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Ancylostoma duodenale
Ambos são vermes nematelmintes (asquelmintes), de pequenas dimensões, medindo entre 1 e 1,5 cm. A doença pode também ser conhecida popularmente como "amarelão", "doença do jeca-tatu", "mal-da-terra", "anemia-dos-mineiros, "opilação", etc. 
As pessoas portadoras desta verminose são pálidas, com a pele amarelada, pois os vermes vivem no intestino delgado e, com suas placas cortantes ou dentes, rasgam as paredes intestinais, sugam o sangue e provocam hemorragias e anemia. 
A pessoa se contagia ao manter contato com o solo contaminado por dejetos. As larvas filarioides penetram ativamente através da pele (quando ingeridas, podem penetrar através da mucosa). As larvas têm origem nos ovos eliminados pelo homem. 
Ciclo de Vida 
Os vermes adultos vivem no intestino delgado do homem. Depois do acasalamento, os ovos são expulsos com as fezes (a fêmea do Ancylostoma duodenale põe até 30 mil ovos por dia, enquanto que a do Necator americanus põe 9 mil). Encontrando condições favoráveis no calor (calor e umidade), tornam-se embrionados 24 horas depois da expulsão. A larva assim originada denomina-se rabditoide. Abandona a casca do ovo, passando a ter vida livre no solo. Depois de uma semana, em média, transforma-se numa larva que pode penetrar através da pele do homem, denominada larva filarioide infestante. 
Quando os indivíduos andam descalços nestas áreas, as larvas filarioides penetram na pele, migram para os capilares linfáticos da derme e, em seguida, passam para os capilares sanguíneos, sendo levadas pela circulação até o coração e, finalmente, aos pulmões. 
Depois, perfuram os capilares pulmonares e a parede dos alvéolos, migram pelos bronquíolos e chegam à faringe. Em seguida, descem pelo esôfago e alcançam o intestino delgado, onde se tornam adultas. 
Outra contaminação é pela larva filarioide encistada (pode ocorrer o encistamento da larva no solo) a qual, se é ingerida oralmente, alcança o estado adulto no intestino delgado, sem percorrer os caminhos descritos anteriormente. 
Ciclo de vida detalhado
1- As larvas penetram ativamente através da pele, atingem a circulação e executam uma viagem semelhante àquela realizada pelas larvas da lombriga, migrando do coração para os alvéolos pulmonares.
2- Dos alvéolos, seguem para os brônquios, traqueia, laringe, faringe, esôfago, estômago e intestino delgado, local em que se transformam em adultos.
3- Após acasalamento no intestino, as fêmeas iniciam a posturas dos ovos, que, misturados as fezes, são eliminados para o solo. A diferença em relação à ascaridíase é que, neste caso, os ovos eclodem no solo e liberam uma larva.
4- Em solo úmidos e sombrios, as larvas permanecem vivas e se alimentam. Sofrem muda na cutícula durante esse período.
Sintomas 
No local da penetração das larvas filarioides, ocorre uma reação inflamatória (pruriginosa). No decurso, pode ser observada tosse ou até pneumonia (passagem das larvas pelos pulmões). Em seguida, surgem perturbações intestinais que se manifestam por cólicas, náuseas e hemorragias decorrentes da ação espoliadora dos dentes ou placas cortantes existentes na boca destes vermes. Estas hemorragias podem durar muito tempo, levando o indivíduo a uma anemia intensa, o que agrava mais o quadro. 
Poderão ocorrer algumas complicações, tais como: caquexia (desnutrição profunda), amenorreia (ausência de menstruação), partos com feto morto e, em crianças, transtornos no crescimento.
Prevenção e Tratamento 
As principais medidas de prevenção consistem na construção de instalações sanitárias adequadas, evitando assim que os ovos dos vermes contaminem o solo; uso de calçados, impedindo a penetração das larvas pelos pés. Além do tratamento dos portadores, é necessária uma ampla campanha de educação sanitária. Caso contrário, o homem correrá sempre o risco de adquirir novamente a verminose. 
No tratamento dos doentes, o remédio clássico é o befênio; também são eficazes o pirantel, mebendazol e tiabendazol. 
Quando eliminados nas fezes são avermelhados por causa da hematofagia e histiofagia que fazem no trato gastrintestinal dos hospedeiros. O Ancylostoma duodenale tem bolsa copuladora e cápsula bucal com dois pares de dentes. Os ovos (1) são liberados no ambiente e tornam-se larvados. A larva rabditóide (2) leva por volta de uma semana para tornar-se larva filarióide (3). Essa penetra a pele do homem e o contamina. A infecção ocorre preferencialmente em locais baixos, alagáveis e férteis. A larva atinge a circulação linfática ou vasos sangüíneos, passando pelos pulmões e retornando até a faringe para a deglutição (Ciclo de Looss). O local preferencial de instalação no intestino é no final do duodeno, mas ocasionalmente pode atingir o íleo ou ceco (em infecções maciças), onde torna-se o verme adulto (4). O período pré-patente varia de cinco a sete semanas. 
A penetração da larva causa dermatite, que pode variar de intensidade. Nos pulmões, pode haver bronquite/alveolite. O intestino é acometido pela hisitiofagia e hematofagia dos parasitos. Esta atividade dos vermes adultos pode provocar formação de úlceras intestinais, anemia microcítica e hipocrômica e até hipoproteinemia. 
O uso de calçados, hábitos de higiene corporal, fervura da água a ser ingerida e cuidados na preparação de alimentos são medidas preventivas importantes.
Ancylostoma braziliense
Helminto nematódeo causador de ancilostomose animal e inflamação cutânea no homem (larva migrans); é próprio de felídeos e canídeos domésticos ou silvestres. Apresenta cápsula bucal que se caracteriza por apresentar um par de dentes bem desenvolvidos. Os machos apresentam bolsa copuladora.  O adulto mede de 5 a 10 milímetros de comprimento. Ao chegarem no ambiente através das fezes, os ovos (1) tornam-se larvados e, após, liberam as larvas rabditóides (2). Uma vez no solo, a larva rabditóide leva por volta de uma semana para tornar-se filarióide (3) ou infectante. Essa penetra a pele dos animais e, acidentalmente a pele do homem. Nos animais, a infecção ocorre preferencialmente em locais baixos, alagáveis e férteis. Após penetrar a pele dos animais, a larva atinge a circulação linfática ou vasos sanguíneos, passando pelos pulmões e retornando até a faringe para a deglutição (Ciclo de Looss). O local preferencial de instalação no intestino é no final do duodeno, mas ocasionalmente pode atingir o íleo ou ceco (em infecções maciças), onde torna-se o verme adulto (4). O período pré-patente varia de cinco a sete semanas. Nos animais podem provocar bronquite/alveolite, nos pulmões; no intestino a hisitiofagia e hematofagia provocam erosão da mucosa, levando a formação de úlceras intestinais, seguindo-se anemia microcítica hipocrômica e também hipoproteinemia. No homem, entretanto, a infecção fica limitada na maioria dos casos à inflamação da pele, chamada de "bicho-geográfico". Raramente ocorre alguma migração tecidual, não causando doença intestinal. Os usos de calçados nos locais infestados, assim como o tratamento dos animais parasitados ou a proibição de sua circulação em locais públicos, como praças e praias, reduzem as chances de infecção do homem.
Wuchereria bancrofti
É um nematódeo causador da filariose linfática. O parasito adulto tem de dois a seis centímetros, enquanto as microfilárias possuem de 0,2 a 0,3 mm. 
 	A fêmea do mosquito do gênero Culex ingere a forma microfilária (1) durante a picada da pessoa infectada. As microfilárias, na cavidade geral do mosquito (sofrem mudas até larvas infectantes), dirigem-se para a probóscide, rasgando-a e penetrando a pele do hospedeiro por alguma abrasão. Atingem a circulação, permanecendo aí até a fase de L5, quando se dirigem para os linfáticos e começa a liberação de microfilárias, se houver acasalamento. Se não, a forma adulta provoca obstrução linfática. O período pré-patente é de um ano. 
       Pode haver inflamação (linfangites e adenites), derramamento de linfa e hipersensibilidade. Há febre ao entardecer, com pico no início da madrugada. Edema de membros, com ousem espessamento pronunciado da pele. A elefantíase consiste na obstrução linfática pela presença dos vermes adultos (irreversível) após 10-15 anos de infecção. 
       Medidas de prevenção contra as picadas do mosquito (mosquiteiros, inseticidas, higiene) e tratamento dos doentes são importantes no controle do aparecimento da doença.
Esta doença é também conhecida como elefantíase, devido ao aspecto de perna de elefante do paciente com esta doença. Tem como transmissor os mosquitos dos gêneros Culex, Anopheles, Mansonia ou Aedes, presentes nas regiões tropicais e subtropicais. 
Quando o nematódeo obstrui o vaso linfático, o edema é irreversível, daí a importância da prevenção com mosquiteiros e repelentes, além de evitar o acúmulo de águas paradas em pneus velhos, latas, potes e outros.
As formas adultas são vermes nemátodes de secção circular e com tubo digestivo completo. As fêmeas (alguns centímetros) são maiores que os machos e a reprodução são exclusivamente sexuais, com geração de microfilárias. Estas são pequenas larvas fusiformes com apenas 0,2 milímetros.
Ciclo de Vida
As larvas são transmitidas pela picada dos mosquitos e da mosca Chrysomya conhecida como Mosca Varejeira. Da corrente sanguínea elas dirigem-se para os vasos linfáticos, onde se maturam nas formas adultas sexuais. Após cerca de oito meses da infecção inicial, começam a produzir microfilárias que surgem no sangue, assim como em muitos órgãos. 
O mosquito é infectado quando pica um ser humano doente. Dentro do mosquito as microfilárias modificam-se ao fim de alguns dias em formas infectantes, que migram principalmente para a cabeça do mosquito.
Progressão e sintomas
O período de incubação pode ser de um mês ou vários meses. A maioria dos casos é assintomática, contudo existe produção de microfilárias e o indivíduo dissemina a infecção através dos mosquitos que o picam.
Os episódios de transmissão de microfilárias (geralmente a noite, a depender da espécie do vetor) pelos vasos sanguíneos podem levar a reações do sistema imunitário, como prurido, febre, mal-estar, tosse, asma, fatiga, exantemas, adenopatias (inchaço dos gânglios linfáticos) e com inchaços nos membros, escroto ou mamas. Por vezes causa inflamação dos testículos (orquite).
A longo prazo, a presença de vários pares de adultos nos vasos linfáticos, com fibrosação e obstrução dos vasos (formando nódulos palpáveis) pode levar a acumulações de linfa a montante das obstruções, com dilatação de vasos linfáticos alternativos e espessamento da pele. 
Esta condição, dez a quinze anos depois, manifesta-se como aumento de volume grotesco das regiões afetadas, principalmente pernas e escroto, devido a retenção de linfa. Os vasos linfáticos alargados pela linfa retida, por vezes arrebentam, complicando a drenagem da linfa ainda mais. Por vezes as pernas tornam-se grossas, dando um aspecto semelhante a patas de elefante, descrito como elefantíase.
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico é pela observação microscópica de microfilárias em amostras de sangue. Caso a espécie apresente periodicidade noturna, é necessário recolher sangue de noite, de outro modo não serão encontradas. A ecografia permite detectar as formas adultas. A serologia por ELISA também é útil. São usados antiparasíticos como mebendazole. é importante tratar as infecções secundárias.
Prevenção
Há um programa da OMS que procura eliminar a doença com fármacos administrados como prevenção e inseticidas. É útil usar roupas que cubram o máximo possível da pele, repelentes de insetos e dormir protegido com redes.
Onchocerca volvulus 
   Helminto nematódeo agente da oncocercose, conhecida como o "Mal do Garimpeiro". O parasito adulto tem de 2 a 4 cm (macho) e de 30 a 50 cm (fêmea). É transmitida pelo mosquito borrachudo (Simulium spp.). 
       Os borrachudos ingerem microfilárias pela hematofagia; essas, no inseto, evoluem a microfilárias infectantes, que são reinoculados no hospedeiro definitivo; as microfilárias reinoculadas permanecem na derme ou migram para tecido conjuntivo, olhos, baço, rins, mesentério, linfáticos, formando aglomerados de adultos (1). O período de desenvolvimento da doença é de dois meses a um ano. 
       Na pele, ocorrem os oncocercomas (granulomas, nódulos), hiperceratose e atrofia glandular cutânea; no olho, forma-se o pannus com infiltração de linfócitos e eosinófilos; ocorrem ainda adenite, obstrução linfática e elefantíase. O diagnóstico é feito por biópsia de pele, oftalmoscopia, nodulectomia, teste de Mazzotti. 
       A oncocercose atinge cerca de 18 milhões de pessoas no mundo, das quais 300 mil são cegas. No Brasil, ocorre no norte e nordeste de Roraima e norte do Amazonas. 
       A prevenção se faz com a eliminação dos focos do inseto e com o tratamento dos doentes.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 99% dos casos de oncocercose (17 milhões ao total) registrados no mundo ocorrem na África. Esta doença foi observada pela primeira vez em Gana, no ano de 1875. Já no Brasil, essa doença foi detectada apenas em 1967.
Sua transmissão é feita pelo mosquito Simulium spp., popularmente conhecidos como piúm (região norte) ou borrachudo (demais regiões). Quando este inseto pica um hospedeiro infectado, acaba sugando microfilárias junto com o sangue. Estas, por sua vez, maturam-se no interior do corpo do mosquito, ocorrendo a transformação destas para formas infecciosas, sendo, por conseguinte, injetadas na circulação sanguínea de outro indivíduo picado pelo inseto.
A doença é caracterizada pelo surgimento de nódulos subcutâneos fibrosos, também chamados de oncocercomas, sobre superfícies ósseas em diversas regiões do corpo. Esses nódulos são móveis, não causam dor e são neles q	ue se encontram os parasitas no estágio adulto. Os machos podem percorrer o corpo do hospedeiro, migrando de nódulo em nódulo, fecundando as fêmeas que se encontram enoveladas nesta estrutura. Por dia, esses parasitas apresentam a capacidade de gerar até 3.800 larvas, que recebem o nome de microfilárias. Essa doença não leva ao óbito, mas pode causar cegueira nos indivíduos portadores.
As microfilárias alcançam diferentes partes do organismo, como olhos, linfa, urina, saliva, líquor e, às vezes, até a corrente sanguínea. Embora algumas possam maturar em outras localizações dentro do organismo, gerando novos nódulos, a maior parte morre devido ao combate por parte do sistema imunológico.
Inicialmente (aproximadamente 1 ano após a infecção) surgem os sintomas que dizem respeito às formas adultas, que, basicamente, trata-se da formação dos nódulos. Após o início da produção das microfilárias, há o surgimento de sintomas mais sérios. A resposta positiva do sistema imunológico à disseminação das microfilárias pela corrente sanguínea e linfática resulta no aparecimento do prurido e exantemas cutêneos, levando à perda de elasticidade da pele e aparecimento de pápulos, regiões despigmentadas e inflamação dos linfonodos (adenopatia), além de febre. No caso das microfilárias migrarem para o globo ocular, ocorre reações de levam à fibrose dessa região, e também, acúmulo de complexos de anticorpos, resultando primeiramente em conjuntivite com fotofobia e, certas vezes, perda total da visão, normalmente em ambos os olhos. Em raras ocasiões pode ocorrer elefantíase do escroto e membros inferiores quando existem nódulos obstruindo os canais linfáticos presentes nessa região.
A suspeita é obtida por meio das manifestações clínicas, juntamente com o histórico epidemiológico. A confirmação é feita por meio da identificação do verme adulto ou microfilárias através de diversos exames, como biópsia de nódulo ou pele, punção por agulha e aspiração do nódulo, exame oftalmoscópio do humor aquoso, urina, ou também, através de testes de imunidade, como imunofluorescência, ELISA, PCR e intradermorreação.
O tratamento é feito por meio da administração de ivermectina no combate das microfilárias, sendo este pouco eficaz contra as formas adultas. Os oncocercomas são retirados cirurgicamente.Antigamente o tratamento das microfilárias era feito utilizando-se antiparasitários, ainda utilizados na prevenção em regiões endêmicas. No entanto, a evidenciação de que as microfilárias dependem de bactérias rickettsias endossimbiontes presentes no interior de seus corpos, resultou na criação da terapia feita com doxiciclina.
Em áreas endêmicas aconselha-se o uso de roupas que cubram a maior parte do corpo, repelentes de insetos e redes. Todavia, a erradicação dos insetos transmissores com inseticidas é a única medida a longo prazo, e tem sido exercida em programas da OMS em zonas endêmicas, juntamente com a administração maciça de medicamentos antiparasitários às populações, obtendo-se bons resultados.
Ciclo biológico
O ciclo biológico do Onchocerca volvulus acontece tanto no mosquito quanto no homem. O ciclo no homem tem início quando o mosquito se alimenta do sangue, liberando os vermes adultos na circulação sanguínea. Esses vermes adultos reproduzem-se e liberam microfilárias, que se espalham pelo organismo e atingem vários órgãos, dando origem aos sintomas. As microfilárias desenvolvem-se nesses órgãos dando origem a novos vermes adultos e a um novo ciclo. Os mosquitos podem ser infectados ao picar uma pessoa que possui vermes adultos no sangue, por exemplo, podendo, assim, infectar outra pessoa ao picá-la.
A liberação de microfilárias pelos vermes adultos demoram cerca de 1 anos, ou seja, os sintomas da oncocercose só começam a aparecer após 1 ano da infecção e a gravidade dos sintomas dependem da quantidade de microfilária. Além disso, os vermes adultos conseguem sobreviver no organismo entre 10 e 12 anos, sendo a fêmea capaz de liberar aproximadamente 1000 microfilárias por dia, cujo tempo de vida é em torno de 2 anos.
Sinais e sintomas da oncocercose
O principal sintoma da oncocercose é a perda progressiva da visão devido à presença de microfilárias nos olhos, que se não tratada pode levar à perda completa da visão. Outras manifestações clínicas características da doença são:
Oncocercoma, que corresponde à formação de nódulos subcutâneos e móveis que contêm vermes adultos. Esses nódulos podem aparecer na região pélvica, tórax e cabeça, por exemplo, e são indolores enquanto os vermes estão vivos, quando morrem provocam um intenso processo inflamatório, se tornando bastante doloroso;
Oncodermatite, também chamada de dermatite oncocercosa, que é caracterizada pela perda da elasticidade da pele, atrofia e formação de pregas que acontece devido à morte das microfilárias que estão presentes no tecido conjuntivo da pele;
Lesões oculares, que são lesões irreversíveis causadas pela presença de microfilárias nos olhos que pode resultar em cegueira completa.
Além disso, podem haver lesões linfáticas, em que as microfilárias podem atingir os linfonodos perto das lesões cutâneas e causar danos.
diagnosticar
O diagnóstico precoce da oncocercose é difícil, já que a doença pode ser assintomática por anos. O diagnóstico é feito por meio dos sintomas apresentados pela pessoa, além de exames solicitados pelo médico que ajudam a confirmar o diagnóstico, como exames oftalmológicos, em que são procuradas microfilárias nos olhos, ultrassom, para verificar a formação de nódulos pelo parasita, e exames moleculares, como a PCR para identificar o Onchocerca volvulus.
Além desses exames, o médico pode solicitar a realização de exame histopatológico, em que é feita biópsia de um pequeno fragmento de pele para identificar as microfilárias e excluir a ocorrência de outras doenças, como adenopatias, lipomas e cistos sebáceos, por exemplo.
tratamento
O tratamento da oncocercose é feito com o uso do anti-parasitário Ivermectina, que é muito eficiente contra a microfilária, pois é capaz de provocar sua morte sem causar efeitos colaterais muito graves. Saiba como tomar o Ivermec.
Apesar de ser muito eficiente contra as microfilárias, a Ivermectina não possui efeito sobre os vermes adultos, sendo necessário retirar cirurgicamente os nódulos contendo os vermes adultos.
A melhor forma de prevenir a infecção pelo Onchocerca volvulus é utilizando repelentes e roupas adequadas, principalmente em regiões que o mosquito é mais prevalente e em leitos de rios, além de medidas que visem combater o mosquito, como o uso de larvicidas e inseticidas biodegradáveis, por exemplo.
Trichuris trichiura
  É um nematódeo geralmente associado a infecções pelo Ascaris lumbricoides. O verme adulto (1) é facilmente identificado pela extremidade anterior afilada. Seu tamanho varia de três a cinco centímetros. 
       Ocorre ingestão dos ovos (2) infectantes, que são larvados. Eclodem no intestino e as larvas se desenvolvem nas criptas cecais. Há acasalamento e liberação dos ovos (operculados). Eles ficam mergulhados na mucosa e podem causar reação inflamatória. O período pré-patente é de cinco a sete semanas. 
       Há ação tóxica/irritativa dos tecidos, podendo levar a necroses focais. Em geral a infecção é assintomática, mas pode haver febre, náuseas, dor abdominal e prolapso retal (grave em crianças com grande número de parasitos). 
       Alta prevalência em locais quentes e peridomícilio. 
       A prevenção é feita através de cuidados na preparação de alimentos, higiene corporal e tratamento dos doentes.
A tricuríase é uma infecção intestinal causada pelo verme Trichuris trichiura, que, normalmente, consegue chegar no corpo através da ingestão de água ou comida contaminada com fezes que contenham o verme. 
Embora a infecção com este verme seja mais comum em crianças, por brincarem em locais com terra ou areia suja, também pode acontecer em adultos, gerando sintomas como diarreia, náuseas frequentes ou desconforto abdominal.
A tricuríase é facilmente curada com o uso de remédios vermífugos, receitados pelo clínico geral ou gastroenterologista, sendo, por isso, aconselhado consultar um médico sempre que existe algum tipo de desconforto abdominal que demore mais de 1 semana para desaparecer.
Principais sintomas
Alguns dos sintomas mais característicos de uma tricuríase são:
Diarreia;
Dor ou desconforto ao defecar;
Vontade frequente para defecar;
Náuseas e vômitos;
Perda de peso sem razão aparente;
Dor de cabeça constante.
Em alguns casos, a infecção é muito leve e, por isso, pode não haver sintomas. No entanto, também existem casos de infecções severas, nas quais pode surgir sangue nas fezes e até prolapso anal, que é quando uma parte do intestino passa para fora do ânus. Nestes casos, é aconselho ir imediatamente ao pronto-socorro para evitar complicações.
diagnóstico
Muitas vezes, a tricuríase pode ser diagnosticada através dos sintomas, no entanto, o médico também pode pedir um exame de fezes para saber qual o verme específico que está provocando a infecção, de forma a escolher o remédio mais adequado.
tratamento
A forma de tratamento mais eficaz para eliminar o verme Trichuris trichiuraconsiste na ingestão de remédios vermífugos, como Albendazol ou Mebendazol, que são capazes de eliminar as larvas e todos os ovos depositados nas fezes.
Para fazer o efeito adequado, estes medicamentos devem ser feitos durante 3 dias, porém, se os sintomas continuarem, deve-se consultar novamente o médico para se fazer novo exame de fezes e avaliar se os vermes foram eliminados.
Ciclo de vida do verme da tricuríase
O ciclo do verme Trichuris trichiura começa quando os ovos dos vermes são liberados nas fezes e conseguem contaminar o solo. Quando isso acontece, os ovos ficam inativos por 15 a 30 dias e podem facilmente ficar colados em alimentos que depois são ingeridos.
Após serem ingeridos com os alimentos, os ovos do verme chocam no intestino, onde liberam larvas que continuam crescendo até atingir a fase adulta, com cerca de 4 cm. Durante esta fase, o verme é capaz de se fixar nas paredes do intestino até cerca de 1 ano, não sendo eliminado pela passagem das fezes. Cada fêmea adulta produz até 70 ovos por dia, que são eliminados nas fezes e podem contaminar alimentos e outras pessoas.
Outros animaiscapazes de transportar este tipo de larvas e contribuir para a infecção são os cães e gatos, sendo por isso muito importante fazer a desparasitação adequada dos animais domésticos e evitar lavar os locais com fezes sem luvas, por exemplo.
Como se proteger da infecção
A prevenção da tricuríase pode ser feita através de medidas básicas de higiene como lavar as mãos antes de preparar refeições, antes de comer, e sempre antes e depois de ir ao banheiro. É recomendado ainda não andar descalço e evitar molhar-se em água que possa estar contaminada.
Trichinella Spirallis
Nemátodeo agente da Triquinose. Os vermes adultos (1) são muito pequenos (fêmea com 3 a 4 mm e o macho com 2mm de comprimento) e finos. Vivem presos ou mergulhados na mucosa intestinal do homem ou de outros animais como cão, gato, rato e porco. 
 	Após a cópula, o macho é eliminado e, cerca de 15 dias depois, a fêmea vivípara inicia a eliminação de larvas. Essas, penetram a mucosa intestinal e caem na circulação sistêmica. Somente as que chegarem ao tecido muscular esquelético têm chance de evoluir. No interior das fibras musculares, iniciam seu crescimento, chegando a medir 1mm. Enrolam-se em espiral. O organismo do hospedeiro reage formando um cisto fibroso que envolve a larva. Nessas condições, permanecem vivas por meses ou anos sem apresentar evolução. Os animais infectam-se ao ingerir carne triquinada (contendo cistos) (2). As larvas são liberadas pelo processo digestivo no estômago, passam para o duodeno e, após completarem sua diferenciação, dão origem a machos e fêmeas que reiniciam o ciclo. 
       A Triquinose é uma doença cosmopolita, sendo mais frequente em países da Ásia, África e América Latina. 
       O diagnóstico é feito pela biópsia de músculos ou reação intradérmica (não específica, pois serve para Trichuris trichiura também). 
       Para prevenção, recomenda-se cozinhar bem carne de porco e derivados; dar destino adequado ao lixo, para que ratos e porcos não tenham acesso a ele, e controle de roedores.
Este parasita é hospedeiro natural do rato, sendo transmitido de geração para geração. Por acidente, as carcaças de ratos são ingeridas por suínos, sendo, por conseguinte, ingerida por humanos na carne ou nos subprodutos crus ou malcozidos fabricados com a carne suína. Estes parasitas penetram na mucosa intestinal do homem, local onde maturam-se e multiplicam-se de forma sexuada, sendo que os machos morrem logo após o acasalamento. As fêmeas grávidas geram então, durante aproximadamente um mês, ovos que subsequentemente eclodem liberando as larvas que se disseminam pelo sangue e pela linfa, alcançando as células-alvo, que são as células musculares estriadas. As micro larvas invadem as células sem destruí-las, dando origem a cápsulas em seu interior, local onde se aninham, adquirindo a forma de espiral, permanecendo, deste modo, quiescentes por anos até serem ingeridas por outro animal.
As manifestações clínicas variam de acordo com a quantidade de larvas invasoras, dos tecidos comprometidos e do estado físico geral do indivíduo acometido. Muitos indivíduos não apresentam nenhuma sintomatologia. Normalmente, os sintomas intestinais iniciam-se dentro de 1 a 2 dias após a ingestão do alimento infectado, havendo também a presença de febre baixa. Contudo, é rara a manifestação da larva durante os primeiros 7 a 15 dias pós-infecção.
Um dos primeiros e característicos sintomas é a tumefação das pálpebras, que surge por volta do 11° dia pós-infecção. Subsequentemente aparecem hemorragias na esclera ocular e na parte posterior dos olhos, dor ocular e fotossensibilidade. Em seguida há o aparecimento de dor muscular, juntamente com uma erupção cutânea e hemorragia abaixo das unhas. A dor é intensa nos músculos ligados à respiração, mastigação e deglutição.
Os sintomas envolvem sede, sudorese profusa, febre, calafrios e debilidade. No processo, por parte do organismo, de combate às larvas fora dos músculos, pode haver a inflamação tanto dos linfonodos, como do cérebro e das meninges; pode haver também perturbações da visão e da audição. Também há a possibilidade de ocorrer processo inflamatório dos pulmões, pleura e coração.
Não existe teste diagnóstico evidenciar a presença de larvas no intestino. Contudo, quando estas encontram-se na musculatura, dentro de um período de quatro semanas após ocorrida a infecção, é possível observar por meio de uma biópsia do músculo, a presença de larvar ou quistos. É muito rara a presença dos parasitas nas fezes, sangue ou líquido cefalorraquidiano.
As análises sanguíneas são muito confiáveis, embora possam fornecer resultados falso-negativos, especialmente quando são realizados dentro das primeiras duas semanas de infecção. Normalmente, a taxa eosinofílica começa a elevar-se perto da segunda semana, atingindo seu pico entre a terceira e quarta semana, declinando, por conseguinte, gradativamente. Os testes cutâneos não são confiáveis.
A profilaxia dessa parasitose é feita por meio do cozimento adequado da carne de porco e seus derivados. As larvas também morrem quando submetidas a temperaturas inferiores a -15°C por 3 semanas, ou a -20°C durante um dia. A prevenção deve ser realizada também em pocilgas, evitando que os suínos ingiram cadáveres de roedores.
Os fármacos de eleição para o tratamento desta doença são o mebendazol e o tiabendazol, administrados por via oral. O repouso auxilia no alívio da dor muscular; todavia, é possível que seja necessária a administração de analgésicos, como a aspirina ou a codeína. Determinados corticosteróides, como a prednisolona, podem ser usados para diminuir o quadro inflamatório cardíaco e encefálico.
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