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BC0104: Int. Atômicas e Moleculares UFABC Resolução da Lista 01 (Geral) v1.3
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1. (a) Qual é a velocidade de um elétron cujo comprimento de onda é 3,00 𝑐𝑚?
(b) Qual a velocidade de um próton com o mesmo comprimento de onda?
(c) Qual a razão para obter velocidades que diferem por três ordens de grandeza, uma vez
que os comprimentos de onda são iguais?
(d) Considere que um elétron e um próton tenham a mesma velocidade 𝑣 = 1,00 × 106 𝑚/𝑠.
Quais os respectivos comprimentos de onda?
(e) Nessas condições, você esperaria que efeitos quânticos fossem mais importantes para o
elétron ou para o próton? Justifique sua resposta.
𝑅𝑒𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜
(a) De acordo com a relação de onda-partícula de de Broglie:
𝑝 =
ℎ
𝜆
= 𝑚𝑣
Logo, para um elétron com 𝜆 = 3,00 × 10−2 𝑚:
𝑣 =
ℎ
𝑚𝜆
⇒ 𝑣 =
6,626 × 10−34
9,109 × 10−31 · 3,00 × 10−2
≈ 0,0242 𝑚/𝑠
(b) Para um próton com o mesmo comprimento de onda, basta adequar o valor de sua massa:
𝑣 =
6,626 × 10−34
1,673 × 10−27 · 3,00 × 10−2
≈ 0,132 × 10−4 𝑚/𝑠
(c) A razão implicaria:
𝑣1
𝑣2
=
ℎ/𝑚1𝜆
ℎ/𝑚2𝜆
𝑣1
𝑣2
=
𝑚2
𝑚1
≈ 103
⇒ 𝑚2 ≈ 𝑚1 × 10
3
(d) Para um elétron com 𝑣 = 1,00 × 106 𝑚/𝑠, temos:
𝜆 =
ℎ
𝑚𝑣
⇒ 𝜆𝑒 =
6,626 × 10−34
9,109 × 10−31 · 1,00 × 106
≈ 7,27 Å𝑚
Enquanto que, para um próton com mesma velocidade, temos:
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𝜆𝑝 =
6,626 × 10−34
1,673 × 10−27 · 1,00 × 106
≈ 3,96 × 10−3 Å𝑚
(e) Nessas condições, os efeitos quânticos seriam mais importantes para o elétron, pois sua
massa é inferior e portanto as leis da Física Quântica teriam mais influência. Isso é notado
pelos resultados do item anterior, onde o comprimento de onda se torna tão pequeno na
medida em que a massa aumenta tal que não possamos mais medi-la por nenhum aparelho
atual.
2. Uma lâmpada de sódio emite luz amarela com comprimento de onda 𝜆 = 550 𝑛𝑚. Quantos
fótons são emitidos por segundo, se a potência da lâmpada for de (a) 1,00 𝑊? e (b) 100 𝑊?
(c) Qual o momento linear dos fótons emitidos pela lâmpada de sódio?
(d) Sabendo que os fótons são emitidos por uma transição entre dois níveis eletrônicos do
átomo de sódio, obtenha a diferença entre esses níveis de energia.
𝑅𝑒𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜
(a) Como a potência da lâmpada é de 1,00 𝑊, temos:
𝒫 = 1,00 𝐽/𝑠
Ou seja, por segundo estão sendo emitidos fótons com 1,00 𝐽 de energia total somada.
Como o comprimento de onda da luz amarela que emite esses fótons é de 550 × 10−9 𝑚,
de acordo com a equação de Einstein, cada fóton possui energia:
𝐸 = ℎ𝜈 =
ℎ𝑐
𝜆
onde 𝑐 é a velocidade da luz em que um fóton viaja.
Juntando os resultados, obtemos que a quantidade 𝑛𝑎 de fótons emitidos por segundo é:
𝑛𝑎 =
𝒫
𝐸
=
𝜆𝒫
ℎ𝑐
⇒ 𝑛𝑎 =
550 × 10−9 · 1,00
6,626 × 10−34 · 2,998 × 108
≈ 2,77 × 1018 𝑠−1
(b) Para uma potência de 100 𝑊, temos que a quantidade 𝑛𝑏 de fótons emitidos é:
𝑛𝑏 =
100 · 𝒫
𝐸
= 100 · 𝑛𝑎 ≈ 2,77 × 10
20 𝑠−1
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(c) O momento linear 𝑝 desses fótons é dado pela relação de de Broglie:
𝑝 =
ℎ
𝜆
=
6,626 × 10−34
550 × 10−9
≈ 1,20 × 10−27 𝑘𝑔 · 𝑚/𝑠
(d) Como cada fóton possui uma energia específica e cada um é resultado de uma mudança de
nível onde sua energia específica é exatamente a diferença de energia entre esses dois
níveis do átomo de sódio. Assim, sabemos que, para um fóton de qualquer lâmpada, sua
energia é dependente somente de seu comprimento de onda:
𝐸 = ℎ𝜈 =
ℎ𝑐
𝜆
=
6,626 × 10−34 · 2,998 × 108
550 × 10−9
≈ 3,61 × 10−19 𝐽
3. Considere que a função de onda de um elétron confinado em uma caixa unidimensional de
comprimento 𝐿 seja dada por:
𝜓(𝑥) = cos (
𝜋𝑥
𝐿
) , − 𝐿/2 ≤ 𝑥 ≤ 𝐿/2
𝜓(𝑥) = 0 , |𝑥| > 𝐿/2
(a) Essa função de onda é quadraticamente integrável?
(b) Essa função de onda é normalizada?
(c) Em caso negativo, normalize-a.
(d) Qual a probabilidade de encontrar o elétron nos seguintes intervalos: −𝐿/2 ≤ 𝑥 ≤ 0, 0 ≤
𝑥 ≤ 𝐿/2, −𝐿/4 ≤ 𝑥 ≤ 𝐿/4?
𝑅𝑒𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜
(a) Para ser quadraticamente integrável, essa função de onda precisa ter energia finita, ou seja:
∫ 𝜓∗𝜓 𝑑𝑥
∞
−∞
< ∞
Por se tratar de uma função senoidal confinada, ou seja, por possui valor diferente de nulo
apenas dentro de um espaço definido (neste caso, entre −𝐿/2 a 𝐿/2), sua energia é
certamente finita. Matematicamente, isso pode ser provado calculando:
∫ 𝜓∗𝜓 𝑑𝑥
∞
−∞
= ∫ 0 𝑑𝑥
−𝐿/2
−∞
+ ∫ cos2 (
𝜋𝑥
𝐿
) 𝑑𝑥
𝐿/2
−𝐿/2
+ ∫ 0 𝑑𝑥
∞
𝐿/2
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𝑐𝑜𝑠(2𝑎) = 𝑐𝑜𝑠(𝑎 + 𝑎) = 𝑐𝑜𝑠2(𝑎) − 𝑠𝑒𝑛2(𝑎)
⇒ 𝑐𝑜𝑠(2𝑎) = 𝑐𝑜𝑠2(𝑎) − [1 − 𝑐𝑜𝑠2(𝑎)]
⇒ 𝑐𝑜𝑠2(𝑎) =
1 + 𝑐𝑜𝑠(2𝑎)
2
= ∫
1 + cos (
2𝜋𝑥
𝐿
)
2
𝑑𝑥
𝐿/2
−𝐿/2
=
1
2
[ ∫ 𝑑𝑥
𝐿/2
−𝐿/2
+ ∫ cos (
2𝜋𝑥
𝐿
) 𝑑𝑥
𝐿/2
−𝐿/2
]
=
1
2
[𝑥 +
𝐿
2𝜋
sen (
2𝜋𝑥
𝐿
)]
𝐿/2
−𝐿/2
=
1
2
[
𝐿
2
− (−
𝐿
2
)] +
1
2
𝐿
2𝜋
[sen(𝜋) − sen(−𝜋)]
=
𝐿
2
< ∞
(b) Essa função não está normalizada, pois o resultado final do item anterior deveria ter sido
1.
(c) Sua forma normalizada teria uma constante multiplicativa com valor √2/𝐿, pois:
∫ (√
2
𝐿
𝜓∗) (√
2
𝐿
𝜓 ) 𝑑𝑥
∞
−∞
=
2
𝐿
∫ 𝜓∗𝜓 𝑑𝑥
∞
−∞
=
2
𝐿
𝐿
2
= 1
(d) Como o elétron está confinado em −𝐿/2 e 𝐿/2, por simetria, a probabilidade de encontrar
o elétron entre −𝐿/2 ≤ 𝑥 ≤ 0 e 0 ≤ 𝑥 ≤ 𝐿/2 é de 1/2. Matematicamente isso é provado
por:
2
𝐿
∫ 𝜓∗𝜓
0
−𝐿/2
𝑑𝑥 =
2
𝐿
·
1
2
[𝑥 +
𝐿
2𝜋
sen (
2𝜋𝑥
𝐿
)]
0
−𝐿/2
=
1
2
2
𝐿
∫ 𝜓∗𝜓
𝐿/2
0
𝑑𝑥 =
2
𝐿
·
1
2
[𝑥 +
𝐿
2𝜋
sen (
2𝜋𝑥
𝐿
)]
𝐿/2
0
=
1
2
Analogamente, para −𝐿/4 ≤ 𝑥 ≤ 𝐿/4, temos:
2
𝐿
∫ 𝜓∗𝜓
𝐿/4
−𝐿/4
𝑑𝑥 =
2
𝐿
·
1
2
[𝑥 +
𝐿
2𝜋
sen (
2𝜋𝑥
𝐿
)]
𝐿/4
−𝐿/4
=
1
2
+
1
𝜋
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4. Em cada caso, mostre que 𝑓(𝑥) é uma autofunção do operador dado. Ache o autovalor:
 𝑓(𝑥)
(a)
𝑑2
𝑑𝑥2
cos(𝜔𝑥)
(b)
𝑑
𝑑𝑡
𝑒
𝑖𝜔𝑡
(c)
𝑑2
𝑑𝑥2
+ 2
𝑑
𝑑𝑥
+ 3 𝑒
𝛼𝑥
(d)
𝜕
𝜕𝑦
𝑥
2𝑒6𝑦
𝑅𝑒𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜
Para que 𝑓(𝑥) seja uma autofunção, ao se aplicar o operador
 nela, é preciso que o resultado seja igual a um múltiplo dela mesma:
Â[𝑓(𝑥)] = 𝛼𝑓(𝑥)
onde 𝛼 é dito autovalor.
(a)
𝑑2
𝑑𝑥2
[cos(𝜔𝑥)] = (−𝜔2) cos(𝜔𝑥)
(b)
𝑑
𝑑𝑡
(𝑒𝑖𝜔𝑡) = (𝑖𝜔)𝑒𝑖𝜔𝑡
(c)
𝑑2
𝑑𝑥2
(𝑒𝛼𝑥) + 2
𝑑
𝑑𝑥
(𝑒𝛼𝑥) + 3(𝑒𝛼𝑥) = 𝛼2𝑒𝛼𝑥 + 2𝛼𝑒𝛼𝑥 + 3𝑒𝛼𝑥 = (𝛼2 + 2𝛼 + 3)𝑒𝛼𝑥
(d)
𝜕
𝜕𝑦
(𝑥2𝑒6𝑦) = (6)𝑥2𝑒6𝑦BC0104: Int. Atômicas e Moleculares UFABC Resolução da Lista 01 (Geral) v1.3
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5. Mostre que
(a)
∫ sen2 (
𝑛𝜋𝑥
𝑎
) 𝑑𝑥
𝑎
0
=
𝑎
2
(b)
∫ 𝑥 sen2 (
𝑛𝜋𝑥
𝑎
) 𝑑𝑥
𝑎
0
=
𝑎2
4
𝑅𝑒𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜
(a)
∫ sen2 (
𝑛𝜋𝑥
𝑎
) 𝑑𝑥
𝑎
0
=
𝑐𝑜𝑠(2𝑎) = 𝑐𝑜𝑠(𝑎 + 𝑎) = 𝑐𝑜𝑠2(𝑎) − 𝑠𝑒𝑛2(𝑎)
⇒ 𝑐𝑜𝑠(2𝑎) = [1 − 𝑠𝑒𝑛2(𝑎)] − 𝑠𝑒𝑛2(𝑎)
⇒ 𝑠𝑒𝑛2(𝑎) =
1 − 𝑐𝑜𝑠(2𝑎)
2
=
1
2
∫ 1 − cos (
2𝑛𝜋𝑥
𝑎
) 𝑑𝑥
𝑎
0
=
1
2
[𝑥 −
𝑎
2𝑛𝜋
sen (
2𝑛𝜋𝑥
𝑎
)]
𝑎
0
=
1
2
[𝑎 −
𝑎
2𝑛𝜋
sen(𝑛2𝜋)]
=
𝑎
2
∎
(b)
∫ 𝑥 sen2 (
𝑛𝜋𝑥
𝑎
) 𝑑𝑥
𝑎
0
=
1
2
∫ 𝑥 − 𝑥 cos (
2𝑛𝜋𝑥
𝑎
) 𝑑𝑥
𝑎
0
𝑢 = 𝑥 ⇒ 𝑑𝑢 = 𝑑𝑥
𝑑𝑣 = cos (
2𝑛𝜋𝑥
𝑎
) 𝑑𝑥 ⇒ 𝑣 =
𝑎
2𝑛𝜋
sen (
2𝑛𝜋𝑥
𝑎
)
=
1
2
[
𝑥2
2
− [
𝑎𝑥
2𝑛𝜋
sen (
2𝑛𝜋𝑥
𝑎
) + (
𝑎
2𝑛𝜋
)
2
cos (
2𝑛𝜋𝑥
𝑎
)]]
𝑎
0
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=
1
2
[
𝑎2
2
− [
𝑎𝑥
2𝑛𝜋
sen(𝑛2𝜋) + (
𝑎
2𝑛𝜋
)
2
[cos(𝑛2𝜋) − 1]]]
=
𝑎2
4
∎
6. a) Mostre que a função de onda 𝛹(𝑥, 𝑡) = 𝐴𝑒(𝑘𝑥−𝜔𝑡) não satisfaz a equação de Schrödinger
dependente do tempo.
b) Mostre que a função 𝛹(𝑥, 𝑡) = 𝐴𝑒𝑖(𝑘𝑥−𝜔𝑡) satisfaz tanto a equação de Schrödinger
dependente do tempo quanto a equação de onda clássica
𝜕2Ψ(𝑥, 𝑡)
𝜕𝑥2
=
1
𝑐2
𝜕2Ψ(𝑥, 𝑡)
𝜕𝑡2
𝑅𝑒𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜
(a) Para satisfazer a equação de Schrödinger, basta que 𝛹(𝑥, 𝑡) respeite a igualdade:
−
ℏ2
2𝑚
𝜕2Ψ(𝑥, 𝑡)
𝜕𝑥2
+ 𝑉(𝑥, 𝑡)Ψ(𝑥, 𝑡) = 𝑖ℏ
𝜕Ψ(𝑥, 𝑡)
𝜕𝑡
−
ℏ2
2𝑚
𝜕2
𝜕𝑥2
[𝐴𝑒(𝑘𝑥−𝜔𝑡)] + 𝑉(𝑥, 𝑡)𝐴𝑒(𝑘𝑥−𝜔𝑡) = 𝑖ℏ
𝜕
𝜕𝑡
[𝐴𝑒(𝑘𝑥−𝜔𝑡)]
−
ℏ2𝑘2
2𝑚
𝐴𝑒(𝑘𝑥−𝜔𝑡) + 𝑉(𝑥, 𝑡)𝐴𝑒(𝑘𝑥−𝜔𝑡) = −𝑖ℏ𝜔𝐴𝑒(𝑘𝑥−𝜔𝑡)
−
ℏ2𝑘2
2𝑚
+ 𝑉(𝑥, 𝑡) = −𝑖ℏ𝜔
−
ℎ24𝜋2
8𝜋2𝑚𝜆2
+ 𝑉(𝑥, 𝑡) = −𝑖
ℎ
2𝜋
2𝜋𝜈
−
ℎ2
2𝑚𝜆2
+ 𝑉(𝑥, 𝑡) = −𝑖ℎ𝜈
𝑝2
2𝑚
− 𝑉(𝑥, 𝑡) = 𝑖𝐸
𝐾 − 𝑉 = 𝑖𝐸 𝐴𝑏𝑠𝑢𝑟𝑑𝑜! ∎
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(b)
−
ℏ2
2𝑚
𝜕2Ψ(𝑥, 𝑡)
𝜕𝑥2
+ 𝑉(𝑥, 𝑡)Ψ(𝑥, 𝑡) = 𝑖ℏ
𝜕Ψ(𝑥, 𝑡)
𝜕𝑡
−
ℏ2
2𝑚
𝜕2[𝐴𝑒𝑖(𝑘𝑥−𝜔𝑡)]
𝜕𝑥2
+ 𝑉(𝑥, 𝑡)𝐴𝑒𝑖(𝑘𝑥−𝜔𝑡) = 𝑖ℏ
𝜕[𝐴𝑒𝑖(𝑘𝑥−𝜔𝑡)]
𝜕𝑡
ℏ2
2𝑚
𝑘2𝐴𝑒𝑖(𝑘𝑥−𝜔𝑡) + 𝑉(𝑥, 𝑡)𝐴𝑒𝑖(𝑘𝑥−𝜔𝑡) = ℏ𝜔𝐴𝑒𝑖(𝑘𝑥−𝜔𝑡)
ℏ2𝑘2
2𝑚
+ 𝑉(𝑥, 𝑡) = ℏ𝜔
𝐾 + 𝑉 = 𝐸 ∎
𝜕2Ψ(𝑥, 𝑡)
𝜕𝑥2
=
1
𝑐2
𝜕2Ψ(𝑥, 𝑡)
𝜕𝑡2
𝜕2[𝐴𝑒𝑖(𝑘𝑥−𝜔𝑡)]
𝜕𝑥2
=
1
𝑐2
𝜕2[𝐴𝑒𝑖(𝑘𝑥−𝜔𝑡)]
𝜕𝑡2
−𝑘2𝐴𝑒𝑖(𝑘𝑥−𝜔𝑡) = −𝜔2
1
𝑐2
𝐴𝑒𝑖(𝑘𝑥−𝜔𝑡)
𝑘2 =
𝜔2
𝑐2
(
2𝜋
𝜆
)
2
=
(2𝜋𝜈)2
𝑐2
1
𝜆2
=
𝜈2
𝑐2
𝑐 = 𝜆𝜈 ∎
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7. Determine (a) 〈𝑥〉 e (b) 〈𝑥2〉 para o segundo estado excitado (𝑛 = 3) de um poço quadrado
infinito.
𝑅𝑒𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜
Em um poço quadrado infinito temos:
{
𝑉(𝑥) = 0 , 0 < 𝑥 < 𝐿
𝑉(𝑥) → ∞ , 𝑐𝑎𝑠𝑜 𝑐𝑜𝑛𝑡𝑟á𝑟𝑖𝑜
⇒ −
ℏ2
2𝑚
𝜕2𝜓(𝑥)
𝜕𝑥2
+ 0 · 𝜓(𝑥) = 𝐸𝜓(𝑥)
𝜕2𝜓(𝑥)
𝜕𝑥2
= −
2𝑚𝐸
ℏ2
𝜓(𝑥)
Assumindo 𝜓(𝑥) = 𝑒𝛼𝑥 e como 𝑉 = 0 ⇒ 𝐸 = 𝐾:
𝜕2[𝑒𝛼𝑥]
𝜕𝑥2
= −
2𝑚𝐾
ℏ2
𝑒𝛼𝑥
𝐾 =
𝑚𝑣2
2
⇒ 𝑣 = √
2𝐾
𝑚
⇒ 𝑝 = 𝑚𝑣 = 𝑚√
2𝐾
𝑚
∴ 𝑝2 =
𝑚22𝐾
𝑚
= 2𝑚𝐾
𝛼2𝑒𝛼𝑥 = −
𝑝2
(ℎ/2𝜋)2
𝑒𝛼𝑥
𝛼2𝑒𝛼𝑥 = − (
2𝜋
𝜆
)
2
𝑒𝛼𝑥
𝛼 = ±√−𝑘2 = ±𝑖𝑘
∴ 𝜓(𝑥) = 𝐴𝑒𝑖𝑘𝑥 + 𝐵𝑒−𝑖𝑘𝑥
Resolvendo as condições de contorno:
𝜓(0) = 𝜓(𝐿) = 0
{ 𝐴𝑒
𝑖𝑘0 + 𝐵𝑒−𝑖𝑘0 = 0
𝐴𝑒𝑖𝑘𝐿 + 𝐵𝑒−𝑖𝑘𝐿 = 0
{
𝐴 + 𝐵 = 0
𝐴𝑒𝑖𝑘𝐿 + 𝐵𝑒−𝑖𝑘𝐿 = 0
𝐴𝑒𝑖𝑘𝐿 − 𝐴𝑒−𝑖𝑘𝐿 = 0
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𝑒𝑖𝑘𝐿 − 𝑒−𝑖𝑘𝐿 = 0
[cos(𝑘𝐿) + 𝑖 sen(𝑘𝐿)] − [cos(𝑘𝐿) − 𝑖 sen(𝑘𝐿)] = 0
2𝑖 sen(𝑘𝐿) = 0
sen(𝑘𝐿) = 0
⇒ 𝑘𝐿 = 𝑛𝜋 ; 𝑛 = 1,2,3,4, …
𝑘 =
𝑛𝜋
𝐿
∴ 𝜓(𝑥) = 𝐴𝑒𝑖𝑘𝑥 − 𝐴𝑒−𝑖𝑘𝑥
𝜓(𝑥) = 2𝐴𝑖 sen(𝑘𝑥)
𝜓(𝑥) = 𝐴′ sen (
𝑛𝜋𝑥
𝐿
)
Normalizando a função:
∫ 𝜓∗𝜓 𝑑𝑥
𝐿
0
= 1
𝐴′
2 ∫ sen2 (
𝑛𝜋𝑥
𝐿
) 𝑑𝑥
𝐿
0
= 1
𝑐𝑜𝑠(2𝑎) = 𝑐𝑜𝑠(𝑎 + 𝑎) = 𝑐𝑜𝑠2(𝑎) − 𝑠𝑒𝑛2(𝑎)
⇒ 𝑐𝑜𝑠(2𝑎) = [1 − 𝑠𝑒𝑛2(𝑎)] − 𝑠𝑒𝑛2(𝑎)
⇒ 𝑠𝑒𝑛2(𝑎) =
1 − 𝑐𝑜𝑠(2𝑎)
2
𝐴′
2
2
∫ 1 − 𝑐𝑜𝑠 (
2𝑛𝜋𝑥
𝐿
) 𝑑𝑥
𝐿
0
= 1
𝐴′
2
2
[𝑥 −
𝐿
2𝑛𝜋
𝑠𝑒𝑛 (
2𝑛𝜋𝑥
𝐿
)]
𝐿
0
= 1
𝐴′
2
2
𝐿 = 1
𝐴′ = √
2
𝐿
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Para o segundo estado excitado onde 𝑛 = 3 temos:
𝜓(𝑥) = √
2
𝐿
sen (
3𝜋𝑥
𝐿
)
(a) Assim, o valor da posição esperada é:
〈𝑥〉 = ∫ 𝜓∗ 𝑥 𝜓 𝑑𝑥
∞
−∞
〈𝑥〉 =
2
𝐿
∫ 𝑥 sen2 (
3𝜋𝑥
𝐿
) 𝑑𝑥
𝐿
0
〈𝑥〉 =
1
𝐿
[∫ 𝑥𝑑𝑥
𝐿
0
− ∫ 𝑥 cos (
6𝜋𝑥
𝐿
) 𝑑𝑥
𝐿
0
]
𝑢 = 𝑥 ⇒ 𝑑𝑢 = 𝑑𝑥
𝑑𝑣 = cos (
6𝜋𝑥
𝐿
) 𝑑𝑥 ⇒ 𝑣 =
𝐿
6𝜋
sen (
6𝜋𝑥
𝐿
)
〈𝑥〉 =
1
𝐿
[
𝑥2
2
− [
𝐿𝑥
6𝜋
sen (
6𝜋𝑥
𝐿
) + (
𝐿
6𝜋
)
2
cos (
6𝜋𝑥
𝐿
)]]
𝐿
0
〈𝑥〉 =
1
𝐿
[
𝐿2
2
− [
𝐿2
6𝜋
[sen(6𝜋) − 0] + (
𝐿
6𝜋
)
2
[cos(6𝜋) − 1]]]
〈𝑥〉 =
1
𝐿
(
𝐿2
2
)
〈𝑥〉 =
𝐿
2
(b) Analogamente:
〈𝑥2〉 =
2
𝐿
∫ 𝑥2 sen2 (
3𝜋𝑥
𝐿
) 𝑑𝑥
𝐿
0
〈𝑥2〉 =
2
𝐿
∫
𝑥2 − 𝑥2 cos (
6𝜋𝑥
𝐿
)
2
𝑑𝑥
𝐿
0
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〈𝑥2〉 =
1
𝐿
[∫ 𝑥2𝑑𝑥
𝐿
0
− ∫ 𝑥2 cos (
6𝜋𝑥
𝐿
) 𝑑𝑥
𝐿
0
]
𝑢 = 𝑥2 ⇒ 𝑑𝑢 = 2𝑥𝑑𝑥
𝑑𝑣 = cos (
6𝜋𝑥
𝐿
) 𝑑𝑥 ⇒ 𝑣 =
𝐿
6𝜋
sen (
6𝜋𝑥
𝐿
)
〈𝑥2〉 =
1
𝐿
[
𝑥3
3
− [
𝐿
6𝜋
𝑥2 sen (
6𝜋𝑥
𝐿
) − ∫ 2𝑥
𝐿
6𝜋
sen (
6𝜋𝑥
𝐿
) 𝑑𝑥
𝐿
0
]]
𝐿
0
〈𝑥2〉 =
1
𝐿
[
𝑥3
3
−
𝐿
6𝜋
𝑥2 sen (
6𝜋𝑥
𝐿
) +
𝐿
3𝜋
∫ 𝑥 sen (
6𝜋𝑥
𝐿
) 𝑑𝑥
𝐿
0
]
𝐿
0
𝑤 = 𝑥 ⇒ 𝑑𝑤 = 𝑑𝑥
𝑑𝑞 = sen (
6𝜋𝑥
𝐿
) 𝑑𝑥 ⇒ 𝑞 = −
𝐿
6𝜋
cos (
6𝜋𝑥
𝐿
)
〈𝑥2〉 =
1
𝐿
[
𝑥3
3
−
𝐿
6𝜋
𝑥2 sen (
6𝜋𝑥
𝐿
) +
𝐿
3𝜋
[−
𝐿
6𝜋
𝑥 cos (
6𝜋𝑥
𝐿
) − ∫ (−
𝐿
6𝜋
) cos (
6𝜋𝑥
𝐿
) 𝑑𝑥
𝐿
0
]]
𝐿
0
〈𝑥2〉 =
1
𝐿
[
𝑥3
3
−
𝐿
6𝜋
𝑥2 sen (
6𝜋𝑥
𝐿
) −
𝐿2
18𝜋2
𝑥 cos (
6𝜋𝑥
𝐿
) +
𝐿2
18𝜋2
∫ cos (
6𝜋𝑥
𝐿
) 𝑑𝑥
𝐿
0
]
𝐿
0〈𝑥2〉 =
1
𝐿
[
𝑥3
3
−
𝐿
6𝜋
𝑥2 sen (
6𝜋𝑥
𝐿
) −
𝐿2
18𝜋2
𝑥 cos (
6𝜋𝑥
𝐿
) +
𝐿3
108𝜋3
sen (
6𝜋𝑥
𝐿
)]
𝐿
0
〈𝑥2〉 =
1
𝐿
(
𝐿3
3
−
𝐿3
18𝜋2
)
〈𝑥2〉 = 𝐿2 (
1
3
−
1
18𝜋2
)
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8. Uma partícula se encontra em um poço quadrado infinito de largura 𝐿. Calcule a energia do
estado fundamental: (a) se a partícula é um próton e 𝐿 = 0,1 𝑛𝑚, o tamanho aproximado
de uma molécula; (b) se a partícula é um próton e 𝐿 = 1 𝑓𝑚, o tamanho aproximado de um
núcleo.
𝑅𝑒𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜
Utilizando o valor do número de onda 𝑘 encontrado pelo exercício 7 no estado
fundamental, temos:
𝑘 =
𝑛𝜋
𝐿
=
𝜋
𝐿
, 𝑛 = 1
2𝜋
𝜆
=
𝜋
𝐿
2𝜋
𝜆
ℎ
ℎ
=
𝜋
𝐿
ℎ/𝜆
ℎ/2𝜋
=
𝜋
𝐿
𝑝
ℏ
=
𝜋
𝐿
√2𝑚𝐸
ℏ
=
𝜋
𝐿
; 𝐸 = 𝐾 𝑝𝑜𝑖𝑠 𝑉 = 0
𝐸 =
𝜋2ℏ2
2𝑚𝐿2
𝐸 =
ℎ2
8𝑚𝐿2
(a) Se a partícula é um próton e 𝐿 = 0,1 𝑛𝑚 for o tamanho aproximado de uma molécula, sua
energia será:
𝐸 =
(6,6 × 10−34)2
8 · 1,7 × 10−27(0,1 × 10−9)2
≈ 3,2 × 10−21 𝐽 = 3,2 𝑧𝐽
(b) Se a partícula é um próton e 𝐿 = 1 𝑓𝑚 for o tamanho aproximado de um núcleo, sua
energia será:
𝐸 =
(6,6 × 10−24)2
8 · 1,7 × 10−27(1 × 10−15)2
≈ 3,2 × 10−9 𝐽 = 3,2 𝑛𝐽
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9. Alguns dados para a energia cinética dos elétrons ejetados com função do comprimento de
onda da radiação incidente do efeito fotoelétrico para o sódio metálico são:
𝜆 / 𝑛𝑚 100 200 300 400 500
Energia / 𝑒𝑉 10,1 3,94 1,88 0,842 0,222
Faça o gráfico destes dados e obtenha ℎ e a função trabalho do metal 𝜑.
𝑅𝑒𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜
Pela equação de Einstein:
𝐸 = ℎ𝜈 =
ℎ𝑐
𝜆
Ou seja, a constante de Plank ℎ vezes a velocidade da luz 𝑐 é o coeficiente angular da reta
formada pelo gráfico da energia 𝐸 versus o recíproco do comprimento de onda 𝜆. Sabendo
a priori o valor da velocidade da luz, podemos obter com uma certa precisão o valor da
constante de Plank.
De acordo com os dados e o gráfico temos que:
ℎ𝑐 =
10,1 − 0,222
1
100 −
1
500
× 10−9 · 1,60 × 10−19 = 1,98 × 10−25 𝐽𝑚
ℎ ≈
1,98 × 10−25
3,00 × 108
≈ 6,59 × 10−34 𝐽𝑠
0
2
4
6
8
10
12
1/500 1/250 3/500 1/125 1/100
E
(e
V
)
1/𝜆 (109 m-1)
E × 1/𝜆
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10. Calcule 𝜎𝑥 = √〈𝑥2〉 − 〈𝑥〉2, 𝜎𝑝 = √〈𝑝2〉 − 〈𝑝〉2 e 𝜎𝑥𝜎𝑝 para a função de onda do estado
fundamental do poço quadrado infinito.
𝑅𝑒𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜
Por definição, o valor esperado da posição 𝑥 é:
〈𝑥〉 = ∫ 𝜓∗𝑥𝜓 𝑑𝑥
∞
−∞
Utilizando o valor da autofunção de onda independente do tempo no estado fundamental
𝜓(𝑥) = √
2
𝐿
sen (
𝜋𝑥
𝐿
) encontrada no exercício 7, temos:
〈𝑥〉 =
2
𝐿
∫ 𝑥 sen2 (
𝜋𝑥
𝐿
) 𝑑𝑥
𝐿
0
〈𝑥〉 =
2
𝐿
∫
𝑥 − 𝑥 cos (
2𝜋𝑥
𝐿
)
2
𝑑𝑥
𝐿
0
〈𝑥〉 =
1
𝐿
[∫ 𝑥𝑑𝑥
𝐿
0
− ∫ 𝑥 cos (
2𝜋𝑥
𝐿
) 𝑑𝑥
𝐿
0
]
〈𝑥〉 =
1
𝐿
[
𝑥2
2
−
𝐿
2𝜋
sen (
2𝜋𝑥
𝐿
) −
𝐿2
4𝜋2
cos (
2𝜋𝑥
𝐿
)]
𝐿
0
〈𝑥〉 =
1
𝐿
(
𝐿2
2
)
〈𝑥〉 =
𝐿
2
Analogamente:
〈𝑥2〉 =
2
𝐿
∫ 𝑥2 sen2 (
𝜋𝑥
𝐿
) 𝑑𝑥
𝐿
0
〈𝑥2〉 =
2
𝐿
∫
𝑥2 − 𝑥2 cos (
2𝜋𝑥
𝐿
)
2
𝑑𝑥
𝐿
0
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〈𝑥2〉 =
1
𝐿
[∫ 𝑥2𝑑𝑥
𝐿
0
− ∫ 𝑥2 cos (
2𝜋𝑥
𝐿
) 𝑑𝑥
𝐿
0
]
〈𝑥2〉 =
1
𝐿
[
𝑥3
3
−
𝐿𝑥2
2𝜋
sen (
2𝜋𝑥
𝐿
) −
𝐿2𝑥
2𝜋2
cos (
2𝜋𝑥
𝐿
) +
𝐿3
4𝜋3
sen (
2𝜋𝑥
𝐿
)]
𝐿
0
〈𝑥2〉 =
1
𝐿
(
𝐿3
3
−
𝐿3
2𝜋2
)
〈𝑥2〉 = 𝐿2 (
1
3
−
1
2𝜋2
)
Para o momento, temos então:
〈𝑝〉 = ∫ 𝜓∗𝑝𝜓 𝑑𝑥
∞
−∞
〈𝑝〉 = ∫ 𝜓∗ (−𝑖ℏ
𝑑
𝑑𝑥
) 𝜓 𝑑𝑥
∞
−∞
〈𝑝〉 = −𝑖ℏ ∫ 𝜓∗
𝑑𝜓
𝑑𝑥
𝑑𝑥
∞
−∞
〈𝑝〉 = −
2𝑖ℏ
𝐿
∫ sen (
𝜋𝑥
𝐿
)
𝑑
𝑑𝑥
[sen (
𝜋𝑥
𝐿
)] 𝑑𝑥
𝐿
0
〈𝑝〉 = −
2𝑖ℏ𝜋
𝐿2
∫ sen (
𝜋𝑥
𝐿
) cos (
𝜋𝑥
𝐿
) 𝑑𝑥
𝐿
0
〈𝑝〉 = −
𝑖ℏ𝜋
𝐿2
sen2 (
𝜋𝑥
𝐿
) |
𝐿
0
〈𝑝〉 = 0
Analogamente:
〈𝑝2〉 = −
2ℏ2
𝐿
∫ sen (
𝜋𝑥
𝐿
)
𝑑2
𝑑𝑥2
[sen (
𝜋𝑥
𝐿
)] 𝑑𝑥
𝐿
0
〈𝑝2〉 =
2𝜋2ℏ2
𝐿3
∫ sen2 (
𝜋𝑥
𝐿
) 𝑑𝑥
𝐿
0
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〈𝑝2〉 =
𝜋2ℏ2
𝐿3
[∫ 𝑑𝑥
𝐿
0
− ∫ cos (
2𝜋𝑥
𝐿
) 𝑑𝑥
𝐿
0
]
〈𝑝2〉 =
𝜋2ℏ2
𝐿3
[𝑥 −
𝐿
2𝜋
sen (
2𝜋𝑥
𝐿
)]
𝐿
0
〈𝑝2〉 =
𝜋2ℏ2
𝐿2
Assim, temos que:
𝜎𝑥 = √〈𝑥2〉 − 〈𝑥〉2
𝜎𝑥 = √𝐿2 (
1
3
−
1
2𝜋2
) −
𝐿2
4
𝜎𝑥 = 𝐿√
1
12
−
1
2𝜋2
e:
𝜎𝑝 = √〈𝑝2〉 − 〈𝑝〉2
𝜎𝑝 = √
𝜋2ℏ2
𝐿2
𝜎𝑝 =
𝜋ℏ
𝐿
=
ℎ
2𝐿
Logo:
𝜎𝑥𝜎𝑝 = (𝐿√
1
12
−
1
2𝜋2
)
ℎ
2𝐿
𝜎𝑥𝜎𝑝 = (√
1
12
−
1
2𝜋2
)
ℎ
2
>
ℏ
2
𝑝𝑜𝑖𝑠 2𝜋√
1
12
−
1
2𝜋2
> 1
1. (a) Qual é a velocidade de um elétron cujo comprimento de onda é 3,00 𝑐𝑚? (b) Qual a velocidade de um próton com o mesmo comprimento de onda? (c) Qual a razão para obter velocidades que diferem por três ordens de grandeza, uma vez que os comp...
2. Uma lâmpada de sódio emite luz amarela com comprimento de onda 𝜆=550 𝑛𝑚. Quantos fótons são emitidos por segundo, se a potência da lâmpada for de (a) 1,00 𝑊? e (b) 100 𝑊? (c) Qual o momento linear dos fótons emitidos pela lâmpada de sódio? ...
3. Considere que a função de onda de um elétron confinado em uma caixa unidimensional de comprimento 𝐿 seja dada por: 𝜓,𝑥.=,cos-,,𝜋𝑥-𝐿... , −𝐿/2≤𝑥≤𝐿/2 𝜓,𝑥.=0 , ,𝑥.>𝐿/2 (a) Essa função de onda é quadraticamente integrável? ...
4. Em cada caso, mostre que 𝑓,𝑥. é uma autofunção do operador dado. Ache o autovalor:
5. Mostre que (a) ,0-𝑎-,,sen-2.-,,𝑛𝜋𝑥-𝑎...𝑑𝑥.=,𝑎-2. (b) ,0-𝑎-𝑥,,sen-2.-,,𝑛𝜋𝑥-𝑎...𝑑𝑥.=,,𝑎-2.-4.
6. a) Mostre que a função de onda 𝛹,𝑥,𝑡.=𝐴,𝑒-,𝑘𝑥−𝜔𝑡.. não satisfaz a equação de Schrödinger dependente do tempo. b) Mostre que a função 𝛹,𝑥,𝑡.=𝐴,𝑒-𝑖,𝑘𝑥−𝜔𝑡.. satisfaz tanto a equação de Schrödinger dependente do tempo quanto a equa...
7. Determine (a) ,𝑥. e (b) ,,𝑥-2.. para o segundo estado excitado (𝑛=3) de um poço quadrado infinito.
8. Uma partícula se encontra em um poço quadrado infinito de largura 𝐿. Calcule a energia do estado fundamental: (a) se a partícula é um próton e 𝐿=0,1 𝑛𝑚, o tamanho aproximado de uma molécula; (b) se a partícula é um próton e 𝐿=1 𝑓𝑚, o tamanho...
9. Alguns dados para a energia cinética dos elétrons ejetados com função do comprimento de onda da radiação incidente do efeito fotoelétrico para o sódio metálico são:
10. Calcule ,𝜎-𝑥.=,,,𝑥-2..−,,𝑥.-2.., ,𝜎-𝑝.=,,,𝑝-2..−,,𝑝.-2..e ,𝜎-𝑥.,𝜎-𝑝. para a função de onda do estado fundamental do poço quadrado infinito.