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Administração da unidade de enfermagem Enf ª Joyce Amy Técnica de Enfermagem com pós em Segurança do Trabalho Enfermeira Pós graduação em Dermatologia em Feridas Pós graduacao em auditoria em saúde Pos graduação em enfermagem do trabalho Pós graduação em enfermagem Florence Introdução A palavra administração vem do latim ad (direção, tendência para) e minister (subordinação ou obediência) significa aquele que realiza uma função abaixo do comando de outrem, isto é aquele que presta um serviço a outro. A tarefa da administração é interpretar os objetivos propostos pela organização e transformá-los em ação organizacional por meio de planejamento, organização, direção e controle. Teoria Geral da Administração É o conjunto de teorias da administração que busca fundamentar esta atividade e elevá-la à condição de ciência. Cada teoria apresenta as influências do momento histórico de sua criação sob a forma de ênfases, ou seja, cada teoria administrativa evidencia um aspecto das organizações negando ou colocando em segundo plano os outros aspectos. Frederick Taylor Principal autor da Teoria Científica Ênfase: Nas tarefas Proposta: aumento da produção pela eficiência do nível operacional. O homem é motivado pela remuneração material. Princípios: Divisão do trabalho, especialização do operário, padronização de tarefas e atividades. Os trabalhadores possuíam incentivos salariais e prêmios compatíveis com a produção, estudo dos tempos e movimentos (motion-time study), supervisão funcional, condições ambientais do trabalho, estudo da fadiga humana. Crítica: aspecto mecanicista, ou seja, o homem era visto como uma peça da engrenagem e não como um ser humano. A padronização induz ao bloqueio da iniciativa e da criatividade dos trabalhadores. Influência na Enfermagem: Divisão de Atividades, Procedimento padronizados (princípios científicos) Henry Fayol Principal autor da Teoria Clássica Ênfase: Na estrutura Proposta: visa a eficiência da organização pela adoção de uma estrutura e de um funcionamento compatível com essa estrutura. Os seguidores desta teoria foram denominados “anatomistas” e “fisiologistas” da organização. Para Fayol, em uma empresa coexistem 6 funções: Técnica; Comercial; Financeira; De Segurança; Contábil; Administrativa (definida como função de prever, organizar, coordenar, comandar, controlar). O processo administrativo (POCCC): Prever – Visualizar o futuro; Organizar – Constituir o duplo organismo material e social da empresa; Comandar – Dirigir e orientar o pessoal; Coordenar – Ligar, unir, harmonizar todos os atos e esforços; Controlar – Verificar que tudo ocorra de acordo com as regras estabelecidas. Quanto mais organizado, maior a produção. Princípios: divisão horizontal do trabalho (subordinação total do trabalhador ao seu chefe imediato), autoridade e responsabilidade, disciplina, unidade de comando e direção, remuneração do pessoal, centralização, subordinação e hierarquia, estrutura linear. Crítica: não admite a informalidade ,construída pelo relacionamento interpessoal, e inibe a criatividade, por fixar as atividades administrativas com regras. Influência na Enfermagem: organogramas representativos da hierarquização do serviço de enfermagem em uma instituição hospitalar. A preocupação com a quantidade do trabalho é maior do que com a qualidade do trabalho. Elton Mayo Principal autor da Teoria das Relações Humanas . Ênfase: Nas pessoas. Proposta: enfatiza a variável pessoa ao invés da variável estrutura, preocupando-se com o homem no trabalho (aspecto psicológico) e com os grupos (aspecto sociológico), em lugar da inquietação com os métodos de trabalho, as regras e as normas. Surge o “HOMEM SOCIAL”, ou seja, motivado pela interação social. Princípios: recompensa social e enfoque de temas como: motivação humana, liderança e comunicação e dinâmica de grupo. Conceito de “organização informal”. A tarefa básica da administração é formar uma elite capaz de compreender e de comunicar; A pessoa humana é motivada pela necessidade de “estar junto” e de “ser reconhecido”. Crítica: forma paternalista de Administração. Influência na Enfermagem: liderança como estratégia para conduzir grupos e comunicação adequada (Registro de Enfermagem). SISTEMA HOSPITALAR CLASSIFICAÇÃO HOSPITAL: do latim “hopes” = hospede, que significa “lugar em que há pessoas hospedadas. “Hospital é a parte integrante de um sistema coordenado de saúde, cuja função é dispensar a comunidade completa assistência médica, preventiva e curativa Funções do Sistema Hospitalar Função Restaurativa Diagnóstico, tratamento, reabilitação e emergência Função de Prevenção Supervisão da gravidez e supervisão do crescimento e desenvolvimento normal da criança e do adolescente, controle das doenças transmissíveis, prevenção das doenças de longa duração. Prevenção da invalidez física e mental, educação sanitária e saúde ocupacional. Função de ensino, educação e pesquisa Ensino prático dos profissionais de medicina, enfermagem, serviço social, etc. Formação de pós graduação e especialistas, aspectos físicos, psicológicos e sociais da saúde e doença, atividades hospitalares, técnicas e administrativas. Classificação dos Sistemas Hospitalares Quanto ao atendimento: Geral ou especializado. Quanto a administração: Públicos ou particulares. Quanto a localização ou estrutura: Horizontal, Vertical, Monobloco, Pavilhonar. Quanto a localização ou estrutura: Horizontal- estrutura predominantemente disposta na horizontal Vertical- apresenta estrutura principalmente na dimensão vertical. Monobloco- é o hospital cujos serviços encontram-se distribuídos por edificações de médio ou grande porte, que podem ou não estar interligadas. Pavilhonar- é o hospital cujos serviços se apresentam distribuído por edificações isoladas de pequeno porte, podendo ou não estar interligadas. Quanto ao número de leitos: PEQUENO – quando tem de 35 a 49 leitos MÉDIO – quando tem de 50 a 149 leitos GRANDE – quando tem de 150 a 500 leitos ESPECIAL ou EXTRA – quando tem mais de 500 leitos Tipos de Unidades de Saúde Posto de Saúde : é uma unidade de saúde que presta assistência a uma população determinada, estimado em ate 2.000 habitantes. Centro de Saúde: é uma unidade de saúde que presta assistência a uma população determinada, contando com uma equipe interdisciplinar em caráter permanente, com médicos generalistas ou especialistas. Unidade Regional (ambulatório de especialidades): é concebido para atender agrupamentos superiores a 30.000 habitantes. Unidade Mista : é o estabelecimento de saúde destinada a prestar assistência á saúde, em regime ambulatorial e de internação. Dimensionadas para atender agrupamentos populacionais que não ultrapassam 15.000 habitantes, e em locais onde o centro de saúde/hospital local ou regional é difícil , sendo coordenada pelo centro de saúde. Hospital Local: é o estabelecimento de saúde destinado a prestar assistência medica em regime de internação e urgência, nas especialidades médicas básicas. Com agrupamentos populacionais com mais de 20.000 habitantes, o hospital local é referencia de internação Hospital Regional: é o estabelecimento de saúde destinada e prestar assistência médica em regime de internação e emergência nas especialidades médicas básicas. A população mínima da área não deve ser menor do que 20.000 habitantes. Hospital Especializado: é o estabelecimento de saúde destinado a prestar assistência médica, em uma só especialidade em regime de internação e de emergência, aos clientes referidos das áreas de menor complexidade do sistema. Organização e Funcionamento O hospital é uma instituição de complexa estrutura organizacional, mas acima de tudo humanitária, burocrática e altamente hierarquizada ou autoritária, mas com uma extrema divisão de trabalho, que reparte em parcelas de densidades diferentes as suas responsabilidades. Seu objetivoprincipal é proporcionar cuidado adequado aos pacientes, aplicando os recursos disponíveis em tecnologia e em atividade humana. O trabalho no hospital apresenta objetivo definido. Por isso, é visto como um sistema humano de serviço, tornando o trabalho individualizado devido à dinâmica gerada no seu planejamento. Dessa forma, depende muito de sua interação com as pessoas que cuidam dos pacientes, porque, apesar de o produto do hospital ser o paciente, o mesmo não pode ser considerado um objeto ou matéria – prima.