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VI-1 
CAPÍTULO VI – TERRAPLENAGEM 
 
 
1. GENERALIDADES 
 
Terraplenagem é o movimento de terra efetuado para a construção da estrada, 
constituindo-se em escavações, carregamento do material escavado, transporte ao local de 
depósito (aterro) e compactação. 
 
Essa compactação é feita de modo a aumentar a resistência do aterro executado, 
além de diminuir sua permeabilidade e sua compressibilidade. 
 
 
 
 Altura de corte – é a diferença, em cada estaca, entre as cotas do terreno e do 
greide, quando aquela for superior a esta. Indica a profundidade do corte que deve ser 
realizado em cada estaca, no eixo da estrada, para atingir a plataforma. 
 
 Altura de aterro – é a diferença, em cada estaca, entre as cotas do terreno e do 
greide, quando aquela for inferior a esta. Indica a altura de aterro que deve ser realizado em 
cada estaca, no eixo da estrada, para atingir a plataforma. 
 
As alturas de corte e de aterro também são chamadas de “cotas vermelhas”. Os 
pontos correspondentes a cotas vermelhas nulas são chamados de “pontos de passagem” (PP) 
(pontos de passagem de corte para aterro ou de aterro para corte). 
 
 Taludes – são as superfícies que limitam lateralmente os cortes e os aterros. 
 
 Pé do corte – é o ponto mais baixo do talude do corte na seção considerada. 
 
 Crista do corte – é a interseção do talude do corte com o terreno natural 
(também chamada de “off-set”). 
 VI-2 
 
 Pé do aterro – é a interseção do talude do aterro com o terreno natural (também 
chamado de “off-set”). 
 
 Crista do aterro – é o ponto mais alto do talude do aterro na seção considerada. 
 
 Banqueta do corte ou aterro – parte de um talude de corte ou aterro, de 
inclinação muito suave ou em nível, destinada a quebrar a velocidade das águas que descem o 
talude, reduzindo seu poder de erosão, além de melhorar a estabilidade do terreno. 
 
 
 
 
 
 
 VI-3 
 
 
 A inclinação dos taludes é função, no caso dos cortes, do tipo de terreno a ser 
escavado e, no caso de aterros, do material que está sendo utilizado. 
 O espaçamento vertical entre banquetas usual é de 10,00 m. 
 A largura usual de banquetas é de 4,00 m. 
 
 
 
 
 VI-4 
 
 
2. NOTA DE SERVIÇO DE TERRAPLENAGEM 
 
Depois de elaborado o projeto de uma estrada em planta e em perfil, traçam-se as 
seções transversais do terreno, geralmente de estaca em estaca, e são lançados os gabaritos de 
corte e de aterro. 
 
A informação sobre a configuração da seção de terraplenagem a ser executada em 
cada estaca é dada por uma planilha, chamada “Nota de Serviço de Terraplenagem”, que 
consiste no registro da distância ao eixo e da cota dos pontos que definem os gabaritos citados. 
No caso da figura a seguir, os pontos de 1 a 6 encontram-se do lado esquerdo do eixo e os 
pontos de 7 a 10, do lado direito. 
 
Deve-se registrar que os lados direito e esquerdo do eixo são definidos 
desenhando-se a seção de terraplenagem no sentido crescente do estaqueamento. 
 
No campo, depois de locado o eixo, são marcados os “off-sets” (cristas dos cortes e 
pés dos aterros), que definem a área dos trabalhos de terraplenagem em cada estaca e, por 
meio da Nota de Serviço de Terraplenagem, são controladas as escavações e os aterros a 
serem executados, com o auxílio da topografia. 
 
Para calcular as cotas dos pontos é necessário se conhecer a cota de projeto no 
eixo, obtida do Projeto Geométrico Vertical. 
 VI-5 
 
 
NOTA DE SERVIÇO DE TERRAPLENAGEM 
Estaca 
Lado Esquerdo Cotas no Eixo Lado Direito 
Dist. Dist. Dist. Dist. 
Terreno Projeto 
Dist. Dist. Dist. Dist. 
Cota Cota Cota Cota Cota Cota Cota Cota 
A 
d4 d3 d2 d1 
cE c0 
d7 d8 d9 d10 
c4 c3 c2 c1 c7 c8 c9 c10 
 
 d6 d5 
 
 
 c6 c5 
 
 
 
 
 
 
 
3. CÁLCULO DE VOLUMES 
 
O cálculo do volume de terra a ser escavado nos cortes, bem como o a ser lançado 
nos aterros, é feito determinando-se a área de cada seção transversal desenhada, geralmente, a 
cada 20 metros. Com essas áreas faz-se a cubação, que é o cálculo dos volumes de terra 
movimentados. Também é possível calcular a distância média de transporte dos materiais. 
 
Para a determinação do volume de material a ser escavado (aterrado) entre duas 
estacas, admite-se que ele seja igual ao de um prisma de base definida como a média das áreas 
de escavação (aterro) das estacas em questão, e altura igual à distância entre elas. 
 
Assim, o volume de material entre as estacas i e i+1 é dado pela fórmula a seguir: 
 
 VI-6 
 
 
d
SS
V
ii
.
2
1

 
 
Onde: 
Si – área da seção de escavação na estaca i 
Si+1 – área da seção de escavação na estaca i+1 
d – distância entre as estacas (normalmente 20 metros) 
 
Obs.: Nas seções mistas, as áreas de corte e aterro são determinadas 
separadamente, bem como seus respectivos volumes. 
 
O cálculo dos volumes é apresentado em uma planilha, cujo modelo é apresentado 
a seguir. Nessa planilha, as áreas e respectivos volumes de corte são classificados em 3 (três) 
categorias em função da dificuldade de escavação. 
 
Os materiais classificados como de 1.ª Categoria são aqueles facilmente escaváveis 
com os equipamentos normais de escavação (moto scrapers e tratores de lâmina), como os 
solos residuais maduros. 
 
Os materiais classificados como de 2.ª Categoria são mais resistentes que os de 1.ª 
Categoria, como por exemplo, os solos residuais jovens, requerendo uma operação prévia, 
denominada “escarificação”, que consiste na passagem de uma espécie de arado (ripper) no 
terreno para soltá-lo, antes da passagem dos equipamentos normais de escavação. Por 
conseguinte, seu custo de escavação é superior à dos materiais de 1.ª Categoria. 
 
Os materiais classificados como de 3.ª Categoria correspondem a rochas duras, que 
requerem o uso sistemático de explosivos para o seu desmonte. Por isso, seu custo de 
escavação é superior a todos os demais. 
 
A classificação dos materiais a serem escavados, ainda na fase de projeto, é feita a 
partir do resultado das sondagens efetuadas nos locais de corte. Já na fase de obra, a medição 
dos serviços de escavação é feita a partir de uma classificação visual dos taludes 
remanescentes dos cortes, além do acompanhamento das dificuldades encontradas ao longo da 
sua execução. 
 VI-7 
 
 VI-8 
O preenchimento da planilha é feito estaca por estaca, sendo as Áreas determinadas 
a partir do desenho das seções transversais, através de planimetria (utilização de instrumento 
denominado “planímetro”) ou outro método matemático aplicável. 
 
As colunas correspondentes ao Volume Geométrico são preenchidas pela aplicação 
da fórmula acima apresentada, colocando-se o resultado na linha correspondente à segunda 
estaca. 
 
As colunas correspondentes ao Volume Geométrico Acumulado são preenchidas 
meramente somando-se o volume geométrico determinado para a estaca em questão ao 
volume acumulado correspondente à estaca anterior. 
 
Para o preenchimento das colunas correspondentes aos Volumes Homogêneos 
Acumulados, há que se considerar que o material escavado em um corte, que lá ocupava um 
volume VTC, ao ser compactado para a execução de um aterro passa a ocupar um volume 
geralmente menor, que chamaremos VTA. Nessas colunas não são considerados os materiais 
classificados como de 3.ª Categoria, pois eles não são normalmente utilizados para a execução 
de aterros. 
 
A relação entre esses volumes pode ser determinada a partir do conhecimento dos 
pesos específicos aparentes secos daquele material antes de ser escavado e depois de ser 
compactado. 
 
TC
SC
SCV
P

 
TA
SA
SA
V
P

 
 
Onde: 
SC – peso específico aparente seco do material antes de ser escavado 
PSC – peso das partículas sólidas constituintes do volume escavado no corte 
VTC – volume total (volume das partículas sólidas mais o volume de vazios) do 
material escavado no corte 
SA – peso específico aparente seco do material depois de ser compactado 
PSA – peso das partículas sólidas constituintes do volume compactado no 
aterro 
VTA – volume total (volume das partículas sólidas mais o volume de vazios) do 
material compactado no aterro 
 
Admitindo-se que não há perda de partículas sólidas no transporte do material, 
desde o local onde foi escavado até o local onde foi compactado, pode-se dizer que Psc e Psa 
são iguais. Logo: 
 
TA
SC
SA
TCTASATCSC VVVV ... 
 
 
 
 VI-9 
Desta forma, para se saber o volume de material a ser escavado num determinado 
corte para executar um aterro de volume VTA, basta multiplicar esse volume pela relação entre 
os pesos específicos aparentes secos SA e SC, denominada Fator de Conversão. 
 
Assim, para o preenchimento das colunas “Compensação Lateral” e “Bruckner”, 
todos os volumes de aterro deverão ser multiplicados pelos Fatores de Conversão 
correspondentes aos locais onde serão feitas as respectivas escavações. 
 
A coluna “Compensação Lateral” será preenchida apenas quando nas colunas 
correspondentes ao Volume Geométrico existirem volumes de corte e aterro na mesma estaca, 
ou seja, nas seções mistas. A Compensação Lateral é o volume escavado transportado 
lateralmente para preencher o aterro contíguo. Por convenção, quando o volume compensado 
lateralmente for suficiente para completar o aterro, receberá sinal positivo, e, caso contrário, 
negativo. 
 
A coluna “Bruckner” será preenchida calculando-se o volume de material 
excedente (após a compensação lateral) em cada estaca e somando-se (caso o volume 
excedente for de corte) ou subtraindo-se (caso o volume excedente for de aterro) ao valor que 
foi determinado para a estaca anterior. Para que todos os valores dessa coluna sejam positivos, 
costuma-se atribuir para a estaca zero um valor bastante alto. 
 
Obs.: O peso específico aparente seco do material a ser escavado no corte é obtido 
através do Ensaio de Densidade In Situ, utilizando-se, geralmente, o método do “Frasco de 
Areia”. Já o peso específico do material depois de compactado no aterro é obtido através do 
Ensaio de Compactação, efetuado em laboratório. 
 
 
4. DIAGRAMA DE BRUCKNER 
 
Com os valores da última coluna da planilha “Cálculo de Volumes” desenhar-se-á 
um diagrama que auxiliará na definição da forma mais econômica de se executar a 
terraplenagem de um trecho de rodovia. 
 
Tal diagrama possui as seguintes propriedades: 
 
1) Os trechos ascendentes correspondem a cortes e os descendentes, a aterros. 
 
2) Um máximo da poligonal corresponde à passagem de corte para aterro, e um 
mínimo, de aterro para corte. 
 
3) Linhas horizontais (Linhas Base) que cortam o diagrama definem segmentos de 
áreas que correspondem a volumes de cortes e aterros compensados. 
 
4) O valor da área de qualquer segmento acima citado corresponde ao valor do 
momento de transporte correspondente ao volume compensado. 
 
 VI-10 
5) As linhas horizontais mais convenientes são aquelas que acarretarão o menor 
momento global de transporte. 
 
Obs.: Volumes de corte não compensados serão destinados a bota-foras e volumes 
de aterros não compensados necessitarão de empréstimos para completar esses 
aterros. 
 
Obs.: Momento de Transporte é o produto do volume transportado do local de 
escavação (corte ou empréstimo) até o local de depósito (aterro ou bota-fora) pela 
distância percorrida para se efetuar esse transporte. 
 
 
 
Pelo Diagrama de Bruckner pode-se determinar os volumes de escavação (1.ª e 2.ª 
Categorias) em cada corte disponíveis para compensação longitudinal pela diferença entre as 
ordenadas do ponto mínimo e do ponto máximo, correspondentes às estacas de início e fim do 
corte, respectivamente 0 e 10 no caso do corte C1. 
 
Ex.: Volume do Corte C1 disponível para fazer aterro 
 
 VC1 = 10.460.000 – 10.000.000 = 460.000 m
3
 
 
Pelo Diagrama de Bruckner, podem-se determinar os volumes que devem ser 
escavados (1.ª e 2.ª Categorias) para execução de um determinado aterro pela diferença entre 
 VI-11 
as ordenadas do ponto máximo e do ponto mínimo, correspondentes às estacas de início e fim 
do corte, respectivamente 23 e 28, no caso do aterro A2. 
 
Ex.: Volume a ser escavado para executar o Aterro A2 
 
 VA2 = 10.610.000 – 10.010.000 = 600.000 m
3
 
 
Confirmando a segunda propriedade do Diagrama de Bruckner, verifica-se, ainda, 
que as estacas 0, 10, 16, 23, 28, 36, 45, 65 e 71, correspondentes aos máximos e mínimos da 
poligonal, têm cota vermelha nula. 
 
 Ao se traçarem as Linhas Base na altura das ordenadas 10.140.000 e 10.320.000, 
são definidos segmentos de áreas que correspondem a cortes e aterros compensados. 
 
 
Os volumes compensados são iguais às diferenças entre as ordenadas dos pontos 
máximos ou mínimos da poligonal e as ordenadas das Linhas Base, conforme abaixo: 
 
Volume compensado entre corte C1 e aterro A1 = 10.460.000 – 10.140.000 = 320.000 m3 
Volume compensado entre corte C2 e aterro A2 = 10.610.000 – 10.140.000 = 470.000 m3 
Volume compensado entre corte C3 e aterro A2 = 10.140.000 – 10.010.000 = 130.000 m3 
Volume compensado entre corte C3 e aterro A3 = 10.680.000 – 10.320.000 = 360.000 m3 
Volume compensado entre corte C4 e aterro A4 = 10.770.000 – 10.320.000 = 450.000 m3 
 
Não estão compensados os seguintes volumes, extraídos do Diagrama de Bruckner: 
 
Volume não compensado do corte C1 = 10.140.000 – 10.000.000 = 140.000 m3 (VBF1) 
Volume não compensado do corte C3 = 10.320.000 – 10.140.000 = 180.000 m3 (VBF2) 
Volume não compensado do aterro A4 = 10.320.000 – 10.200.000 = 120.000 m3 (VE) 
 
Os volumes de corte não compensados devem ser destinados a bota-fora e os de 
aterro devem ser buscados em empréstimos. 
 
As áreas S1, S2, S3, S4 e S5 têm os seus valores iguais aos dos momentos de 
transporte dos respectivos volumes compensados. 
 VI-12 
 
 
dV – volume infinitesimal que é transportado da estaca A para a estaca B 
x – distância de transporte percorrida pelo volume dV 
 
x = est B – est A 
 
dM  dV . x 
 
dM – momento de transporte infinitesimal, correspondente ao volume dV 
 
A soma de todos os momentos de transporte infinitesimais dM, correspondentes a 
todos os volumes infinitesimais dV, é igual à área da superfície S, limitada pela poligonal e 
pela Linha Base, que, por sua vez, é igual ao momento de transporte correspondente ao 
volume V. 
 
 
 
O Momento Global de Transporte de uma determinada distribuição de volumes é 
igual à soma de todas as áreas Si, mais os momentos de transporte dos volumes não 
compensados. 
 
Admitindo-se a posição do Centro de Gravidade do Bota-fora na estaca 17, a 250 
metros do lado direito do eixo, e o Empréstimo por alargamento do corte C4 com Centro de 
 VI-13 
Gravidade na estaca média desse corte (estaca 55), a 50 metros do lado esquerdo do eixo, 
conforme figura abaixo, pode-se dizer que o Momento Global de Transporte da distribuição 
de volumes correspondente às Linhas Base traçadas na altura das ordenadas 10.140.000 e 
10.320.000 é dado por: 
 
MG = S1 + S2 + S3 + S4 + S5 + VBF1 . dBF1 + VBF2 . dBF2 + VE . dE 
 
Onde: 
dBF1 – distância do centro de gravidade do corte C1 ao do bota-fora 
dBF2 – distância do centro de gravidade do corte C3 ao do bota-foradE – distância do centro de gravidade do empréstimo ao do aterro A4 
 
 
 
 
O cálculo das distâncias percorridas ao bota-fora e ao empréstimo é feito da 
seguinte forma: 
 
Centro de gravidade do corte C1  estaca média do corte C1  estaca 5 
Centro de gravidade do bota-fora  estaca 17, a 250,00 m do lado direito do eixo 
 
dBF1 = (17 + 0,00) – (5 + 0,00) + 250,00 m = 12 x 20,00 + 250,00 = 490,00 m 
 
Centro de gravidade do corte C3  estaca média do corte C3  estaca 32 
Centro de gravidade do bota-fora  estaca 17, a 250,00 m do lado direito do eixo 
 
dBF2 = (32 + 0,00) – (17 + 0,00) + 250,00 m = 15 x 20,00 + 250,00 = 550,00 m 
 
 
 VI-14 
Centro de gravidade do aterro A4  estaca média do aterro A4  estaca 68 
Centro de gravidade do empréstimo  estaca 55, a 50,00 m do lado esquerdo do 
eixo 
 
dE = (68 + 0,00) – (55 + 0,00) + 50,00 m = 13 x 20,00 + 50,00 = 310,00 m 
 
Assim: 
 
MG =  Si + 140.000 x 490,00 + 180.000 x 550,00 + 120.000 x 310,00 
 
Se alterarmos a posição das Linhas Base, os volumes totais dos cortes e aterros não 
se alteram, mas sim sua distribuição. 
 
 
 
Por essa nova distribuição, aumentou o volume do corte C1 que vai para bota-fora. 
No entanto, não há mais volume do corte C3 indo para bota-fora. O volume de empréstimo 
permaneceu igual. Aumentou a quantidade de áreas Si. 
 
Essa nova distribuição acarretará outro valor para o Momento Global de 
Transporte. 
 
Cada alteração nas Linhas Base corresponderá a um novo valor do Momento 
Global de Transporte. As Linhas Base mais adequadas são aquelas que correspondem ao 
menor Momento Global de Transporte, cuja distribuição de volumes acarretará uma 
terraplenagem mais econômica. 
 
A partir do Momento Global de Transporte pode-se determinar a Distância Média 
Global de Transporte, que é uma referência para se verificar quanto, em média, os 
equipamentos de transporte terão de se deslocar para executar a terraplenagem planejada. 
 
EiCi
G
G
VV
M
DMT


 
Onde: 
 VCi – somatório dos volumes de todos os cortes 
 VEi – somatório dos volumes de todos os empréstimos 
 VI-15 
Obs.: A distância de transporte é um elemento que influi na distribuição de terras, 
porque não é recomendável compensar cortes e aterros situados além da distância máxima 
aplicável ao veículo de que se dispõe para o transporte. 
 
Tratores de esteira – até 50 m 
Moto scrapers – até 2.000 m 
Caminhões – além de 2.000 m 
 
 
5. ORIENTAÇÃO DE TERRAPLENAGEM 
 
Ao se estabelecer, através do Diagrama de Bruckner, a distribuição de volumes 
mais econômica, esta deverá ser transferida para uma planilha, denominada “Orientação de 
Terraplenagem”, com o objetivo de orientar ao construtor quanto escavar de cada corte ou 
empréstimo e para onde levar (aterro ou bota-fora). 
 
ORIENTAÇÃO DE TERRAPLENAGEM 
Origem Distância 
de 
Transporte 
(m) 
Destino 
Segmento 
entre 
Estacas 
Volume Segmento 
entre 
Estacas 
Finalidade 
1.ª Cat. 2.ª Cat. 3.ª Cat. Total 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Essa planilha será preenchida contemplando todos os volumes escavados nos 
cortes e empréstimos. 
 
Na primeira coluna, são registradas as estacas de início e fim de cada corte ou a 
localização do centro de gravidade do empréstimo. Cada corte terá tantas linhas quantos forem 
os destinos do material dele escavado, o mesmo ocorrendo com os empréstimos. 
 
Nas colunas relativas a Volume serão anotados os valores obtidos a partir das 
informações do Diagrama de Bruckner, sendo a divisão por categorias (1.ª e 2.ª) efetuada com 
base nos dados das sondagens realizadas no trecho em questão. 
 
 VI-16 
Os volumes correspondentes aos materiais de 3.ª Categoria serão obtidos 
diretamente da planilha “Cálculo de Volumes”, já que eles não são incluídos no Diagrama de 
Bruckner. Esses volumes são, geralmente, destinados a bota-fora. 
 
Nas colunas relativas a Destino, serão anotadas as estacas de início e fim dos 
aterros para onde irão os materiais, ou a localização do centro de gravidade do bota-fora. Na 
coluna “Finalidade”, será anotado “Aterro” se este for o destino do material considerado. Caso 
o material se destine a bota-fora, anota-se “Bota-fora” na coluna mencionada. Se o material 
for proveniente de empréstimo, anota-se “Empréstimo” na coluna mencionada. 
 
A coluna relativa à Distância de Transporte será preenchida com a distância entre 
os centros de gravidade da origem e do destino dos materiais. No caso de cortes e aterros, o 
centro de gravidade é considerado como sendo a estaca média entre o início e o fim da obra. 
 
 
6. ESPECIFICAÇÕES 
 
6.1. Serviços Preliminares (Desmatamento, Destocamento e Limpeza) 
 
Consiste na remoção total de toda a vegetação e camada de solo orgânico 
superficial. As árvores devem ser cortadas e seus tocos e raízes removidos. Nessa operação 
são utilizados, normalmente, tratores de esteira e, quando necessário, moto-serras. 
 
Nas áreas além dos “off-sets”, até uma distância de 5 metros destes, recomenda-se 
uma roçada do mato e erradicação de árvores de maior porte que possam vir a oferecer risco à 
operação da estrada. 
 
Para h < 2 metros, é necessário remover a camada orgânica vegetal antes de 
executar o aterro. Para h > 2 metros, não é necessário remover a camada citada, pois ela não 
vai influir no comportamento do aterro, bastando cortar a vegetação rente ao chão. 
 
6.2. Fundações do Aterro 
 
a) Fundações Normais – quando o terreno aonde vai se apoiar o aterro tem 
capacidade de suporte suficiente para resistir à carga aplicada, sem deformações significativas, 
não são necessários outros trabalhos além do desmatamento e limpeza, e aqueles decorrentes 
da declividade da encosta. 
 
 VI-17 
 
 0 % < i < 25 %  normalmente nesses casos só são necessárias escarificação e 
recompactação do terreno nas mesmas condições exigidas para o corpo do aterro, para 
aumentar a aderência entre o aterro e o terreno natural. 
 
 25 % < i < 40 %  devem ser executados degraus (com a lâmina do trator), de 
2,5 a 3,0 metros de altura, de modo a se conseguir melhor encaixe do aterro no terreno natural. 
 
 
 i > 40 %  será exigido projeto específico para o local, provavelmente com 
uma obra de contenção. 
 
 
 
Obs.: Convém lembrar que, em todos os casos, devem ser atentamente observadas 
surgências de água, presença de pontos de baixo suporte e a configuração de talvegues no 
local de assentamento do aterro, devendo se tomar as medidas de drenagem e, se for o caso, 
remoção desses materiais, para perfeito posicionamento da obra. 
 
 VI-18 
b) Fundações em Solos Compressíveis – quando há a ocorrência de solos de baixa 
capacidade de suporte em grandes extensões. Pode-se optar pelos seguintes procedimentos: 
 
 Convivência com os recalques – quando o aterro é de pequena altura e os 
recalques por adensamento são pequenos (cuidados com o abaulamento transversal da pista e 
provável necessidade de recomposição do pavimento de tempos em tempos); 
 
 Remoção da camada compressível (com “drag-line”, com explosivos ou 
expulsão do material compressível com o próprio peso do aterro) – possível quando a 
espessura dessa camada não for muito grande (necessidade de implantação de colchão 
drenante até uma altura acima do nível do lençol freático da região); 
 
 Aceleração dos recalques (sobrecargas, drenos verticais) – medidas possíveis 
apenas durante a construção do aterro, havendo necessidade de se acompanhar a evolução dos 
recalques para verificação da correção do projeto(tempo de espera pode ultrapassar 6 meses); 
 
 Bermas de Equilíbrio – aplicadas quando há risco de ruptura da fundação 
(construção do aterro por etapas, cada uma com altura menor que a crítica). 
 

c
hcrít
.4

 
 
Onde: 
c – coesão da camada compressível 
 - peso específico do aterro 
 
 
 
6.3. Cortes 
 
a) Em rocha 
 
Nos cortes em rocha, pela dificuldade em se escavar regularmente o fundo da 
escavação de modo a conformar a plataforma de terraplenagem e, também, para homogeneizar 
o projeto do pavimento, costuma-se elaborar o plano de detonação de modo a avançar além do 
greide, preenchendo-se esse espaço com material selecionado. 
 
 VI-19 
 
 
b) Em solo 
 
Nos cortes em solo onde o material constituinte do fundo da escavação não tem 
capacidade de suporte suficiente, costuma-se avançar além do greide, substituindo-se o solo 
removido por material selecionado. 
 
 
 
6.4. Bota-foras 
 
Além dos materiais classificados como de 3.ª Categoria e aqueles excedentes da 
distribuição definida pelo Diagrama de Bruckner, outros também são destinados a bota-fora, 
por apresentarem características indesejáveis para a estrada. 
 
 Materiais de baixo suporte (depende do estudo do subleito); 
 Materiais com expansão superior a 4 %; 
 Materiais com Limite de Liquidez muito elevado (conservam muito tempo a 
umidade). 
 
Cuidados especiais também devem ser tomados quando do depósito de materiais 
nos bota-foras, de modo a mantê-los estáveis e não causar danos ambientais. 
 
6.5. Empréstimos 
 
Na escavação de empréstimos, cuidados devem ser tomados para que não seja 
causada uma situação de instabilidade na obra e nos terrenos vizinhos. 
 
 VI-20 
 
 
6.6. Aterros 
 
Os aterros devem ser executados em camadas que variam com o equipamento 
empregado na compactação. Em média, são lançadas camadas com cerca de 30 cm de 
espessura, para que, depois de compactadas, fiquem com cerca de 15 cm. 
 
As camadas mais superiores dos aterros recebem maiores cuidados na seleção dos 
materiais a serem utilizados, bem como na sua compactação, por comporem a fundação do 
pavimento. 
 
 
 
O material do corpo do aterro não poderá apresentar expansão superior a 4 % no 
ensaio específico. Essa parte do aterro deverá ser compactada até atingir um Grau de 
Compactação igual ou superior a 95 % do Proctor Normal, ou seja, o peso específico aparente 
seco atingido no campo deverá ser igual ou superior a 95 % do peso específico seco máximo 
obtido no ensaio de compactação realizado com o material a ser utilizado no aterro, efetuado 
com energia de compactação correspondente ao do Proctor Normal. 
 
O material da camada final não poderá apresentar expansão superior a 2 % no 
ensaio específico. Essa parte do aterro deverá ser compactada até atingir um Grau de 
Compactação igual ou superior a 100 % do Proctor Normal, ou seja, o peso específico 
aparente seco atingido no campo deverá ser igual ou superior a 100 % do peso específico seco 
máximo obtido no ensaio de compactação realizado com o material a ser utilizado no aterro, 
efetuado com energia de compactação correspondente ao do Proctor Normal. 
 
O aterro deverá ser compactado com teor de umidade em torno da umidade ótima 
obtida no ensaio de compactação realizado com o material a ser utilizado (tolerância de  
2%). 
 
Os materiais a serem utilizados nos aterros não poderão conter matéria orgânica. 
 
 VI-21 
 
smáx – peso específico seco máximo 
 hot – umidade ótima 
 
0
0100xGC
Smáx
Scampo



 
 
Onde: 
GC – grau de compactação 
Scampo – peso específico aparente seco determinado no campo pelo Ensaio de 
Densidade In Situ 
Smáx – peso específico seco máximo determinado em laboratório pelo Ensaio de 
Compactação 
 
O controle tecnológico (grau de compactação e umidade) do aterro deverá ser 
realizado numa freqüência que depende da camada em execução. 
 
 Corpo do aterro – a cada 1.000 m3 compactados 
 Camada final – a cada 200 m3 compactados 
 
Com relação ao controle geométrico do aterro, admite-se uma tolerância nas cotas 
do greide de mais ou menos 5 cm. Com relação à largura da plataforma, a tolerância é apenas 
para mais 30 cm.

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