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o Interpretação do marcadores laboratoriais de função hepática e das hepatites virais e bacterianas Sistema Hepatocítico Bioquímico: atividades metabólicas Sistema hepatobiliar: metabolismo das bilirrubinas Sistema reticuloendotelial (células de Kupffer): relacionado ao sistema imune, produção de heme e metabólitos da globina (p.ex. bilirrubina) FUNÇÃO HEPÁTICA NORMAL Hepatócitos: reações metabólicas, síntese e degradação de macromoléculas (principalmente proteínas); Sistema biliar: metabolismo da bilirrubina e dos sais biliares Sistema reticuloendotelial: relacionado ao sistema imune, produção de heme e metabólitos da globina (p.ex. bilirrubina) FUNÇÃO HEPÁTICA NORMAL Determinação de níveis séricos de analitos específicos para medir a função de cada sistema. Aminotransferases (ALT / TGP e AST / TGO) Bilirrubina (conjugada e não-conjugada) Lactato Desidrogenase (LDH) Fosfatase alcalina (FAL) γ-Glutamil transferase (γ -GT) Albumina Proteínas totais (PT) Amônia AST= aspartato aminotransferase | TGO= transaminase glutâmico oxalacética ALT= alanina aminotransferase | TGP= transaminase glutâmico pirúvica • Aspartato aminoransferase (AST) • Alanina aminotransferase (ALT) • Fosfatase Alcalina (FAL) • Gama glutamil transferase (GGT) • Bilirrubinas Alteram-se em 1 a 4% da população assintomática. • Albumina • Tempo de Protrombina •Classificação das alterações laboratoriais: • Aspartato aminoransferase (AST) • Alanina aminotransferase (ALT) • Fosfatase Alcalina (FAL) • Gama glutamil transferase (GGT) • Bilirrubinas (total e frações) • Pacientes como sinais e sintomas de doença hepática; ou • Antecedentes (transfusão sanguínea ou etilistas) Significado clínico Sintomatologia Fatores de risco Exames físicos Anormalidade em um único teste causa não hepática Investigação mais extensa pacientes assintomáticos + alteração isolada repetição do exame pode ser esclarecedora. Interpretação conjunta • Enzimas citoplasmáticas: Lactato Desidrogenase (LDH) Aspartato Aminotransferase (AST) Alanina aminotransferase (ALT) • Enzimas mitocondriais: Isozimas da AST (ASTc e ASTm) • Enzimas canaliculares: Fosfatase alcalina (ALP) Gama-glutamiltransferase (GGT) Localização das enzimas hepatocelulares o Casos agudos o Distribuição: Fígado (citosol) Músculo estriado (pouco) o Casos crônicos o Distribuição: Fígado (mitocôndrias e citosol) Coração Músculo esquelético Rins Pâncreas Pulmões Leucócitos Cérebro • Obs.: Nas doenças hepáticas, mesmo que ALT seja mais específico, AST também tende a se elevar. Causa hepática o Aumentos Isolados das Aminotransferases: Outras causas: doença muscular hemólise doença cardíaca. Sugere lesão hepática Investigar os níveis de elevação das aminotransferases: Aminotransferases (Transaminases) Intervalo de Referência ALT / TGP 6 – 37 U/L AST / TGO 5 – 34 U/L Muita elevação (> 5,>10-40x,x100 VN) Pouca elevação (< 5x VN) ALT>AST Pouca elevação (< 5x VN) ALT<AST o Níveis de ALT X AST Causa Prováveis ALT x AST Aminotransferases (Transaminases) Intervalo de Referência 5X 10x ALT / TGP 6 – 37 U/L 185 U/L 370 U/L AST / TGO 5 – 34 U/L 170 U/L 340 U/L – Em geral são lesões agudas – Principais patologias • Hepatites Virais Agudas • Hepatites Medicamentosas • Isquemia Aguda • Hepatite Auto-Imune (agudização) • Icterícias Obstrutivas (cálculos) 5; 10x(40x);100x LSN Causa Prováveis ALT x AST – São as mais comuns na prática clínica – Em geral os pacientes são assintomáticos – São situações onde a alteração é um achado laboratorial (doação de sangue, check-up) 5 x LSN Aminotransferases (Transaminases) Intervalo de Referência <5X ALT / TGP 6 – 37 U/L 38-184 U/L AST / TGO 5 – 34 U/L 35-169 U/L • Em doadores de sangue com alterações de ALT assintomáticos, as principais causas foram: Causa Prováveis ALT AST – Em geral são lesões crônicas – Esteatose (mais comum em assintomáticos) – Drogas – Hepatites Crônicas Virais – Hepatites Auto-Imunes 5x LSN Aminotransferases (Transaminases) Intervalo de Referência <5X ALT / TGP 6 – 37 U/L 38-184 U/L AST / TGO 5 – 34 U/L 35-169 U/L Exemplo: ALT = 163 U/L AST = 150 U/L Investigar ALT AST 5x LSN Hepatite Crônica Viral – Vírus B (HBsAg positivo) Hepatite Crônica Viral – Vírus C (Anti HCV) Investigar ALT AST 5x LSN Álcool (efeitos sobre as mitocôndrias) Quadros Crônicos (cirroses de quaisquer causas) Não hepáticas – miopatias, exercícios físicos e tireoide 160 = 1,14 140 o Índice AST/ALT (Ritz) AST >1 ALT cirrose de qualquer causa AST >2:1 ALT 90% álcool AST >3:1 ALT 96% álcool o Obs.: Aumento concomitantes de GGT, induzido pelo álcool. Cohen e Kaplan, Diag. Dis. Sci, 1979 Exemplo 84 = 2 42 Exemplo 126 = 3 42 Exemplo G oDefinição: produto catabolico do heme. oSíntese diária: 250 a 350 mg/dia (adultos). oClassificação: Bilirrubina Não Conjugada ou Bilirrubina Indireta (BI) Bilirrubina Conjugada ou Bilirrubina Direta (BD) • Origem: degradação da Hemoglobina (Heme) • Tipos: = Hemólises, deficiências congênitas ou adquiridas da conjugação. o Lipossolúvel (albumina) o conjugada ao ác. Glucurônico no fígado, hidrossolúvel e excreção por bile e rins = Doenças hepatocelulares e biliares No intestino o ácido glicurônico é removido por bactérias. O resultado é a conversão de bilirrubina em urobilinogênio. As hemácias senescentes são uma importante fonte de hemeproteínas. O desarranjo do heme à bilirrubina ocorre nos macrófagos do sistema reticuloendotelial (macrófagos teciduais, baço e fígado). A bilirrubina é absorvida por difusão facilitada pelo fígado e conjugada com ácido glicurônico. A bilirrubina não conjugada é transportada através do sangue (complexado com a albumina) para o fígado. A bilirrubina conjugada é ativamente secretada na bile e depois no intestino. O restante do urobilinogênio é transportado pelo sangue para os rins, onde é convertido em urobilina amarela excretada na urina, dando a urina a cor característica. Uma porção do urobilinogênio participa no Ciclo Enterohepático do Urobilinogênio. Parte do urobilinogênio é reabsorvida do intestino e entra no sangue portal. Urobilinogênio é oxidado por bactéria intestinal para a estercobilina marrom. VESÍCULA BILIAR INTESTINO FÍGADO RINS URINA FEZES VASO SANGUÍNEO Metabolismo da Bilirrubina o Definição: Acúmulo (aumento) de bilirrubina ou seus conjugados no plasma. o Causa: Desequilíbrio entre síntese e excreção. o Característica Clínica: Icterícia (pigmentação amarela). o Significado Clínico: sinal precoce de uma série de patologias hepáticas e biliares. o Caracterização: Concentração plasmática de bilirrubina excede 3 mg/dL [Normais: <1,0mg/dL]. o Classificação: Pré-hepática: Aumento da produção de bilirrubina não conjugada. Intra-hepática: Inadequada captação, conjugação ou secreção hepática. Aumento da fração não conjugada. E conjugada. Pós-hepática: Obstrução da drenagem biliar. Aumento da fração conjugada. EXERCÍCIO 07 – Paciente de 25 anos, sexo masculino, sempre teve boa saúde. Mas, há cerca de um mês (quando voltou da praia) vem sentindo apatia, náuseas, dor de cabeça e vômito. Há uma semana vem apresentando febrícula e mal estar e dois dias atrás notou que a urina estava escura e as fezes descoradas. Foram solicitados examesde enzimas hepáticas e bilirrubina. Considere os seguintes dados: ALT = 1320 UI/L (normal = 7 a 27) AST = 650 UI/L (normal = 16 a 40) FALC = 80 UI/L (normal = 13 a 43) Bil. Total = 6,8 mg/dl (normal 0,2 a 1,3) BD = 4,0 mg/dl (normal 0,0 a 0,3) BI = 2,8 mg/dl (normal = 0,0 a 1,1) Assinale a alternativa correta: a) O paciente apresentará estercobilinogênio diminuído. b) O exame de urina do paciente apresentará negativo para bilirrubina. c) A bilirrubina direta aumenta no plasma devido ao fato de ser uma causa pré- hepática. d) Considerando-se os resultados de ALT e AST pode-se concluir que o paciente apresenta uma atrofia muscular. e) Ocorreu um erro laboratorial e o resultado correto da Bil. Total seria de 1,2 mg/dl. EXERCÍCIO 10 – Analise as proposições abaixo: I. A bilirrubina indireta ou bilirrubina não conjugada produzida no sistema retículo endotelial é polar e solúvel em água. II. A bilirrubina direta ou bilirrubina conjugada é produzida no fígado, podendo ser encontrada tanto no plasma quanto na urina, devido a sua solubilidade. III. A icterícia pré-hepática (hemolítica) resulta da presença excessiva de bilirrubina conjugada no sangue circulante, provocando maior oferta ao hepatócito que não consegue captá-la em velocidade compatível com sua produção. IV. A icterícia pós-hepática (obstrutiva) resulta da presença excessiva de bilirrubina não conjugada, devido a uma obstrução no colédoco da vesícula biliar. V. O aumento nas concentrações do urobilinogênio urinário é encontrado nas condições de ocorrência de elevada formação de bilirrubina indireta, por exemplo, no caso de icterícia hemolítica. Estão corretas: a) I, III e IV. b) II, III e IV. c) II e V. d) III e IV. e) I e III. o Aumentos isolados de Bilirrubinas • Investigar Intervalos de Referência Bilirrubinas ALT – AST – FAL - GGT BD BI BD BI Aumento isolados de Bilirrubinas a custa de BI Intervalos de Referência Bilirrubina Total 6 mg/dL BI BD o Síndrome de Gilbert? (Enzima) Defeito congênito que atinge ~5% pop masculina Atividade enzimática da UDP-GT está reduzida em graus variáveis. Rastreamento: Biologia molecular Intervalos de Referência Bilirrubina Total 6 mg/dL BI BD o Hemólise? Maior oferta de BI que ultrapassa o limiar de conjugação Rastreamento: Reticulócitos Aumento isolados de Bilirrubinas a custa de BI Intervalos de Referência Bilirrubina Total 6 mg/dL BD BI (raro) Aumentos isolados de Bilirrubinas a custa de BD o Doenças Genéticas – Síndrome de Rotor – Síndrome de Dubin-Johnson Problemas na excreção Rastreamento com BSF ou Biópsia o Causas Fisiológicas: 3º trimestre da gestação (ósseo ou placentária) Adolescência Menopausa N ÍV EI S EL EV A D O S Fígado (principalmente) Ossos (moderadamente) Intestino (discretamente) o Distribuição: o Causas Patológicas: Colestases Hepatocelulares Metástases Doenças ósseas Doença Frequência (%) x LSN Colestases >90 >3 Doenças Infiltrativas >90 >3 Hepatites Agudas >50 <3 Hepatites Crônicas Ativas <80 <3 Hepatites Crônicas Persistentes <50 <3 Cirroses não biliares <50 <3 Metástases <50 <3 Classe Valor de Referência Homens 53 – 128 U/L Mulheres 42 – 98 U/L • Excluir causa Hepática • Considerar: – Fração óssea – Determinar Isoenzimas da FAL (ossos, intestinos) – Determinação quantitativa imunoenzimáticas da fração óssea (metodologia) Fosfatase Alcalina GGT – AST – ALT e BTF Aumentos isolados de FAL o Predominantemente colestático o Presente no fígado, pâncreas e rins o É um marcador sensível = Eleva-se em qualquer distúrbio hepático em diferentes proporções o Pouco específico = não é característico de uma doença. Classe Valor de Referência Homens 5 – 38 U/L Mulheres 8 – 55 U/L • Difícil diagnóstico • Procurar lesões tumorais: Ultrassonografia e Tomografia computadorizada • Considerar fatores indutores: álcool e drogas (lícitas ou não) • Considerar doença hepática e ampliar o rastreamento GGT FAL – AST – ALT e BTF Aumentos isolados de GGT • Maior indício de doença hepática • Obstrução biliar • Cirrose biliar primária • Doença infiltrativa (exemplo linfoma) • Fase inicial de doença colestática GGT Aumentos de GGT e FAL FAL Condição AST ALT LDH FA PT ALB BIL NH4+ Hepatite ↑↑ ↑↑ ↑↑ ↑↑ N N ↑↑ N Cirrose N N N N ou ↑ ↓ ↓ ↑↑ ↑↑ Obstrução biliar N N N ↑↑ N N ↑↑ N Lesão expansiva N ou ↑↑ N ou ↑↑ ↑↑ ↑↑ N N N ou ↑↑ N Congestão passiva ↑ ↑ ↑ N ou ↑ N N N ou ↑ N Insuficiência fulminante ↑↑↑ ↑↑ ↑↑ ↑↑ ↓ ↓ ↑↑ ↑↑ ↑= discretamente alta ↑↑ = alta ↑↑↑ = muito alta N= normal ↓= baixa •"Hepatite" = inflamação do fígado. •O fígado é um órgão vital que processa nutrientes, filtra o sangue, e combate as infecções. •Quando o fígado é danificado ou inflamada, a sua função pode ser afetada. •O uso pesado de álcool, toxinas, alguns medicamentos e certas condições médicas podem causar hepatite. •No entanto, a hepatite é mais frequentemente causada por um vírus. o Características das hepatites virais o Características Gerais • Sintomas → Inicia com fadiga e anorexia. • Sinais clínicos → Icterícia da esclera (bilirrubina total > 2mg/dL) • Análise Microscópica → a lesão celular e necrose é mínima. • Marcadores bioquímicos hepáticos –↑ AMINOTRANSFERASES (>200 UI/L = frequentemente 500 ou mesmo 1.000 UI/L) Obs.: Hepatite C são observadas elevações modestas dos níveis de ALT (mas não de AST) – BILIRRUBINA, com frequência, encontra-se elevada e é composta por ambos os tipos – BI e BD. –Aumento discreto de LDH, atinge valores típicos em torno de 300 a 500 UI/L –Pode haver aumento de ALP, os quais geralmente atingem valores de 200 a 350 UI/L Situações clínicas suspeitas • Icterícia aguda e colúria; • Aminotransferases >3X o limite superior da normalidade; • História de exposição percutânea ou de mucosa a sangue e/ou secreções de pessoas portadoras ou com suspeita de infecção pelo HBV ou HCV; • História de contato sexual ou domiciliar com indivíduo sabidamente HBsAg reagente e/ou anti-HBc reagente; • Exames sorológicos de triagem reagentes para hepatites (doadores de sangue e/ou órgãos, usuários de hemodiálise e ambulatórios de DST). o Situações clínicas suspeitas • A história pregressa detalhada do paciente com suspeita de hepatite pode auxiliar bastante na orientação do diagnóstico etiológico. • A condição de saneamento básico e o local de residência/procedência também devem ser pesquisados. • Ao exame físico, deve-se pesquisar a presença de lesões sugestivas de uso de drogas injetáveis, tatuagens e piercings. o Testes Laboratoriais • ALT/TGP e AST/TGO – Testes de triagem – São sensíveis do dano do parênquima hepático, mas não são específicos. • Exames sorológicos – Consiste na determinação de níveis (titulação) de antígenos e/ou anticorpos específicos • Exames de biologia molecular o Exames de biologia molecular • Detectam a presença do acido nucléico dos vírus: DNA para o vírus da hepatite B RNA para os demais vírus da hepatite. • Tipos de testes Qualitativos = indicam a presença ou ausência do vírus na amostra pesquisada Quantitativos = indicam a carga viral presente na amostra Genotipagem = indicam o genótipo do vírus. o Exames de biologia molecular • Utilização na prática clinica: Confirmação diagnóstica e acompanhamento terapêutico da hepatite crônica pelo vírus C. Investigação de mutação do vírus da hepatite B. Campo da pesquisa para os demais vírus • Fecal-oral; • Contato inter-humano; • Água e alimentos contaminados; • Parenteral (rara); • Sexo oral-anal(alguns casos). • Vírus da hepatite A → HAV • Vírus RNA • Família: Picornavíridae • 15 a 50 dias (~30 dias) • Presente nas fezes e no plasma de indivíduos contaminados. • Detecção de IgM anti-HAV • Detecção de partículas virais nas fezes – imunomicroscopia eletrônica; • Detecção do RNA viral – PCR-RT • Antígeno da infecção: HAAg • Exames laboratoriais específicos: marcadores sorológicos - Anticorpos antivirais: IgM anti-HAV IgG anti-HAV (anti-HAV total) • Exames laboratoriais inespecíficos: Dosagem de aminotransferases (ALT e AST) ALT: >3X o normal, podendo atingir até >2.000 UI/L Bilirrubinas: ↑ (20 a 25X > normal) – fração não conjugada (BI) Tempo de Protrombina: ↓ (TP>17s ou INR >1,5 Glicemia e albumina ↓ INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS SOROLÓGICOS DA HEPATITE o Indica contato com o vírus da hepatite A. o Não define se recente ou tardio. o Anticorpo produzido contra proteínas do capsídeo viral. o Surge com os sintomas iniciais, o Aumenta por 4 a 6 semanas e então declina gradualmente até níveis indetectáveis em 3 a 6 meses o É o marcador de infecção recente pelo vírus da hepatite A. o Anticorpos detectáveis no soro na fase aguda ou convalescente precoce da infecção. o Permanecem por toda a vida. o Promove imunidade protetora contra a hepatite A. Infecção aguda pelo HAV Infecção recente pelo HAV Infecção passada pelo HAV Imunidade (por contanto prévio com HAV ou por vacina) Ausência de contato com o HAV NÃO IMUNE (suscetível) INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS SOROLÓGICOS DA HEPATITE • Via parenteral; • Via sexual (DST); • Transmissão vertical • Transfusão de sangue • Vírus da hepatite B → HBV • Vírus DNA • Família: Hepadnaviridae • 30 a 180 dias (~60 a 90 dias) • Presente nas fezes e no plasma de indivíduos contaminados. • HBsAg • IgG anti-HBc • IgG anti-HBs • HBsAg • IgM anti-HBC • HBsAg • HBeAg • IgG anti-HBs • IgG anti-Hbe • PCR quantitiativo ultrassensível Grupo de testes diferentes para a Situações Clínicas possíveis Antígenos virais: HBcAg → antígeno central HBsAg → antígeno de superfície HBeAg → relacionado ao antígeno central • Anticorpos Anti-HBc IgM Anti-HBc IgG Anti-Hbe Anti-HBs o Antígeno de superfície do HBV o É o primeiro marcador que aparece no curso da infecção pelo HBV. o Na hepatite aguda, ele declina a níveis indetectáveis rapidamente. o Sua presença por mais de 6 meses é indicativa de hepatite crônica. INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS SOROLÓGICOS DAS HEPATITES o É o único anticorpo que confere imunidade ao HBV. o Surge no soro após o desaparecimento do HBsAg. o Indica cura e imunidade. o Está presente isoladamente em pessoas vacinadas. INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS SOROLÓGICOS DAS HEPATITES o É o marcador de infecção recente o Encontrado no soro até 6 meses após a infecção. o É o marcador de longa duração o Presente nas infecções agudas e crônicas o Representa contato prévio com o vírus Anticorpos produzidos contra antígenos do nucleocapsídeo (core) do HBV INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS SOROLÓGICOS DAS HEPATITES o É uma proteína do nucleocapsídeo viral do HBV, produzida durante a replicação viral ativa. o Sua positividade indica alta infecciosidade. o Na infecção crônica está presente enquanto ocorrer replicação viral. Exceção: cepas com mutação pré-core (não produtora da proteína “e”) o Surge após o desaparecimento do HBeAg (2 a 3 semanas). o Indica o fim da fase replicativa o Sua presença sugere redução ou ausência de replicação viral. INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS SOROLÓGICOS DAS HEPATITES *Perfis sorológicos atípicos podem ser encontrados no curso da infecção pelo HBV, tais circunstâncias necessitam da avaliação de um especialista (Hepatologista ou Infectologista). **Devido à pequena disponibilidade comercial desse marcador, pode-se utilizar o anti-HBc total em seu lugar. INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS SOROLÓGICOS DAS HEPATITES INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS SOROLÓGICOS DAS HEPATITES INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS SOROLÓGICOS DAS HEPATITES Anti-HCV • Via parenteral, • Transmissão vertical. • Transmissão sexual • Vírus da hepatite C → HCV • Vírus RNA • Família: Flaviviridae • 30 a 180 dias (~60 a 90 dias) • Presente nas fezes e no plasma de indivíduos contaminados. o Surge de 4 a 33 semanas o Indica contato prévio com o vírus da hepatite C. o Não define se recente ou tardio. o O diagnóstico da infecção aguda só pode ser feito com a viragem sorológica documentada. INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS SOROLÓGICOS DAS HEPATITES • Via parenteral; • Via sexual (DST); • Transmissão vertical • Vírus da hepatite D ou Delta → HDV • Vírus RNA • Família: Deltaviviridae • Vírus defectivo (incompleto) • 30 a 180 dias • Superinfecção: 14 a 56 dias • Diagnóstico Detecção de anticorpos anti-HDV – totais e IgM Detecção de anticorpos IgM anti-HBc – diferencia coinfecção (presentes) de superinfecções (ausentes). • Fecal-oral • Vertical (raro) • Parenteral (raro) • Vírus da hepatite E → HEV • Vírus RNA • Família: Caliciviridae • 14 a 60 dias (~42 dias) • IgM anti-HEV – infecções recentes ou em andamento. • IgG anti-HEV - infecções em andamento ou antigas • Testes confirmatórios: PCR Fluxograma de diagnóstico da infecção pelo VHC Referências Bibliográficas • Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Programa Nacional de DST e Aids. Manual de Controle das Doenças Sexualmente Transmissíveis / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Programa Nacional de DST e Aids. Brasília: Ministério da Saúde. 2005. • MOTTA, V.T. Bioquímica Clínica para Laboratório. Princípios e interpretações. EDUCS. 2009. • ROBBINS, SL; CONTRAN, R.S. Patologia - Bases Patológicas das Doenças. ELSEVIER. 2005.