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Terminologia e Conceitos de Mecânica Simples para análise do Movimento Humano Paulo Lucareli 2005 Curso de Biomecânica UNESP-Marília Cinesiologia • Estudo do movimento humano. • Compreender as Forças que atuam sobre o corpo humano e manipular estas Forças em procedimentos de tratamentos tais que o desempenho humano possa ser melhorado e uma lesão adicional possa ser prevenida. Bi o m ec ân ic a • A pl ic aç ão da m ec ân ic a ao co rp o hu m an o . Biomecânica • Cinemática: estudo do movimento humano sem se preocupar com as forças que atuam sobre ele. Portanto, é o estudo da descrição do movimento. • Cinética: estudo do movimento humano em função das forças causadoras ou resultantes do movimento. Cinemática Formas de Movimento • Movimento Linear: Movimento como um todo, porém, suas partes não se movimentam umas em relação às outras (translaçãotranslação). » Linha Reta: movimento retilíneo » Linha Curva: movimento curvilíneo ci n em át ic a Cinemática • Movimento Angular: é a rotação em torno de uma linha central, conhecida como eixo de rotação, que é orientada perpendicularmente ao plano no qual a rotação acontece (rotação). Ei x o de ro ta çã o • M o v im en to G er al : M o v im en to de Tr an sla çã o + M o v im en to de R o ta çã o . Movimento LinearMovimento Linear Fonte: Hamill & Knutzen, 1999; Watkins, 2001. Movimento AngularMovimento Angular Fonte: Hamill & Knutzen, 1999; Watkins, 2001. Classificação Planar da Posição e do Movimento • Posição Anatômica do Corpo • Planos de Referência Anatômica • Eixos de Referência Anatômica • Graus de Liberdade • Terminologia do Movimento Articular Posição Anatômica do Corpo POSIÇÃO ANATÔMICA DE REFERÊNCIA SAGJFonte: Hamill & Knutzen, 1999. Termos de Posição e DireçãoTermos de Posição e Direção SAGJFonte: Martini, FH. Fundamentals of anatomy and physiology. Simon & Schuster, 1995. Pl an o s de M o v im en to Pl an o s e Ei x o s de M o v im en to Pl an o e Ei x o Sa gi ta l Pl an o e Ei x o Fr o n ta l Pl an o e Ei x o Tr an sv er so Graus de Liberdade • Número de Planos e Eixos de Movimentos em que uma articulação é capaz de se movimentar. • Ex.: Ombros 3 GL. Terminologia do Movimento Articular Medial Lateral Fonte: Hamill & Knutzen, 1999. Movimentos Gerais X Planos e EixosMovimentos Gerais X Planos e Eixos Movimentos Plano Eixo Flexão/Extensão Sagital Transversal Abdução/Adução Frontal Sagital Rotação med/lat Transversal Longitudinal Movimentos no Plano Sagital e Eixo TransversalMovimentos no Plano Sagital e Eixo Transversal Fonte: Hamill & Knutzen, 1999. Movimentos no Plano Frontal e Eixo SagitalMovimentos no Plano Frontal e Eixo Sagital Fonte: Hamill & Knutzen, 1999. Movimentos no Plano Frontal e Eixo SagitalMovimentos no Plano Frontal e Eixo Sagital Fonte: Hamill & Knutzen, 1999. Movimentos EspeciaisMovimentos Especiais Fonte: Hamill & Knutzen, 1999. Movimentos do Membro SuperiorMovimentos do Membro Superior Complexo do Ombro: Cíngulo do M.S. e Braço Fonte: Hamill & Knutzen, 1999; Lippert, 2003. Movimentos do Membro SuperiorMovimentos do Membro Superior Antebraço, Mão e Dedos Fonte: Hamill & Knutzen, 1999; Lippert, 2003. Movimentos do Membro SuperiorMovimentos do Membro Superior Polegar Fonte: Lippert, 2003. Movimentos do Membro InferiorMovimentos do Membro Inferior Cíngulo do M.I. e Coxa Fonte: Hamill & Knutzen, 1999; Lippert, 2003. Movimentos do Membro InferiorMovimentos do Membro Inferior Perna, Pé e Dedos Fonte: Hamill & Knutzen, 1999. M o v im en to s da AT M M o v im en to s da AT M Fo n te : Li pp e rt, 20 03 . Movimentos de Cabeça e PescoçoMovimentos de Cabeça e Pescoço Fonte: Hamill & Knutzen, 1999. Movimentos do TroncoMovimentos do Tronco Fonte: Hamill & Knutzen, 1999. M o rfo lo gi a A rt ic u la r R o la m en to e D es liz am en to R o la m en to , D es liz am en to e R o ta çã o R o ta çã o Variáveis Cinemática • Tempo • Posição • Deslocamento • Velocidade • Aceleração Tempo • Proporciona uma medida da duração de determinado evento. ∆t = t1-t2 Po siç ão • Po siç ão de u m co rp o o u se gm en to n o es pa ço . y x (x, y) r θ (r, θ ) Deslocamento • A distância entre o ponto final e o ponto inicial ou entre o ângulo inicial e final. d = x2 – x1 x1 x2 d θ A ce le ra çã o • M u da n ça de v el o ci da de de u m co rp o . a = ∆ v ∆ t α = ∆ t ∆ ω V el o ci da de • M ed id a do rit m o te m po ra l d o de slo ca m en to . ∆ d ∆ t V = ω = ∆ θ ∆ t Cinética • Ramo da dinâmica que estuda as forças que produzem , param ou modificam o movimento dos corpo. Convenção de Forças • São grandezas vetoriais, possuem magnitude e direção. São representadas por uma seta. • Compreender de onde e como as forças atuam fornece a base para modificar ou alterar terapeuticamente as forças para reduzir a dor, restaurar o movimento e aumentar a função Torques ou Momentos Resultado da aplicação de uma força a uma determinada distância de um eixo de rotação, produzindo aceleração angular (N.m). A la v an ca s O bje to s qu e gi ra m ao re do r de u m ei x o ALAVANCAS • Uma haste rígida que gira ao redor de um eixo ou fulcro por meio de forças que movem uma determinada resistência ou peso. • No corpo humano os ossos agem como uma haste rígida, as articulações são os eixos e as forças são os músculos. O que as alavancas podem fazer? • Aumentar a Amplitude de Movimento • Modificar as direções das forças • Aumentar as forças V A N TA G EM M EC ÂN IC A Tipo de Alavancas • Alavancas de Primeira Classe • Alavancas de Segunda Classe • Alavancas de Terceira Classe C la ss ifi ca çã o da s A la v a n ca s Pr im ei ra Cl as se re sis tê n ci a fo rç a A la v an ca s Classificação das Alavancas Primeira Classe resistência força Segunda Classe resistência força Alavancas Classificação das Alavancas Primeira Classe resistência força Segunda Classe resistência força Terceira Classe força resistência Alavancas A la v an ca s I C LA SS E II C LA SS E II I C LA SS E A la v an ca s II C LA SS E I C LA SS E II I C LA SS E A la v an ca s Aplicação das Alavancas • Durante o movimento articular: – Se, torque ext. = torque int., não há movimento – Se, torque ext. > ou < torque int., há movimento M O M EN TO S E PO TÊ N CI A S VÍ D EO CI N ÉT IC A Momentosinternos e externos Externos: Gerados por forças externas. Ex.: Gravidade, órteses, auxiliares, etc. “Aplicados no Corpo Humano” Internos: Calculados a partir dos momentos externos, conhecendo-se os momentos de inércia dos segmentos do membro inferior e a sua cinemática (dinâmica inversa). “Produzidos pelo Corpo Humano” Potência Momento articular X Velocidade angular • É imprescindível para compreender o controle muscular • Reflete a quantidade de ττττ gerado e absorvido pelos músculos e outros tecidos conectivos ao redor da articulação “Gerada por meio de contração concêntrica” “Absorvida por meio de contração excêntrica” Le is do M o v im en to • I. In ér ci a • II. A ce le ra çã o • III . A çã o e R ea çã o Inércia • “ Um corpo manterá seu estado de repouso ou sua velocidade constante desde que não haja forças externas atuando sobre ele para mudar seu estado.” PENSE & RESPONDA: • O QUE OCORRE AOS PASSAGEIROS QUANDO UM ÔNIBUS DÁ UMA FREADA BRUSCA? COMO VOCÊ EXPLICA ESTE FATO? RESPOSTA • Os passageiros são “impelidos para frente”. Nessa situação, os passageiros estão manifestando inércia de movimento, pois insistem em continuar, em relação à Terra, com a mesma velocidade do ônibus antes da freada. PENSE & RESPONDA: • QUANDO UM ÔNIBUS DÁ UMA ARRANCADA REPENTINA, O QUE OCORRE COM OS PASSAGEIROS? RESPOSTA • Os passageiros são “impelidos para trás” . Neste caso, existe a manifestação da inércia do repouso , pois insistem em continuar parado no mesmo lugar , em relação `a Terra Aceleração • “ A aceleração de um corpo é proporcional à magnitude das forças resultantes sobre ele e inversamente proporcional à massa do corpo ” Aceleração • Como exemplo, podemos verificar que, aplicando forças iguais a um carro cheio de passageiros e a esse mesmo carro vazio, o primeiro leva mais tempo a atingir certa velocidade e demora mais tempo para parar. Dizemos que o carro cheio de passageiros tem mais inércia do que o carro vazio, isto é, opõe mais ao ser acelerado. Ação e Reação • “ Para toda força de ação há uma força de reação igual e oposta”. AÇÃO E REAÇÃO SEMPRE SE ANULAM ? • AS FORÇAS DE AÇÃO E REAÇÃO NUNCA SE ANULAM, POIS SÃO APLICADAS EM CORPOS DIFERENTES. APLICAÇÃO • As estatísticas indicam que o uso do cinto de segurança deve ser obrigatório para prevenir lesões mais graves em motoristas e passageiros no caso de acidentes. Explique a qual lei da Física a função do cinto está relacionada. RESPOSTA. • Quando um carro freia ou colide com um obstáculo à sua frente o motorista e os passageiros tendem a continuar com a velocidade constante que estavam, isto é, se deslocam para a frente, podendo sofrer lesões graves. Portanto, a função do cinto está relacionada com a 1ª lei de Newton. • O uso do cinto de segurança reduz de 60% a 80% as mortes em choques frontais. Ex em pl o s Ex em pl o s Forças Específicas • Força Peso: • Força Muscular: • Força de Contato: • Força de Atrito: • Pressões: Fo rç a de R ea çã o ao So lo • Te rc ei ra le i d e N ew to n • F1 + F2 + F3 = FR PL A TA FO R M A S D E FO R ÇA In st ru m en ta çã o em El et ro m io gr af ia de Su pe rfí ci e Introdução ELETROMIOGRAFIA - EMG “ É o estudo da função muscular por meio da análise do sinal elétrico emanado durante a contração muscular ” A Practical Guide to EMG for Bimechanistis Louisiana State University - Bioengineering Lab. História da EMG • 1791 - Galvani • 1838 - Carlos Matteucci • 1849 - DuBois-Raymond • Duchenne - Physiologie des Mouvements • 1929 - Adrian e Bronk • 1965 -Basmajian Tipos de EMG • CLINICA – EMG DIAGNÓSTICA – Característica do potencial de ação da unidade motora (duração e amplitude) • CINESIOLÓGICA – ANÁLISE DE MOVIMENTO (biomecânica) – Função muscular dos movimentos dos segmentos corpóreos Fundamentos da Função Muscular • Unidade motora: consiste em um neurônio motor alfa e todas as fibras musculares inervadas por ele (Haines, 1932; Coërs/Woolf, 1959; Basmajian/DeLuca, 1986; Ganong, 1981; Winter et al., 1980). • Potencial de ação: Sinal elétrico que percorre o axônio e despolariza a membrana muscular para gerar uma contração (Paton/Wand, 1967; Buchtha, 1957, Kandel 2000). Sinal EMG = soma dos potenciais de ação • EMG contém 2 tipos de informação: • - duração da ação muscular (atividade fásica) • - intensidade relativa (mV) • Eletromiógrafo • Computador e Software apropriado Instrumentação • Eletrodos de Superfície (cabo ou telemetria). Procedimento de Coleta • Preparação da Pele • Fixação dos Eletrodos (Norris, Johnson, Perotto, 1996) • Cross Talk (posicionamento) • Verificação *celulas mortas da pele, oleosidade da pele, acumulo de suor, adequada fixação dos eletrodos na pele e quantidade de tecido adiposo subcutâneo. Aquisição do Sinal Eletromiográfico • Eletrodo – Amplificação • Eletromiógrafo – Filtragem – Conversor analógico (A/D) • Computador • Software próprio para aquisição do sinal Processamento do Sinal • Retificação do sinal • Envoltório linear (suavização) • Normalização na Base do Tempo • Normalização da Amplitude • Média das Curvas Pr o ce ss am en to do Si n al EX EM PL O S • CO D A M O TI O N • V IC O N M O TI O N • M O TI O N A N A LY SI S