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SAÚDE DA MULHER LYCIA SIQUEIRA VILELA 
 
 
Exame das Mamas 
 A mama é composta de tecido glandular com 
15 a 25 lobos. Cada lobo drena pra um ducto 
excretor, que drena pra papila, que dilata, 
formando o seio lactífero. 
Lobo  ducto excretor  papila  ducto lactífero 
 Mamilo e aréola – Contem músculo liso que 
serve para contrair. A pele do mamilo é 
pigmentada e sem pelo; a pele da aréola contém 
folículos pilosos. O mamilo fica na aréola. 
 No mamilo temos glândulas sebáceas, os 
Tubérculos de Morgani(na gravidez são 
chamados de tubérculos de Montgomery). 
 Quem dá suporte a mama é o Ligamento de 
Cooper. A maior parte da drenagem linfática vai 
para os linfonodos axilares. 
Termos semiológicos relacionados 
- Telarca: Início do desenvolvimento das mamas 
- Mastalgia: Dor na mama. Pode ser: 
• Cíclica: apresenta relação com os ciclos 
menstruais – pode surgir ou piorar nos 
dias que antecedem a menstruação e 
apresentar melhora após o fluxo 
menstrual. Normalmente há sensação de 
peso e inchação nas mamas. 
• Não cíclica: não segue o padrão cíclico 
dos períodos menstruais podendo ocorrer 
em qualquer época, acometendo mais 
uma das mamas ou uma região específica 
da mama. 
• Extra mamária: é a dor percebida na 
mama, porém com origem em outro local 
ou estrutura do corpo. 
 
- Mastodinia: Dor mamária pré-menstrual 
- Descarga papilar: Saída de secreção pela 
papila(serosa, sangúinea, láctea*) *Galactoréia 
- Amastia: Ausência de mama 
- Atelia: Ausência de mamilo ou completo aréolo-
papilar (Lembrar  Tele = mamilo) 
- Ginecomastia: Desenvolvimento das mamas no 
homem 
 
 A mama é dividida em 5 quadrantes: 
1) Quadrante superior esquerdo 
2) Quadrante superior direito 
3) Quadrante inferior esquerdo 
4) Quadrante inferior direito 
5) Quadrante central ou retro-areolar 
Portanto, ao descrever a alteração, deve-se dizer 
a localização por mama e por quadrante. 
Ex.: Foram encontrados nódulos palpáveis em 
quadrante superior esquerdo da mama direita. 
Alterações encontradas nas mamas 
 Relacionada à sua embriologia, podemos 
encontrar mamas e mamilos acessórios. Isso 
ocorre devido à Crista Epitelial, ou Linha do 
leite, que vai da axila à região inguinal. A mama 
acessória pode existir com tecido mamário, 
mamilo ou aréola. 
 
 Tubérculo de Morgangni – glândulas 
sebáceas que aumentam de volume durante a 
gravidez e passa a ser chamada de tubérculo de 
Montgomery – lubrifica e protege a aréola. 
LINHA DO LEITE/ 
CRISTA EPITELIAL 
POLIMASTIA 
SAÚDE DA MULHER LYCIA SIQUEIRA VILELA 
 
 
 Politelia – Presença de mamilo extranumerário, 
comum abaixo da mama ou no abdome(lembrar 
da linha mamária/do leite). 
 
 Polimastia: Presença de mais de 2 glândulas 
mamárias. Comum na região axilar. Cresce na 
gravidez e pode causar desconforto e dor na 
região axilar no período pré menstrual. 
 - Completa  Aréola + Mamilo 
 - Incompleta  Apenas a Glândula 
 Amastia: Ausência total da glândula (ausência 
de tecido mamário, complexo aréolo-papilar ou 
aréolo mamilar), uni ou bilateral. 
 Amazia: Ausência do tecido mamário, mas 
com o complexo aréolo mamilar. 
 Atelia: Ausência do complexo aréolo mamilar. 
 
 Hipomastia: Mama de pequeno volume. 
 Hipertrofia: Mama de Grande volume. 
 Ginecomastia: Desenvolvimento da glândula 
mamária em homem. Comum na adolescência e 
a maioria dos casos desaparecem 
espontâneamente. 
 
 Lembrar de dizer em qual mama e se é uni ou 
bilateral. 
Etapas do Exame físico das Mamas 
1) Inspeção Estática (paciente em pé ou 
sentado na maca com os braços ao lado 
do corpo) 
 Avaliar Quantidade: 1 mama, 2 mamas 
 Avaliar Simetria: Simétricas ou 
assimétricas 
 Avaliar volume da mama: Pequena, média 
ou grande 
 Avaliar se pendulares ou firmes 
 Avaliar textura e cor da pele: Integridade 
da pele(íntegra ou com lesões, aspecto de 
casca de laranja, descamação, massas 
visíveis, retrações ou abaulamentos, 
presença de cicatrizes, tatuagens). 
 Avaliar aréola e mamilo: Salientes, planos 
ou invertidos. 
 
2) Inspeção Dinâmica (solicitar que o 
paciente eleve os braços, depois aperte a 
cintura e incline o corpo pra frente) 
 Avaliar a presença ou ausência de 
abaulamentos ou retrações durante as 
manobras 
 Manobras: Elevação dos membros 
superiores acima da cabeça, pressão 
sobre os quadris, inclinação do tronco pra 
frente. 
 
 
3) Palpação dos linfonodos (paciente 
sentado ou em pé com os braços 
relaxados e apoiado na mão do 
examinador) 
 Palpar os linfonodos axilares, supra 
claviculares, infraclaviculares e cervicais 
 
POLITELIA 
TUBÉRCULOS 
DE MORGANGNI 
AMASTIA AMAZIA 
HIPERTROFIA GINECOMASTIA 
SAÚDE DA MULHER LYCIA SIQUEIRA VILELA 
 
 
4) Palpação do tecido mamário (paciente 
em decúbito dorsal, SEM travesseiro e 
com as mãos atrás da nuca) 
 Técnicas: Bloodgood(polpas digitais); 
Velpeaux(face palmar dos dedos)  Em 
movimentos circulares ou radial 
 
 Avaliar se o parênquima mamário é 
homogêneo ou heterogêneo 
 Palpar todos os quadrantes, 
detalhadamente, pesquisando a presença 
de nódulos palpáveis e descrever: 
- Localização(QSE, QSI, QID, QIE, QRA) 
- Limites: Bem delimitados, limites 
imprecisos e irregulares 
- Consistência: Firme ou elásticas; 
Endurecidos 
- Mobilidade 
- Fixação nas estruturas circunjacentes: 
Inexistência de fixação à pele ou às 
estruturas profundas; Fixação à pele ou 
estruturas profundas 
- Diâmetro 
- Dor: Dolorosos ou não dolorosos 
 
5) Expressão papilar (fazer uma expressão 
suave, desde a base até o complexo 
aréolo-papilar, pode usar 1 ou 2 mãos) 
 Se presente, descrever o aspecto(leitosa, 
sanguinolenta, purulenta); se uni ou 
bilateral e se único ou múltiplos ductos. 
 
6) Axilas (palpar com a paciente sentada ou 
deitada) 
 Avaliar ausência ou presença de 
linfonodos palpáveis. O músculo peitoral 
deve estar relaxado – o examinador deve 
segurar o braço direito da paciente com 
seu braço direito, e com a mão esquerda 
em concha papilar a axila na direção de 
seu ápice. Em seguida do lado oposto 
 Se linfonodos palpáveis, descrever: 
Localização da cadeia, tamanho, 
mobilidade, dor, limites, consistência. 
 
 
 
Câncer de Mama 
Inca – Recomenda RASTREIO 
 Todas as mulheres tem direito à mamografia a 
partir dos 40 anos. 
 Periodicidade: 
 Mulheres de 40 a 49 anos: Exame clínico das 
mamas anual, e, se palpação alterada, 
mamografia. 
 Mulheres de 50 a 69 anos: Exame clínico das 
mamas anual e mamografia de 2 em 2 anos 
 USG: Como complemento da mamografia para 
identificar conteúdo do nódulo(sólido ou cístico). 
 
SAÚDE DA MULHER LYCIA SIQUEIRA VILELA 
 
 
Sinais e sintomas para encaminhar para 
serviços de diagnóstico mamário: 
• Qualquer nódulo mamário em mulheres com 
mais de 50 anos. 
• Nódulo mamário em mulheres com mais de 30 
anos, que persistem por mais de um ciclo 
menstrual. 
• Nódulo mamário de consistência endurecida e 
fixo ou que vem aumentando de tamanho, em 
mulheres adultas de qualquer idade. 
• Descarga papilar sanguinolenta unilateral. 
• Lesão eczematosa da pele que não responde a 
tratamentos tópicos. 
• Homens com mais de 50 anos com tumoração 
palpável unilateral. 
• Presença de linfadenopatia axilar. 
• Aumento progressivo do tamanho da mama 
com a presença de sinais de edema, como pele 
com aspecto de casca delaranja. 
• Retração na pele da mama. 
• Mudança no formato do mamilo. 
 
Exames Complementares: 
 USG das mamas e axilas = Diferencia 
conteúdo do nódulo em sólido ou cístico. É 
complementar e não diagnóstico porque não 
detecta microcalcificações. Ajuda no estudo de 
mamas densas. 
 RM = Eficaz em mulheres com mamas densas 
ou próteses de silicone, ajuda no esclarecimento 
de casos duvidosos e na obtenção de detalhes 
antes da cirurgia. O exame é caro e pode dar 
falso positivo, pois revela alterações mínimas, 
que podem levar à indicação desnecessária de 
biópsias. 
 
 
BI-RADS (Breast Imaging Reportind and 
Data System) 
BI- RADS ZERO 
 Resultado Inconclusivo 
 Conduta = Necessita de complemento, USG 
ou RM 
 Risco de CA de Mama = Não é possível 
estimar 
BI-RADS 1 
 Não achou nada 
 Conduta = Acompanhamento de rotina, 
seguimento anual 
 Risco de CA de Mama = Muito baixo 
BI-RADS 2 
 Achados benignos (ele encontrou algo que 
tem certeza que é benigno) 
 Conduta = Acompanhamento anual 
 Risco de CA de Mama = Muito baixo 
BI-RADS 3 
 Achados provavelmente benignos 
 Conduta = Acompanhar com o mesmo exame 
em 6 meses 
 Risco de CA de Mama = 2% 
BI-RADS 4A 
 Achados de baixa suspeição (temos quase 
certeza que o achado é benigno, mas não é 
seguro esperar 6 meses para saber o resultado) 
 Conduta = BIÓPSIA 
 Risco de CA de Mama = 2-10% 
BI-RADS 4B 
 Achados de média suspeição 
 Conduta = BIÓPSIA 
 Risco de CA de Mama = 10-50% 
BI-RADS 4C 
 Achados de moderada suspeição 
 Conduta = BIÓPSIA 
 Risco de CA de Mama = 50-95% 
BI-RADS 5 
 Achados de alta suspeição 
 Conduta = BIÓPSIA – Conduta adequada 
 Risco de CA de Mama = Maior que 95% 
BI-RADS 6 
 Achados confirmados de malignidade. 
SAÚDE DA MULHER LYCIA SIQUEIRA VILELA 
 
 
Geralmente ocorre quando um paciente que já 
sabe que têm câncer faz outro exame de 
imagem. Ela foi criada porque a classificação BI-
RADS não existe apenas para fazer o 
atendimento individual da paciente em questão, 
mas também para permitir estatísticas que nos 
levam a compreender melhor o câncer. 
 Conduta = Conduta adequada 
 Risco de CA de Mama = 100% 
 Fatores de risco para CA de mama:.. 
Ser mulher; Ter mais de 40 anos; Primeiro filho 
após 30 anos; Obesidade; Falta de atividade 
física; Bebidas alcoólicas; Menarca < 12a; 
Menopausa > 50a; Exposição à radiação 
ionizante em idade inferior aos 35a. 
 
Exame da Pelve 
 
 
 Etapas: Inspeção estática e dinâmica, exame 
especular (coleta de material), toque ginecológico 
(simples ou combinado/bimanual), exame 
complementar (USG) 
 Posição ginecológica – Litotomia 
Material necessário: 
Mesa ginecológica / escada / foco com luz / 
Lençóis / biombo / cesto lixo / balde com solução 
desincrostante para o material utilizado (quando 
não for descartável) / Luvas de procedimento / 
Gel lubrificante/água morna 
Espéculo vaginal (diferentes tamanhos) / Gaze / 
algodão / solução de Schiller (para o teste de 
Shiller) / solução de KOH (para o teste das 
aminas) / pinça Cherron / pinça Pozzi. 
 
 
Etapas do Exame físico da Pelve 
1) Inspeção Estática(utilizar luvas de 
procedimentos) 
 
 Pilificação: Pelos adequados ou não à 
idade; Tricotomizada ou não 
 
 Lábios: Avaliar trofismo (eutróficos ou 
 atróficos) 
 Avaliar se há presença de lesões 
 ou edemas 
 Avaliar se simétricos ou 
 assimétricos 
 
 Clítoris: Avaliar trofismo (eutróficos ou 
 atróficos) 
 Avaliar tamanho (pequeno, médio 
 ou grande) 
 Avaliar presença de inflamação 
 
 Uretra: Avaliar sinais de irritação ou 
inflamação 
 
GLÂNDULAS PARAURETAIS – PEQUENAS – SKENE 
GLÂNDULAS PARAVESTIBULARES – GRANDES –BARTHOLINE 
 
SAÚDE DA MULHER LYCIA SIQUEIRA VILELA 
 
 
 Glândulas de Bartholin: Avaliar se 
palpáveis ou não 
 
 Hímen: Avaliar integridade(roto ou 
 íntegro) 
 Avaliar forma – Anormal sem 
 orifício(imperfurado); anular; 
 semilunar; cribiforme; septado; 
 com ruptura; complacente. 
 
 Períneo: Avaliar se íntegro ou com 
rupturas; se há ausência ou presença de 
cicatrizes; inflamação; fístulas; lesões. 
 
 
2) Inspeção dinâmica (Solicitar esforço pela 
Manobra de Valsalva, ao mesmo tempo já 
se observa se há perda de urina ao 
esforço) 
 
 Avaliar se há prolapso/procidência das 
paredes vaginais anterior ou posterior do 
útero. 
PVA(procidência vaginal anterior) = 
Presença ou ausência de cistocele; 
PVP(procidência vaginal posterior) = 
Presença ou ausência de retocele; 
 
 Perda de urina: Avaliar se presente 
(positiva) ou ausente (negativa) ao 
esforço. 
 
 Perfil vaginal: Pontuar “0” na ausência, “1” 
na presença de prolapso de 1º grau e “2” 
se prolapso de 2º grau na seguinte ordem: 
uretra  bexiga  útero  
sigmóide(intestino)  reto  períneo 
(U. B.U.S. RETO.rnou P.o) 
Ex.: Tem um prolapso de bexiga e um de 
útero = 011000. Ex2.: tem uma cistocele 
de 1º grau e uma retocele de 2º grau = 
010020. 
 
 
3) Especular (utilizar sempre o menor 
especulo) – é útil para inspeccionar o colo 
uterino e paredes vaginais, além de coleta 
de material para exame do papanicolau. 
 
 Vagina: Avaliar coloração(rósea; azulada) 
 Avaliar pregueamento 
 (preservado ou diminuído) 
 Avaliar presença de lesões 
 
 Colo: Avaliar coloração(róseo; arroxeado) 
 Avaliar presença ou ausência de 
 mácula 
 Avaliar posição(centralizado, 
 anterior, posterior, lateralizado para 
 direita ou esquerda) 
 Avaliar o OCE(orifício cervical 
 externo) 
 - em relação à forma 
 (em fenda ou circular) e posição 
 (centralizado, anterior ou posterior 
 
 Conteúdo Vaginal: Avaliar presença ou 
ausência de secreção. Se presente, 
descrever se fisiológica ou alterada e 
caracterizá-la quando a cor(esverdeada, 
amarelada, sanguinolenta), aspecto 
(bolhosa, espessa, grumosa, fluida), 
quantidade(grande, moderada, pequena) 
e se presença de odor. 
 
 
 
 
 
SAÚDE DA MULHER LYCIA SIQUEIRA VILELA 
 
 
Teste de Schiller 
 Aplicação de solução de iodo sobre o colo 
uterino, durante o exame especular. A cervix 
deve corar-se por completo, indicando Teste de 
Schiller Negativo (ou iodo positivo). 
 
 Em casos de alterações patológicas da 
mucosa, o a cervix não cora, indicando Teste de 
Schiller Positivo (ou iodo negativo). Nesses 
casos, sugere-se a realização de colposcopia. 
 
 A intensidade da coloração é proporcional a 
quantidade de glicogênio contido nas células, que 
“atrai” o iodo. Portanto, se a cérvix corar 
fracamente, o teste ainda é Schiller Negativo, 
pois o epitélio provavelmente só está atrófico. 
** Caso suspeite de vaginose bacteriana 
(anaeróbios/gardnerella) realizar o Teste das 
Aminas, ou Whiff Test ou Teste de Odor das 
Secreções, que consiste em administrar 1 gota 
do hidróxido de potássio (KOH) em 1 gota da 
secreção vaginal; 
Whiff Teste Positivo – Exala um odor de peixe 
Whiff Test Negativo – Não exala o odor 
 
 
 
 
Exame preventivo: 
Papanicolau/Citologia Oncótica 
 Consiste basicamente na coleta de material do 
colo uterino com uma espátula especial, sendo 
estematerial colocado em uma lâmina e 
analisado inicialmente ao microscópio por um 
citologista. 
 
 É o principal método de rastreamento do 
câncer cervical, embora o tecido necrótico, 
sangramento e células inflamatórias possam 
prejudicar a visualização de células neoplásicas. 
A taxa de falso negativo da citologia pode 
ultrapassar 50%. Assim, uma paciente 
sintomática com papanicolau negativo não deve 
ser considerada com resultado definitivo. 
Quando fazer? 
  Idade: 25-64 anos – Anual 
 Após 2 exames consecutivos normais – fazer 
a cada 3 anos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SAÚDE DA MULHER LYCIA SIQUEIRA VILELA 
 
 
Colposcopia 
 Colposcopia é um exame que permite 
visualizar a vagina e o colo do útero através de 
um aparelho chamado COLPOSCÓPIO. A 
colposcopia é indicada nos casos de resultados 
anormais do exame de papanicolau para se 
identificar as lesões precursoras do câncer de 
colo de útero. Estes exames são grandes aliados 
no diagnóstico e tratamento do HPV, da vagina e 
do colo do útero. Este aparelho permite o 
aumento de 10 a 40 vezes do tamanho normal. 
 O exame é realizado no próprio consultório 
médico com a paciente na mesa de exame. Após 
colocar o espéculo vaginal o médico examina a 
vulva, a vagina e o colo do útero com o 
colposcópio. 
 
Colposcopia = delimitar a extensão da doença 
no colo e na vagina 
Biópsia dirigida = confirmação do diagnóstico 
** Pinçamento e tração do colo uterino: quando 
existe suspeita de prolapso uterino, ao realizar o 
exame especular, pinçar o colo com pinça de 
Pozzi. É um procedimento desconfortável para a 
paciente; Ex.: Inserção de DIU. 
** Histerometria: Medir o útero com instrumento 
tipo haste de inox. É um procedimento que pode 
ser doloroso; Ex.: Inserção de DIU. 
 
Toque Vaginal 
 Utiliza-se os dedos indicador e médio. O 
toque pode ser simples ou combinado(com uma 
das mãos sobre o abdome). 
 Vagina: Elasticidade (normoelástica, 
diminuída ou aumentada). 
 Presença ou ausência de massas ou 
abaulamentos. Avaliar se hidratada ou 
aquecida. 
 
 Colo: Avaliar posição(centralizado, 
 anterior, posterior, lateralizado para 
 direita ou esquerda) 
 Avaliar mobilidade(móvel, fixo) 
 Avaliar consistência: 
 - Colo ginecológico: Consistência da 
 cartilagem nasal 
 - Colo obstétrico: Consistência labial 
 
 Útero: Avaliar volume(normal ou 
 aumentado, quantos cm acima da 
 sífise púbica) 
 Avaliar consistência(normal, 
 endurecido) e superfície(lisa ou com 
 abaulamentos) 
 Avaliar posição 
  AVF- anteroversoflexão 
  RVF- retroversoflexão 
 
 Anexo D (ovário e trompa de falópio 
direitos): Avaliar se palpáveis ou não, 
descrevendo o tamanho e a forma 
 
 Anexo E (ovário e trompa de falópio 
esquerdos): Avaliar se palpáveis ou não, 
descrevendo o tamanho e a forma 
 
 Paramétrios: Avaliar se livres ou 
comprometidos 
 
 RETO: Só faz toque retal quando existe 
suspeita de infiltração por neoplasia 
genital (estadiamento de câncer) 
 
O que pode ser palpável no toque bimanual? 
- Volume uterino normal quando o útero está em 
AVF(anteroversoflexao) 
- Miomas são de fácil palpação quando crescem 
próximo a parede externa do útero, fazendo 
protrusão na superfície uterina, ou quando 
produzem um aumento difuso de todo o órgão 
- Palpação de ovários e trompas normais é 
usualmente difícil 
 
SAÚDE DA MULHER LYCIA SIQUEIRA VILELA 
 
 
Corrimento Genital 
 Nem todo corrimento é uma doença e nem 
toda doença é infecciosa. As mulheres possuem 
uma secreção vaginal fisiológica que pode variar 
de intensidade de acordo com a fase do ciclo 
menstrual, excitação sexual, gravidez, etc. 
 Secreções normais: muco cervical, células 
vaginais e cervicais esfoliadas, secreções das 
glândulas de Bartholine de Skene. Cor branca ou 
transparente (clara de ovo) sem odor. 
 Causas: As três principais causas de 
corrimento vaginal e que representam 95% dos 
casos são: Vaginose Bacteriana; Candidíase 
Vulvovaginal e Tricomoniase. 
 
 
 
 
 
 
Vaginose Bacteriana(VB) 
 Causa  Bactéria Gardnerella Vaginalis. É 
resultante de um desequilíbrio na flora vaginal, 
que causa o crescimento microbiano. NÃO há 
processo inflamatório. Não se trata de infecção 
de transmissão sexual, apenas pode ser 
desencadeada pela relação sexual em mulheres 
predispostas, ao terem contato com sêmen de pH 
elevado. 
 Queixa típica  Queixa de odor fedido, 
semelhante a peixe, que piora após o coito ou 
durante a menstruação, que é quando o pH 
vaginal se eleva. 
 **Lembrar: O pH vaginal é ácido, entre 3,8 e 
4,5; A gardnerella prefere o pH elevado(básico). 
Enquanto que a cândida prefere o pH ácido. 
 Corrimento vaginal  Secreção bolhosa, 
fluida, de coloração branco-acinzentada, 
normalmente em pequena quantidade. 
 
Exames que podem ser feitos na hora da 
consulta: 
 Teste das aminas  mistura de solução de 
hidróxido de potássio (KOH) a 10% com uma 
gota de secreção vaginal. Útil para pesquisa de 
anaeróbios e Gardnerella vaginalis (vaginose 
bacteriana). Positivo quando há odor de peixe, 
gerado pela liberação de aminas (putrescina e 
cadaverina). 
 Critérios de Amsel (Para diagnóstico de VB 
tem que ter pelo menos 3 desses critérios): 
1. Corrimento acinzentado ou branco-
acinzentado, homogêneo, fino. 
2. pH vaginal > 4,5 (presente em 80 a 90% 
das VB). 
3. Teste das Aminas ou Teste de odor da 
secreção vaginal (Whiff-test) 
4. Visualização de Clue Cells ou células guia 
no exame microscópico a fresco da 
secreção vaginal 
 
Candidíase Vulvovaginal 
 Causa  Fungo(geralmente a C. albicans) que 
habita a mucosa vaginal e digestiva, que, nas 
condições favoráveis se multiplica, tornando-se 
patogênio. Esse fungo prefere o pH ácido. A via 
sexual não é a principal forma de transmissão, 
pois tal fungo pode fazer parte da flora endógena. 
GARDNERELLA VAGINALIS 
(BACTÉRIA) – SECREÇÃO 
BOLHOSA, ACINZENTADA 
E COM ODOR DE PEIXE 
CRU 
TRICOMONÍASE 
(PROTOZOÁRIO) 
COLO EM FRAMBOESA, 
PRURIDO, SECREÇÃO 
AMARELADA 
CANDIDÍASE VAGINAL CV (FUNGO) – SECREÇÃO GRUMOSA 
(NATA DE LEITE) E PRURIDO INTENSO. 
SAÚDE DA MULHER LYCIA SIQUEIRA VILELA 
 
 
 Queixa típica  Prurido vulvovaginal 
(principal), disúria, hiperemia e edema vulvar, 
dispareunia, fissuras e escoriações por causa da 
cocedura da mucosa. 
 Corrimento vaginal  Corrimento branco, 
grumoso, inodoro e com aspecto caseoso(leite 
coalhado). 
 Diagnóstico laboratorial 
1. pH vaginal < 4,5 
2. Bacterioscopia pelo GRAM 
3. Cultura com Antibiograma 
4. Exame direto a fresco com KOH a 10%: 
solução adstringente que mostra com 
facilidade a presença de psudo-hifas na 
secreção vaginal (em cerca de 70% dos 
casos). 
 O simples achado da cândida num exame de 
rotina(Papanicolau) não quer dizer que a mulher 
tenha a candidíase vaginal clínica. Se não houver 
nenhum sintoma e o exame ginecológico for 
normal (sem corrimento ou inflamação, pH 
normal e teste de whiff negativo), a paciente não 
deve receber nenhum tratamento, a não ser uma 
boa orientação a respeito dos fatores 
predisponentes. 
 Das mulheres com candidíase vaginal clínica, 
podemos distinguir em dois tipos: 
a) CV não complicada – Aquela que nos procura 
por estar sintomática, porém sem histórias de 
recorrênciab) CV complicada – Aquela que se apresenta 
com história de episódios recorrentes de 
candidíase. 
 
Tricomoníase Vaginal 
 Causa  Protozoário Trichomonas vaginalis. 
Em geral os homens são assintomáticos e as 
mulheres sintomáticas. Está relacionada à 
atividade sexual desprotegida. 
 Queixa principal  Corrimento abundante, 
amarelo ou amarelo-esverdeado. Corrimento e 
prurido vulvar intenso. Hiperemia e edema de 
vulva e vagina. Disúria e poliaciúria. 
 A tricomoníase pode alterar resultados da 
citologia oncótica e apresenta um achado 
peculiar, o colo em framboesa.

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