluno, já que poucas de 
suas propostas comtemplaram temas polêmicos ou aguardados nos grandes vestibulares – (a prova de 2018 foi 
uma exceção à regra). Além disso, não há um modelo padrão de apresentação da coletânea: ela pode ser com-
posta de excertos de gêneros diferentes – texto jornalístico, texto filosófico, texto literário, verbetes, entre outros ; 
pode ser feita com apenas um texto filosófico – como na proposta de 2017, cujo único fragmento era um texto de 
Immanuel Kant; ou pode ser projetada a partir de textos não-verbais – como na prova de 2013, na qual constava 
somente a imagem de um Shopping center e de uma publicidade de cartão de crédito.
Tendo em vista esse cenário, a solução mais adequada é treinar bastante a reflexão a partir dos textos e 
também caprichar na construção de um repertório pessoal, já que o candidato pode encontrar um tema sobre o 
qual nunca se debruçou, e, portanto, ainda não possui um posicionamento definido.
Apresentação direta da problemática
Não é recomendável, na FUVEST, que o candidato perca tempo apresentando ideias gerais sobre o assunto e, 
portanto, demore para iniciar a discussão da problemática apresentada e mostrar seu ponto de vista. Muito pelo 
contrário, as redações que já trazem na introdução um argumento a favor da posição do autor costumam ser bem 
avaliadas. Quanto mais cedo as contradições são expostas e o senso crítico aparece, mais linhas o candidato tem 
para argumentar a favor de seu ponto de vista.
Não exigência de proposta de intervenção 
A FUVEST não exige uma proposta de intervenção para as discussões apresentadas na prova de redação, até 
mesmo porque seus temas não se vinculam necessariamente a um problema cuja resolução esteja ao alcance de 
diferentes setores, como esperado no ENEM. Caso seja pertinente e esteja em consonância com a argumentação 
construída, em alguns temas específicos, o candidato pode sugerir intervenções em diferentes níveis.
11
Critérios
Desenvolvimento do tema e organização do texto dissertativo-argumentativo 
Verifica-se inicialmente se o texto configura-se como uma dissertação argumentativa e se atende ao tema propos-
to. Pressupõe-se, então, que o candidato demonstre habilidade de compreender a proposta de redação e, quando 
esta contiver uma coletânea, que se revele capaz de ler e de relacionar adequadamente as ideias e informações 
dos textos que a integram. No que diz respeito ao desenvolvimento do tema, verifica-se, além da pertinênciadas 
informações e da efetiva progressão temática, a capacidade crítico-argumentativa que a redação venha a revelar. A 
paráfrase de elementos que compõem a proposta de redação não é um recurso recomendável para o desenvolvi-
mento adequado do tema. Não se recomenda, também, que o texto produzido se configure como uma dissertação 
meramente expositiva, isto é, que se limite a expor dados ou informações relativos ao tema, sem que se explicite 
um ponto de vista devidamente sustentado por uma argumentação consistente. 
Coerência dos argumentos e articulação das partes do texto 
Avaliam-se, conjuntamente, a coerência dos argumentos e das opiniões e a coesão textual, ou seja, a correta articu-
lação das palavras, frases e parágrafos. A coerência reflete a capacidade do candidato de relacionar os argumentos 
e organizá-los de forma a deles extrair conclusões apropriadas e, também, sua habilidade para o planejamento e a 
construção significativa do texto. Devem-se evitar contradições entre frases ou parágrafos, falta de encadeamento das 
ideias, circularidade ou quebra da progressão argumentativa, uso de argumentação baseada apenas no senso comum 
e falta de conclusão ou conclusões que não decorram do que foi previamente exposto. Quanto à coesão, serão verifi-
cados, entre outros, o estabelecimento de relações semânticas entre partes do texto e o uso adequado de conectivos. 
Correção gramatical e adequação vocabular 
Avaliam-se o domínio da norma-padrão escrita da língua portuguesa e a clareza na expressão das ideias. Serão 
examinados aspectos gramaticais como ortografia, morfologia, sintaxe e pontuação, e o emprego adequado e 
expressivo do vocabulário. Espera-se que o candidato revele competência para expor com precisão e concisão 
os argumentos selecionados para a defesa do ponto de vista adotado, evitando o uso de clichês ou frases feitas. 
Avalia-se, também, a seleção adequada do vocabulário, tendo em vista as peculiaridades do tipo de texto exigido. 
EspEcificidadEs VUNEsp
A fundação VUNESP é a responsável por elaborar a prova de diferentes vestibulares de medicina. Entre as univer-
sidades públicas estão: UNESP, UNIFESP, FAMERP FAMEMA, SANTA CASA, UEA e UFTM. Na rede privada, a funda-
ção cuida dos ingressos nas instituições ANHEMBI MORUMBI, BARRETOS, UNICID, FAM, FAMECA, SÃO CAETANO, 
JUNDIAÍ, SÃO CAMILO, UNINOVE, UNIFAE, FACEF. Desse modo, é importante conhecer de perto como funciona a 
prova de redação, já que sua forma de aplicação e avaliação é – em geral – a mesma em todas essas universidades. 
As diferenças ficam por conta da pontuação atribuída à redação na nota final.
A redação da VUNESP, de acordo com o Manual do candidato UNESP 2018, exige “dissertação em prosa 
na norma-padrão da língua portuguesa, a partir da leitura de textos auxiliares, que servem como um referencial 
para ampliar os argumentos produzidos pelo próprio candidato. Ele deverá demonstrar domínio dos mecanismos 
de coesão e coerência textual, considerando a importância de apresentar um texto bem articulado.” Novamente, 
vemos a solicitação de um texto dissertativo-argumentativo que exige reflexão, repertório e boa articulação na 
escrita. Nesse sentido, é interessante conhecer, a partir de agora, quais são as particularidades que esse tipo de 
proposta requer.
12
Padrão de coletânea
Diferentemente da FUVEST, a VUNESP possui um modelo padronizado de apresentação da proposta. Ele consiste 
na seleção de 2 a 5 textos que servem de auxílio para a compreensão do tema e para a elaboração dos argumentos 
pelo candidato. Como a maior parte desses excertos é proveniente do meio jornalístico, entende-se que as propos-
tas da VUNESP dialogam com temas em constante debate na mídia, o que facilita a construção dos argumentos.
Análise de diferentes pontos de vista
Os excertos escolhidos pela VUNESP costumam apresentar pontos de vista divergentes sobre o assunto em ques-
tão. Essa escolha não é aleatória: ela induz o candidato a criar argumentos que sejam capazes de corroborar ou 
contestar os posicionamentos apresentados na coletânea, fazendo – sobretudo – o uso de ressalvas. Sendo assim, 
é importante observar se os argumentos escolhidos para sustentar a tese já não estão “invalidados” por um desses 
excertos da coletânea.
Pergunta-tema
Assim como a FUVEST, boa parte das propostas de redação são compostas por uma pergunta-tema que deve ser 
respondida ao longo da discussão. No entanto, isso não é uma regra: a proposta da SANTA CASA de 2018, por 
exemplo, exigia apenas a discussão acerca dos “Desafios do jornalismo na era da pós-verdade”.
O conceito de autoria
A VUNESP também valoriza a ideia de autoria e condena a utilização de formas pré-fabricadas. De acordo com o 
“Blog da Unesp”, ligado à fundação VUNESP, o melhor caminho é investir na capacidade de criar sozinho:
A pergunta que se impõe, nesse caso, é o que permite que o sistema de redações pré-fabricadas esteja 
dando certo? Muito simples a resposta: não está dando certo nos vestibulares que têm por princípio variar não 
apenas as propostas, mas as áreas de conhecimento ou de experiência donde são extraídos os temas. Nestes, não 
há como prever esquemas para as redações: os candidatos têm de criar um desenvolvimento de texto original.(...)
O melhor caminho é e sempre foi aprender a redigir adequadamente. Quem o segue, nunca vai precisar de 
se socorrer a artimanhas. E levará a capacidade de bem redigir por toda a sua vida. Pense bem nisso!
(http://blogunesp.vunesp.com.br/?p=1343. Acessado em 04.03.2018)
Não exigência de proposta de intervenção
ASSIM como a FUVEST, a UNESP não exige uma proposta de intervenção para as discussões apresentadas na prova 
de redação. Entretanto, a recomendação é a mesma: se pertinente e consoante com a argumentação construída, o 
candidato pode sugerir intervenções em alguns temas. 
13
Abordagem contemporânea
As propostas da VUNESP costumam trabalhar com temas de diferentes áreas do conhecimento – social, econômica, 
política, comportamental, entre outros. Entretanto, esses temas sempre se referem à discussões de caráter atual . 
Por isso, uma boa dica para é estar antenado aos assuntos que permeiam o debate contemporâneo no Brasil e no 
mundo, conhecendo – inclusive – as fontes de onde os excertos costumam ser extraídos. Na lista abaixo, foram 
apresentados algumas das fontes de diferentes coletâneas VUNESP para o vestibular de 2018. 
http://exame.abril.com.br, www.cartacapital.com.br, www.cartaeducacao.com.br, Folha de São Paulo (impresso)
https://noticias.uol.com.br, www2.camara.leg.br, www.em.com.br (Jornal do Estado de Minas), http://oglobo.globo.com.
Critérios
a. Tema: considera-se se o texto do candidato atende ao tema proposto. A fuga completa ao tema proposto 
é motivo sufi ciente para que a redação não seja corrigida em qualquer outro de seus aspectos, recebendo 
nota 0 (zero) total.
b. Estrutura (gênero/tipo de texto e coerência): consideram-se aqui, conjuntamente, os aspectos refe-
rentes ao gênero/tipo de texto proposto e à coerência das ideias. A fuga completa ao gênero/ tipo de texto 
é motivo sufi ciente para que a redação não seja corrigida em qualquer outro de seus aspectos, recebendo 
nota 0 (zero) total. Avalia-se aqui como o candidato sustenta sua tese em termos argumentativos e como 
essa argumentação está organizada, considerando-se a macroestrutura do texto dissertativo (introdução, 
desenvolvimento e conclusão). No gênero/tipo de texto, avalia-se também o tipo de interlocução construída: 
por se tratar de uma dissertação, deve-se prezar pela objetividade, sendo assim, o uso de primeira pessoa do 
singular e de segunda pessoa (singular e plural) poderá ser penalizado. Será considerada aspecto negativo 
a referência direta à situação imediata de produção textual (ex.: como afirma o autor do primeiro texto/da 
coletânea/dotexto I; como solicitado nesta prova/proposta de redação). Na coerência, será observada, além 
da pertinência dos argumentos mobilizados para a defesa do ponto de vista, a capacidade do candidato de 
encadear as ideias de forma lógica e coerente (progressão textual). Serão consideradas aspectos negativos 
a presença de contradições entre as ideias, a falta de partes da macroestrutura dissertativa, a falta de de-
senvolvimento das ideias, a falta de autonomia do texto, ou a presença de conclusões não decorrentes do 
que foi previamente exposto.
c. Expressão (coesão e modalidade): consideram-se nesse item os aspectos referentes à coesão textual e 
ao domínio da norma-padrão da língua portuguesa. Na coesão, avalia-se a utilização dos recursos coesivos 
da língua (anáforas, catáforas, substituições, conjunções etc.) de modo a tornar a relação entre frases e perí-
odos e entre os parágrafos do texto mais clara e precisa. Serão considerados aspectos negativos as quebras 
entre frases ou parágrafos e o emprego inadequado de recursos coesivos. Na modalidade, serão examinados 
os aspectos gramaticais como ortografi a, morfologia, sintaxe e pontuação, bem como a escolha lexical 
(precisão vocabular) e o grau de formalidade/ informalidade expressa em palavras e expressões. 
Extraído do manual do candidato UNESP 2018
proposTa dE discUssão: a qUEsTão iNdígENa No Brasil
Acervo
Quantos são:
Estima-se que existam hoje no mundo pelo menos 5 mil povos indígenas, somando mais de 370 milhões de pesso-
as (IWGIA, 2015). No Brasil, até meados dos anos 70, acreditava-se que o desaparecimento dos povos indígenas 
seria algo inevitável.
Nos anos 80, verificou-se uma tendência de reversão da curva demográfica e, desde então, a população 
indígena no país tem crescido de forma constante, indicando uma retomada demográfica por parte da maioria 
desses povos, embora povos específicos tenham diminuído demograficamente e alguns estejam até ameaçados 
de extinção. Na listagem de povos indígenas no Brasil elaborada pelo ISA , sete deles têm populações entre 5 e 
40 indivíduos.
Dos 253 povos listados 48 têm parte de sua população residindo em outro(s) país(es). Quando há informa-
ções demográficas a respeito, essas parcelas são contabilizadas e apresentadas separadamente, segundo a fonte 
da informação, e não contam na estimativa global para o Brasil.
Os mais de 240 povos indígenas somam, segundo o Censo IBGE 2010, 896.917 pessoas. Destes, 324.834 
vivem em cidades e 572.083 em áreas rurais, o que corresponde aproximadamente a 0,47% da população total 
do país.
Onde estão:
Os povos indígenas contemporâneos estão espalhados por todo o território brasileiro. Vários desses povos 
também habitam países vizinhos. No Brasil, a grande maioria das comunidades indígenas vive em terras coletivas, 
declaradas pelo governo federal para seu usufruto exclusivo. As chamadas Terras Indígenas (TIs) somam, hoje, 
704.
Nos estados da Amazônia Legal brasileira a população de pessoas indígenas, conforme o Censo IBGE 2010, 
é de 433.363 (somando os estados Acre, Amapá, Amazo-
nas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins e 
Maranhão - desconsiderando que apenas parte do Mara-
nhão é Amazônia Legal, uma vez que os dados divulgados 
do Censo não possibilitam esse recorte apurado).
O reconhecimento das Terras Indígenas por parte 
do Estado (processo de demarcação) é um capítulo ainda 
não encerrado da história brasileira. Muitas delas estão 
demarcadas e contam com registros em cartórios, outras 
estão em fase de reconhecimento; há, também, áreas in-
dígenas sem nenhuma regularização. Além disso, diversas 
TIs estão envolvidas em conflitos e polêmicas.
Via: https://pib.socioambiental.org/pt/c/0/1/2/populacao-indigena-no-brasil
Os mais de 240 povos indígenas 
somam, segundo o Censo IBGE 
2010, 896.917 pessoas. Destes, 
324.834 vivem em cidades e 
572.083 em áreas rurais, o que 
corresponde aproximadamente a 
0,47% da população total do país.
14
https://www.nexojornal.com.br/expresso/2017/04/29/O-que-%C3%A9-ser-ind% 
C3%ADgena-no-Brasil-hoje-segundo-3-jovens-e-2-antrop%C3%B3logos 
O que é ser indígena no Brasil hoje, segundo três jovens
“Ser indígena hoje no Brasil é não visualizar um 
futuro de curto prazo para termos um pouco 
mais de paz e ter a garantia dos nossos direitos 
em relação à concretização das terras demarca-
das. Ser indígena, hoje, é saber que cada manhã 
vai ser de luta, persistência e coragem”.
Giselda Pires de Lima da etnia Guarani, professora de 
Ensino Fundamental, 36 anos 
“Hoje, ser indígena, para nós jovens acadêmicos, 
é trazer diversos conhecimentos tradicionais do 
nosso povo, para que as sociedades não indíge-
nas tenham conhecimento das distintas realida-
de milenares que os povos que trazem consigo. 
A escrita não é a mesma coisa que a fala, então 
para nós é importante usar audiovisual, celular. 
Meu pai está lá em Atalaia do Norte, como vou 
me comunicar com ele? Como vou ter informações, se eu estou no mundo na sociedade não indígena? As pessoas 
que pensam que o índio tem que viver só no mato querem acabar com nossa cultura. A realidade se transforma. 
E o povo não indígena muitas vezes não percebe que também incorporou nosso modo de falar, nossos costumes, 
nossa forma de alimentação. A sociedade não indígena vivencia nosso jeito de ser todo dia” 
Nelly Duarte da etnia Marubo, doutoranda no Museu Nacional-UFRJ, 35 anos 
“O índio brasileiro hoje tem que ter orgulho de suas raízes e ter consciência do passado. Renovar seus co-
nhecimentos e acima de tudo saber lidar com o mundo atual. Muitos não índios ainda têm uma visão atrasada em 
relação ao indígena. Mas eles esquecem que também somos seres humanos, que estamos sempre em mutação e 
seguindo o ritmo da vida e do universo. Várias coisas nossas passam também para a sociedade não indígena. A 
terra não foi descoberta sem indígena” 
Ysani Kalapalo da etnia Awati e Kalapalo, ativista e empreendora social, 26 anos 
“Ser indígena hoje no Brasil é não visualizar 
um futuro de curto prazo para termos um 
pouco mais de paz e ter a garantia dos 
nossos direitos em relação à concretização 
das terras demarcadas. Ser indígena, hoje, 
é saber que cada manhã vai ser de luta, 
persistência e coragem”.
"As pessoas que pensam que o índio tem 
que viver só no mato querem acabar com 
nossa cultura. A realidade se transforma."
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Como os antropólogos veem a questão 
Os professores de Antropologia da USP Pedro Cesarino e Renato Sztutman responderam a duas ques-
tões sobre os problemas que cercam a definição de uma identidade indígena no Brasil atual. 
Por que o senso comum nega aos indígenas sua identidade quando eles incorporam hábitos e tecnolo-
gias não indígenas ao seu dia a dia? 
PEDRO CESARINO: O senso comum desconhece a noção de cultura, que é um processo contínuo de trans-
formação. Os povos indígenas sempre incorporaram hábitos e tecnologias seja uns dos outros, seja de socieda-
des vizinhas como os Incas, com os quais algumas etnias da 
Amazônia ocidental estabeleciam contato antes da invasão 
dos europeus. Toda cultura é por definição aculturada, isto 
é, resultado de um processo contínuo de apropriação de co-
nhecimentos e práticas alheios. O senso comum pode até 
se dar conta de que tal processo acontece com a sociedade 
brasileira, que é mais brasileira quanto mais incorpora há-
bitos orientais, europeus ou africanos. Mas não quando se 
trata das sociedades indígenas. A ótica colonialista corrente 
imagina que índios são espécimes de museus, que devem 
permanecer sempre congelados para, quem sabe, merece-
rem os seus direitos. Esquece-se assim de que os índios são 
pessoas reais, dotadas de tradições dinâmicas que, assim 
como outras tantas,são sempre traduções. 
RENATO SZTUTMAN: O "senso comum" - que expressa os valores da sociedade dita "moderna" - precisa 
manter os índios no passado. Sempre foi assim. Os índios são parte da pré-história do Brasil. Esse foi o jeito que 
o Ocidente encontrou para "amar" os índios. 'Os índios nos ensinam, entre outras tantas coisas, que é possível 
coexistir com os não índios sem abrir mão de modos de ser específicos' Veja-se o tão famoso indianismo na 
literatura brasileira. Índio "bom" é o índio suficientemente distante - no tempo, mas também no espaço. São 
índios "de verdade" os Tupinambá da época da Conquista, nos séculos 16 e 17, que chegam a nós pelos relatos 
de viagem e continuam a povoar nosso imaginário com seus lampejos de antropofagia. Ou então os Zo'é, tam-
bém falantes de uma língua tupi-guarani, do Cuminapanema, no Pará, que até certo tempo eram categorizados 
"isolados", o que provocou o interesse retumbante de um sem número de fotógrafos e videastas ávidos por 
imagens dos "últimos selvagens". Não são índios "de verdade", sob esta ótica, os Guarani (plenos falantes de 
outra língua tupi-guarani) espalhados por um vasto território que vai do Mato do Grosso do Sul passando por 
toda a costa Sul e Sudeste, uma vez que vivem na cercania de grandes cidades, comem comida de brancos, usam 
roupas, fazem uso de diferentes tipos de tecnologias. 'Ao se apropriarem de nossos hábitos e tecnologias estão 
criando algo novo, algo que não podemos muito bem dizer o que é ou o que será' As culturas se transformam, 
são inventivas. Mas a maneira como cada uma se transfor-
ma depende sempre de um estilo particular. A ideia de que 
é um destino desejável a ruptura radical ou a adesão a um 
sistema-mundo homogêneo não é algo abraçado por todas 
as sociedades. Os índios nos ensinam, entre outras tantas 
coisas, que é possível coexistir com os não índios sem abrir 
mão de modos de ser específicos, que no mais das vezes 
se chocam com a ética do neoliberalismo. O problema, cla-
ro, é ao mesmo tempo conceitual e político. Pois exigir que 
A ótica colonialista corrente 
imagina que índios são espécimes 
de museus, que devem permanecer 
sempre congelados para, quem 
sabe, merecerem os seus direitos. 
Esquece-se assim de que os índios 
são pessoas reais, dotadas de 
tradições dinâmicas que, assim 
como outras tantas, são sempre 
traduções.
Pois exigir que os índios tenham 
uma cultura imutável, que eles não 
possam se apropriar de elementos 
exógenos é mantê-los à distância, 
no tempo e no espaço, é como 
promover um apartheid.
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os índios tenham uma cultura imutável, que 
eles não possam se apropriar de elementos 
exógenos é mantê-los à distância, no tempo 
e no espaço, é como promover um apartheid. 
O problema passa a ser quando os índios 
deixam de constituir um imaginário para se 
tornarem nossos vizinhos. Os Tupinambá do 
passado, os "primeiros habitantes do Brasil" 
que foram banidos de suas terras, podem 
ter sua cultura admirada. Mas os Tupinambá 
que, na virada do milênio, reivindicam sua 
ascendência indígena, fazendo a retomada 
de suas terras no sul da Bahia ou no Pará, 
são vistos como impostores, como mestiços 
que se fingem de índios para apropriar-se de pequenas porções de terra, detidas sabe-se lá como por latifundiá-
rios. E aqueles que os defendem, mobilizando conceitos que escapam à imutabilidade, são vistos como igualmen-
te impostores. O direito de mudar torna-se, assim, o direito de mudar em uma única direção, a direção do sistema-
-mundo neoliberal, isto é, um jeito de mudar que só conduz ao mesmo. Mas os índios estão sempre mudando ao 
seu modo particular. Ao se apropriarem de nossos hábitos e tecnologias estão criando algo novo, algo que não 
podemos muito bem dizer o que é ou o que será. Isso nos incomoda, pois acreditamos que conhecemos o sentido 
da história e que exercemos o controle sobre ele. 
É possível definir os limites de onde começa e termina a 
identidade indígena no Brasil? 
PEDRO CESARINO: Essa definição não pode ser feita apenas da perspectiva do Estado. O Estado classifica e divide 
coletivos com critérios quantitativos e substantivos. Ele imagina que a identidade indígena tem um limite dado 
por sua noção engessada e equivocada de cultura. 'Não é bem a cor da pele ou o uso de um cocar que define o 
processo do parentesco, sempre dinâmico e flexível' Assim, quantifica-se como indígena aquele que vive segundo 
uma noção arbitrária de tradição e exclui-se outros que não seguem tais padrões. Ora, os pressupostos indígenas 
são qualitativos: a identidade se dá de acordo com o parentesco, com um modo de vida que envolve um vínculo 
com a terra, com a alimentação e a manutenção de relações sociais. Não é bem a cor da pele ou o uso de um cocar 
que define o processo do parentesco, sempre dinâmico e flexível. Como quantificar essa dinâmica em um censo? 
A definição sobre a identidade, então, só poderia ser feita através de um amplo debate, no qual os pressupostos 
dos índios ocupariam o lugar central. 
RENATO SZTUTMAN: Definir "limites" é pressupor que temos o direito de dizer quem é e quem não é índio no 
Brasil. Índio é, antes de tudo, quem se reconhece como tal. Mas isso não é simples! Antropólogos como Manuela 
Carneiro da Cunha e Eduardo Viveiros de Castro têm reflexões brilhantes sobre esse problema. 'Nomear-se índio 
é um ato de resistência. Como o é nomear-se negro, gay, trans' Não vou aqui acompanhar seus argumentos, mas 
apenas improvisar a partir deles. Índios são aqueles que se reconhecem como tais, e não aqueles que são reco-
nhecidos por nós. E esse reconhecimento se dá por múltiplos fatores, por exemplo, a relação com um determinado 
território ou ambiente, o que passa necessariamente por relações de parentesco e vizinhança, por histórias que 
circulam entre diferentes gerações. Como diz Viveiros de Castro em uma entrevista de 2006, "índio é quem se 
garante". Isto é, aquele que para se reconhecer como tal tem o aporte de uma comunidade. Não se trata de uma 
questão individual, de foro íntimo. E essa comunidade tem de bancar um estilo de vida que escapa, digamos, à 
gramática de uma sociedade estatal neoliberal. Isso posto, há modalidades e modulações do "ser índio". Aliás, 
Os Tupinambá do passado, os "primeiros 
habitantes do Brasil" que foram banidos de 
suas terras, podem ter sua cultura admirada. 
Mas os Tupinambá que, na virada do milênio, 
reivindicam sua ascendência indígena, fazendo 
a retomada de suas terras no sul da Bahia 
ou no Pará, são vistos como impostores, 
como mestiços que se fingem de índios para 
apropriar-se de pequenas porções de terra, 
detidas sabe-se lá como por latifundiários.
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"índio" é uma categoria que fomos nós que impuse-
mos a eles. Se hoje pode-se falar de um "movimen-
to indígena", de uma "causa indígena" é porque foi 
construída historicamente uma conexão entre esses 
diferentes povos, que passaram a reconhecer formas 
de vida comuns, para além das disparidades e dos 
conflitos. Nessa mesma entrevista, Viveiros de Castro 
diz que "no Brasil, todo mundo é índio, exceto quem 
não é". Ele dá um passo adiante para mostrar que, no 
Brasil, existe um "substrato" indígena que por muito 
tempo foi obrigado a permanecer oculto, por conta 
de perseguições e preconceitos. 'Para esses lobistas, 
é preciso restringir o critério da indianidade, é preciso 
enfraquecer as garantias angariadas por essas pessoas' 
Mais recentemente, povos expropriados de suas terras 
e referidos como caboclos ou bugres passaram a reivin-
dicar para si uma identidade indígena, de modo a lutar 
por direitos e reparações. Eles são muitas vezes retrata-
dos por ruralistas e por boa parte da mídia como impos-
tores. Mas eles não o são! O que eles fazem é chamar 
de "indianidade" uma vida quesempre foi vivida e que, 
por sua diferença, foi radicalmente ameaçada, tendo de 
esconder-se. Nomear-se índio é um ato de resistência. 
Como o é nomear-se negro, gay, trans. Mas isso não quer dizer que qualquer um possa fazê-lo a qualquer mo-
mento, pois é preciso uma garantia e uma ocasião, é preciso uma rede de relações humanas (mas também não 
humanas, poderíamos dizer), é preciso de histórias e conhecimentos sobre a terra e os seres que nela habitam. 
Em vez de identidade, poderíamos falar de um fundo indígena que pode vir à tona das mais diferentes maneiras. 
Em vez de traçar limites, ato burocrático-estatal, cabe a nós cartografar formas de vida, modos de garantir-se de 
forma a produzir políticas públicas mais justas. Essa discussão é extremamente importante, sobretudo num mo-
mento político como o que vivemos no Brasil, no qual montou-se um lobby gigante visando barrar demarcações 
e cassar direitos, sob argumentos espúrios, como aquele que diz que é preciso estipular "limites" para a indiani-
dade. Índios tidos como "misturados" ou "aculturados" devem ser logo integrados, assimilados, não precisam de 
direitos. E não raro, quando insistem em reconhecer-se como índios, tornam-se vítimas de genocídios rapidamente 
silenciados... Para esses lobistas, é preciso restringir o critério da indianidade, é preciso enfraquecer as garantias 
angariadas por essas pessoas.
Link para matéria: https://www.nexojornal.com.br/expresso/ 
2017/04/29/O-que-%C3%A9-ser-ind%C3%ADgena-no-Brasil-hoje-segundo-3-jovens-e-2-antrop%C3%B3logos
Disponível em: https://tirasarmandinho.tumblr.com/post/113901867744/que-os-povos-ind%C3%ADgenas-e-as-comunidades
Eles são muitas vezes retratados por 
ruralistas e por boa parte da mídia como 
impostores. Mas eles não o são! O que 
eles fazem é chamar de "indianidade" 
uma vida que sempre foi vivida e que, 
por sua diferença, foi radicalmente 
ameaçada, tendo de esconder-se. 
Nomear-se índio é um ato de resistência. 
Como o é nomear-se negro, gay, trans.
E, não raro, quando insistem em 
reconhecer-se como índios, tornam-
se vítimas de genocídios rapidamente 
silenciados... Para esses lobistas, 
é preciso restringir o critério da 
indianidade, é preciso enfraquecer as 
garantias angariadas por essas pessoas.
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Mandando bem no ENEM
Programa nacional de direitos humanos
Objetivo estratégico: Redução da violência motivada por diferenças de gênero, raça ou etnia, idade, 
orientação sexual e situação de vulnerabilidade.
Ações programáticas:
a) Fortalecer unidade especializada em conflitos indígenas na Polícia Federal e garantir sua atuação conjunta 
com a Funai, em especial nos processos conflituosos de demarcação.
Responsável: Ministério da Justiça
Parceiro: Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República
Recomenda-se aos estados e ao Distrito Federal que as ocorrências policiais, envolvendo indígenas, sejam 
registradas com acompanhamento de representantes da Funai, quando solicitado pela parte.
b) Fomentar cursos de qualificação e capacitação sobre aspectos da cultura tradicional dos povos indígenas e 
sobre legislação indigenista para todas as corporações policiais, principalmente para as polícias militares e 
civis especialmente nos estados e municípios em que as aldeias indígenas estejam localizadas nas proximi-
dades dos centros urbanos.
Responsáveis: Ministério da Justiça; Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República
Parceiros: Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome; Fundação Nacional do Índio (Funai)
c) Fortalecer mecanismos para combater a violência contra a população indígena, em especial para as mulhe-
res indígenas vítimas de casos de violência psicológica, sexual e de assédio moral.
Responsáveis: Ministério da Justiça; Ministério da Saúde; Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres 
da Presidência da República
Parceiro: Fundação Nacional do Índio (Funai)
Recomendação: Recomenda-se aos estados e ao Distrito Federal o desenvolvimento de programas para 
orientação jurídica, de saúde mental e assistência social à população indígena, em parceria com o Poder 
Executivo Federal.
Decreto 7037- www.planalto.com.br
Propostas de ações governamentais
Políticas públicas para proteção e promoção dos direitos humanos no Brasil: Sociedades Indígenas:
Curto prazo:
1. Formular e implementar políticas de proteção e promoção dos direitos das sociedades indígenas, em 
substituição a políticas assimilacionistas e assistencialistas.
2. Apoiar a revisão do Estatuto do Índio (Lei 6.001/73), no sentido apontado pelo projeto de lei do 
Estatuto das Sociedades Indígenas, já aprovado na Câmara dos Deputados.
3. Assegurar a participação das sociedades indígenas e de suas organizações na formulação e imple-
mentação de políticas de proteção e promoção de seus direitos.
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4. Assegurar o direito das sociedades indígenas às terras que eles tradicionalmente ocupam.
5. Demarcar e regularizar as terras tradicionalmente ocupadas por sociedades indígenas que ainda não 
foram demarcadas e regularizadas.
6. No contexto do processo de demarcação das terras indígenas, apoiar ações que contribuam para o 
aumento do grau de confiança e de estabilidade das relações entre as organizações governamentais 
e não governamentais, através de seminários, oficinas e projetos que contribuam para diminuir a 
desinformação, o medo e outros fatores que contribuam para o acirramento dos conflitos e para 
violência contra os índios.
7. Dotar a FUNAI de recursos suficientes para a realização de sua missão de defesa dos direitos das 
sociedades indígenas, particularmente no processo de demarcação das terras indígenas.
8. garantir às sociedades indígenas assistência na área da saúde, com a implementação de programas 
de saúde diferenciados, considerando as especificidades dessas populações.
9. assegurar à sociedades indígenas uma educação escolar diferenciada, respeitando o seu universo 
sócio-cultural.
10. promover a divulgação de informação sobre os indígenas e os seus direitos, principalmente nos 
meios de comunicação e nas escolas, como forma de eliminar a desinformação (uma das causas da 
discriminação e da violência contra os indígenas e suas culturas).
Médio prazo:
11. Implantar sistema de vigilância permanente em terras indígenas, com unidades móveis de fiscaliza-
ção, com capacitação de servidores e membros da própria comunidade indígena.
12. Levantar informações sobre conflitos fundiários e violência em terras indígenas, a ser integrado ao 
mapa dos conflitos fundiários e violência rural no Brasil.
Longo prazo:
13. Reorganizar a FUNAI para compatibilizar a sua organização com a função de defender os direitos 
das sociedades indígenas.
14. Apoiar junto às comunidades indígenas o desenvolvimento de projetos auto-sustentáveis do ponto 
de vista econômico, ambiental e cultural.
Decreto 1904 - www.camara.leg.br
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Pensador Jean-Jacques Rousseau
O primeiro que, tendo cercado um terreno, se lembrou de 
dizer: Isto é meu, e encontrou pessoas bastantes simples 
para o acreditar, foi o verdadeiro fundador da sociedade 
civil. Quantos crimes, guerras, assassínios, misérias e hor-
rores não teria poupado ao gênero humano aquele que, 
arrancando as estacas ou tapando os buracos, tivesse gri-
tado aos seus semelhantes: "Livrai-vos de escutar esse 
impostor; estareis perdidos se esquecerdes que os frutos 
são de todos, e a terra de ninguém!" Parece, porém, que 
as coisas já tinha chegado ao ponto de não mais poder 
ficar como estavam: porque essa ideia de propriedade, 
dependendo muito de ideias anteriores que só puderam 
nascer sucessivamente, não se formou de repente no es-
pírito humano: foi preciso fazer muitos progressos, adqui-
rir muita indústria e luzes, transmiti-las e aumentá-lasde 
idade em idade, antes de chegar a esse último termo do 
estado de natureza.
(ROUSSEAU, Jean-Jacques. Discurso sobre a origem e os fundamentos 
da desigualdade entre os homens. Porto Alegre : L&PM, 2012. p. 31).
Com o intuito de responder a uma pergunta posta pela Academia de Dijon, a saber: qual a ori-
gem e os fundamentos da desigualdade entre os homens, Rousseau apresenta o discurso acima. 
Nele, o pensador contrapõe um estado de natureza em que o homem vivia em plena liberdade, 
e o estado civil em que o homem aliena sua liberdade em nome da propriedade particular. A 
sociedade, nesta perspectiva, aparece como corruptora, sendo a “cerca”, que separa e exclui a 
principal causa da ruptura de um estado a outro. Recuperar os valores perdidos dependeria de 
um processo educativo a partir do qual fosse possível afirmar a vontade geral, a terra como um 
bem de todos. 
A disputa por terras ainda é causa de muita violência, e, no Brasil, ela tem dizimado cul-
turas inteiras. Grupos indígenas lutam pelo direito ao território, como forma de garantir o espaço 
de preservação da memória e da tradição ameaçadas. 
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Declaração
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INTERATIVIAA DADE
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Demarcação Já!
Índios no Brasil
Fonte: Youtube
Fonte: TVescola
Fundação Nacional do Índio (FUNAI)
www.funai.gov.br/
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Declaração
ASSISTIR
INTERATIVIAA DADE
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Sites
ACESSAR
Vídeo
23
ONU
Declaração das Nações Unidas
sobre os Direitos dos 
Povos Indígenas
Blog UNESP e VUNESP
24
proposTa HExag
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, 
redija um texto dissertativo-argumentativo em modalidade formal da língua portuguesa sobre o tema “A luta da 
população indígena no Brasil: a necessidade de respeitar direitos e preservar a cultura", apresentan-
do proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e 
coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista. 
Texto I
Texto II
Michel Temer assinou um parecer da Advocacia Geral da União (AGU) que pode acabar bloqueando novas demar-
cações de terras indígenas no país, ao estabelecer que só poderão ser demarcadas áreas ocupadas pelos índios até 
a data da promulgação da Constituição Federal de 1988. O documento implementa ainda outras regras, entre elas 
a de que áreas já demarcadas não poderão ser ampliadas. Para as entidades indigenistas, a regra deve aumentar 
os conflitos no campo, que nos últimos anos têm se agravado por conta da disputa da titularidade das terras. Em 
maio, por exemplo, indígenas da etnia Gamela foram atacados por agricultores em uma ação de retomada — 
expressão usada pelos indígenas para recuperar áreas que eles afirmam ter pertencido a seus ancestrais. "Além 
de legitimar as violências e violações ocorridas até aqui, essa norma intensifica a violência contra os povos. Os 
violadores teriam uma carta branca para aprofundar o que já vêm fazendo, quando expulsam ou impedem que os 
povos indígenas tenham seu direito originário efetivado", afirmou Gilberto Vieira dos Santos, secretário adjunto do 
Conselho Indigenista Missionário (CIMI).
Disponível em: https://brasil.elpais.com/brasil/2017/07/21/politica/1500589783_221019.html?rel=mas
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Texto III
A demarcação de terras indígenas contribui para a política de ordenamento fundiário do Governo Federal e dos 
Entes Federados, seja em razão da redução de conflitos pela terra, seja em razão de que os Estados e Municípios 
passam a ter melhores condições de cumprir com suas atribuições constitucionais de atendimento digno a seus ci-
dadãos, com atenção para às especificidades dos povos indígenas. Isso se dá a partir de políticas específicas, incen-
tivos fiscais e repasse de recursos federais exclusivamente destinados às terras indígenas e às políticas indigenistas 
desenvolvidas dentro e fora das terras indígenas (como, por exemplo: ICMS ecológico, repasses relacionados à ges-
tão territorial e ambiental de terras indígenas, repasses relacionados à educação escolar indígena, recursos relacio-
nados às políticas habitacionais voltadas às terras indígenas, recursos destinados a ações de etnodesenvolvimento, 
fomento à produção indígena e assistência técnica agrícola em terras indígenas etc.). Beneficiam-se, ademais, a 
sociedade nacional e mundial com a demarcação das terras indígenas, visto que tal medida protetiva consolida e 
contribui para a proteção do meio ambiente e da biodiversidade, bem como para o controle climático global, visto 
que as terras indígenas representam as áreas mais protegidas ambientalmente (segundo dados PPCDAM - Plano 
de Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia, 2004-2012), localizadas em todos os biomas brasileiros.
Disponível em: http://www.funai.gov.br/index.php/2014-02-07-13-25-20
Texto IV
Proposta 2
Projeto de texto modelo Enem
Aula 7
Estratégias argumentativas II:
argumento de autoridade / 
referência / alusão histórica / 
comparação / definição
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Estratégias argumEntativas ii: argumEnto dE autoridadE / 
rEfErência / alusão histórica / comparação / dEfinição
Dando continuidade a algo que foi iniciado no livro anterior, iremos conhecer nesse capítulo mais alguns modos 
de se constituir estratégias argumentativas para a composição dos parágrafos centrais de uma redação. Não custa 
lembrar que, aqui, ainda estamos conduzindo a construção de parágrafos argumentativos a partir da estratégia de 
criação de um tópico frasal. E como também foi dito na aula anterior, o tópico frasal não é o único modelo de 
introdução de parágrafos existente, mas ainda assim é um modelo cujos recursos precisam ser pra-
ticados para que, em momento posterior, o estudante possa fazer uso de técnicas mais elaboradas. 
1. Argumento de autoridade
Em uma redação, o argumento de autoridade é um recurso de composição que consiste em sustentar a opinião a 
respeito de um assunto evidenciando também conhecimentos expressos por alguém que possui domínio técnico 
sobre o tema apresentado (algum especialista em determinada área). É um tipo de estratégia argumentativa cujo 
uso deve ser feito com cuidado, pois é necessário que sempre verifiquemos a origem das fontes de informação que 
será usadas, e seu nível de parcialidade. 
Em geral, recomenda-se que o argumento de autoridade seja retirado de textos presentes na própria cole-
tânea que acompanha a proposta de redação. Quando isso não for possível (pensando, por exemplo, em alguns 
temas da FUVEST, que fornecem ao candidato somente uma imagem como elemento motivador da redação) é 
necessário que tenhamos o bom senso (e a consciência) de entender que uma opinião apresentada aleatoriamente 
em uma rede social, por exemplo, não possui a mesma força argumentativa que a opinião constituída por um espe-
cialista (opinião essa, muitas vezes fundamentada a partir de longas pesquisas bibliográficas e exaustivos trabalhos 
de campo). Vejamos um exemplo:
De outra parte, o sociólogo Zygmunt Bauman defende, na obra “Modernidade Líquida”, que o 
individualismo é uma das principais características – e o maior conflito – da pós-modernidade, e, 
consequentemente, parcela da população tende a ser incapaz de tolerar diferenças. Esse problema 
assume contornos específicos no Brasil, onde, apesar do multiculturalismo, há quem exija do outro a mesma pos-
tura religiosa e seja intolerante àqueles que dela divergem. Nesse sentido, um caminho possível para combater a 
rejeição à diversidade de crença é descontruir o principal problema da pós-modernidade, segundo Zygmunt Bau-
man: o individualismo.
(Trecho retirado da redação de Vinícius Oliveira de Lima – Redação nota mil – ENEM 2016)
É possível notar que o candidatovincula a ideia de intolerância religiosa à dinâmica do individualismo, 
muito presente na sociedade contemporânea. Para ratificar sua exposição, ele busca um filósofo de referência 
(Zygmunt Bauman) que realizou amplos estudos sobre o assunto.
2. Referência
A argumentação por referência tem como característica a movimentação de repertório de cultural, em campo 
simbólico. Em termos mais práticos, é quando nos valemos de referências ou citações que encontramos em obras 
literárias, cinematográficas, teatrais, entre outras (obras que se ligam a um campo mais ficcional, embora essa 
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fronteira possa ser problematizada pelo fato de existirem obras literárias enquadradas no gênero diário). Trata-se 
de um recurso que deve ser usado com parcimônia, vinculando adequadamente um dado que encontramos, por 
exemplo, em um texto literário, a um fato de nossa realidade material. Quando bem usado, o recurso da referência 
evidencia a capacidade que o candidato possui de relacionar um elemento artístico a sua experiência de mundo. 
Vejamos o exemplo:
Marinetti quando redigiu o Manifesto Futurista exaltando as inovações da modernidade, 
como o carro, não podia imaginar que o seu objeto de admiração aliado ao álcool poderia acarretar 
sérios acidentes. Paralelamente às ideias do Manifesto Antropofágico de Oswald de Andrade de 
absorver o que é vantajoso da cultura estrangeira e adaptar à cultura nacional, o Governo Federal 
implementou a Lei Seca com o objetivo de reduzir a quantidade de acidentes envolvendo motoristas que ingeriram 
álcool diminuiu consideravelmente e isso se deve ao rigor da fiscalização, principalmente em saídas de bares e 
boates, aliado à punições , como multa e prisão.
(Trecho retirado da redação de Aline Abbud – Redação nota mil – ENEM 2013)
O candidato aqui articulou muito bem os conhecimentos literários que possuía a respeito das vanguardas 
europeias e o conceito de Antropofagia elaborado por Oswald de Andrade para problematizar questões relaciona-
das à proibição do consumo de álcool no trânsito.
3. Alusão histórica
O recurso da alusão histórica consiste, como o próprio nome indica, em fornecer algum dado/registro histórico que 
auxilie na composição de um argumento. A informação incorporada ao texto deve contribuir para a criação de uma 
linha lógica (e cronológica) entre o fato pregresso apresentado e o contemporâneo que se deseja discutir. Trata-se 
de uma estratégia que pode valorizar o texto do candidato, desde que se observem alguns fatores:
Cuidado com “saltos” históricos muito amplos: ao fazer uma alusão histórica, deve-se tomar cui-
dado em não vincular o tema que se discute a um fato histórico muito distante, sem que se estabeleçam adequa-
damente as informações que permitiriam ao leitor estabelecer uma linha coerente entre os eventos. Não se trata 
aqui de dizer que é “impossível” estabelecer ligações entre um evento ocorrido, por exemplo, na Idade Média e 
algo de nossa vivência mais atual; mas nesse caso faz-se necessário explicitar maior número de fatos que deixem 
mais clara a conexão.
Cuidado com a apresentação de fatos históricos esvaziados de sentido: evite fazer referências 
históricas evasivas, em que não são explicitados os dados que farão conexão com o momento presente. Citações 
como “Desde a era paleolítica”, “Desde os tempos mais remotos” ou “Desde os primórdios”, além de abarcarem 
períodos históricos muito extensos (ou não definidos), não permitem ao leitor encontrar referências claras para as 
conexões com o momento presente. 
A partir da mecanização da produção, o estímulo ao consumo tornou-se um fator primordial 
para a manutenção do sistema capitalista. De acordo com Karl Marx, filósofo alemão do século 
XIX, para que esse incentivo ocorresse, criou-se o fetiche sobre a mercadoria: constrói-se a ilusão 
de que a felicidade seria alcançada a partir da compra do produto. Assim, as crianças tornaram-se um 
grande foco das empresas por não possuírem elevado grau de esclarecimento e por serem facilmente persuadidas 
a realizarem determinada ação.
(Trecho retirado da redação de Júlia Neves Silva Dutra - Redação nota mil - ENEM 2014)
31
4. Comparação
O recurso da comparação é bem simples, e consiste em estabelecer semelhanças e diferenças entre fatos / elemen-
tos e, a partir disso, chegar a uma conclusão. A comparação é marcada por um processo de intencionalidade, em 
que se deseja evidenciar pontos comuns ou distorções, a fim de embasar um argumento. Vejamos um exemplo:
Fica clara, portanto, a necessidade de uma ampliação da legislação atual a fim de limitar, como já acon-
tece em países como Canadá e Noruega, a propaganda para esse público, visando à proibição de técnicas 
abusivas e inadequadas.
(Trecho retirado da redação de João Pedro Maciel Schlaepfer - Redação nota mil - ENEM 2014)
5. Definição
A ideia de definição consiste em explicar um conceito a respeito de um assunto sem que essa explicação envolva 
necessariamente uma ideia que foi desenvolvida por um especialista em alguma área (o que seria caracterizado 
como argumento de autoridade). Está mais próximo de uma definição geral, mais ampla, a respeito de um tema. 
Por exemplo, quando nos propomos a explicar o que é democracia ou política em algum parágrafo para que con-
sigamos justificar os argumentos que será apresentados. Vejamos um exemplo:
Se o conceito censitário de publicidade entende o uso de recursos estilísticos da linguagem, a 
exemplo da metáfora e das frases de efeito, como atrativo na vendagem de produtos, a manipulação 
de instrumentos a serviço da propaganda infantil produz efeitos que dão margem mais visível ao consumo desne-
cessário. Com base nisso, estabelecem-se propostas de debate social acerca do limite de conteúdos designados a 
comerciais televisivos que se dirigem a tal público.
(Trecho retirado da redação de José Querino de Macêdo Neto – Redação nota mil – ENEM 2014)
O candidato apresenta a definição mais tradicional de publicidade para poder mobilizar o seu argumento a respeito 
da manipulação da propaganda infantil. É importante reparar que não se trata de um argumento de autoridade, 
pois o conceito apresentado é mais próximo das definições que encontraríamos, por exemplo, em um dicionário.
ExErcícios
 1. Leia os parágrafos de argumentação apresentados a seguir (todos retirados de redações com nota 
máxima de avaliação) identificando cada uma das estratégias argumentativas aprendidas na aula 
de hoje (vincule o número dado ao parágrafo ao número da respectiva estratégia).
PARÁGRAFO 01
Vejamos o Estado, isto é, o conjunto das instituições que exercem poder político legitimado. A po-
pulação só se relaciona com ele através de imagens. Não podemos saber muito mais do que é apre-
sentado na TV e a sua própria existência para nós não passa muito de bandeiras, obras e figuras 
políticas. Não existe participação no Estado, fazendo com que não haja uma realidade substituída 
por imagens, mas puramente imagens. Dessa forma, a política passa a ser (conjuntamente com a 
história) um espetáculo.
(Parágrafo de argumentação de redação da FUVEST – sem nome do candidato)
32
PARÁGRAFO 02
Quem sabe utilizar com maestria tal aspecto do cinema foi o diretor sueco Ingmar Bergman. No 
filme “Persona” a trajetória de uma atriz que se torna muda cruza-se com a de uma enfermeira 
disposta a ajudá-la. No decorrer do filme, o envolvimento – afetivo, psicológico – entre elas é tão 
intenso que não se consegue mais distinguir as suas imagens, quem é a enfermeira e quem é a 
atriz. Ao final, ambas são retratadas como diferentes “personas” de uma mesma pessoa. No drama 
de Bergman, tem-se uma outra maneira de constituir a imagem de um indivíduo, por meio da 
construção da “persona”.
(Parágrafo de argumentação de redação da FUVEST – sem nome do candidato)
PARÁGRAFO 03De acordo com o Mapa da Violência de 2012, entre 1980 e 2010 houve um aumento de 230% na 
quantidade de mulheres vítimas de assassinato no país; além disso, 7 de cada 10 mulheres que 
telefonaram para o Ligue 180 afirmaram ter sido violentadas pelos companheiros. Em países como 
o Afeganistão, a mulher que trai o marido é enterrada até que somente a cabeça fique à mostra e, 
então, é apedrejada; apesar de reagirmos com horror perante tal atrocidade, um país que triplica 
a quantidade de mulheres mortas em 30 anos deve ser tratado com igual despeito quando se trata 
do assunto. Apesar de acharmos que a mentalidade do povo melhora com o passar do tempo, a 
mentalidade brasileira mostra crescente atraso quanto à igualdade de direitos entre os gêneros, e 
tal mentalidade leva a fatalidades que deveriam ser raras em pleno século XXI.
(Parágrafo de argumentação de Alícia Cristine Salomé Rozza - redação ENEM nota 1000 – 2015)
PARÁGRAFO 04
Além disso, a maioria das escolas brasileiras não incluem os surdos, assim como os demais porta-
dores de necessidades especiais, em seus programas, estimulando a diferença e o preconceito. Por 
mais que a legislação brasileira garanta o ensino inclusivo, a maioria das escolas brasileiras não 
possuem estrutura para atender aos deficientes auditivos, principalmente por conta da falta de 
profissionais qualificados. A pouca inclusão dos jovens deficientes e não-deficientes valoriza a di-
ferença entre eles, gerando discriminação e uma sociedade dividida. O renomado geógrafo Milton 
Santos dizia que uma sociedade alienada é aquela que enxerga o que separa, mas não o que une 
seus membros, algo que se evidencia na exclusão de surdos em todos os níveis de ensino.
(Parágrafo de argumentação de Maria Clara Delmas Campos - redação ENEM nota 1000 – 2017)
PARÁGRAFO 05
Há quem duvide da capacidade de convencimento dos meios de comunicação. No entanto, tais 
artifícios já foram responsáveis por mudar o curso da História. A imprensa, no século XVIII, dis-
seminou as ideias iluministas e foi uma das causas da queda do absolutismo. Mas não é preciso ir 
tão longe: no Brasil redemocratizado, as propagandas políticas e os debates eleitorais são capazes 
de definir o resultado de eleições. É impossível negar o impacto provocado por um anúncio ou uma 
retórica bem estruturada.
(Parágrafo de argumentação de Carlos Eduardo Lopes Marciano - redação ENEM nota 1000 – 2014)
PARÁGRAFO 01 ARGUMENTO DE AUTORIDADE ( )
PARÁGRAFO 02 REFERÊNCIA ( )
PARÁGRAFO 03 ALUSÃO HISTÓRICA ( )
PARÁGRAFO 04 COMPARAÇÃO ( )
PARÁGRAFO 05 DEFINIÇÃO ( )
proposta dE discussão: a contribuição da história 
para a formação do prEsEntE
Acervo
Texto I
Curiosidades sobre a estátua do bandeirante Borba Gato, em Santo Amaro
Inaugurada em 27 de janeiro de 1963, a estátua do bandeirante Borba Gato compõe o visual da Avenida Santo 
Amaro há meio século. A obra tem 12,5 metros de altura – o mesmo que um prédio de três andares – e pesa 
30 toneladas. Foi elaborada por Júlio Guerra, artista paulistano nascido que nasceu no bairro de Santo Amaro 
quando este ainda era considerado um município independente, em 1912. Só em 1935 a região passaria a ser 
um bairro da metrópole de São Paulo. Foram seis anos de trabalho até que a icônica estátua fosse inaugurada, 
como parte das celebrações dos 400 anos de Santo Amaro. Júlio usou concreto para fazer a estrutura bruta, que 
é apoiada sobre dois trilhos de bonde. No revestimento, há mosaicos de basalto e mármore.
Genro de Fernão Dias, Manuel de Borba Gato fez parte de sua bandeira entre 1674 e 1681. 
Depois de ter sido acusado de um assassinato, ele fugiu para a região do rio Doce, em Sabará (MG). Ali 
descobriu ouro em Sabarabuçu e no rio das Velhas. Participou da Guerra dos Emboabas.
(http://spcuriosos.uol.com.br/estatua-do-borba-gato-completa-50-anos/)
34
Texto II
 
Comentários:
Novembro 10, 2015 – Pena o descaso de manutenção que sofre esta estátua! País sem memória!!!
Janeiro 14, 2017 – Monumento em homenagem aos homens que fizeram o Brasil ser grande.
Março 30, 2015 – Chama atenção, mas deveria ser mais conservado.
Novembro 25, 2011 – Mt legal. Principalmente no trânsito.
28, 2012 – A estatua precisa de manutencao. Hellooo prefeitura
Setembro 2, 2011 – Esta estátua deveria ser o Marco Zero da cidade!
https://pt.foursquare.com/v/est%C3%A1tua-de-borba-gato/4d819724baf9a35d1bef9921
Texto III
Barcelona retira estátua de empresário que traficava escravos no século 19
Ação encerrou um pedido histórico de organizações e movimentos civis
A cidade de Barcelona retirou da praça Antonio López estátua homônima, que homenageava o empresário que 
comercializava e traficava escravos no século 19. O monumento ao marquês de Comillas (nome de cidade e vila 
no norte da Espanha) foi retirado por um guindaste da prefeitura.
A ação do Conselho Municipal de Barcelona encerrou um pedido histórico de organizações e movimentos 
civis que pediam a retirada da estátua do empresário que fez fortuna com o tráfico negreiro.
“A remoção da estátua é uma reivindicação de muitas entidades e é uma maneira de reconhecer muitos 
grupos nesta cidade lutando contra o racismo e a xenofobia”, disse o primeiro vice-prefeito, Gerardo Pisarello. 
“Uma cidade moderna e europeia que quer ser reconhecida como uma cidade de refúgio não pode honrar uma 
pessoa com as características de Antonio López”.
Texto IV
A perda daquele distanciamento crítico em relação ao presente é também a perda de qualquer relação significa-
tiva com o passado. Uma sensibilidade estritamente voltada para o presente, construída a partir de uma posição 
que tem a funcionalidade institucional e cultural como único critério, opera, por isso mesmo, um corte com o 
passado, que não tem mais lugar ali como produtor de significações. Aquela sensibilidade, impedida, pela sua 
posição, de perceber as implicações possíveis de uma experiência do passado no presente, não pode estabelecer, 
de modo crítico, os aspectos de continuidade e os de ruptura entre aquele passado e o presente. A invisibilidade 
35
de qualquer herança, seja nos seus aspectos criadores ou destrutivos, construída pelo corte com o passado, im-
pede qualquer confrontação com ela, e a possibilidade de estabelecer semelhanças e diferenças entre os tempos 
históricos que permitissem pensar criticamente o passado e o próprio presente. 
Se uma sensibilidade estritamente voltada para o presente não pode perceber o que de "chocante" e 
"inaudito" constituiu aquele passado, é porque não pode também se colocar nesta posição diante do presente.
Irene de Arruda Ribeiro Cardoso. Para uma crítica do presente. São Paulo, Editora 34, 2001.
Texto V
Texto VI 
Vai passar (Chico Buarque)
Vai passar
Nessa avenida um samba popular
Cada paralelepípedo
Da velha cidade
Essa noite vai
Se arrepiar
Ao lembrar
Que aqui passaram sambas imortais
Que aqui sangraram pelos nossos pés
Que aqui sambaram nossos ancestrais
Num tempo
Página infeliz da nossa história
Passagem desbotada na memória
Das nossas novas gerações
Dormia
A nossa pátria mãe tão distraída
Sem perceber que era subtraída
Em tenebrosas transações
Seus filhos
Erravam cegos pelo continente
Levavam pedras feito penitentes
Erguendo estranhas catedrais
E um dia, afinal
Tinham direito a uma alegria fugaz
Uma ofegante epidemia
Que se chamava carnaval
O carnaval, o carnaval
(Vai passar)
Palmas pra ala dos barões famintos
O bloco dos napoleões retintos
E os pigmeus do bulevar
Meu Deus, vem olhar
Vem ver de perto uma cidade a cantar
A evolução da liberdade
Até o dia clarear
Ai, que vida boa, olerê
Ai, que vida boa, olará
O estandarte do sanatório geral vai passar
Ai, que vida boa, olerê
Ai, que vida boa, olará
O estandarte do sanatório geral
Vai passar
https://www.letras.mus.br/chico-buarque/45184/36
Texto VII
Projeto retrata lado 'sombrio' das selfies no Memorial do Holocausto
'Yolocaust' expõe a cultura 'comemorativa' representada nas fotos
Combinação da sigla Yolo - 'you only live once', ou 'você só vive uma vez', expressão popular na internet - e a pa-
lavra Holocausto, em inglês, o projeto Yolocaust coloca em discussão as selfies feitas no Memorial do Holocausto 
em Berlim, na Alemanha.
Criado pelo israelita Shahak Shapira, que vive em Berlim desde os 14 anos, o site traz fotos tiradas no 
local que o autor encontrou nas redes sociais. Ao passar o cursor por cima delas, a cena muda. Shapira recriou os 
cenários com imagens de campos de concentração nazistas como plano de fundo das selfies.
O autor e satirista, como ele mesmo se descreve, não usa a palavra 'crítica' em seu site, mas afirma que 
o projeto "explora a cultura comemorativa." Em um pequeno FAQ, Shapira escreve: "- Então o que eu posso 
fazer ou não no Memorial do Holocusto? - Nenhum evento histórico se compara ao Holocausto. Depende de você 
escolher como vai se comportar num local de memória que marca a morte de 6 milhões de pessoas." Ao mesmo 
tempo, ele procura não pegar tão pesado assim. "O comportamento de algumas pessoas no local é realmente 
desrespeitoso. Mas as vítimas estão mortas, então elas provavelmente estão ocupadas fazendo coisas de gente 
morta em vez de se importar com isso", escreve.
http://emais.estadao.com.br/noticias/comportamento,projeto-retrata-lado-sombrio-das-selfies-no-memorial-do-holocaus-
to,70001636011
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LER
64
Revista Filosofia Capital
ISSN 1982 6613 Vol. 1, Edição 1, Ano 2006.
PASSADO É PRESENÇA
A IMPORTÂNCIA DO PASSADO NA CONSTRUÇÃO DO SER PRESENTE
Raquel Silva de Brito
kelsb10@hotmail.com
Brasília-DF
2006
Declaração
ASSISTIR
INTERATIVIAA DADE
Vídeo
Sites
ACESSAR
Vídeo
Chimamanda Adichie: O perigo da história única
Roger Chartier - No palco da história
Fonte: Youtube
Fonte: TVescola
UNIVESP - História e Temporalidade
univesptv.cmais.com.br/pedagogia-unesp/d-21-conteudos-e-didatica-da-historia/
historia-e-temporalidade
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Revista Filosofia Capital
ISSN 1982 6613 Vol. 1, Edição 1, Ano 2006.
PASSADO É PRESENÇA
A IMPORTÂNCIA DO PASSADO NA CONSTRUÇÃO DO SER PRESENTE
Raquel Silva de Brito
kelsb10@hotmail.com
Brasília-DF
2006
Declaração
ASSISTIR
INTERATIVIAA DADE
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Sites
ACESSAR
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ONU
Revista Filosofia capital
Passado é presença a importância do passado 
na construção do ser presente
40
proposta
Texto 1
Por aqui, lidamos com o passado como se ele tivesse automaticamente feito as pazes com o presente. Não, não fez. 
E o impacto de não resolvermos o nosso passado se faz sentir no dia a dia das periferias das grandes cidades, em 
manifestações, nos grotões da zona rural, com o Estado aterrorizando, reprimindo e torturando parte da população 
(normalmente mais pobre) com a anuência da outra parte (quase sempre mais rica).
Se ficarmos apenas assistindo boquiabertos aos retrocessos sociais, ambientais, econômicos, políticos e 
civis, o que é um pesadelo do passado voltará a ser nosso cotidiano. Liderado por falsos ''salvadores da pátria'', 
eleitos nos braços de quem está cansado de tudo o que está aí, inclusive da liberdade para procurar soluções de 
forma coletiva aos problemas da sociedade.
Só dessa forma, os poucos milhares que hoje clamam por um golpe militar ou pela volta da ditadura conti-
nuarão a ser vistos pelo restante da sociedade como mal informados, ignorantes ou insanos.
http://blogdosakamoto.blogosfera.uol.com.br/ (07.03.2016)
Texto 2
A natureza da tristeza se tomará mais clara se nos perguntarmos com quem o investigador historicista estabelece 
uma relação de empatia. A resposta é inequívoca: com o vencedor. Ora, os que num momento dado dominam são 
os herdeiros de todos os que venceram antes. Todos os que até hoje venceram participam do cortejo triunfal, em 
que os dominadores de hoje espezinham os corpos dos que estão prostrados no chão. Os despojos são carregados 
no cortejo, como de praxe. Esses despojos são o que chamamos bens culturais. O materialista histórico os contem-
pla com distanciamento. Pois todos os bens culturais que ele vê têm uma origem sobre a qual ele não pode refletir 
sem horror. Devem sua existência não somente ao esforço dos grandes gênios que os criaram, como também à 
corveia* anônima dos seus contemporâneos. Nunca houve um monumento da cultura que não fosse também 
um monumento da barbárie. E, assim como a cultura não é isenta de barbárie, não o é, tampouco, o processo de 
transmissão da cultura. Por isso, na medida do possível, o materialista histórico se desvia dela. Considera sua tarefa 
escovar a história a contrapelo. A tradição dos oprimidos nos ensina que o “estado de exceção” em que vivemos 
é na verdade a regra geral.
Walter Benjamin, in : “Teses Sobre o Conceito de História”. São Paulo: Brasiliense, 1985.
*Corveia: trabalho árduo, penoso.
41
Texto 3
Aconteceu o primeiro protesto contra os bandeirantes em São Paulo.
O protesto foi no Monumento às Bandeiras, cartão postal da cidade esculpido pelo italiano Vitor Brecheret, 
em que os tupis mamelucos ostentam cruzes no pescoço e seguem portugueses gigantes montados a cavalo.
O monumento foi pichado e os bandeirantes e mamelucos foram tingidos de vermelho. Merecidamente: os 
bandeirantes eram caçadores de escravos guaranis.
São Paulo nasceu de uma aliança entre os jesuítas e uma tribo de mamelucos tupis liderada por João Ra-
malho, casado com Bartira, a filha do cacique Tibiriçá.
A cidade surgiu de um acordo nepotista para a implantação de um colégio cristão às margens do Taman-
duateí, o rio dos tamanduás. Esses escravos tupis integrantes das bandeiras escravagistas é que foram pichados no 
Ibirapuera – a árvore ou mata desaparecida.
Mas os jesuítas fundaram muito mais que São Paulo. Fundaram mais de 30 reduções, ou missões, em terri-
tório guarani, no sul do atual Brasil, Argentina e Paraguai. Na época, os territórios eram disputados por espanhóis 
e portugueses.
Em São Paulo, Raposo Tavares – que dá nome à estrada que segue em direção às missões – é considerado 
herói. Nas missões jesuítas argentinas, paraguaias e gaúchas ele é chamado de bandido até hoje.
http://www.diariodocentrodomundo.com.br/o-justo-protesto-contra-os-bandeirantes-em-sao-paulo/(10.10.2013)
42
Texto 4
Estátua do Borba Gato e Monumento às Bandeiras são 'pichados' em SP
A cidade de São Paulo amanheceu nesta sexta-feira (30) com duas importantes obras de arte pichadas com tinta 
colorida: o Monumento às Bandeiras, junto ao parque Ibirapuera, e a estátua do Borba Gato em Santo Amaro, na 
zona sul da cidade.
(...)
O Instituto Victor Brecheret manifestou sua perplexidade e indignação pelos atos de barbarismo e disse que 
espera a restauração completa da obra, para que ela possa permanecer para as próximas gerações.
"É uma violência cometida contra uma das mais importantes obras artísticas do país. O Monumento às 
Bandeiras pertence ao povo brasileiro. Como símbolo, deve ser respeitado e sua preservação garantida por todos 
nós", disse, em nota, o instituto.
http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2016/09/1818322-estatua-do-borba-gato-e-
-monumento-as-bandeiras-sao-pichados-em-sp.shtml?loggedpaywall
Texto 5
Selfie - Foto de Monumento às Bandeiras - “Monumento às bandeiras”. Lindoo lugar.”
https://www.tripadvisor.com.br/ 
A partir da leitura dos fragmentos de textos acima e do planejamento de seus argumentos sobre o tema, elabore 
um texto ‘dissertativo-argumentativo’, com o uso da norma padrão da língua portuguesa, sobre o tema “As re-
presentações do passado são importantes para pensar criticamente o presente?
Proposta 2Projeto de texto modelo Enem
Parágrafo de conclusão
Aula 8
44
45
Parágrafo de conclusão
Embora seja comum a ideia de que conclusão representa apenas a finalização das ideias já trabalhadas durante o 
texto, ela possui uma função muito mais relevante: precisa amarrar o raciocínio desenvolvido ao longo dos 
parágrafos e precisa explicitar a abordagem feita na introdução.
Em outras palavras, a conclusão deve retomar a tese anunciada pelo autor no início do texto, mostrando 
ao leitor que aquela redação apresenta circularidade, isto é, uma organização coerente de todo o raciocínio de-
senvolvido, com começo, meio e fim. Nesse sentido, é fundamental fugir das “frases prontas”, como “é possível 
concluir que”, “dado o exposto”, “com base nas análises realizadas” pois para cada tese, haverá uma construção 
ideal de conclusão. 
Outro detalhe importante que pode render uma avaliação melhor da conclusão do texto dissertativo é a 
elaboração de um período final capaz de surpreender os olhos do leitor. Uma espécie de “fechamento 
especial” que pode ser uma reflexão, uma ressalva, e até mesmo um questionamento que possam levar a discussão 
para um outro nível, ou para outro caminho.
Nessa aula, aprenderemos maneiras diferentes de realizar essa conclusão e daremos algumas sugestões – 
para os que já se sentem mais confortáveis com o texto – de introduzirem uma frase final bem apropriada para a 
conclusão da redação.
Retomada da tese
A ação de retomar tese na conclusão é uma das formas de garantir que o texto tenha unidade. É a maneira de 
assegurar ao leitor que a redação foi planejada, organizada e realizada. Portanto, ao recuperar a ideia proposta, a 
circularidade se fecha e o texto se torna redondo, coeso e coerente.
Essa retomada não deve ser construída com as mesmas palavras expostas na tese. Tal estratégia demonstra 
despreparo e até mesmo falta de repertório vocabular. Uma possibilidade é tentar explicitar a tese com outras pa-
lavras, realizando uma paráfrase, e até mesmo desenvolvendo um pouco mais o raciocínio dado pela tese.
No caso do ENEM, a conclusão apresenta a proposta de intervenção, isto é, uma solução para um problema 
discutido ao longo do texto. Vejamos a introdução e a conclusão de um texto nota mil da proposta de 2014, do 
aluno Juan Costa da Costa:
Muito se discute acerca dos limites que devem ser impostos à publicidade e propaganda no Brasil - sobretu-
do em relação ao público infantil. Com o advento do meio técnico-científico informacional, as crianças são inseridas 
de maneira cada vez mais precoce ao consumismo imposto por uma economia capitalista globalizada - a qual 
preconiza flexibilidade de produção, adequando-se às mais diversas demandas. Faz-se necessário, portanto, 
uma preparação específica voltada para esse jovem público, a fim de tornar tal transição saudável 
e gerar futuros consumidores conscientes. (TESE DO AUTOR)
(...)
Com o intuito de melhor adequar os "consumidores do futuro" a essa realidade, e não apenas 
almejar o lucro, é preciso prepará-los para absorver as muitas informações. Isso pode ser obtido por 
meio de campanhas promovidas pelo Poder Público nas escolas (com atividades lúdicas e conscientizadoras) e na 
mídia (TV, rádio, jornais impressos, internet), bem como a criação de uma legislação específica sobre marketing 
infantil no Brasil - fiscalizando empresas (prevenindo possíveis abusos) - além de orientação aos pais para que 
melhor lidem com o impulso de consumo dos filhos (tornando as crianças conscientes de suas reais necessidades). 
Dessa forma, os consumidores da próxima geração estarão prontos para cumprirem suas responsabilidades quanto 
cidadãos brasileiros (preocupados também com o próximo) e será promovido o desenvolvimento da nação. (CON-
CLUSÃO)
46
É possível observar que a ideia de “preparar o jovem” é retomada no primeiro período da conclusão, mas 
não com as mesmas palavras. O importante é que a ideia central da tese – desenvolvida ao longo do texto – foi 
preservada, e assim, as intervenções puderam ser apresentadas logo em seguida.
Modelos de conclusão
Conclusão por solução
No caso do ENEM, como vimos, a conclusão por meio de uma “solução” é obrigatória, uma vez que integra a 
competência “proposta de intervenção”. No entanto, a ideia de propor soluções para problemas abordados não 
se restringe ao exame nacional: ela pode ser utilizada também em vestibulares como Fuvest, UERJ e UNESP, desde 
que a proposta assim o permita. Vejamos abaixo o exemplo de umas das melhores redações FUVEST de 2013: 
Faz-se necessário, então, que a sociedade global repense seus valores e assuma um modelo de produção 
e consumo mais humanizado e responsável e que seja capaz de abranger a totalidade da população mundial de 
forma sustentável, afinal, todos os indivíduos devem ter direito ao acesso aos mesmos bens, à mesma dignidade 
e à mesma felicidade. Somente assim cada indivíduo poderá desfrutar do melhor que o mundo tem a oferecer, de 
maneira comedida, coletiva e verdadeira.
(Extraído de melhores redações FUVEST 2013)
No excerto, vemos que o candidato(a) propõe uma ação que deveria acontecer na sociedade através da 
mudança de postura da “sociedade global”. Por se tratar da articulação entre a felicidade e o consumo – como 
sugeria a proposta – tal proposição soa um tanto utópica, já que requer uma mudança coletiva de comportamen-
to. Embora o período esteja muito bem construído, talvez seja melhor se distanciar da sugestão de soluções para 
problemas muito gerais: elas podem facilmente se transformarem em clichês irrealizáveis. Por mais difícil que seja, 
o pessimismo costuma vir acompanhado de uma boa dose de realidade bem fundamentada.
Conclusão por reflexão
A conclusão por reflexão é um dos modelos mais usados nos textos que não necessitem de intervenção. Na reto-
mada por reflexão, o autor apresenta uma ponderação sua a partir de todas as ideias apresentadas. Uma espécie 
de síntese reflexiva diante dos dados analisados. Observe a redação abaixo:
Portanto, o uso da propaganda e dos anúncios publicitários não é tão grande por acaso: a união entre a 
manipulação e a imposição é capaz de gerar resultados muito satisfatórios para quem a emprega, seja o governo 
de um país, uma comissão partidária, ou uma empresa de cartões de crédito. Para algumas pessoas, um cartão de 
crédito pode fazê-las aproveitar um shopping, tornando-o a melhor coisa do mundo; para outros, a melhor coisa 
do mundo não é um shopping, mas este passa a o ser.
(Extraído de melhores redações FUVEST 2013)
No exemplo acima, o autor finaliza seu texto com uma reflexão sobre o funcionamento da sociedade. Ele 
inicia o parágrafo com a retomada da tese e em seguida, descreve – a partir de suas análises – como a sociedade 
de consumo funciona.
47
Conclusão por remissão a textos
A conclusão por remissão a textos também pode ser uma ferramenta interessante para finalizar a dissertação. 
Trata-se de citar um texto ou um autor para endossar a síntese desenvolvida. Tal recurso demonstra erudição e 
elegância na finalização das ideias. Observe o excerto:
Por fim, é notório a estreita relação entre a capacidade individual de compra e o acesso a benefícios sociais, 
o que acaba por despertar o caráter peculiarmente egoísta do ser humano, podendo até ser nefasto como no caso 
do personagem de Aluísio de Azevedo, João Romão, onde a avareza toma conta do indivíduo. Na sociedade do 
consumo, a avareza deixa de ser um pecado para se tornar quase um estilo de vida.
(Extraído de melhores redações FUVEST 2013)
O autor refere-se ao personagem de Machado de Assis a fim de confirmar a tese de que a avareza pode 
tomar conta do indivíduo.
Período final - Elemento especial
No final do texto, um detalhe bem construído pode fazer a diferença na atribuição da nota. Trata-seda criação de 
um período não muito longo capaz de elaborar uma síntese, reflexão, sugestão ou ressalva em relação ao 
que já foi dito. Não há uma regra fixa: tais construções dependem da criatividade e de capacidade de analogia 
de cada aluno. 
Na redação abaixo, o autor optou por recuperar uma citação famosa, propondo-lhe outra versão:
O capitalismo inerente à maioria das nações contemporânea trouxe consequências aterradoras para seus 
cidadãos. A felicidade atribuída ao ato de comprar desencadeou diversas mazelas atuais, entre elas a sobreposição 
do "ter" em relação ao "ser". Assim, tendo seu valor intrínseco associado às posses, as pessoas começaram a 
relacionar-se de forma efêmera, em um mundo onde apenas os endinheirados vivem perigosamente. Se Descar-
tes vivesse no século XXI, alteraria sua afirmação para "tenho, logo existo".
(Extraído de melhores redações FUVEST 2013)
No texto abaixo, o autor preferiu levar a discussão mais adiante, sugerindo uma possibilidade de se pensar 
em outras coisas além do consumo.
É inegável que o consumismo provoca uma distorção social caótica e, sobretudo, cognitiva. É preciso com-
batê-lo em sua própria trincheira: nossos cérebros. Só então será possível enxergar o que realmente existe no céu 
do shopping center: concreto, vidro e metal. O mundo tem coisas bem melhores a oferecer.
(Extraído de melhores redações FUVEST 2013)
ProPosta de discussão: 
o autodiagnóstico na saúde brasileira 
Acervo
Texto I
Os perigos do autodiagnóstico por pesquisas no Google
Quem nunca se automedicou? A prática é muito comum, principalmente quando surgem sintomas conside-
rados simples pelo paciente, como coceiras e dores no corpo. A saída é quase sempre perguntar às pessoas 
mais próximas, principalmente aos mais velhos, referências de remédios que possam aliviar os incômodos. 
Mas, na era digital, os conselhos dos mais experientes começam a perder espaço para a ferramenta de 
busca na internet: o Google. Uma pesquisa britânica divulgada recentemente mostrou que 25 por cento das 
mulheres na Inglaterra utilizam o Google como pesquisa para autodiagnóstico. Os perigos dessa prática são 
diversos: desde efeitos colaterais até a piora no quadro da doença.
O gerente de Monitoramento e de Fiscalização de Medicamentos da Anvisa, Tiago Rauber, alerta para os riscos da 
automedicação. ”A automedicação é um tipo de prática não recomendada por nenhuma autoridade de saúde no 
Brasil. Esse tipo de prática acarreta uma série de riscos como, por exemplo, você mascarar os sintomas de uma do-
ença, e ter uma dificuldade de diagnosticar corretamente, futuramente essa enfermidade. Pode acarretar também, 
maior número de intoxicações. Além do mais, temos a questão de você não fazer realmente o tratamento efetivo 
daquela enfermidade. Então, todos esses elementos corroboram a tese de que essa é uma prática altamente 
perigosa, e que temos tido resultados bastante complicados”, alerta Tiago.
O gerente da Anvisa, Tiago Rauber, destaca que o uso de medicamento precisa sempre ser acompanhado por um 
profissional de saúde. ”Qualquer sintoma, qualquer problema, por mais simples que seja, ele pode ser o início de 
um diagnóstico de uma enfermidade mais complexa. Então, todo tipo de sintoma necessita um atendimento de 
um profissional habilitado, de um médico. Medicamento não é um bem de consumo qualquer, não é uma caneta, 
não é uma camiseta. Medicamento tem uma série de benefícios, mas ele também tem riscos”, ressalta o gerente.
Tiago Rauber alerta ainda para os riscos do estoque de medicamentos em casa, a chamada farmacinha caseira 
que se forma pelo uso indiscriminado de remédios. Além dos riscos da automedicação, essa prática pode levar 
a pessoa a ingerir o medicamento vencido, o que piora ainda mais os sintomas de quem fizer uso do remédio. 
http://www.blog.saude.gov.br
Texto II
Como pacientes e médicos encaram o compartilhamento de informações?
Em pesquisa realizada pela WebMD, 89% dos pacientes acreditam que o uso de uma tecnologia em saúde 
seria positivo para ajudar o médico em um diagnóstico. Já entre os médicos, a aceitação é menor, de 69%, 
mostrando maior resistência do como clínico que dos pacientes. Em sequência, foi perguntado aos médicos 
se os pacientes deveriam usar ferramentas para realizar autodiagnostico e somente 17% disseram que sim.
A pesquisa foi realizada com 1102 profissionais de saúde e 1406 usuários do Medscape. Dentro do grupo, foi per-
guntado sobre tecnologia em saúde para 827 médicos, 156 enfermeiros que atendem, 85 enfermeiros comuns, 
107 assistentes de médicos e 235 estudantes de medicina.
48
Quase a mesma porcentagem de pacientes (64%) e profissionais (63%) citaram que, se a tecnologia existe, os 
smartphones poderiam ser usados para coletas remotas de sangue. Menos de 70% dos médicos acreditam que o 
smartphone e as consultas remotas podem substituir consultas físicas e 63% disseram que isso pode acontecer em 
casos de problemas de pele. Para os problemas nos olhos, o resultado foi de 49% e para aparelho auditivo, 54%.
96% dos médicos acreditam que o paciente tem de ter acesso a informação do seu histórico, por meio do prontu-
ário eletrônico (EHR). 89% dos pacientes acreditam que têm o direito a ver todos os registros feitos pelo médico 
durante a consulta! enquanto somente 64% dos médicos acreditam que isso deve ser feito.
Todos estes dados mostram a imaturidade do sistema de saúde frente à tendência da informação compartilhada 
e do uso de tecnologia no dia a dia. Ter este tipo de discussão entre as partes é de extrema importância para o 
desenvolvimento e a implementação da tecnologia em saúde.
http://saudebusiness.com/noticias/como-pacientes-e-medicos-encaram-o-compartilhamento-de-informacoes/
Texto III
 
Texto IV
Conforme a própria definição, a publicidade influência o julgamento de usuários e prescritores sobre medi-
camentos. Vários estudos têm demonstrado que propagandas são empregadas como fonte de informação 
pelos prescritores, sendo consideradas determinantes da prescrição (LEXCHIN, 2002; JONES, 2001). Dentre 
as intervenções fundamentais para se promover um uso mais racional destes produtos, proposta pela Orga-
nização Mundial de Saúde, estão à informação independente sobre medicamentos e a regulamentação da 
promoção de medicamentos a fim de assegurar que a mesma seja ética e imparcial. Todas as informações 
utilizadas para promover um medicamento devem ser precisas, verídicas, informativas, atuais e comprováveis 
(OMS, 2002). Diversos estudos visando à análise da qualidade de peças publicitárias, em diferentes veículos 
de comunicação, têm sido realizados considerando as regulamentações e recomendações internacionais. 
“Análise da publicidade de medicamentos veiculada em Goiás - Brasil” Revista Eletrônica de Farmácia Vol 2(2), 80-86, 2005. 
ISSN 1808-0804 
49
ASSISTIR
INTERATIVIAA DADE
Vídeo
LER
Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 26(8):1473-1482, ago, 2010
1473
As novas tecnologias da informação 
e o consumismo em saúde
New information technologies 
and health consumerism
1 Escola de Medicina e 
Cirurgia, Universidade 
Federal do Estado do Rio de 
Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil.
2 Escola Nacional de Saúde 
Pública Sergio Arouca, 
Fundação Oswaldo Cruz, 
Rio de Janeiro, Brasil.
3 Departamento de Ciências 
da Saúde, Universidade 
Estadual de Santa Cruz, 
Ilhéus, Brasil.
4 Instituto Oswaldo Cruz, 
Fundação Oswaldo Cruz, 
Rio de Janeiro, Brasil.
Correspondência
P. R. Vasconcellos-Silva
Escola de Medicina e Cirurgia, 
Universidade Federal do 
Estado do Rio de Janeiro.
Rua das Laranjeiras 91, 
apto. 1202, Rio de Janeiro, RJ 
22240-000, Brasil.
bioeticaunirio@yahoo.com.br
Paulo Roberto Vasconcellos-Silva 1,2
Luis David Castiel 2
Marcos Bagrichevsky3
Rosane Harter Griep 4
Abstract
Concepts related to consumption have shifted 
to include social processes not previously cov-
ered by traditional categories. The current review 
analyzes the application of classical concepts of 
consumerism to practices recently identified in 
the health field, like the phenomenon of cyber-
chondria. The theoretical challenge relates to the 
difficulty in extrapolating from the economic per-
spectives of consumerism to self-care issues in the 
context of information and communication tech-
nologies (ICTs). Drawing on recent anthropologi-
cal categories, the study seeks to understand the 
phenomenon of self-care commodification under 
the imperative of self-accountability for health. 
New consumer identities are described in light 
of the unprecedented issues concerning techni-
cal improvements currently altering the nature of 
self-care. The study concludes that health is con-
sumed as vitality, broken down into commercial 
artifacts in the context of a new bioeconomy – no 
longer linked to the idea of emulation and posses-
sion, but to forms of self-perception and self-care 
in the face of multiple risks and new definitions of 
the human being.
Consumer Health Information; Self Care; Internet
Introdução
Há notórios sinais de crescente e inexorável in-
fluência das Tecnologias de Informação e Comu-
nicação (TIC) nas questões da saúde. Diversos 
estudos têm registrado a relevância da Internet 
nesse campo 1, chegando a proporções que va-
riam entre 80% dos adultos nos Estados Unidos 
e 66% dos europeus a consumir informações so-
bre saúde na grande rede 2. Proliferam os estu-
dos que apontam para a Internet como valioso 
recurso ao auto-cuidado, provendo informação 
e promovendo interação entre profissionais, 
cuidadores e usuários na condição de padeci-
mentos crônicos ou de simples interessados nas 
questões da saúde humana 3,4,5,6 . Um grande 
inquérito, envolvendo 4.764 usuários, tem resul-
tados mais convincentes a exibir: cerca de um 
terço dos “consumidores de informação” admi-
tia que a Internet interferisse genuína e defini-
tivamente em suas decisões capitais no campo 
da saúde 7.
Embora tal recurso goze de crescente credibi-
lidade entre seus usuários 8, o crescente afluxo na 
direção das tecnologias de informação em saúde 
tem suscitado questionamentos sobre a isenção 
de propósitos de seus patrocinadores em vista do 
grande número de sítios de qualificação duvido-
sa 9,10. Mesmo à frente de fontes questionáveis, 
o interesse público se intensifica e as tecnolo-
gias que buscam por qualidade de informação 
se sofisticam, encorajadas por um aparato co-
REVISÃO REVIEW
Declaração
Sabe o que é a Cybercondria? Doença surgiu na modernidade
Fonte: Terra TV
50
As novas tecnologias da informação
e o consumismo em saúde
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INTERATIVIAA DADE
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1473
As novas tecnologias da informação 
e o consumismo em saúde
New information technologies 
and health consumerism
1 Escola de Medicina e 
Cirurgia, Universidade 
Federal do Estado do Rio de 
Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil.
2 Escola Nacional de Saúde 
Pública Sergio Arouca, 
Fundação Oswaldo Cruz, 
Rio de Janeiro, Brasil.
3 Departamento de Ciências 
da Saúde, Universidade 
Estadual de Santa Cruz, 
Ilhéus, Brasil.
4 Instituto Oswaldo Cruz, 
Fundação Oswaldo Cruz, 
Rio de Janeiro, Brasil.
Correspondência
P. R. Vasconcellos-Silva
Escola de Medicina e Cirurgia, 
Universidade Federal do 
Estado do Rio de Janeiro.
Rua das Laranjeiras 91, 
apto. 1202, Rio de Janeiro, RJ 
22240-000, Brasil.
bioeticaunirio@yahoo.com.br
Paulo Roberto Vasconcellos-Silva 1,2
Luis David Castiel 2
Marcos Bagrichevsky 3
Rosane Harter Griep 4
Abstract
Concepts related to consumption have shifted 
to include social processes not previously cov-
ered by traditional categories. The current review 
analyzes the application of classical concepts of 
consumerism to practices recently identified in 
the health field, like the phenomenon of cyber-
chondria. The theoretical challenge relates to the 
difficulty in extrapolating from the economic per-
spectives of consumerism to self-care issues in the 
context of information and communication tech-
nologies (ICTs). Drawing on recent anthropologi-
cal categories, the study seeks to understand the 
phenomenon of self-care commodification under 
the imperative of self-accountability for health. 
New consumer identities are described in light 
of the unprecedented issues concerning techni-
cal improvements currently altering the nature of 
self-care. The study concludes that health is con-
sumed as vitality, broken down into commercial 
artifacts in the context of a new bioeconomy – no 
longer linked to the idea of emulation and posses-
sion, but to forms of self-perception and self-care 
in the face of multiple risks and new definitions of 
the human being.
Consumer Health Information; Self Care; Internet
Introdução
Há notórios sinais de crescente e inexorável in-
fluência das Tecnologias de Informação e Comu-
nicação (TIC) nas questões da saúde. Diversos 
estudos têm registrado a relevância da Internet 
nesse campo 1, chegando a proporções que va-
riam entre 80% dos adultos nos Estados Unidos 
e 66% dos europeus a consumir informações so-
bre saúde na grande rede 2. Proliferam os estu-
dos que apontam para a Internet como valioso 
recurso ao auto-cuidado, provendo informação 
e promovendo interação entre profissionais, 
cuidadores e usuários na condição de padeci-
mentos crônicos ou de simples interessados nas 
questões da saúde humana 3,4,5,6 . Um grande 
inquérito, envolvendo 4.764 usuários, tem resul-
tados mais convincentes a exibir: cerca de um 
terço dos “consumidores de informação” admi-
tia que a Internet interferisse genuína e defini-
tivamente em suas decisões capitais no campo 
da saúde 7.
Embora tal recurso goze de crescente credibi-
lidade entre seus usuários 8, o crescente afluxo na 
direção das tecnologias de informação em saúde 
tem suscitado questionamentos sobre a isenção 
de propósitos de seus patrocinadores em vista do 
grande número de sítios de qualificação duvido-
sa 9,10. Mesmo à frente de fontes questionáveis, 
o interesse público se intensifica e as tecnolo-
gias que buscam por qualidade de informação 
se sofisticam, encorajadas por um aparato co-
REVISÃO REVIEW
Declaração
52
ProPosta
Com base nos textos apresentados e em seus próprios conhecimentos, escreva uma dissertação, empregando a 
norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema: As implicações do autodiagnóstico na saúde brasileira
Texto I
Os perigos do autodiagnóstico e da automedicação
Atualmente, a internet tem sido uma faca de dois gumes no que se trata da automedicação. “É positivo que o paciente 
seja bem informado e busque informações sobre a sua saúde”, comenta. Souza explica ainda que a curiosidade do 
indivíduo facilita a relação com o médico. “Mas, ele (o paciente) deve ter cuidado nesse processo”, ressalta.
E não é para menos: as informações também podem induzir uma pessoa a um autodiagnóstico errado devido 
a falta de credibilidade da internet. Para se ter um exemplo, o Centro Universitário de Volta Redonda (RJ), analisou 
1.152 vídeos no Youtube sobre cardiologia e constatou que apenas 4% deles tinham conteúdos corretos. “A internet 
tem coisas boas e tem coisas que não são aproveitáveis. Às vezes, pode ser difícil para uma pessoa selecionar as 
informações e por isso ela corre o risco de começar uma automedicação sem ouvir um profissional”, diz o professor 
Cláudio de Souza.
Quando mal administrado ou ingerido em doses acima do saudável, os medicamentos podem causar lesões 
hepáticas irreversíveis, causando inflamaçãodo fígado e afetando suas funções. Pulmões, rins e até o cérebro também 
são órgãos que podem ser afetados pela automedicação irresponsável.
(https://site.medicina.ufmg.br/inicial/os-perigos-do-autodiagnostico/)
Texto II
Especialistas alertam sobre os perigos que os "cibercondríacos" estão correndo ao acreditar mais 
no que a internet diz do que nos médicos 
Basta colocar os termos “sintomas”, “dor de cabeça” e “febre” no buscador on-line para que o “ Dr. Google ” 
mostre que essas são características comuns em casos de meningite, gripe ou dengue. Aí fica por conta do usuário 
escolher a doença que melhor se identifica e a sentença está dada.
Parece exagero, mas muitas pessoas estão “resolvendo” seus problemas de saúde desta forma. Esse com-
portamento está fazendo com que os médicos fiquem preocupados com o que eles estão chamando de “cibercon-
dríacos”, aqueles pacientes que se autodiagnosticam por meio de pesquisas na internet .
De acordo com a professora e clínico geral Helen Stokes-Lampard, presidente do Royal College of General 
Practitioner, muitas pessoas acabam acreditando que têm tal doença, uma vez que foi “diagnosticada” pelo Google 
e isso está atrapalhando o trabalho dos profissionais da saúde.
Em outros países, especialistas já advertiram que esses pacientes estão colocando o National Health Service, 
algo como “Serviço Nacional de Saúde” do Reino Unido, em risco, já que a quantidade de pessoas que colocam em 
dúvida o trabalho do clínico geral só aumenta.
Em entrevista à revista “Pulse”, a professora Stokes-Lampard chegou a dizer que "o Dr. Google está pre-
sente em 80% das consultas” que ela tem agora. "Sinto que precisamos levantar os problemas que esse compor-
tamento pode trazer ao paciente e trabalhar isso com cada um, particularmente. Temos que ser ousados e esse é 
um desafio para todos nós da área da saúde", completou.
Saúde - iG @ http://saude.ig.com.br/2017-10-04/dr-google-cibercondriacos.html
53
Texto III
Ola Me Ajude?! Posso ter problemas de saudê?! idade 14 anos Tenho medo de ter anemia!! Pelo oq 
eu pesquisei pode ser varias coisas ruins!!?
20 Respostas • Saúde • 14/11/2017
Gonorreia pode transmite hiv ?
3 Respostas • Saúde • 08/11/2017
Sífilis tem cura?
3 Respostas • Saúde • 16/09/2017
Olá pessoal cometi uma coisa terrível que me arrependo ate hoje. Fiz sexo com um amigo sou 
homem tenho 13 anos fiz sem camisinha e agora?
8 Respostas • Saúde • 15/08/2017
Galera, eu tenho 15 anos e estou um 2 verruguinhas no penis... antes de vcs falarem que é 
dst... eu sou virgem?
1 Respostas • Saúde • 12/04/2017
https://br.answers.search.yahoo.com/search;
Texto VI
“Acesso a informações de saúde na internet: uma questão de saúde pública”? Re-
vista Associação Medicina Brasileira 2012; 58(6):650-658
Texto V
Helena Garbin, que há quatro anos defendeu tese de doutorado sobre o uso da internet para obtenção de informa-
ções em saúde, lembra que o acesso a informações técnicas e científicas ou vinda de pares pode facilitar a percep-
ção de sinais de alerta para quadros agudos, agilizando a busca por atenção em saúde. “Também o conhecimento 
ampliado sobre seu próprio estado de saúde pode ser benéfico para um indivíduo, em especial para portadores de 
adoecimento crônico, por permitir uma melhor compreensão de seu adoecimento e de seu corpo e uma melhor 
observação das alterações no seu organismo”, diz, constatando que isso possibilita que ele se torne mais ativo 
em seu tratamento e consciente do autocuidado. Contudo, ela pondera, alguns estudos ainda apontam que a 
informação obtida pode gerar estresse e sofrimento diante das reais possibilidades de evolução de determinadas 
patologias e até colaborar para seu agravamento. “Além do risco de informações erradas e incompletas, é sabido 
que as pessoas tendem a acreditar em diagnósticos raros e graves encontrados na rede (e não somente na rede) 
para suas queixas comuns”. 
https://portal.fiocruz.br/noticia/habito-de-buscar-informacoes-na-web-provoca-mudancas-na-relacao-medico-paciente
54
Proposta 2
Projeto de texto modelo Enem
Coesão Textual
Aula 9
56
57
Coesão textual
Coesão textual é a conexão estabelecida entre orações, períodos e parágrafos que possibili-
ta a amarração das ideias dentro de um texto. Em outras palavras, ela é a responsável por “cos-
turar” as reflexões de modo a não as deixar soltas ou desconexas de outras ideias.
A coesão textual também é responsável por garantir que o raciocínio do autor do texto seja transmitido 
ao leitor de modo claro e lógico, obedecendo a um encadeamento sequencial de reflexões. Elas são divididas em 
coesão sequencial e coesão referencial.
Coesão sequencial
Coesão sequencial é aquela que cria – dentro do texto – condições para que a leitura possa avançar ou progredir. 
São responsáveis por esse tipo de coesão as flexões verbais (tempo e modo) e as conjunções, também chamadas de 
conectivos. Estes são os principais responsáveis por articular a coesão no interior da dissertação argumentativa.
TEMPO – Sua função é conectar duas orações relacionando-as por meio de uma relação de temporalidade.
CONECTIVOS: Imediatamente, logo após, a princípio, pouco antes, pouco depois, anteriormente, poste-
riormente, em seguida, frequentemente, constantemente, eventualmente, por vezes, ocasionalmente, não raro, ao 
mesmo tempo, simultaneamente. 
Desde a chegada dos europeus no país, as religiões diferentes do oficial são discriminadas. Logo no iní-
cio da colonização, o processo de catequização dos nativos foi incentivado, o que demonstra o desrespeito com 
as religiões indígenas, e, décadas depois, com o início do tráfico negreiro, houve também perseguição às religiões 
afro-brasileiras e a construção de uma imagem negativa acerca delas.
Trecho da redação ENEM de João Vitor Vasconcelos Ponte, texto nota mil do ano de 2016. 
ADIÇÃO – Sua função é somar enunciados que constituem argumentos para uma mesma conclusão.
CONECTIVOS: E, também, em adição a, além de, além do mais, além disso, ademais, não só... mas tam-
bém, não apenas... como também.
58
Outrossim, é válido salientar que a violência de gênero está presente em todas as camadas sociais, camu-
flada em pequenos hábitos cotidianos. Ela se revela não apenas na brutalidade dos assassinatos, mas também nos 
atos de misoginia e ridicularização da figura feminina em ditos populares, piadas ou músicas. Essa é a opressão 
simbólica da qual trata o sociólogo Pierre Bordieu: a violação aos Direitos Humanos não consiste somente no 
embate físico, o desrespeito está –sobretudo- na perpetuação de preconceitos que atentam contra a dignidade da 
pessoa humana ou de um grupo social.
Trecho da redação ENEM de Cecilia Maria Leite, texto nota mil do ano de 2015. 
 
ENUMERAÇÃO – Sua função é ordenar a sequência de apresentação de ideias.
CONECTIVOS: Primeiro, primeiramente, em primeiro lugar, segundo, em segundo lugar, para começar, em 
seguida; primeiro de tudo, depois; antes de tudo, de saída, a princípio.
Em primeiro lugar, é notória a dificuldade que há no homem em aceitar o diferente, principalmente ao 
se tratar de algo tão pessoal como a religião. Prova disso é a presença da não aceitação das crenças alheias em 
diferentes regiões e momentos históricos, como no Império Romano antigo, com as perseguições aos cristãos, 
na Europa medieval, com as Cruzadas e no atual Oriente Médio, com os conflitos envolvendo o Estado Islâmico. 
Também pode-se comprovar a existência da intolerância religiosa pela frase popular “religião não se discute”, que 
propõe ignorar a temática para evitar os conflitos evidentes ao se tratar do assunto. Desse modo, nota-se que a 
intolerância não se restringe a um grupo específico e é, de certa forma, natural ao ser humano, o que, porém, não 
significaque não pode e deve ser combatida.
Trecho da redação ENEM de João Vitor Vasconcelos Ponte, texto nota mil do ano de 2016. 
 
CONDIÇÃO – Consiste em estabelecer uma condição para que uma ação decorra de outra. 
CONECTIVOS: Se, desde que, salvo se, exceto se, contanto que, com tal que, caso, a não ser que, a menos 
que, sem que, suposto que, desde que, eventualmente, etc.
Há também medidas que contribuem para reduzir assédios sexuais e estupros, como a criação do vagão 
feminino em São Paulo e a permissão para que ônibus parem em qualquer lugar durante a noite, desde que isso 
seja solicitado por uma mulher.
Trecho da redação ENEM de José Miguel Zanetti Trigueros, texto nota mil do ano de 2015. 
59
 
CAUSALIDADE/CONSEQUÊNCIA – Consiste na conexão de duas orações, sendo que uma delas aponta a 
causa da consequência contida na outra.
CONECTIVOS: como resultado, por esta razão, por conta disso, em decorrência disso, por consequência, 
por conseguinte, por isso, por causa de, em virtude de.
Com a vinda dos escravos ao Brasil, a intolerância só aumentou e eles foram proibidos de praticarem suas 
religiões, tendo que se submeter ao cristianismo imposto pelos colonos. É por isso que as práticas das religiões 
afro-brasileiras são vistas como "bruxaria" e "macumba" e seus fiéis são os que mais denunciam atos de discrimi-
nação (75 denúncias entre 2011 e 2014).
Trecho da redação ENEM de Julia Mitie Oya, texto nota mil do ano de 2016. 
ÊNFASE – Trata-se da estratégia de realçar uma ideia determinada dentro do texto.
CONECTIVOS: Realmente, de fato, certamente, principalmente, decerto, por certo, sem dúvida, inegavel-
mente.
A ausência de representantes das minorias religiosas impede a implantação de políticas afirmativas e que 
garantam, de fato, a potencialização da tolerância e da igualdade na manifestação das diversas crenças.
Trecho da redação ENEM de Nathalia Couri Vieira Marques, texto nota mil do ano de 2016. 
 FINALIDADE – Consiste na conexão de duas orações quando uma apresenta o meio para atingir o fim 
expresso na outra. 
CONECTIVOS: Com o fim de, a fim de, com o propósito de, para que, a fim de que, com o intuito de, com 
o objetivo de, para, etc.
Também, é preciso que os sacerdotes brasileiros de todas as religiões unam-se com o objetivo de determinar a 
realização de palestras e discussões nas igrejas para estimular o convívio harmônico e evitar qualquer tipo de radicalismo.
Trecho da redação ENEM de Thaís Fonseca Lopes de Oliveira, texto nota mil do ano de 2016. 
60
ALTERNÂNCIA – Trata-se de apresentar duas ações entre as quais é possível alternar, escolher.
CONECTIVOS: Ou, ora...ora..., nem, já. 
 Então, quando alguém assiste ou lê uma notícia sobre políticos da bancada evangélica que são contra 
o aborto e repudiam homossexuais, esse alguém tende a pensar que todos os seguidores dessa religião são da 
mesma maneira. 
Trecho da redação ENEM de Julia Mitie Oya, texto nota mil do ano de 2016.
 
CONFORMIDADE: Trata-se do estabelecimento de duas orações, quando uma mostra conformidade de algo 
asseverado na outra.
CONECTIVOS: Conforme, segundo, de acordo com. 
Como, segundo Marilena Chauí, a democracia é baseada na igualdade, liberdade e participação, percebe-se 
que a não participação de toda a sociedade na política, aliada à frágil liberdade religiosa, dificultam a existência 
de um regime democrático pleno no Brasil.
Trecho da redação ENEM de Nathalia Couri Vieira Marques, texto nota mil do ano de 2016.
 
OPOSIÇÃO – Trata-se da apresentação de enunciados com orientações argumentativas opostas.
CONETIVOS: Mas, entretanto, porém, contudo, no entanto, pelo contrário, por outro lado, ao invés de, 
todavia, e. 
61
De maneira análoga, muitos religiosos, a fim de evitar conflitos, hesitam em denunciar casos de intolerância, 
sobretudo quando envolvem violência. Entretanto, omitir crimes, ao contrário do que se pensa, significa colaborar 
com a insistência da discriminação, o que funciona como um forte empecilho para resolução dessa problemática.
Trecho da redação ENEM de Helário Azevedo e Silva Neto, texto nota mil do ano de 2016.
 
CONCESSÃO – Consiste na apresentação de duas orações de sentidos opostos, sendo que o enunciado de 
uma delas não impede que a ação da outra aconteça.
CONECTIVOS: Embora, apesar de que, ainda que, por mais que, se bem que, mesmo que.
Logo no início da colonização, o processo de catequização dos nativos foi incentivado, o que demonstra o 
desrespeito com as religiões indígenas, e, décadas depois, com o início do tráfico negreiro, houve também perse-
guição às religiões afrobrasileiras e a construção de uma imagem negativa acerca delas. Toda essa mentalidade 
perpetuou-se no ideário coletivo brasileiro e, apesar dos avanços legais, faz com que essas religiões sejam as mais 
afetadas pela intolerância atualmente.
Trecho da redação ENEM de João Vitor Vasconcelos Ponte, texto nota mil do ano de 2016.
 
EXPLICAÇÃO – Trata-se da explicação ou justificação de um fato expresso por outro.
CONECTIVOS: Porque , já que, uma vez que, que, pois.
A princípio, é possível perceber que essa circunstância deve-se a questões políticas-estruturais. Isso se deve 
ao fato de que, a partir da impunidade em relação a atos que manifestem discriminação religiosa, o seu combate 
é minimizado e subaproveitado, já que não há interferência para mudar tal situação.
Trecho da redação ENEM de Desirée Macarroni Abbade, texto nota mil do ano de 2016.
62
 
EXEMPLIFICAÇÃO – Ocorre quando o segundo enunciado tem a função de exemplificar o primeiro.
CONECTIVOS: Por exemplo, exemplificando, tal como, um exemplo disso, a exemplo.
Durante a formação do Estado brasileiro, a escravidão se fez presente em parte significativa do processo; e 
com ela vieram as discriminações e intolerâncias culturais, derivadas de ideologias como superioridade do homem 
branco e darwinismo social. Lamentavelmente, tal perspectiva é vista até hoje no território brasileiro. Bom exem-
plo disso são os índices que indicam que os indivíduos seguidores e pertencentes das religiões afro-brasileiras 
são os mais afetados. 
Trecho da redação ENEM de Desirée Macarroni Abbade, texto nota mil do ano de 2016.
 
CONCLUSÃO – Trata-se da apresentação de uma nova ideia, baseada na análise de ideias anteriores.
CONECTIVOS: Assim, em suma, portanto, logo, assim sendo, dessa forma, em síntese, em resumo, dessa 
maneira, assim, desse modo, etc.
Sendo assim, cabe ao Governo Federal construir delegacias especializadas em crimes de ódio contra 
religião, a fim de atenuar a prática do preconceito na sociedade, além de aumentar a pena para quem o praticar.
Trecho da redação ENEM de Larissa Cristine Ferreira, texto nota mil do ano de 2016.
COMPARAÇÃO – Trata-se do ato de comparar duas ações para atingir um objetivo argumentativo.
CONECTIVOS: Da mesma maneira, da mesma forma, como, similarmente, correspondentemente, do mes-
mo modo, assim como, igualmente.
63
A globalização é um processo que tende à homogeneização, à cultura de massa. No entanto, ainda existem 
diversas formas de expressão cultural e artística, assim como de manifestações religiosas. Dessa maneira, surge 
na população um preconceito latente, que pode evoluir e motivar a prática de atos violentos pelo indivíduo. Essa 
situação pode ser considerada reflexo da visão etnocêntrica de parte da sociedade, que considera seus costumes e 
crenças superiores aos hábitos dos demais. A educação brasileira, que, na maioria das vezes, é altamente conser-
vadora, agrava a questão.
Trecho da redação ENEM de, texto nota mil do ano de 2016.
CORREÇÃO/REDEFINIÇÃO – Ocorre quando, por meio de um segundo enunciado, se corrige ou redefine o 
enunciado anterior.
CONECTIVOS: Ou seja, isto é, em outras palavras, aliás, ou melhor, 
Não há como negar que esse tipode intolerância é fruto da colonização, pois o encontro cultural entre por-
tugueses, os quais manifestavam o Catolicismo, e povos politeístas foi devastador. Uma vez que os colonizadores 
impuseram sua fé para submeter ameríndios e africanos ao seu poder ocorreu um processo de aculturação, ou 
seja, perda ou modificação de suas culturas.
Trecho da redação ENEM de Nathalia Couri Vieira Marques, texto nota mil do ano de 2016.
exerCíCios
 1. Os conectivos foram removidos dos períodos abaixo. Analise as relações semânticas e identifique 
qual ou quais conjunções podem ser usadas em cada um dos casos:
a) Conhecemos os principais problemas do país, * não fazemos nada.
b) Boa parte da população nordestina decidiu migrar para as grandes metrópoles, * as ofertas de emprego 
e a possibilidade de ascensão social no ambiente urbano eram mais numerosas.
c) * o direito à propriedade privada esteja previsto na constituição, ele não é exercido em sua integrali-
dade. 
d) A situação econômica das pessoas em situação de risco se tornará melhor * haja o comprometimento 
do Estado em cumprir as políticas públicas propostas.
e) O avanço tecnológico das telecomunicações – * tenha atingido um percentual considerável de habi-
tantes – não veio acompanhado de transformações socioeconômicas efetivas na vida da população. 
Hoje, é comum observar indivíduos com total acesso à internet e nenhum ao saneamento, sendo que 
esse acesso à rede raramente é convertido no aumento da renda ou do grau de escolaridade. *, é pos-
sível dizer que a tecnologia – quando desacompanhada de políticas públicas – mais reproduz do que 
combate as desigualdades, já que sua única via de atuação em larga escala ocorre pela via do consumo.
64
f) * o professor de psicologia Leandro Tavares, a incidência cada vez maior de diagnósticos de depressão 
revela a intolerância frente aos modos de subjetivação opostos aos ideais contemporâneos.
g) É fundamental que o preconceito linguístico seja combatido – * – que seja criminalizado de uma vez 
por todas.
h) Muitos cidadãos passam a defender o pressuposto de que a vingança é a melhor solução. * , a justiça 
por conta própria apenas faz o problema duplicar e não o resolve. 
i) Os desafios da atuação da Polícia Militar são enormes. *, porque ainda é muito forte na formação desses 
profissionais os valores disseminados durante a ditadura, como a ideia de tortura e de demonstração de 
poder, atitudes que não coincidem com o conceito de justiça próprio de uma sociedade democrática. 
*, a existência de milícias e de grupos corruptos dentro das corporações diminuem a possibilidade de 
renovar a atuação dos policiais, criando um círculo vicioso quase impossível de ser quebrado.
 2. Continue a ideia desenvolvida no parágrafo obedecendo as relações semânticas propostas pelos 
conectivos: 
a) Não se pode afirmar que o homem já saiu de sua menoridade, já que...
b) As mulheres, atualmente, ocupam cada vez mais funções de destaque na vida social e política de mui-
tos países; no entanto,
c) Embora existam leis que garantam a preservação do meio ambiente, 
d) O Ministério da Educação deve criar políticas públicas para...
e) Embora a política brasileira seja pautada por relações de interesse e por uma troca de favores masca-
rada de aliança partidária, o voto ainda é a única via legal de acesso direto da população ao exercício 
democrático. Caso esse instrumento se torne facultativo, será institucionalizada a possibilidade de um 
indivíduo manter-se alheio às decisões acerca de seus próprios direitos e deveres, permitindo, assim, 
que outros tomem tais decisões por ele. Portanto, ....
aCervo: as definições de violênCia
Texto I
 “A violência simbólica é uma violência que se exerce com a cumplicidade tácita daqueles que a sofrem e 
também, frequentemente, daqueles que a exercem na medida em que uns e outros são inconscientes de a 
exercer ou a sofrer” 
“O que denomino de violência simbólica ou dominação simbólica, ou seja, formas de coerção que se 
baseiam em acordos não conscientes entre as estruturas objetivas e as estruturas mentais” 
Pierre Bourdieu. “Sobre a televisão”. São Paulo. Zahar, 1996; e “Sobre o Estado” São Paulo, Cia das Letras, 2014.
Texto II
Texto III
Opor-se a todas as formas de violência – da violência física e direta (extermínio em massa, terror) à violência 
ideológica (racismo, incitação ao ódio, discriminação sexual) – parece ser a maior preocupação da atitude 
liberal tolerante que predomina atualmente. Uma chamada SOS sustenta esse discurso, abafando todas as 
outras abordagens possíveis: todo o resto pode e deve esperar… Não haveria algo de suspeito, até mesmo 
sintomático, nesse foco sobre a violência subjetiva, a violência dos agentes sociais, indivíduos maléficos, 
aparelhos repressivos disciplinados, das multidões fanáticas? Não haveria aqui uma tentativa desesperada 
de desviar as atenções do verdadeiro lugar do problema, uma tentativa que, ao obliterar a percepção de 
outras formas de violência, se torne assim parte ativa delas? Há uma anedota bem conhecida em que um 
oficial alemão visitou Picasso em seu estúdio em Paris durante a Segunda Guerra Mundial. Chocado com o 
“caos” vanguardista da Guernica, perguntou a Picasso: “Foi você que fez isto?”. Ao que Picasso replicou, 
calmamente: “Não, isto foi feito por vocês!”. Atualmente, muitos liberais, ao serem confrontados com ex-
plosões violentas como as desordens de 2005 nos subúrbios de Paris, perguntam aos poucos esquerdistas 
que ainda apostam numa transformação social radical: “Não foram vocês que fizeram isto? É isto que vocês 
querem?”. E nós deveríamos responder, como Picasso: “Não, foram vocês que fizeram isto! Este é o verda-
deiro resultado da sua política!”.
Slavoj Zizek, In: “Violência”. São Paulo, Boitempo, 2014.
65
Texto IV
Quando começamos a pensar em guerra entre gangues, uma das primeiras palavras que nos vem à mente 
é "violência". Isso porque "violência" e "jovens da periferia" são substantivos acostumados a participarem 
da mesma frase no senso comum. Mas que tal se pensarmos que esses jovens nem sempre são os agentes 
da violência? Se considerarmos que eles sofrem também desse mal, tanto o que vem das outras gangues 
quanto o que vem da polícia, do governo, da sociedade ou de nós? A violência é algo que vem sempre de 
fora, de outro grupo.
Aline Souza Martins. “O outro lado da violência: escutando adolescentes envolvidos na guerra do tráfico” Artigo. 
Conselho Regional de Psicologia de SP.
Texto V
O poder é sempre fruto da ação coletiva (...) O poder emerge onde quer que as pessoas se unam e ajam em 
concerto. (...) O poder nunca é propriedade de um indivíduo; pertence a um grupo e permanece em existên-
cia apenas na medida em que o grupo permanece unido. Quando dizemos que alguém “está no poder”, na 
realidade estamos nos referindo ao fato de que ele foi empossado por um certo número de pessoas para 
agir em seu nome. Autoridade caracteriza-se pelo reconhecimento inquestionável a quem se obedece. Vio-
lência tem um caráter instrumental e se expressa no uso de meios, implementos, instrumentos, ferramentas 
pelos quais a violência é exercida. Seu uso requer justificação. É sempre uma reação ao enfraquecimento do 
poder; é o agir sem argumentar, sem o discurso.
(Arendt, Hanna (1958) A Condição Humana. Rio de Janeiro: Forense Universitária. 10 edição, reimpressão 2005)
66
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INTERATIVIAA DADE
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64
Revista Filosofia Capital
ISSN 1982 6613 Vol. 1, Edição 1, Ano 2006.
PASSADO É PRESENÇA
A IMPORTÂNCIA DO PASSADO NA CONSTRUÇÃO DO SER PRESENTE
Raquel Silva de Brito
kelsb10@hotmail.com
Brasília-DF
2006
Declaração
O ódio no Brasil | Leandro Karnal
OUTRO OLHAR - Jovens e Violência
NOTÍCIAS DE UMA GUERRA PARTICULAR
Fonte: YoutubeFonte: TV BRASIL
Documentário que conta a história da violência urbana na cidade do Rio 
de Janeiro, e outras cidades do Brasil. Um cenário de policiais corruptos, 
traficantes e usuários em que todos estão submetidos à uma grande 
guerra diária. 
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Revista Filosofia Capital
ISSN 1982 6613 Vol. 1, Edição 1, Ano 2006.
PASSADO É PRESENÇA
A IMPORTÂNCIA DO PASSADO NA CONSTRUÇÃO DO SER PRESENTE
Raquel Silva de Brito
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Brasília-DF
2006
Declaração
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ONU
Revista Filosofia capital
Passado é presença a importância do passado 
na construção do ser presente
70
ProPosta
Texto I
Uso intencional da força física ou do poder real ou em ameaça, contra si próprio, contra outra pessoa, ou contra 
um grupo ou uma comunidade, que resulte ou tenha qualquer possibilidade de resultar em lesão, morte, dano 
psicológico, deficiência de desenvolvimento ou privação.
(KRUG, E. G. et al. (Org.). Relatório mundial sobre violência e saúde. Genebra: Organização Mundial)
Texto II
A violência é inerente ao homem. A violência tem mobilidade, pode circular, pode estar delegada ao Estado ou 
retornar para o homem, mas é destrutiva se contenta-se em submeter o homem, não em matá-lo.”
(Sigmund Freud, In: Kunzler, Fernando & Conte, Bárbara organizadores. (2005) Pensando a Violência. São Paulo: Editora Escuta.)
Texto IV
Existe aquela que reside em toda coerção da coletividade sobre o indivíduo. É por isso que é justo dizer que há uma 
violência da lei, das leis, uma violência das polícias, do Estado, do direito: O direito que, em certos casos, se apresen-
ta como devendo limitar a violência ou vigiá-la, não pode fazê-lo senão fundando por sua vez uma violência que 
não é corporal, mas que é de qualquer forma violência da coerção.(...) existe a violência que diz respeito ao corpo 
dos indivíduos: Ora ela consiste em limitar a liberdade desse corpo e se poderia chamá-la de violência encarcerante, 
ora é violência sangrenta, a dos ferimentos, dos assassínios, dos atentados.”
Roland Barthes, O Grão da Voz. São Paulo. Martins Fontes: 2004. 
Texto V
Mesmo se estamos lidando com uma brutalidade aparentemente totalmente não-ideológica, "Eu só quero queimar 
casas, para pegar objetos." Este é o resultado de uma constelação social e ideológica muito específica na qual a 
grande ideologia – luta por justiça, igualdade, etc. – se desintegrou, e a única ideologia em funcionamento é o 
puro consumismo. Assim, pouco importa o que observemos sob a forma de protesto. Todo acting-out violento é um 
sinal de há algo que você não consegue expressar com palavras. Mesmo a mais brutal violência é a encenação um 
certo impasse simbólico.
Slavoj Zizek, in: “Documentário: Guia do pervertido da ideologia” The Pervert's Guide to Ide-
ology). Direção de Sophie Fiennes. Inglaterra, Irlanda, 2012. 134 minutos.
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua 
formação, redija um texto dissertativo-argumentativo na modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o 
tema O conceito de violência e sua existência na sociedade.
Redações Extras
Pratique mais
73
ProPosta extra 1
 Com base na leitura dos seguintes textos motivadores e nos conhecimentos adquiridos ao longo de sua for-
mação, redija um texto dissertativo-argumentativo em norma culta da língua portuguesa sobre o tema a dificulda-
de de acesso e divulgação de cultura no Brasil, apresentando proposta de intervenção social que respeite o Direi-
tos Humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para a defesa de seu 
ponto de vista. 
Estamos acostumados a falar em cultura brasileira, assim, no singular, como se existisse uma unidade 
prévia que aglutinasse todas as manifestações materiais e espirituais do povo brasileiro. Mas é claro que uma tal 
unidade ou uniformidade parece não existir em sociedade moderna alguma e, menos ainda, em uma sociedade de 
classes. 
A tradição da nossa Antropologia Cultural já fazia uma repartição do Brasil em cultura aplicando-lhes um 
critério racial: cultura indígena, cultura negra, cultura branca, culturas mestiças. Os critérios podem e devem mu-
dar. Pode-se passar da raça para nação, e da nação para a classe social (cultura do rico, cultura do pobre, cultura 
burguesa, cultura operária), mas, de qualquer modo, o reconhecimento do plural é essencial. 
Nesta altura, vale a pena insistir em que existem faixas culturais fora da Universidade. Para tanto, é indis-
pensável reter o conceito antropológico do termo cultura como conjunto de modos de ser, viver, pensar e falar de 
uma dada formação social; e, ao mesmo tempo, abandonar o conceito mais restrito, pelo qual cultura é apenas o 
mundo da produção escrita provinda, de preferência, das instituições de ensino e pesquisa superiores. Ora, o que 
caracteriza a cultura extra-universitária é precisamente o seu caráter difuso, mesclado intimamente com toda a 
vida psicológica e social do povo. 
No mundo extra-universitário, os símbolos e os bens culturais não são objeto de análise detida ou de inter-
pretação sistemática. Eles são vividos e pensados, esporadicamente, mas não tematizados em abstrato. 
www.usp.br/cje/anexos/pierre/BosiACulturabrasileira.pdf 
A INDÚSTRIA CULTURAL 
Os bens simbólicos são con-
sumidos principalmente através dos 
meios de comunicação de massa. 
Trata-se de um processo corrente de 
difusão na sociedade de consumo. 
O homem da rua liga o seu 
rádio de pilha e ouve a música popu-
lar brasileira ou música popular (ou 
de massa) norte-americana. A em-
pregada doméstica liga o seu radinho 
e ouve o programa policial ou o pro-
grama feminino. A dona de casa liga 
a televisão e assiste às novelas do 
horário nobre. O dono da casa liga a 
televisão e assiste com os filhos ao 
jogo de futebol. As crianças ligam a 
televisão e assistem aos filmes de 
bangue-bangue. Quase todos ouvem 
o repórter da noite. O jornal dá a 
notícia do crime. O casal vai ao cine-
ma: assiste ao policial, à ficção cientí-
fica, à comédia ligeira, à chanchada. 
 Há revistinhas femininas popu-
lares e de classe média que atingem 
a tiragem de 500 mil exemplares se-
manais, com mais de um milhão de 
leitoras virtuais. 
Tudo isto é fabricado em sé-
rie e montado na base de algumas 
receitas de êxito rápido. Isso é a cul-
tura de massa ou, mais exatamente, 
cultura para as massas. 
Os processos psicológicos 
envolvidos nesses programas são, 
em geral, os de apelo imediato: sen-
timentalismo, agressividade, erotis-
mo, medo, fetichismo, curiosidade. 
Há uma dosagem de realismo e con-
servadorismo que, ao mesmo tempo, 
excita o desejo de ver, mexe com as 
emoções primárias e as aplaca no 
happy end. 
 
 
www.usp.br/cje/anexos/
pierre/BosiACulturabrasileira.pdf 
Como sempre todos falam tudo e não dizem nada, vamos dar uma explicada. Muitas são as perguntas, e 
pouco o espaço para respostas, um exemplo para se guardar é o de Kafka, a crítica convencionou que aquela era 
uma literatura menor. Ou seja, literatura feita pela minoria dos judeus em Praga, numa língua maior, o alemão. 
A Literatura Marginal, sempre é bom frisar, é uma literatura feita por minorias, sejam elas raciais ou socio-
econômicas. Literatura feita à margem dos núcleos centrais do saber e da grande cultura nacional, ou seja, os de 
grande poder aquisitivo. São autores marginais, ou seja, à margem do sistema, já que falam de um outro lugar com 
voz que se articula de uma outra subjetividade (tá vendo, quem disse que maloqueiro não tem cultura?). 
Hoje não somos uma literatura menor, nem nos deixemos taxar assim, somos uma literatura maior, feita 
por maiorias, numa linguagem maior, pois temos as raízes e as mantemos.Paz a quem merece. 
Ferréz. 
 
Trecho do Prefácio, Terrorismo Literário, à edição especial da revista Caros Amigos, intitulada Literatura 
Marginal. Ferréz é autor, nascido e residente na periferia de São Paulo, no Capão Redondo. 
Redação 
74
ProPosta extra 2
5 
 Com base na leitura dos seguintes textos motivadores e nos conhecimentos adquiridos ao longo de sua forma-
ção, redija um texto dissertativo-argumentativo em norma culta da língua portuguesa sobre o tema medicamentos 
experimentais: a corrida pela vida e os riscos à saúde apresentando proposta de intervenção social que respei-
te o Direitos Humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para a defesa 
de seu ponto de vista. 
A Fosfoetanolamina 
A molécula de fosfoetanolamina foi descoberta em 1941 e utilizada em estudos relacionados à esclerose múlti-
pla, artrite e outros distúrbios. Tem funcionado como suplemento de cálcio, magnésio e potássio, nos últimos 50 anos 
em diversos países da Europa e nos Estados Unidos. Até o momento, sua ampla venda não trouxe danos às pessoas 
ou preocupações às agências sanitárias americanas e europeias. 
A molécula na sua forma sintética foi desenvolvida pelo químico Gilberto Chierice, professor do Instituto de 
Química da Universidade de São Carlos (IQSC-USP). Ele se utilizou de um método de produção barato, através do qual 
foi capaz de produzir cada cápsula da substância por aproximadamente 10 centavos. 
In.: MENDES, V. L. e SILVA, L.G. A eficácia da Fofoetanolamina no tratamento do câncer de mama em mulheres., Dourados, 2016 (adaptado) 
A polêmica da fosfoetanolamina 
 
 O composto da foetalonami-
na sintética gerou controvérsia após 
a distribuição ter sido aprovada, por 
decisão judicial, para alguns pacien-
tes em tratamento contra o câncer. 
Entretanto, não existem, até o mo-
mento, estudos científicos que com-
provem a eficácia e a segurança no 
uso dessa substância, necessários ao 
seu reconhecimento como medica-
mento. 
 No início de outubro de 2015, 
o Supremo Tribunal Federal (STF) 
liberou o acesso à fosfoetanolamina 
a um paciente do Rio de Janeiro que 
estava na fase terminal da doença. 
Desde então, a demanda pela subs-
tância não parou de aumentar. 
 Por algum tempo, cápsulas de 
fosfoetanolamina sintética foram for-
necidas, de graça, em São Carlos, 
mas a Universidade de São Paulo 
(USP) proibiu a produção e distribui-
ção porque o medicamento não é 
registrado na Anvisa. Desde então, 
pacientes que tinham conhecimento 
dos estudos têm entrado na Justiça 
para obter a substância. 
 
Potencial de cura 
 
 A fosfoetanolamina ganhou um 
grande destaque, a nível nacional, 
no final de 2015 em função de seu 
possível potencial de utilização no 
combate ao câncer. Desenvolvida 
pela USP para o tratamento de tu-
mor maligno, a substância poderá 
ser usada no tratamento dos pacien-
tes por “livre escolha”, mediante 
laudo médico que ateste a doença e 
assinatura de termo de responsabili-
dade, de acordo com o texto do pro-
jeto de lei. 
 De acordo com os autores do 
projeto, a substância acabou repre-
sentando uma esperança para pes-
soas com câncer, por ser uma alter-
nativa ao tratamento convencional, 
melhorando a qualidade de vida, ou 
até chegando à cura. 
 
Anvisa 
 
 De acordo com a Anvisa, ne-
nhum processo de registro foi apre-
sentado para que a fosfoetanolamina 
possa ser considerada um medica-
mento. “A etapa é fundamental para 
que a eficácia e segurança do produ-
to possa ser avaliada com base nos 
critérios científicos aceitos mundial-
mente”. Para a obtenção do registro 
é preciso apresentar documentos e 
testes clínicos. 
 
 
 
 
http://www.ebc.com.br/noticias/saude/2016/03/
pilula-do-cancer-polemica-fosfoetanolamina 
O uso do canabidiol no tratamento de epilepsias graves de difícil controle 
 Nunca na história recente houve tanto interesse e discussão pública sobre o uso potencial do canabidiol (CBD) no 
tratamento de várias condições neurológicas tais como dor crônica e esclerose múltipla e, ultimamente, para o trata-
mento de epilepsias. Pacientes e familiares no mundo todo perguntam a seus médicos se este é um tratamento que 
pode ser utilizado e pais de crianças com epilepsias graves alimentam a esperança de ver seus filhos socorridos pelo 
CBD, a exemplo do que ocorreu no caso Charlotte Figi, nos Estados Unidos e de Anny em Brasília. Estas duas crianças 
foram tratadas com CBD com excelentes resultados. Corroborando os achados clínicos verificados nestas crianças, re-
cente consulta feita com pais sobre o uso do CBD mostrou que para a maioria dos filhos com síndrome de Dravet hou-
ve uma redução de mais de 80% das crises, melhora nos níveis de atenção e não foi relatado nenhum efeito colateral 
grave. Alguns relataram tontura e fadiga. 
 Em 1973, o Professor Elisaldo Carlini, pesquisador brasileiro, demonstrou pela primeira vez, em animais de labo-
ratório, os efeitos anticonvulsivantes do CBD, sem qualquer toxicidade e ausência de efeitos psicotrópicos. Em 1980, 
JM Cunha e seus colaboradores realizaram um estudo controlado em 15 pacientes que receberam CBD ou placebo, a-
lém das medicações que já tomavam. Quatro de oito pacientes ficaram quase livres de convulsões, 3 demonstraram 
“melhora parcial”, e um dos oito não apresentou melhora. 
 Pacientes, famílias e a comunidade médica precisam de dados objetivos e inequívocos sobre a segurança e eficá-
cia para aprovar uma nova droga para tratamento da epilepsia. Para isso, é preciso definir o perfil químico de uma dro-
ga ou produto botânico. Os dados disponíveis ainda não preenchem estes critérios. 
http://www.vivacomepilepsia.org/blog/?p=2414 
Uma substância ainda pouco conhecida 
Redação 
75
ProPosta extra 3
24FMJU1401 | 002-ConhecEspecíficos-Redação
REdação
TexTo 1
Muitos dos que fazem a opção de não vacinar os filhos, a fazem por convicções políticas ou filosóficas. A moda cor-
responde a uma certa tendência das sociedades que atingiram um razoável grau de conforto e segurança para ignorarem 
riscos que lhes parecem pertencer ao passado. Enquanto por esse mundo miserável, milhões de humanos lutam desespe-
radamente por não morrer de doenças banais, muitos europeus e norte-americanos, baseados em mitos e teorias pseudo-
científicas, apostam que a convicção vale o mesmo que a ciência. Mas não vale. E foi graças à ciência e à generalização 
das vacinas que ganhamos esta sensação de segurança que, curiosamente, tem ajudado a crescer o estranho movimento 
antivacinas, cujo ativismo deixou sequelas. Levou a que, por exemplo, muitos britânicos decidissem não vacinar os seus 
filhos. Resultado? O Reino Unido assistiu a um grande surto de sarampo, entre 2008 e 2009. Na Espanha, só se tinham 
registrado dois casos de sarampo, em 2004. Em 2010, já eram 1300. Nos EUA, um em cada dez pais adia a vacinação 
dos filhos ou pura e simplesmente recusa-se a vaciná-los. Por todo o mundo rico, doenças que estavam erradicadas nas 
últimas décadas começaram subitamente a regressar e a matar.
(Daniel Oliveira. “Não vacinar os filhos, uma moda que põe todos em perigo”. http://expresso.sapo.pt, 03.04.2014. Adaptado.)
TexTo 2
Famílias brasileiras com alta escolaridade desconfiam da boa vontade do governo em fornecer vacinas. Segundo as famí-
lias entrevistadas pelo R7, existem interesses de indústrias farmacêuticas e pouca informação sobre a composição das doses 
e sobre os possíveis efeitos colaterais. Para elas, é melhor investir em hábitos saudáveis do que expor crianças às vacinas.
A designer Ana Basaglia, de 44 anos, criou os três filhos sem apostar na vacinação para preveni-los de doenças como 
o sarampo. Ela diz que quanto mais se informava sobre as vacinas, menos sentia confiança em levar os filhos aos postos 
de vacinação. Para Ana, faltam informações mais precisas acerca dosefeitos da vacinação oferecida pelo governo. “Acho 
que tem que ser uma escolha da família. O grande problema é que pouco se conversa. As pessoas não sabem que existem 
efeitos colaterais, prazo de validade, que elementos químicos ficam depositados no corpo.”
(Felipe Maia e Camila Neumam. “Pais se negam a vacinar filhos e apostam apenas em ‘vida saudável’”. http://noticiasr7.com, 28.06.2011. Adaptado.)
TexTo 3
Cerca de 800 crianças europeias desenvolveram narcolepsia – uma doença incurável que causa crises de sono incon-
troláveis durante o dia – após terem recebido a vacina Pandemrix, contra o vírus da gripe H1N1 (‘gripe suína’), produzida 
pela GlaxoSmithKline.
A jovem Emelie Olsson, de 14 anos, é uma delas. Ela tem dificuldade de se manter acordada durante o dia e perde 
aulas com frequência por causa do problema. Ao acordar, ela, às vezes, fica paralisada, com falta de ar e sem conseguir 
pedir ajuda. Além disso, ela tem pesadelos e alucinações.
Países como a Finlândia, a Noruega, a Irlanda e a França também registraram aumento nos casos de narcolepsia em 
crianças após a implementação da vacina. Por causa disso, a agência reguladora de remédios europeia decidiu restringir 
o uso da vacina em jovens abaixo dos 20 anos.
Equipes independentes de pesquisadores já publicaram estudos revisados por outros especialistas na Suécia, na Fin-
lândia e na Islândia. Todos eles mostraram que o risco de narcolepsia aumentou de sete a treze vezes entre as crianças 
que tomaram a vacina, em comparação com as que não tomaram.
(“Distúrbio do sono incurável afeta cerca de 800 crianças que tomaram vacina contra H1N1 na Europa”. http://noticias.uol.com.br, 22.01.2013. Adaptado.)
TexTo 4
Excesso de vacinas, desconfiança com suas possíveis  reações colaterais e pressão da  indústria  farmacêutica são 
alguns dos motivos que levam muitos pais e mães no Brasil a decidirem não vacinar o filho. Esse movimento antivacina 
entrou no radar do governo, quando uma pesquisa encomendada pelo Ministério da Saúde detectou que a média da vaci-
nação no Brasil era de 81,4%, enquanto que na classe A era de 76,3%. A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) vê como 
“irresponsável” essa decisão de não dar as doses às crianças, segundo um de seus membros, o infectologista e pediatra 
Arondo Prohmann de Carvalho. “Orientados de maneira errônea, esses pais põem em risco não apenas a própria criança, 
mas toda a população”, diz, lembrando que mesmo doenças consideradas simples, como catapora e sarampo, podem ter 
consequências graves em crianças que já sofrem com problemas como doenças pulmonares. No entanto, para o pediatra 
e neonatologista Carlos Eduardo Corrêa, “sarampo, em criança bem nutrida, não fica grave. Há o pacto social, isto é, a 
preocupação com o grupo do qual fazemos parte, mas isso é um elemento a mais na discussão, não deve fazer com que 
os pais se sintam obrigados a dar todas as vacinas”, diz o médico.
(Mariana Della Barba. “Brasil também tem adeptos do movimento antivacina”. www.bbc.co.uk, 21.02.2014. Adaptado.)
Com base nas informações apresentadas pelos textos e em seus próprios conhecimentos, escreva uma dissertação, de 
acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, apontando os aspectos positivos e negativos da vacinação e se posi-
cionando sobre o tema:
Vacinação: uma escolha indiVidual dos pais ou uma questão de responsabilidade coletiVa?
76
ProPosta extra 4
Texto 1
Princesas da Disney são, há décadas, as primeiras referências de feminilidade para muitas meninas. E, há décadas, 
estabelecem ou perpetuam certos padrões do que é ser mulher. Duas pesquisas, uma americana e outra brasileira, 
abordaram a questão para mostrar a influência que a “cultura das princesas” exerce sobre crianças e os problemas 
que podem causar em termos de autoestima e estereótipos de gênero. Ambas as pesquisas chegam às mesmas 
conclusões: as princesas, em especial as clássicas, ajudam a disseminar a ideia de que meninas e meninos têm 
tarefas diferentes, devem se comportar de forma diferente e ter objetivos de vida diferentes. No caso das meninas, 
o objetivo muitas vezes se resume a encontrar o “príncipe encantado”.
Sobre a questão, a psicóloga Sarah M. Coyne, autora do estudo americano, afirma que “sabemos que 
garotas que se apegam aos estereótipos de princesas sentem que não são capazes de fazer algumas coisas. Elas 
não são confiantes em se dar bem em matemática ou ciência. Elas também não gostam de se sujar, ficando assim 
menos propensas a experimentar coisas novas”.
(Beatriz Montesanti. “Por que a ‘cultura das princesas’ ainda é um problema para as me-
ninas”. www.nexojornal.com.br, 26.06.2016. Adaptado.)
Texto 2
Bem-vindo à Escola de Princesas, fundada em 2013 pela psicopedagoga Nathalia de Mesquita. O curso ensina às 
meninas os valores de uma princesa – como humildade, solidariedade e bondade –, como arrumar o cabelo e se 
maquiar, regras de etiqueta, culinária e como organizar a casa.
“O sonho de toda menina é tornar-se uma princesa” é o mote da escola, que recebe críticas por ser, su-
postamente, um retrocesso ao ensinar tarefas domésticas apenas para meninas, como se ensinasse que lugar de 
mulher é na cozinha. Mas a fundadora discorda e acredita que quem pensa assim não conhece a real proposta 
do local. Ela continua dizendo que espera que as “princesas” ali possam ser mulheres completas em todos os 
aspectos. “Hoje em dia vemos que ou a mulher só é focada em trabalho e carreira, deixando para trás toda essa 
parte da família, das coisas do dia a dia; ou a mulher apenas se concentra em ser uma boa mãe e uma boa esposa, 
sacrificando a carreira e a parte acadêmica. E por que uma mulher não pode ser completa? Por que tem que abrir 
mão da carreira para ser mãe? Ela pode ser mãe, ela pode ter a carreira dela, ela pode ser dona de casa, ela pode 
ser o que ela quiser.”
Os relacionamentos amorosos são temas frequentes das aulas com meninas mais velhas. Uma princesa 
deveria esperar pelo príncipe encantado? A psicopedagoga acredita que as meninas devem se privar para evitar a 
imagem ruim para os meninos.
“Ainda existe esse preconceito, por mais que a gente já tenha conquistado nosso espaço, é diferente. O 
homem podefazer o que quiser e nunca vai ser rotulado, mas a mulher ainda vai”, relata.
(Hyndara Freitas. "Escola de Princesas ensina etiqueta, culinária e organização de casa a me-
ninas de 4 anos". http://emais.estadao.com.br, 12.10.2016. Adaptado.)
77
Texto 3
Para quebrar padrões de gênero, o Escritório de Proteção de Direitos da Infância de Iquique, no norte do Chile, 
resolveu inovar: criou um seminário de “desprincesamento”.
“Buscamos dar às meninas ferramentas para que elas cresçam livres de preconceitos, empoderadas e com a 
convicção de que são capazes de mudar o mundo, e de que não precisam de um homem ao lado para isso”, explica 
o coordenador do Escritório de Proteção de Direitos da Infância do município, Yury Bustamante.
Entre as atividades que são desenvolvidas, há debates, aulas de defesa pessoal, cantorias e atividades ma-
nuais. Tudo com o objetivo de que as meninas reflitam sobre o conceito de ser mulher, beleza e felicidade, sem que 
haja um “príncipe” embutido nesse conceito.
(Gabriela Bazzo. “Cidade chilena de Iquique cria curso de ‘desprincesamento’ para meninas”. 
www.brasilpost.com.br, 16.03.2016. Adaptado.)
Com base nos textos apresentados e em seus próprios conhecimentos, escreva uma dissertação, empregan-
do a norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema:
A influência da cultura das princesas na educação das meninas no século xxi
78
ProPosta 5
Texto 1
O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP) instituiu a redução de pena pela leitura por meio de uma por-
taria, em 2013, que estabeleceu a possibilidade de que o preso, no período de um ano, possa reduzir até48 dias 
de sua pena por meio da apresentação de resenhas de obras literárias disponíveis na unidade prisional. O texto 
define que o preso tem até 30 dias para realizar a leitura de uma obra e apresentar a sua resenha a uma comissão 
formada no sistema prisional – em caso de suspeita de plágio, o juiz pode realizar a arguição oral do participante.
De acordo com o juiz auxiliar da Corregedoria do TJSP, Jayme Garcia dos Santos Junior, a expectativa é de 
que, até o segundo semestre de 2016, a possibilidade de redução pela leitura, que hoje acontece em alguns presí-
dios da capital e do interior de São Paulo, já seja realidade em 90% das unidades prisionais do estado.
(Luiza de Carvalho Fariello. www.cnj.jus.br, 30.06.2015. Adaptado.)
Texto 2
O projeto “Remição da Pena pelo Estudo através da Leitura” do governo do Paraná registrou, até 2014, a média 
mensal de 2,3 mil detentos participantes.
Pedagoga e professora do curso de pedagogia da Universidade Estadual de Maringá (UEM), Aparecida 
Meire Calegari-Falco ressalta a importância da leitura no processo de humanização das pessoas, especialmente da-
quelas que se encontram privadas de liberdade. “A leitura pode ser uma janela para o mundo lá fora, além de que 
o projeto talvez seja a única possibilidade de contato com a leitura que essas pessoas terão”. A pedagoga reforça, 
ainda, o incentivo ao conhecimento que o hábito de ler pode trazer, contribuindo para diminuir a reincidência de 
crimes. Segundo ela, a falta de capacitação profissionalé um dos principais motivos para que ex-detentos conti-
nuem a cometer delitos, um problema que pode ser resolvido através do incentivo ao conhecimento proporcionado 
pela leitura.
Desde a implantação da lei, o Paraná vem sendo reconhecido no cenário nacional por ser o pioneiro no 
projeto. Tendo ganhado vários prêmios, o Estado já possui o maior número de presos que garantiram uma vaga na 
universidade neste ano.
Através do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), 55 detentos 
entraram para uma universidade pública em 2015.
(Fabiola Junghans et al. www.portalcomunicare.com.br. Adaptado.)
79
Texto 3
Cid Gomes, enquanto governador do Ceará, apresentou projeto de redução de pena pela leitura, conferindo ao 
condenado 4 dias a menos na prisão por livro lido no mês. Embora simpática aos olhos de alguns, a medida merece 
ser censurada sob vários aspectos.
A respeito da execução da pena, a legislação federal estabelece a possibilidade de redução por trabalho ou 
por estudo, devendo, nesta hipótese, ocorrer a frequência escolar – atividade de ensino fundamental, médio, pro-
fissionalizante, superior, ou ainda de requalificação profissional. A proposta governamental esbarra nessa lei, pois a 
simples leitura não se enquadra em estudo regular, mesmo mediante avaliação. A leitura serve como mero deleite, 
busca de conhecimento, de reconstrução, de entretenimento, sendo um item a mais no processo de ressocialização. 
É, porém, inadmissível que ressocialização seja sinônimo de redução de pena. A leitura, pela simples leitura e sem 
o ensino formal, não propiciará a revitalização do sistema penitenciário brasileiro.
(Heitor Férrer. www.opovo.com.br, 19.12.2014. Adaptado.)
Com base na leitura dos textos e em seus próprios conhecimentos, escreva uma dissertação, na norma-padrão da 
língua portuguesa, sobre o seguinte tema:
A leitura deve ser uma medida para a redução da pena de presidiários?
80
ProPosta 6
Texto 1
Em 2013, o Brasil chegou ao primeiro lugar no ranking dos países que mais faziam cirurgias plásticas no mundo. 
Segundo a mais recente pesquisa da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética, o Brasil realizou 1,22 
milhão de procedimentos em 2015. O Brasil está agora em segundo lugar no ranking, superado apenas pelos Es-
tados Unidos que, em 2015, registraram 1,41 milhão de cirurgias.
(Mariana Lenharo. “Cai número de plásticas no Brasil, mas país ainda é 2o no ranking, 
diz estudo”. http://g1.globo.com, 27.08.2016. Adaptado.)
Texto 2
Que modelo de mulher é a Barbie, que reinou por mais de meio século como um ideal feminino a ser atingido? 
Um que não existe. E não é que Barbie não exista por ser linda demais, inatingível para pobres mortais com seus 
genes imperfeitos, mas sim por ser bizarra demais, uma arquitetura que literalmente não para em pé. Graças a 
sua cinturinha, Barbie só teria espaço para acomodar metade de um rim e alguns centímetros de intestino. Como 
o pescoço é duas vezes maior do que o de uma mulher e 15 centímetros mais fino, ela não teria como manter a 
cabeça erguida. Andar, só como um quadrúpede.
(Eliane Brum. “Quem precisa da Barbie, tenha o corpo que tiver?”. http://brasil.elpais.com, 01.02.2016. Adaptado.)
81
Texto 3
Sabe-se que há riscos para a pessoa que faz uma cirurgia plástica. Podem ocorrer infecções, sangramentos, per-
furação de órgãos e hematomas. Além disso, não são raros casos de morte na sala cirúrgica ou por complicações 
posteriores. Por que essa incessante busca pelo corpo perfeito, à custa de bisturi e sangue? A mídia tem uma 
grande influência sobre seu público. Homens e mulheres comuns estão cercados de anúncios que utilizam modelos 
esteticamente perfeitos. Numa guerra contra o espelho, há pessoas que não aceitam sua imagem fora do padrão 
estético vigente. Assim, não bastam academias de ginástica, dietas, cosméticos e salões de beleza. É preciso cortar 
a própria carne. Tudo bem quando isso é feito de forma responsável e conforme o mais alto grau de profissiona-
lismo. Contudo, a recorrência ao bisturi para alterar a aparência é um problema quando se torna obsessão. Na 
mitologia grega, Procusto era um malfeitor que capturava viajantes para fazê-los caber numa espécie de leito de 
ferro. Se fossem maiores que o leito, cortava-lhes pedaços a golpes de machado. Se menores, os esticava. Metafo-
ricamente, eu prefiro não caber no leito de Procusto.
 
Ilustração: Igor Ricardo
(Márcio Chocorosqui. “À procura do corpo perfeito”. http://lounge.obviousmag.org. Adaptado.)
Com base nos textos apresentados e em seus próprios conhecimentos, escreva uma dissertação, empregando a 
norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema:
O excesso de cirurgias plásticas em uma sociedade de padrões estéticos opressores impostos pela 
mídia
Exercícios
82
ProPosta 7
Texto 1
Uma pesquisa mundial da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) com mais de 
100 mil professores e diretores de escola do segundo ciclo do ensino fundamental e do ensino médio (alunos de 
11 a 16 anos) põe o Brasil no topo de um ranking de violência em escolas: 12,5% dos professores ouvidos no país 
disseram ser vítimas de agressões verbais ou de intimidação de alunos pelo menos uma vez por semana. Trata-se 
do índice mais alto entre os 34 países pesquisados.
A pesquisadora Rosemeyre de Oliveira, da PUC-SP, atribui a violência nas escolas à impunidade dos estu-
dantes. “O aluno que agride o professor sabe que vai ser aprovado. Pode ser transferido de colégio – às vezes é 
apenas suspenso por oito dias”, diz. “Os regimentos escolares não costumam sequer prever esse tipo de crime. Aí, 
quando ele ocorre, nada acontece.”
(Luiza Tenente e Vanessa Fajardo. “Brasil é #1 no ranking da violência contra professores: enten-
da os dados e o que se sabe sobre o tema”. g1.globo.com, 22.08.2017. Adaptado.)
Texto 2
A presidente-executiva da organização Todos Pela Educação, Priscila Cruz, acredita que o primeiro passo para 
diminuir as agressões contra os professores é reconhecer que a escola sozinha não é capaz de prevenir a violência. 
“Muitas vezes, essa é a referência em casa, na comunidade. É preciso trabalhar a cultura de paz na escola, motivar 
a solução não violenta de conflitos. Qualquer violênciaescolar não é um problema só da educação.”
Para a coordenadora executiva da Comunidade Educativa (Cedac), Roberta Panico, esse tipo de violência é 
uma reprodução do que ocorre fora da escola, mas há outro tipo de agressão praticada pela escola contra o aluno, 
da qual pouco se fala.
“A sociedade está mais violenta. Ir para uma escola suja, quebrada, não aprender o que deveria, isso tam-
bém é violência.”
(Maiza Santos. “Brasil é campeão em atos violentos de alunos contra professores”. www.em.com.br, 23.08.217. Adaptado.)
Texto 3
No contexto escolar, a partir do conjunto de regras que ditam os comportamentos e as relações – incluído aí o exer-
cício da autoridade por parte do professor – desenvolvem-se sentimentos, atitudes e percepções variadas acerca da 
própria escola, que podem, muitas vezes, levar a desinteresse, indisciplina e atos de violência por parte dos alunos. 
Esses reclamam que os próprios adultos infringem as regras e que há abuso de poder por parte das instituições, que 
impõem regras sem margens de defesa ou possibilidades de contestação por parte dos jovens.
Por outro lado, os professores sugerem que a estrutura familiar e a falta de sintonia entre escola e família 
em relação ao papel que desempenham na formação do aluno contribuem para a incidência de agressões. Segundo 
os docentes, a violência contra o professor é um reflexo da classe social a que pertencem os alunos, das comunida-
des em que estão inseridos, da família da qual fazem parte e das mídias a que têm acesso.
(Kátia dos Santos Pereira. “Violência contra os professores nas escolas”. www2.camara.leg.br, maio de 2016. Adaptado.)
Com base nos textos apresentados e em seus próprios conhecimentos, escreva uma dissertação, empregando a 
norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema:
A violência contra o professor é consequência de regras escolares impostas aos alunos de forma 
autoritária ou reflexo de uma sociedade violenta?
Exercícios
85
exercício 1
4 
 
RA
SC
UN
HO
02QUESTÃO DISCURSIVA 
 
 
(QUINO, Toda Mafalda.São Paulo: Martins Fontes, 2008, p. 384) 
 
A partir do diálogo entre as personagens Mafalda e Liberdade, explicite a crítica e o efeito de humor da tirinha. Seu texto 
deve ter entre 8 e 10 linhas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
03QUESTÃO DISCURSIVA 
 
 
Leia um trecho da entrevista ao iG do cineasta pernambucano Kleber Mendonça Filho, que teve, em 2012, seu primeiro 
longa-metragem, “O Som ao Redor”, incluído na lista dos dez melhores filmes do ano do jornal americano The New York 
Times. 
 
iG: Como fazer para que “O Som ao Redor” seja visto por um grande público no Brasil? 
 
Mendonça Filho: É difícil. O mercado hoje tem mecanismos de convencimento, tudo é massificado. Faz semanas que só vejo “O 
Hobbit” na minha frente: cartaz, jornal, Facebook, email, outdoor, televisão. É impressionante o que o dinheiro faz. No fim, as pessoas 
naturalmente assistem a esses filmes. Elas veem “O Hobbit” sem saber direito o motivo. E aí você tem filmes bem menores e fica 
pensando que seria bom se eles saíssem um pouco do cercadinho da cultura e fossem descobertos por outras pessoas, por pessoas 
que talvez não o vissem, mas viram e gostaram. Esse é o meu desejo. 
 
iG: O que acha do Vale-Cultura? 
 
Mendonça Filho: Talvez seja positivo, mas me parece pular alguns estágios, porque não há investimento educacional no País. Acho 
que investir na educação de base já geraria cidadãos naturalmente inclinados para a cultura. 
(http://ultimosegundo.ig.com.br/cultura/cinema/2013-0303) 
 
 
Limite mínimo 
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86
exercício 2
5 
 
RA
SC
UN
HO
RA
SC
UN
HO
Obedecendo às normas da escrita culta, exponha a opinião de Mendonça Filho sobre a relação entre o público consumidor 
e o cinema, num texto em discurso indireto de até 8 linhas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
04QUESTÃO DISCURSIVA 
 
Curto, logo existo 
 
Com a evolução e o aumento de usuários e da importância das redes sociais, o nome e a fotografia de cada pessoa passaram 
a funcionar como o substituto do sujeito. O “eu” real se esvaziou para dar lugar ao “perfil”. O filósofo francês René Descartes 
estabeleceu um novo modelo de pensamento no século XVII, ao formular em latim a seguinte proposição: “Penso, logo existo” 
(Cogito, ergo sum). Era uma forma de demonstrar que aquele que existe raciocina e, por conseguinte, põe em xeque o mundo que 
o cerca. A dúvida científica substituía a certeza religiosa. Hoje, Descartes se reviraria no seu túmulo em Estocolmo, caso pudesse 
observar o que se passa na cabeça dos seres humanos. “Curto, logo existo” (Amo, ergo sum) parece ser a nova atitude lógica 
popularizada pelo Facebook. A dúvida científica cedeu espaço à presunção tecnológica. 
Melhor ainda é a formulação da jornalista americana Nancy Jo Sales no livro Bling Ring – a gangue de Hollywood: a dúvida 
sobre a existência do ego deu lugar, na cultura do ultraconsumismo e das celebridades, a um outro tipo de pergunta: “Se postei algo 
no Facebook e ninguém curtiu, eu existo?” 
A resposta é: provavelmente não. Eu existo se meus tuítes não são comentados nem retuitados? Claro que não. E se são 
curtidos e retuitados, tampouco! Ninguém existe nas redes sociais senão como representações, que estão ali no lugar dos indivíduos. 
Não há uma transparência ou uma continuidadenatural entre o que somos de fato e o que queremos ser nas redes sociais. Isso 
parece óbvio, mas não o é para muita gente. Agora as pessoas reais guardam uma alta concentração de nada nos cérebros, pois 
preferem jogar tudo o que pensam e sentem via suas representações nas redes sociais. Elas se tornam ocas para rechear de signos 
seus perfis. O verdadeiro eu migrou do mundo off-line para o online. 
É óbvio que os signos na internet podem enganar, mentir e insidiosamente simular um alter ego digital. Os vigaristas e falsários 
pululam alegremente com suas máscaras nas redes sociais. Quando alguém me “curte” ou “não curte”, está agindo com sinceridade 
na mensagem ou quer agradar e parecer inteligente? Nesse sentido, se o eu do Facebook quiser se sentir mais vivo com o número 
de pessoas que o curtiram, estará caindo em uma armadilha. Pois ele não é o que é nem quem curte é o que parece ser. Mesmo 
quando a boa-fé existe, ela deixa de o ser porque nada se mantém estável no ambiente da “curtição” do Facebook. [...] 
 
(Luís Antonio Guiron, Época, 01 ago. 2013) 
 
Escreva um resumo do texto acima, com 10 linhas no máximo. Em seu texto, você deve: 
 
 apresentar o ponto de vista do autor e os argumentos que ela utiliza para justificá-lo; 
 escrever com suas próprias palavras, sem copiar enunciados do autor; 
 mencionar no corpo do resumo o autor e a fonte do texto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Limite máximo 
Limite máximo 
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87
exercício 3 6 
 
RA
SC
UN
HO
05QUESTÃO DISCURSIVA 
Texto 1: 
Sem Tempo para as Palavras 
 
O tempo da comunicação por e-mails e mensagens de texto pode, em breve, ficar tão ultrapassado quanto o das cartas 
manuscritas enviadas pelo correio tradicional ou o das conversas ao telefone. E o longo post de 140 caracteres no Twitter? Esqueça! 
Estamos nos aproximando do dia em que tudo será dito com imagens, segundo o New York Times. “As fotos estão rapidamente se 
convertendo em um tipo de diálogo inteiramente novo”, escreveu Nick Bilton no jornal. “A turma de vanguarda está descobrindo que 
se comunicar com uma simples imagem, quer seja uma foto do que vai haver para o jantar ou uma imagem de uma placa de rua 
indicando ao amigo ‘Ei, estou esperando por você aqui’, é mais fácil que se dar ao trabalho de usar as palavras.” 
No passado, álbuns de fotos de família ocupavam espaço em estantes, repletos de imagens de casamentos, formaturas, férias 
memoráveis e poses desajeitadas em volta da árvore de Natal. Agora, com o clicar de um botão, podemos postar uma foto online, 
poupando-nos do trabalho de usar nossos dedos ou de digitar com os polegares num teclado pequeno. “Este é um momento divisor 
de águas. Estamos nos afastando da fotografia como maneira de registrar ou armazenar um momento passado e convertendo-a 
num meio de comunicação”, disse ao NYT Robin Kelsey, professor de fotografia da Universidade de Harvard. [...] 
(Tom Brady, Observatório da Imprensa, 23/07/2013.) 
Texto 2: 
Procura da Poesia 
[...] 
Penetra surdamente no reino das palavras. 
Lá estão os poemas que esperam ser escritos. 
Estão paralisados, mas não há desespero, 
há calma e frescura na superfície intata. 
Ei-los sós e mudos, em estado de dicionário. 
Convive com teus poemas, antes de escrevê-los. 
Tem paciência se obscuros. Calma, se te provocam. 
Espera que cada um se realize e consume 
com seu poder de palavra 
e seu poder de silêncio. 
Não forces o poema a desprender-se do limbo. 
Não colhas no chão o poema que se perdeu. 
Não adules o poema. Aceita-o 
como ele aceitará sua forma definitiva e concentrada 
no espaço. 
 
Chega mais perto e contempla as palavras. 
Cada uma 
tem mil faces secretas sob a face neutra 
e te pergunta, sem interesse pela resposta, 
pobre ou terrível, que lhe deres: 
Trouxeste a chave? 
[...] 
(ANDRADE, Carlos Drummond de. Antologia poética. 8a ed. Rio de Janeiro, José Olympio, 1975. p. 175-177) 
 
Confronte os textos 1 e 2 e dê sua opinião sobre a utilização da palavra escrita: que prognósticos podemos fazer quanto 
ao seu uso na comunicação e na vida em geral? 
Seu texto deve: 
 Apresentar uma opinião clara sobre o assunto e argumentos para sustentá-la, pautados nos textos; 
 Ter entre 10 e 12 linhas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Limite mínimo 
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89
critérios de correçãodas 
Provas de redação dos 
vestibulares de Medicina
Fuvest, Vunesp e Uerj
Metodologia de avaliação 
das redações
A redação deverá ser, obrigatoriamente, uma disserta-
ção de caráter argumentativo, na qual se espera que o 
candidato, visando a sustentar um ponto de vista sobre 
o tema proposto ou sugerido, demonstre capacidade 
de mobilizar conhecimentos e opiniões; argumentar de 
forma coerente e pertinente; articular eficientemente 
as partes do texto e expressar-se de modo claro, corre-
to e adequado.
Os textos elaborados pelos candidatos serão 
avaliados quanto a três aspectos ou quesitos:
I. Desenvolvimento do tema e organização do 
texto dissertativo-argumentativo
Verifica-se se o texto configura-se como uma disser-
tação argumentativa e se atende ao tema proposto 
ou sugerido. Pressupõe-se, então, que o candidato de-
monstre a habilidade de compreender a proposta de 
redação e, quando esta contiver uma coletânea, que 
ele se revele capaz de ler e de relacionar adequada-
mente os textos que a integram. A paráfrase de ele-
mentos que compõem a proposta de redação não é 
um recurso recomendável para o desenvolvimento 
adequado do tema. Não se recomenda, também, que 
o texto produzido se configure como uma dissertação 
meramente expositiva, isto é, que se limite a expor 
dados ou informações relativos ao tema, sem que se 
explicite um ponto de vista devidamente sustentado 
por uma argumentação consistente. No que diz respei-
to ao desenvolvimento do tema, verifica-se, além da 
pertinência das informações e da efetiva progressão 
temática, também a capacidade crítico-argumentativa 
que a redação venha a revelar.
II. Coerência dos argumentos e articulação das 
partes do texto
Avaliam-se, conjuntamente, a coerência dos argu-
mentos e das opiniões e a coesão textual, ou seja, a 
correta articulação das palavras, frases e parágrafos. 
A coerência reflete a capacidade do candidato de 
relacionar os argumentos e organizá-los de forma a 
deles extrair conclusões apropriadas e, também, sua 
habilidade para o planejamento e a construção signifi-
cativa do texto. Serão considerados de forma negativa 
a presença de contradições entre frases ou parágra-
fos, a falta de encadeamento das ideias, a circularida-
de ou quebra da progressão argumentativa, o uso de 
argumentação baseada apenas no senso comum e a 
falta de conclusão ou conclusões que não decorram 
do que foi previamente exposto. Serão tidos também 
como fatos negativos referentes à coesão, entre outros, 
o estabelecimento de relações semânticas impróprias 
entre partes do texto, assim como o uso inadequado 
de conectivos.
III. Correção gramatical e adequação vocabular
Avaliam-se, neste aspecto, o domínio da norma-padrão 
escrita da língua portuguesa e a clareza na expressão 
das ideias. Serão examinados aspectos gramaticais 
como ortografia, morfologia, sintaxe e pontuação, e o 
emprego adequado e expressivo do vocabulário. Espe-
ra-se que o candidato revele competência para expor 
com precisão e concisão os argumentos selecionados 
para a defesa do ponto de vista adotado, evitando o 
uso de clichês ou frases feitas. Avalia-se, também, a 
seleção adequada do vocabulário, tendo em vista as 
peculiaridades do tipo de texto exigido.
Para cada um dos três aspectos, será atribuída 
pontuação de 1 a 5, dependendo do desempenho do 
candidato no respectivo aspecto.
Quando os pontos atribuídos pelos dois ava-
liadores a um determinado aspecto divergirem em 1 
ponto, valerá a média das duas notas. Nos casos em 
que a discrepância entre os dois avaliadores exceder 
1 ponto em qualquer dos três aspectos, as redações 
serão objeto de uma terceira avaliação por uma ban-
ca previamente designada para esse fim. Caberá a 
essa banca decidir qual das duas notas é a mais ade-
90
quada ou se cabe atribuir uma terceira nota, diversa 
das que foram atribuídas. Se isso ocorrer, prevalecerá 
a terceira nota.
Os pontos atribuídos a cada aspecto serão mul-
tiplicados, respectivamente, por 4, 3 e 3, obtendo-se, 
assim, uma nota ponderada para a redação, que varia-
rá entre 10 e 50 pontos.
Receberão nota zero, além das redações em 
branco, textos que desenvolverem tema diverso do 
que foi proposto ou sugerido, ou que não atenderem 
à modalidade discursiva indicada. Serão passíveis de 
receber nota zero também os textos com extensão cla-
ramente abaixo do limite estabelecido nas instruções 
da prova ou que apresentarem elementos verbais ou 
visuais não relacionados com o tema proposto.
Caso a redação receba nota zero de um dos 
avaliadores e nota diferente de zero de outro avaliador, 
ela será objeto de uma terceira avaliação, seguindo os 
mesmos critérios estabelecidos para os casos de dis-
crepância submetidos a terceira avaliação.
Unicamp
A prova de Redação, composta de duas tarefas obri-
gatórias, busca avaliar a habilidade do candidato no 
emprego de recursos que são necessários à produção 
de textos pertencentes a diferentes gêneros discursivos. 
Cada tarefa é acompanhada de um ou mais textos que 
irão subsidiar o seu desenvolvimento, além de instru-
ções que indicarão os interlocutores envolvidos, bem 
como o gênero e o propósito do texto a ser elaborado 
pelo candidato. A prova procura, desta forma, reprodu-
zir o funcionamento do discurso no mundo real. Para 
que um texto seja bem sucedido em seus propósitos, o 
autor deve ter experiência de leitura e delinear um pro-
jeto em função de um ou mais objetivos específicos, que 
deverão ser atingidos por meio da formulação escrita.
A avaliação dos textos produzidos levará em 
conta as condições propostas na atividade: as proprie-
dades do gênero, os participantes da interlocução, o 
propósito (tendo em vista o tema, a situação de intera- 
ção proposta e as instruções), a leitura e a articulação 
entre as partes do texto. Assim, o candidato deve, no 
desenvolvimento das duas tarefas, atender a requeri-
mentos relacionados:
1. ao gênero: o texto elaborado pelo candi-
dato em cada uma das tarefas deve ser repre-
sentativo do gênero solicitado e considerar os 
interlocutores nele implicados.
2. ao propósito: o candidato deve cumprir o 
propósito da tarefa que está sendo solicitada, 
observando o tema, a situação de interação 
proposta e as instruções de elaboração do tex-
to.
3. à leitura: é esperado que o candidato es-
tabeleça pontos de contato com o(s) texto(s) 
fornecido(s) em cada tarefa. Ele deve mostrar 
a relevância desses pontos para o seu projeto 
de escrita e não simplesmente reproduzir o(s) 
texto(s) ou partes do(s) mesmo(s) em forma 
de colagem.
4. à articulação escrita: os textos produzi-
dos pelo candidato devem propiciar uma leitura 
fluida e envolvente, mostrando uma articulação 
sintático-semântica ancorada no emprego ade-
quado de elementos coesivos e de outros recur-
sos necessários à organização dos enunciados. 
O candidato também deve demonstrar ter habi-
lidade na seleção de itens lexicais apropriados 
ao estilo dos gêneros solicitados e no emprego 
de regras gramaticais e ortográficas que aten-
dem à modalidade culta da língua.
Enem
Cada avaliador atribuirá uma nota entre 0 (zero) e 200 
(duzentos) pontos para cada uma das cinco competên-
cias, e a soma desses pontos comporá a nota total de 
cada avaliador, que pode chegar a 1000 (mil) pontos. A 
nota final do participante será a média aritmética das 
notas totais atribuídas pelos dois avaliadores.
91
Competência 1
Demonstrar domínio da modalidade escrita formal da Língua Portuguesa.
200 pontos
Demonstra excelente domínio da modalidade escrita formal da Língua Portuguesa e deescolha de registro. 
Desvios gramaticais ou de convenções da escrita serão aceitos somente como excepcionalidade e quando não 
caracterizem reincidência.
160 pontos
Demonstra bom domínio da modalidade escrita formal da Língua Portuguesa e de escolha de registro, com poucos 
desvios gramaticais e de convenções da escrita.
120 pontos
Demonstra domínio mediano da modalidade escrita formal da Língua Portuguesa e de escolha de registro, com alguns 
desvios gramaticais e de convenções da escrita.
80 pontos
Demonstra domínio insuficiente da modalidade escrita formal da Língua Portuguesa, com muitos desvios gramaticais, de 
escolha de registro e de convenções da escrita.
40 pontos
Demonstra domínio precário da modalidade escrita formal da Língua Portuguesa, de forma sistemática, com diversifica-
dos e frequentes desvios gramaticais, de escolha de registro e de convenções da escrita.
0 ponto Demonstra desconhecimento da modalidade escrita formal da Língua Portuguesa.
Competência 2
Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para 
desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo em prosa.
200 pontos
Desenvolve o tema por meio de argumentação consistente, a partir de um repertório sociocultural produtivo, e apresenta 
excelente domínio do texto dissertativo-argumentativo.
160 pontos
Desenvolve o tema por meio de argumentação consistente e apresenta bom domínio do texto dissertativo-argumenta-
tivo, com proposição, argumentação e conclusão.
120 pontos
Desenvolve o tema por meio de argumentação previsível e apresenta domínio mediano do texto dissertativo-argumen-
tativo, com proposição, argumentação e conclusão.
80 pontos
Desenvolve o tema recorrendo à cópia de trechos dos textos motivadores ou apresenta domínio insuficiente do texto 
dissertativo-argumentativo, não atendendo à estrutura com proposição, argumentação e conclusão.
40 pontos
Apresenta o assunto, tangenciando o tema, ou demonstra domínio precário do texto dissertativo-argumentativo, com 
traços constantes de outros tipos textuais.
0 ponto Fuga ao tema/não atendimento à estrutura dissertativo-argumentativa.
Competência 3
Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, 
opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista.
200 pontos
Apresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema proposto, de forma consistente e organizada, configuran-
do autoria, em defesa de um ponto de vista.
160 pontos
Apresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema, de forma organizada, com indícios de autoria, em defesa 
de um ponto de vista.
120 pontos
Apresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema, limitados aos argumentos dos textos motivadores e 
pouco organizados, em defesa de um ponto de vista.
80 pontos
Apresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema, mas desorganizados ou contraditórios e limitados aos 
argumentos dos textos motivadores, em defesa de um ponto de vista.
40 pontos Apresenta informações, fatos e opiniões pouco relacionados ao tema ou incoerentes e sem defesa de um ponto de vista.
0 ponto Apresenta informações, fatos e opiniões não relacionados ao tema e sem defesa de um ponto de vista.
Competência 4
Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação.
200 pontos Articula bem as partes do texto e apresenta repertório diversificado de recursos coesivos.
160 pontos Articula as partes do texto com poucas inadequações e apresenta repertório diversificado de recursos coesivos.
120 pontos Articula as partes do texto com algumas inadequações e apresenta repertório diversificado de recursos coesivos.
92
Prontuário
Competência 4
Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação.
80 pontos
Articula as partes do texto, de forma insuficiente, com muitas inadequações e apresenta repertório limitado de recur-
sos coesivos.
40 pontos Articula as partes do texto de forma precária.
0 ponto Ausência de marcas de articulação, resultando em fragmentação das ideias.
Competência 5
Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos.
200 pontos
Elabora muito bem a proposta de intervenção, detalhada, relacionada ao tema e articulada à discussão desenvolvida 
no texto.
160 pontos Elabora bem a proposta de intervenção relacionada ao tema e articulada à discussão desenvolvida no texto.
120 pontos
Elabora, de forma mediana, a proposta de intervenção relacionada ao tema e articulada à discussão desenvolvida 
no texto.
80 pontos
Elabora, de forma insuficiente, a proposta de intervenção relacionada ao tema ou não articulada com a discussão de-
senvolvida no texto.
40 pontos Apresenta proposta de intervenção vaga, precária ou relacionada apenas ao assunto.
0 ponto Não apresenta proposta de intervenção ou apresenta proposta não relacionada ao tema ou ao assunto.
PUC – São Paulo, Campinas e vestibulares externos
A redação tem por objetivo, a partir de conhecimentos da realidade atual, verificar as habilidades de:
 § entender as orientações dadas para a elaboração da redação;
 § selecionar um tema a partir das propostas dadas para o desenvolvimento do texto; e
 § organizar o texto de forma clara, coesa, coerente e crítica, seguindo os padrões da norma culta escrita da 
Língua Portuguesa.
Prontuário
95
Prontuário
Meta 2018:
 Conquistar uma vaga no curso de Medicina.
Para conquistar a sua meta, divida-a em objetivos menores. Assim, fica mais fácil acompanhar a sua evolução:
Escrever redações nota dez.
Para atingir esse objetivo:
Escrever _____ redações por semana.
Minhas Notas
Semana 1 2 3 4
Nota
Reescrita
Redações Extras
Extras 1 2 3 4 5 6 7
Original
Reescrita
LEMBRE-SE: 
As notas fazem parte de um processo. Cada uma representa uma avaliação pontual. 
É importante olhar para elas e autoavaliar-se para desenhar estratégias que 
ajudem a melhorar seus textos.
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Data: ____/____/2018
Plantonista____________________
Principais dificuldades: 
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Meta de curto prazo: 
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Data: ____/____/2018
Plantonista____________________
Principais dificuldades: 
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Data: ____/____/2018
Plantonista____________________
Principais dificuldades: 
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Data: ____/____/2018
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