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Logística Reversa Gestão da Logística Reversa Aula 4 Professor Ewerton Cangussu Mestre em Administração Comercialização – mercado primário Produtos que retornam por motivos puramente comerciais, devido a ajustes de estoques de canais de distribuição diretos. Esses produtos possuem condições gerais de reenvio/ revenda ao mercado primário, ou seja, o mercado original, com a marca do fabricante, e por meio de distribuição. Ex.: têxteis e calçados. Seleção e destino dos produtos que retornam do pós-venda Comercialização – mercado secundário Visa recapturar valor do produto por meio de políticas de baixo preço, como é o caso das pontas de estoque, leilões pela internet, outlets, lojas especializadas, de preços menores, ou lojas do tipo ‘tudo por um real’. Comercialização – produtos reparados Doação Seleção e destino dos produtos que retornam do pós-venda Desmanche (canibalização) Produtos salvos em acidentes de trajeto e a destinação de peças e veículos ao mercado secundário são exemplos dessa categoria de canal reverso. Remanufatura Reciclagem industrial Sistema de distribuição final apropriado. Não existe possibilidade de qualquer reaproveitamento. O produto retornado ou as suas partes ou materiais são destinados aos aterros sanitários ou a processo de incineração dependendo das particularidades de cada região ou país. Seleção e destino dos produtos que retornam do pós-venda A Logística sustentável, que engloba a variável ambiental nos negócios das empresas, agrega-lhes valores de diversas naturezas: legal, econômica, competitiva, de imagem corporativa e ambiental. É necessária uma postura estratégica que responda adequadamente tanto às leis, quanto aos consumidores e a preservação do meio ambiente, como as capacidades da organização, procurando um estado de equilíbrio entre o social e o funcional. As questões econômica e de marketing ambiental são cada vez mais relevantes nesse sentido. Postura Estratégica Saída dos EUA do Acordo de Paris https://youtu.be/gTO5eKD2PNQ A pegada de carbono é uma forma de medirmos o nosso impacto no meio ambiente. As pegadas quantificam um montante de carbono que aumenta ou diminui com base no uso de energia. As pegadas dão pistas de onde viemos e para onde vamos. As pegadas reais oferecem detalhes sobre o tamanho, peso e velocidade, ao passo que as pegadas de carbono medem quanto dióxido de carbono (CO2) nós produzimos no nosso dia-a-dia. Pegada de carbono Efeito Estufa https://youtu.be/lEp7drmUBvo Ambientalismo (responsabilidade socioambiental) O ambientalismo é responsável pela ampliação da sensibilidade para com a deterioração ambiental no mundo inteiro, e contribuiu para modernização dos processos produtivos, que, assim, tendem a ser menos predatórios. Sua contribuição reside na formulação de processos produtivos mais limpos, mas fracassa na reformulação de padrões de consumo que se expandiram nos últimos dez anos. O ambientalismo se apresenta em duas frentes: 1. Frente conservadora do status quo 2. Frente transformadora - que defende um mundo ecologicamente sustentável, e que está tensionada por duas forças principais: 2.1 Ambientalismo radical: orientado pela ética e pela crítica aos valores predominantes na sociedade. 2.2 Ambientalismo renovado: que compatibiliza o modelo de desenvolvimento econômico com a conservação dos recursos naturais. Ambientalismo Responsabilidade social É definida como um comprometimento constante das empresas em adotar um comportamento ético, contribuindo para o desenvolvimento econômico, simultaneamente melhorando a qualidade de vida dos seus empregados e suas famílias, da comunidade local e da sociedade como um todo. 1. Fazer a reciclagem de lixo de nossas casas (resíduos sólidos). 2. Não jogar pelo ralo (sistema de esgoto) líquidos, como: óleo de cozinha, óleo de motor. 3. Utilizar a água de forma racional e econômica. 4. Consumir produtos de empresas com certificação ambiental e que tenham práticas responsáveis para com o meio ambiente em seus processos produtivos. Responsabilidade ambiental individual 6. Comprar e usar eletrodomésticos com selo de baixo consumo de energia. 7. Desligar da tomada os aparelhos eletrônicos como TV e micro-ondas quando não estiverem em uso. 8. Levar sua sacola para carregar suas compras de mercado, quitanda, açougue e outras. 9. Diminuir o uso de produtos químicos para a limpeza. Responsabilidade ambiental individual 1. Adoção de práticas e de sistemas de gestão ambiental. 2. Criar sistema de tratamento e reutilização da água dentro do processo produtivo. 3. Tratar materiais poluentes (resíduos sólidos e líquidos) antes de devolvê-los à natureza. 4. Criar formas de reaproveitamento de resíduos (sólidos e líquidos). 5. Investir em pesquisa, desenvolvimento e criação de produtos e serviços que causem o mínimo possível de impacto ambiental. Responsabilidade ambiental empresarial 6. Criar um sistema de gestão de transportes que priorize a utilização de uma matriz com transportes menos poluentes, como o ferroviário. 7. Criar e desenvolver equipes de trabalho responsáveis pela disseminação de ideias sustentáveis dentro da empresa. 8. Procurar fornecedores certificados ambientalmente 9. Utilizar fontes de energia limpas e renováveis no processo produtivo. Responsabilidade ambiental empresarial Sustentabilidade Refere-se a uma modalidade de relacionamento da humanidade com o planeta que garanta a viabilidade dos modos de produção e subsistência para a geração presente e para as futuras gerações. ÍNDICE DE SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL – ISE Tem por objetivo refletir o retorno de uma carteira composta por ações de empresas com reconhecido comprometimento com a responsabilidade social e a sustentabilidade empresarial, e também atuar como promotor das boas práticas no meio empresarial brasileiro. INVESTIMENTO SOCIALMENTE RESPONSÁVEIS - SRI Trata-se da incorporação de aspectos, como o social e o ambiental, na política de investimentos, dando importância para a sustentabilidade, a governança corporativa e a responsabilidade social corporativa. A principal estratégia consiste em filtrar as empresas de acordo com os critérios mencionados, deixando de comprar ações daquelas que não se encaixam nos requisitos ou dando maior peso para as ações que se destacam nos critérios de SRI. Economia (produção) verde IDEIA CENTRAL: O conjunto de processos produtivos da sociedade e as transações deles decorrentes deve contribuir cada vez mais para o Desenvolvimento Sustentável, tanto em seus aspectos sociais quanto ambientais. Economia Verde: O conjunto de processos produtivos da sociedade e as transações deles decorrentes deve contribuir cada vez mais para o Desenvolvimento Sustentável, tanto em seus aspectos sociais quanto ambientais. Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), lançou em 2008, a: IEV – Iniciativa Economia Verde ou GEI – Green Economy Initiative 1 - Pouco intensiva em carbono 2 - Eficiente no uso de recursos naturais 3 - Socialmente inclusiva Madeira plástica https://www.youtube.com/watch?v=AgPRJK6ilrw Do início até 4:52 É a integração das preocupações ambientais, incluindo a Logística Verde e a Logística Reversa, procurando minimizar os impactos ambientais e sociais de um produto ou serviço, tendo início no processo de compras mais sustentáveis até a integração de todo o fluxo da cadeia de suprimentos, do fornecedor ao consumidor. Gestão Ambiental da Cadeia de Suprimentos (Green Supply Chain Management – GSCM). Diz respeito ao conjunto de políticas e práticas administrativas e operacionais que levam em conta a saúde e a segurança das pessoase a proteção do meio ambiente por meio da eliminação ou mitigação de impactos e danos ambientais decorrentes do planejamento, implantação, operação, ampliação, realocação ou desativação de empreendimentos ou atividades, incluindo-se todas as fases do ciclo de vida do produto. Gestão Ambiental da Cadeia de Suprimentos (Green Supply Chain Management – GSCM). A gestão ambiental interna Refere-se às questões relativas a um Sistema de Gestão Ambiental (SGA). Esse sistema procura desenvolver as atividades de logísticas com vistas à diminuição dos impactos ambientais durante os processos logísticos internos da empresa. Divisão da Green Supply Chain Management – GSCM A gestão ambiental externa Refere-se às atividades como: (1) compras, procura por fornecedores certificados ambientalmente, aquisição de insumos com selo verde, compras verdes, a partir de critérios de seleção, monitoramento e avaliação de fornecedores ambientalmente adequados; (2) projeção de produtos, tendo em vista aspectos de ecoeficiência; Divisão da Green Supply Chain Management – GSCM (3) cooperação com os clientes, a fim de apoiar mudanças de projeto de produto e produção mais limpa; (4) recuperação do investimento, com o objetivo de destinar corretamente sucata, máquinas obsoletas etc. (5) logística reversa, fazer o fluxo reverso do produto pós-consumo de forma a buscar a alternativa mais viável entre o reuso, a reciclagem, a remanufatura ou o descarte. Principais fatores para a adoção da gestão ambiental Vantagens competitivas da gestão ambiental (1) Com o cumprimento das exigências normativas, há melhora no desempenho ambiental de uma empresa, abrindo-se a possibilidade de maior inserção num mercado cada vez mais exigente em termos ecológicos, com a melhoria da imagem junto aos clientes e a comunidade; Vantagens competitivas da gestão ambiental (2) Adotando um design do produto de acordo com as exigências ambientais, é possível torná-lo mais flexível do ponto de vista de instalações e operação, com um custo menor e uma vida útil maior; Vantagens competitivas da gestão ambiental (3) Com a redução do consumo de recursos energéticos, ocorre a melhoria na gestão ambiental, com a consequente redução nos custos de produção; (4) Ao se reduzir ao mínimo a quantidade de material utilizado por produto, há redução dos custos de matéria-prima e do consumo de recursos; (5) Quando se utilizam materiais renováveis, empregando-se menos energia pela facilidade de reciclagem, melhora-se a imagem da organização; Vantagens competitivas da gestão ambiental (6) Com a otimização das técnicas de produção, pode ocorrer melhoria na capacidade de inovação da empresa, redução das etapas de processo produtivo, acelerando o tempo de entrega do produto e minimizando o impacto ambiental do processo. Fase Evolutiva: Especialização funcional As ações são predominantemente reativas. As principais preocupações estão no atendimento às regulamentações ambientais e em evitar a geração de problemas ecológicos para a alta administração. Ocorre tipicamente em organizações que não consideram a variável ambiental como uma oportunidade de negócios, mas sim como um entrave ao sucesso das estratégias organizacionais Fase Evolutiva: Integração interna O desempenho ecológico da organização não é tratado como fator estratégico, forçando a área de gestão ambiental a adaptar os programas e políticas às estratégias em vigor. As principais atividades desempenhadas dizem respeito à prevenção da poluição. A variável ambiental é tratada em projetos de negócios específicos, não sendo considerada relevante por todas as divisões da organização. Fase Evolutiva: Integração interna As atividades de gestão ambiental são alinhadas ao planejamento estratégico da empresa. Entende-se o meio ambiente como uma oportunidade de negócios. Nesse sentido, buscam-se oportunidades no mercado que possam ser exploradas por meio de uma abordagem ambiental proativa. São elaboradas, portanto, estratégias, as quais se destacam pela participação ativa de todos da organização em prol de vantagens competitivas. Costuma ocorrer em organizações mais dinâmicas, que constantemente procuram reforçar as variáveis de sua vantagem competitiva. Porter I https://www.youtube.com/watch?v=Onx7qI-OUs4 Questão para reflexão 1 - Qual é, segundo Porter, a principal questão que impede que consigamos resolver nossos problemas sociais e ambientais? 2 – Onde está a solução para esta questão, segundo o palestrante? Área da logística que tem como objetivo a redução dos impactos das atividades logísticas sobre seu entorno (população e natureza), como por exemplo: contenção de emissão de resíduos ao meio ambiente; diminuição do desperdício de materiais (sólidos e líquidos) resultantes do processo logístico; busca pelo reaproveitamento de materiais que antes eram encaminhados ao lixo; Logística ambiental ou verde guarda segura de estoques; compra de materiais de fornecedores certificados; reaproveitamento e reutilização de materiais antes descartados; novos usos para matérias antes descartadas; uso consciente de materiais no processo logístico (papel, água, combustível, embalagem); Logística ambiental ou verde cuidado mais zeloso com materiais para que tenham longa durabilidade (contenedores, containeres, embalagens, paletes etc.); aquisição de equipamentos de movimentação de maior durabilidade; parceria (uso compartilhado) para utilização de equipamentos de movimentação de materiais; uso compartilhado de frota etc. Logística ambiental ou verde Logística ambiental ou verde ´loo Logística Verde Logística Reversa (1) Redução das externalidades dos transportes de carga: impactos no volume do tráfego e poluição atmosférica e sonora gerada. (2) Logística urbana: além da avaliação dos impactos acima, envolve a avaliação dos benefícios econômicos, alocação de espaço viário e investimento em transportes. (3) Logística reversa: retorno dos resíduos à cadeia produtiva e redução do volume de resíduos destinados à disposição final (aterros e incineração). Logística Ambiental ou Verde e suas 5 frentes de trabalho (4) Estratégias ambientais organizacionais no sentido da logística: incorporação do meio ambiente como elemento- chave do modelo de negócio da organização, iniciativas e programas ambientais. 5) Gestão verde da cadeia de suprimentos: alinhamento e integração da gestão ambiental na gestão da cadeia de suprimentos. Logística Ambiental ou Verde e suas 5 frentes de trabalho Porter II https://www.youtube.com/watch?v=veFkV2j0_eM&t=22s Plano de logística reversa Programas Missão e objetivos Atividades ResponsabilidadesCronogramas Medidas Economia Solidária Trata-se de modelo específico de organização das atividades econômicas, caracterizada pela autogestão. Economia colaborativa tem por lema compartilhar e não acumular, dando origem ao consumo colaborativo. Este tipo de economia também é conhecido como consumo colaborativo ou economia compartilhada. Economia Criativa Se define como aquela que agrega valor à criatividade e à conectividade das áreas. Trata- se de um conjunto de atividades exercidas com imaginação e criatividade, das quais se extrai valor econômico Fatores importantes para gerir efetivamente mudanças: Plano visível: a missão, os objetivos, direção para as atividades de logística reversa precisam ser claros. Um processo formalizado para desenvolvimento da estratégia é uma atividade importante para conseguir o comprometimento de toda a organização. Mais ainda, um plano contendo iniciativas e objetivos prioritários se tornaum importante veículo de comunicação. Gestão das mudanças Um patrocinador: mudanças bem-sucedidas possuem maior probabilidade com líderes que representem bem, dentro e fora da organização, os objetivos estratégicos. Para cada projeto definido no plano também é necessário um líder com responsabilidade por aquela atividade. Treinamentos: os líderes devem reconhecer que a mudança é normalmente difícil e que treinamentos podem ser necessários. Os treinamentos devem focar no desenvolvimento do conhecimento requerido e nas habilidades para operar no novo ambiente. Gestão das mudanças https://www.youtube.com/watch?v=XwvYzmk-NjY Plásticos no mar Alves, Adriano Rosa; Sella, Márcio Rolland; Oliveira, Alessandra Petrechi de. Logística Reversa. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S. A., 2015. Madeira Plástica. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=AgPRJK6ilrw Acesso em 14.06.2018. Michael Porter I. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=Onx7qI- OUs4 Acesso em 14.06.2018. Michael Porter II. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=veFkV2j0_eM&t=22s Acesso em 14.06.2018. Sopa plástica – o lixão do Pacífico. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=XwvYzmk-NjY Acesso em 14.06.2018. Referências