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O que é o diário de campo?
O diário de campo é um instrumento utilizado pelos pesquisadores para registar os dados recolhidos e possíveis de serem interpretados. Sendo assim, o diário de campo é um instrumento que permite sistematizar as experiências para posteriormente analisar os resultados.
Trabalho do pesquisador com o diário de campo
Devemos considerar que cada pesquisador desempenha de uma forma a hora de registrar em seu diário de campo. Então, no momento do registro, pode-se anotar ideias desenvolvidas, frases isoladas, transcrições, mapas e esquemas, por exemplo. O que importa mesmo é que o pesquisador possa apontar no diário aquilo que vê e observa ao longo do seu processo de aprendizado ( no estágio supervisionado) para depois analisar e estudar.
Certamente, os apontamentos oriundos do diário de campo não têm necessariamente que descrever em detalhtes a realidade em si, mas antes a realidade vista a partir do olhar do pesquisador, com as suas percepções, bagagem terórica e a sua visão de mundo até o momento. Por isso, pode-se afirmar que, mesmo que dois pesquisadores (ou aluno-estágiário) trabalhem em conjunto sobre o mesmo tema (realizando estágio no mesmo campo/instituição), os diários de campo de cada um deles serão certamente diferentes.
Divisão do diário de campo
De acordo com os especialistas, recomenda-se que o diário de campo seja dividido em dois momentos. Desta forma, o pesquisador pode incluir, num lado, tudo o que diz respeito às observações realizadas por si e, no outro, as suas impressões ou conclusões. Também é interessante que, ao fim do dia, o pesquisador se reúna com os seus colegas de trabalho de modo a partilharem ideias e trocarem impressões podendo ser úteis para o diário. No caso da aluno-estagiário, trata-se do momento mesmo da supervisão. Onde senta-se com o supervisor para debater as atividades e vivências do dia de estágio.
A importância do diário de campo
Devemos considerar que o diário de campo pode ser o primeiro passo dos ensaios, das reflexões e dos livros que pesquisam a realidade social.
 O diário de campo é uma das documentações mais importantes ao processo de estágio supervisionado, devendo fazer parte da vida acadêmica do aluno. É um instrumento de registro diário e, segundo Minayo (1993:100), nele:
“(...) constam todas as informações que não sejam o registro das entrevistas formais. Ou seja, observações sobre conversas informais, comportamentos, cerimoniais, festas, instituições, gestos, expressões que digam respeito ao tema da pesquisa. Falas, comportamentos, hábitos, usos costumes, celebrações e instituições compõem o quadro das representações sociais.”
Isso significa que o aluno-estagiário deve registrar no diário de campo, em tempo real, atitudes, fatos e fenômenos percebidos no campo de estágio. Por meio destes registros, posteriormente, podem-se estabelecer relações entre a vivência do estágio e a base teórica oferecida na academia.
Iniciando o processo de documentação
Os registros devem ser feitos diariamente, sempre datados, sinalizando os sujeitos envolvidos, o local, a situação observada etc. Ao ingressar em uma instituição para estagiar, a orientação é para que o aluno:
Tenha um caderno para elaborar o seu diário de campo, identificando-o com seu nome, dados da instituição (nome, endereço, e-mail e telefone da instituição), setor (programa/projeto) em que se insere, nome da supervisora, período dos registros (início e fim).
Realize uma pesquisa bibliográfica acerca da área de atuação da instituição. Ex: estágio em um Centro de Referência da Assistência Social (CRAS). Área de ação: Assistência Social. Ação do Assistente Social no Programa Bolsa Família. Recorte teórico-operacional: Assistência Social, Políticas Públicas, Políticas Sociais. O aluno deverá buscar textos sobre os temas antes relacionados e as leis que regulamentam a ação da instituição e do Assistente Social.
Faça o levantamento da história da instituição e da inserção do Serviço Social.
Organize uma lista das fontes de consulta, considerando as normas da ABNT (livros, leis, sites, jornais, revistas, folders etc.).
Iniciando o processo de documentação
Nesse sentido, Mioto (2007) nos diz que a documentação não pode ser negligenciada no contexto do exercício profissional, considerando a sua relevância para o processo de conhecimento e sistematização da realidade, do planejamento, da qualificação das ações profissionais, bem como da sua importância ao alicerçar a produção de conhecimento. Desse modo urge a necessidade de incorporá-la no cotidiano profissional, nos mais diferentes momentos do processo interventivo.
A partir das considerações sobre o diário de campo, a expectativa é para fazer uso deste como mais uma ferramenta de aprendizado. Então, o diário de campo consiste em uma forma de registro de observações, comentários e reflexões para uso individual do aluno. Pode ser utilizado para registros de atividades de pesquisas e/ou registro do processo de trabalho.
O diário de campo é um instrumento de registro de atividades de aprendizado, uma forma de complementação das informações sobre o cenário onde o aluno está estagiando e onde estão envolvidos os demais sujeitos. Neste instrumento, é possível registrar todas as informações que não sejam aquelas coletadas em contatos e entrevistas formais, em aplicação de questionários, formulários e na realização de grupos focais. 
 As anotações descritivas realizadas em diário de campo são para servirem de suporte na análise e planejamentos das ações. É o primeiro passo para avançar na explicação e compreensão da realidade em seu contexto. As anotações de cunho analítico-reflexivo indicam quais as questões que devem ser aprofundadas.
As informações, tanto de natureza descritiva como reflexiva, são o conteúdo do diário de campo, costurando os retalhos de todo o processo de desenvolvimento de uma pesquisa e/ou dos processos de intervenção profissional em dado contexto, oferecendo o cenário da realidade vivenciada.
O diário de campo oferece subsídios para a intervenção crítica no real e para a orientação da ação profissional. Isso se o diário for considerado como “um documento pessoal-profissional no qual o aluno fundamenta o conhecimento teórico-prático, relacionando-o com a realidade vivenciada no cotidiano profissional, através do relato de suas experiências e sua participação na vida social” (Mioto,2007).
E o que mais pode ser anotado no diário de campo? As dúvidas e dificuldades são extremamente bem-vindas. Estas devem ser registradas e consideradas como elementos importantes no cotidiano profissional porque possibilitam à reflexão e análise da experiência de estágio.
 O registro detalhado da intervenção no diário de campo permite observar e analisar criticamente como se planejam e se executam as ações profissionais, e ainda perceber as dificuldades e limitações do profissional frente ao serviço, como também as limitações do serviço frente às demandas concretas dos usuários.
Portanto, o diário de campo, os relatórios, prontuários, protocolos de serviço e de atendimento, enfim, toda a forma de documentação só adquire sentido se são úteis tanto para os profissionais quanto para a instituição porque, mais do que apenas guardar ou arquivar informações, deve incidir positivamente nos processos de planejamento e avaliação no sentindo de facilitar a sua realização.
 O propósito é utilizar o diário de campo em um instrumento de aprendizagem, onde o aluno interage com a realidade de forma sistematizada e ativa, como principal ator do processo de construção do conhecimento. O ensino de novos conteúdos deve permitir que o aluno se desafie a avançar nos seus conhecimentos. O exercício da análise crítica levará o aluno a ultrapassar a sua experiência, os estereótipos, as sínteses anteriores etc. ­

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