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Prova prática - Análises Qualitativas Mel: analisa a sua deterioração e/ou sua fraude. 1) Reação de Lund: indica presença de substâncias proteicas produzidas pela abelha. Essas substâncias são substâncias albuminoides que precipitam com o ácido tânico. Caso estas estejam ausentes, a amostra está fraudada. a) Metodologia: adição de 2g de amostra + 5 mL de ácido tânico 0,5% + água destilada qsp 40 mL → após 24h verificar a presença ou não de precipitado. 2) Reação de Fiehe: indica a adição de açúcares ou substâncias produzidas pelo aquecimento do mel. No aquecimento forma-se uma substância chamada hidroximetilfurfuraldeido (HMF), que também indica o armazenamento incorreto do mel. Essas substâncias são formadas pela quebra da frutose em presença da solução de resorcina em meio ácido, formando coloração vermelha intensa e indicando fraude. a) Metodologia: adição de 5mL de amostra + 5 mL de éter, na camada orgânica, adicionar 0,5 mL de solução clorídrica de resorcina → verificar a presença ou não de coloração vermelha intensa b) Resultados: → Coloração alaranjada: mel de baixa qualidade → Coloração vermelha: níveis elevados de HMF 3) Reação de Lugol: indica a adição de amido e/ou xarope de açúcar (dextrinas). A coloração obtida da solução fica colorida, variando de marrom-avermelhada a azul, dependendo de qual substância está presente. O amido quando tratado com Lugol (I2/KI, meio aquoso) modifica sua coloração, pois o amido reage com o iodo na presença de iodeto, formando um complexo de cor azul intensa sendo visível em concentrações mínimas de iodo a) Metodologia: 10 g de amostra + 10 mL de água, banho maria 1h + 0,5mL de lugol → verificar a presença ou não da coloração marrom-avermelhada a azul. b) Resultado: → Coloração azul: presença de amido → Coloração marrom-avermelhada: presença de dextrina → Sem alteração de cor: sem adulteração Óleos e Gorduras: Verifica formação de produtos secundários. 1) Reação de Kreis: indica a oxidação de óleos e gorduras líquidas (rancidez) pela presença de hidroperóxidos gerados pelos aldeídos formados, acontece por ação do ar ou microrganismos presentes na amostra. A floroglucina em meio ácido, reage com os aldeídos formados durante a fase de oxidação, formando uma coloração rósea ou vermelha. a) Metodologia: 5 mL de amostra + 5mL de ácido clorídrico + 5 mL de floroglucina em éter 0,1% → verificar a presença ou não da coloração. b) Resultado: → Coloração vermelha: figura 1, resultado positivo, devido a presença de aldeído malônico ou de aldeído epihidrílico. Leite: Verifica a qualidade do leite, contemplando os aspectos de armazenamento e higiene, que quando estão inadequados, aumentam a acidez do leite. 1) Alizarol: Indica o grau de acidez da amostra por meio de resultado colorimétrico. Avalia a estabilidade térmica em presença de solução alcoólica. A adição de álcool/alizarol na amostra indicará simultâneamente a floculação da caseína e a mudança de cor em razão da troca de pH da amostra. Caso a amostra seja ácida, a coloração será amarela e coagulada pela precipitação da caseína, caso esteja neutra a coloração será lilás e básica, roxa. a) Metodologia: 2 mL de amostra + 2 mL de solução de alizarina e 0,1% de álcool a 68% → verificar a mudança de cor e a coagulação ou não da caseína b) Resultado: → Coloração amarela coagulada: leite ácido → Coloração rosácea: leite neutro → Coloração roxa: leite básico